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#areias fic
hansolsticio · 27 days
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ᝰ.ᐟ mark lee — "boladona".
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— mark lee × leitora — gênero: fluff, sugestivo. — conteúdo/avisos: br!au, mark carioca, strangers to lovers, consumo de bebida alcoólica, muitos palavrões, "carioquês" (isso inclui: expressões idiomáticas, a não realização de alguns plurais e gírias), pegação ♡. — word count: 2630 + 3 prints. — nota da autora: se você é carioca, NÃO leia essa fic (tô morrendo de vergonha). Sou nordestina e nunca sai do "meu país" nordeste, então não sei o que fiz aqui...
O Rio de Janeiro, de fato, continuava lindo. Mas lindo mesmo seria o inferno que você ia fazer na vida da sua amiga se ela não achasse a chave do apartamento de vocês nos próximos cinco minutos. Ficar presa na praia não soava ruim, na verdade, soava péssimo. Você precisaria de um banho eventualmente, pois ficar sentindo a areia entrar em lugares nos quais você sequer achava que era possível de se entrar alguma coisa não estava nos seus planos.
"Sabia que eu devia ter trazido a minha. Vacilei 'pra caralho.", você resmungou pela décima vez em menos de 5 minutos.
"Relaxa, pô! Já falei que tá aqui dentro.", ela tentou esconder o desespero, enquanto revirava o interior da bolsa completamente desengonçada. Você já estava pensando em como ia provar para o porteiro que: 1. Sim, vocês moravam ali, só que tinham se mudando faz pouco tempo. 2. Não, não era um golpe. "Achei!", ela soltou um gritinho e o alívio se espalhou pelo seu corpo como uma onda.
Você até levantou os braços para cima, num gesto cômico, agradecendo aos céus. Mas como se os céus respondessem um "Não comemora não, minha filha.", você sentiu uma pancada súbita no seu braço e, antes que fosse capaz de perceber que levou uma bolada sinistra, reclamou de dor, com um "ai" exagerado. A lista de palavrões que circularam na sua cabeça enquanto você se virava era extensa, mas sumiu assim que uma silhueta diferente veio se aproximando.
"Machucou, princesa? Desculpa ae!", a voz doce inundou sua audição, falou cheio de arrependimento. Seu cérebro lutava para processar uma resposta, já que seus olhos estavam muito ocupados em 'secar' o homem na sua frente. Era o conjunto perfeito para te desconcertar: a pele amorenada carregava umas gotinhas que você não sabia distinguir se eram suor ou água, a bermuda se sustentava na parte mais baixa do quadril — a visão deixava pouca coisa para a sua imaginação —, a camiseta jogada de qualquer jeito em cima de um dos ombros, o escapulário prata e o boné virado para trás deixavam o homem muito... ahem! atraente (gostoso).
"Só um tiquinho, mas 'tá de boa.", finalmente conseguiu responder alguma coisa, rezando para que ele não tivesse percebido seus olhares nada discretos.
"Papo reto? Que bom então. Mas juro que não foi na maldade, princesa. Desculpa mesmo.", você não ia ignorar o fato de que também viu os olhos dele descendo pelo seu corpo, mas é bom deixar quieto. Ele olhou para trás vendo que os amigos já haviam buscado a bola. "Cê quer jogar?", você inclinou o rosto, curiosa com o convite repentino. "Como pedido de desculpa.", ele explicou. Olhou de soslaio para sua amiga, que observava interação com cara de 'vai pelo amor de Deus'.
"Pode ser.", deu um sorrisinho doce.
"Já é então.", ofereceu a mão para que você pegasse, te ajudando a levantar. "Tua amiga vem também?", agora foi a sua vez de olhar com cara de 'vem pelo amor de Deus'.
[...]
Não demorou muito para que você e sua amiga ficassem confortáveis junto dos outros quatro homens que vocês sequer sabiam os nomes — jogar altinha é sinônimo de união em qualquer lugar do país. O clima estava gostosinho, dava para ouvir as pessoas conversando de fundo, uma mistura de vários estilos musicais diferentes e as gargalhadas de vocês quando algum dos meninos não conseguia pegar a bola. O sol de fim de tarde coloria o céu com um gradiente que ia de amarelo à laranja, já dava para sentir a maresia noturna chegando.
As encaradas que você e o homem que te chamou para jogar davam um para o outro eram bem evidentes, não diziam uma palavra sequer — mas, honestamente, nem precisava. Cruzaram olhares novamente, ele te deu um sorrisinho malandro, a correntinha do escapulário entre os dentes. A bola passando reto pelo corpo moreno chamou sua atenção e ele nem pareceu ter percebido.
"Se liga, Mark! Tá cego, pô?", a voz de um dos meninos chamou a atenção de vocês dois — 'Mark', é? Interessante.
"Iiiiih viajei, foi mal!", disse atordoado. Não sabia se olhava para o amigo, para o bola ou se continuava olhando para você.
"Vai buscar! Foi parar lá na casa do caralho. Eu que não vou de novo.", o mesmo homem se pronunciou novamente. Já rindo da cara de abobalhado do amigo, com certeza tinha percebido o motivo da distração dele. Viu Mark sair andando sem jeito, em direção à bola. Você pensava em como faria para puxar assunto com ele, já que a situação não era uma das mais favoráveis.
"A gente tem que ir.", ouviu sua amiga sussurrar com urgência, sequer percebeu o momento no qual ela chegou perto.
"Ué, por quê?", você franziu as sobrancelhas. Não queria ir ainda, não sem tentar a sorte com o moreno gatinho.
"Aconteceu um... acidente.", os olhos dela apontaram para baixo, você entendeu imediatamente.
"Tá de caô."
"Pior que não.", dava para ver o desespero nos olhos dela. Você concordou com a cabeça. Saíram apressadas, avisando que precisavam ir embora de um jeito meio atrapalhado. Dava para ver que nenhum dos três homens entendeu nada. Juntaram as coisas com urgência, caminhando até onde sua amiga estacionou o carro. Você viu de longe quando Mark voltou com a bola, a cabeça se virando em confusão, provavelmente te procurando.
[...]
Você não vai negar que ficou chateada por não ter conseguido nenhuma informação sobre o moreninho. Sua amiga mesmo não aguentava mais ouvir você reclamar que o útero dela atrapalhou seu romance. Ela não tinha culpa, mas, poxa, não dava para esperar você ao menos conseguir o Instagram dele? Depois de digitar todas as variações possíveis do nome do homem na barra de pesquisa e não conseguir achar nada, você já começava a perder as esperanças.
"Quem garante que aquele era o nome dele mesmo? E se for um daqueles casos de apelidos que não combinam com o nome da pessoa? Sabe, que nem 'Chico' é apelido de 'Francisco'. Nunca entendi essa porra.", sua amiga tentava surgir com uma explicação.
"Cê tá ligada que não tá me ajudando em nada, 'né?", suspirou frustrada. "Pô, só de pensar que eu nunca vou ver aquela correntinha balançando na frente do meu rosto...", você tentou conter o sorriso sapeca.
"Minha filha??!!", sua amiga se virou como se você tivesse falado uma atrocidade muito grande. Não deu para segurar a gargalhada.
𐙚 ————————— . ♡
Sabe a sensação de achar algo que você tinha parado de procurar faz tempo? Então, foi exatamente você sentiu ao dar de cara com o tal do Mark na sua for you do TikTok (o algoritmo é bem conveniente, não?) Aparentemente, o universo não estava orquestrando contra a sua felicidade. Foi só bater o olho no rostinho bonito que você deu um salto da cama. Era inconfundível, o celular parecia estar apoiado em alguma coisa no chão, dando visão para ele e os mesmos três homens jogando. Parecia ser de uma data diferente, visto que as roupas não eram as mesmas utilizadas no fatídico dia em que vocês se encontraram. Resolveu não ser muito emocionada logo de cara. E se ele tivesse namorada? Nunca se sabe. Esticou os braços com determinação, prestes a entrar numa jornada que consistia em stalkear o moreno para conseguir mais informações.
Mark parecia ser bem ativo, havia uma quantidade interessante de vídeos de todos os tipos. A maioria era na praia com os amigos ou dele mesmo tocando alguma coisa no violão, não deu para não ficar um pouquinho mais apaixonadinha pelo sorriso bonito de Mark. Não foi difícil constatar que: não, Mark não tinha namorada. Essa descoberta aconteceu de um jeito muito interessante. A resposta para a sua maior dúvida apareceu numa postagem de uns 6 dias atrás — data na qual vocês se viram pela primeira e última vez.
O vídeo no qual Mark basicamente "biscoitava" usando o mar de plano de fundo sob a legenda bem nítida que dizia "para a menina que levou uma bolada minha na praia: volta vida pfv :(", te fez rir de início, completamente desacreditada. Você ficou sem saber como prosseguir por um tempo, optando por comentar alguma coisa no vídeo só para ver no que dava. Não demorou muito para você conseguir uma resposta — se "PQP nem fodendo" pode ser considerado uma resposta. Depois disso, o caminho para conseguir o telefone do moreninho foi facílimo.
𐙚 ————————— . ♡
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𐙚 ————————— . ♡
A porta do quarto da sua amiga foi escancarada, você sequer conseguiu rir do susto que ela levou, muito mais preocupada em intimá-la que:
"Nós temos um encontro.", disse apontando para ela de um jeito dramático.
"Nós?", questionou numa confusão meio cínica.
"Sim, eu e você. Hoje mesmo. Que tal?"
"Isso ainda é sobre aquele tal de Mark?"
"Claro que é. Gostoso 'pra caralho! Eu que não vou perder a oportunidade. Ah! E não se faz de sonsa não... eu bem que vi você toda se querendo 'pra cima daquele outro cara lá.", julgou sua amiga com o olhar, se jogando na cama dela como se o quarto fosse seu.
"Iiiiih, só achei ele bonito. O que é que tem demais nisso?"
"Pois o nome dele é Jeno, ele é de sampa e aparentemente não tem namorada. Gostou?"
"Cê não bate muito bem da cabeça, faz quanto tempo que você tá stalkeando esse garoto?"
"Não importa. Cê vai, não vai? Preciso de apoio moral.", olhou com carinha de cachorro que caiu da mudança.
"A gente viu esses moleques uma vez na vida. Cê acha que é uma boa ideia sair assim? Segurança em primeiro lugar, pô"
"Você literalmente conheceu seu antigo namorado no tinder, que papo é esse de segurança?", o deboche era nítido. "E, se te conforta, tô conversando com ele faz uns dias já e vai ser num barzinho lá na orla. Confia na mãe.", encheu o peito para falar, como quem sabe muito bem o que diz.
"Se alguma coisa der errado,a louça do jantar vai ficar por tua conta pelas próximas duas semanas."
"Fechô então."
[...]
"Pô, longe 'pra caralho! Ele queria que eu fosse com ele buscar essa porra lá em Belford Roxo. Com todo respeito, mas nem se eu tivesse dando o meu- Oi, princesa!", Mark interrompeu a si próprio quando te viu. Falava todo animado, enquanto os outros homens caíam na gargalhada. Já era fim de tarde, o movimento já começava a se concentrar nos diversos bares e restaurantes que haviam ali por perto. O sol carregava o mesmo gradiente colorido, mas que nunca deixava de encantar. O ambiente parecia muito agradável: cervejinha, música e conversa boa — não tinha como negar um rolê assim.
Os meninos cumprimentaram você e sua amiga sem acanhamento algum, como se já fossem conhecidos de longa data. Mark levantou para te abraçar, o perfume invadindo seu olfato sem nem pedir licença. Estava tão bonito quanto você esperava que estivesse, dessa vez um pouquinho mais arrumado — e, infelizmente, com o corpo mais coberto. A bendita correntinha ainda adornava o pescoço bronzeado e isso chamou sua atenção. Um arrepio percorreu sua espinha com o beijinho molhado que você recebeu atrás da orelha. O "você tá linda" sussurrado bem baixinho também não ajudou muito. Puxou uma cadeira do ladinho dele e ali você ficou pelo resto da noite.
[...]
A tensão entre vocês dois começava a ficar insuportável. Você não sabia se estava óbvio para o restante das pessoas na mesa, mas esperava muito que não estivesse. O perfume de Mark parecia não sair de você desde o momento em que ele te abraçou, não sabia se era culpa da proximidade ou se o homem havia conseguido a proeza de ficar impregnado nas suas roupas. Ele não estava ajudando em nada, fazia questão de sussurrar no seu ouvido mesmo para falar de coisas que não precisavam ser sussurradas e, quando não fazia isso e resolvia conversar com uma distância 'segura' não escondia o fato de estar encarando sua boca. O sorrisinho de canalha bem evidente toda vez que ele percebia que te deixava sem jeito.
Sentiu a mão dele se apoiar na sua coxa, enquanto ele conversava com um dos meninos com a maior naturalidade do mundo. Viu ele se virar para 'escanear' seu rosto procurando algum sinal de desconforto e relaxando assim que você sorriu discreta para ele — porque não, você definitivamente NÃO estava desconfortável com isso. Esse "apoio" não demorou para se tornar um carinho muito gostosinho com as pontas dos dedos, você deu mais gole no seu copo, tentando se acalmar.
"Vem comprar cerveja comigo, princesa?", ele disse baixinho, o rosto estava perto. O seu cérebro não estava numa situação muito boa, pois seu primeiro movimento foi encarar o homem em completa confusão, aquilo não fazia sentido.
"Ué, e não vende cerveja aqui, não?", viu Mark soltar um risinho com a pergunta.
"Mas a que eu quero não tem aqui.", ele lambeu os lábios, olhando sua boca de um jeito nada discreto. Okay. Agora você entendeu. Definitivamente entendeu. Estava bem claro.
Ele se levantou com calma e você seguiu os movimentos logo depois. Entrelaçou a mão na sua, informando o que vocês iam fazer com a maior tranquilidade do mundo. Você olhou sua amiga de canto, ela provavelmente não iria se importar muito — já que estava ocupada demais caindo no papinho de Jeno.
Mark caminhou com você até um quiosque que parecia estar fechado, as luzes apagadas, a única iluminação vinha dos estabelecimentos ao redor. Você não conseguiu refrear o susto quando ele te encurralou em uma das paredes mais escondidinhas.
"Mark! Meu Deus...", disse entre risos.
"Foi mal!", ele mesmo ficou sem graça com as próprias ações. Ficava envergonhado com facilidade, era muito fofo. "Não 'tava conseguindo mais me segurar, princesa.", as mãos tomaram a sua cintura com cautela. "Cê tá tão cheirosinha.", sentiu o narizinho roçar na lateral do seu pescoço. A barbinha mal feita arranhando um pouquinho também, seu corpo inteiro arrepiou.
Não demorou muito para Mark te puxar para um beijo necessitado, o gostinho de cerveja dominando seu paladar deixava a situação mais interessante. Movia a cabeça de um lado para o outro com lentidão, te beijando com calma e sensualidade — sua mente estava enevoada, os suspiros escapando sem controle. Você não sabe quanto tempo ficaram aos amassos, Mark tinha uma das pegadas mais gostosinhas que você já experimentou. Quando o fôlego faltava e vocês precisavam se afastar o homem fazia questão de brincar com seu pescoço, os beijos molhadinhos e as lambidinhas que ele deixava, faziam suas pernas amolecerem.
Você não era boba de sair no prejuízo, fez questão de tirar "uma casquinha" dele também. Mordia a boquinha macia, lambendo logo em seguida para amansar a dorzinha gostosa. Enfiou as mãos por baixo da camiseta do homem, correndo as unhas com cuidado, sentido o abdômen dele se contrair com o carinho.
