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#filósofo psicodélico
luizdominguesfan · 4 months
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https://mkkwebradio.com.br/
Amigos: A nona edição do meu programa: "Cabine de Som" através da MKK Webradio está pronta!
Segunda-feira, dia 18 de dezembro, a partir das 23 horas, com repetição no sábado, dia 23, às 15 horas). Mais duas repetições na segunda (dia 25 - 23 horas) e sábado, dia 30 de dezembro, às 15 horas.
Esta nona edição do programa tem como atrações o Samba-Rock do Trio Mocotó, o som do filósofo performático, Jorge Mautner, o Folk-Rock argentino do magnífico grupo Sui Generis, o Rock argentino psicodélico do incrível grupo Almendra, O Rock rural do trio: Sá; Rodrix & Guarabyra, um Rock da carreira solo de Zé Rodrix e duas canções da carreira solo do grande mestre do Folk-Rock, Graham Nash.
Pauta e locução: Luiz Domingues. Edição e produção: Markko Mendes. Foto: Lincoln Baraccat
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vidacannabica · 1 year
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PORQUE A DIREITA CONSERVADORA NOS EUA ESTÁ, DO NADA, TÃO INTERESSADA EM DROGAS PSICODÉLICAS?
Por Ross Ellenhorn e Dimitri Mugianis no The Guardian em 18/10/2022.
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As terapias psicodélicas estão recebendo apoio financeiro e político sem precedentes – e muito disso vem da direita. Peter Thiel investiu extensivamente na emergente indústria terapêutica psicodélica. Jordan Peterson é um fã de psilocibina. Em 2018, a Mercer Foundation doou US$ 1 milhão para a Multidisciplinary Association for Psychedelic Studies (Maps), a principal organização de pesquisa psicodélica dos EUA, para estudos de tratamento de TEPT com MDMA em veteranos.
A família Mercer também apoia a direita americana e a negação da crise climática. Eles estão muito longe de Woodstock – mas o Maps e alguns outros defensores psicodélicos parecem felizes por qualquer apoio que possam obter.
Com certeza, há muitos esquerdistas e liberais que endossam o uso médico de psicodélicos. Em julho, Alexandria Ocasio-Cortez defendeu uma emenda bem-sucedida à nova lei de gastos com defesa de US$ 768 bilhões para apoiar o aumento da pesquisa sobre tratamento psicodélico para veteranos e membros do serviço na ativa. O mesmo aconteceu com Dan Crenshaw, veterano da Marinha e representante republicano do Texas. Matt Gaetz, republicano da Flórida e famoso misógino, ofereceu uma emenda semelhante.
Os psicodélicos há muito são associados a experimentos utópicos. Hoje, alguns pesquisadores sonham em encontrar uma base científica para a hipótese de que os psicodélicos podem ajudar a acabar com conflitos políticos intratáveis. No ano passado, o Maps e o Imperial College London organizaram uma viagem conjunta de ayahuasca para israelenses e palestinos. Em 2018, o Imperial College recebeu muita atenção por um pequeno estudo sugerindo que uma dose de terapia com psilocibina reduzia o apoio a “atitudes autoritárias”. Os psicodélicos podem ser a cura para tendências antidemocráticas? Rick Doblin, fundador do Maps, chegou a sugerir que o uso de psicodélicos poderia ajudar a impedir a degradação ambiental.
Os psicodélicos podem certamente aumentar a abertura – mas isso pode ser abertura ao nazismo, ecofascismo ou cultos de OVNIs, bem como à paz e ao amor. Julius Evola, um filósofo italiano e fascista admirado tanto por Hitler quanto por Steve Bannon, era um acérrimo defensor do LSD. O governador Greg Abbott, do Texas, que recentemente ganhou as manchetes por enviar ônibus de imigrantes para Nova York, Washington e Chicago, assinou um projeto de lei estadual de 2021 para estudar os benefícios médicos dos psicodélicos. Steve Bannon também apoia psicodélicos legalizados.
Como os professores Brian Pace e Neşe Devenot apontam em seu trabalho refutando a ciência dos psicodélicos como uma espécie de remédio para o autoritarismo, os psicodélicos nunca tiveram uma base de fãs puramente de esquerda. Andrew Anglin, fundador do site neonazista Daily Stormer, experimentou extensivamente com psicodélicos em sua juventude. O fundador do 8chan, o agora extinto quadro de mensagens extremistas que hospedava os manifestos de vários atiradores em massa, foi inspirado por uma viagem de cogumelos.
Por que a direita americana está tão intrigada com essas substâncias hoje? A resposta mais óbvia é dinheiro. À medida que os psicodélicos são absorvidos pela medicina convencional, eles prometem se tornar outra vaca leiteira americana. O dinheiro virá de patentes de novas formulações e patenteando e fornecendo as técnicas de tratamento associadas.
Pode haver fatores políticos em jogo, também. A doação da Mercer Foundation para o Maps foi motivada pelo desejo de reforçar os recursos militares americanos, atenuando os danos sofridos por aqueles enviados para lutar nessas guerras? O complexo militar-industrial é ainda mais lucrativo que o setor farmacêutico, mas essas armas ainda exigem seres humanos para implantá-las. O financiamento psicodélico de direita é uma tentativa de garantir a viabilidade contínua das guerras americanas em todo o mundo?
E, se o MDMA é tão útil no tratamento do TEPT, por que os veteranos recebem prioridade especial em uma sociedade que traumatizou tantas pessoas? E quanto ao trauma do racismo, da pobreza, da violência policial e do encarceramento em massa – problemas ativamente aumentados por políticas de direita apoiadas por pessoas como os Mercers?
Os psicodélicos têm o potencial de ajudar as pessoas a romper com pensamentos repetitivos e destrutivos, para ajudá-las a descobrir novas possibilidades e novas alegrias. Mas os efeitos das drogas psicoativas nunca podem ser separados de seu ambiente.
É tolice imaginar uma transformação positiva alcançada com a ajuda de Rebekah Mercer, Steve Bannon ou Greg Abbott. Afinal, essas são as mesmas pessoas que se opõem veementemente à saúde universal e negam as mudanças climáticas. Com o apoio deles, podemos esperar a medicina psicodélica para a elite, como uma ferramenta do poder estatal ou um motor de teorias da conspiração, em vez de um movimento psicodélico liberacionista. Até que tenhamos assistência médica universal e pagante, os benefícios da terapia psicodélica estarão fora do alcance da maioria dos americanos.
E é ingênuo esperar que os psicodélicos mudem sua mente para melhor (na formulação de Michael Pollan) quando são um presente da direita, ou quando são oferecidos dentro de um quadro de grande desigualdade. Veja o Burning Man: essa pseudo-utopia se tornou o playground dos ultra-ricos do Vale do Silício. Ele deixa o deserto repleto de milhares de bicicletas abandonadas e produz engarrafamentos de 12 horas no deserto – que está mais quente do que nunca graças à nossa queima de combustíveis fósseis. Com a companhia errada, uma jornada de autodescoberta pode levar a um solipsismo ainda mais profundo. Na verdade, a ilusão da transcendência pode ser usada para justificar um maior egoísmo, até mesmo crueldade.
As terapias psicodélicas – como todas as outras formas de cuidado – devem estar disponíveis para aqueles que precisam delas, não apenas para aqueles com dinheiro, conexões e utilidade política. Na comunidade psicodélica fala-se muito em “integração”, um processamento da sua viagem. Mas esta “integração” é muitas vezes limitada ao indivíduo. Para serem realmente benéficos, os psicodélicos devem ser integrados a uma visão social de igualdade e justiça, que se oponha ao sacrifício da vida humana e da saúde no altar dos gastos militares e da construção do império, que valorize todas as vidas, independentemente de raça, nacionalidade, religião , gênero ou classe.
Cogumelos mágicos não são uma cura mágica para os males da sociedade, mas uma substância tão poderosa quanto os psicodélicos pode ser perigosa se cair em mãos erradas. Os defensores dos psicodélicos precisam parar de se aproximar da direita e expandir sua missão para abranger um compromisso com a justiça social mais ampla.
