Tumgik
#torturador
viceverseando · 2 years
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El torturador es funcionario. El dictador es un funcionario. Burócratas armados que pierden su empleo si no cumplen con eficiencia su tarea. Eso y nada más que eso. No son monstruos extraordinarios. No vamos a regalarles la grandeza
Eduardo Galeano. Libro: Días y noches de amor y guerra.
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mensagemcompoesia · 8 months
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Vilão brasileiro
Vilão brasileiro Maracutaia Escondem sem vergonha A manifestação de gafanhotos Quer destruir a democracia. Querem emergir do submundo Para usurpar o bom senso Tomar o Brasil dos brasileiros Honrando a torturadores. Trabalham nos esgotos Entre escombros Cooptam mentes com mentiras Almejando o caos e o regresso. Nação ! Desperte desta sonolência Ditadores e torturadores ainda conspiram. Carlos…
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diario-vespertino · 2 years
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Rechaza al homenaje del Municipio de La Plata a militares torturadores de Malvinas
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En el marco de los homenajes a 40 años de la guerra, el Municipio de La Plata recordará a dos oficiales que están acusados de torturar a soldados conscriptos en el Regimiento y en las islas: «La decisión de Julio Garro y de su secretario de homenaje Federico Gómez de hacerlo es una verdadera afrenta a su memoria. Y constituye una revictimización a los soldados sobrevivientes». Difundimos la declaración de la Comisión Provincial por la Memoria En el marco de los homenajes a 40 años de la guerra y con motivo del acto “El regreso de nuestros soldados de Malvinas”, el Municipio de La Plata se dispone a conmemorar a dos oficiales acusados de torturar a soldados conscriptos en el Regimiento y en las islas. En línea con el reclamo del CECIM La Plata, la Comisión Provincial por la Memoria (CPM) repudia este acto que encierra un claro mensaje negacionista, desconoce la lucha por justicia de ex combatientes para que las torturas en las islas sean condenadas y resulta una afrenta a la memoria de los soldados conscriptos de Malvinas, esos jóvenes que fueron a luchar sin preparación, con equipamiento viejo y que, además de los horrores de la guerra, tuvieron que padecer las torturas aplicadas por sus propios superiores. El acto se iba a realizar el pasado 9 de julio y se pospuso para este sábado; sin embargo, ya se colocó en el predio del ex Regimiento de Infantería 7, recientemente señalizado como sitio de memoria, la placa con el nombre de los soldados que serán homenajeados. Entre esos nombres, serán reconocidos Darío Rolando Ríos y de Juan Domingo Baldini, dos oficiales identificados por haber cometido graves violaciones a los derechos humanos contra los soldados conscriptos. El subteniente Juan Baldini está acusado de estaquear a dos soldados en las islas, amedrentar y, en una oportunidad, disparar con una ametralladora contra soldados que intentaban cazar una oveja para paliar el hambre en las islas. Por su parte, según los testimonios, el Cabo primero Darío Ríos empleaba prácticas abusivas durante el ejercicio militar, los mal llamados “movimientos vivos”, que en muchos casos terminó con soldados hospitalizados. Además, denuncian que a un soldado lo encerró en el calabozo esposado a los barrotes para que otros detenidos lo abusen sexualmente. Por primera vez en estos 40 años, estos dos oficiales acusados de torturas serán homenajeados por el Estado municipal.  De ningún modo puede admitirse el homenaje a torturadores. Y mucho menos que sus nombres figuren en una placa junto al nombre de los ex soldados conscriptos caídos de las unidades de La Plata.  La decisión de Julio Garro y de su secretario de homenaje Federico Gómez de hacerlo es una verdadera afrenta a su memoria. Y constituye una revictimización a los soldados sobrevivientes que padecieron sus torturas, quienes a 40 años de la guerra, siguen pidiendo justicia. La causa que investiga estos delitos de lesa humanidad está hoy en la Corte Suprema de Justicia que debe expedirse sobre la imprescriptibilidad de estos crímenes: más de 180 personas declararon en la causa como víctimas o testigos de las torturas durante el conflicto bélico. Hay 130 militares argentinos imputados por esos crímenes; 3 de ellos procesados y otros 20 con llamado a indagatoria. Honrar la memoria de los oficiales acusados de estos crímenes es un acto de profundo desprecio por los principios de memoria, verdad y justicia que son una conquista del pueblo argentino y un pilar de nuestra democracia. Mientras tanto, el Municipio de La Plata sigue sin cumplir con ordenanzas impulsadas por ex combatientes y votadas por unanimidad por el Concejo Deliberante, entre ellas la declaración como sitio de memoria del predio donde funcionó el Regimiento 7, recientemente señalizado por Nación. A 40 años de la guerra, es inadmisible que el Estado –en este caso, municipal– siga repitiendo discursos que buscan legitimar, reivindicar y consagrar como héroes de Malvinas a miembros de las Fuerzas Armadas que fueron parte del terrorismo de Estado y torturaron a sus propios soldados. A 40 años de la guerra, el Estado todavía tiene que saldar una enorme deuda de justicia con esos soldados conscriptos que fueron torturados durante el conflicto bélico. :::Comisión Provincial por la Memoria::: Read the full article
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mlove44lh · 5 months
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Don´t hurt youself
Capítulo 8 - Redenção
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Capítulo anterior
Avisos: angústia, palavrão, menção de perda
Palavras: 8.958
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“Tive meus altos e baixos, mas sempre encontro força interior para me levantar. Serviram-me limões, mas fiz limonada. Minha avó disse: ‘Nada real pode ser ameaçado.’ O amor verdadeiro trouxe a salvação de volta para mim. Com cada lágrima veio a redenção e meus torturadores se tornaram meu remédio. Então vamos nos curar. Eu e você.”
Dia 0
“Sonhei com isso por tanto tempo que sequer me lembro quando essa ideia surgiu dentro de mim.
Decorei e mantive em minha mente cada mínimo detalhe desse dia. Passei horas imaginando como seria, pesquisando sobre sem nem ao menos ter alguém em vista para conquistar esse sonho ao meu lado.
E mesmo assim, mesmo planejando tudo e repassando cada passo em minha mente desse dia perfeito, mesmo assim eu não esperava que fosse ser tão impecável quanto isso.
O céu está claro e sem nuvens. E por mais que o vento esteja presente, ele é quase imperceptível em minha pele, mesmo estando com os braços descobertos.
Só por esse clima em pleno novembro eu já poderia considerar esse dia como um milagre, como a prova de um amor que será eterno e que já é perfeito.
O véu balança suavemente ao meu redor. Consigo ter um vislumbre de meus convidados através do tecido claro que me cerca. Sei que tenho toda a minha família e amigos aqui presentes, e estou muito feliz por todos estarem finalmente reunidos. Mas não poderia olhar para mais ninguém agora além do meu futuro marido, que me aguarda no altar, com um sorriso que me diz que tudo vai ficar bem na nossa nova vida junto.
E eu acredito nele com uma confiança que não sabia que existia dentro de mim.
Seus olhos escuros brilham como nunca antes tive o privilégio de testemunhar. Sei que seguro o braço de meu pai com certa força, mas preciso ao menos sentir os nós de meus dedos tensos para provar a mim mesma que ainda estou viva, e que isso não é um sonho.
O que me acalma é saber que mesmo eu sendo uma pessoa sonhadora, jamais poderia fantasiar sobre tamanha perfeição.
É como se toda a minha vida se resumisse a esse momento.”
Dia 2.520
Eu esperei por algo. Algo grande, como nos filmes. Algo que me fizesse mudar, que fizesse tudo se encaixar de uma forma perfeita para deixarmos tudo para trás.
Até depois de tudo aquilo eu esperei, depois do desrespeito, depois de ouvir da boca da pessoa mais desprezível que já conheci todas as coisas horríveis que ele foi capaz de fazer, depois de ser chamada de escandalosa por conta de um comportamento que eu sei que foi imperdoável. Mesmo depois de tudo isso eu esperei por algo.
Mas esse algo nunca veio.
A vida real é cruel, e esse tipo de coisa não acontece. Às vezes o que parece realmente é, às vezes quem puxa o gatilho é a mesma pessoa que jurou te proteger. E esse tipo de traição é a pior de todas.
Fui forçada a parar de acreditar no meu conto de fadas pessoal quando o príncipe encantado fincou uma faca em meu peito.
Fui puxada para fora da minha vida perfeita e o tranco foi tão forte que não sei como sobrevivi.
Encaro meu dedo anelar e por mais que a aliança já não esteja mais aqui, a marca provavelmente vai perdurar por muito tempo, como um lembrete visual de tudo isso.
A sala é fria, e sinto seu olhar em mim, o que faz com que a sensação de sufoco fique ainda maior. Meu olhar se mantém baixo, esse é o último lugar onde desejo estar.
A porta de abre e o silêncio é cortado pelo mediador que se apresenta e logo se senta entre nós quatro.
Meu coração se acelera ao perceber o que está prestes a acontecer.
— Podemos dar início a audiência.
Dia 365
“Não pensei que pudesse melhorar depois de nos casarmos, mas eu nunca estive tão feliz em estar errada.
O ano passou voando, e todo o nosso tempo junto foi precioso. Por mais que Lewis não esteja sempre presente, quando estamos juntos, parece que todas as dificuldades do fuso horário e as noites sem dormir se tornam insignificantes.
Uma de suas mãos bloqueia a minha visão enquanto a outra me guia calmamente pela cintura. Sinto Lewis rindo atrás de mim, já eu me sinto mais inquieta do que nunca.
A movimentação de Londres ficou há quilômetros atrás. Lewis dirigiu, o que é incomum desde que sou eu quem é sempre a motorista.
Não tenho noção do que irei encontrar aqui, então aguardo ansiosa a revelação que espero há horas.
— Você sabe que eu odeio surpresas.
— Eu sei. Mas você vai gostar dessa. — Ele para de caminhar, mas continua com a mão em meus olhos.
— É nosso primeiro aniversário de casamento. Tinha que ser algo grande.
— Algo grande?! Lewis, eu te comprei um relógio.
— E eu amei meu novo Rolex. E esse presente não é exatamente só para você, é para nós dois.
Lewis tira sua mão de meus olhos, demoro alguns segundos para me acostumar com a claridade. A luz do sol ilumina um campo grande e rodeado de verde, o clima é gelado, mas a luz do sol faz tudo parecer quente e aconchegante.
No meio de duas grandes árvores há uma casa com a fachada pintada de branco. As janelas tomam conta da frente da casa assim como algumas flores plantadas ao redor da residência.