"Não maltrata assim que eu me apaixono.", a voz grave ao pé do ouvido te fez querer provocar mais um pouquinho, mas você se segurou — aquele não era o lugar mais apropriado para isso. Se despediram com mais um beijo carente, os selinhos e sorrisos parecendo sem fim, vocês não queriam ter que se soltar. "Vamo antes que tua amiga pense que eu te sequestrei.", te deu mais um selinho demorado, contrariando as próprias palavras. Demorou para que ele se conformasse com o fato de que teria que parar de te beijar.
[...]
Vocês voltaram com as caras mais dissimuladas do mundo. Um retoque rapidinho na sua maquiagem deu para mascarar sua situação, mas não tinha nada a ser feito sobre a boca avermelhada e inchada de Mark — quem dirá sobre o sorrisinho de abobalhado que agora adornava as expressões do homem. Se sentaram com toda a naturalidade possível, fingindo não notar os olhares indiscretos de todo mundo na mesa. Estava indo tudo muito bem. Bom, pelo menos até...
"Cadê a cerveja?"
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nakakitty · 4 months
Note
Primeiramente, Feliz Niver!!
Segundamente, vc poderia escrever com o Yuta?? Eu gostaria q fosse uma fic inspirada na musica Insegurança - Grupo Pixote.
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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ𝗜𝗻𝘀𝗲𝗴𝘂𝗿𝗮𝗻𝗰̧𝗮 -𝗬𝘂𝘁𝗮
notas: oie! espero que não tenha desistido de mim, me perdoa pela demora mas fiz com carinho esse pedido hein! tô meio sem prática mas logo vem coisas melhores! feliz ano novo e beijos da mimi!
gênero: meio angst; fluffy
avisos: menção à insegurança no relacionamento e crise de ansiedade.
Você caminhava pelo tapete, desconfortável com a respiração irregular, com a tremedeira no corpo, e sentia que não conseguia se acalmar. Ligou a TV para abafar o som de seu choro incessante a fim de não acordar seu namorado que dormia tranquilamente sobre a cama de vocês, no entanto, ele sabia que havia algo errado quando passou a mão para o lado esquerdo da cama e o sentiu vazio.
Yuta se levantou silenciosamente, coçando os olhos pesados de sono. Quando chegou no corredor, conseguiu ouvir os seus soluços enquanto continuava caminhando em círculos. O japonês foi se aproximando de você, a envolvendo nos braços e assim você foi parando de andar.
O calor do corpo de Yuta foi te acalmando até que você voltasse a respirar melhor, o coração foi desacelerando mesmo com aquele aperto no peito. Se sentaram no sofá, a mão dele foi até seu cabelo o afagando, tudo isso em silêncio, apenas com o som da TV no fundo. Ele preferiu esperar você se sentir confortável para contar o que havia te deixado tão aflita.
Mas você estava envergonhada. Como Yuta reagiria ao saber que você estava insegura com o relacionamento? Não é como se você não confiasse nele ou duvidasse do sentimento dele, nada disso, mas veja só: Yuta é bonito, é inteligente, um grande cavalheiro, muito brincalhão, tem uma personalidade muito atraente. Ele é perfeito. Quem não se apaixonaria por ele? Mas a questão é: Quem se apaixonaria por você?
Você ultimamente se sentia cabisbaixa, não o suficiente para Yuta. Ele era tão bom, um príncipe, perfeito demais, ou como alguns inconvenientes costumavam dizer "ele era muita areia para o seu caminhãozinho". Você sabe que Yuta não pensa o mesmo, mas isso não diminui a sua aflição. Por fim, mais descansada, decide falar:
— Desculpa... — você diz baixinho, com o rosto escondido contra o pescoço dele. O cheiro de Yuta é tão bom, te acalma tanto...
— Não precisa se desculpar, amor... quando se sentir melhor para me dizer o que houve, pode me contar. Não vou te pressionar. — ele sorri para te reconfortar enquanto acaricia seu cabelo, fazendo um cafuné gostoso.
— É só que eu tenho medo... medo de que você me deixe. — você sussurra com a voz um pouco embargada, sentindo que iria chorar de novo a qualquer momento.
— Te deixar por quê? Tu é minha mulher, princesa... — Yuta te puxa mais para perto deixando um beijo no topo da sua cabeça. — Eu notei que você tá meio triste esses dias, e olha... eu só quero dizer que tô contigo pra sempre. Eu te amo, bebê.
Nessa hora seu coração se aquece, aquele aperto no peito se afrouxa. Seus olhinhos marejados brilham com as palavras dele e você admira aquele sorriso que a conforta tanto, que a faz tão feliz.
— Também te amo, Nayu... — você sorri minimamente e o abraça mais ainda, com mais intensidade.
Você sabe que insegurança não some assim do nada, mas que pode trabalhar isso, e Yuta é o homem que vai te provar todos os dias que você é o suficiente e ainda muito mais para ele.
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atticssmellgood · 1 year
Note
Hi, i'm from brazil and i often find it difficult to identify with the fic reader because they are usually american, could you make a spencer reid x foreign reader? it doesn't necessarily have to be Brazilian, any country is fine. Maybe he meets her at a bookstore in the foreign literature section and they start dating. kisses from brazil.
Call me?
Spencer Reid x Foreign!GN!reader(no specific pronouns)
Summary: Reader bumps into Spencer while looking for a book in the foreign language section.
Warnings: none!
A/N: Thanks so much for your request! I really hope you enjoy this, I tried my best. Let me know what you think! x
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You push the glass door open, a bell acknowledging your presence as you step into the small book shop.
The silence enveloped you in an instant, drowning out the hustle and bustle of city life outside. You stand there for a second, reveling in the earthy scent of the old store. Books were laying in stacks that were scattered around the small area, giving the place a disorganized but oddly comforting appearance. Plants and a thin film of dust decorated the various windowsills, further assisting the creation of a homey atmosphere. A tired looking high schooler sat behind the cash register, reading what looked to be a popular YA novel and sipping from a Starbucks cup. She glanced up at you and gave a soft smile before diving back into her reading.
With that, you quietly make your way to the back of the shop, breezing through the aisles with light feet and only stopping when you reach the foreign literature section. You ghosted over some French novels, beginning to get lost in thought as you looked for books printed in Portuguese.
Moving to America had been a bit of a challenge at first, but after spending a couple of years in the country, you found yourself adapting to the culture and language differences with ease.
However, that didn’t stop you from getting homesick every once in a while.
The feeling had become less frequent as time passed but it never went away completely. Sometimes, when you got that sick feeling in your stomach, you would come back to this little shop and buy a book in your own language. You found comfort in seeing the familiar letters printed out on the delicate pages of books. You even read out loud from time to time, if only to hear the words spoken out loud. That’s precisely why you were here today.
Your fingers traced the various spines lining the shelves, your eyes reading the different titles. Russian, German, Spanish. You recognized the words even if you didn’t know what some of them meant. You continue to search, confident you would find something even more interesting than the last one you read. You were too focused on finding the right book to hear the bell on the front door ring, or notice the lanky man making his way towards the same section you were in.
You come across a small book, the title printed in Portuguese. It read; Capitães da Areia
“Captains of the sand, written by Brazilian author Jorge Amado in 1937. Tells the tale of a gang of orphans living on the streets of Bahia with nothing but their wits.”
You jump back at the sudden voice, snapping your head towards the source with wide eyes and clutching the book close to your chest.
“Sorry! Didn’t mean to scare you!” The man held his hands up as if he was trying to calm a wild animal.
“It was one of my favorite books when I was younger…” he trailed off, scratching the back of his neck and smiling awkwardly at you.
You laugh a bit. “No, no it’s fine, I can be pretty oblivious sometimes.” You grin back at him, watching as he brushes a lock of messy brown hair out of his eyes. “Thanks for the synopsis though, I don’t think this has a summary on it.” You flip the book over to the back only to find that you were indeed right, it was completely blank.
He laughed at the little frown you gave. “I’m Spencer, by the way.”
“Y/N”
The two of you stare at each other for a minute and you take the silence as an opportunity to survey his appearance.
It doesn’t take a genius to figure out that this man was pretty damn gorgeous.
He was wearing a white dress shirt with a black button-up cardigan and dark slacks, the outfit being pulled together by a deep purple tie. His complexion was sharp, prominent cheekbones and a jawline that could cut diamonds, a stark contrast to his soft brown eyes. His hair was unruly, but it was strangely fitting. A messenger bag was slung across his torso, his hand gripping the strap.
Spencer cleared his throat in an awkward attempt to break the silence, effectively snapping you out of your thoughts.
“So, um, what exactly are you looking for?” You ask, hoping to ease the tension with casual conversation.
He seems to perk up at this “Oh, I was just seeing if they had anything new back here.” He glanced at the shelves and shoved his hands into his pockets. “Last time I was here, I only saw books that I had already read front to back.”
You think for a second before pulling a book from the top shelf and holding it out to him.
“Here, since I’m reading your favorite childhood book, you should read mine. Assuming you know Portuguese, of course.” He takes the book before looking back at you, confused.
“It’s only fair.” You say with a shrug.
Turning back to the shelves, you can’t help but notice the change in atmosphere. The quiet between the two of you is comfortable now. You watch from the corner of your eye as he skims over the different titles, pulling out a new book every few minutes. Every now and then you would catch him looking at you before he quickly turned his gaze back to the shelves.
“So….do you have a last name?” You ask.
“Huh?”
“I asked if you had a last name.”
“Oh, Yeah, It’s Reid.”
“L/N”
Spencer hums and goes back to his searching as you mule over his name in your mind, your lips moving as you silently formed the words.
Once you were satisfied with your book selection, you turn to leave, not wanting to disturb Spencer’s book-hunting. But just as you walk past him, he stops you with a light hand on your arm.
You look back at him.
His face is red, his lips slightly parted as if he wants to say something. You stare into his soft eyes, waiting for him to speak.
The eye contact seems to make him even more flustered, his gaze landing on the hand still on your arm.
“Um- I know we literally just met and we barely even talked and you have no reason to trust me at all and you probably already have a significant other or something-“
“Spencer, slow down, you’re talking way too fast.” You laugh, placing a hand on his.
“right, sorry.” He takes a deep breathe before speaking again.
“What I’m trying to say is- you’re really attractive, and I was wondering if you maybe wanted to go for coffee sometime…?” He asked hesitantly, his eyes finally meeting yours.
You smile and pull out a piece of paper.
“Do you have a pen?” You ask. Spencer digs in his pockets for a writing utensil and hands it to you, his expression puzzled.
You quickly scribble something down before handing the paper to him and promptly leaving to go pay for your books.
Spencer looked down at the slip of paper to find your phone number with a little heart drawn next to it and the message;
Call me?
_________
“You know, the reason coffee wakes people up is due to the fact that caffeine increases adrenaline production.” You and Spencer were sitting across from each other in a small cafe, you listening to him list off the health benefits of coffee.
“Consuming around 2 to 5 cups a day is actually linked to a lower risk of developing type 2 diabetes, heart disease, liver and endometrial cancers, Parkinson’s disease, even depression.” He finishes with a smile and a sip of his black coffee. “I’ll have to keep that in mind then.” You grin in response.
You could honestly listen to his rambling all day. The way his eyes glinted with excitement when he talked about something he finds interesting, it’s one of the cutest things you’ve ever seen.
The date continued like that for a while. He told you he worked for the FBI in the behavioral analysis unit—turns out he’s actually the resident genius there—and you told him about your own job. He listened intently when you told him some of the stories from your childhood, laughing along with you when you told jokes. He insisted you told him more about Brazilian culture and your family back home, asking questions and seeming genuinely intrigued by everything you said.
“I think your accent is really soothing.” Spencer says suddenly. You immediately stopped talking, your face growing hot as you watched his eyes grow wide.
“Sorry! Sorry, I just really like the way your voice sounds.” You could see his face getting red, clearly embarrassed by what he had said.
“Thanks, though I have to admit that’s quite an unusual compliment.” You chuckle, suddenly hyper-aware of your accent. He laughs with you, and you soon get back to the conversation you were having.
You were currently on the topic of his team back at Quantico when his phone went off. He pulled it out of his pocket, frowning when he realized what it was.
“I’m really sorry Y/N, I’ve gotta go. We have a new case.” He sighed, grabbing his messenger bag and standing up.
“Don’t worry about it.” You tell him, finishing off the last drop of your coffee that had been cold for a while now. “I should probably get going anyways.”
He smiles and gives you a wave before heading out the door.
You left the cafe feeling lighter than you have in a while, grinning to yourself all the way home.
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Sorry this isn’t really them dating, I can totally make a part 2 if you want! Please let me know🥰
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mirzamsaiph · 2 months
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“I do not bow to the whims of men,” She mocked, “They fear Aphrodite Areia and Aphrodite Androphonos as much as they cower at Aphrodite Ourania ”
giggling. Writing powerful woman within my fics will always be dear to me.
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jasper-the-menace · 18 days
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I need to do more with Areia Camael, the Dragonborn I made up for The Mind of Dragons. She has so much weird shit going on that wasn't even brought up in the fic itself.
She has an Imperial stepfather who helped her during her transition and was the one to offer her a new name. They were very close before all of the Dragonborn nonsense kicked off.
Her two best friends are J'zargo and Serana, which is an unfortunate combination. They appeared in the fic, but the trio's dynamics didn't really appear since Areia spent most of that fic borderline comatose.
In addition to being the Thane of Haafingar, she's also the Arch-Mage of the College of Winterhold and the Thane of Winterhold.
And now Areia and Miraak are in the same body and co-parenting Lucia in addition to being an absolute menace on the battlefield.
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strawmariee · 6 months
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Oieee voltei pra fazer meu pedido \o/
Então, eu tinha pensado em um bruno x leitora (romântico, por favor) num AU de fantasia onde o bruno é um sereio (ou tritão, sei lá o masculino de sereia ksjkk)
Eu pensei que ele podia conhecer a leitora quando ela estivesse pescando e acaba pegando ele com a rede mas o solta logo em seguida, o que desperta a curiosidade dele na leitora, já que os humanos tendem a capturar a espécie dele.
Aí talvez ele possa retribuir o favor salvando ela de um naufrágio ou então só trazer presentinhos do mar pra ela mesmo, o que faz eles se aproximarem aos poucos.
Desculpa pelo pedido grande, é que eu tô com essas fantasias na cabeça a bastante tempo e minha capacidade quase inexistente de foco não me deixa concluir essa historinha kjkkk
Novamente, gosto muito das suas fics. Tenha um bom dia/noite ^3^
Oi oi oiii! Eu achei muito fofo o seu pedido, e como eu tinha reassistido o filme da pequena sereia e também Golden Wind já que finalmente chegou na Netflix, e então fiquei bem na vibe para escrever esse request!! Espero que goste e uma boa leitura!🩷
Part of Your World
Bruno Bucciarati x Leitora
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O que normalmente as pessoas gostam de fazer em uma bela manhã de um sábado? Bom, existem várias opções como dormir, ver televisão, ficar com a família, ler…
No meu caso, eu gosto de pescar!
Minha casa fica em frente ao mar, que sempre permanece calmo independente de tudo. E é onde eu mais gosto de passar o meu tempo, já que é onde consigo organizar meus próprios pensamentos, sendo minha única companhia o belo som das águas contra o casco do barco e as gaivotas que tentavam roubar as minhas iscas.
E hoje não seria diferente!
A semana foi bastante torturante e cansativa por conta do meu trabalho e da minha faculdade, eu estava completamente estressada e precisava de um tempo sozinha, por isso que seguiria a minha tradição de tentar pescar algo para almoçar mais tarde.