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filosofopsicodelico · 5 years
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Após uma semana do término de Game of Thrones, que nos introduziu um dragão com pensamentos a frente do seu tempo, resolvi fazer uma pequena homenagem a série (introduzindo também um antigo personagem meu, o Unicórnio Motoqueiro). É uma característica bastante recorrente no meio da ficção, animais e criaturas místicas acabam sendo humanizados, principalmente através das fábulas. Normalmente carregadas de uma forte crítica social, como na Revolução dos Bichos de George Orwell e Maus de Art Spiegelman. Deixo para vocês dois questionamentos: -A primeira relacionada a Unwelt, (conceito explicado na tirinha anterior): até quando animais ditos irracionais podem compartilhar de sensações humanas? Poderiam eles serem dotados de moral, ou até capazes de filosofar? -A segunda sobre o questionamento em aberto deixada pelo dragão: o que corrompe o ser, além de sua sede de poder? Grandes líderes e revolucionários ao longo da história sempre estarão fadados a se corromperem ou seria possível conciliar tanto poder?
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giannifraioli · 2 years
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Visión de juego
Pasó a la historia por dirigir a los Chicago Bulls de Michael Jordan. Su secreto no fueron las fórmulas, sino lo que aprendió de los psicodélicos en las paradisíacas playas de Malibù
Los Knicks de Nueva York están por salir campeones de la NBA por segunda vez en tres años. La primera vez fue en 1970. Ahora, en 1973, quieren repetir la hazaña. Pero los Knicks no son lo importante en esta nota. Lo que nos interesa es un jugador que está sentado en el banquillo: 2,03 metros de altura, los brazos más largos de la liga, huesos angulosos, peinado y barba dignos de un hippie de la época. Phil Jackson en el 70 no jugó ni un solo partido por una cirugía de fusión espinal. Éste en cambio fue su mejor año. Pero en el tercer partido de la serie final contra los Lakers de Los Angeles, una nueva y grave lesión en la pierna lo deja fuera de la cancha. La frustración es enorme porque sabe que su temporada se terminó, y no sabe si va a volver al mismo nivel.
Ahora estamos en 2010. Phil es el técnico de unos Lakers magníficos que están por salir bicampeones. Es la consagración definitiva de Kobe Bryant. Y es también la temporada en que la prensa corona a nuestro protagonista: con 11 títulos en su haber, Phil Jackson es considerado el mejor técnico de todos los tiempos. ¿Pero cómo un jugador mediocre de los 70 se convirtió en una leyenda de la NBA? ¿Qué pasó en el medio? La respuesta está en un viaje de LSD.
De la culpa al chamanismo
Volvemos a 1973. Los Knicks ganaron el título, y Nueva York es una fiesta. Pero algo no le cierra a Phil. El triunfo le deja un sabor amargo. Además, está pasando por una época turbulenta de su vida. Se está divorciando de su primera esposa, y ya empezó a salir con June, que será su futura compañera. Aún así no se siente cómodo con las mujeres. Se da cuenta de que siempre tuvo un problema para relacionarse íntimamente con ellas. Por más rebelde y contracultural, Phil todavía no se ha liberado del todo de los preceptos religiosos con los que lo crió su familia.
Hijo de dos pastores pentecostales del remoto Montana, donde nació en 1945. Con una madre y un padre convencidos del inminente apocalipsis, a lo largo de su adolescencia y de su etapa universitaria Phil exploró otros territorios. Leyó a William James, filósofo pragmatista autor de La variedad de las experiencias religiosas que solía tomar óxido nitroso para tener revelaciones espirituales; descubrió al místico Carlos Casteneda, autor de Las enseñanzas de Don Juan; se interesó por la cultura de los nativos americanos y por el budismo zen. Pero a su camino a la iluminación le falta un capítulo que está a punto de ser escrito, y lo va a transformar para siempre.
Phil recibe el llamado de una extraña la noche de la consagración de los Knicks, que lo invita a Malibú a tomar LSD. La culpa cristiana lo conduce a cortar con June y parte rumbo a California, dispuesto a abrir las puertas de la percepción.
No es la primera vez que Phil experimenta con las drogas. En la universidad había fumado marihuana y tomado LSD. En la liga de hecho ya tiene cierta fama de fumón. No es un novato. Pero esa mañana de mayo en el 73 el viaje es distinto. Como relata Roland Lazenby en Mindgames, la biografía sobre Jackson de 2001, “aquel glorioso flash de día en la playa determinaría en qué tipo de persona iba a convertirse. Ser espiritual. Padre. Maestro. Entrenador. Guerrero. Ilusionista. Cura. Manipulador. Maestro de juegos mentales. Acertijo. Renegado. Director de cine. Artista. Consejero. Psicólogo. Vendedor. Chaman. Líder. Campeón”.
Viaje a Malibù
El ácido hace su trabajo: Phil empieza a correr desaforadamente por la playa creyéndose un león. Por primera vez se siente cómodo dentro de su propia piel. Hasta ese momento la relación con su cuerpo había sido lo opuesto. Phil es “bones”, temido tanto por sus rivales como por sus compañeros por su torpeza. De hecho, cuenta en su haber el récord de faltas en una temporada: 330. Las sucesivas lesiones exacerbaron ese sentimiento.
Pero en las míticas playas californianas descubre la unidad entre mente y cuerpo. Tiene una epifanía: “tenía que aprender a amarse a sí mismo antes que a los demás; tenía que enfrentar y subyugar su ego, esto a su vez lo llevaría a un mayor entendimiento del juego en equipo en el básquet y su rol en él”, cuenta Lazenby, “Jackson también vio ese día la igualdad de la gente frente a los ojos de Dios, la vasta importancia de cada persona”. Alcanzado el nirvana químicamente, se lleva de este viaje a California los principios que aplicará tanto en la vida como en la cancha.
Ese viaje de LSD era lo que le faltaba para darle sentido a su vida, para fusionar filosofía, budismo zen, misticismo cristiano y las tradiciones de los nativos americanos, todo aquello que había estudiado desde la adolescencia. Para él, como para Timothy Leary, las drogas no son un mero escape sino una herramienta para expandir la conciencia, una “experiencia religiosa”.
De regreso a Nueva York Phil se siente renovado. Su carrera como jugador no va a durar mucho más. Sin destacarse demasiado se retirará con los Nets de Nueva Jersey en 1980. Pero lo importante de esta nota no es su carrera como jugador: Phil nació para ser técnico. Todas las lecturas y experiencias acumuladas durante tantos años le han dado una visión muy original del juego y de la vida. El impacto profundo que va a tener en el deporte de los Estados Unidos está por venir.
Ya retirado, nadie en la NBA parece dispuesto a contratar un entrenador que confesó en su deslumbrante autobiografía de 1975, Maverick: more than a game, haber tomado ácido y fumado marihuana para aliviar el dolor de su cirugía de fusión espinal: “Afortunadamente fumaba mucha marihuana en esa epoca, asi que podia estar loco y simplemente dejarme llevar”.
Phil paga su derecho de piso: gran parte de los 80 los pasa dirigiendo (exitosamente) en las ligas menores y en Puerto Rico. El primero en confiar en él es Jerry Krause, general manager de los Bulls de Chicago, que lo contrata en 1987 como segundo asistente de un equipo que tiene en sus filas a Michael Jordan pero no logra salir campeón.
Domando al toro
Los Bulls son el equipo ideal para plasmar todo lo que ha aprendido. Phil pasa a ser la mano derecha de Tex Winter, primer asistente del coach Doug Collins y un erudito de la táctica, sobre todo del triángulo ofensivo. Desde el banquillo estudia y analiza el equipo en todos sus detalles, prestando especial atención al modo en que podría aplicar los esquemas de Tex, un método que no convence del todo a Collins.
Hasta ese momento los equipos giraban alrededor de un jugador poderoso que trataba de quebrar las líneas defensivas para encestar, usando de soporte al resto del equipo. El triángulo ofensivo en cambio, como explica en su segunda autobiografía de 2013 Eleven rings, “dota de poder a los jugadores, pues ofrece a cada uno el desempeño de una función decisiva, así como un alto nivel de creatividad en el marco de una estructura clara y bien definida...si el triángulo funciona bien resulta prácticamente imposible frenarlo ya que nadie sabe qué ocurrirá a continuación, ni siquiera los propios jugadores”. Un concepto que “se alinea a la perfección con los valores de la generosidad y de la conciencia plena que había estudiado en el budismo zen”.