É uma casa linda, delicada e grande o suficiente para uma família morar, mas não tão grande a ponto de ser intimidadora. É o refúgio perfeito para uma vida inteira, cercada pelas pessoas que você ama.
Fico alguns segundos observando a fachada. Lewis sai do meu lado e vem até a minha frente. Seu sorriso é gigante e posso perceber por sua feição que ele espera que eu diga algo. Mas não saberia o que dizer quando eu nem ao menos sei para o que eu estou olhando agora.
— O que achou? — Sua expectativa implícita em sua fala.
— Lewis… -Não pode ser isso, ele não pode ter simplesmente comprado uma casa nova para nós. — O que é isso?
— Espera. Eu quero que você veja por dentro.
Sua mão se encaixa na minha e Lewis praticamente me arrasta até a parte de dentro. Meu êxtase é tamanho que mal consigo pensar direito agora. Isso é muito mais do que eu esperava.
A sala é espaçosa e as vigas de madeira tornam tudo mais acolhedor. Os móveis já estão dispostos e é como se tivessem tirado cada detalhe de um sonho meu.
— Tem uma piscina do lado de fora. — Ele abre a grande porta de vidro me revelando mais espaço ao ar livre. -Podemos colocar uma mesa grande aqui, para quando recebermos visitas.
Suas palavras saem rápido como uma criança empolgada com algo novo, seus olhos brilham como duas estrelas enquanto Lewis divide seu olhar de mim para toda a casa. Ele não demora a voltar com sua mão na minha e me levar para o segundo andar da residência.
O quarto principal adota um tom mais claro do que o resto da casa, que é coberta por madeira. A pintura branca das paredes deixa o cômodo ainda maior. Tudo parece limpo e novo.
— Você fez mesmo isso? — Minha voz sai quase em um sussurro e eu então percebo a vontade de chorar que me atinge. — Lewis, é perfeita.
— É nossa. — Ele diz. Sua voz sai baixa em comparação com minutos atrás, a euforia parece ter amenizado. — Eu pensei e planejei ela no último ano.
— Isso é. Eu não tenho palavras. É perfeito. Mas como faríamos isso? Quer dizer, com nosso trabalho e todo o resto.
Seria loucura mudar para o interior de Londres em um momento como esse, por mais que isso pareça um sonho.
— Eu posso ter antecipado um pouco as coisas. Mas nós podemos vir em alguns anos. Essa pode ser a casa em que nós vamos ficar velhinhos juntos e criar nossos filhos. É o lugar perfeito. Só teríamos que esperar um pouco, e enquanto isso podemos vir sempre que quisermos um tempo sozinhos. 45 minutos de Londres e sem vizinhos por alguns quarteirões soa bem não?!
Eu só consigo sorrir. A ideia de ter uma família ao seu lado e envelhecermos juntos ainda é algo que ainda consegue me deixar emocionada.
— Sim. Soa perfeito.
Ele sorri.
— Vem, quero te mostrar uma última coisa.
Mal consigo gravar os detalhes do quarto e já sou puxada novamente.
Lewis abre a porta do quarto ao lado do nosso, diferente dos outros, nesse quarto não há mobília alguma. Uma janela grande se dispõe no meio de uma das paredes iluminando cada canto do cômodo. Eu me mantenho parada na porta enquanto Lewis finalmente se acalma atrás de mim.
— Existem mais dois quartos como esse, que ainda estão vazios. -Sinto a empolgação dentro de mim assim que percebo onde Lewis irá chegar. -Nós vamos montá-los juntos, no momento certo. Para nossos filhos. Vamos encher essa casa de felicidade, S/n.
Me viro para ele e sinto algumas lágrimas escapando de meus olhos. Eu não poderia estar mais feliz por essa surpresa.
Colo nossos lábios em um beijo que demora a ser separado, só para eu poder falar antes de voltar a ele.
— É tudo o que eu mais quero.”
— Não há filhos em comum do casal, e o divórcio parece ser de concordância de ambos. Se não houver algum impasse com o último acordo proposto, acredito que não haja a necessidade de estender esta audição.
“Divórcio. Concordância. Ambas as partes.” Parece tão ruim quanto soa. Como poderia existir uma concordância sobre algo tão doído e profundo quanto isso? Não é isso o que acontece, não estou aqui porque quero, estou aqui porque preciso estar aqui, estou aqui porque devo isso a mim e a parte que morreu dentro de mim. Devo isso como justiça a menina que acreditou tanto em conto de fadas. Então não, não há concordância alguma com essa situação.
Olho para meu advogado e faço menção de falar com ele, mas isso não se torna necessário. Seu pigarreio chama a atenção de todas as poucas pessoas da sala.
O acordo proposto no documento que deixei com Lewis naquela manhã foi negado, assim como os outros dois feitos por meu advogado. Parece que surgiu algum tipo de impasse entre o que Lewis desejava e o que seus representantes buscavam.
Então esperei pela contraproposta, e quando chegou tentei me conformar com ela. Havia muito mais para mim do que eu pedi nos acordos anteriores, e muito menos do que poderia receber se tivesse o mínimo de interesse em uma luta judicial. O acordo perfeito entre um homem arrependido que acha que dinheiro compra carma e os advogados que protegem seu império.
Mas no geral, não estava tão ruim, exceto por um detalhe.
— Há uma discordância de minha representada no que se refere ao acordo proposto pelo senhor Hamilton.
Eles nos olham com curiosidade. Lewis levanta seu olhar cheio de dúvida, que vem de encontro ao meu.
— E qual seria? — O mediador se acomoda em sua cadeira, se inclinando para nós.
Poderia vomitar se ao menos tivesse ingerido algo. Eu gostaria de aceitar qualquer coisa proposta e ir logo embora. Mas não quero sair disso com nada além do que já me pertence, e com certeza não tenho interesse algum em algo que me manteria de certa maneira amarrada a Lewis.
Eu sei que isso é mais uma coisa que eu não deveria fazer. Especialmente se a hipótese em minha mente se mostrar verdadeira. Mas eu não me importo mais, eu tenho todo o direito de usar a carcaça da pessoa ruim pelo menos uma vez.
Eu tenho o direito de fugir dele.
— Minha representada não tem mais interesse nas ações referentes as empresas do Senhor Hamilton. Assim como a residência em Londres. Gostaríamos de apresentar uma contraproposta, onde as ações seriam transferidas de volta, e a casa passaria inteiramente para o nome dele, caso haja concordância, é claro.
Assisto meu advogado passar novos papéis ao mediador, que analisa cada um deles com cuidado.
Quero poder sumir de sua vida em todos os sentidos, não vou me curar se não me afastar dele, continuar com as ações em meu nome me colocaria em momentos como esse. Presa em uma mesa de reunião com ele ao meu lado. E a casa só me faria lembrar de tudo o que nunca foi. Não quero sequer passar na frente dela, mesmo sendo uma residência nova, ela está infestada de fantasmas para mim.
— O que?! — Lewis tira a atenção de todos, até mesmo do mediador, que ainda analisa os papéis dispostos em sua frente. — Do que você está falando? Essas ações são suas por direito, S/N. Nós conquistamos isso juntos. — Ouvir sua voz pessoalmente depois de tantas semanas me faz querer chorar.
— Senhor Hamilton, por favor. Apenas seu advogado tem o direito da palavra nesse momento, tudo bem? — A voz do mediador se torna um pouco mais alta, a fim de chamar a atenção de Lewis.
Há muita descrença em seu olhar, já o meu transborda mágoa.
Se fossem apenas empresas e números as únicas coisas que conquistamos juntos, tudo isso seria infinitamente mais fácil.
— Não faz isso. Elas são suas também, você sabe disso.
Lewis ignora completamente o mediador e continua falando diretamente para mim. Seu olhar revela súplica, como se ele estivesse buscando a redenção e a única maneira de alcançá-la fosse garantir que eu fique com milhões em ações.
É tentador. Mas estamos falando de uma mulher com o ego ferido e o orgulho enorme. Então obrigado, mas não.
— Senhor Hamilton, por favor.
O mediador parece um pouco nervoso. Já seu advogado se torna inquieto e se inclina para falar com Lewis.
— Se ela está abrindo mão de livre e espontânea vontade, você deve considerar. Não estamos falando sobre pouca coisa, Lewis. — A voz de seu advogado é baixa, porém dentro dessa sala minúscula e com todas as outras pessoas em silêncio, seria impossível não escutar sua fala.
Lewis ainda me olha, e eu ainda olho para ele. Não abri minha boca para respondê-lo, nem pretendo. Tudo o que eu quero é poder sair logo daqui com o que quero, ou melhor, o que não quero.
— Eu não ligo para isso. — Lewis responde seu advogado, mas ainda olhando para mim. Conseguiria até mesmo dizer que há um pouco de raiva em sua feição, se ao menos ainda conhecesse essa pessoa na minha frente.
Dia 1.397
“Acordar com cheiro de café em casa é uma das minhas coisas preferidas, porque eu sei que quando isso acontece é porque ele está em casa. E não poderia ser diferente, ele me prometeu que estaria.
Meus braços passam ao seu redor assim que o encontro na cozinha. Seu torso nu é quente e faz eu me sentir em casa como nada nunca chegou perto de conseguir.
Suas mãos me entregam uma xícara de café e nossos lábios se colam em um beijo cheio da saudade que parece nunca ir embora, por mais juntos que estejamos.
— Como é possível alguém que odeia café conseguir fazer o melhor café que já tomei na vida?!
Lewis ri antes de colocar suas mãos em minha cintura.
— Você diz isso porque é apaixonada por mim e gosta de tudo o que eu faço. Literalmente todas as pessoas que tomaram meu café não gostaram.
— Isso é porque eles não sabem apreciar o café mais forte que já entrou no organismo deles. — As risadas ecoam pelo apartamento. — Mas sério amor, por mais que eu ame, você tem que pegar leve com a quantidade de pó, eu poderia ficar acordada por dias se tomasse mais de uma xícara pela manhã.
Suas mãos apertam minha cintura o suficiente para me fazer suspirar. Pouso minha xícara com o líquido quente na bancada e logo volto minhas mãos até suas costas desnudas.
Vejo o sorriso se dissipando de seu rosto e sua feição sendo tomada por um ar de seriedade.
— O que foi?
— Nada. Eu só estava pensando.
— Quer dividir isso?
— Eu não tenho certeza se você vai gostar muito da ideia. —Um sorriso tímido volta em seus lábios e minha curiosidade aflora. — Eu sei que o plano não era esse. — Seus olhos já não estão mais em contato com os meus. — Mas eu não consigo parar de pensar nisso.
