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#identidad falsa
juliaridulaina · 5 months
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Mortals de necessitat?//Mortals of necessity?//¿Mortales por necesidad?
A la humanitat li cal entendre la seva veritable identitat, perquè, creient que l’ésser-humà només és un cos.., li aterra desaparèixer pensant que la mort s’amaga en qualsevol racó, i, també el fa irrespectuós amb la vida i s’atreveix a matar impunement perquè creu que aquell o allò que no vol tenir al seu costat desapareix en l’acte de matar. PUNT: Aquest estudi val diamants. Només és qüestió…
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heldisrps · 3 months
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♡ COMMISSION◝  by clicking the source link below you’ll be redirected to #400 gifs of camila sodi in falsa identidad (various episodes). all of the gifs were made by me from scratch, so please do not redistribute or claim them as your own, and do not edit in any way without my permission. please reblog post if you found these useful. tw: weapon, kissing
◝ * info about my commissions can be found here.
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icons of women i'm in love with but not in any particular order.
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Escena del ending de la serie Spy X Family  💗 💗 💗
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ocombatenterondonia · 1 month
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PF detém passageiros por tráfico de drogas e uso de documento falso, falsa identidade e por tentativa de envio de criança ao exterior de forma ilegal
Ações ocorreram no Aeroporto Internacional de Guarulhos A Polícia, no Aeroporto Internacional de São Paulo, deteve, em ações distintas, entre os dias 8 e 10/3, com a participação da FAB e Receita Federal, 11 pessoas e apreendeu 18kg de cocaína. Policiais federais detiveram entre os dias 8 e 9/3, em ações distintas, três passageiros pelo uso de documentos falsos e duas mulheres tentando realizar…
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hatutannews · 10 months
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Governu Nesesita Tebes Asaun Hodi Kombate Identidade Falsa iha Rede Sosiál
Iha  era digital ohin loron,  plataforma ho naran Mídia sosial sai tiha ona aparellu komunikasaun ne’ebe influensia tebes kada individu no mos instituisaun tantu privada no publiku liuhusi maneira informasaun ne’ebe divulga sai husi individu sira. Continue reading Untitled
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isaccksposts · 1 year
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Me la pase analizando, buscando entre lo más profundo de mi, alguna de las palabras que habías dicho, pero no logré encontrar nada.. Me sentí muy ofendido por aquellas palabras falsas que me trajo el viento, talvez pensaste que estabas haciendo lo correcto. Pero sabes que fue lo más feo, es haberte pedido perdón por algo que creí haber echó mal.. Mi inocencia pensaba que fuí directo o algo ofensivo... Pero no, tu estabas mal y lo mínimo era afrontar la verdad no hacerme creer que yo estaba mal...
-Isacckposts
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jusdecisum · 2 years
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Uso de documento falso, falsa identidade e princípio da autodefesa: qual é o entendimento do STJ e do STF sobre o tema?
Uso de documento falso, falsa identidade e princípio da autodefesa: qual é o entendimento do STJ e do STF sobre o tema?
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012 A CF/88 estabelece, em seu art. 5º, incisos LV e LXIII: Art. 5º (…) LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a…
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peacockgolden · 8 months
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✨"Creation and Destruction, the two sides of the same coin".
I like to think that feelings of self-loathing and envy were very present in the existence of these two.
Wu hated himself for not being strong and brave like his older brother, people treated him like a cry baby, Garmadon hated himself for not being calm and peaceful like his younger brother, people treated him like a monster.
Even in matters of self-discovery, identity and orientation, the lack of information (along with the ignorance of the people) ended up making the situation worse for them, causing them both to construct a false identity that was intended to eliminate all their "Imperfections" after all:
"How dare the children of the First Spinjitzu Master not be equal to their father, and above all, want to have a human side?"
Because of this mentality and lack of support, among them arose the misconception that only one was the "Lucky One" of the duo, not realizing that both were drowning in the same misery.
(It's normal if you find some flaws in the drawing, especially in the lighting, I wanted to experiment a little with the help of a small tutorial I found out there, although I must admit that I liked how the hair was, it was the part I enjoyed drawing the most, anyway, any advice you want to give me is welcome)
💐"Creación y Destrucción, las dos caras de una misma moneda"
Me gusta pensar que los sentimientos de auto-desprecio y envidia estuvieron muy presentes en la existencia de estos dos.
Wu se odiaba a si mismo por no ser fuerte y valiente como su hermano mayor, la gente lo trataba como un bebé llorón, Garmadon se odiaba así mismo por no ser tranquilo y pacifico como a su hermano menor, la gente lo trataba como un monstruo.
Incluso en temas de auto-descubrimiento, identidad y orientación, la falta de información (Junto con la ignorancia del pueblo) terminaba empeorando mas la situación para ellos, ocasionando que ambos construyeran una identidad falsa que tenia la intención de eliminar todas sus "Imperfecciones", después de todo:
"¿Como se atreven los hijos del Primer Maestro del Spinjitzu no ser iguales a su padre, y sobretodo, querer tener un lado humano?"
Debido a esta mentalidad y la falta de apoyo, entre ellos surgió la idea errónea de que solo uno era el "Afortunado" del dúo, sin darse cuenta de que ambos se ahogaban en la misma miseria.
(Es normal si al dibujo le encuentras algunos fallos, sobretodo en la iluminación, quería experimentar un poco con la ayuda de un pequeño tutorial que encontré por ahí, aunque debo admitir que me gusto como quedo el cabello, fue la parte que mas disfrute dibujar, en fin, los consejos que quieran darme son bienvenidos).
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girlneosworld · 2 months
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3. certidão.
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olaaa a todos, tardo mas não falho (ou falho né, vai saber). tw de tiro, mas posso ter deixado algo passar. me perdoem qualquer erra e boa leitura. ♡
No reflexo do espelho, a sombra rosa parecia excessivamente cintilante nas pálpebras caídas da garota. Se daria o luxo de passar um algodão com demaquilante e refazer a maquiagem, mas não contaria com a sua sorte de demorar mais meia hora para sair de casa. Já se passavam das onze da noite e a casa estava em silêncio, todos aparentemente dormindo. Sentindo o celular vibrar no bolso da jaqueta jeans, ela entende que é um sinal para finalmente abrir a janela e sair de fininho.
— Caramba, Eunha, que demora — a garota no banco do motorista diz e então sorri — Tá gata.
— Você acha? — passa os dedos pelos fios tingidos de loiro — Fiquei com medo de ter exagerado.
— Não, ficou linda — começou a dirigir para longe da casa da Kwon e as duas foram em direção ao lugar que já era tão familiar para elas — Sabe quem vai concordar comigo?
— Ah, Zoe, para com isso — cobriu o rosto com as duas mãos, sentindo as bochechas esquentarem de vergonha — Ele deve me achar uma boba. Da última vez que fomos lá eu mal tive coragem de falar com ele.
— Eu concordaria com você se o convite para irmos até o SaxyClub não tivesse vindo diretamente da boca dele.
Aquilo faz Eunha arregalar os olhos, surpresa. Passa o restante da curta viagem de carro pedindo todos os mínimos detalhes para a amiga de tudo que o seu paquera tinha dito sobre ela quando conversaram no dia anterior. A garota sente seu coração batendo descompassado e as mãos suadas quando pararam na frente da balada que íam todas as sextas-feiras, religiosamente, no último mês. Mostraram as identidades falsas ao segurança e, enfim, entraram.
Do lado de dentro a música era alta e haviam muitas pessoas espalhadas por lá, fazendo com que as duas precisassem se espremer para passar por entre os corpos amontoados e chegarem até o bar. Beberam sozinhas por alguns minutos antes que um grupo de garotos chegasse para acompanhá-las, um entre eles se destacando aos olhos de Eunha.
— O que tá bebendo? — o garoto de cabelos compridos senta ao lado dela e diz ao garçom — Vou querer um igual ao dela.
— É uma piña colada, é bem gostoso — responde, tímida — Obrigada por ter nos convidado. Foi bem legal da sua parte.