Tras la derrota en 1989 en la final de conferencia contra los Pistons de Detroit, todos se preguntan, ¿por qué no logra ganar este equipo? ¿En qué falla? Para Phil el problema es simple. Centran demasiado su juego alrededor de Jordan. Todas las responsabilidades y las pelotas decisivas caen en sus manos. El resto del equipo está siempre pendiente de complacer a la gran estrella, y él no parece dispuesto tampoco a ceder ni un gramo de su protagonismo.
Cuando para la temporada 1988/89 es nombrado director técnico, Phil ya tiene un plan. Teniendo al mejor jugador de la historia en sus filas, pero sin lograr salir campeón, ante la disyuntiva de si es más importante el jugador o el equipo, Phil Jackson le propone al plantel “superar las fuerzas divisivas del ego que quebraron equipos aún más grandes”.
Pero para transformar un conjunto de atletas a la merced del jugador franquicia por excelencia en un equipo cohesionado donde todos pueden brillar primero hay que convencer a Jordan, que irónicamente denominaba el triángulo “la ofensiva de la igualdad de oportunidades, dirigida a una generación de jugadores que carecían de su capacidad creativa individual”.
¿Pero cómo logra convencer a Jordan de encestar menos para ganar más, de confiar en sus compañeros? Simple, Jackson lo hace partícipe de la revelación que había tenido en Malibú unos años antes: el “yo” es una ilusión, hay que abandonar la idea de individuo y conectarse a la unidad de todas las cosas, como cuenta Maverick: more than a game: “Después de mi viaje de ácido tuve que revaluar y redescubrir mi ego para poder así perderlo. Al someterme al sentido de mi ser más profundo, logrè aliviar el peso de mi propia persona”. De ese modo, todos los Bulls, seducidos por quien con el pasar de los años sería realmente considerado un gurú del básquet y del deporte, van juntos por la gloria: transformarse en el equipo que cambió la historia del básquet a nivel mundial.
A lo largo de su carrera como técnico bromearon con que Jackson fumara marihuana en el vestuario, se burlaron de los inciensos que prendía antes de los partidos, de las sesiones de meditación a oscuras, de los rituales de los nativos americanos, de mechar en los videos de análisis tácticos escenas de películas y canciones de The Grateful Dead. La respuesta de este hippie fumón tan difícil de clasificar está en sus números: once títulos como técnico, seis con Chicago y cinco en Los Angeles. Ni más ni menos que el porcentaje de victorias más alto de toda la NBA.
publicado en revista THC Nº 137
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maya-terrra · 2 years
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PSYTRANCE: DA ORIGEM AO QUE É HOJE
Trance, do inglês, significa transe ou êxtase. É entendido como um estado alterado de consciência de quem se encontra como que transportado para fora de si e do mundo sensível, por efeito de exaltação mística ou de sentimentos muito intensos de alegria, prazer, admiração, temor reverente etc. O estado psicodélico é um conjunto de experiências estimuladas pela privação sensorial, bem como por efeito no sistema nervoso de substâncias psicodélicas. Essas experiências incluem uma produção visionária semelhante a alucinações, mudanças de percepção, sinestesia, estados alterados de consciência semelhantes ao sonhos, psicose e êxtase religioso. O trance psicodélico é um gênero da música eletrônica que surgiu no final da década de 80 em Goa, no oeste da Índia. Com suas praias paradisíacas e sua cultura minimalista, Goa acabou se tornando um ponto de encontro internacional de místicos, anarquistas, filósofos, pessoas interessadas em espiritualismo… um verdadeiro paraíso para hippies e viajantes mochileiros, todos conectados através do desejo de quererem ter uma posição fora do sistema ocidental. Todos procuram em Goa o lado intenso e bonito da vida e é claro que a música não poderia faltar neste cenário. No início, as festas nas praias de Goa eram tomadas pelo rock psicodélico e pelo reggae, com trilhas sonoras que iam de Janis Joplin a Pink Floyd e muita experimentação musical. Os jovens que frequentavam essas festas adotaram uma posição contrária ao sistema, promulgaram formas de vida alternativas e contraculturais, opondo-se aos valores dominantes na sociedade capitalista, como o trabalho, dinheiro, materialismo, conformismo, burocracia, propriedade privada, repressão, segregação racial, distinção de classe social, etc. O Psytrance teve seu início com o Goa Trance, um gênero musical que tem como característica um som mais orgânico com melodias alegres, utiliza a repetição de elementos e o uso de arpejos que tornam o som hipnótico. Além disso, apresenta bumbo característico com pitch menos elevado, trechos de mantras indianos e efeitos psicodélicos. Seu precursor foi o DJ Goa Gill, com batidas conectadas a espiritualidade e yoga, acreditava que o trance levava os ouvintes a estados elevados de consciência. Exemplos de artistas ligados ao Goa Trance são: CENTRAMENTO SAT A década de 90 foi tomada pelo Goa trance, uma das festas mais conhecidas dessa época foi a Full Moon Party, que aconteceu em 1993, em Ko Phangan na Tailândia. No final dessa mesma década, o Goa Trance abre espaço para o Psytrance, novo gênero que vinha encantando os apreciadores da Música Psicodélica. Com mais tecnologia, a música se tornou mais mecânica e computadorizada, ampliando as possibilidades de produção com mais timbres e sintetizadores analógicos e digitais, dando espaço também à subgêneros como Progressive Trance, Full On, Full On Morning, Full On Old School, Dark Psy, Hitech, Psycore, entre outros… Exemplos de artistas ligados ao Psytrance são: Pineal Connection Patrique Luciano De uns anos pra cá, a música eletrônica se tornou febre mundial, mas é importante lembrar que nem todas essas festas pertencem ao Psytrance raíz e seu traços. Normalmente, as festas que chamamos de “Rave” são eventos comerciais e não estão ligadas a um estilo de vida específico, contam com grandes estruturas e uma enorme quantidade de pessoas. No Brasil, os festivais e eventos mais famosos geralmente acontecem durante todo o fim de semana podendo durar mais dias, e contam com pessoas de vários estados, já os eventos menores e regionais acontecem em uma noite. As Festas Raves também costumam ter sempre os DJ’s mais renomados em seus line-ups, inclusive atrações internacionais. Não é porque festa rave é um evento comercial que não tem Psytrance. Esses eventos comerciais contam com DJ’s de variadas vertentes, as mais presentes são o Full On, Psytrance e Progressive Trance, mas há quem diga que a qualidade do som ainda é diferente do que é tocado nas festas do Psytrance raíz, e que o público e o ambiente também faz uma enorme diferença. Diferentemente dos eventos comerciais, os festivais e eventos que carregam a essência do Psytrance contam com um público reduzido, normalmente as pessoas se conhecem de eventos anteriores. Os eventos acontecem durante todo o fim de semana podendo durar até 5 dias, com line-ups carregadas de DJ’s regionais. O Psytrance está muito ligado à natureza e carrega como cultura a filosofia de vida do PLUR, do inglês para o português, Paz, Amor, União e Respeito. Esse tipo de evento normalmente acontece em lugares abertos como picos, fazendas ou chácaras rurais e a grande maioria do público vai em busca de se reconectar, seja com a natureza ou com seu eu interior. Outras características interessantes presentes nesses eventos são: exposições de arte, intervenções artísticas, meditação, yoga, tenda de cura, reiki, entre outros.
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juventudepsiquica · 3 years
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Como o café moldou a sociedade entre países islâmicos? E a ocidental? Esse texto do Guardian tenta dissecar essas influências, ao buscar uma relação entre cafés (os espaços) e o ambiente público, e ainda o desenvolvimento da matemática no Oriente Médio, onde beber álcool era proibido.
“O mundo islâmico nessa época era em muitos aspectos mais avançado do que a Europa, em ciência, tecnologia e aprendizado. É difícil provar se esse florescimento mental teve alguma coisa a ver com a prevalência do café (e a proibição do álcool), mas, como argumentou o historiador alemão Wolfgang Schivelbusch, a bebida “parecia ter sido feita sob medida para uma cultura que proibia o álcool consumo e deu origem à matemática moderna”.
(...)