— Vamos. Me conta.
— Bom. — Ele parece ansioso, talvez realmente preocupado com a minha reação. — Eu acho que, talvez. Se você quiser. Nós poderíamos começar a tentar aumentar a família.
Meu sorriso despenca.
Não porque não quero isso, mas porque quero tanto isso que só a ideia de Lewis também desejar isso antes mesmo do que estava combinado entre a gente faz meu estômago se revirar de felicidade.
Não sei se por conta do café forte de Lewis ou a minha empolgação, mas de repente tomo ciência dos meus batimentos cardíacos acelerados.
— Quer dizer. Se você ainda quiser esperar nós podemos. Sei que tem o seu trabalho e….
— Não! —Interrompo seu raciocínio. — Eu só não estava esperando por isso. — Tenho que pensar nas palavras antes de conseguir emiti-las. — Lewis. Você está falando sério?
Puxo seu rosto de volta ao meu e o obrigo a olhar para mim. Estamos tão próximos um do outro que Lewis deve conseguir sentir meus próprios batimentos em seu peito.
— Eu estou pensando nisso já tem um tempo. Eu sei que combinamos de esperar até depois da fórmula 1, para irmos morar em Londres e formar nossa família. Mas eu não acho que vou me aposentar tão cedo, e quero uma família agora com você. E eu sei que vai ser loucura ter um filho no meio de todas as viagens e caos da nossa vida, mas… — Seu sorriso aumenta ainda mais. — Será nosso filho, né?! Se existe alguém que conseguiria lidar com tudo isso, essa pessoa é ele. Ou ela.
Minha comoção é tanta que mal consigo pensar em algo a dizer.
Sei que meus olhos transbordam de felicidade e emoção, e vejo os de Lewis da mesma forma.
Puxo ele para mais perto de mim, me colo nele sem vontade alguma de o deixar ir para qualquer lugar.
— Você sabe como eu quero isso. — O puxo para um beijo que acaba sendo desordenado por nossa agitação.
— Isso é um sim? — Lewis nos separa por um segundo para falar.
— É claro que sim!”
— Vamos dar uma pausa para que o advogado do senhor Hamilton possa analisar a contraproposta e para acalmar um pouco os ânimos.
Assisto ambos se levantarem. Lewis sai da sala quase que correndo, enquanto seu advogado o acompanha com os novos papéis em mãos. Eu me sinto anestesiada, preciso bater meus pés no chão algumas vezes para ter certeza de que não vou cair no momento em que me colocar de pé.
— S/n. Você está positiva sobre a contraproposta? — Adam, meu advogado vira sua cadeira em minha direção. Sua voz é baixa mesmo sem a necessidade. Já que não há mais ninguém na sala. — Sei que tem os seus motivos, mas estamos falando de mais de cinquenta milhões. Que podem se tornar muito mais com o passar dos anos. Entregar isso dessa forma para ele pode ser um erro. Você poderia ao menos vendê-las.
— Não. Eu não quero mais nada dele, Adam. — Sua cara entrega o que ele não diz. O que me faz sentir a necessidade de me justificar. — Não estou dizendo isso só por estar machucada, estou dizendo isso porque realmente quero sair disso, não quero mais ter que lidar com nada relacionado ao Lewis. E eu sei que pode parecer loucura, mas cada centavo gasto vindo dessas ações só me faria sentir ainda pior. Então sim, eu estou positiva sobre a minha decisão.
— Tudo bem. Eu entendo. — Seu olhar de compaixão me mata. Desvio de sua feição para não ter que lidar com essa pena estampada. — Acho que vão concordar, não teria motivo para postergar isso ainda mais.
— Eu espero que sim. — Não espero por uma resposta, deixo Adam em seu lugar e saio da sala em busca de ar fresco.
Dia 1.716
“Prometi que não me desapontaria dessa vez. Pensei que fosse ser mais fácil não ver o que eu gostaria pela sétima vez consecutiva. Mas não. A cada mês isso só faz doer mais.
Encaro o pequeno objeto de plástico em minha mão enquanto sinto o nó em minha garganta.
Uma maldita listra vermelha.
Uma. Só uma.
Sinto o braço de Lewis ao meu redor e seu rosto descansar em meu ombro.
Começamos a tentar alguns meses atrás. Sabíamos que se esperássemos pelo momento perfeito ele nunca chegaria. Viajamos o tempo inteiro e a fórmula 1 toma conta de boa parte da vida de Lewis. Além de ser um esporte perigoso.
Mas o desejo por nossos filhos se mostrou tão grande que qualquer potencial problema parece microscópio em comparação. Temos um relacionamento sério e estabilidade, além de disposição e amor de sobra, o que poderia faltar?!
Então parei com as pílulas e esperei que acontecesse. Mas não aconteceu. Nem no primeiro mês, nem no segundo, começou a me incomodar no terceiro. Mas não imaginava que fosse chegar a sétima tentativa sem êxito.
Eu tento me conter e fingir para mim mesma que tudo está bem. Somos novos, temos muito tempo para conseguir isso. Mas a frustação está estampada em meu rosto.
— Nós podemos continuar tentando. — Sua voz sai abafada por conta de seu rosto descansando em mim. — É a melhor parte de qualquer forma. — Ele brinca.
Uma risada baixa sai de meus lábios.
— Sim. Talvez na próxima vez, né?!
Tiro o teste de meu campo de visão e passo a encarar Lewis. Que ajeita sua postura para me olhar de volta. Ele assente enquanto me olha com atenção.
Talvez ele esteja esperando por algum tipo de desabafo, ou até um choro contido. Mas não há. Não porque eu não esteja me sentindo triste, e sim porque não faria sentido agora. Principalmente quando ele está a poucos minutos de sair de casa para mais um de seus inúmeros finais de semana de trabalho. Sua esposa chorosa não seria a melhor coisa a deixar em sua mente antes de toda a concentração necessária para um grande prêmio.
— Podemos nos consultar com algum especialista se você quiser.
Ele se levanta e vai até sua mala de viagem.
— Não. Não acho que seja necessário agora. — Meu rosto diz o contrário. A dúvida do porquê uma gravidez não aconteceu ainda é o que vem ocupando minha mente há meses. — Podemos esperar por mais algum tempo.
Ele suspira.
— Tudo bem. — Suas mãos descansam na alça de sua mala. — Eu tenho que ir. Você vai ficar bem?
— Se eu disser que não, você fica aqui comigo? — Seus olhos são tomados por compaixão, o que faz com que eu imediatamente me arrependa do que acabei de dizer. Eu realmente gostaria que ele abrisse mão do trabalho às vezes, mas nunca pediria algo assim a ele. Por não querer ser inconveniente, e por já saber qual seria a resposta. — Eu to brincando. Vai, vai lá salvar o mundo, quarenta e quatro.
— Você é o meu mundo. — Lewis caminha até mim e deposita um beijo em minha testa. Sua resposta me faz sorrir. — Te vejo na segunda.
— Até lá.”
Desço as dezenas de escadas dispostas na frente do tribunal. Me sento em um dos degraus antes de chegar ao final deles.
As ruas estão movimentadas. Não poderia ser diferente em uma manhã de terça-feira. Tento focar na vida das pessoas que passam rapidamente pelo local, a fim de me distrair do nó em minha garganta.
Existem tantas coisas em minha mente que sequer consigo me concentrar em uma delas. É como se um zumbido estivesse tomando conta de mim sem deixar espaço para mais nada.
Nem minhas expectativas para uma nova vida, nem o objeto guardado em minha bolsa, nem a hipótese que deveria estar me consumindo, nem meu casamento se dissipando enquanto eu assisto tudo, nem a minha exaustão. Nada disso é capaz de fazer eu sentir algo.
Percebo sua presença ao meu lado por conta da minha visão periférica. Ele se senta, deixando quase nenhum espaço entre nós, mas sem me tocar. Não me movo para olhá-lo, nem para sair de perto de sua figura. Continuo focada nas pessoas que caminham em nossa frente, desejando nesse momento ter a vida da senhora passeando tranquilamente com seu cachorrinho de estimação pelas ruas de Mônaco.
— Como nós chegamos a isso?
De todas as coisas que eu esperava escutar de Lewis depois de semanas sem conversar. Essa seria a última das minhas suposições.
Eu não penso muito antes de respondê-lo.
— Eu não sei. — Sinto seu olhar em mim, mas ainda não me viro para ele. — Não acho que tenha sido em um momento específico. Quem dera pudéssemos atribuir isso a uma coisa exata, isso facilitaria as coisas.
Consigo escutar sua respiração ao meu lado, ele parece abalado, está inquieto em seu lugar.
— S/n, se eu pudesse voltar atrás e desfazer o que eu fiz…
— Não mudaria nada. — Eu interrompo seu discurso. Não aguentaria escutar lamúrias de Lewis, principalmente em um momento como esse, onde estou tão abstrata de meu próprio ser que sequer tenho ciência de minhas emoções. — Nosso casamento acabou antes de você me trair. Acabou muito antes disso, muito antes de eu perder nosso filho. Aconteceu, eu não acho uma boa ideia ficar se martirizando pensando no que poderia ser. Porque não foi. Simples assim. Nós estamos aqui hoje.
Ele me encara, sei que olha em meus olhos, e pela posição de seu corpo inclinado ao meu, posso deduzir que ele anseia por minha reciprocidade. Mas não quero e não consigo olhar para ele agora. Por mais que todos os meus instintos apurados durante esses anos estejam me implorando para ir de encontro a ele.
— E se continuássemos tentando? — Nem ele acredita em suas próprias palavras. A frase sai como um último suspiro.
— Nós tentamos por muito tempo. Mas desistimos em algum momento. Fomos abrindo mão de coisas pequenas até que elas se transformaram em coisas gigantes.
Esse é o fim. Eu sei disso. Tenho isso em minha mente a bastante tempo, e estou certa dessa decisão. Mas isso deveria doer menos. Eu deveria ao menos ter a capacidade de respirar, ou de encarar meu — ainda — marido.
Não sinto minhas palavras vindo. Apenas sinto a necessidade de dizê-las, talvez por precisar de uma conclusão. Ou porque me acostumei a dividir tudo com ele, e isso ainda é algo que precisa ir embora.
— Eu não me sinto feliz em estar aqui hoje. Talvez eu devesse ter lutado mais, e você também. Mas apesar disso eu sei que essa é a decisão certa. E por mais que você não admita eu sei que você concorda comigo. Não faz sentido em pensar no que poderia ter sido feito, quando no final das contas nós estamos aqui hoje. E nada vai mudar isso.