Wonbin sorri e dá de ombros.
— Queria te ver de novo, não foi nada — ele pisca e pega sua bebida dando um gole generoso antes de voltar a falar — Depois daqui os caras vão fazer um after na casa do Eunseok, anima?
Eunha morde o lábio, receosa, e olha na direção de Zoe, que está sentada no banco ao lado conversando com dois dos garotos, procurando uma aprovação ou um sinal de que aquilo não fosse uma boa ideia. Mas, como já era de se imaginar, ela levanta os polegares e assente com a cabeça.
— Claro.
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De dentro do carro, você assiste o sol começar a nascer através da janela. Estava deitada no banco de trás, acordada não há muito tempo, abraçada de seu casaco e usando a mochila como travesseiro. Despertou do seu sono depois de ouvir um baque do lado de fora do armazém em que o carro estava parado, diferentemente de Jeno que não se moveu da posição que estava deitado a várias horas no banco da frente.
Como já era um consenso entre vocês, alternavam as noites nos bancos traseiros, que eram obviamente mais confortáveis para passar a noite. Quem dirigia durante o dia ficava atrás e o outro se espremia na carona. Em outras circunstâncias você sentiria pena de ver um homem enorme feito o Lee todo encolhido entre o pedaço nada espaçoso em que ele dormia, mas não tinha nenhum remorso te atormentando.
Depois do contato com o coronel vocês procuram algum lugar próximo do hospital para passarem a noite, e assim não correrem o risco de serem surpreendidos com muitas pragas lá dentro. Acharam um galpão na rua debaixo, que provavelmente era a parte de trás de algum supermercado, e depois de fazerem uma limpa no lugar e se certificarem de bloquear os portões com as caixas de madeira pesadas que estavam espalhadas, ficaram por lá mesmo. A única visão que dava para o lado de fora eram das vigas de concreto no alto, que possibilitava que a luz iluminasse o lugar.
— Que horas são? — ouviu a voz rouca do seu parceiro murmurar enquanto ele abria os olhos devagar.
— Meio dia e quarenta — você responde.
— O que? Tudo isso? — ele se exaspera.
— Não. O relógio tá aí no porta-luvas, olha você — dá de ombros e ouve quando Jeno bufa e resmunga algo que você não entende, te causando um sorriso — Acabou de amanhecer, tenente Lee.
Jeno vasculha o porta-luvas e tira o relógio de ponteiro que trouxeram de lá, checando as horas e se deitando no banco logo depois, aparentemente cansado.
— Cinco e cinquenta e quatro — ele suspira — A gente tem mesmo que ir até o hospital?
— Quer ser demitido? — pergunta, sem resposta — Pois é, eu também não quero.
— Eu tenho tanta pena do homem que vai se casar com você e ser obrigado a acordar do seu lado todos os dias — murmurou o rapaz, bocejando — Você é um péssimo estímulo matinal.
— Oi? — sua voz sobe duas oitavas.
— Sem ofensas — Jeno levanta as mãos — Apenas comentando.
— Vai ter "estímulo matinal" o suficiente quando arranjar uma mulher que se odeie o suficiente pra se casar com você — esbraveja e bufa logo em seguida — Por enquanto vai ter que se contentar.
— Me contentar com o que? Com o seu mau humor desnecessário tão cedo da manhã?
— É, com a minha desagradável presença matutina — diz com uma das sobrancelhas arqueadas e se levanta, colocando o corpo entre os bancos da frente pegando seus sapatos que estavam ao lado dos pés do Lee — E acho bom que se contente rápido. Precisamos sair daqui.
Jeno pragueja quando te ouve, sabendo que você tem razão. O rapaz passa as mãos pelo rosto cansado e também começa a calçar as próprias botas, te assistindo pegar sua mochila e abrir a porta, saindo do carro.
— Tá indo onde? — ele abre a janela e pergunta, vendo você tirar lá de dentro o moletom das Forças Armadas Contra o Terrorismo — Vai vestir isso por algum motivo especial ou...?
— Só gosto do meu antigo uniforme, Lee. E eu preciso trocar de roupa — explica a ele mesmo que não visse necessidade para aquilo — Tá planejando me ver sem blusa, por acaso?
— O que? Claro que não — arregalou os olhos e, se não estivesse ido para a parte de trás do carro, conseguiria ver a expressão indignada, quase ofendida de Jeno — Você é muito exibida de ficar andando para cima e para baixo com esse moletom, só isso.
— Só sabe me chamar de exibida, você não é muito criativo — tirou o casaco xadrez e a camiseta que vestia antes, os substituindo pela nova peça — Nem me ofende mais.
Embolou as roupas e jogou pela janela, pegando a arma que usou nos últimos dias e abrindo o porta malas. Ficou parada por alguns segundos, pensando qual seria a troca que faria.
— Não trouxe nenhuma arma de gente normal? — Jeno apareceu do seu lado de repente, ainda com uma cara de quem recém acordou, as roupas amarrotadas e cabelo bagunçado.
Você revira os olhos e pensa em como ele não troca o disco, nunca.
— Arma de gente normal? — franziu o cenho e olhou para ele — O que isso deveria significar?
— Sabe, armas fáceis de transportar, de recarregar, de atirar. Esse tipo de coisa — ele dá de ombros como se estivesse dizendo algo óbvio demais.
— Se você não sabe fazer todas essas coisas — usou o indicador para gesticular e o apontou no peito dele em seguida — O problema é todo seu. Nas Forças Armadas a gente usa não revólver.
Jeno, te olhando de cima, ri com sarcasmo e segura seu pulso, aproximando o rosto do seu enquanto aperta os olhos.
— No exército também não, e nem por isso eu saio me gabando do tamanho das minhas armas por aí.
Você arquea uma sobrancelha e puxa sua mão, o olhando de cima a baixo.
— Não deve ter muito do que se gabar mesmo — murmura e volta a se concentrar no porta malas, tirando seu fuzil de lá de dentro e checando se estava devidamente carregado, fechando o porta malas logo após.
O tenente revira os olhos.
— Vamos deixar para a minha futura mulher que se odeia o suficiente para checar esse detalhe — pisca para você, te causando uma careta enquanto ele abre a porta de trás e pega a própria mochila — Por mais que eu odeie admitir, é mesmo melhor que a gente leve armas para o hospital. Duvido que lá esteja vazio.
— É, pois é. Eu, como sempre, tenho razão — dá de ombros, convencida, e vai em direção ao portão — Vou tirar as caixas e você sai com o carro.
— Não sigo ordens debaixo, Borboleta — Jeno dá a volta para ir até o banco do motorista.
Você ri com escárnio e resolve que talvez seja melhor apenas ignorá-lo, preservando assim a sua paz de espírito e não começando o dia com sua paciência no zero. Então, faz o que disse que iria fazer, arrastando as grandes caixas de madeira e desfazendo o nó da corda que amarrou alí horas antes. Fecha um dos olhos para enxegar através do buraco da fechadura e, ao não ver nada do lado de fora, faz força para abrir os portões, liberando a passagem para que Jeno saísse com o carro do armazém. Assim que está do lado de fora, você entra e se senta no banco do carona, vendo o Lee já com sua jaqueta e o boné do batalhão na cabeça.
Seguem, então, rumo ao hospital. Durante o curto percuso, você pega uma das mochilas e coloca dentro dela algumas coisas que pensa serem necessárias. A corda, dois walkie-talkies, munição para as armas, lanternas. Acha no fundo do estofado o seu boné do batalhão e pega em mãos, analisando cuidadosamente e pensando sobre usá-lo ou não. Olha para Jeno e o analisa com o próprio boné na cabeça.
— Que foi? — ele pergunta quando sente que está sendo observado.
Você o deixa sem resposta e desiste da ideia, apenas jogando o objeto na parte traseira.