Assim que coloco o meu chapéu, saio da minha casa segurando minha vara de pescar e a minha maleta de pesca onde se encontra meus anzóis reservas e iscas, na qual seriam bastante importantes. Eu inspiro tranquilamente com a familiar brisa levemente salgada enquanto caminho em direção a praia, me deliciando com a sensação da areia macia entre os dedos dos meus pés enquanto caminho na direção do meu barco que está ali, praticamente me atraindo para ele como se eu fosse um pedaço de metal e ele um ímã.
No entanto, fui capaz de perceber um som desconhecido ao longe próximo do cais, e logo fico em alerta. Minha razão diz para eu ignorar o som, mas meu instinto me diz para ir ver o que é. Optei pela segunda opção.
Mas o barulho cada vez mais alto começa a me fazer desconsiderar minha escolha de seguir minha razão, e começo a pensar que podia ser algum golfinho ou algum outro animal preso na costa.
Isso foi o suficiente para alterar minha escolha.
Começo a caminhar até o cais, questionando a mim mesma se estou fazendo o certo, mas resolvo apenas seguir o fluxo até ficar perto daquela estrutura de madeira.
— Olá, tem alguém aí?
Assim que minha voz ecoa, o som de repente cessou e com isso franzi minhas sobrancelhas e me aproximar mais ainda da ponta daquela estrutura, até que eu arregalei os olhos quando me deparei com um ser humano que estava preso em algumas redes,
— Meu Deus, como você conseguiu ficar desse jeito?! — Assim que ele ouve minha voz, sua expressão de repente muda para uma de assustado enquanto eu me aproximo.
— Pare, não se aproxime! — Ele de repente gritou, seu tom de voz mostrava sua desconfiança e aflição com minha presença.
— Calma, eu só quero ajudar. — digo de maneira sincera enquanto desço na água rasa e começo a andar até ele.
— Fique onde está!
E de repente, eu achei que estava vendo coisas ou que eu estivesse sendo influenciada por algum resquício de sono, mas não… Eu realmente vi o que eu vi…
Uma cauda… Uma cauda em forma de rabo de peixe.
Não é possível que eu estivesse de cara com um sereio! Eu sei que o mar é bastante vasto, mas nunca achei que a possibilidade da existência dessas criaturas seria possível!
Não consigo esconder a surpresa e o choque que se revelam em meu rosto, e isso pareceu deixar o homem em choque ao ver que ele revelou sua metade de baixo sem querer.
— Uau… — Essa é a única coisa que consigo dizer, mas logo despertei quando ele começou a se mexer novamente, tentando escapar da rede que parecia cada vez mais presa no corpo dele. — Ei, calma, deixa eu te ajudar!
— Já disse para não se aproximar, humana!
Eu não escuto o que ele fala, e vou me aproximando devagar até que eu pego um pouco da rede e começo a tentar puxar ela, no entanto, eu acabo o machucando um pouco sem querer e isso faz ele grunhir e arranhar o meu braço, me fazendo gritar de dor e soltar a rede.
— Ai!
Ele apenas fica mais nervoso e então eu apenas espero o momento que ele fica cansado e, quando ele chega, eu começo a mais uma vez a tirar a rede com mais cuidado dessa vez, e aproveito para verificar se ele ainda tinha algum outro machucado, entretanto, não encontrei mais nada.
Assim que ele ficou livre daquela rede, ele parecia um pouco mais calmo e não parecia ter a intenção de me atacar.
— Obrigado…
— De nada, não é preciso agradecer! — Eu sorri para ele e vi que ele estava prestes a me dizer mais alguma coisa quando seus olhos foram para a ferida em meu braço, quando…
— BUCCIARATI! Você está bem??
Meus olhos se arregalaram quando, um pouco mais ao longe eu pude ver três cabeças emergindo da água, e pareciam de três criancinhas.
— Fica quieto, Narancia! — A menina dos cabelos rosas diz para o garoto de cabelos negros que havia gritado antes, enquanto a outra criança apenas ficou olhando sem dizer nada.
— OLHA, É UMA HUMANA!! — O garotinho chamado Narancia aponta para mim enquanto exclama de forma aguda e surpresa e eu até me espanto.
— Fica quieto Nara!
As duas crianças gritam e então afundam o pobre garoto na água, e isso me fez ver que eles também eram como o homem que ajudei.
— E-Existem mais?!
Repentinamente eu senti algo áspero bater nas minhas pernas e eu acabei caindo no chão, e quando percebi, o Bucciarati já havia mergulhado e levando aquelas três crianças.
O que diabos acabou de acontecer?!
⋆。゚☁︎。⋆。 ゚☾ ゚。⋆
Após esse ocorrido, eu enfim pude ir para o meu barco para finalmente poder começar a minha tarefa de ir pescar, mas agora eu estava levemente hesitante. Agora que sei da existência dessas criaturas, nada impede a existência de outros seres mitológicos como um Kraken ou um Leviatã? Eu engoli em seco, mas como eu já estou no meio do mar… É triste, mas é a vida.
Eu então inspirei fundo e então abri minha maleta e coloquei uma isca no anzol antes de lançá-lo para as águas, e então começou a parte onde eu fico esperando…
Esperando…
E esperando…
Eu então fiquei olhando para as nuvens branquinhas no céu, me lembrando grandes algodões doces até que eu me espantei quanto a linha começou a ser puxada e eu me levantei logo no barco, vendo que em menos de 20 segundos um peixe já tinha fisgado minha isca! Eu puxei o peixe com toda a minha força e arregalei os olhos quando vi que era um grande peixe!!
— Meu Deus, muito obrigada a todos os deuses e santos que tiveram piedade de mim hoje! — Eu digo enquanto olho para o céu com um enorme sorriso enquanto puxo aquele enorme atum para dentro do meu barco.
— Que bom que isso agradou você.
Eu dei um gritinho e quase deixo o peixe escapar, e ao olhar para o lado eu vejo aquele mesmo sereio com ambos os braços apoiados próximos da proa do meu barco.
— Oh, o sereio de novo! — digo para mim mesma, todavia, ele pareceu ouvir minha frase já que ele arqueou uma de suas sobrancelhas.
— Tritão*, esse é o nome da minha espécie. — Ele diz e quando viu que eu fiquei levemente envergonhada pelo meu erro, ele deu uma risada.
— Desculpe. — Eu sorri levemente envergonhada, no entanto, o som do atum se debatendo me trouxe de volta para a realidade, e eu logo olhei para o tritão com curiosidade. — Foi você quem o atraiu para a minha isca? — Ele assentiu com a cabeça, e isso me fez inclinar a minha para o lado. — Mas por quê?
— Ora, você me ajudou lá atrás… É o mínimo que posso fazer, não é?
Eu sorri largamente enquanto eu admirava aquela criatura, conseguindo notar alguns detalhes que não pude antes, como suas orelhas parecerem com barbatanas, algumas pequenas escamas brancas peroladas na área de suas bochechas e no dorso de seu nariz, como também nos seus antebraços, mas diferente do seu rosto, ele tinha algumas manchinhas pretas que eram bastante bonitas.
— Será que eu posso perguntar uma coisa? — pergunto enquanto me aproximo cuidadosamente dele, que apesar de estar mais confortável com minha presença, ele ainda parecia vigilante sobre meus movimentos.
— Sim, claro.
— Por acaso… Existem outras criaturas como vocês sereias e tritões? — pergunto enquanto me sento perto dele e o encaro com bastante interesse por seus conhecimentos do mundo das águas.
— Bom…
⋆。゚☁︎。⋆。 ゚☾ ゚。⋆
A partir desse dia, eu fui me aproximando muito mais deste tritão, que descobri se chamar Bruno Bucciarati, e que ele era alguém bastante importante no reino dele. Sim, um reino de sereias e tritões! Mas para minha “sorte”, descobri que realmente existam outras criaturas marinhas que são dadas como extintas, como o Megalodon, Livyatan e etc. E só de saber isso me deixou assustada.
— Tá brincando Bruno, é sério?? — Eu quase que grito quando ele me disse aquilo, o que o fez dar uma pequena risada.
— Não estou brincando, mas não se preocupe, esses dois estão bem no fundo do mar, lá na Fossa das Marianas. Vocês humanos ainda não foram para lá, não é?
— Para você ter uma ideia, nós sabemos mais sobre o espaço do que sobre o mar!
— Sobre o espaço?
E assim eram nossas conversas durante esses meses em que ficávamos mais próximos, contando coisas mais gerais sobre nossos mundos. No entanto, hoje tinha sido um pouco diferente.
Assim que deu umas 16 horas, eu saí de casa e corri para a praia com rapidez, um sorriso largo logo apareceu em meus lábios quando vi Bruno em nosso ponto de encontro: Perto daquele mesmo cais que eu o salvei quando nos conhecemos.
— Olá Bruno, você está bem? — questiono enquanto me sento próxima da maré do mar, e ele logo fica ao meu lado com sua mão direita aberta e me mostrando lindas conchas com diversos tons de cores! — Bruno, elas são lindas!
— São para você. — Ele sorriu enquanto pega a minha mão e coloca as conchas, nas quais eu toquei com a ponta do meu dedo e sorri ao olhar para o tritão.
— É muita gentileza, muito obrigada! — Eu guardei as conchinhas em uma pequena pochete que sempre levo comigo e logo sorri para ele. — Não esperava por isso, você sempre consegue me surpreender.
Ele sorriu ladino por um momento, olhando para o sol que estava no horizonte, mas meu olhar continuava nele, o admirando secretamente. Não sei se isso podia ser considerado estranho, mas eu achava ele muito bonito. Não só por sua aparência, apesar da cauda, mas sua personalidade gentil, educada e cavalheira o deixavam mais belo.
A luz do sol refletia em seu corpo, e suas escamas pareciam brilhar como pequenas estrelas. Mas o que vem me chamando a atenção durante os meses é a tatuagem que ele tem em seu peito, parecia ser algo tribal mas não tenho certeza.
— O que acha dela?
— Perdão? — Eu despertei ao ouvir a voz dele e logo me toquei ao que ele está se referindo. — Oh, eu acho incrível sua tatuagem, ela tem algum significado?
— Ele é como uma marca da minha família, então todos que possuem o sangue dos Bucciarati possuem essa marca no peito. — Ele sorriu, parecendo orgulhoso enquanto me conta sobre aquele fato de sua família, e isso acabou me contagiando e me fazendo sorrir também. — Você quer tocá-la?
Sua fala de repente me deixou de olhos esbugalhados e senti minhas bochechas esquentando levemente com sua pergunta. No entanto, minha curiosidade estava maior do que qualquer coisa, e com a permissão dele, isso parecia um sinal para mim.
— Eu adoraria.
Ele então se vira para mim, me dando abertura para eu tocar em sua tatuagem que se mesclava em seu abdômen com o começo de sua cauda que também era simplesmente linda com aquele branco perolado, com bolinhas pretas e com uma linha dourado nas laterais. Eu então coloquei a palma das minhas mãos em sua tatuagem, o calor da minha mão tendo um contraste em sua pele gelada devido ao mar.
Eu consegui ouvir a respiração dele ficando um pouco mais profunda e lenta, e isso começou a me deixar um tanto quanto envergonhada, mas não poderia perder aquela oportunidade única. Usei a ponta do meu indicador para contornar a curva da tatuagem e então olhei para ele para ver sua reação, mas seus olhos azuis pareciam me observar de uma maneira singular.
— Está tudo bem? — pergunto como uma garantia de que isso não o está atormentando.
— Sim, não se preocupe.
Ele diz isso e eu não deixo de notar o seu rosto um pouco mais perto do meu e em como o coração dele parecia acelerado sob a palma da minha mão. Senti algo em minha perna e quando notei, a cauda dele parecia querer se enroscar nela, me fazendo ruborizar com mais força.
— Posso lhe dizer algo, S/n? — Ele diz em um tom de voz baixo enquanto seu olhar permanece nos meus. — Tem algo que não te contei sobre minha espécie.
— E o que seria esse algo?
Minha voz parecia mais baixa, mas por eu estar me sentindo acanhada, e meu próprio coração batendo mais rápido não estava me ajudando a pensar direito enquanto nós estávamos tão perto um do outro.
— Nós tritões… — Ele se aproxima de meu ouvido, sua respiração quente fazendo um suave carinho em minha pele e me dando arrepios na espinha. — Carregamos conosco o costume de presentear aqueles que possuímos um vínculo forte e, assim, desejamos estar juntos até o fim de nossas vidas.
Eu imediatamente sinto um frio na barriga quando nossos olhos se reencontraram, ele tinha um olhar firme e determinado, enquanto eu estava nervosa e surpresa por todas as suas palavras.
Eu imediatamente fiquei um pouco insegura por conta de nossa diferença de espécie, todavia, Bruno não parecia considerar isto.
— Eu… É…
— Você vai ser a minha mãe??! — Subitamente uma voz infantil ecoou no local, e logo vi aquele mesmo garotinho de cabelos negros nadando até a mim.
— Narancia, o que está fazendo aqui? — Bruno logo olhou para o garotinho que ficou entre nós dois, praticamente se deitando em minhas pernas.
— Desculpe Bucciarati, ele não quis me escutar e nem a Trish. — Aquele outro menino que estava com eles, um de cabelos dourados, emergiu das águas com a garotinha de cabelos rosas atrás, parecendo irritada com o Narancia.
— Ah, tudo bem, eu entendo…
— Ei! Você quem vai ser minha mãe?! — Narancia perguntou para mim e parecia animado enquanto toca nas minhas pernas de uma forma curiosa. — Que estranho, você não tem cauda! O que você é??
— Sou uma humana, pequeno Narancia.
— Uau! Que legal! — Ele parecia animado enquanto até mesmo se sentava em meu colo, analisando as minhas coxas, pernas e pés. — Você é estranha, mas gosto de você.
Eu olhei para o garoto com uma leve surpresa e indignação e ouvi uma pequena risada do Bruno e vi as outras duas crianças se aproximando e também me olhando curiosas.
É, acho que eu fui adotada por uma família, uma família de sereios.
The End
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julyhchan · 2 months
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Estou escrevendo uma fic e nunca me diverti tanto 🥲
Num bar tranquilo, Crowley, um cowboy experiente, é abordado por Aziraphale, um homem misterioso que o contrata para levá-lo a Boston. No caminho, revelam-se detalhes sobre suas vidas e sonhos, criando uma conexão improvável entre o rebelde Crowley e o médico Aziraphale. Enquanto enfrentam desafios, surge uma atração entre eles, misturando elementos de suspense e romance nessa jornada pelo Velho Oeste.
Quer ler?
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dearakaito · 2 months
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quando se escuta a sanfona, é porque é amor. ͏͏ ͏͏ ͏◌ ͏͏.⊹˚ ͏͏ ͏͏ ͏ ͏͏연준 ͏͏, YJ.
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gn!reader ، wc: 2.5k ، gênero: fluff, não-idol fic, yeonjun black hair, inspirado na safona de rubel ، tw: nenhum.