Os cafés de Londres se distinguiam uns dos outros pelos interesses profissionais ou intelectuais de seus clientes, o que acabou dando a eles identidades institucionais específicas. Assim, por exemplo, comerciantes e homens com interesses no transporte marítimo reuniram-se na Lloyd's Coffee House. Ali era possível saber quais navios estavam chegando e saindo, e comprar uma apólice de seguro para sua carga. A Lloyd's Coffee House acabou se tornando a corretora de seguros Lloyd's de Londres. Tipos eruditos e cientistas - conhecidos então como “filósofos naturais” - reuniram-se no Grecian, que se tornou intimamente associado à Royal Society; Isaac Newton e Edmond Halley debateram física e matemática aqui e, supostamente, uma vez dissecaram um golfinho no local.
Houve até uma tentativa da criação de uma espécie de Lei Seca contra o café na Inglaterra, em 1675, mas durou apenas 11 dias. Em outras palavras, o poder do café era maior que a vontade sagrada do rei.
Ao mesmo tempo, o autor relata como largou a cafeína e tenta analisar como a substância pode melhorar a memória e produtividade.
No entanto, se a cafeína também aumenta a criatividade é outra questão, e há algumas razões para duvidar que sim. A cafeína melhora nosso foco e capacidade de concentração, o que certamente melhora o pensamento linear e abstrato, mas a criatividade funciona de maneira muito diferente. Pode depender da perda de um certo tipo de foco e da liberdade de deixar a mente fora da coleira do pensamento linear.
Os psicólogos cognitivos às vezes falam em termos de dois tipos distintos de consciência: consciência de holofote, que ilumina um único ponto focal de atenção, tornando-o muito bom para o raciocínio, e consciência de lanterna, na qual a atenção é menos focada, mas ilumina um campo mais amplo de atenção. Crianças pequenas tendem a exibir consciência de lanterna; o mesmo acontece com muitas pessoas em psicodélicos. Essa forma mais difusa de atenção se presta à divagação da mente, à associação livre e ao estabelecimento de novas conexões - todas as quais podem nutrir a criatividade. Em comparação, a grande contribuição da cafeína para o progresso humano tem sido intensificar a consciência dos holofotes - o processamento cognitivo focado, linear, abstrato e eficiente mais intimamente associado ao trabalho mental do que ao brincar.,
O poder da cafeína para nos manter acordados e alertas, para conter a maré natural do esgotamento, nos libertou dos ritmos circadianos de nossa biologia e assim, junto com o advento da luz artificial, abriu a fronteira da noite para as possibilidades do trabalho.
[The Guardian]
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undergroundmafiapy · 4 years
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COOLTURE: INDUSTRIAL TECHNO.
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La música industrial es un género musical que se basa en sonidos y temas ásperos, transgresores o provocativos. AllMusic define la música industrial como la "fusión más abrasiva y agresiva de la música rock y electrónica " que fue "inicialmente una mezcla de experimentos electrónicos de vanguardia (música de cintas, música concrète, ruido blanco, sintetizadores, secuenciadores, etc.) y provocación punk”. El término fue acuñado a mediados de la década de 1970 con la fundación de Industrial Records por miembros de Throbbing Gristle y Monte Cazazza. Si bien el nombre del género se originó con la aparición de Throbbing Gristle en el Reino Unido, las concentraciones de artistas y etiquetas vitales para el género también surgieron en los Estados Unidos, es decir, en Chicago.
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 Los primeros artistas industriales experimentaron con el ruido y temas estéticamente controvertidos, musical y visualmente, como el fascismo, la perversión sexual y lo oculto. Entre los músicos industriales más destacados se encuentran Throbbing Gristle, Monte Cazazza, SPK, Boyd Rice, Cabaret Voltaire y Z’EV. En el álbum debut de 1977 de Throbbing Gristle, The Second Annual Report , acuñaron el eslogan "música industrial para gente industrial". El sello independiente Wax Trax Records, con sede en Chicago, presentó una gran lista de actos de música industrial. Los precursores que influyeron en el desarrollo del género incluyeron actos como el grupo de música electrónica Kraftwerk , actos de rock experimental como Pink Floyd y Frank Zappa , artistas de rock psicodélico como Jimi Hendrix y compositores como John Cage . Los músicos también citan a escritores como William S. Burroughs y filósofos como Friedrich Nietzsche como influencias.
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El techno industrial es un subgénero de la música dance techno que se originó en la década de 1990. Característicamente, incorpora influencias del sonido sombrío, ruidoso y la estética de los primeros actos de música industrial, particularmente Cabaret Voltaire y Throbbing Gristle. Sello de música industrial estadounidense Wax Trax! También tuvo una profunda influencia sobre el desarrollo del género.  El género ha visto un resurgimiento en la década de 2010, encabezado por actos como Adam X, Orphx y Ancient Methods, y otros más tarde como Blawany Karenn Como resultado, ha ganado una base de fans significativa de la audiencia post-dubstep, no debe confundirse con Techno Industrial, que en esencia es similar al subgénero de ruido de potencia / ruido rítmico. La terminología diferente se usa dependiendo de si uno viene desde una perspectiva techno o industrial, con Industrial Techno que tiene una sección rítmica más inspirada en el techno con muchos efectos de reverberación y wall-of-noise o de ciencia ficción, mientras que Techno Industrial está más cerca del rítmico ruido en la composición, con una sección rítmica distorsionada.
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El techno industrial está teniendo un momento en este momento, y lo ha estado durante los últimos años. Artistas como Perc (y los diversos productores a los que ha dado un hogar en su sello Perc Trax), Truss , Ancient Methods , Blawan y una legión de otros han estado presionando un sonido más oscuro y arenoso durante algún tiempo, mirando hacia el Década de 1980 para inspirarse y recurrir a la música áspera y transgresora de industriales de vanguardia como Throbbing Gristle , Skinny Puppy y la lista de Wax Trax.  . Esta forma de techno más sombría y ruidosa se ha vuelto increíblemente exitosa, y uno puede argumentar que al momento de escribir esto es El género techno definitivo de los años 2010. 
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Te presentamos un documental sobre los inicios y evolución del Techno a nivel mundial
Este es un documental vital de las raíces profundas de la música techno junto con la historia cultural de Detroit, su lugar de nacimiento. La película conecta los disturbios raciales de 1967 con la escena de la fiesta clandestina de finales de los años 80, y sigue su propagación a Europa y su desarrollo continuo a través de generaciones posteriores de productores. Además de las entrevistas en profundidad con los creadores del techno, Juan Atkins, Derrick May y Kevin Saunderson, hay aportes y anécdotas de Richie Hawtin, Jeff Mills, Carl Craig, Eddie Fowlkes, Kenny Larkin, Matthew Dear y muchos más.
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roundaboutmidnight · 5 years
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06 de setembro
Bom dia a todos!...
Neste dia:
Nasceu, em 1928, o grande filósofo e escritor estadunidense Robert M. Pirsig.
Nasceu, em 1943, o ótimo músico e compositor britânico do grupo Pink Floyd Roger Waters.
Nasceu, em 1976 a talentosa atriz britânica Naomie Harris.
George Roger Waters nasceu em Guildford, no dia 6 de setembro de 1943. É um músico, cantor e compositor inglês. É um dos fundadores da banda de rock progressivo/rock psicodélico Pink Floyd, na qual atuou como baixista e vocalista. Após a saída de Syd Barrett do grupo, em 1968, Waters se tornou o letrista da banda, o principal compositor e o líder conceitual do grupo. Subsequentemente, a banda conquistaria sucesso internacional nos anos 70 com os álbuns conceituais The Dark Side of the Moon, Wish You Were Here, Animals e The Wall.
Naomie Harris (Londres, 6 de setembro de 1976) é uma atriz britânica, indicada ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo aclamado papel de Paula no filme Moonlight e mais conhecida pelo filme 28 Days Later e pela personagem Tia Dalma na trilogia Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest. Em 2012, tornou-se a nova Miss Moneypenny da franquia do espião britânico James Bond, como a agente Eve no filme Skyfall.
Robert M. Pirsig nasceu em Minneapolis, Minnesota, no dia 6 de setembro de 1928 e morreu no Maine em 24 de abril de 2017. Foi um escritor e filósofo americano, conhecido como o autor do livro Zen e a Arte da Manutenção de Motocicletas, de 1974, que já vendeu milhões de cópias ao redor do mundo.