Não demora muito para chegarem no quarteirão do hospital e decidem deixar o carro estacionado na parte de fora do estacionamento, para que o acesso quando saíssem fosse mais fácil. Pegam seus respectivos pertences e deixam o veículo, indo em direção a entrada do lugar. Não deixam de observar ao redor, em estado de alerta para qualquer sinal de algo fora do normal, mas está tudo aparentemente no lugar. Como sempre, não ouvem nada que não seja o som dos próprios sapatos em contato com o asfalto.
As portas de vidro possibilitam que vejam a parte de dentro do hospital, o que facilita muito para que saibam qual seria a maneira mais inteligente de entrar.
— Tá tudo quieto.
— E escuro — você adiciona, aproximando o rosto do vidro para ter uma visão melhor do interior da recepção — Você tem razão, Lee. Tá tudo quieto, muito quieto.
Jeno te acompanha e também observa o espaço vazio que você olha.
— Pega as lanternas e destrava a arma — ele diz e você assente, o entregando uma das lanternas e segurando a outra, destravando o fuzil em seguida — Consegue segurar os dois ao mesmo tempo?
— Que merda de pergunta é essa? — indaga enquanto segura a fonte de luz entre os dentes e posiciona sua arma da forma correta nos braços. Aponta na direção de Jeno, o que o faz franzir o cenho, e aponta para a porta depois indicando que ele abra.
— Espertinha — e então, sem mais nem menos, ele dá um chute na fechadura. Você revira os olhos, pensando em como ele poderia ter transformado o vidro em milhares de pedacinhos com aquele agressividade desnecessária, e entra antes dele — De nada.
Assim como viram pelo lado de fora, lá dentro estava tudo aparentemente quieto. As lanternas facilitam para que consigam ver as extremidades da recepção. Os móveis, as plantas, estava tudo revirado e quebrado, uma verdadeira bagunça. Andaram um pouco pelo espaço e chegaram no começo de um enorme corredor que dava em várias portas, corredor esse que, diferentemente da recepção, tinha as luzes funcionando.
— Vou dar uma olhada nas salas e nos consultórios, procura na recepção — Jeno disse e saiu andando, não te dando a oportunidade de contrariá-lo.
Se dando por vencida, você dá meia volta e vai para atrás do balcão, se deparando com várias gavetas, algumas abertas, outras no chão, outras em seu devido lugar. Muitos papéis e envelopes estavam espalhados também, o que te faz fechar os olhos em derrota. Aceitando que não seria a tarefa mais fácil de todas, você aumenta a intensidade da laterna na sua boca e se agacha, começando a procurar por qualquer coisa que julgasse útil.
Toda aquela bagunça acaba por te dar trabalho, quase chora quando percebe que precisaria ler cada mínimo nome de todos os prontuários. Suspira enquanto pega uma das gavetas avulsas jogada, mais envelopes, mais papéis. Confere um por vez, joga de forma desleixada quando não encontra nada. Procura em outra gaveta, e outra, e mais uma. Nada. Vários nomes, muita gente doente, mas nada do que estava procurando.
Muda, então, o local de busca. Se ergue outra vez e varre o olhar pelo balcão, seus olhos parando no computador praticamente em pedaços que estava jogado sobre a superfície de madeira. Não perde tempo em tentar ligá-lo, ação essa que é mais lenta do que gostaria. O monitor do aparelho estava tão quebrado que dificultava que enxergasse grande parte da tela, tinha manchas pretas e coloridas espalhadas pelas extremidades, as partes rachadas triplicavam o número de letras escritas. Ficou aliviada, porém, quando o viu aceso, mesmo que com as limitações.
Inclinando o tronco para dar uma espiada no corredor, tudo que teve em resposta foi o silêncio. Logo volta sua atenção para o computador, arrastando a setinha do mouse pelas pastas da área de trabalho, precisando espremer os olhos para que conseguisse ver com mais clareza. E seu rosto se ilumina quando vê uma das pastas nomeada como 'Fichas de Anamnese'. Quando clica sobre o ícone, porém, uma mensagem de 'Acesso Restrito: Digite o código-chave' te decepciona.
— Merda... — observa ao decorrer da recepção, usando a laterna como auxílio. Procura por qualquer mínimo sinal de algo que poderia ser usado como senha, olha os post-its coloridos colados no mural, mas nada parecia promissor — Pensa, pensa.
Corre os dedos pelo mural e, quando desce o toque para a parte inferior, sente uma das pontas de madeira solta. Coloca a arma sobre o balcão e segura a laterna em uma das mãos, soltando a capa do mural e vendo uma data cravejada. 2017.04.17
E quando tenta os números no campo da senha de acesso, a pasta logo te é liberada. Você grunhe de felicidade.
Busca por Kwon Eunha na barra de pesquisa e dois documentos diferentes são liberados, clica no que aparece primeiro.
1) Dados gerais
Nome: Kwon Eunha
Idade: 18
2) Queixa Principal: Convulsões fortes e recorrentes.
Sexo: Feminino
Filiação: Kwon TaeHee e Lee Soojin
3) Avaliação do paciente:
Diabetes ( ) Tabagismo ( X ) Varizes ( )
Sinais vitais PA: 132 bpm
Peso: 48kg
Epilepsia ( X ) Lesões ( X ) Cirurgias ( )
Você suspira e direciona o documento para impressão, ficando muito grata pela máquina impressora acoplada ao computador. Enquanto o prontuário fica pronto, clica no segundo item que apareceu quando buscou pela nome da garota. Suas sobrancelhas imediatamente se erguem.
'Certidão de Óbito'
— Achou alguma coisa?
— Puta que pariu — pula de susto quando ouve, de repente, a voz do Lee no seu ouvido. Coloca a mão sobre o peito e sente o coração acelerado, se vira na direção do rapaz e o encontra segurando o riso — Você tem alguma problema? Seu imbecil.
Jeno dá uma risada contida e se aproxima de você.
— Não tinha nada sobre a garota nos consultórios do primeiro andar, preferi passar pra te ver antes de subir — explica ele se escorando no balcão.
— E o que é isso aí? — aponta com a cabeça para os lençóis envoltos em alguma coisa — Agora você rouba hospitais?
— Não é roubo se, tecnicamente, não é de ninguém mais — diz e desembrulha as coisas, te entregando em seguida. Você, por sua vez, pega os objetos com uma careta no rosto — Duas bolsas de soro, lençóis para o frio, curativos, bisturi, esparadrapos, camisolas e...
— Camisolas? — o interrompe com uma risada, Jeno dá de ombros.
— Nunca se sabe, Borboleta — ele tira um pote de remédios do fundo da bolsa improvisada — E por último, remédio.
Você semicerra os olhos para conseguir ler o nome do medicamento e o olha com uma sobrancelha arqueada.
— Jeno, isso é sertralina — diz devagar, o assiste voltar a guardar seus novos pertences e amarrar as pontas dos lençóis sobre um dos ombros e sob uma das axilas, e depois dar de ombros outra vez — Você, por um acaso, sabe pra quê isso serve?
— Pra dor? — responde o tenente como se fosse muito óbvio e você revira os olhos, tomando o frasco da mão dele, que se indigna — Ei, eu que peguei.
— Você é um idiota — guarda no bolso do moletom e aponta na direção da impressora — Achei o prontuário da Eunha. Parece que ela tinha epilepsia.
— Tinha? Não tem mais? — pergunta e pega o papel, lendo as informações.
— Achei uma certidão de óbito no nome dela também, aparentemente ela bateu as botas.
Jeno desvia o olhar da ficha e encara a certidão na tela do computador, fazendo uma careta confusa.
— Por que o coronel quer a amostra de uma pessoa morta?
Queria ter uma resposta para aquela pergunta, mas, infelizmente, estava tão confusa quanto ele. Não consegue encaixar as peças na sua cabeça, por mais que se esforce. Toda aquela história era muito estranha e sua vontade maior era questionar o próprio coronel sobre aquilo. Por que Eunha? Por que se ela está morta? Quem é Kwon Eunha?