Finalmente tomo coragem e levo meu olhar a ele. Ele parece um completo estranho, uma pessoa totalmente diferente do que foi.
Seu olhar, que sempre foi a coisa que mais amei nele, agora não tem mais o mesmo efeito sob mim. Tudo em Lewis parece trocado. E mesmo perto dele, não o sinto aqui.
Quem está do meu lado já se tornou um estranho. Sou tomada pelo luto por uma pessoa que está viva e em minha frente, mas que não é nem perto de ser quem costumava.
Fico alguns segundos olhando para ele antes de voltar a falar.
— Esse é o único arrependimento que eu tenho. Essa mania de se enganar, o comodismo que deixamos tomar conta do nosso casamento. Porque se a gente tivesse percebido antes, se não tivéssemos deixado chegar no ponto que chegou, onde nós dois saímos machucados, então eu me lembraria de todos esses anos com uma felicidade enorme. Mas não é isso que acontece. Eu não consigo nem olhar para você de tanto que me dói. — Assisto as lágrimas invadirem seus olhos bem diante dos meus. Sinto raiva e pesar no mesmo nível. — E é essa a parte que me mata. Saber que os melhores anos da minha vida, serão os anos mais dolorosos de se lembrar. — Só quando paro para respirar é que percebo que também choro. Deixo as lágrimas descerem livre por meu rosto enquanto continuo o raciocínio. — Eu não sei se essa sensação vai mudar. Se com o tempo isso vai melhorar, só o que eu sei é o que eu estou sentindo hoje, e o que estou vivendo hoje. E eu decidi que a partir de agora, é isso nisso que eu vou focar. No agora.
Ele não diz nada por algum tempo.
Ficamos nos encarando sem pretensão de absolutamente nada. Não há nada a ser dito que faria alguma diferença.
— Eu sinto muito. — Mal reconheço sua voz, assim como todo o resto de seu ser.
— Eu sei. Eu também.
Dia 2.125
“O som de notificação do meu celular tira meu foco do programa de TV. Pego o aparelho que descansa no acolchoado do sofá e checo a notificação. Assim que leio a mensagem da notificação, meu tédio é tomado por mais uma onda de esperança, como vem acontecendo todos os meses há mais de um ano.
A notificação chegou e Lewis está em casa hoje, coisas que quase nunca acontecem ao mesmo tempo. Talvez isso seja um sinal de que esse mês finalmente seja o mês que vai dar certo.
Tudo é visto como um sinal para uma mulher desesperada.
Pulo do sofá e vou em direção ao nosso quarto.
Lewis está deitado, seu foco está na grande televisão, que passa o mesmo programa que eu estava assistindo na sala. A percepção me deixa confusa, e até um pouco triste. Porque ele preferiria ficar longe de mim do que fazer exatamente a mesma coisa que ele está fazendo aqui, ao meu lado?!
Engulo meu ego ferido e ignoro a sensação ruim que essa compreensão me deixou. Afinal o que precisamos fazer é muito maior do que uma birra minha.
Subo na cama e vou em direção a ele. Lewis não se da ao trabalho de se mover.
Monto em seu colo sem dificuldade alguma. Meus beijos começam em seus lábios e são retribuídos instintivamente por ele, mas suas mãos continuam inertes. Rebolo em seu colo afim de instigar algo. Nada.
Desço meus beijos em direção ao seu abdômen, e é só nesse momento que Lewis toma alguma atitude. Não a que eu queria, óbvio que não.
— S/n. Amor. Hoje não, tá?
Suas mãos vêm de encontro a mim, não para aproveitar mais do meu toque, mas para me impedir de continuar. O que me deixa irritada, mas não me impede de continuar. Volto para seu pescoço e distribuo beijos em sua pele, sem interesse em desistir do que preciso.
— Vamos. Vai ser rápido.
Desço minhas mãos até o elástico de sua calça de moletom enquanto ainda distribuo beijos, mas meus movimentos são interrompidos por ele.
— S/n, para! Eu disse não. — Sua voz é alta, o que faz com que eu pare imediatamente.
Ele se afasta de mim abruptamente. Lewis se levanta sem ter cuidado algum com a forma em que me deixa na cama.
Me sinto envergonhada como nunca, a raiva vem na mesma dimensão.
— Qual o seu problema?
— Eu to cansado dessa merda. Você acha o quê? Que eu sou a porra de um robô que você pode apertar um botão e ter o que você quiser? Isso é ridículo.
— Eu pensei que você quisesse isso também.
A respiração de Lewis é audível, ele está inquieto enquanto me encara.
— E eu quero, mas não dessa forma. Quando foi a última vez que transamos porque estávamos com tesão e não porque temos a obrigação de foder toda vez que seu celular avisa sobre seu período fértil, S/n?
— Eu não sei Lewis. Estou tentando conseguir o que nós dois queremos aqui.
— Sim, está tentando isso se tornando a pessoa mais fria do mundo. Qual o próximo passo? Quer que eu goze em um potinho e te entregue?
— É uma boa ideia. Facilitaria muito as coisas.
O deboche sai de mim com muita facilidade. Sinto a raiva subindo em meu corpo. E a ansiedade também.
— Pelo amor de Deus! — Ele entra no banheiro, mas deixa a porta aberta. Escuto a água corrente da torneira por alguns segundos antes de voltar a falar.
— Que merda você quer, Lewis?! — Minha voz sai em um grito.
Ele vem em passos rápidos de volta para minha frente.
— Minha esposa! — Ele também grita. — É isso o que eu quero, S/n. Será que tem como trazer ela de volta?! Ou essa obsessão já conseguiu levá-la embora também??
Minha frustração é tanta que sinto minha garganta queimar com as lágrimas que desejam cair. Nós nunca gritamos um com o outro, nunca brigamos como estamos brigando. Tudo parece um caos horrível e sem sentido.
— Eu tive um final de semana péssimo. E você sequer me perguntou como as coisas estão. Eu te pedi para vir comigo para o grande prêmio e você escolheu ficar aqui, provavelmente para se consultar com mais algum médico para ele te dizer exatamente o que todos os outros já disseram, isso se sobrou algum outo médico em Mônaco que você ainda não se consultou. Você está tão cega com essa ideia que esqueceu de continuar vivendo sua vida.
Uma risada sem humor sai de meus lábios.
— Oh coitadinho. Você teve um final de semana péssimo? Eu tive um ano péssimo, Lewis! E não estou chorando porque não vieram me consolar ou coisa assim. Eu estou tentando fazer o que devo, o que nós dois queremos. Você não tem o direito de me julgar por isso. — Saio da cama e ando em direção a porta. Frustrada e tomada pela culpa. Hoje poderia ter sido o dia, mas não foi. Não foi porque ele não quis. — Vê se cresce, Lewis. E se você quer alguém que passe a mão na sua cabeça, vai atrás de outra pessoa, porque não vai ser eu.
É a última coisa que digo antes de bater à porta atrás de mim.”
— Eu acho que devemos entrar.
Sua voz corta o silêncio entre nós, que dura há algum tempo. Paramos de conversar minutos atrás, mas não sentimos a necessidade de sair de perto um do outro.
Acho que ambos sabemos que esta é a última vez que ficamos juntos dessa forma. Não existe culpa por querermos estender esse momento, por mais triste que ele seja.
Concordo com a cabeça enquanto volto a encará-lo.
Sei que esta era a oportunidade de finalmente dizer a ele o que acredito estar acontecendo, mas simplesmente não consigo. Foi difícil demais chegar até este momento, e contar a ele minhas suspeitas só o magoaria e adiaria ainda mais o inevitável. Não preciso submetê-lo a isso, pois se estiver realmente certa, sei que essa questão não será algo que me acompanhará por muito tempo. E se posso poupá-lo de mais essa dor, é isso que farei.
— Vou assinar os papéis. Se é isso o que você realmente quer.
— Não. Isso com certeza não é o que eu quero, Lewis. — Me levanto junto com ele. — Mas é o que nós temos que fazer se ainda resta qualquer respeito pelo que nós dois vivemos juntos.
Entramos juntos e em pequenos passos no grande tribunal. Caminhamos lado a lado sem pressa alguma até a sala fria que nos aguarda, sem dizer uma palavra. Sem a necessidade de mais lamentos. Certos do que vai acontecer, incertos sobre o futuro que não imaginávamos sem o outro.
Volto ao meu lugar, meu coração dispara quando todos se acomodam.
— Meu representado concorda com a contraproposta. — Seu advogado corta o silêncio.
— Isso é bom. Agora que ambos concordam, podem enfim assinar os documentos, por favor. — O mediador parece até mesmo aliviado.
O nó na minha garganta me sufoca, quero fugir daqui, quero chorar como um bebê agora. Isso dói como um inferno. Não pensei que fosse ter uma crise nesse momento, não quando está tudo tão perto de acabar.
Tento me conter, tento manter minha respiração controlada e não demonstrar o quão perto estou de explodir em choro e berros. Acho que me saio bem nisso, já que a única pessoa que percebe minha instabilidade, é a única pessoa na sala que está na mesma situação que a minha.
Seus olhos vermelhos me entregam uma dor quase palpável.
Não deveria ser assim, não deveria estar acabando dessa forma.
Prometemos que morreríamos juntos, velhinhos, na nossa casa com a fachada branca e rodeada por flores em Londres.
Não era para acabar em uma sala gelada disposta no tribunal de primeira instância de Mônaco. Isso é injusto pra caralho.
Lewis pega os papéis brancos que foram passados de seu advogado para ele. Suas mãos tremem, mas só eu percebo isso. Ele não desvia seu olhar do meu, nem por um segundo, nem enquanto pega a caneta preta disposta em sua frente. Ele quer ter certeza. Ele quer uma última confirmação minha.
Dia 0
“Nossas mãos se encaixam perfeitamente. Me sinto instantaneamente mais calma com seu contato. Me afasto de meu pai enquanto me aproximo de meu noivo.
— Você está perfeita. — Ele cochicha em meu ouvido quando se aproxima de mim. A emoção em sua voz é clara. Lewis deposita um beijo em meu rosto antes de se virar para meu pai.
Os dois apertam as mãos. Meu pai puxa Lewis para um meio abraço, sei que algo é dito no meio disso pelo mais velho, mas não escuto o que. Só as hipóteses que passam em minha mente já são o suficiente para me fazer rir.