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enquanto fecha os olhos, o moreno não pode evitar de se sentir em casa. mesmo que essa não seja sua casa no sentido mais literal da palavra. mas aqui, agora, é o que se encaixa perfeitamente. 
as águas do mar vindo e se aconchegando a areia, a melodia mais pura sendo formada nessa dança. a brisa fria o convidando para mais perto, a bebida gelada com um sabor cítrico e adocicado único (pensou consigo em levar malas cheias daquele coquetel paradisíaco chamado caipirinha). 
tudo parecia a definição perfeita de um nirvana.
mas, talvez, o real motivo para que o menino tenha chegado no mais puro prazer e felicidade já descritos pelo ser humano, seja a companhia ao seu lado.
era você ali que o fazia se sentir no seus mais perfeitos sentidos. tudo o que havia acontecido antes de te conhecer se tornara mero barulho de fundo. às vezes ele se perguntava como chegou até aqui. como o destino conseguiu conectar duas pessoas de uma maneira tão simples. mesmo de olhos fechados, os únicos pensamentos circulando sua mente levavam até a ti. 
há 1 mês atrás, yeonjun não se via em um lugar tão belo quanto esse. há exatos 15.966 km de sua real casa. quando contou a seus quatro colegas de apartamento (estavam mais para cachorrinhos abandonados que terminaram vivendo com ele) que estava indo de férias para esse pequeno resort em fortaleza, no brasil, todos o olharam incrédulos.
de todos os cinco, yeonjun fosse talvez o mais apegado a sua vida e sua rotina. por mais que estivesse exausto, sempre dizia que não se imaginava fora de sua monotonicidade. 
mas o fim daquele ano foi definitivo para se afastar de tudo - até de seu precioso quarto, recheado de recortes de vários momentos da sua vida e vinis espalhados pelo chão. tudo havia virado um grande borrão de cores sem vida, acumulados por um estresse e melancolia, que não pareciam ter fim. 
seu destino aqui possuía uma única reta - somente de ida. o garoto não comprou passagens de volta e nem pretendia. o seu intuito era se desligar de tudo o que estava lhe fazendo confuso. 
“oi, com licença. você sabe me dizer onde fica o balcão pra check-in do resort? to há meia hora tentando achar e nada até agora.” e foi ali que ele te conheceu. o seu riso após terminar a frase, já dizia o que estava por vir. 
ele se viu encantado, até hipnotizado, na forma em que seus lábios proferiram cada palavra. a voz doce acompanhada por palavras que para ele não faziam o menor sentido. mas era apenas um mero detalhe. o moreno se viu tentado a entender o que você dizia, o que fez o som mais genuíno sair de ti.
“pera, você é estrangeiro? meu deus, desculpa. ai, ainda to falando português, né?” de novo, nenhum sentido se fez. mas para ele, olhar para você era o bastante.
talvez, somente talvez, o destino (ou qualquer outra força sobrenatural que pudesse existir nesse universo) o trouxe aqui para entender o que exatamente era a vida. ele ainda não sabia bem ao certo, se querem saber. mas talvez fosse isso que o garoto tanto precisava descobrir: as incertezas da vida nos fazem tomar rumos confusos, mas que nos atraem para as melhores respostas. 
e para yeonjun, essa resposta era você.
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© dearakaito, 2024 - do not repost, copy, or translate. // essa é a minha primeira vez escrevendo uma fic em pt-br e estou simplesmente apaixonada. não sei como nunca fiz isso antes. espero que todos os leitores brasileiros daqui do tumblr (ou pelo menos uma parte), possam chegar nessa estória. a gnt não tem tantas oportunidades de ler fics na nossa língua. então pensei em dar esse primeiro passo junto com outros incríveis escritores, que tbm querem construir esse caminho. muito obg se vc chegou até aqui. ♡
with love,
r.
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iamyme · 2 months
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9 Fandom Peeps to Get to Know Better
@dual-domination tagged me. Thank u! It was really fun
3 ships you like: I started thinking about this one and I realized that I have away less ships that I actually engage with than I thought, but, Shen Wei x Zhao Yulan (my currently obsession), Andrew x Neil from All for the Game (love love love them) and Aziraphale x Crowley from Good Omens.
First ship ever: God, this one bring *so* many memories hahah it was Mu x Aolia and Milo x Camus from Saint Seiya. Ironically, I never read the manga or watched the anime, I just found one day and randomly strated reading the fics, after that I read/watched The Lost Canvas and it was that. And from something that I *have* actually readed/watched: Kanda Yu x Allen Walker from D.Grey-man.
Last song you heard: To Well by Reneé Rapp
Favourite childhood book: "Um trem de janelas acesas", " A fada que tinha ideias" and "Loló Barnabé". "Loló Barnabe" was the first "real" book with lots of words that I got to read (I thought I was so grown up at the time hahah) and to this day is a favourite. It is the only one of the three that I don´t have anymore though :(
Currently reading: Catched up with the translation of "Lie Huo Jiao Chou" (and now I am suffering wainting) by Priest, started reading "Mrs Dalloway" by Virginia Woolf, and in the midlle of "Capitães de Areia" by Jorge Amado.
Currently watching: Just finished Hotel Hazbin (loved it), and gotta finish The Favourite By Yorgos Lanthimos that I paused yesterday.
Currently consuming: Right now? Water.
Currently craving: Chocolate. And brownies.
tagging @kebriones @robininthelabyrinth @lunarriviera
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2d-dreams · 10 months
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The Arts of Extras
little details of The Arts of Being or stuff that didn't make it to the fic
It was going to be even worse on poor Pollux. It's already pretty bad, but it could've been worse. Madelyn was going to die because of her illness [the reason she doesn't have more children] somewhere around the time where Pollux was married. And, as it was inspired by The Mind Electric, his stay at the asylum was also going to go horribly at some point, but i got rid of that idea quicker than the other one.
If A. Shape hadn't done surgery on Pollux, he actually would've died, or in the best case, been stuck in the side compressor in the hospital forever.
The Isosceles that was talking with Tyrone in the factory was actually Walter's father!
On that topic, did I ever mention Joline and her sons literally do not have last names?
A. Shape would've gotten rid of A. Sphere a few hundreds of years ago, but it actually didn't want to let him go. A thousand years alone with the Pointlands while waiting for the turn of the millenium sounds like torture. And it wouldn't want to go through that again.
Originally, the Apostles were supposed to re-activate a long forgotten portal, Gravity Falls style, for A. Shape. Or, before contact, they were actually going to try to get into the color factory. I cut both plots because they would make Part 3 too long.
A. Shape either doesn't have a name anymore, or has something weird like Axxcykbx. A. Sphere does have a name and also he's transmasc deal with it or die forever.
Pollux is friends with Drabk and Yndrd, yay!
The Lines mentioned in the epilogue are references to @presidentcircles-assistant 's R Line and @frau-line 's Areia.
There is another apostle of year 3000 - Shape and Sphere weren't supposed to contact Pollux and Bill after all.
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belartvenus · 1 year
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Bottom Louis Fic Fest 2022 - Ranking
Esse é o meu ranking das melhores fanfics (NA MINHA OPINIÃO) do festival!
 Infelizmente o BLFF 2022 já acabou, mas trouxe MUITAS fanfics larry maravilhosas que merecem muito a sua atenção e receberem vários “kudos”.
 Em cada indicação, explicarei os motivos de colocar essa fanfic no meu ranking sem dar spoilers!
Você pode acessar a coleção do BLFF 2022 clicando aqui.
Caso tenha interesse, aqui estão os links das coleções dos anos anteriores: 
BLFF 2021 BLFF 2020 BLFF 2019
Vamos começar...
1. Thawing Permafrost by smittenwithlouis
“Sempre que você vir uma miragem, poderá abrir um portal que o levará ao Oásis. Tudo o que você precisa fazer é dizer isso,” Harry explica mais, tirando Louis de seus pensamentos. Calidius, este Coiote exige Que lhe mostrem o Oásis, Entre a areia fervente. As mãos de Louis não podem deixar de segurar os antebraços de Harry em alarme, olhos imediatamente arregalados quando algum tipo de passagem exuberante aparece diante deles no meio do deserto de Calidian. Ou: Louis é das montanhas congeladas de Glacien. Harry é do deserto escaldante de Calidius. Eles vêm de mundos opostos, mas basta um casamento arranjado para uni-los como um só.
Sou um pouco tendenciosa colocando essa fic em primeiro no ranking pois sou uma pessoa que possui um fraco terrível por fanfics que abordam sobre sociedades tribais. Sinceramente, é meu gênero favorito, não atoa escrevia uma assim (infelizmente, não finalizada) no Wattpad.
E nessa fanfic, a autora criou todo um universo em torno dessas duas tribos de uma maneira que eu achei fantastica, as diferenças culturais entre os povos do Louis e do Harry, como Louis tenta se adaptar no novo ambiente, o comportamento deles em sociedade, toda a cultura que foi criada pelo autor... Acho fantastico, e eu adoraria muito uma parte 2. Além disso, a química entre os personagens também é sensacional.
2. Gallery of Us by levelofcharm
Harry sabia o que estava fazendo na vida, tudo em preto e branco, cada dia agradavelmente previsível. Sugira o animado estudante de arte, Louis, tentando encontrar seu lugar. Uma pessoa quase insuportavelmente feliz que às vezes se esquece de esconder o que sente encontra a pessoa que é diligente o suficiente para perceber e determinada a fazer a diferença.
Essa fic é absurdamente LINDA! Eu AMO o desenvolvimento dos personagens individualmente e AMO o desenvolvimento deles como CASAL com todas as suas diferenças gritantes de personalidade. Eu AMO como a pessoa abordou o Harry dentro do espectro autista, mesmo que não tenha se aprofundado nisso, mas está lá e está explicito muito bem abordado. 
É uma fanfic gostosa demais de ler com uma história muito bonita e um casal muito bonito.
3. Satellite by BoosBabycakes
Louis é uma mãe solteira trabalhadora, dedicada e amorosa, sem nenhum interesse além de fazer seu filho feliz, e que acha que o amor nunca mais baterá à sua porta. Harry é um homem solitário, bem sucedido em seu campo, e acha que tem sua vida sob controle e tudo planejado. Erros se encontram sem noção, vidas são viradas de cabeça para baixo da melhor maneira possível com a ajuda de um garotinho fofo e curioso, que só quer aprender cada vez mais.
Essa fic é TÃO LINDA e GOSTOSA DE LER! É lindo o desenvolvimento do relacionamento do Harry com o filho do Louis, como o Harry vai de um completo estranho que não quer nada com crianças para um amigo e depois para um pai apaixonado e dedicado.
O desenvolvimento do relacionamento dele com o Louis também é bonito, a forma como Louis cresce ao lado dele e vice versa, como as linhas entre eles começam a ficar borradas até que seja tarde demais e eles se apaixonam, mesmo com toda a cautela. Os momentos em família também são PERFEITOS.
4. Chasing the moment I’m hoping is coming by realiablyimperfect
Desde que Louis consegue se lembrar, ele está obcecado com a ideia de amor. Ele leu inúmeros livros sobre amor à primeira vista e viu muitos filmes da Hallmark. A ideia de uma alma gêmea - alguém feito apenas para ele - é algo que ele deseja desde que consegue se lembrar. Sempre esteve em sua mente e ele criou inúmeros cenários para quem eles são ou o que fazem, inspirando-se na literatura. A mãe dele preenche o resto dos espaços em branco; ele ouviu muitas histórias sobre um Louis de olhos arregalados olhando filme após filme, implorando por apenas mais um porque estava tão arrebatado pelo romance. À medida que crescia, seus gostos mudavam, é claro; ele também se ramificou em fantasia, ação e até filmes de terror, mas sempre há algo sobre o romance ao qual ele volta. Tantas histórias de amor foram contadas, recontado ao longo dos anos que Louis tem quase certeza de que ele será arrebatado. No entanto, há uma pequena torção em seu plano.
Ele é solteiro.
Essa fanfic me surpreendou muito, e assim que li as tags, me interessei. Sou uma pessoa assexual, no espectro aceflux, e mesmo que o Louis seja do espectro demissexual da assexualidade, eu me senti MUITO representada por ele nessa fanfic. 
Não existem muitas fanfics que abordem sobre a assexualidade, posso contar nos dedos de uma única mão quantas existem, e ter essa fanfic com essa representatividade SENSACIONAL, a pessoa que escreveu realmente fez o dever de casa ou passa pelo mesmo, e com uma história também SENSACIONAL... Foi um colírio para os meus olhos. Vale muito a pena ler essa fic.
5. Sweet as Honey by TeamLouis
Louis sempre foi péssimo na cozinha. Ao descobrir Sweet as Honey no Instagram, do chef Harry Styles, ele pretende zombar dele recriando suas receitas com suas péssimas habilidades, postando fotos em sua própria conta no Instagram, Nailed It. É tudo divertido até que Harry pede para conhecê-lo.
Essa fanfic, pelo menos eu tive essa experiencia, ela te conquista. É uma história suave e engraçada, com desenvolvimento de personagens e de relacionamentos de uma maneira muito leve e que torna a leitura muito agradável e tranquila. Não tenho muito o que falar sobre ela justamente por não ser uma fanfic que aborde situações complicadas (apesar do Louis e do Harry ansiarem um pelo outro) ou personagens quebrados ou com problemas, mas ela merece essa posição alta.
6. To Paint A Symphony by MyEnglishRose
Apesar de ser pintor de casamentos, Louis nunca teve uma visão muito otimista da vida conjugal. Amor, claro, ele é um romântico incurável e anseia por um parceiro doce, para se sentir adorado e querido, mas uma parte dele duvidará para sempre que o amor pode durar para sempre, uma faísca nunca dura muito, afinal, então ele pinta porque pincela de tinta pode permanecer para sempre e inalterado se for bem cuidado, cuidado e acarinhado do jeito que ele gostaria de ser, a salvo de um futuro incerto. Harry, por outro lado, como intérprete e letrista, entrega-se ao prazer. Ele ama o amor, nunca perde um momento, nunca hesita, sempre tão certo do que quer. Canções vão e vêm no rádio, ora esquecidas, ora transcendendo gerações, do jeito que as pessoas saem, e outras ficam.
Em um casamento sob o céu de verão e cercado por um mar sem fim, dois amantes aparentemente opostos se encontram, e talvez um aprenda a se deixar sentir e cair, e o outro se permite ter esperança e se agarrar.
Essa fanfic é MUITO BOA, muito perfeita. Se não fossem pelas fanfics anteriores, estaria em uma posição muito mais alta. Eu amo como ela é bem desenvolvida, como o Harry e Louis crescem individualmente antes de se envolverem em um intenso amor de verão, mas com a faísca entre eles sempre lá, apenas esperando o momento certo para acender. E um amor de verão que pode se tornar um amor para a vida.
A leitura é prazerosa e divertida, e a fanfic é intensa exatamente nos momentos que deveria ser, e ainda possui uma delicadeza em relação a pintura e ao talento do Louis que me conquistou.
7. Baby, Loving you is the real thing by happilyyhalo
Harry nunca pensou que estaria cuidando de uma criança aos vinte e um anos - bem, tentando de qualquer maneira.
Gente, essa fanfic... É TÃO BONITA!!! Sei que falo muito isso de todas as fics que botei aqui, mas... É SÉRIO, É MUITO BONITA! Não sei como falar o quanto ela é bonita sem dar spoilers, mas ela É! Apenas, muito fluffy, muito harry papai, louis mamãe, muito relacionamento doméstico, desenvolvimento do relacionamento deles, etc... É TUDO.
8. This is how you fall in love by Halfwayhomelou
Quando a filha de 16 anos de Harry Styles o arrastou para ver seu artista favorito, Louis Tomlinson, em um show, a última coisa que ele esperava era ser convidado para os bastidores. Sem saber, sua vida estava prestes a mudar para sempre.
Essa fic me surpreendeu, confesso que quando comecei a ler eu não dava muito por ela, mas essa fanfic me conquistou e demonstrou ser MUITO BOA. O desenvolvimento do casal é bom e os momentos de tensão e o ápice da fic não te decepcionam, mesmo.
9. Every witch way by falsegoodnight
A última coisa que Harry quer fazer neste verão é administrar a loja de ocultismo de sua tia enquanto ela estiver fora, mas é aí que ele se encontra, amargo e entediado. Isto é, até que um menino e seu gato tropeçam na vida de Harry e a viram de cabeça para baixo.
Mais uma vez falsegoodnight me mostrando como é impossível que uma de suas fics me decepcione. NÃO EXISTE UMA. Todas me conquistaram, e essa não foi diferente. A fic e o universo mágico criado em torno da história são muito interessantes, e mesmo com momentos de tensão e angustia, consegue ser leve e engraçada, prendendo sua atenção do inicio ao fim.