Se questiona sobre tudo isso em silêncio e termina de imprimir o segundo documento quando de repente um barulho muito alto assusta você e Jeno. Trocam olhares rápidos e se armam, olhando na direção em que veio o barulho, e parecia vir do final do corredor. Logo ouvem outro baque, tão alto quanto o anterior, mas mais perto desta vez. Percebem, então, que seja lá o que estava no corredor, estava se aproximando.
Colocando o indicador sobre a boca em pedido de silêncio, você passa pelo Lee e caminha cautelosamente até estar entre a penumbra e a parte iluminada do primeiro andar. Consegue ouvir o som de pegadas arrastadas e alguns grunhidos, o que acaba por confirmar o que está indo até vocês. Uma praga, uma solitária, se estiverem com sorte. Você se agarra ao fato de que ela viria de um lugar iluminado e se inclina para conseguir enxergá-la. E estava certa.
Em frente a um dos consultórios, a praga bate sua cabeça contra a porta. Consegue ver quando, a cada novo impacto, cacos de vidro abrem a pele da testa do morto-vivo, deixando o rosto ainda mais deformado. Aparentemente ela não nota vocês, por isso, acena para Jeno e sinaliza para que saiam do hospital. Em silêncio, ele pega os papéis e te segue.
Na ponta dos pés, caminham até a entrada e ele abre apenas uma brecha para que se espremam entre ela e sigam até o lado de fora. E quando finalmente estão na rua e longe do hospital, um suspiro esvazia seus pulmões, aliviada.
— Eu odeio esse trabalho — o ouve resmungar do seu lado — Com quantos anos será que consigo me aposentar?
— E eu lá sei? — o encara com o cenho franzido — Podia parar reclamar por meia hora que seja.
— Não tô reclamando, só fazendo um comentário — ele justifica e você apenas assente, desinteressada — Tipo, esse trabalho já deve ter me tirado uns dez anos de vida. Envelheci uma década em trezentos e sessenta e cinco dias.
— Uhum — concorda sem olhá-lo e continua subindo o morro em direção ao carro de vocês.
— E eu aposto que ganho uma bolada de aposentadoria. Tô servindo ao país, afinal.
— Pois é, Jeno.
— Acho muito chique o posto de ex-militar. Imagina só, 'ex-tenente militar, Lee Jeno' — ele abre as mãos no ar, orgulhoso do futuro título, mas quando olha para você e percebe que não estava prestando atenção nele, Jeno murcha — Nem tá me ouvindo.
— Hum? — se vira para ele no instante certo para que visse a carranca que se apossou do rosto dele. As sobrancelhas imediatamente caíram junto dos olhos, o nariz se retorceu e os vincos de animação na testa dele sumiram.
— Como você é arrogante e prepotente, argh — ele falta rosnar quando diz, de repente assumindo um estado agressivo.
Seus olhos se arregalam.
— Ei, bonitão, calma lá — dá uma risada soprada — De onde veio isso? Você tá ficando muito gratuito.
— Não, não tô. Acho que não é exatamente agradável tentar conversar decentemente com alguém e a pessoa só fingir que você não existe — aquilo te arranca outra risada, uma mais sincera dessa vez.
— Não me diga que ficou magoado, Lee — semicerra os olhos na direção dele e tudo que recebe em resposta é ele bufando — Não fazia ideia de que é tão carente de atenção assim.
— Quer saber? É melhor assim, você se acha demais para que eu aguente — e então, Jeno aperta o passo e começa a andar na sua frente. Você percebe que ele ficou verdadeiramente irritado e, mesmo que ache bobo e absolutamente sem sentido, segura sua risada e tenta acompanha-lo.
— Ah, qual é, para de levar pro coração — diz ofegante — E suas pernas são muito maiores que as minhas, vai mais devagar.
Ele continua no mesmo ritmo e te ignora completamente.
— Tá bom, foi mal! Foi mal! Se isso machuca tanto o seu coração, eu não finjo que não tô te ouvindo mais, Jeno — continua tentando, sem sucesso.
Acha a situação muito cômica, para ser sincera. O tenente Lee, aquele mesmo com a fama de mesquinho do batalhão, estava genuinamente bravo com você. E melhor, estava bravo simplesmente porque não respondeu meia duzia de palavras dele. Não se importava realmente caso ele não quisesse mais falar com você, mas é engraçado demais para que deixe passar. E as suas risadas mal seguradas não falham em irritá-lo ainda mais.
— Só não começa a chorar, por favor — caçoa — Não sei lidar com pessoas chorando...
Ia continuar o enchendo até que ele parasse com de birra, mas parou de falar e, bruscamente, suas pernas travaram no lugar quando ouviu um som de tiro e, ao mesmo tempo, Jeno caiu no chão com as mãos no ombro e sangue jorrando dele. Arregalou os olhos, assustada, e destravou o fuzil que carregava, olhando em todas as direções possíveis.
Até que viu, atrás de uma das árvores daquela rua, uma arma que dessa vez estava apontada para você. E o suposto atirador, quando percebeu que tinha sido notado, se preparou para dar outro disparo.
— Mãos na cabeça na cabeça e armas no chão. Tem cinco segundos antes de eu estourar os miolos de vocês, seus militares de merda.
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livrosencaracolados · 7 months
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"A Princesa e a Tosta de Queijo"
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Sɪɴᴏᴘsᴇ Oғɪᴄɪᴀʟ: Lady Camembert quer viver a vida nos seus termos, sem ter de casar, ou melhor, sem ter de casar com um homem. Mas a lei impede as mulheres de herdarem, então, quando o seu pai morre, ela disfarça-se de homem e muda-se para a capital do Reino de Fromage para recomeçar a vida como Conde Camembert. Mas é difícil manter a discrição quando a bela Princesa Brie, com o seu ativismo feroz e grande sentido de moda, chama a sua atenção. Cam não resiste a conhecer melhor a princesa, mas à medida que os dois se aproximam, será ela capaz de manter o seu segredo? Uma comédia romântica em forma de novela gráfica, de temática atual e inclusiva, sobre identidades trocadas, amor verdadeiro e muitas tostas de queijo.
Aᴜᴛᴏʀᴀ: Deya Muniz.
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ALERTA SPOILERS!
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O Mᴇᴜ Rᴇsᴜᴍᴏ: Há meses que a Lady Camembert e o seu pai se debatem sobre a questão do seu casamento, "Tens de te casar" diz ele; "Não quero marido nenhum" responde ela. Cam rejeita vários homens semanalmente, aparentemente sem consequências, mas a situação rapidamente muda quando descobre que o Conde tem pouco tempo de vida à sua frente, e que a sua morte, mais do que uma perda emocional, pode significar uma perda de tudo à sua volta, deixando-a na miséria. As mulheres não podem herdar, a lei está convicta no que diz, e tendo a teimosia de Cam arruinado a opção de arranjar um marido que assegure a transição dos bens, resta apenas uma opção: Cam tem de se tornar no filho que o pai nunca teve para sobreviver. Inicialmente contra, ela acaba por ceder ao último desejo do pai e transforma-se no novo Conde, deixando tudo o que conhecia para trás e mudando-se para a capital, onde ninguém a conhece, com a única pessoa que sabe que não a vai denunciar, a Feta. Passam-se semanas, meses, sem que Cam saia da nova casa para proteger a sua identidade, mas irrequieta como é, a sua paciência chega a fim e, sorte a sua, na única saída que faz, ouve falar do baile real controverso que a Princesa Brie vai realizar no palácio e decide ir. Espalhafatosa como é, Cam decide causar logo impacto e, estupidamente, garantir que todos reparam nela (para que consiga partilhar o trabalho inovador de uma casa de moda, vá lá), chegando a um baile que proibe o uso de peles, com uma estola de pele falsa. Isto evoca imediatamente a raiva, e depois a admiração da Princesa Brie, que a convida para um chá no palácio, onde debatem ideias para o próximo evento e onde Cam conhece as suas amigas mais próximas, Lady Ricotta e Lady Gorgonzola que, olhem a coincidência, é a dona da marca que Cam publicitou e nativa de Gougère, a cidade de onde Cam fugiu depois de o pai morrer. A partir daí, Cam e Brie vão-se aproximando cada vez mais entre bailes, desfiles e chás acompanhados de tostas de queijo, até demais, começando a desenvolver sentimentos que podem arruinar a protagonista. O peso da decisão que tomou começa realmente a afetar Cam nessa altura, impedindo que esteja com a Brie como quer, e a Princesa, sem contexto sobre a situação, assume que a sua contenção tem a ver com a grande diferença hierárquica entre as duas, decidindo então que se quiser estar romanticamente com o Conde, tem de ser ela a pedi-lo em casamento. Mas depois as patilhas falsas de Cam descolam-se e vai tudo por água a baixo. A única coisa mais assustadora para Cam do que ter a identidade descoberta e ser presa é desiludir a Princesa, felizmente, ela tem muita mais raiva a descarregar do que tristeza então Cam nem consegue imaginar o que a espera. As coisas parecem não poder piorar ainda mais, Cam atingiu o fundo do poço, mas, oh, pioram, porque Brie aparentemente está prestes a ficar noiva do Duque mais aborrecido do mundo e não há nada que o nosso Conde possa fazer contra isso. Pronto a fugir outra vez, o Conde concorda em atender um último baile antes de abandonar a capital e tudo o que lá viveu. Será preciso um milagre para as coisas se reverterem...felizmente, a receita para um, não é um mistério: Gorgonzola + Gouda + Feta = Tosta de Queijo/Milagre. Agora só é preciso comer a tosta a tempo.