Lewis não demora a se voltar a mim, agora sua atenção é totalmente minha.
— Senhoras e senhores, familiares e amigos, estamos aqui reunidos neste dia especial para celebrar o amor e a união de duas almas que decidiram embarcar juntas nesta jornada da vida.
O oficial de Justiça começa a discursar. Meu coração acelera e o sorriso em meu rosto parece que vai se manter para sempre.
Lewis está mais lindo do que nunca. Sua felicidade consegue o deixar ainda mais bonito, como se isso fosse possível. Eu quero poder olhar em volta, ver se as flores dispostas são as mesmas que nós escolhemos, ou se todos que convidamos estão presentes. Mas não poderia, não poderia olhar para lugar nenhum quando tenho a melhor coisa da minha vida disposta bem na minha frente. Movendo sua boca e me dizendo “eu te amo” sem emitir nenhum som. Só para eu saber, só para deixar claro.
— O casamento é um momento único, pois é o encontro de duas pessoas que escolhem compartilhar seus sonhos, alegrias e desafios lado a lado. Hoje, Lewis e S/n, vocês estão dando um passo importante em suas vidas, um passo que representa a promessa de amar e cuidar um do outro, independentemente das circunstâncias. A jornada do amor é marcada por altos e baixos, mas é a parceria e a cumplicidade que farão com que vocês superem todos os obstáculos juntos. O amor é a força que une seus corações, tornando-os mais fortes, mais corajosos e mais dispostos a enfrentar qualquer adversidade. Agora, peço a atenção de todos para os votos dos noivos.
A ansiedade me consome ainda mais, mas fico animada por finalmente poder dizer as palavras que venho guardando dentro de mim.
Me viro para Alessia, que se estende atrás de mim. Ela me passa o pequeno pedaço de papel que confiei em suas mãos mais cedo.
Tento respirar algumas vezes antes de começar a pronunciar as palavras escritas por mim no papel pautado.
— Acho que não é novidade para ninguém aqui como eu sou sonhadora. Todas as pessoas que me conhecem já escutaram sobre meus devaneios em algum momento. —Minha risada é acompanhada de meus convidados. — Muito deles eu julgava e tinha consciência de serem impossíveis. Afinal eu sei que não tem como algo ser perfeito. — Tiro meus olhos do papel e encaro Lewis por alguns segundos. — Nunca pensei que ficaria tão feliz em estar errada.
Tento segurar as lágrimas enquanto falo, mas sei que minha emoção está implícita e a um passo de tomar conta de mim.
—Você me mostrou que meus sonhos irreais são não só possíveis, como ainda melhores do que na minha imaginação. O amor transcende o que eu julgava impossível. O seu amor me mostrou que mesmo a parte ruim vale a pena se eu tenho você ao meu lado. — Lewis sorri de uma forma diferente do usual, as lágrimas tomam conta de seus olhos também. O que só me deixa ainda mais realizada. — Nunca imaginei que me casaria com aquele rapaz que conheci pelo simples acaso em uma noite de curtição com as minhas amigas. Não porque não gostei de você de primeira; porque acho que ficou claro como eu já estava conquistada por você desde antes de saber seu nome. — Sua risada ecoa dentro de mim. — Mas porque imaginava que quando encontrasse o amor da minha vida, o sentimento seria diferente. Eu teria medo, anseio, ficaria na dúvida algumas vezes. Afinal, é o que minha mente e todas as histórias de amor nos fazem acreditar. Que é preciso ser complicado para ser real. Mas não foi isso o que aconteceu, tudo em relação a você e eu foi natural, parecia certo desde o começo.
Preciso de alguns segundos para respirar, olho para nossos convidados por um breve momento e consigo captar toda a emoção presente no local.
Como é possível um momento ser mágico assim? Como tudo isso poderia resultar em algo que não a perfeição de uma vida juntos? Eu pensava que tinha certeza de algo até agora, mas essa sensação me mostra que não. Não há nada dentro de mim maior do que a convicção da decisão certa para com o amor da minha vida.
— Demorei um pouco para perceber que essa é a essência do verdadeiro amor. Aquele que acontece de forma fluida e incondicional, sem pressões, medos ou inseguranças. Encontrei em você a segurança e o conforto que nem sabia que procurava. Agora, olhando para trás, para tudo o que passamos, percebo que cada passo que nos trouxe até aqui foi guiado pelo destino. Cada momento que compartilhamos, cada risada, cada lágrima, tudo fez parte de um enredo cuidadosamente escrito para que encontrássemos um ao outro nesse conto de fadas perfeito.
— E, meu amor, prometo que continuarei valorizando esse sentimento que nos une. Porque foi ao seu lado que eu aprendi que o verdadeiro amor não precisa ser complicado ou incerto. Eu agradeço ao acaso, ao destino e a todas as forças e entidades que nos uniram. Eu sou abençoada por isso, e não há palavras suficientes para expressar minha gratidão nesse momento. Que o nosso amor continue a crescer, a florescer, e que juntos enfrentemos cada desafio com coragem e cumplicidade. Porque se estou ao seu lado, eu sei que não há nada a temer, e que estaremos bem, contanto que estejamos juntos.
Enuncio as últimas frases enquanto olho em seus olhos, elas já estão gravadas em mim mesmo antes de escrevê-las.
Lewis comprime os lábios, existe poucos segundos de silêncio antes de rirmos um para o outro. Em uma bagunça de lágrimas e felicidade.
Saber que agora é sua vez me deixa mais ansiosa do que minutos atrás, quando comecei a discursar.
— Oh Deus. — Ele sussurra com a voz embargada. — Como você espera que eu consiga dizer qualquer coisa depois disso?
— Só respira. Eu estou bem aqui.
Nossas mãos se conectam novamente. Firmo meu aperto nele, esperando o tempo necessário para Lewis se preparar.
Eventualmente Lewis leva sua mão até o bolso de sua calça social, e tira de lá um pedaço de papel dobrado.
Percebo o tremor de suas mãos. Mas seu sorriso continua intacto.
— S/n… — Ele me olha por alguns segundos antes de voltar seus olhos para a folha. — Eu poderia passar horas aqui dizendo como eu tenho a certeza de que você é o amor da minha vida. De como você me mostrou uma vida que eu nunca imaginei que seria para mim. Ou como você me ensinou tanto, que eu não seu como consegui sobreviver antes de te conhecer. — A mão que segura o papel se aperta com certa força, mas sua expressão, em contraste, me traz paz. — Mas não existem juras de amor o suficiente para te dizer o que eu gostaria agora, S/n. Não acho que exista uma combinação de palavras que chegue perto de expressar o que eu realmente quero, o que eu sinto dentro de mim. Por isso que eu não vou tentar, não nesse momento, não desta forma. Eu vou mostrar a você, todos os dias, aquilo que frase alguma nesse momento poderia. E é essa a minha promessa a você.
Sinto uma euforia que poderia ser confundida com ansiedade, cada palavra dele me envolve de uma forma que até me sinto dormente, como se estivesse flutuando em um estado quase imortal enquanto escuto ele. Tudo dentro de mim ecoa que este é o momento, o auge de uma felicidade genuína. É o momento que pretendo recordar todos os dias pelo resto da minha vida.
Simplesmente, o melhor momento de todos.
Esforço-me até mesmo para colocar um pouco de lado a consciência das minhas emoções. Não tenho certeza do que poderia acontecer se me entregasse completamente ao que estou sentindo. É como um nirvana, e eu espero que dure para sempre dentro de mim.
Lewis pausa por alguns segundos antes de continuar.
— Você é a melhor parte de mim. Eu sou a minha melhor versão quando tenho você ao meu lado. E, por isso, eu prometo cultivar cada uma dessas coisas que nos move, prometo cuidar desse amor e nunca deixar isso ir embora. Prometo me lembrar todos os dias da sorte que eu tenho de ter uma esposa como você, mesmo naqueles momentos em que você me tira do sério por querer algo e não ter certeza do quê, e achar que eu deveria ser um mestre decifrador. — Todos riem, existem lágrimas misturada com felicidade em nossos rostos. — Não. Está tudo bem, na verdade a sua habilidade de me confundir é uma das coisas que amo em você.
— Você é luz. É felicidade. É paz e uma tempestade ao mesmo tempo, é a minha base, é o amor da vida de alguém que nunca acreditou em contos de fadas. É a minha fortaleza, e eu espero ser a sua. Por isso, estarei aqui, sempre bem aqui, ao seu lado. Garantindo que você esteja sempre contente, sempre amparada, nunca sozinha. Nunca sozinha. — Ele da ênfase na última frase. Seus olhos grudados nos meus. — Eu te amo.”
Seu olhar, intenso e sufocante, parece penetrar minha pele, mas mantenho a compostura, escondendo a tormenta que se desenrola dentro de mim. Qualquer gesto meu pode acabar prolongando esse momento insuportável, e sinceramente, não sei se suportaria mais uma hora sequer nessa sala.
Resisto à tentação de desviar o olhar e, em vez disso, apenas assinto levemente. No silêncio que se segue, tento capturar cada detalhe, cada linha em seu rosto, como se essa fosse a última vez que o verei. Seus olhos, que um dia brilharam com amor, agora refletem apenas a sombra do que éramos. Seu pomo de adão se move e seu olhar desvia do meu, finalmente me liberando dessa angústia.
Os dedos que seguram a caneta estão tensos, brancos pela pressão aplicada. A ponta fina toca a folha de papel, deixando um rastro de despedida.
Um último olhar incerto.
O último segundo como esposa e marido.
Eu não acredito que acabou assim.
Mas è assim que acaba. Não com um estrondo, mas com um silêncio sufocante, marcando o fim de algo que juramos ser eterno. O último vestígio da nossa conexão se vai, e me resta agora a jornada que se desdobra diante de mim. Uma vida agora redefinida pela ausência do que um dia foi nós dois.
[…]
Adentro o apartamento e sinto a exaustão tomando conta do meu corpo.
Ainda é o meio da manhã, mas parece que já se passaram dias desde o momento em que acordei.
Meu novo lar não é nada parecido com o anterior, um apartamento simples, com três quartos, que parece ter o tamanho perfeito para não me sentir sufocada, mas também não tão grande a ponto de me deixar solitária.
O apartamento de uma mulher solteira.
As paredes são predominantemente brancas, com uma única exceção na sala. Pintei uma das paredes de azul no meu primeiro dia aqui, uma escolha que, agora, parece ter sido impulsiva demais. Olho para essa parede e sinto uma pontada de arrependimento, mas a ideia de repintá-la é simplesmente inconcebível.