10. Not afraid of living on a fault line by maroonmoonlouis
aquele em que Harry é um beta deprimido e ansioso que passa meses a fio na cama, dispensando sua banda e fãs e lembrando-se de quando tinha algo pelo que viver. Entra Louis, o fofo ômega em sua cafeteria local, que mostra a ele que talvez a única coisa pela qual ele tenha que viver seja ele mesmo.
Outra pessoa que mostra que NUNCA decepciona. Essa fanfic também merecia uma posição muito mais alta se não fossem pelas histórias anteriores, pois essa também não tem UM DEFEITO. Me surpreendeu também pois não uma pessoa que curte muito a tag “florecimento tardio” no ABO (a tag basicamente se consiste em a pessoa apresentar seu verdadeiro gênero tarde, sendo considerado um beta até então), mas essa história me conquistou. 
O Harry é um personagem quebrado do inicio ao fim, mas o desenvolvimento dele e a sua luta são admiráveis, e é lindo como o Louis está do seu lado não importa o quê. Os sentimentos crescem, e os meus também.
11. What a wicked thing to do (to make me dream of you) by maroonmoonlouis
os herdeiros Louis e Harry foram prometidos como companheiros um ao outro por toda a vida. Espera-se que eles sejam o par perfeito para honrar suas famílias. Louis não pode deixar isso acontecer.
Mais uma dessa pessoa que, como eu disse, nunca decepciona.
É uma Dark Academia AU (que para quem não sabia o que era assim como eu antes de maroonmoonlouis e outropeace decidirem falar sobre, é um estilo de moda e de vida). E, no começo, pela sinopse completa, eu estava com medo de ler por não querer sofrer tanto... 
Mas ledo engano, a fanfic é super gostosa de ler e tem uma leveza impressionante apesar do “enemies” to lovers entre Harry e Louis do inicio ao fim. 
12. Heart of sugar, Sweet temptation of mine by pjinkfleur
O processo de namoro está seriamente ultrapassado hoje em dia, não é mais comum; as pessoas não querem passar pelo incômodo de um namoro adequado, namorar é mais fácil. Louis, porém, ele foi criado em uma família muito tradicional, todos os membros, até seus pais, tiveram uma cerimônia de namoro e acasalamento. Ele cresceu ouvindo histórias sobre como é maravilhoso, quão mais profunda pode ser a conexão entre um casal de namorados, e ele quis isso para si mesmo desde que era um filhote, sempre sonhando com seu alfa aparecendo e tirando-o do chão. . Seus sonhos parecem estar se tornando realidade quando ele se muda para um novo prédio, mais perto de onde trabalha, e o alfa mais velho que mora no apartamento em frente ao dele inicia o processo de namoro. Tudo o que ele sempre quis está ao seu alcance. Ou é?
Mais uma fanfic muito boa e para quem gosta de leiturar SUPER tranquilas, sem problemas extravagantes e personagens quebrados (pessoas traumatizadas tentando sobreviver juntas se apoiando uma na outra). Além disso, eu acho essa fanfic engraçada e é bem fluffy. 
13. Borrow the moonlight by princelouisau
Louis e Harry se separaram há três anos. A última coisa que Louis espera ver quando é enviado para ajudar um hóspede é Harry, a 3.000 milhas de distância de onde deveria estar.
Apesar da posição, essa fanfic é uma das minhas favoritas e com certeza irei reler novamente. O apelo de exes to lovers dá um toque a mais de angustia/conforto na história, e o amadurecimento do Harry e o tanto que ele tá disposto a (re)conquistar o Louis é cativante. 
O Louis também é um personagem complexo que merecia o mundo inteiro, mas infelizmente as coisas não são fáceis pra ele do inicio ao fim, mas é isso tudo que o torna um personsagem sensacional de acompanhar e para torcer por, e o que torna o final ainda mais doce.
14. Dark doom, honey by outropeace
Louis ergueu um ombro, os lábios ligeiramente franzidos. “Você está agindo como um idiota.” A boca de Harry se formou em uma linha fina, as sobrancelhas se unindo. “Eu não estava sendo um idiota, eu estava seguindo minhas próprias regras. Aqueles que sempre sigo quando estou prestes a começar um acordo com uma nova submissa. Se você não quer isso ou está com dúvidas, devemos parar agora. Mas se fizermos isso, quero deixar bem claro, nunca vou fazer nada que você não queira, mas você tem que saber que nunca vou ser doce, eu não faço doce, você já viu o que eu faço. Se você quer algo diferente, pode ir a encontros, não é isso. Estamos entendidos?" Foi a saída perfeita. Louis poderia simplesmente dizer não e suas vidas continuariam como estavam. Até agora, nada foi alterado além do reparo. Mas ele queria ser. Em algum momento de sua vida, muito antes de Harry e das traições, Louis perdeu um pouco de si mesmo, e nunca se sentiu mais perto de recuperá-lo do que em Lair, com Harry. "Cristal."
As fanfics de outropeace sempre tiveram um apelo muito interessante para mim (apesar de eu não sentir o mesmo pela sua outra fanfic publicada no festival...), pois são poucos os autores que escrevem fanfics com personagens ambíguos/moralmente cinzas. 
Personagens que não são perfeitos, que não são bonzinhos ao mesmo tempo que não são maus, e que tem todo esse desenvolvimento no decorrer da história que fazem com que eles cresçam como pessoas e amadureçam, refletindo no relacionamento também. Essa fic é uma delas, e não me decepcionou nenhum pouco.
15. Catch me if i fall by shimmeringevil
Amantes quando estão no palco, mas rivais amargos assim que saem do palco, Harry e Louis se enfrentam desde o momento em que se conheceram. Presos em um impasse que eles esperam enfrentar até a formatura, as coisas mudam quando Harry descobre que Louis está escondendo um segredo.
Para mim, essa fanfic teve alguns defeitos que não cabe a mim dizer, pois prefiro que o leitor crie sua própria opinião sobre, PORÉM... A fanfic continua sendo LINDA e de uma leitura agradável apesar do clima de tensão entre os personagens até certo ponto, e no momento do ápice da história. É uma leitura que vale muito a pena.
16. Once burnt, twice shy by pluckedcherries
Prompt 178: “Sou bombeiro e você começou um incêndio em sua cozinha, mas ainda está flertando comigo, embora não esteja usando calças e eu esteja carregando você escada abaixo enquanto você elogia meus músculos” AU.
Louis e Harry são opostos em todos os sentidos. Onde Louis é um autor best-seller da cidade, Harry é um bombeiro de cidade pequena que nunca saiu de casa. Onde Louis é espontâneo e espirituoso, Harry é introvertido e calmo, nunca se desviando da rotina. Quando um acidente malfadado e um gato malhado excepcionalmente inteligente os unem, eles são forçados a confrontar seu passado e forjar um começo melhor para si mesmos.
Faíscas voarão ou tudo explodirá em chamas?
Apesar do Harry ser um personagem um tanto quebrado, com seus próprios traumas e problemas pessoais para resolver, a fanfic consegue ser uma história leve e engraçada, mesmo quando chega no seu momento de tensão, e não demora muito para que tudo seja resolvido como deve ser e com uma boa e sincera conversa. Uma fanfic que com certeza lerei de novo um dia.
17. Blackberries and Cherries by lilliandherself
Louis é um bruxo e Harry é seu amigo humano. Quando Harry precisa de ajuda para se concentrar em seus trabalhos escolares, a solução óbvia é pedir uma poção a Louis. Você poderia dizer que as coisas não vão muito bem.
Mais uma fanfic engraçada nessa lista, e é esse toque de comédia que torna a leitura tão agradável e tão gostosa. Não sei como opinar sobre ela sem dar spoilers, porque é uma fic pequena, de leitura rápida, mas que definitivamente vale a leitura e vale a pena ser repetida.
18. Derail the Mind of Me by pleasinglouis
A Unidade de Análise Comportamental é chamada para ajudar o departamento de polícia de uma pequena cidade a encontrar o assassino deixando para trás uma série de vítimas com uma assinatura particularmente chocante. O perfilador do FBI, Harry Styles, deve trabalhar com sua equipe para descobrir o suspeito responsável por uma série de assassinatos horríveis e pode descobrir seus próprios sentimentos ocultos pelo analista técnico da BAU, Louis Tomlinson, ao longo do caminho.
Mais uma pessoa cuja fanfics nunca me decepcionam, mas posso ser suspeita já que uma das minhas fanfics favoritas (Life and Love find a Way) foi escrita por ela. 
Essa fanfic é MUITO boa, ela acerta muito no mistério e na sua abordagem em relação a investigação criminal, que infelizmente é um gênero de fanfic ainda pouco abordado em fanfics larry. 
19. A little bad luck by alltheselights
"O que diabos você quer dizer com eles desistiram?" Louis pergunta. Este homem - demônio, seja o que for - olha para Louis com um olhar fulminante antes de jogar a maçã que está comendo. Ele erra a lata de lixo por cerca de um pé, caindo no chão da cozinha de Louis e definitivamente deixando um resíduo pegajoso que ele terá que limpar mais tarde. "Você continuou se metendo em problemas e a experiência de vida após a morte deles se tornou muito estressante, então eles desistiram. Depois que o quinto anjo da guarda deixou o cargo na semana passada, não havia outros voluntários, então foi aí que entrei. Eu estava ficando entediado de receber almas para o inferno de qualquer maneira ... eles são tão chorões, eu sempre fico tipo, mano, apenas cale a boca..." "Então você é meu demônio guardião," Louis diz categoricamente, cortando o demônio/homem/coisa antes que ele possa ir mais longe. Ele sorri o suficiente para mostrar covinhas, que parecem uma coisa completamente inapropriada para um demônio ter. "Exatamente", o demônio confirma.
Essa fic me prendeu do inicio ao fim, e ela tem uma revelação que me deixou muito surpresa, apesar de (pra mim) não ter causado o impacto que poderia ter causado (me pareceu um pouco jogado, já que não fomos preparados durante a leitura pra isso, tipo, não houve uma dica ou algo que te fizesse suspeitar). Porém, é uma fanfic que lerei novamente, com certeza, ela não deixa de ser muito boa por isso.
20. You go undercover (you cross your fingers) by forthetherapy
Quando eles chegam ao topo da escada, Harry coloca o carrinho no chão com cuidado. "Obrigado", diz Louis. "Meu heroi." Harry ri. "Você não precisa de resgate", diz ele. Louis não achava que a maternidade seria fácil, mas certamente não estava preparado para o quão desafiador seria. ele também não estava preparado para um certo alfa chamado harry aparecendo toda vez que ele precisa de ajuda até que aceitar não seja mais uma coisa difícil de fazer.
Me dói colocar essa fic em último no ranking, porque ela é bonita e o Louis é um personagem muito forte nela em relação a toda a situação que ele está passando. É ABO com Touch Starved, o que foi uma coisa que me chamou a atenção e atiçou minha leitura, fora o fato de ser Loummy. 
No entanto, eu achei o desenvolvimento da fanfic um tanto rápido e ela poderia ter sido mais profunda e trabalhada em alguns pontos e momentos, mas de qualquer forma, como eu já disse sobre todas as fanfics aqui, a leitura vale MUITO a pena.
Enfim, esse foi o meu Ranking Top 20 fanfics do BLFF 2022, e todas as fanfics aqui foram as minhas favoritas do festival e são INCRÍVEIS, espero que quem for ler baseado na minha opinião, não se arrependa e aceito feedbacks!
Boa leitura! :)
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dejuncullen · 2 years
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Chuva de Outono - Xiaojun (Nct/WayV)
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Notas da autora: Mais uma vez trazendo as fics do outro site para cá. Algo bem soft pq sou ablubleble por esse macho, apenas isso. ❤
Contagem de palavras: 2.201
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A cadeira de balanço não parecia mais tão interessante quanto antes, tampouco o exemplar da “Farsa da boa preguiça” em seu colo, ou “Casos de família” que estava sendo transmitido em sua TV. 
 Sentia falta de algo, na verdade de alguém. A tediosa tarde de outono parecia incompleta sem o seu homem ali do seu lado, lhe contando piadas ou histórias de terror que ouvira do seu bisavô, em uma viagem que fizeram para o interior de Lajedo.
 Inconformada com toda a monotonia, se levantou de onde estava, desligou a televisão e foi em direção à cozinha, ao passo que soltava os longos cabelos do coque bem preso, permitindo que escorressem como uma cascata até o meio de suas costas. 
 O gato adormecido perto da soleira despertou, caminhando preguiçosamente até a moça e se enroscando por entre as suas pernas, dificultando a caminhada da humana. E como se não bastasse, fora a vez da cadelinha, Bella, correr para dentro da cozinha, sujando todo o piso com suas patas cobertas de lama devido a chuva fina que ocorrera minutos atrás. 
    — Calma, meus bebês. — pediu com carinho e se agachou para acariciar ambas barriguinhas voltadas para cima — Mamãe está aqui e papai daqui a pouco chega, hm? — se levantou e seguiu em direção a pia, lavando os poucos pratos que restavam e observando o lado de fora pelo basculhante.
 Bem-te-vis cantavam no jardim, o vento fresco espiralava pelos pés de caju e limoeiro, forçando às folhas a chacoalhar e derrubar as gotículas de chuva que ainda restavam em algumas delas. 
 
As roupas, antes estendidas, estavam postas em uma pilha sobre a cadeira de madeira, aguardando apenas para serem dobradas e guardadas. Ao recordar do desespero em salvá-las do temporal, a garota se permitiu sorrir minimamente com a lembrança. Estava lendo seu livro no momento em que a senhora da casa vizinha gritou: “Gabriel, olha a chuva!”, indicando ao filho que retirasse as roupas do varal. E aproveitando o aviso, pôs-se a correr para retirar as suas também, salvando-as a tempo. 
 O clima em Recife sempre fora indeciso, muitos dias com sol, daqueles que você consegue comparar com uma amostra grátis do inferno. Porém, quando você menos espera vem a chuva forte, molhando a pessoa sem ao menos ela esperar. E ao pensar nisso, a garota concluiu que se assemelhava a cidade, era indecisa tal qual seu clima. Por vezes, em brigas desnecessárias, ela apenas pedia para Dejun sumir de sua frente, mas quando ele fazia isso logo ela ligava pedindo para que ele voltasse, pois sentia falta do carinho e do amor dele.
 Tê-lo por perto acalmava o seu coração, deixava-o quentinho. Tudo em Xiao era perfeito para si, desde o seu romantismo incurável, às piadas sem graça que contava nos jantares.
 Conhecê-lo na praia de Itamaracá fora um acaso, nunca pensou que pudesse achar o amor de sua vida tão fácil assim, sequer imaginou que um dia amaria alguém, até que esse dia finalmente aconteceu. 
 Ele estava junto aos seus dois amigos, Hendery e Yang Yang. Passeavam pela areia ostentando a aura gringa e pedindo para serem assaltados todas as vezes que erguiam os celulares caros para tirar fotos. 
 A princípio ela os achou boçais, não passavam de meros playboyzinhos, galerosos de prédio, pensou. No entanto, ao cruzar o olhar com o de Dejun todo o seu pensamento mudou, pôde sentir o exato momento em que seu cupido lhe fincara a flecha do amor, e não foi diferente com o rapaz. 
 Envergonhada, ela sorveu o restante do raspa-raspa de morango e menta no seu copo, tentando desviar a atenção dele, o que não adiantou muito, já que o chinês era insistente. Ao vê-lo se aproximar, tratou de juntar suas coisas e jogar dentro de sua bolsa, pronta para fugir, o que não ocorreu pois Xiao fora mais rápido em segurar seu punho e lhe direcionar o primeiro “Olá!”, ainda embolado e com sotaque. 