Cʀɪᴛᴇ́ʀɪᴏs ᴅᴇ Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ:
Qᴜᴀʟɪᴅᴀᴅᴇ ᴅᴀ Aʀᴛᴇ: A arte é DESLUMBRANTE, ADORÁVEL, ah... e TÃO COR DE ROSA, oh meu Deus (agradeçam todas à Brie, vamos). Mas a sério, é literalmente um mimo para os olhos: a palete de cores é felicidade pura, os designs dos personagens são perfeitos, a arte em si é consistente mesmo quando se altera por motivos cómicos...dá para ver que houve um esforço real em fazer algo que dá vontade de olhar durante horas. Ah, e para quem gosta da estética da Disney e de literalmente qualquer programa sobre raparigas com poderes, isto é para vocês.
Hɪsᴛᴏ́ʀɪᴀ: Já falei bastante no enredo, mas essencialmente ele conjuga a leveza de um conto de fadas romântico com a seriedade da viagem que é descobrirmos quem somos num mundo que não é propenso a aceitar-nos. Além da belíssima arte e dos momentos hilariantes (porque há muitos) a história segue uma protagonista que continuamente se encolhe e se contém devido às normais sociais, porque mesmo num mundo de anacronismos onde existem Nintendos e pijamas modernos, o sexismo e a heteronormatividade prevalecem com toda a sua força. Pode parecer que não, as cores distraem, mas todo o aparato que a maioria das personagens faz, especialmente a Cam, não é simplesmente comédia, muito é compensação pela falta de liberdade de expressão que têm nas áreas onde realmente importa. O livro vai introduzindo situações diferentes dentro do mesmo contexto, como a da Zola, que se opõe à experiência da Brie, e menciona como deve ser para as pessoas nas camadas sociais mais baixas viver num reino que se assenta num sistema tão limitante para as mulheres em particular. Se quisermos abrir os olhos, as mensagens estão todas lá, mesmo as que não são ditas em diálogo direto, e é realmente maravilhoso que se possa incentivar a conversa sobre tópicos tão importantes numa narrativa tão acolhedora como é a deste livro. O final acaba por não ser tão perfeito, apesar de ser o que todos queríamos (e merecíamos), foi apressado e as ações que a Brie teve de tomar para chegar lá foram demasiado abreviadas, fazendo parecer que todos os riscos mencionados a história inteira eram apenas problemas inventados e sem importância, o que acaba por desvalorizar a própria história e as suas intenções.
Pᴇʀsᴏɴᴀɢᴇɴs: São todas feitas para ser adoradas, nem dá para contrariar. A Cam é uma bola de energia e entusiasmo, uma conhecedora de moda e um espírito livre que tem a tendência a ignorar a imensidão das suas emoções pelo máximo de tempo possível. Enquanto o humor poder mascarar os seus problemas, a Cam evita-os. Depois perde todos à sua volta e é deixada com a Feta, uma mulher com demasiados instintos maternais, paciência e amor por Cam para o seu bem, que funciona sempre como a voz da razão na sua vida e a puxa a ser a sua melhor versão, desde que essa versão se mantenha nos limites do aceitável para a sociedade. Não é que Feta não adore quem a Cam é, mas sabe que há pouco perdão para pessoas como ela. Durante metade do livro tudo o que vemos da Cam são piadas, excitação e corações nos olhos então parece que a sua vida se encaixou e a perda do pai foi resolvida, mas depois a sua relação com a Princesa complica-se e a Cam perde a maior distração que tinha do seu tumulto interior, obrigando-a a olhar para dentro. Aí percebe que não está tudo bem, que sem a Brie tudo o que sobra é alguém que tem de se mascarar, mentir e comportar de uma certa forma todos os dias até ao fim da sua vida, só para não ser castigada por tomar medidas para sobreviver. Mesmo quando as coisas melhoram, é tarde de mais, a ilusão que a Cam criou dentro de si quando começou a nova vida foi quebrada e por mais que tente já não pode fingir que está feliz, que aceita as condições de nunca se puder apaixonar ou agir como lhe apetece para continuar em frente com uma charada que parecia muito mais simples do que é. Aí vemos lágrimas, raiva e humanidade na Cam, que como qualquer pessoa, começa a questionar a justiça e o sentido das coisas. É nesse momento, em que a fachada cómica cai, que a nossa protagonista começa a crescer, que se permite lidar com o que sente e, depois de ser incentivada pela aceitação da Brie, decide ficar e lutar por uma oportunidade de ser quem quer ser ao lado da Princesa em vez de seguir o primeiro instinto e fugir. Mesmo com as minhas críticas ao último painel da história, ver a Cam num vestido mesmo ao estilo dela com um ar confiante à frente de toda a gente é poderoso, ela parece uma nova pessoa e de certa forma é, conquistou-o. A nível da Brie, também é fantástico ver como evolui do lugar de medo onde acha que tem as mãos atadas em todas as matérias importantes para uma posição de poder onde, depois de processar o conflito interno vindo das crenças que lhe implementaram, percebe que tem de usar os seus privilégios de nascença para o que interessa e defender não só a sua felicidade, mas a de mulheres que possam estar em situações parecidas à sua mas com menos agência. (Ah e ela tem um closet igual ao da Barbie dos filmes antigos, é euforia pura) Ambas as mulheres têm jornadas muito completas de crescimento, o que eu não sabia se ia acontecer numa novela gráfica. Por último, a Zola é uma das minhas personagens secundárias favoritas de sempre: tem uma lealdade incrível, sabe guardar um segredo como ninguém, funciona à base da empatia sem precisar de o exibir, tem os pés na terra, é um génio inovador que lutou por tudo o que queria e não tem medo de colocar os que ama no seu lugar quando é preciso. Ela é complexa, icónica, e estou já a pedir uma novela gráfica sobre ela que fale um pouco mais do seu passado, mostre a sua perspetiva durante esta história e depois lhe apresente um interesse romântico que seja tudo o que ela merece e mais, não para a completar, mas para a complementar, porque não há nada que eu goste mais em termos de romance do que dar a uma mulher fortíssima que batalhou por tudo o que tem alguém que finalmente lhe mostre que ela não precisa de continuar a fazê-lo sozinha e ofereça um ombro para se apoiar. (Porque ser forte não significa não precisar de ninguém) Ah e claro, o Gouda é icónico também, ele também precisa de aparecer na novela sobre a Zola.