São trechos deste livro:
“Na minha opinião, é assim que o mundo pode melhorar um pouco: as pessoas devem tomar decisões individuais de Qualidade, e pronto.”
“Meditar é tão mais interessante do que ver televisão!”
“As escolas nos ensinam a imitar. Se a gente não imita o que o professor quer, ganha nota baixa. É claro que na faculdade o processo é mais sofisticado; é necessário imitar o professor de modo a convencê-lo de que não se está fazendo imitação.”
“A gente vive mais para poder viver mais ainda. Não há outro objetivo.”
A seguir os vídeos de hoje:
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culturizando · 7 years
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#UnDíaComoHoy: 5 de agosto en la historia
El 5 de agosto es el 217.º día del año. Quedan 148 días para finalizar el año. El día de hoy te traemos una lista de eventos importantes que ocurrieron un día como hoy 5 de agosto.
1496: fue fundada Santo Domingo en República Dominicana, primera sede del gobierno español en el Nuevo Mundo.
-1583: el navegante británico Humphrey Gilbert desembarca en Terranova, primera colonia inglesa en América del Norte.
-1829: se estrena Guillermo Tell, de Rossini, en la Ópera de París.
-1850: nace Guy de Maupassant, escritor francés, uno de los más relevantes de su época.
-1889: se inaugura en París el nuevo edificio de la Universidad de La Sorbona.
-1895: muere Friedrich Engels, filósofo y revolucionario alemán. Junto con su amigo Carlos Marx, contribuyó al desarrollo del socialismo científico. Cuando Marx murió, Engels corrigió y preparó la publicación de sus manuscritos para sacar a la luz los tomos II y III de “El Capital”.
-1930: nace Neil Armstrong, astronauta estadounidense. El primer ser humano en pisar la Luna.
-1955: muere Carmen Miranda, actriz y cantante luso-brasileña.
-1957: muere Heinrich Otto Wieland, químico alemán, premio Nobel de Química en 1927.
-1958: el submarino estadounidense Nautilus cruza los océanos Pacífico y Atlántico pasando bajo la corteza del Polo Norte.
-1962: muere a los 36 años, la actriz estadounidense Norma Jeane Mortenson, mejor conocida como Marilyn Monroe. Junto a su cama se encontró una botella vacía con barbitúricos en su interior por lo que la policía dictaminó su suicidio. Aún hoy en día, muchos ponen en duda la versión oficial, y lo cierto es que su muerte continúa siendo un misterio. Será recordada como uno de los símbolos sexuales más importantes de la historia.
-1966: The Beatles lanzan su álbum titulado Revolver. El álbum presentó varios nuevos desarrollos estilísticos que llegarían a ser más pronunciados en discos posteriores. Logró llegar al número uno en la lista de éxitos del Reino Unido. Revolver fue el disco que marcó la carrera del grupo como psicodélica. Con grandes contrastes como “Taxman” (hard rock), “Tomorrow Never Knows” (rock psicodélico) y “Eleanor Rigby” (pop barroco). Revolver es citado frecuentemente como uno de los mejores álbumes de la historia de la música pop. En 1997 fue seleccionado en el tercer puesto de los mejores álbumes de todos los tiempos en una votación de Music of the Millennium dirigida en el Reino Unido por prestigiosos medios, como son HMV, Channel 4, The Guardian y Classic FM. En febrero de 1998 los lectores de la Q magazine colocaron al álbum en el segundo lugar, mientras que en el año 2001, la cadena de televisión VH1 lo situó en el primer puesto de entre los mejores 100 álbumes de todos los tiempos. o
-1967: se publica The Piper at the Gates of Dawn, de la banda británica PinkFloyd.
-1970: nace James Gunn, actor, director, productor y guionista. Conocido por ser parte del tren ejecutivo de Marvel Studios y por participar en películas como Scooby Doo y Guardians of the Galaxy.
-1984: muere Richard Burton, actor británico. Recordado por clásicos como Cleopatra, Who´s Afraid of Virginia Woolf?, Where Eagles Dare, Becket, The Robe, entre muchas otras más.
-1997: nace Olivia Holt, actriz estadounidense. Conocida por ser parte del elenco de Wasabi warriors, Girl Vs. Monster, I Didn’t Do It, entre otras.
-2000: muere Sir Alec Guinness, actor británico, Reconocido por interpretar el papel de Obi-Wan Kenobi en las películas de Star Wars.
-2010: se produce el derrumbe que atrapa a 33 mineros en la mina San José en Chile.
La entrada #UnDíaComoHoy: 5 de agosto en la historia aparece primero en culturizando.com | Alimenta tu Mente.
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devanby · 5 years
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Farei diferente na próxima vez...
Olá, você está vivo. Ótimo. Bem vindo ao mundo, pegue um assento porque você não pode andar... Ainda.
Você irá passar os próximos anos em um mundo psicodélico de cores que não fazem sentido, mas tudo bem porque você pode se mijar e alguém provavelmente vai resolver isso por você, mas não se acostume porque logo será esperado que use a privada, então aprecie o quanto puder.
E não muito depois disso você terá que ir a um prédio onde eles farão você aprender coisas que não sabia como tabelas, tempo, alfabeto e outras coisas. Talvez você ainda pense que é o centro do mundo e provavelmente essa ilusão até está certa em parte por algum tempo - algumas pessoas fazem isso a vida inteira - mas eventualmente você começará a irritar as outras crianças então você provavelmente terá que aprender um pouco de humildade também. Entendeu? Bom.
Certo. Agora terá que ir para outro prédio onde os testes são um pouco mais difíceis e os assuntos são mais intensos. Eles tentarão lhe ensinar coisas tipo trigonometria e pentâmetro Iâmbico, sem esperar jamais que você possa usar isso em sua vida. Mas não se preocupe, apenas memorize, cuspa fora durante a prova e esqueça no segundo que você sair da sala.
Agora você provavelmente está começando a ter vontades estranhas de fazer coisas com seus companheiros de classe, coisas que você nunca quis fazer antes e agora você vai ter que participar de um jogo pelo resto da sua vida onde você realmente quer esse tipo de proximidade com pessoas, mas, algumas vezes nem todo mundo sente de forma mutua, então você terá que esconder essas vontades. Bem vindo ao mundo do namoro, linguagem corporal e sexo. É, você vai gostar da parte final. Ela vai decidir sua vida e a maior parte dos filmes que você assiste e livros que você lê por algum tempo. Quer você perceba isso ou não.
Oh, você terminou de cuspir fora toda aquela memorização inútil. Bem. Ótimo. Vamos para a faculdade.
Você precisará dela se quiser ganhar muito dinheiro, que é obviamente muito importante porque bem... bem, apenas é. Cale a boca. Olha, todo mundo é feliz quando é rico. Escolha um assunto. Humanas não, seu idiota! Alguma coisa real como Direito ou Matemática. Seus pais  não passaram 18 anos criando uma porra de um filósofo "Cogito Ergo Falido" este tempo tempo todo.
Oh, você terminou. Ótimo. Vamos arrumar um emprego para você então. Diga que é uma pessoa sociável, que tem excelentes habilidades de organização e que trabalha bem em equipe. Não mencione sua paixão real por jardinagem ou música. Eles estão pouco se fodendo para isso. Apenas soe o mais genérico possível. Fique aí uns 30 anos e talvez ganhe um bom dinheiro enquanto isso.
A coisa do sexo está provavelmente ficando um pouco vazia agora e você está necessitado de algum tipo de conexão real com o sexo oposto, ou mesmo sexo se essa for a sua pegada.
Jesus, você pensou que fazer pessoas tirarem as roupas era difícil? Tente então encontrar um parceiro para se apaixonar! Ok, você conseguiu! Mas e se eles ficarem entediados? Ou você ficar entediado? Eles vem com um manual de instruções ou algo do tipo? Bem, desculpe, você simplesmente terá que arriscar. Que nem todo mundo. Que nem na vida pra dizer a verdade.