      — Oi. — respondeu sem muito interesse, desviando a atenção e observando os amigos que se afastavam, apenas para observar os dois por outro ângulo. — Seus amigos estão indo embora, melhor segui-los ou irá se perder aqui. Não serei guia turística de ninguém.
 E foi nesse exato momento em que ela percebeu que Dejun não era mais um playboyzinho, e que dentro dele existia uma coletânea de romances, ansiosos para serem usados e descobertos. 
 De um simples “Olá” a conversa fluiu até a troca de número de ambos, marcando um encontro melhor na parte da noite. Ela não pretendia ficar na ilha até tarde, morava trinta minutos dali, em outra cidade. Entretanto, ao encarar o olhar pidão do rapaz decidiu não recusar o convite. 
 Lembrou-se do seu tio que tinha uma casa na praia e correu em sua direção, pedindo para tomar banho ali e se trocar, obviamente que não iria na casa de estranhos para fazer isso, então preferiu fazer isso na residência de um familiar, mesmo não sendo tão próxima dele. Quando anoiteceu, seguiu ao local de encontro, a praia, e o encontrou sentado na areia. 
 Vestia uma bermuda bege, camisa de botão branca, os pés estavam descalços e as bochechas rosadas por conta do sol mais cedo, uma visão extremamente fofa para a garota. Abaixo de si uma toalha gigantesca, estendida para protegê-los da areia e sobre ela, vinho, o celular com a lanterna ligada, uma tábua de frios, tapiocas de queijo e coco e alguns doces de caju, aqueles que se costuma comprar em conveniência e vem lotado de açúcar.
— Você veio! — expressou sem conseguir esconder o entusiasmo em rever a sua paixão de verão — Venha, sente-se aqui. — bateu algumas vezes na toalha e ela o obedeceu, sentando ao seu lado e abraçando os próprios joelhos, enquanto acompanhava o ir e vir do mar. 
— Pensou que eu te deixaria aqui sozinho? Eu não perderia comida de graça. — tentou parecer engraçada e talvez tenha dado certo, já que viu um novo sorriso brotar nos lábios dele. — Como soube que eu gostava de tapioca com queijo? Inclusive, estava louca para comer uma hoje. 
— Para ser sincero tentei pedir os pratos mais típicos, ainda estou me acostumando com a culinária local. — se explicou, aproveitando para alcançar uma uva da tábua e comer lentamente — Fico feliz que acertei, acho que isso conta como um ponto para mim. 
— Meio ponto, eu diria. — alfinetou e ele elevou uma das sobrancelhas grossas. Continuou a mirá-la com afeto, encantado em como ela estava feliz comendo aquilo, parecia ser sua comida favorita. Agradeceu mentalmente quando a brisa forte bagunçou as mechas femininas e lhe possibilitou colocá-las por trás da orelha dela, aproveitando para acariciar a bochecha e olhar profundamente em seus olhos — É… — desviou do contato visual e ele fez o mesmo, notando que tinha talvez ultrapassado os limites — Obrigada por isso, mas não precisava ter gastado tanto. 
— Não é um gasto quando fazemos isso para alguém que amamos. — disse sem rodeios e a garota se segurou para não rir. Estava tão desacreditada no amor que já não conseguia mais cair em cantadas baratas, muito menos as que vinham do acompanhante — O que foi? Falei algo engraçado?
— Não, mas… Isso não cola, okay? — bateu uma mão contra outra e se livrou dos farelos.
— O que não cola? — questionou ainda confuso com as gírias, fazia pouco sentido em sua cabeça. 
— Tipo assim, boy, é que eu não vou cair nessas tuas palas pebas, ‘tá ligado? Deixa de moscar, tu é muita areia para o meu caminhão, só que eu também sou muito para o teu. Então, bora só terminar esse jantar e pegar o beco. De boa, meu comparsa? — tentou parecer o mais galerosa possível, para que ele desistisse de tentar cortejá-la.
— O quê? — voltou a ficar confuso e ela por fim entendeu que falava com alguém que ainda não dominava o português, quiçá o pernambuquês e suas gírias. 
— Droga! Esqueci que você não entende gírias ainda. — oscilou a cabeça sentindo-se tola por isso, e planejou o que iria falar a seguir — Eu só queria dizer que esses tipos de flerte não dão certo comigo, eu mereço mais que meras cantadas baratas. Se soubesse o tanto de vezes que já ouvi isso, desistiria na hora. Não quero mais alguém fazendo meu coração de brinquedo. 
 O chinês pareceu pensar, provavelmente traduzindo mentalmente palavra por palavra até que a frase fizesse total sentido em sua cabeça. 
    — Mas eu não estou mentindo. — se defendeu, pousando a sua própria mão em cima da dela que encarou tudo aquilo aflita e com o coração palpitando frenético — Eu… eu realmente acho que gosto de você. É tão difícil acreditar em amor à primeira vista? 
— Sim. — a resposta saiu mais seca que o esperado ao recordar das desilusões passadas — Sabe, Xiao, o jantar foi ótimo, mas preciso ir. — tentou se levantar e ele segurou o seu braço, impedindo-o de deixá-la. 
— Por favor, deixe-me provar que realmente gosto de você. — suplicou, os olhos oblíquos brilhando em ansiedade e a boca que tremia com o medo antecipado da perda — Por favor… — sussurrou, recusando-se a desistir e deixá-la partir para longe. 
 A garota não respondeu, somente concordou em silêncio e aquilo fez o coração de Dejun se animar. Não queria parecer ansioso, porém, desde que a encontrara o que mais desejava era beijar os lábios fartos e sentir mais de perto a sua pele macia. Não deixou de recordar sobre a conversa animada que tiveram no mar, na areia e até quando foram em direção aos chuveiros de uma das barracas de praia — próximo ao estacionamento — junto aos amigos para poderem tirar a areia grudada no corpo. Ela era encantadora para si e queria que nunca mais o deixasse, seu corpo e mente imploravam para que ela fosse sua, e se a garota permitisse, faria o possível para ser o melhor namorado, todos os dias. 
 Já haviam se passado sete anos desde o primeiro beijo, sob a luz do luar e alguma música de Reginaldo Rossi que não deram tanta importância no momento. Mesmo assim, ambos ainda sentiam as borboletas na barriga todas as vezes que recordavam da cena, pareciam eternos adolescentes perdendo o BV e tudo isso tornava o relacionamento ainda mais encantador. 
 Enquanto recordava, a garota não notou que deslizava o indicador pelos lábios e o retirou assim que notou a torneira aberta, desperdiçando água. 
    — Ai, meu Deus! Que cabeça de vento. — fechou com agilidade e correu os dedos pela franja, jogando-a para trás. Olhou para o céu e viu que mais nuvens de chuva surgiam, trazendo consigo a atmosfera que tanto amava, mas não quando estava sozinha. Seus olhos alcançaram o porta-retrato com a foto de casamento e sorriu ao lembrar do marido, não notando e se assustando quando ele a envolveu em um abraço e repousou o queixo em um dos seus ombros. 
    — Vem vindo chuva aí, isso quer dizer que temos que dormir de conchinha. — a voz grave e aveludada ressoou no seu lado direito, e ela se animou ao saber que ele finalmente estava em casa para lhe acompanhar — Queria ter chegado mais cedo para te ajudar a tirar as roupas do varal. Alguma delas molhou? 
— Não, consegui salvá-las a tempo. — respondeu, enxugando as mãos molhadas no vestido longo e floral. 
— Ai, que ótimo então. —  a virou de frente para ele e a fez encostar na pia, aproveitando a oportunidade para beijar os lábios dela. — Senti a sua falta. — ainda com o rosto próximo, disparou uma sequência de selinhos enquanto sussurrava juras de amor, passando a acariciar o rosto feminino com a ponta dos dedos. 
— Também senti a sua, meu amor. — enlaçou os braços no pescoço do seu homem e deitou a cabeça em seu peitoral — Não sabe o quanto me senti sozinha. — em um murmúrio ela explanou a sua frustração de mais cedo, o que fez o Xiao sentir uma pontada de culpa por não estar presente devido ao trabalho. 
 Sem saber o que responder, notou as primeiras gotas de chuva que caíam lá fora e decidiu que era o exato momento para alegrar a sua esposa. Com as mãos entrelaçadas, Dejun a puxou para o jardim, correndo por entre as árvores e a pequena horta ao chão. 
 Riam como os casais de filme, alegres com tão pouco. Não tinham a casa mais bela da rua, sequer ostentavam o carro mais atual e tampouco possuíam a riqueza da família do chinês, haviam abdicado de tudo pelo amor, conscientes de que deveriam trabalhar dez vezes mais para conseguirem se manter. No começo fora difícil, no entanto, conseguiram superar e agora as coisas pareciam estar mais leves e tranquilas, tal qual a chuva de outono que caía e os molhava.
 Para ambos o mais importante era estarem juntos, criando momentos e lembranças, vivendo como se fosse o último dia e ansiando pela chegada daquela pequena semente que aos poucos crescia na barriga da garota, escondida pelo longo vestido floral.
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louis28cm · 8 months
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eu gosto de ler tudo! fiquei de ressaca e tô uns meses sem ler nada que não seja fanfic, pode me recomendar as suas favs se quiser
ok!!! eu só lia quando era criança, li poucos livros sérios na vida. mas gostei muuuito de: extraordinário; o lar das crianças peculiares (tem um nome mt grande); nárnia li quase tudo & finalmente CAPITÃES DA AREIA!!!!!!! MUITO FODA sou apaixonada nesse. (e vc pediu pra recomendar fic tambem? acho que entendi errado entao vou ficar quieta 😰
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louiehrry · 3 years
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BACK FOR YOU - capítulo 03.
⤷ OLD QUE HACKERAM A MINHA CONTA
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⤷ ESSA É MINHA BANDA FAVORITA!
UMA SEMANA DEPOIS
S/N e Tom trocavam mensagens todos os dias, a conversa fluía bem e naturalmente. A garota se sentia bem, Tom era gentil e engraçado com ela, totalmente diferente de Harry. Ela não esqueceu do moreno de olhos verdes, ela só priorizou outras pessoas e tudo continuava igual, nada mudou.
Harry não teve uma reação de tristeza quando descobriu que a garota chamou o garçom, o mesmo que tentou dormir para esquecer as incertezas daquele dia e acabou acordando com uma certeza sobre S/N. Ela havia conhecido outro cara, a reação de Harry foi apenas deixar de lado seus sentimentos e seguir em frente, ele não poderia mudar nada e nem queria. Agora ele tinha certeza que deveria esquecer.
O sol de domingo era agradável para S/N, ela teria seu encontro com Tom hoje. A mesma criou uma intimidade com o garoto, apesar disso ela estava ansiosa e muito nervosa. O nervosismo talvez foi pelo fato de que iriam se encontrar sozinhos pela primeira vez. Qual assunto eles iriam conversar? E se ele odiasse a S/N da vida real e não a das mensagens? E se tudo der errado? As questões sempre estavam na cabeça da garota, lhe causando uma certa insegurança.
Tentando esquecer os pensamentos matinais, a garota abriu a geladeira à procura de doces mas encontrou só frutas cortadas, trazendo frustração. Escutou o celular ao seu lado vibrar, deduziu que fosse Tom e não pode deixar de abrir um sorriso. Suas manhãs começaram a ficar mais alegres depois das mensagens de bom dia do garoto, elas faziam S/N ficar ansiosa pelas manhãs. O amanhecer odiado por ela, acabou se tornando algo bom.
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As mãos suadas de S/N eram difíceis de controlar, ela puxou a porta do restaurante com um suspiro. Os dois preferiram um encontro de dia, ou melhor um almoço no mesmo horário que haviam se conhecido. Tom foi cuidadoso ao escolher o local, ele queria que tudo fosse especial e S/N não queria causar nenhuma vergonha embaraçosa. O grupo de amigos da garota sabiam sobre o encontro, eles achavam que seria apenas um almoço e nada aconteceria.
Logo ela avistou Tom sentado na mesa do restaurante, usava uma camiseta branca, jeans e all star preto. O garoto sorriu assim que viu ela.
— Oi Tom! — S/N falou abraçando ele.
— Oi S/N! Por favor, sente-se aqui — Tom cumprimentou assim que saiu do abraço, puxou a cadeira para que a garota sentasse.
— Obrigada. — ela agradeceu e sorriu.
— Eu esperei você para escolhermos juntos... Me deixe chamar o garçom, eu não quero que ele entregue um papel a você. — Tom brincou e S/N soltou uma risada. Assim que S/N viu ele, a garota não sentia mais medo de causar uma vergonha embaraçosa e mesmo que cause seria algo para rirem juntos.
O silêncio enquanto comiam não causava desconforto, estava tudo indo certo, e isso era bom. S/N deu um último gole em sua água, indicando que finalizou sua refeição e Tom acenou para o garçom avisando que tinham acabado, a fim de que ele pegasse os pratos.
— Eram seus colegas de trabalho, que estavam com você naquele dia? — Tom perguntou, tentando puxar assunto e a garota sorriu.
— Na verdade, todos são amigos, mas só dois deles trabalham comigo. — S/N respondeu dando uma pausa. — O menino de camiseta preta trabalha em outro lugar, ele só foi entregar meu carregador que eu havia esquecido no dia anterior. — ela contou e Tom olhava com atenção.
— Vocês tinham algo? — Tom questionou e só depois de ter dito percebeu a burrada que fez. — Eu digo, como você tava na noite anterior eu achei que pudessem ter algo, você entendeu? — disse atrapalhado, S/N abriu a boca para falar mas foi interrompida. — Me desculpe, eu não deveria ter feito essa pergunta. — o garoto desculpo-se nervoso.
— Tom, 'tá tudo bem! E eu e ele não tínhamos nada, a noite anterior era um encontro com todos nossos amigos. — S/N explicou. — E a gente também se odeia. — ela contou e soltou um riso fraco.
— E por que vocês se odeiam? — Tom perguntou.
— É uma boa pergunta! — ela afirmou. — Eu acho que, não existe um motivo, simplesmente não gostamos um do outro. — S/N confessou e depois de responder Tom, ela percebeu que sentiu falta das brigas bobas de Harry essa semana, estava tão focada em como Tom a tratava bem que não lembrava sobre isso.
— Isso é meio estranho. — Tom soltou impulsivamente e deu gargalhadas, e a garota o acompanhou.
[...]
— Você veio de carro? — Tom questionou, assim que pagaram a conta e saíram do restaurante.
— Não, eu vim de Uber — ela negou. — Não queria tirar meu carro da garagem. — S/N respondeu, soltando um riso fraco pelas narinas por sua preguiça em descer para a garagem e dirigir.
— Bom, eu estou de carro e... Podemos dar uma volta, se você quiser, claro. — Tom sugeriu sorrindo.
— Parece ser uma boa ideia, por mim tudo bem! — ela concordou, e foi surpreendida por Tom, o garoto agarrou sua cintura para levá-la até o carro, ao sentir suas mãos em torno dela, fez o corpo de S/N se arrepiar da cabeça aos pés com o toque.
O vento soprando os cabelos da garota no automóvel, o sorriso estampado no rosto, sentindo o vento entrar no nariz e a sensação de estar feliz era boa. Tom enquanto dirigia, pegou seu boné e deu uma espiadinha nela, e abriu um sorriso espontâneo. S/N estava virando uma pessoa importante para ele, mesmo conhecendo ela há uma semana. A conexão deles era incrível, S/N nunca achou alguém que se conectasse tão bem. Talvez fosse um sinal do universo.
Tom mexeu no rádio colocando alguma música, ele não conhecia o gosto musical dela mas mesmo assim achou que a música poderia melhorar mais ainda o momento.