Rᴏᴍᴀɴᴄᴇ: O que posso dizer? A Brie e a Cam são de sentir borboletas na barriga, de ficar com cáries nos dentes e de querer abaná-las para perceberem que gostaram uma da outra desde o início. Encorajam-se a serem o melhor de si e são as maiores razões por trás do crescimento uma da outra. Têm o romance que todos queremos.
Iᴍᴇʀsᴀ̃ᴏ: Eu li o livro de uma ponta à outra, não o pousei até chegar ao fim, e isso deve dizer alguma coisa. A única coisa que me retirou do que estava a acontecer foi a dúvida sobre a temática do queijo, que apesar de adorável, não é explicada de todo e parece que a autora não se compromete totalmente a ela porque para algo tão presente, eu esperava que houvessem literalmente edifícios em forma de queijo ou feriados nacionais dedicados a tipos dele. Mas isso é algo pequeno. (E não gostei do ataque às couves-de-bruxelas, porquê associá-las com alguém aborrecido quando, e isto não devia ser controverso, sabem bem como tudo?)
Iᴍᴘᴀᴄᴛᴏ: É a minha primeira novela gráfica e sem dúvida o livro mais bonito da minha biblioteca, duvido que o esqueça ou que deixe de pegar nele com o máximo cuidado possível. Além disso, tenho um lugar especial no meu coração para a temática do conto de fadas, então arte maravilhosa e a ideia da troca de género em nome da sobrevivência estilo Mulan tornam este livro um vencedor para mim.
Cʟᴀssɪғɪᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: ⭐⭐⭐⭐+ ½
Iᴅᴀᴅᴇ Aᴄᴏɴsᴇʟʜᴀᴅᴀ: Não há nenhum tema particularmente forte nesta novela, mas tem mensagens importantes então a partir dos 12, 13 anos é uma leitura maravilhosa.
Cᴏɴᴄʟᴜsᴀ̃ᴏ/Oᴘɪɴɪᴀ̃ᴏ Fɪɴᴀʟ: Este livro deu-me uma fome imensa por mais novelas gráficas, se forem todas assim, não consigo imaginar como é que conseguirei voltar a adorar um livro normal outra vez. É quase como ver uma animação em papel, RECOMENDO.
Pᴀʀᴀ ᴏʙᴛᴇʀ: A Princesa e a Tosta de Queijo, Deya Muniz - Livro - Bertrand
Assɪɴᴀᴅᴏ: Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ 𝐿𝓊𝓏 Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
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cherrywritter · 1 month
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Teste final - Background
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3ª semana de dezembro
Dia do julgamento. Todos os documentos haviam sido entregues ao tribunal um mês antes e os adicionais poderiam ser entregues no prazo de uma semana antes do julgamento. Meu orientador, como o esperado, estava ansioso, nervoso e suando frio. Não podia negar que também não estava, afinal era o momento que iria definir se eu estaria ou não formada em advocacia. A sentença do julgamento também era a minha sentença de formação.
Foram longos meses trabalhosos em parceria com a ProLegis Advocacia, uma renomada empresa de advocacia dedicada, principalmente, a casos pro bono e com noventa e cinco porcento de sucesso. Minha supervisora, Marceline Louise, estava ao meu lado me dando apoio e segurança.
Estávamos no Tribunal Superior de Justiça, Cameron Street, Upper West Side. Era horário de almoço e seria o quinto julgamento do dia. Meu caso era delicado, iria colocar muitos nomes públicos em cheque, colocar o meu nome e a minha carreira na mira. Quanto mais olhava para os arquivos, mais me preocupava. Podia passar horas em uma mesa de cirurgia, mas ali eu poderia colocar o nome da minha família e da empresa em jogo.
- Victoria Wayne. Está na hora.
Todos já estavam acomodados na plateia do julgamento. Os últimos, sendo os advogados de acusação, as testemunhas, o júri e os advogados de defesas. A juíza Marshall se fez presente, todos se levantam e a aguardam se sentar.
- Senhoras e senhores, iniciaremos o caso pro bono de Victoria Wayne em parceria com a ProLegis Advocacia. Dra. Wayne, a palavra é sua.
- Obrigada, Vossa Excelência. Membros do júri, permitam-me guiar vocês pelas evidências que sustentam as alegações. Por favor, acione a exibição de slides. – A apresentação se inicia com todos os detalhes que eu havia colocado em conjunto com a minha supervisora. – Começaremos com o reconhecimento facial obtido das câmeras de segurança das empresas. – Apresento imagens dos funcionários envolvidos nas fraudes os identificando respectivamente pelos seus nomes verdadeiros. – Aqui estão os rostos dos indivíduos que se repetem em todas as empresas que abriram falência. Pessoas que, apesar de parecerem rotativas, estavam conectadas por um fio invisível.
O advogado acusador da NébulaFin e dos tais funcionários se levanta exacerbado e me interrompe.
- Imagens manipuladas! Essas tecnologias podem ser facilmente adulteradas.
- Silêncio, Dr. Tegan. Continue, Dra. Wayne.
- Entendo suas preocupações, mas os registros foram verificados por especialistas forenses independentes. Além disso, apresentamos depoimentos de ex-funcionários que confirmam a coerção sofrida para participar do esquema. Melhor dizendo, para manterem o silêncio.
- Testemunhos são subjetivos, Dra. Wayne. – Disse Tegan, hesitante. – Eles podem ser fabricados.
- Concordo que testemunhos podem ser desafiados. – Digo assertiva. – Por isso, avancemos para as certidões e identidades falsas. – Exibo os documentos na tela. – Aqui estão as evidências de documentos forjados, usados para encobrir a verdadeira identidade dos réus.
- Isso não prova nada! – Tegan se revolta e toma um tom de ignorância para cima de mim. Isso só faz com que eu veja que estou no caminho certo. Seu medo é a minha vitória. – Pode ser um descuido administrativo.
- Desculpe, mas não é um descuido administrativo quando observamos uma empresa fantasma chamada NébulaFin. – Exibo registros bancários e documentos de constituição. – Esta empresa, aparentemente de investimentos, é, na verdade, uma fachada para a distribuição ilegal de recursos.
- E quem garante que não seja uma coincidência? – Diz ele, ardiloso. – Como podemos confiar na integridade de uma estudante de advocacia que pode muito bem ter sido persuadida pela ProLegis Advocacia? – Ele acabava de ter se jogado no fundo do poço. A ProLegis era renomadíssima no ramo.
- Protesto, excelência.
- Aceito. Se continuar interrompendo a defesa com sua postura inadequada, teremos que fazer uma pausa para que se recomponha. Continue, Dra. Wayne.
- Senhoras e senhores, não se trata de coincidência, mas sim de um padrão que se repete em diversos casos. Agora, se me permitem, – Exibo gravações de câmeras de segurança – essas imagens mostram os réus em atividades suspeitas nas empresas que faliram.
- São apenas pessoas circulando pelos corredores. Onde está a evidência concreta? – Comenta apontando para as imagens.
- Vamos ampliar essa imagem. Aqui vemos os réus acessando sistemas e fazendo alterações. Isso não é apenas circulação, é manipulação dos registros que levaram à falência das empresas. Peço que considerem as provas e ponderem sobre o que é justiça para vocês. Termino por aqui, Vossa Excelência.
- O júri se retirará para deliberar. Retornaremos com o veredicto em breve.
- O júri chegou a um veredicto unânime. Considerando as evidências apresentadas, este tribunal declara os réus culpados pelos crimes de fraude, desvio de verba, coação e outros delitos correlatos. Caso encerrado.
Aquelas três batidas do martelo me trouxeram alívio. Toda a tensão do corpo se esvaiu. Olhei para o júri sentindo-me satisfeita e realizada.
- Agradeço ao júri pela atenção e sabedoria.
- Além disso, reconheço a excelência da Dra. Victoria Wayne durante todo o processo. Parabéns pela condução impecável deste caso. E, em uma nota positiva, tenho o prazer de dar a notícia de que também está aprovada no curso de advocacia da Universidade de Gotham. Parabéns, senhorita Wayne. Fez um ótimo trabalho.