Algumas pessoas estão mortas na sua idade, mas você não está. Não, você ainda se senta num poço de sua própria mediocridade, sentindo tédio e pisoteado pela vida, enquanto está em uma rocha que gira a 14 mil quilômetros por hora ao redor de um gigante de gás em um universo infinito, parte de 13 bilhões de anos de evolução cósmica, mas não, não... definitivamente você deve se sentir entediado e um lixo. E agora se sente pior porque sabe o quão grato deveria se sentir sobre tudo, impressionado e feliz o tempo todo... E ainda assim você se sente um bosta. Bem, isso é biologia.Seja bem vindo.
Então, talvez seus amigos por agora estejam ficando ricos, ou casando, ou engravidando ou algo, e você está pobre, solteiro e talvez não queira filhos. Não importa o que Carl Sagan diz, você não sente senso de maravilha nenhum. Você se sente um merda. Você não quer eloquentes prós sobre quão belo o cosmos é, você quer dinheiro para viver confortavelmente, você quer ser amado e talvez agora queira filhos. Tente livros. Há um punhado de caras mortos dizendo que podem explicar o que está acontecendo e como ser feliz, mas no fina das contasl cada um deles apenas contradiz o outro e, honestamente, tudo irá depender de você. Você vai ter que decidir, seja se acredita em Deus ou se quer comer carne, se apoia o aborto ou se afinal a vida tem um significado intrínseco. E o que quer que você faça, as pessoas vão cagar nas suas opiniões e vão dizer que você é um  iludido. Desculpe, este é um jogo onde não há ganhadores.
E agora você está velho e talvez você tem dinheiro ou talvez não. E   agora você está a dois passos da morte e você passa muito tempo pensando sobre o que poderia ter feito. Pensando na Ritinha, no jardim, atrás da casa dos seus pais quando vocês tinham 17 anos, e como você deveria ter dito "eu te amo" e ao invés disso disse: "olha, me desculpe. É que eu não estou no momento certo agora. Vamos  pra dentro, está ficando frio”. Bem, agora que você pensa nisso a Rita estará provavelmente velha e raquítica como você está. Se ainda estiver viva.
Não há muito tempo sobrando.
Bem, acho que simplesmente você fará tudo diferente na próxima vez. Oh? Não há uma próxima vez? Oh, então, então foi isso? Merda. Se você soubesse disso antes! Porque se você soubesse que essa era a única chance que tinha de viver como um macaco falante no espaço, no melhor ponto da história, como a espécie mais brilhante do planeta usando magias como a internet, aviões e smartphones, com acesso a todo conhecimento humano na ponta dos seus dedos e à oportunidade de apreciar o quão bacana é estar estar vivo, talvez você não teria se preocupado tanto sobre o que os outros pensam e sobre suas vidas de merda, e talvez, apenas talvez, tivesse passado mais tempo aqui escrevendo, descobrindo se apaixonando ou... Simplesmente não sendo um cuzão.
Oh, bem. Se você soubesse... Mas você sabia. Apenas não queria na verdade pensar sobre isso...
Oh, ok, que pena...
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demianblog · 5 years
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Las drogas que consumían los indígenas precolombinos hace mil años, según estudio
Las drogas que consumían los indígenas precolombinos hace mil años, según estudio
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El científico y filósofo estadounidense Terence McKenna era un defensor del consumo responsable de sustancias naturales con efectos psicodélicos. También fue considerado un gurú intelectual para la denominada “cultura rave”, sostenía la teoría de que la evolución de la conciencia humana tenía su origen en el consumo de ciertas especies de vegetales y hongos con efectos alucinógenos.…
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queridamariana · 6 years
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¿Hay un origen psicodélico en la filosofía?
La verdad es que el ser humano, en general, siempre se ha sentido atraído por experimentar una alteración de la conciencia. Si esto no fuera cierto, los niños no darían vueltas en las sillas para marearse o los adultos no tomarían café o alcohol. Entre estas maneras de jugar con la mente también se encuentra el consumo de psicodélicos. Aunque controvertidos, ellos provocaron una revolución en el mundo del pensamiento, ofreciendo nuevas maneras de ver el universo. Pretendo no promover ni condenar su uso, sino relacionarlos con el comienzo de la filosofía, en concreto, la Occidental.
Antes que nada, ¿qué es un psicodélico? Es un neologismo inventado por Humphry Osmond, un psicólogo de Gran Bretaña, formado por palabras griegas que quieren decir que manifiesta el alma. La RAE expone la siguiente definición: “Dicho especialmente de drogas como la marihuana y otros alucinógenos: causantes de la manifestación o estimulación de potencias o elementos psíquicos que en condiciones normales están ocultos.”
Siendo así, comenzaré con Platón, puesto que sus ideas trascendentes de la existencia del alma y un reino eterno de las Ideas han sido fuente de inspiración para muchos filósofos posteriores. Él escribió en sus libros que se organizaba una serie de eventos por una escuela de filósofos en Eleusis. En estos eventos bebían kykeon en el Templo de Demeter. También detalló que veía a su cuerpo como una cáscara, de la cual podía escapar mediante estas experiencias mistéricas.
Se cree que este brebaje, además de contener menta, agua y cebada, tenía diluido un componente derivado del ergot, un hongo de la cebada. Cabe señalar que el LSD también es un derivado del ergot.
Quedan descritas las experiencias psicodélicas en Fedón, también llamado Sobre el alma. Ahí habla sobre la muerte de Sócrates, sobre su teoría de Ideas y sobre la inmortalidad del alma. Gracias a estas alteraciones mentales, desarrolló su creencia sobre la dualidad entre cuerpo y alma. De esta manera, Platón pudo tener una epifanía que alumbró el camino al progreso del conocimiento y del pensamiento.
Como dijo Sjöstedt-H, un candidato al doctorado de filosofía de la Universidad de Exeter: “Si Plato fue inspirado por los psicodélicos, entonces todo el Occidente está inspirado en estas experiencias.” Sin embargo, también añade que no cualquiera puede ser filósofo si participa en estas actividades. Es importante entender las experiencias alucinógenas para construir una rigurosa filosofía sobre cómo funciona la mente.
 Referencias:
http://dle.rae.es/?id=UWDlUv1
https://highexistence.com/hidden-psychedelic-influence-philosophy-plato-nietzsche-psychonauts-thoughts/
https://qz.com/1051128/the-philosophical-argument-that-every-smart-person-should-do-psychedelics/
 https://thephilosophyforum.com/discussion/937/philosophy-of-drugs-and-drug-use
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filosofopsicodelico · 4 years
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Falando um pouco sobre a obra no geral, estou fazendo estudos de estilo para a futura HQ do Filósofo Psicodélico, e um dos elementos presentes na história é o notório "Anjo Repolho" (apelidado assim pelo Filósofo Psicodélico, devido sua aparência e "propriedades envoltórias"), porém seu real nome é Keruv, ou de forma geral, um querubim. Os querubins são denotados na mitologia cristã como o da primeira hierarquia celeste, os anjos protetores mais próximos de Deus. Embora sejam amplamente representados como bebês fofos com asas que parecem um repolho, os anjos no geral possuem aparência bastante intimidadora: no Livro de Ezequiel, os querubins são descritos como seres de quatro faces: humano, boi, leão e águia (que curiosamente no Tarot são os quatro pontos cardeais representados no arcano "O Mundo"), possuem dois pares de asas que envolvem seu corpo, seu corpo e asas eram repletos de olhos, seus pés eram de carneiro, e seu corpo emitia luz como brasa queimando. Obviamente, tive minha licensa poética para fazer minha representação de querubins, de forma que façam sentido (ou não) na história principal do Filósofo Psicodélico. e pra quem ainda está se perguntando o motivos do repolho, Querubim vem do hebraico Keruv (כרוב), que significa "envolver", por serem os anjos que envolvem Deus. Porém um outro significado da palavra כרוב é "repolho", dado sua característica de folhas que envolvem umas as outras, como asas de um Querubim.