Eu sequer gosto da cor azul.
De repente, tomo a consciência do objeto que guardei em minha bolsa dias atrás, e, pela primeira vez desde a compra, me sinto ansiosa em relação às possibilidades que ele carrega.
Fecho minha mão ao redor da alça da minha bolsa e caminho até o banheiro, não há pressa, mas meu coração bate descompassado.
Tranco a porta que se fecha atrás de mim mesmo estando sozinha, um costume que não perdi mesmo depois de sair da casa dos meus pais.
Minha respiração seria audível mesmo que a casa não estivesse no silêncio absoluto que se encontra.
Faço o que já fiz pelo menos duzentas vezes na vida, não existe a necessidade de olhar as instruções, a esse ponto já se tornou uma memória muscular. O ritual se desenrola no silêncio, marcado apenas pelo som sutil do papel e do plástico.
Com cuidado, devolvo o teste ao seu lugar na pequena caixa. Uma hesitação paira no ar, uma pausa prolongada antes de encarar o que já quase tenho certeza de saber. A urgência em descobrir compete com a relutância em enfrentar. Não estou preparada, não quero reviver aquilo tudo novamente. O medo dentro de mim cresce a proporções que nunca experimentei antes. Se eu tivesse a mínima força, poderia ter um ataque agora.
Saio do banheiro, em busca de mais espaço, em busca de diminuir a sensação de sufocamento. A pequena caixa ainda na minha mão.
Já se passaram os 3 minutos indicados, as instruções dizem para desconsiderar depois de 15 minutos. Eu tenho 12 minutos, 12 minutos podendo fugir da resposta, 12 minutos onde eu ainda finjo não saber de nada, onde posso continuar a me iludir por mais um breve intervalo de tempo. 12 minutos que me permitem adiar o confronto inevitável, como se ignorar o relógio pudesse congelar a realidade que talvez me aguarda.
Existem lágrimas. Lágrimas que não sei se são de tristeza, alegria ou uma combinação complexa de ambas. Cada gota parece carregar o peso de uma jornada, do luto pela perda passada, da incerteza do futuro e da surpresa inesperada da possibilidade de uma nova vida começando a se formar.
Existe um sorriso trêmulo que brinca nos cantos dos meus lábios. É um sorriso marcado pela vulnerabilidade, pelo medo e pela resiliência. A ironia de descobrir isso logo após o divórcio parece pairar no ar, mas também há uma chama de coragem que se acende dentro de mim. Uma força que surge da necessidade de enfrentar esse capítulo sozinha.
Existe confusão. Meu coração parece um labirinto de sensações contraditórias. A dualidade de emoções se manifesta em pensamentos que se atropelam, em dúvidas que se entrelaçam com esperanças medrosas. Como equilibrar a fragilidade de uma nova vida com a dor de uma perda anterior? Ou melhor, de duas perdas?
Existe medo. Que se alimenta da vulnerabilidade de estar sozinha. O espectro da perda passada ainda paira sobre mim, uma sombra que sussurra receios. A incerteza do que virá.
Existe felicidade. Uma felicidade que surge da compreensão de que a vida, apesar de suas reviravoltas dolorosas, continua. Uma nova vida, uma oportunidade de recomeçar, mesmo que o cenário pareça assustador à primeira vista. É a esperança que se acende diante da escuridão.
Reúno a coragem necessária e seguro o objeto com firmeza. Eu o tiro da caixa.
Existem duas linhas.
[…]
A vida se desenrola, ela acontece, por mais que eu queira pará-la em alguns momentos. As escolhas e mudanças, por vezes, deixam cicatrizes eternas. E, se doeu o suficiente para marcar, quer dizer que deve ser sempre lembrado.
Diante de mim, existe uma tela em branco, um caminho nunca percorrido antes, onde eu levo minha bagagem, e memórias que eu não sei se vão se desbotar tão rapidamente.
A dor deixa espaço para a resiliência, uma chance de redefinição. A vida mostra que a capacidade de seguir em frente é a fonte da superação, mesmo quando o futuro é instável e incerto.
Mesmo nos recantos mais silenciosos da minha história, há uma melodia sutil que continua a tocar, lembrando-me de que, apesar de tudo, a vida persiste, transformando-se em um fluxo eterno.
A vida se metamorfoseia, fluindo como um rio que, mesmo diante de obstáculos, encontra seu caminho, lembrando-me de que a persistência é a essência da existência.
No entanto, essa mesma persistência, embora seja a força que nos faz seguir em frente, pode também ser o motivo da dor, da desistência e do cansaço.
Saiba dizer adeus.
N/a: Nem vou me justificar do sumiço. Eu simplesmente não consegui escrever por um bom tempo. Mas espero que tenha valido a pena. Ai está, o último capítulo, finalmente. Espero conseguir voltar a escrever e trazer mais histórias. Obrigada a todos que acompanharam e tiveram paciência. Até a próxima ❤️❤️
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sophie-crowley · 16 days
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Spider
La agonía siempre ha sido su confidente. Esa es una auténtica verdad, y es consciente de ello desde que llegó al mundo, como la equivocación de sus progenitores. El patético y acosador pasado no deja de rebobinar, y las descalificaciones dichas ya no se callan, entonces, permanece retraída, dejando que el frío trasnochador sólo sea fluvial sobre ella, y que sus rizos de viveza castaña sean acicalados por las ráfagas.
Observa a la refulgente ciudad, prestando atención a las figurillas ambulantes y las vibraciones que generan, los ecos que rebotan a lo largo de esas inmensas edificaciones, llevando una variedad de aromas para ser un remolino que puede emborracharla. El escenario extendido es resultado de ecuaciones volátiles, marcándose el estupor callejero y escandaloso, y ese juego de luces veloces aparta momentáneamente los horrores despreciables, pero publicados con tinta bermellón. Siente cuántos desvaríos de suave calibre se acumulan allá abajo, nutriéndose en espiral, en una proyección vocal o manual, y eso atribuye más pesadez a su corredor cognitivo. A su propio desvarío.
Exhala, reprimiendo los llantos emergentes con resquebrajado esfuerzo. El nudo se endurece en su garganta, se expande, presiona hasta acercarse a la asfixia. Intentando conservar el control, agarra sus bíceps bajo la denominación desesperada, y amasa sin delicadeza, porque sólo así ella captura una falsa idea de calma, y las plenas dolencias corporales no son importantes en frente de un suceso torturador. Se desliza bruscamente un lamento de sus labios. Se ondula por medio del temblor enganchado a la mandíbula. Puede deducirse su deseo, el cuál lloriquea una idea: ¡Quiero morir!
Dentro del longevo e interminable universo, ella no es indispensable. Así de simple, pero cada falla cometida deposita su pétrea carga sobre su conciencia, y es obligatorio que al menos, se familiarice con lo mustio. Con constantes azotes se halla la capacidad para despedazar la voluntad, y hoy, ha sido una exuberante bofetada, causal de la sumisión en la desesperación.
Intrusivo es un recuerdo. Asalta repentino. Provoca destellos demenciales que bifurcan su visión, y la sacudida adyacente le hace pedir que todo cese y se disuelva en la fosa insondable del olvido. Serpentean las sensaciones sufridas, y algo se retuerce forzoso, devolviendo como una emboscada preparada por duendecillos babeantes de fúnebres desenlaces, el miedo. Las náuseas se desenrollan mientras ella boquea, a punto de soltar el alarido más angustiante que la sepultará. Las náuseas se tornan más fatigantes, sintiendo que los pulmones se acalambran. Una por una, las imágenes exhibidas que recrean el recuerdo intensifican la presión, y caen lágrimas, muchísimas lágrimas, mezclándose con el frío, con el sentir envenenado e incondicional en lo que atañe al pánico ahogado.
Se levanta atolondrada. Su andadura es tan frágil que, luego de dos pasos, su cuerpo cae de bruces, haciendo arder las laceraciones ya moreteadas. ¡Chilla! Aguanta las punzadas que sacuden sus intestinos; cuán abrumador es encontrarse paralizada entre ininterrumpidos jadeos, sabiendo cómo esta tortura proveniente de la mente penada no desaparece los eventos ocurridos, ni disminuye las precipitaciones de maldad. En vano, pero totalmente merecido.
Ella no quiere levantarse. No quiere continuar. No quiere más responsabilidades ni más juramentos baratos. No quiere (puede) representar este emblema de estoicidad e inquebrantable honradez. No quiere aparentar. No quiere aparentar algo que jamás ha sido, y no será jamás. No quiere (puede) luchar. No quiere levantarse. No quiere abrir los ojos. No quiere despertar. ¡No quiere! ¡No quiere!
Replegándose sobre sí misma, los crujidos óseos acompañan la rítmica doliente. Es como un ovillo arrojado al vertedero; sólo hay espasmos, secas sacudidas cubriendo su cuerpo, indicativas de su agónica alma, y la tibieza destartalada de los torrentes sanguíneos se esparce a un apresuramiento alarmante. Cierra los ojos, esmerándose en quedar zambullida en gasas de nula claridad, sometiéndose a desilusiones desconsoladas, retorciéndose sobre lamentaciones al borde del deceso mental. Cierra los ojos, suplicando por una migaja de clemencia. Tragar es amargo, el destilado de dulzor metálico ya obstruye su garganta y su exhalar pareciera ser el último.
¿Tú sabías que... ? Su madre la odiaba. Su hermano murió odiándola. Su padre no estaba lo suficientemente interesado para siquiera odiarla. ¡Su verdadero padre se regocijaba por el odio que Mikaela O'Hara profesaba a Mikaela O'Hara! ¡Maldito y estúpido mundo! ¡Ella sigue odiándose!
Y comienza a recordar.
La polvareda se mecía en suspenso, fichando una escenografía letárgica. La destrucción sembrada iba desfilando entre rimas hondamente penumbrosas, sus retoños asolaron las partes constituyentes de la avenida, dejando a los espectadores del momento un regalo que profetiza el epílogo de la existencia terrenal. El silencio dialogaba . De hecho, era un soliloquio, irónicamente ruidoso, trillado, aunque lo suficiente espantoso para petrificarlos. La conmoción había resecado el reposo, y a ella se le revolvía el estómago, e intentaba no soltar a la muchachita que se asemejaba a una marioneta arrebatada de su marionetista. Dificultaba entender lo sucedido. No, dificultaba negar lo sucedido, y creer en la acuarela escarlata escurriéndose en sus manos, espesa y aplastante. Creía que su audición fallaba, que el pitido en su oído había ensordecido su captación del mundo, pero en realidad no escuchaba respiración alguna, más que la suya.