- Agradeço pela oportunidade de servir à justiça. Que este caso inspire outros a buscarem a verdade, mesmo quando escondida nas sombras.
A juíza Marshall pediu para que eu me aproximasse para entregar meu diploma. Estava assinado pelo reitor, pelo meu orientador e por ela. Havia uma grande nota de felicitação pelo feito. Isso me fazia sorrir.
Já com o tribunal vazio, vi meu pai, Dick, Tim, Alfred e, mais ao canto, Conner completamente disfarçado de civil com um boné, camiseta branca e jeans. Ainda estávamos abalados pelo que havia acontecido, mas ele fez questão de se fazer presente. Corri para os braços da minha família grata por todo esforço que houve para que eu chegasse ali.
- Jantar em família! Temos que comemorar! – Dick disse todo animado. Ele bagunçava meu cabelo cheio de alegria. Orgulho também emanava dele.
- Vá convidar Conner, filha. – Aperto meus lábios e o vejo se aproximar com cautela. Encaro meu pai e ele me dá aquele olhar significativo de que ele tem razão. Em seguida, ele faz sinal para que os outros o sigam e me deixa sozinha com Conner.
- Você foi muito bem hoje.
- Obrigada. – Passo a mão pelo meu pescoço e respiro fundo. – Vamos jantar para comemorar meu diploma.
- Quer mesmo que eu vá? – Abaixo a cabeça. – Nos vemos na Caverna. – Diz se retirando, mas o impeço segurando seu braço.
- Quero. Você é importante para mim. Eu amo você. É importante que vá. Que esteja ao meu lado. – Lhe ofereço a mão e ele a aceita um pouco relutante. – Vamos para casa.
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emmieedwards · 3 months
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Resenha: Tarde Demais, de Colleen Hoover
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Livro: Tarde Demais Volume Único Autora: Colleen Hoover Gênero: Dark Romance, Drama Ano da Primeira Publicação: 2016 Editora: Galera Record Páginas: 370 Classificação: +18
Tarde Demais: Um bom exemplo do dark romance atual e seus problemas de descrição gratuita
*essa resenha tem alguns spoilers sobre o livro e fala sobre assuntos sensíveis de abuso e outros gatilhos*
Ando percebendo que comigo não há meio termo quando se trata dos livros da Colleen Hoover: ou acho eles impressionantes ou acabo com um gosto amargo na boca.
"Too Late", apesar de ser me enganado por pelo menos 50% de leitura, me deixou enojada, para dizer o mínimo, no final. E garanto que não foi porque Hoover gosta de dar nomes péssimos aos bebês que têm nos seus livros.
Mas vamos focar primeiro no dark romance. Um gênero que está aí "oficialmente" (ou pelo menos teve sua ascensão) nessa última década. Particularmente, sempre achei um estilo de história fascinante.
A proposta inicial do dark romance era para aqueles que apesar de não dispensar um romance também têm uma quedinha pelos aspectos sombrios e problemáticos da humanidade. Situações controversas, tabus, tóxicas e até mesmo criminosas. Sem romantização.
Acho que esse último detalhe acabou se perdendo com os anos. O "romance" que o gênero se utiliza acabou abraçando a romantização. (Embora não aconteça em "Too Late", ele tem uma "romantização de cenas problemáticas explicítas" ao ponto de parecerem que só estavam lá para chocar)
Dark Romance costumava ser um tipo de livro bastante realista para mim que sou apaixonada por anti-heróis, personagens que comem o pão que o diabo amassou e ainda assim dão a volta por cima. Tá bem, às vezes não dão a volta por cima, mas conseguem um pouquinho de paz, justiça...porque a vida é assim, imperfeita e muitas vezes cruel.
No entanto, veja bem, já é chocante e doloroso você ouvir a história de uma vítima de abuso físico e psicológico porque eu consigo acessar essa dor, consigo simpatizar com o sofrimento, consigo ter sede de justiça.
Definitivamente eu não preciso de um capítulo inteiro narrando com detalhes excruciantes o tal do abuso físico.
Definitivamente não preciso de um capítulo inteiro narrando com detalhes o que o abusador sente ao violentar sua vítima.
Mas Colleen Hoover traz isso e muito mais em "Too Late".
O livro conta a história de Sloan, uma universitária sem recursos que está presa ao namorado traficante e tóxico porque não tem para onde ir e além disso precisa que os cuidados médicos do seu irmão continuem sendo financiados. Então, ela permite todo o tipo de abuso que Asa a submete.
Então aparece Carter, um novo colega de classe, que tem sua atenção capturada por Sloan de cara. Contudo, por mais que ele pareça diferente de Asa, Sloan descobre que ele vai começar a trabalhar para o seu namorado, ou seja, Carter não pode ser muito melhor que ele.
Sloan, num primeiro instante, não sabe que Carter é na verdade um policial disfarçado querendo construir um caso para prender Asa, e mesmo com todos os alertas na sua mente, ela e Carter acabam se apaixonando.
A questão principal é como Carter vai libertá-la desse inferno antes que seja tarde demais (trocadilho intencional).
Até aqui temos um dark romance interessante: drogas, tráfico, uma vítima de abuso doméstico, policial com identidade falsa e um amor proibido.
Com POVs que alternam entre Sloan, Asa e Carter, Hoover consegue construir uma narrativa eletrizante e que te prende por bastante tempo. Até as coisas ficarem estranhas de uma maneira bizarra.
Segundo as organizações dos capítulos, o arco principal do livro termina bem rápido (tem até um "THE END" lá pelos 54%) e, apesar de abrupto, é um final aceitável. Hoover avisa no início do livro que a organização é meio bagunçada depois disso já que ela sempre acabava voltando para esses personagens e adicionando um prólogo, um epílogo e até um epílogo do epílogo.
Como ela também explica, a autora nunca planejou publicar esse livro, era apenas algo sombrio que ela andou escrevendo numa época de bloqueio criativo que até ela mesmo se chocou com o que estava saindo. (Ok, quem nunca escreveu umas atrocidades num meio de um bloqueio?). Mas muita gente pediu, e ela cedeu... O livro foi publicado de graça, da mesma forma que foi escrito e postado online para quem quisesse ler.
Quando o arco principal acaba, a gente começa a acompanhar o desenrolar burocrático e judicial do que aconteceu com os personagens e é aí que o trem sai realmente dos trilhos.
----- INÍCIO DE SPOILERS ------
Entre os "extras":
Temos a protagonista dizendo que só se sentiria vingada se fizesse sexo com o seu amado na frente do Asa para "quebrar o coração dele".
Temos Luke/Carter concordando com essa atrocidade e realizando o ato enquanto o ex-namorado assiste agonizante no chão.
Temos (depois de sabermos todas as coisas nojentas que Asa fez) um prólogo desnecessário que serviu apenas para descrever a Sloan se apaixonando, indo num encontro com ele e depois sendo estu**** enquanto dormia (e que também era a primeira vez dela num ato sexual). Esse primeiro encontro já teve uma cena no arco principal onde o Asa descreve o que fez com ela para o Luke/Carter.
Temos páginas e mais páginas descrevendo como o Asa se sentia abusando dela e como ele deturpava na mente dele que não era abuso.
No meio disso tudo tem uns comentários e parágrafos sobre como ele nunca foi amado pela família e etc, como foi uma criança negligenciada, como a primeira pessoa que amou ele foi a Sloan e como ele queria manter ela para sempre com ele... (Depois de tudo que o livro já tinha trazido, parecia que a autora queria dar um motivo para ele fazer o que fez e ainda queria que alguém simpatizasse com esse demônio).
Temos também a protagonista descobrindo que está grávida e que possivelmente é o filho do abusador já que ele sabotou seus anticoncepcionais. (E quando dada a opção de abortar se o filho fosse mesmo dele ela simplesmente diz: "É apenas um bebê inocente." Uma fala que eu achei um desserviço total considerando todo o contexto do livro e tudo que vítimas da vida real passam diariamente).