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banzais-world · 6 years
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O mundo parece ser redondo, plano, psicodélico, oval, estranho e amarrotado! Ele parece pequeno e enigmático... O mundo parece ser infinito e finito! Sei de qual mundo pertenço... Pertenço ao mundo de filósofos de banheiro, o mundo dos filósofos dos bosques ou de algum lago silencioso e profundo igual o abismo que trago no peito, mas pertenço ao mundo dos dramáticos e desesperados, sim! Sou poeta e vejo a arte na encenação de um ator, no canto de um cantor, na caridade de quem conduz o amor e em fim sou apenas alguém que escreve pensando em uma flor, porquanto falar do meu amor e da minha dor só faço o meu papel. Sou um ator e autor equilibrado... Na minha arte sou um deus com uma caneta e um papel, este é o meu mundo! Amandio #bomdia #escritor #autornacional #instagramers #photoselfie #ator #poema #gshow #Fantástico #foratemer
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pnkyg · 4 years
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Terence McKenna e a linguagem do cosmos
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O cientista psiconauta só queria que todo mundo se tornasse um xamã
Para Terence McKenna, viver sem experiências psicodélicas é como viver sem sexo. Segundo o filósofo e etnobotânico, essas substâncias guardam a programação da linguagem da mente e do cosmos. 
“Não há verdade mais profunda”, disse ele à revista Wired. Mckenna dizia que sua missão era dar permissão às pessoas. 
Ou como define o futurólogo Mark Pesce na mesma revista: “Tudo o que McKenna está pedindo é para nos tornarmos xamãs, fazer uma jornada ruma à transcendência e tirar nossas próprias conclusões”.
No contexto da Guerra Fria dos anos 1970 e 1980, era como se a sociedade precisasse de uma fogueira que esquentasse as tensões e a fizesse enxergar para além da cortina de ferro. McKenna era essa fogueria. Suas chamas alimentavam o inconsciente de frequentadores de raves e acadêmicos que se recusavam a viver sob uma realidade construída na base de dor e sofrimento. E sua fumaça se espalha pelos quatro cantos do mundo até hoje.
O escritor repudiava a forma como o governo tenta controlar o uso de substâncias psicodélicas, porque isso significa um controle sobre a própria mente das pessoas. “Se essas coisas expandem de fato a consciência, não é preciso muita inteligência para compreender que é precisamente a ausência de consciência que está causando nosso flerte com a extinção e com o desastre planetário”, disse ele, na palestra Tempos de Mudança. “Se houver alguma forma de elevar consciências, seja com dietas, drogas, máquinas, práticas sexuais, mantras, yantras, ou o que quer se seja, deveríamos estar furiosamente explorando e aplicando isso.”
Não à toa McKenna mergulhou fundo no oceano dos psicodélicos e do xamanismo e voltou de lá com ideias fluidas demais para uma sociedade acostumada à rigidez das instituições. Nos próximos textos, vamos viajar por parte de seu legado mais importante, como suas ideias sobre o tempo e a relação dos cogumelos com a evolução da consciência humana, contemplando a fonte dos mistérios que McKenna jamais abandonou.
Nunca acreditou muito no conceito de realidade que era imposto a ele. Para o filósofo e etnobotânico, tudo poderia ser questionado, inclusive o que concebemos como tempo. Uma das primeiras ideias que o tornaram conhecido por alguns — e visto como louco por outros — está no livro The Invisible Landscape. Na obra, ele detalha sua teoria sobre o tempo, baseada no I Ching e nas experiência que viveu com ayahuasca e cogumelo, na Colômbia.
Se para outros cientistas usar um oráculo místico chinês como o I Ching para revolucionar a física soava estranho, para McKenna isso fazia todo sentido.
“Pense nas dunas de areia e repare como elas se parecem com o vento”, explica ele, em um vídeo. “O vento é um fenômeno de pressão variável que flutua no tempo. De certo modo, as dunas que se movem pelo vento são como uma fatia dimensional mais baixa do próprio vento. Analisando imagens das dunas, é possível calcular a duração e a velocidade dos ventos que as criaram.”
Em seguida, ele pede para, em vez de dunas, imaginar o gene, e, em vez de vento, imaginar milhões de anos de evolução. A evolução transforma o gene humano, que seria uma fatia dimensional mais baixa da própria força que o transformou. “Em outras palavras, em todo organismo vivo existe a pegada da dimensão superior que o criou.” Ele poderia estar falando de Deus, mas como cientista McKenna diz que isso é o DNA, que é baseado em um sistema de 64 combinações diferentes. Exatamente igual ao I Ching.
Para o escritor, todos os eventos que acontecem no mundo seriam variações destas 64 combinações. Não se trata de previsão do futuro, mas de cálculos matemáticos. “O I Ching não é um livro de misticismo chinês, mas um livro de dinâmica molecular que vê através da física e que permite a biologia existir”, diz ele.
“Nós podemos acender o fogo que queima no coração das estrelas”, dizia McKenna ao afirmar que a ciência ocidental é fascinada pela energia — um processo que terminou em explosões nucleares. Já os orientais dirigiram todo o seu conhecimento para o entendimento do tempo. Energia e tempo são duas questões diferentes a serem entendidas, que exigem equipamentos distintos para sua compreensão. Enquanto aqui nós usamos aceleradores de partículas, a ciência oriental usa a meditação e mergulha dentro de si mesma para entender suas questões.
Quem persegue o entendimento do tempo alcança uma relação tão sofisticada com esse conceito quanto quem persegue o entendimento da matéria e desenvolve a habilidade de desencadear fissões e fusões nucleares. É uma questão de foco, não de misticismo. “A junção destes dois pontos de vista nos dá um entendimento completo do Universo, do espaço-tempo, da matéria e da energia”, diz McKenna.
Na década de 1990, ao unir o I Ching com a matemática, o escritor criou o site Timewave Zero, com um software que, segundo ele, seria capaz de prever acontecimento futuros.
A ideia pode soar absurda, mas não se lembrarmos que o que consideramos tempo, na verdade, é só uma convenção. A medida de hora, meses e anos, por exemplo, não corresponde ao tempo “real” do Universo. São apenas maneiras criadas pelo homem para se organizar — um marciano não teria a mesma noção de ano que alguém na Terra.
É importante lembrar que absolutamente TODAS as forças científicas que conhecemos do Universo são apenas maneiras que a humanidade descobriu para tentar entender os mistérios que nos cercam, com base em nossa consciência limitada.
As ideias de Einstein de que o tempo e o espaço são a mesma coisa, de que o tecido do tempo-espaço se deforma com o peso da gravidade (como uma bola de boliche sob o tecido de uma cama elástica), e que o tempo não é o mesmo em todos os lugares do cosmos são bem aceitas pela física. Mas não são definitivas. Porque não temos como comprovar tudo isso em laboratório. Questionar é o trabalho do cientista. É o que McKenna faz.
Parte 2
A parte da ciência que explica a evolução humana tem um problema. O filósofo e etnobotânico Terence Mckenna propõe uma solução, que, segundo ele mesmo, nem é a sua ideia mais absurda (mas, com certeza, é uma das mais interessantes). Apesar de ser amplamente aceita, a teoria de Charles Darwin — que explica como os seres humanos passaram de macacos atiradores de cocô a macacos superdesenvolvidos com capacidade para criar o iPhone XS Max — não explica de onde vem a consciência.
Como o punhado de carbono que forma os seres humanos do nada acordou uma manhã e pensou: ‘“Que dia bonito para colher flores no campo e me conectar com a natureza”? Ninguém sabe.
O que se sabe é que a capacidade da linguagem deu uma forcinha aí. Como explica o escritor Tom Wolfe, no livro O Reino da Fala: “A capacidade de conquistar o planeta inteiro para nossa própria espécie é a realização menor do grande poder da fala. A realização grande foi a criação de um eu interno, um ego. A fala, e somente ela, dá ao homem o poder de fazer perguntas sobre a própria vida… e de tirar a própria vida. (...) Só a fala dá ao homem o poder de inventar religiões, com deuses para animá-las”.
Segundo o escritor, o poder da fala sozinho foi o suficiente para mudar o curso história do planeta em seis casos diferentes. E esses casos têm nome: Jesus, Maomé, João Calvino, Marx, Freud e Darwin.
Então, de onde surgiu nossa capacidade de dar significado ao mundo e de nos deprimirmos com as próprias regras que criamos? Ou mesmo de sermos imensamente gratos pelas próprias regras que criamos? De onde vem a consciência, afinal?