A esa niña... Quiso confortarla. Le aseguró su bienestar y supervivencia. Prometió salvarla. ¡Lo prometió! Su disposición a cumplir acrecentó una insolente confianza que implicó ser un tiro por la culata. Su equivocación. Tenía presente una mirada llorosa, pero esperanzada, y luego únicamente se reflejaba el vacío naciente de la parca, saludando desde una espiración desvanecida. Con manos manchadas, sostenía su rostro embarrado y cadavérico, y sufrió el cómo se consumía esta vida, partiéndose en brasas arrojadas al viento. Ella es tan culpable como el asesino, ¿no es así?
Despierta. El recuerdo mudó al ámbito onírico, sesgando las limitaciones de la insanidad. Prácticamente brinca, sacudiéndose hacia atrás, como si la plaga hubiese escupido secreciones ácidas que están penetrando su piel. Grita angustiada. Comienza a desesperarse. La corriente de pánico la empuja, la oprime, mientras el alarido muestra su desamparado declive hacia una psique quebrada e irremediable. Está tratando de quitar la caricia del fantasma del pasado golpeando su cara, rasguñando sus mejillas, forzando su empeño en aplastar esa cabeza tan inservible para callar el recordatorio de la cruel realidad y darse una ensoñación de paz, incluso si ello implica ya no despertar.
No se percata de las pisadas acercándose. No percibe la presencia que marcha presurosa. Se diría que ella enloquece más cuando el recién llegado sujeta sus antebrazos; aunque es palpable su honrada intención, aquello de procedencia ajena es peligroso y ahora ella es susceptible a ser vulnerada que, se retuerce como oposición y defensa. Comportándose cuál criatura salvaje, queda enceguecida por los destellos de la barbarie, patalea, articula chillidos, experimenta un subidón que la hunde en el aturdimiento. Su nombre pronunciado cae en la ignorancia.
一¡Mikaela! ¡Mikaela! ¡Mikaela, soy yo! ¡Soy yo!
一¡¡No!! ¡¡No!!
一Por favor, mírame, ¡soy Kaine!
Una fugaz mirada para vislumbrar la máscara, ajetreada y polvorienta. Una fugaz mirada para vislumbrar la máscara desgarrada. La lentilla quebrada deja en exposición un semblante exhausto, al que le fue removida la juventud tras encarar la volatilidad de la vida. Los parches de piel punzan una curación intrigante, habiendo trazos de una previa transfiguración que es característica por su arrebatamiento espantoso. Halla la lucidez suficiente para reconocer a esta araña, como también al nexo compartido que está repleto de capítulos preciados en el que, ambos son protagonistas. Aprovecha el desazón aletargado. Es la familiaridad la que le susurra, en tanto lo evalúa, preguntándose por qué parece que él ha sobrevivido a duras penas a un exterminio, preguntándose por qué está aquí (con ella), preguntándose por qué continúa preocupándose a pesar de todo, y es así que se desbloquea otra lobreguez, difundiendo la apnea en medio de calambres súbitos y lacerantes.
Vomita bilis, menguando presión, pero tales sustancias estomacales se desparraman con grumos viscosos y entintados de saturación purpúrea. Saborea su propia mucosidad que embetuna su paladar, mostrándose acerbas las consecuentes arcadas. Se induce la rigidez en sus huesos falanges, y desenfunda las garras retráctiles, mientras las paredes de la garganta se tornan angostas, ciñéndose a tirones. Abruptamente su visión se disipa, y ocurre que el ánimo esperanzador simplemente renuncia, y ella desfallece en el sepulcro de los suspiros. Todo es consumido por salpicaduras nebulosas, por el avasallante maremoto de remembranza que disuelve con impresiones de la infancia su perseverancia. Busca borrarla. Rendirse y desaparecer son sus opciones, mejor dicho, son sus acontecimientos predestinados. Mikaela O’Hara pierde su vitalidad, se pierde a sí misma a lo largo del aborrecimiento aglomerado.
Ella simplemente cae.
Kaine Parker actúa de inmediato como su soporte. Es prioridad ser gentil al sostenerla. Sus cuerdas vocales producen un gimoteo tembloroso, debiendo experimentar en plenitud el contacto corporal que expone sin contención las sádicas heridas, las responsables primarias del desarrollo necrótico. Está dubitativo sobre cómo atenderla, y eso incrementa su angustia, asimismo, trastorna su respiración y sus pensamientos poco civilizados, arrastrándolo hacia el precipicio del razonamiento disfuncional. Encontrando la obsesión vengativa. Se aferra a ella, puesto que, le invade la culpabilidad, y desea profundamente que esto sólo sea una pesadilla más de su inherente perturbación.
Enciende el comunicador que trae consigo.
一Aquí, Flipside. Necesito asistencia médica para Spider-Woman. Es cuestión de vida o muerte 一habla. El mensaje tiene la vacuidad estampada en cada palabra, disimulando su nerviosismo rabioso.
Espera que el receptor no reclame, y acepte esa concisión lo bastante cristalina para proceder con su petición. Suspirando abatido, la mece de forma cuidadosa, y al mismo tiempo, Kaine Parker denigra severamente a Kaine Parker por su ineptitud, por la negligencia que cometió, ¡porque si él hubiese… ! Contorsiona su boca. Mira esos rizos sedosos, decide acariciarlos, en un intento de no sucumbir ante el estímulo aversivo que pueda nublar su cordura. Las gesticulaciones faciales son destellos preventivos de aquello que se propone a emerger debido al conflicto emocional, y él lo reprime (aunque es tentador soltarlo), sintiéndose como la peor escoria que ha existido, consciente de que esta vez no podrá enmendar nada, y de cómo la hambruna carcome su estómago hasta tomar mayor trascendencia que, comienza a fijarse una temple voluble en cuanto a sus ideas. ¡Dios, él es tan patético! ¡¿Es tentador soltarlo?! ¡Los masacraría sin vacilar! Lo haría, si no fuese por el remordimiento... ¿Remordimiento? Debería sellar sus labios, dado que ha empezado a hiperventilar, y alguna intervención penitente parece estrujar el borde de sus pulmones, derrumbándose en un aislamiento ansioso.
Recibe información: Iron-Rescue marcha (vuela) hacia su ubicación. Le gustaría dar las gracias, sin embargo, él chista irritado. ¿Por qué? Porque si lo medita concienzudamente, ¿él podría hacerlo a su manera?, ¡a que sí! Al parecer, es una sabia decisión permitir que sus cavilaciones sean reguladas por esa fiera perspectiva que muy a menudo, le persuade de responder únicamente con violencia.
¿Tú sabías qué… ? Él cometió crímenes de canibalismo. No es inocente, mucho menos un héroe. Lo que ha ingerido no funciona para personificar el altruismo esperado. Siendo así, es coherente a su perversa identidad anteponer sus antojos. Aun si es su obligación, es fastidioso cumplir con la moralidad impuesta, ¡no puede ir en contra de su naturaleza! Como el causante de lo acontecido, y luego de esclarecer esa mente suya, solo degusta enorgullecimiento e hilaridad.
Abraza osadamente a Mikaela O’Hara. Lo ha decido: nadie la apartará de su lado. Nadie ni nada. Bisbisea risitas en grado barítono, y sus orbes muestran un anhelo que contienen los cazadores al “enamorarse” de sus presas, añadiendo pinceladas fogosas, lo cual implica un pronóstico ominoso, uno que atiende las enseñanzas subjetivas. Cuando él se yergue, se asoma el contorno de dos quelíceros a punto de desfigurarle el maxilar superior, y sacando rechinidos ensalivados. Por lo visto, el perfume metálico está inquietando su cuerpo de formas adversas al sentido púdico. ¡Santo cielo! Le pone en éxtasis visualizar esa escenografía confortable, donde habitará su linaje entre tejidos impenetrables, entre estructuras que ululen con la brisa noctámbula, ¡y estarán a salvo!
Danza con el cuerpo durmiente de Mikaela O’Hara. La gelidez transferida se siente enternecedora, ¡se vigoriza mucho más su motivación de poseerla completamente!, gradualmente, parte por parte. Carcajea eufórico y estruendoso. Baraja unas cuantas risotadas, suponiendo su equivalencia con el clamor desfasado que grilla desde su garganta. Toma el cometido de desentrañar la filia reverberante, y usarla con devoción, pues, cueste lo que cueste, su finalidad es defenderla, tanto como preservarla a toda costa. Pensando en ello, cual compulsivo desahuciado, quien rechaza ser algún lunático de poca monta, se retira con su trofeo. Kaine Parker terminará lo que inició.
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sudaca-swag · 2 months
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naaa es genial esto, primero prohiben llamar terorismo de Estado a la dictadura en las escuelas, y ahora pensiones de hasta $150.000 usd a los torturadores y cómplices, unas ganas de volverme tupamara me da esta noticia
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jartitameteneis · 11 months
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La salida es por la puerta.
Tina Turner.