E temos a cereja do bolo: o Asa consegue escapar da prisão domiciliar depois que descobre que ela está grávida, invade a casa dela, estu*** a Sloan 3 vezes (a Colleen faz questão de descrever cada vez que ele chega ao climax e AINDA TEMOS O PONTO DE VISTA DELE SOBRE ESSA CENA). Eu já li muita coisa absurda, mas acho que foi a primeira vez que me senti realmente desgostosa e enojada com um livro.
Todos esses conteúdos adicionais, apesar de dar um fechamento para o arco Sloan-Luke-Asa, serviu quase que somente para chocar ainda mais uma situação que já era chocante por si só.
----- FIM DE SPOILERS ------
Toda a história é pesada e autora avisa isso logo no começo, mas tem um leve ar cômico que ela dá ao abusador que não combina com a vibe do livro, assim como ficar remoendo tudo o que ele passou na infância, sem contar todas as longas descrições dos abusos.
Depois desse texto enorme, minhas considerações finais são: não posso ser hipócrita e dizer que não fiquei investida no livro porque seria mentira. Até a metade a história caminhava muito bem. Quando o arco principal do livro "acaba", pareceu uma tentativa de "o que eu posso colocar aqui para ficar mais chocante?", o que parando para analisar é o sentimento que a maioria dos dark romances atuais passam já com os quotes usados para divulgar no TikTok e Instagram.
É uma pena. Continuarei procurando outros dark romance que se apeguem ao antigo significado do gênero, já que é meu gosto pessoal. Violência gratuita e descrição dela nunca chamaram minha atenção.
"Too Late" definitivamente não é um livro que eu recomendaria para qualquer um (acho que não recomendaria para ninguém kkkk), mas se você quer ver com seus próprios olhos, atente-se para a lista de gatilhos porque são muitos e são bem detalhados no texto.
Para quem tiver interesse, a Galera Record vai publicar uma nova versão, revisada pela autora, em 2024. (Não estou muito confiante de que vai melhorar rs)
NOTA: 🌟🌟 - 2/5
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leithold · 1 year
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Por que a única pessoa que tá perdendo é você. Para com essa história de banimento que você é a pessoa que mais ganha por que as pessoas vão procurar o site cada vez mais sem essa história de banimento.
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Charlene, eu não sei mais o que falar pra fazer você entender que o blog NÃO VAI MAIS FAZER NADA PRA VOCÊ, PORQUE VOCÊ ESTÁ BANIDAAAAA!!!
E você foi banida por violar a nossa regra número 8, que fala EXPLICITAMENTE sobre banimento do blog em caso de pedidos idênticos em mais de um lugar, que foi o que você fez!
Como se não bastasse isso, você ainda teve a cara de pau de ficar criando identidades falsas, achando que a gente não ia descobrir... dá um tempo né, garota? Você acha que a gente é idiota? E o quão mau caráter você tem que ser para tentar enganar um grupo de pessoas que estão oferecendo um serviço gratuito para te atender, sendo que a gente tinha deixado bem claro que você tinha sido banida? Isso depois de encher nossa caixa de mensagens, ficar apressando a Staff e fazer um escândalo, xingando o blog e a equipe...
E antes que você venha se fazer de sonsa, dizendo que não se lembra, vou refrescar sua memória:
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Nem mesmo o restante do pessoal que encomenda com a gente lá no blog te suporta mais, você só está incomodando todo mundo com sua insistência em quebrar as regras. A gente tem essas regras justamente para evitar lidar por muito tempo com gente do seu caráter.
Então, Charlene, Chacha, Luna, Sarah, Hana, Millie, ou seja lá qual for o seu nome, porque nessa altura do campeonato você tá mais fragmentada que espelho quebrado, cai fora e para de encher o saco, a gente não vai aceitar mais nenhum pedido seu, porque você está BANIDA, ponto final.
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docpiplup · 1 year
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@asongofstarkandtargaryen There's news of an upcoming period drama: Las Pelotaris 1926. Here's the info I found:
Synopsis: "The series tells of the struggle of three Basque ball players who try to achieve their dreams by overcoming the prejudices and ties that prevailed in the 20s of the last century, when men monopolized all the power. Chelo (Zuria Vega), Idoia (Clara Salas) and Itzi (María de Nati) are successful athletes who assume the consequences of breaking the mold in a world where ambition and sexual freedom were denied to the female gender."
Marc Cistaré is the creator of this story that tells the story of three women who fight to fulfill their dreams in a world dominated by men. Cistaré leads a team of scriptwriters made up of Adriana Rivas (Vis a Vis, Estoy vivo, Águila Roja), Javier Naya (El barco, Rabia) and the Mexican Anaí López (XY, Bienvenida realidad, Infames).
Jesús Rodrigo (Vis a Vis, El internado, Estoy vivo, Un paso adelante) is in charge of directing the 8 episodes, which have Chechu Graf as director of photography (Toc, Toc , Campeones, La víctima número 8) and Fernando González (La casa de papel, Águila Roja) in charge of the setting as art director.
This series was filmed in various locations such as Ciudad de México, Tepoztlán and Las Estacas and later the filming moved to Spain, in locations in the Basque Country like Donostia, Biarritz, Artikutza and Pasaia, as well as some locations in other places such as Madrid and Guadalajara.
The international cast headed by the Mexican Zuria Vega (El refugio, Alma de Hierro, Inquilinos, Sin ella, La venganza de las Juanas, Un refugio para el amor) and the Spanish Claudia Salas (La ruta, Élite, La peste, Cerdita) and María de Nati (El buen patrón, El Reino, Que Dios nos perdone, Entrevías, La víctima número 8) will complete with these actors in the main male roles: the Argentinean David Chocarro (En otra piel, La Doña, El rostro de la venganza, La casa de al lado, El recluso) and the Mexicans Marco de la O (Rambo: Last Blood, El Chapo, Falsa identidad, R), Vicente Tamayo (El Club, La Guzmán, La Candidata, Luis Miguel: la serie), Héctor Kotsifakis (Luna de miel, El recluso, Hysteria, Ojos que no ven, Los minutos negros) and Antonio Gaona (Palabra de Ladrón, Educando a Nina, Rosario Tijeras), among many other actors. The cast, eminently female, includes the Colombian Viviana Serna (La ciénaga: entre el mar y la tierra, La Bruja, La ronca de oro, Por Siempre Joan Sebastián, Supertitlán) and the Spanish Alejandra Onieva (Alta Mar, Reinas, Presunto Culpable, El secreto de Puente Viejo), Krista Aroca (HIT) and Eva Rubio (El buen patrón, La voz dormida, Primaria).
Complete cast
Zuria Vega (Chelo Barbosa)
Claudia Salas (Idoia)
María de Nati (Itzi)
Viviana Serna (Rosa)
Carla Gris (Laia)
Gaizka Ugarte (Andrés)
Anastasia Russo (Malen)
Rachel Lascar (Dra. Dietrich)
Miguel Garcés (Gorka)
Hector Kotsifakis (Uribe)
Raúl Yuste (Teniente del Álamo)
Fernanda Valencia( Maca)
Daniel García (policía)
Alejandra Onieva
David Chocarro
Marco de la O
Vicente Tamayo
Antonio Gaona
Álex Onieva
Krista Aroca
Eva Rubio
Jesús Castejón
Peter Vives
' Las Pelotaris 1926' remains the definitive title of the first series that was born from the agreement between TelevisaUnivision and Mediapro Studio, being a co-production between Mexico and Spain. The series will premiere exclusively on ViX+, the premium subscription level of the ViX streaming service, which is available in the Spanish-speaking Latin America and the USA.
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jusdecisum · 2 years
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O princípio da autodefesa não autoriza o uso de documento falso nem a atribuição de falsa identidade
O princípio da autodefesa não autoriza o uso de documento falso nem a atribuição de falsa identidade
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014 A CF/88 estabelece, em seu art. 5º, incisos LV e LXIII: Art. 5º (…) LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LXIII – o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a…
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