Terence McKenna responde: dos enteógenos. Mais precisamente, dos cogumelos, que foram incluídos na dieta dos nossos ancestrais há milhares de anos. Trata-se de uma teoria apelidada carinhosamente “The Stoned Ape” (ou “O Símio Chapado”). No livro O Alimento dos Deuses, McKenna explica que a desertificação da África fez com que os hominídeos da época passassem a explorar mais o ambiente que os cercava, até encontrarem o pequeno fungo que crescia no esterco de animais.
Basicamente, depois de testados, os cogumelos teriam trazido uma série de mudanças nos comportamentos sociais e sexuais, como maior acuidade visual e disparo de fenômenos como a glossolalia — a capacidade de falar línguas desconhecidas em transe espiritual. Essas características teriam garantido uma vantagem evolutiva sem igual para os seres humanos.
“Estes são catalisadores suficientes e dramáticos, que, inculcados num estilo cultural, penso que explicariam muita coisa sobre de onde viemos e sobre quem somos”, explica McKenna, na palestra Tempos de Mudança.
“Estamos a procura de algum tipo de fator que possa ter explodido o tamanho do cérebro humano a uma escala dez vezes mais rápido do que o decorrer normal da evolução. Por isso, teria que ser uma situação incomum. (...) Se não fosse incomum, não teria levado um bilhão e meio de anos para este planeta introduzir sua primeira espécie inteligente”, diz o etnobotânico.
Para ele, o mais irônico é que vivemos em uma sociedade que transforma qualquer discussão subjetiva, como é o caso da consciência, em algo ilegal, imoral ou sequer debatido, já que foge do racionalismo científico. “O que essas substâncias fazem são dissolver limites. A razão para isso provocar tanta ansiedade social é que todas as sociedades existem devido à manutenção de barreiras. E qualquer coisa que dissolva essas barreiras e introduza o relativo no modelo cultural é considerado uma ameaça”, completa ele, na palestra.
No Fórum “A Neurociência dos Psicodélicos”, feito na Unicamp, em setembro, o psiquiatra Luís Fernando Tófoli, uma das maiores autoridades do Brasil nos estudos com substâncias psicodélicas, comentou sobre a teoria de McKenna. “Ela é tentadora, mas não conseguimos comprová-la”, disse.
O problema então, além do preconceito social com a substância, é aquele encontrado por qualquer um que já tentou explicar como é a experiência com enteógenos para alguém que nunca viveu uma. A característica inefável, essa que torna a linguagem insuficiente para descrever, fez com que McKenna afirmasse que as únicas pessoas que poderiam entender sua teoria são aquelas dispostas a viver experiências do tipo. Enquanto isso, seguimos sem nenhuma explicação científica razoável para o surgimento dos nossos questionamentos mais profundos.
A NASA tinha acabado de fazer o seu terceiro pouso bem sucedido na Lua, em 1971, quando o filósofo e etnobotânico Terence Mckenna, seu irmão Dennis e mais quatro amigos iniciaram uma jornada pela Amazônia colombiana. Enquanto os limites da astronomia eram esgarçados com a missão Apollo 14, McKenna e sua equipe buscavam romper com outro tipo de barreira: a da mente.
Foi na cidade de La Chorrera que o filósofo teve suas primeira experiências com ayahuasca e cogumelo. "A única coisa que eu sabia era que os cogumelos seriam o melhor psicodélico que eu experimentaria e que me trariam um senso de vida que eu nunca senti antes", escreveu ele em seu último livro "Alucinações Reais", lançado em 1993. "[As experiências] Parecem ter aberto portas para lugares que eu sempre achei que estariam fechadas para mim por causa da minha insistência na análise e no realismo."
No livro, McKenna narra suas experiências telepáticas, de distorção temporal e com alienígenas. Mas é sua relação com os cogumelos que mais merece destaque. Foi depois dessa jornada que o etnobotânico lançou, em 1976, o primeiro guia de cultivo de cogumelo dos Estados Unidos. Chamada "Psilocibina: O Guia de Cultivo para Cogumelos Mágicos", a obra ajudou a trazer luz à medicina indígena, em um momento no qual as pesquisas e o consumo de substâncias psicodélicas haviam sido proibidos pelo então presidente Richard Nixon, no início de sua Guerra às Drogas.
“Nossa opinião sobre o assunto não deriva da opinião de outros, nem de nada escrito em qualquer livro. Em vez disso, se baseia na experiência de tomar 5 gramas secas de cogumelo; nesse nível um fenômeno peculiar ocorre. É o surgimento de uma relação Eu-Tu entre a pessoa que toma a psilocibina e o estado mental que ela induz. [O psiquiatra Carl] Jung chamou isso de ‘transferência’, é uma condição necessária para os primeiros homens primitivos e suas relações com deuses e demônios. O cogumelo fala, e nossas opiniões são formadas pelo que ele diz eloquentemente de si próprio na noite fresca da mente”, escreveu o filósofo no prefácio do guia.
McKenna sabia que, ao expandir a mente, os psicodélicos tinham a capacidade de dissolver barreiras e ameaçar o poder. “Todas as nossas instituições foram construídas pressupondo hierarquias de ego e dominância, o futuro se trata de desconstruir isso”, disse ele, em uma de suas aulas.
Mas antes de trazer ameaças a conceitos externos, enteógenos como os cogumelos ameaçam nossas próprias bases. Isso porque, eles são uma excelente ferramenta para acessar a chave que nos liberta do medo.
Ou como disse Mckenna: “A natureza ama a coragem. Você se compromete e a natureza vai responder a isso removendo obstáculos impossíveis. Sonhe o sonho impossível e o mundo não vai te atrapalhar, ele vai levantar. Esse é o truque. É isso o que entenderam todos esses professores e filósofos que realmente importaram, que tocaram o ouro alquímico. Essa é a dança xamânica na cachoeira. É assim que a mágica é feita, se atirando no abismo e descobrindo que ele é um colchão de penas.”
Acessar essa coragem é um exercício de persistência que poucas pessoas estão dispostas a fazer. É também um risco porque o preço que se paga para dar vida a um novo eu é a morte dos conceitos antigos que uma vez moldaram nosso eu do passado. Foi nisso que Terence McKenna acreditou até o dia 6 de abril de 2000, quando terminou sua aventura na Terra por conta de um câncer no cérebro.
*Por Nathan Elias-Elias
Este texto foi originalmente publicado no blog do projeto Serpente Sagrada. 
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filosofopsicodelico · 6 years
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Esta é oficialmente a primeira tirinha da página (tanto cronologicamente quanto a sua data de fabricação). Porém como haviam assuntos mais pertinentes do que a origem do universo para se tratar, além da opção pessoal do Filósofo Psicodélico ser a de flertar com linhas temporais confusas.
A origem do universo é algo em que a humanidade tenta compreender desde os primórdios, seja por meio de deidades, de forma filosófica ou de método científico. Isso começa na cosmogonia (especulações sobre a origem do universo através de mitos religiosos ou por pré-socráticos, como Tales de Mileto) que de forma generalizada diz que a existência do universo é precedida de um vazio, ou uma escuridão, por exemplo no caso do Caos, que precedeu o Tartarus na mitologia grega, como já abordado aqui. Uma abordagem "mais recente" começa com Santo Agostinho, que indagado sobre as questões de "como Deus pode preceder o próprio universo?" concluiu que o tempo em si é própria criação de Deus, e que não havia um "antes" da criação do universo. isso veio de encontro com teorias futuras, com o trabalho sobre a relatividade de Einstein, que correlacionava massa com o tempo e sendo o ponto de singularidade do Big Bang possessor de toda massa do universo, onde o tempo praticamente estava "parado" antes da explosão acontecer. No Guia dos Mochileiros das Galáxias há um trecho que narra bem o fato dos deuses surgirem "depois" do universo (além de dar uma breve introdução de universos paralelos, que é um dos sintomas da viagem no tempo):
“O Guia do Mochileiro das Galáxias teve, no que nós chamamos ridiculamente de passado, muito o que dizer sobre o universos paralelos. No entanto a maior parte desse conteúdo é incompreensível para qualquer um abaixo do nível Deus Avançado e, como já havia sido determinado que todos os deuses conhecidos tinham surgido uns bons três milionésimos de segundo após o início do universo e não, como costumam dizer por aí, uma semana antes, eles já têm muita coisa para explicar só por causa disso e não estão disponíveis para tecer comentários sobre temas profundos de física.”
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