— Meu Deus! — ela exclamou assim que ouviu tocar Scary Love - The Neighbourhood — Essa é minha banda favorita! — S/N contou enquanto movimentava os quadris e os braços para cima.
— Sério? Sem brincadeira, essa também é a minha! — Tom gritou surpreso, o som tocava alto e os dois cantavam como se não houvesse amanhã. S/N olhou para ele, aproveitou o momento e pegou o celular escondido, e capturou uma foto de Tom dirigindo. O garoto nem percebeu.
— Que tal a gente parar em algum lugar? Eu conheço um em que podemos olhar o mar de cima. — Tom perguntou quando a música acabou.
— Tudo bem. — S/N falou, logo voltando a atenção para a rua. A garota gostava de olhar a cidade, o trabalho não a deixava observar as paisagens espetaculares que sempre estiveram ali, na sua frente ou perto do seu apartamento.
Olhando todas as maravilhas, ela queria que os seus amigos estivessem lá, não que ela não gostasse da companhia de Tom ou de como hoje foi legal, mas são os meninos, são com eles que ela passa 24 horas por dia seja em chamada de vídeo ou no trabalho. Ela gostaria de passear e conhecer as paisagens com eles, até mesmo com Tom junto.
Ela só percebeu que haviam chegado quando sentiu o vento parar, Tom abriu a porta do carro para ela.
— Oh obrigada Tom. - S/N agradeceu.
— Olha isso! Não é incrível? — Tom apontou para o mar parecendo uma criança em um parque de diversões, ele abriu um sorriso e ela riu.
— É sim, podemos sentar aqui, no chão. — S/N propôs para o garoto que estava em pé, e sentou-se observando as ondas baterem forte nas pedras. Por ser uma praia para surfistas, não haviam cadeiras ou pessoas na areia, só encontraram um surfista pegando algumas ondas.
— Você já surfou? — ela perguntou com o rosto no ombro de Tom, ainda sem tirar os olhos do mar, o sol forte do meio dia continuava presente.
— Não, mas eu gostaria e você? — Tom disse e a garota tirou seu rosto do ombro do mesmo para respondê-lo.
— Eu também não. — S/N negou. — Huh..Tom, eu queria agradecer por hoje, e por me mostrar esse lugar. — ela falou envergonhada, com um sorriso.
— Não precisa agradecer, fiz apenas o mínimo para ser educado. — ele protestou.
Instalou-se um silêncio, Tom observou a boca da garota com a respiração profunda, segurou seu rosto e a puxou para um beijo, um beijo delicado. O coração de S/N batia disparadamente, e ela gostava da sensação, que não durou por muito tempo. Sendo interrompidos por um carro que buzinava descontroladamente na estrada, acabaram levando um susto e a única coisa que poderiam fazer era rir do que aconteceu. O acontecimento ficaria para contarem algo engraçado de como foi o primeiro beijo deles.
— Podemos cruzar mais vezes a cidade para isso acontecer de novo — Tom comentou entre os risos, e de fato ele gostaria de cruzar até o mundo com a garota.
— Podemos sim. — S/N concordou virando- se para a paisagem novamente.
explicação de gírias/expressões:
• old é a mesma coisa de você falar: mas é claro, óbvio que sim. (old vc sempre gosta de aparecer primeiro ein)
• mlk é moleque
• hj é hoje
• slk é você é louco, "se loko"
fiquem à vontade para mandarem sugestões, dúvidas sobre a fic que responderei todas <3
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folklord · 3 years
Text
1. plano estabelecido
capítulo 1 da fic HOAX (Din Djarin x Leitora) (AU)
Quando você prometeu ao Império que destruiria Mandalore, não esperava que se aproximar de seu antigo amigo se tornasse mais um obstáculo em sua farsa. Conhecer Din Djarin era assistir a morte de seus planos passados e ao mesmo tempo, a criação de um amor sem futuro algum.
contagem de palavras: 1.3k | gif credit: @userjen
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Quando você chegou em Mandalore, tudo parecia distinto e empoeirado: não tinha nada em seu campo de visão que não fosse destruído ou não estivesse em ruínas. Nada indicava que aquele fosse o mesmo planeta grandioso das histórias que você ouviu quando criança. Aos seus pés, só uma areia grossa, misturada com pedras de diferentes formatos e pedaços de beskar que estavam tão estilhaçados que você mal podia reconhecer o que formavam antes. No instante em que ouviu o estalar de um dos pedaços sendo pisados, percebeu que já não estava mais sozinha e como um reflexo, pegou sua arma o mais rápido possível, mesmo antes mesmo de perceber quem era. Para sua surpresa, a figura feminina coberta de armadura azul não estava em posição de ataque e disse de um jeito calmo e simples:
“O Mand’alor está te esperando.”
[...]
O caminho até o Palácio foi um tanto quanto longo. A mandaloriana que te acompanhava não permitiu que você usasse sua própria nave, mas essa foi sua única restrição. Quando vocês chegaram perto de duas portas tão grandes que você mal conseguia ver o fim, você notou o tom cinza esverdeado de todo o edifício, que trazia novamente o teor melancólico de um planeta em ruínas. Entretanto, quando as portas se abriram, foi fácil e inesperado saber que você nunca tinha visto algo tão eloquente em toda sua vida.
Dezenas de rostos cobertos por capacetes abriram espaço lentamente para que você pudesse entrar. Mesmo que você não pudesse ver os seus olhos, a sensação de julgamento te trazia calafrios. Você sabia que era uma estrangeira em Mandalore e portanto, seria tratada como uma, mas não fazia ideia que mesmo depois de anos essa sensação ainda fechasse sua garganta.
Quando finalmente o corredor pareceu ter fim, você ergueu o rosto e enxergou o próprio motivo de sua viagem. Foi naquele instante que você viu a cena que se passaria em sua mente muitas e muitas noites: seu amigo agora estava sentado em seu trono de beskar com as pernas levemente separadas e um sabre de luz negro em sua mão esquerda. Din Djarin havia realmente se tornado o Mand’alor.
“Kaya” Ele disse o seu nome de batalha, aquele ao qual você se apresentou anos atrás e guardou o sabre de luz em sua cintura, levantando para te encarar sobre um plano mais alto. “Seja bem vinda a Mandalore. Espero que tenha tido uma ótima viagem.”
“Obrigada... Din.” Você nem sequer sabia de qual maneira deveria chamá-lo agora, então disse seu nome quase em um sussurro. “Você está... muito diferente desde a última vez que nos vimos…”
Você se perdeu por um instante, vendo como sua linguagem corporal estava diferente. O solitário caçador de recompensas já não existia mais, só o rei de Mandalore. Mas quando ele te respondeu inclinando a cabeça para o lado e sacudindo a mão esquerda, você sabia que alguma parte por trás do beskar ainda permanecia intocável.
“Mandalorians, escutem as palavras de seu Mand’alor” Din se juntou à multidão que o encarava atenciosamente. Você continuou imóvel. “Kaya não aceitou a doutrina mandaloriana, mas é filha de um de nós. Há alguns anos atrás salvei sua vida, mas sua presença aqui é totalmente voluntária. Seus anos de experiência como escrava do terrível império serão importantes para nossa reconquista.”
Alguns sussurros ecoavam pelas paredes do Palácio. Quando Din te encarou, você retribuiu com um sorriso tímido.
“Meu Mand’alor, se me permite a palavra” Um homem mais alto que Din, com uma armadura gasta se posicionou em frente a ele. Em um segundo, ele estava sem seu capacete, revelando uma pele negra maravilhosa e uma barba longa. Você se assustou por um momento, por ver um mandaloriano tirando seu capacete de forma tão natural, e supôs que algo deve ter acontecido e que está fora de seu conhecimento já que Din não se opôs. “Não podemos confiar as relações entre nosso planeta e o inimigo nas mãos de uma estrangeira.” Ele disse, com seus olhos escuros intercalando entre seu rosto e o visor de Din.
“Não é necessário a sua confiança, Vizsla, quando temos a minha” Sua voz saiu mais áspera do que o normal. O mandaloriano continuou imóvel e alguns murmúrios eram emitidos no fundo da Grande Sala. “Kaya é minha convidada e está trabalhando para mim. Toda a responsabilidade de seus atos será minha também.”
“Não há o que se preocupar” Depois das palavras de Din, você preferiu se posicionar. Se aproximando de Vizsla, você olhou em seus olhos e disse com confiança: “Mandalore foi a casa de meu pai. Eu a salvaria com minha vida se necessário. Além do mais, eu jamais mediria esforços para salvar o planeta de meu amigo. Burc'ya vaal burk'yc, burc'ya veman.”
Você sabia bem o peso de dizer que “um amigo durante o perigo é um amigo verdadeiro.” O ditado mandaloriano era sempre efetivo, e você desejou que pudesse ver a reação de Din. Como era possível que, mesmo sem ver seu rosto, você conseguisse sentir sua ternura?
[...]
Depois de uma reunião sobre assuntos locais, você encontrou Din no grande corredor e permaneceu ao lado dele por alguns segundos, tentando puxar algum assunto e quebrar a tensão da situação com Vizsla. A visão através da grande janela circular era de um cenário destruído, mas alguns soldados ainda estavam treinando... uma verdadeira visão de esperança sobre as ruínas. Você desejou ser a última pessoa na galáxia a desfazer tão bonitos sentimentos.
“Quando nos encontramos, você só tinha a Razor Crest e uma criança de 50 anos. Agora você tem um planeta.” Você disse, sem tirar o rosto da paisagem.
“É estranho pensar que eu fui reinventado... mas eu seria ingrato e honesto de te dizer que eu preferia o que tinha antes” você nunca tinha escutado sua voz tão triste e isso doeu, mas foi incrível perceber que ele confiava em você o suficiente para dizer algo tão pessoal.
“Tudo é melhor quando vira uma memória. O dia de hoje também vai ser uma lembrança, um dia.” Você tentou formar alguma frase que o ajudasse. Ele continuou imóvel, então você continuou: “O que aconteceu com o verdinho? Você o trocou pela coroa?”
Din soltou uma risada baixa com o apelido que você deu à criança. “Quem dera eu tivesse tido uma opção. Um dia, eu te explicarei com mais detalhes… mas saiba que, lutando para salvá-lo, eu ganhei o sabre de luz negro e por tradição, o trono de Mandalore.”
“E onde ele está agora?”
“Com um jedi.” As palavras saíram quase que em um sussurro, como se, enquanto falasse, Din ainda tentava assimilar o que aconteceu.
Entretanto, foi a palavra "Jedi" que te fragilizou a ponto de você não saber o que responder. Então era verdade, tudo que tinham dito sobre aquela noite. Você achava que só tinham feito um amontoado de palavras para te impressionar e te convencer, mas a linguagem corporal de Din não mentia.
Quando ele percebeu a sua expressão de choque, se aproximou. Não o suficiente para que seus corpos se tocassem, mas o suficiente para que você sentisse um frio na barriga.
Era medo - aliás, não poderia ser outra coisa. Din Djarin era o maior caçador de recompensas da galáxia, o que significava que não havia ninguém tão bom em caçar, prender e devolver como ele. E mesmo assim, você ainda tinha a audácia de torná-lo a personificação das suas piores intenções…
Então você torceu para que não significasse nada o fato de que aquele segundo em que ele se aproximou de você parecer ter durado um século.
“Amanhã, quando a metade de Concórdia estiver visível, irei te encontrar para te mostrar exatamente o que quero que decifre. Sinto que o Império ainda está aqui…”
Com essas palavras, ele girou o corpo e saiu pelo grande corredor. Sua capa, agora muito mais grossa e elegante, balançava suavemente acompanhando o ritmo de seu movimento, agora muito mais confiante. Era impressionante como ele havia mudado… e era impressionante você perceber que o conhecia o suficiente para notar isso.
Uma jovem mandaloriana levou você aos seus aposentos e lhe deu algumas instruções básicas. O quarto era escuro, mas os detalhes e a decoração mandaloriana eram impecáveis. Uma janela retangular em cima de sua cabeceira lhe permitia ver o céu gradualmente escurecendo. A Lua Concórdia estava alta quando você finalmente conseguiu dormir.
Capítulo 2
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strawmariee · 2 years
Note
Oi!! >\\\<
Demorei um pouco pra mandar porque sou tímida KKKKK. Enfim, eu estava pensando numa fic com Kakyoin x leitora, quando ele é atacado na luta contra N'doul e ela fica ao lado dele, tentando acalmar ele até o final. E ela vai até o hospital com ele e você pode escolher qual dos dois se confessa!
Talvez eles façam promessas de que no final da viagem, o relacionamento fique sério.
(Como é bom escrever em português no Tumblr)
Guarde suas Lágrimas.
Kakyoin x Leitora.
Alguns avisos: Existência de palavrões durante a escrita; Eu agradeço imensamente pelo pedido, nunca havia escrito para nosso menino cereja. Espero que goste!
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Foi tudo tão rápido… Tudo ocorreu em um piscar de olhos. Em um momento ríamos com a interação de Polnareff e Iggy (Nosso novo, meio que, aliado) e agora já estávamos em mais uma luta com um novo usuário de stand desconhecido.
Cada um de nós se separou em grupos e se afastou do cantil de água, que abrigava o stand inimigo. Em um lado estava Joseph, Avdol e Jotaro enquanto Polnareff, Kakyoin e eu estávamos do outro lado.
– (S/n), você está bem? Ele te machucou?- Kakyoin me segurou próxima dele e começou a observar qualquer machucado em meu corpo. Corei com nossa proximidade.
– Estou bem! Não se preocupe comigo.
– Ainda bem…- Vi suas bochechas rosadas e ele me soltar imediatamente.- Tome cuidado, nós estamos mais perto desse cantil do que os outros.
Vi que Jotaro pegou um binóculo e que já procurava o usuário, e mesmo usando a visão de Star Platium, não o encontrou, e isso significava que ele podia estar muito longe de nós.
Eu ainda estava aterrorizada com oque havia acontecido com os pobres pilotos que morreram apesar de serem inocentes.
Enquanto eu tentava ver algo de onde eu estava, escutei os meninos ao meu lado discutindo para um deles atacar o cantil, mas só fui realmente prestar atenção quando vi a água vindo em minha direção rapidamente.
– (S/n), cuidado!
Kakyoin me empurrou para o lado e acabou sendo atingido pelo ataque. Eu liberei meu stand e tentei acertar aquele líquido, mas infelizmente ele era rápido e acabou mergulhando na areia.
– Kakyoin!
– É a água! Já tinha saído da garrafa usando o sangue.- Ouvi sr. Joseph dizer distante.
– O stand não se escondeu no cantil, ele é a própria água!- Avdol concluiu.
– Ele pegou Kakyoin! Arrancou os olhos dele!
– Polnareff! (S/n)! Não entrem em pânico!! Ativem seus stands e se protejam!
Não! Isso só podia ser um pesadelo! Como?! Maldito… Maldito usuário! Se eu encontrá-lo eu vou…
O som de um alarme de repente tocou, atraindo a atenção tanto de todos quanto do próprio stand que foi na direção do cadáver e destruiu o relógio.
Segundos depois ele voltou a Polnareff e a mim, que já corríamos em direção aos outros, Pol mais lento por que ele carregava Kakyoin. Graças a Joseph e seu Hermit Purple, nós chegamos ao carro, e vimos o stand desaparecer no chão.
– Então o Stand detecta pela vibração do som no chão e se move pela terra onde não conseguimos ver, e antes de percebermos ele pode nos atacar por trás ou por baixo.
Eu segurava Kakyoin em meu colo enquanto olhava para todos os lados atenta, a única coisa que me fez prestar menos atenção foi quando peguei um pano de meu bolso e comecei a limpar o sangue de suas pálpebras.
– Como o Kakyoin está?- Pol perguntou preocupado enquanto Jotaro se aproximava de Kakyoin, com preocupação estampada em seu rosto.
– Ele não está nada bem! Temos que ir embora, vamos levar ele ao hospital.
– Eu concordo!- Eu me coloquei a favor de Jotaro.
– Mas se sairmos daqui nós seremos pegos…
Continuei olhando para Kakyoin preocupada, mas isso durou apenas alguns minutos. Puta que pariu, os pneus estavam sendo sugados pelo maldito stand!
Segurei o corpo de Kakyoin com a ajuda de Avdol que estava quase para escorregar também. Fomos para a parte mais alta do carro que ainda não tinha sofrido danos.
– Ei bola de pelos! Você deveria estar nos ajudando, droga! Socorro!
E ele cagou para nós e fechou os olhos para tirar um cochilo.
Acho que eu nunca odiei tanto um cachorro quanto eu estava odiando esse! Eu juro que vou comprar muitos chicletes de café e vou comer tudo na frente dele!
O stand tirou ambos os pneus e os cortou como se não fosse nada! Com isso nós perdemos o equilíbrio de cima do carro e caímos na areia de novo.
Virei meu rosto na direção de Avdol que sinalizou para que ficássemos quietos e todos nós acenamos em concordância.
Avdol começou a jogar suas argolas na areia, que parecia simular passos de algum de nós.
O inimigo, com certeza, também imaginou isso já que a “água” apareceu perto delas. Magician’s Red apareceu e tentou socar o stand, que desviou e foi na direção de Avdol, dando um corte na lateral de seu pescoço.
– Porra, que merda de stand.
Murmurei baixinho enquanto o observava ficar na forma de mão e ir lentamente na direção de Avdol.
Me levantei e dei uma corridinha, fazendo o Stand parar e os outros olharem para mim.
– (S/n)! Oque está fazendo?!
Joseph me perguntou enquanto eu dava mais pulos e corria envolta dali, tentando atiçar a atenção do stand para mim. Quando consegui, ele veio em minha direção e por um triz eu desviei e com meu stand tentei socá-lo de novo, mas em vão, ele era muito rápido.
– Merda!- Dei um saltinho para trás e ele rapidamente cortou o meu braço. Coloquei minha mão sobre o corte para tentar estancar o sangue.
– Yare yare…
Vi Jotaro correr em minha direção e me segurar sobre seus ombros. Dei um grito de surpresa enquanto o ouvia reclamar que eu quase o havia deixado surda. Ele me jogou de volta para onde estava antes e saiu correndo dali.
– Ele mergulhou! A água agora está indo na direção do Jotaro!
É, pelo visto o inimigo agora estava com a atenção fisgada no Jotaro. O agradeci internamente por antes e desviei minha atenção para uma mão que parecia procurar alguma coisa no ar. A segurei e olhei para o chão.
– Kakyoin?- Eu deitei sua cabeça em meu peito enquanto via ele tentar murmurar alguma coisa.
– N… Não…
– Huh?
– Não se a-arrisque… N-Nós… E-Eu não posso p-perder…
E antes de mais alguma chance dele completar a sua frase, ele perdeu a consciência. Fiz uma careta enquanto tentava imaginar oque ele queria dizer. Será que ele queria dizer que não queria me perder?
Não, não, eu estou fanficando demais, talvez seja…
Ah! Que ele não queria que perdêrssemos a luta! Eu também não ia querer que minha equipe perdesse para o filho da puta que me deixou cego, isso explica tudo.
Ouvi algumas vozes e quando olhei para onde Joseph e Polnareff olhavam, eu vi Jotaro agachado enquanto parecia forçar o Iggy contra o chão.
Ok Jotaro, você tem todo o meu respeito agora.
E antes do ataque do stand, ambos foram cobertos por uma bola de areia, e quando vimos Iggy havia ativado seu stand que agora estava no ar!
Mas antes de ele tentar alguma fuga, Jotaro junto com Star se agarraram nele e saíram voando.
– Isso é brilhante! Jotaro está usando Iggy para encontrar o usuário de stand pelo céu. Se o encontrarmos poderemos derrotá-lo!
– Tenho apenas uma coisa para dizer: Uau!- Joseph me olhou com um sorriso convencido.
– Heh, meu neto é foda! Com certeza puxou a esse velho aqui!- Ele apontou com o polegar para si mesmo e eu fiz a cara do The Rock enquanto o olhava.
– Ixi, estão voando mais baixo! Com certeza aquele idiota não consegue voar longas distâncias.
Vimos que na frente dos dois tinha uma pilha enorme de areia, oque obrigou o Jotaro a colocar o pé no chão e dar um impulso para voarem mais alto. No entanto, isso acabou entregando ao inimigo a informação que Iggy podia voar.
E sabendo disso, o stand começou a dar grandes saltos, tentando alcançar a altura em que eles estavam.
– Só oque podemos fazer agora é deixar essa luta para o Jotaro.- Joseph murmurou enquanto ia na direção de Avdol que ainda estava no chão, agora também inconsciente.
– Nem precisamos nos preocupar, ele vai conseguir.- Eu disse confiante.- Que?- Olhei Polnareff que me olhava malicioso.
– Ah nada, só achei romântico o Jotaro ir te salvar.
– Romântico? Nada a ver.
– Heh, tenho que dizer, talvez tenha coisa ai.- Sr. Joseph me olhou com um sorriso provocador enquanto apoiava Avdol em seu ombro.- Parecia o príncipe salvando sua princesa.
– Eu sei que vocês estão falando isso apenas para me irritar, por isso vou fingir que nunca escutei isso.
– Mas sabe… Você combina muito mais com o Kakyoin!- Senti meu rosto esquentar enquanto ele ria de mim.- Parece que achei seu ponto fraco!
– Cala a boca e me ajuda aqui!
Ele acenou ainda com uma carinha brincalhona e colocamos Avdol e Kakyoin no carro enquanto Polnareff sentava no carro do volante e o Joseph no passageiro.
– Ok, vamos ter que ir totalmente de ré.- Polnareff disse enquanto fazia oque havia dito.- Argh! Por que a gente é tão azarado?!
– Com certeza você é o ímã pra usuário de stand. Fica bem atento que qualquer coisa enquanto você menos esperar eu vou te botar dentro de um ônibus que vai te levar embora.- Ele olhou para mim indignado e eu sorri maldosa para ele.
– Huh?! Como você pode dizer uma coisa dessas?!
Eu dei mais uma risadinha para Polnareff e prestei atenção ao Kakyoin que estava apoiado em meu ombro direito. Coloquei minhas mãos em seu cabelo e me surpreendi quando o toquei.
– Uau! Que cabelo macio.- Com minha outra mão acariciei meus próprios.- Eu preciso saber qual shampoo Kakyoin usa por que olha… O meu só Jesus na causa.
– Ei.- Olhei Polnareff.- Eu vi uma vez no banheiro do nosso quarto compartilhado um shampoo e um condicionador da Johnson’s.
Dei uma risadinha enquanto olhava o ruivo com uma cara engraçada. Eu sabia que quando eu o chamava de bebê eu não estava exagerando.
Próximo do anoitecer, acabamos encontrando Jotaro junto com Iggy, que parecia estar mais de boa com a gente. Tirando o pobre Polnareff.
Eu olhava para Iggy com um fogo nos olhos, ele apenas tentava mostrar sua cara mais fofa para mim como se eu fosse cair na dele e acariciar a cabeça dele. No entanto, minha raiva por ele ainda estava a flor da pele, eu não o perdoaria tão fácil.
– Tsk, será que tem como dar a esse cachorro logo oque ele quer? Olhar essa cara dele já está me dando nos nervos.- Jotaro olhou para mim com pouca paciência e eu o olhei da mesma forma.
– Vira a cara pro outro lado e fecha os olhos então.
Nos olhamos como se a qualquer momento um fosse voar no pescoço do outro. Mas apesar da maior parte nós sermos assim, nós cuidávamos um do outro.
Apesar de cada um ser do seu próprio jeito.
Olhei para o retrovisor e vi os olhos de Polnareff que balançou as sobrancelhas, insinuando que estivesse rolando algo entre Jotaro e eu, eu só revirei os olhos e lhe mostrei o dedo do meio. Isso nunca aconteceria, Jotaro não faz nenhum pouco meu tipo. E, mesmo se fizesse, meu coração já estava ocupado por um menino chamado Noriaki Kakyoin.
Logo Joseph avisou que nos hospedaríamos em algum hotel na cidade de Aswan após deixarmos Avdol e Kakyoin no hospital.
Quando vimos a iluminação da cidade, nós paramos próximo a um hospital e levamos eles para o atendimento. Uma enfermeira que estava acompanhada com um médico nos olhou assustada e saiu correndo, provavelmente pegar alguma maca.
O médico foi até nós e analisou ambos rapidamente, alegando que cuidaria melhor deles em uma sala.
Rapidamente chegou duas macas e Avdol e Kakyoin foram colocados em cada uma delas e foram levados para uma sala o mais depressa possível enquanto Joseph tentava explicar oque havia acontecido (Ocultando alguns fatos, claro.)
– Tudo bem, preciso saber se eles tem algum acompanhante.
– Sim, eu ficarei encarregada deles.- Joseph me olhou e antes dele dizer algo eu o cortei.- Sr. Joseph, o senhor e os outros devem estar mais cansados que eu. Eu me encarrego deles, podem ir descansar.
Ele vendo que eu não desistira facilmente apenas acenou enquanto eu me despedia deles e seguia o médico para mais dentro do hospital, sentindo um frio na barriga com todo aquele clima, não gostava de hospitais.
– Eu irei agora checá-los, você pode se sentar em uma daquelas cadeiras e esperar eles, não posso assegurar que seja algo rápido senhorita.
– Não tem problema, eu espero o tempo que for.
O médico assentiu e desapareceu no corredor. Eu me sentei em uma das cadeiras e peguei um livro de minha bolsa. Se eu já inventava desculpas para não ler ele, agora eu não tinha mais escapatória, eu vou terminar essa história.
– Com licença…? Senhorita…?
Abri os meus olhos assustada enquanto olhava assustada a enfermeira que estava agachada pra ficar no mesmo nível que eu. Ela sorriu se desculpando e perguntou se eu era acompanhante de Avdol e Kakyoin.
Eu assenti e comecei a ficar preocupada, perguntando se eles estavam bem.
Ela deu uma risadinha e com a voz mais calma do mundo me tranquilizou dizendo que eles estavam bem.
Mas que Kakyoin ainda tinha risco de ficar cego. Eu assenti e perguntei se poderia vê-lo.
Eu primeiro fui até a sala de Avdol, que estava meio acordado. Eu sorri e perguntei como ele estava, ele disse que estava bem e que o médico disse que o corte, por sorte, não havia acertado alguma parte que pudesse matá-lo.
Conversamos um pouco até a enfermeira alegar que ele precisava descansar e ela me guiar até a sala onde Kakyoin descansava com uma faixa cobrindo seus olhos.
Entrei na sala e assim que a enfermeira se retirou para nós termos um momento a sós, eu caminhei até ele e ao ficar ao seu lado, eu segurei sua destra.
– Kakyoin, você está acordado?
Não obtive resposta, então concluí que ele estava dormindo. Senti minhas lágrimas pinicarem meus olhos.
– Eu fiquei tão preocupada… Eu não suportaria a ideia de perdê-los, especialmente você.- Eu segurei um pouco mais forte sua mão.- Sabe, eu tenho escondido algo de você…- Olhei para seu rosto que continuava o mesmo.- Eu… Estou apaixonada por você! Sei que pode parecer rápido demais e que, apesar de eu nunca sentir algo por alguém antes, hoje eu realmente tive a certeza que te amo quando pensei que fosse te perder, que eu não veria mais seus belos olhos violetas, que não teríamos mais as nossas noites de videogame, que não provocaríamos mais o Polnareff e que não faríamos o possível e o impossível para fazer o Jotaro rir com nossas piadas de tio.
Eu dei uma risadinha enquanto agora colocava minha outra mão devagar em seu rosto.
– Sei que eu deveria ser menos covarde e dizer tudo isso quando você estivesse acordado, mas eu não suporto a ideia de você não sentir o mesmo, e, pior ainda, perder a sua preciosa amizade. Por isso decidi que vou continuar com esses sentimentos trancados a sete chaves, pois prefiro continuar com sua amizade do que não ter nenhum contato com você.
Eu soltei todo o ar que eu havia prendido inconscientemente. Eu tinha conseguido, eu havia sido honesta com ele e comigo mesma. Apesar de ele não estar me ouvindo, eu estava satisfeita.
Eu me inclinei e dei um beijo em sua cabeça antes de limpar minhas lágrimas e ir para o banco ao lado de sua cama.
– Isso tudo é verdade, (S/n)?
Senti todo o meu corpo tremer ao olhar para ele e ver que o mesmo estava com um pequeno sorriso enquanto ele sentava na cama.
– V-Você estava acordado esse tempo todo?! Por que não disse nada?- Eu senti todo o meu rosto esquentar enquanto minhas mãos suavam. Eu não sabia se ficava feliz por ele ter escutado minha confissão ou não.
– Apenas me diga (S/n). Por favor, isso tudo é verdade?
Um silêncio ficou entre nós. É, de fato ele havia escutado, eu não havia mais escapatória. Suspirei enquanto colocava minha mão em meu peito para tentar me acalmar.
– Sim, é tudo verdade.
Eu o observei ainda em silêncio e já estava amargamente arrependida de ter dito tudo aquilo. Eu me aproximei dele e coloquei minhas mãos em seus braços, colocando um pouco de força para tentar deitar ele.
– A-Apenas esqueça isso, não acha melhor você ir descansar…
Me assustei ao sentir ambas as suas mãos em cada um dos meus pulsos, me cortando no meio da frase.
– Eu sinto o mesmo.
Se eu não estivesse perto dele, eu nunca veria o quão vermelhas suas bochechas haviam ficado após a sua frase.
Espera, ele sente o mesmo que eu?!
Olhei arregalada para ele, totalmente surpresa por sua confissão. Em nenhum de meus sonhos eu imaginaria que seria correspondida, pelo simples fato de eu ser apenas uma garota comum, me destacando apenas por ter um stand e nada mais.
Senti minhas lágrimas escorrendo em minhas bochechas, mas elas levavam embora toda a minha angústia e medo que eu estava guardando dentro desses 30 dias que passamos juntos.
Seu sorriso desapareceu e senti sua mão em minha bochecha, que acabou ficando molhada graça as minhas lágrimas.
– Por favor não chore (S/n)…- Ele acariciou minhas bochechas e vi um sorriso seu de novo.- Guarde suas lágrimas para outro dia… Como por exemplo, no dia em que nos casarmos.
Eu dei uma risadinha e o abracei, sendo correspondida por ele que me abraçou de volta. Suas mãos acariciaram meu cabelo e eu continuei abraçada com ele, aproveitando o calor de seu corpo contra o meu.
E isso me motivou a continuar forte e me preparar para nossa grande batalha que estava cada vez mais perto, por que meu objetivo, além de salvar Holly, era proteger esse menino cereja que havia entrado sem convite em meu coração e que me fez ser a pessoa mais feliz desse mundo nesses nossos dias juntos.
– Promete que nós teremos nosso final feliz?
Perguntei com um sorriso inocente. Tudo oque eu mais queria era que, se aquilo fosse um sonho, que eu jamais acordasse.
– É claro minha cereja…
Ele acariciou meus cabelos enquanto eu me afastava de seu abraço apenas para segurar seu rosto com cuidado e lhe dar um beijo ali, um beijo que eu usava para demonstrar tudo oque eu não conseguia descrever em palavras.
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