Cuando Tina Turner dejó a su primer esposo, quien también era su jefe, captor y torturador brutal, se escapó de su habitación de hotel en Dallas con un solo pensamiento en mente: "La salida es a través de la puerta". Desde allí huyó a través de la autopista de medianoche, los camiones pasaron a toda velocidad junto a ella, con 36 centavos y una tarjeta de gasolina de Mobil en el bolsillo. Tan pronto como decidió salir por esa puerta, no poseía nada más. Cuando solicitó el divorcio, hizo una solicitud inusual. Ella no quería nada: ni los derechos de las canciones, ni los autos, ni las casas, ni el dinero. Todo lo que quería era el nombre artístico que él le dio, Tina, y su nombre de casada, Turner. Este era el nombre por el que el mundo la había llegado a conocer, y mantenerlo era su única oportunidad de salvar su carrera. Las cosas podrían haber ido de muchas maneras a partir de ahí. Podría haber trabajado en la oscuridad durante décadas, tal vez haciendo discos en sellos pequeños para ser apreciados por los conocedores de vinilos en Portland. Podría haberse quedado en Las Vegas, donde fue por primera vez para recuperarse, y trabajó como un acto de nostalgia. Y, por supuesto, dado lo que había pasado, es posible que... no lo haya logrado. Lo que sucedió en cambio es que Tina Turner se convirtió en la mayor estrella de rock mundial de los años 80. Soy lo suficientemente mayor como para apenas recordar esto, pero si no lo eres, era así: los Rolling Stones encabezarían un estadio un día, y al día siguiente sería Tina Turner. Una mujer negra de mediana edad: ¡se convirtió en una estrella de rock a los 42 años! - sentada encima de la década de 1980 como si fuera su trono. Logró esto debido a las cosas raras de las que estaba hecha (esta es una mujer cuyo sello le dio dos semanas para grabar su debut en solitario, Private Dancer, que fue cinco veces platino); porque decidió hablar públicamente sobre su matrimonio abusivo y forjar su propia identidad, y al hacerlo dar esperanza y coraje a innumerables mujeres; y también porque, en un giro quizás improbable para una niña de Nutbush, Tennessee, tenía su práctica del budismo Soka Gakkai Nichiren, al que atribuye su supervivencia. Permaneció devota hasta el final. El segundo matrimonio de Tina, su único matrimonio con ella, fue con Edwin Bach, un ejecutivo musical suizo 16 años menor que ella. De él, dijo: “Edwin, que es una fuerza de la naturaleza por derecho propio, nunca se ha sentido intimidado en lo más mínimo por mi carrera, mis talentos o mi fama. "En 2016, después de una serie de problemas de salud, los riñones de Tina comenzaron a fallar. Para entonces, ciudadana suiza, había comenzado a prepararse para el suicidio asistido cuando intervino su esposo. Según Tina, él dijo: "Él no quería otra mujer, u otra vida.” Él le dio uno de sus riñones, comprándole el resto de su tiempo en esta tierra y quizás cerrando un ciclo que la llevó de ser un hombre que la lastimó a un hombre dispuesto a lastimarse a sí mismo para salvarla del daño. Nació en una familia de aparceros como Anna Mae Bullock en 1939, murió Tina Turner en una mansión suiza palaciega: la reina del rock 'n roll; una tormenta de un artista con una voz salvaje y feroz; una bailarína potente y visceral con una habilidad escalofriante; una belleza para las edades; sobreviviente de terribles abusos y defensora de otros en situaciones similares; autora y actriz; una budista devota; esposa y madre; un ser humano de raro talento y8 perseverancia que, a través de su brillantez trascendente, se convirtió en leyenda.
Autor Will Stenberg.
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buscando-que-leer · 5 months
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En el exterior está Violet, una bailarina de ballet próxima a alcanzar la vida de sus sueños, vida que peligra con la aparición de una amenaza que podría revelar la impactante verdad de su gran logro.
En el interior, dentro de las paredes del centro de detención juvenil de Aurora Hills, está Amber, encerrada por tanto tiempo que ya no puede imaginar la libertad.
Atada a estos dos mundos está Orianna, quien tiene la clave para esclarecer los misterios más oscuros de ambas chicas.
¿Qué pasó realmente la noche en que Orianna se interpuso entre Violet y sus torturadores?
¿Amber, Violet y Orianna obtendrán la justicia que merecen?
Nombre: Los muros que nos encierran 
Editorial: Suma de Letras
Autor:  Nova Ren Suma
Año: 2015
Titulo original: The walls around us
Booktrailer
En papel:  Buscalibre
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rinconliterario · 5 months
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—Aunque me haga el distraído veo las cosas volar por ahí, veo las miradas que se cruzan. Pero a veces me equivoco. Como cuando pensé que podía ser Ricardo el autor de La Nota. Los blindados somos raros. Porque nos rebotan las balas. Pero eso no quiere decir que adentro no pase nada. Tampoco quiere decir que afuera pase nada. Puede haber un infierno adentro y un infierno afuera. Es en la superficie donde todo está normal. Y mientras no pase nada en la superficie, mientras la carrocería se vea bien, parece que todo está bien. Es una gilada eso del budismo y en la paz interior y esa mierda. Lo importante es que la superficie sea de metal bruñido, incorruptible. Lo que pasa adentro o afuera es pura imaginería pasajera. Ser ciego o borracho son formas de estar blindado, la pasamos bastante bien nosotros dos. Pero ser un asesino o un torturador son mejores formas de blindaje.
“Un mal pasajero” Pablo Minini, 2019.
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cumbertunita · 7 months
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Piel canela (Parte 2)
Tenoch Huerta x reader
Advertencias: +18
English translation: Cinnamon Skin (Part 2)
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El Uber nos dejó frente a la entrada del edificio donde vivo, abrí la puerta principal y procedimos a entrar. Esperamos el elevador y al entrar a este, Tenoch me besó con pasión metiendo su lengua en mi boca haciéndome gemir. Tomó una de mis piernas y la subió a la altura de su cadera y comenzó a rozar su miembro contra mi zona sensible.
“Te deseo, T/N” dijo al separar el beso por falta de oxígeno “quisiera hacerte mía aquí mismo”
“Paciencia, señor Huerta” dije entre suspiros.
Se abrieron las puertas del elevador y caminamos hacia la puerta de mi departamento. Tenoch me tomó de la cintura y me pegó hacía él para ir mordiendo y besando mi cuello mientras yo intentaba tomar las llaves y abrir la puerta.
“Abre la puerta…o te desnudaré aquí y lo haremos en el pasillo”
“Entonces déjame…ahh” su continuo roce de su miembro me estaba excitando cada vez más “d-déjame abrir”
“Ok…” dijo al momento de tomar mis pechos estimulando mis pezones “Abre la puerta” ordenó.
Como pude metí la llave en la cerradura y abrí la puerta. Tenoch la cerró detrás de nosotros, puso el seguro y se avalanzó sobre mis labios haciendo el beso aún más intenso.
Me recostó en el sillón sin dejar de besarme, comenzó a desabrochar mi pantalón y metió su mano en mis bragas de forma tan lenta que fue torturador hasta que llegó a mi clítoris.
“Por favor…” dije casi perdiendo la razón
“¿Estás rogando?” Dijo sonriendo y posándome su mirada llena de lujuria. Su mano simplemente estaba encima de mi zona sensible…matándome de ansias de que me toque a su antojo.
“Quiero que me toques…”
“Tranquila, linda. He esperado tanto tiempo para esto…quiero disfrutar cada parte de ti”
Acto seguido, sacó su mano, bajó mis pantalones poco a poco al igual que mis bragas. Dejó besos húmedos por todas mis piernas desde los tobillos hasta mis muslos, donde dejó pequeñas mordidas que me hacían suspirar sin vergüenza alguna.
Peligrosamente se acercaba a mi zona sensible pero sólo pasó sus labios casi rozando y su aliento tocando mi clítoris…bien que sabe lo que me provoca, la forma en que me está torturando, sabe que lo necesito y quiero sentirlo dentro de mi. Igual muero por besar y acariciar cada parte de esa piel canela que se ha vuelto dueña de mis más bajas pasiones.
Continuó con sus besos húmedos y mordidas en mi vientre, abdomen hasta que llegó a mis senos donde se tomó su tiempo para quitar mi brasier, besarlos, chuparlos y agarrarlos a su antojo.
“Eres muy hermosa” dijo subiendo hacia mi cuello para besarlo y volver a mis labios. Era mi turno de tomar el control de la situación.
Sin dejar de besarlo, fui enderezándome poco a poco hasta quedar sentados. Tomé su camisa y comencé a levantarla poco a poco haciéndolo suspirar hasta que se la quité por completo, lanzándola al otro lado de la sala.
Volví a besarlo y lentamente bajé mis manos por su torso hasta llegar al sierre de su pantalón, bajándolo lentamente y desabrochando el botón.
“Ahh linda…me pones tan caliente”
“Me estoy vengando de la tortura de hace rato”
Metí mi mano en su pantalón para acariciar su miembro por encima de su ropa interior.
“Alguien ya está listo para jugar”
“No, está listo para ser tuyo” lo miré perpleja admirando cada parte de su rostro, sus ojos de borreguito enamorado que me cautivan cada vez más me derretían por dentro.
“Al igual que yo”
Me levanté, le tomé la mano y lo guié hacia mi habitación donde volví a besarlo mientras acariciaba su miembro después de quitarle pantalón y ropa interior. Él no se quedó atrás y bajó lentamente una de sus manos hacia mi clítoris mientras que con la otra me apretaba de la cintura pegándome hacia él. Esta vez…sí me tocó y vaya que me tocó.
Primero fueron movimientos lentos y provocadores y poco a poco fue aumentando la velocidad haciéndome gemir como nunca lo había hecho. Yo traté de seguirle el ritmo, adoro los sonidos dulces que me regala con el tacto de mi mano estimulando su miembro.
“Ya no aguanto más, linda” dijo mientras me cargaba y me recostaba en la cama “me vuelves loco, pagarás por eso”.
Recorrió mi cuerpo con vehemencia y al fin acercó sus labios a mi clítoris. ¡Dios, no sabía lo bien que sabe usar esa lengua! Por instinto aferré mis manos a las sábanas y arqueaba mi espalda soltando gemidos.
“Tenoch, me voy a venir…” dije tratando de aguantar lo más posible.
“Oh no, no lo harás” dijo atacando mis labios con su boca y segundos después introdujo su miembro dentro de mi.
“Eres tan cálida…” dijo gimiendo al momento de entrar en mi.
“No pares…se siente muy bien”
“Tú mandas”
Comenzó lento y después fue aumentando el ritmo haciendo nuestros gemidos y gruñidos más sonoros y los acallábamos besándonos de vez en cuando. Salió de mi, me volteó para quedar boca abajo en la cama y besó cada centímetro de mi espalda provocándome escalofríos.
Acarició mi zona sensible con la punta de su miembro.
“Tenoch, por favor, te lo suplico…”
“Me encanta verte excitada, toda tú me encantas” acto seguido, dio una estocada fuerte y profunda en mi interior que me hizo soltar un fuerte gemido “no tan alto, linda…podemos molestar a los vecinos”
Se inclinó hacia mi cuerpo para besarme mientras me seguía invistiendo hasta que juntos llegamos al orgasmo.
Podía sentir que su cuerpo desprendía calor y sudor como el mío. Hacía tiempo que anhelaba estar así con él. Me dio un tierno beso en la espalda, salió de mi y se recostó a mi lado tratando de recuperar el aliento al igual que yo.
“Jeje…¿te dejé agotada?” Dijo con tono de triunfo
“Presumido” estuvimos en silencio unos segundos “¿me abrazas?” Dije estirando mis brazos hacia él
“Creí que nunca me lo pedirías” se acercó a mi y acomodó mi cabeza en su pecho.
“Me pregunto porqué no nos atrevimos a hacer esto antes…” dije acariciando su pecho
“Yo tenía miedo…creí que por ser actor, nunca me tomarías enserio” lo vi a los ojos y le di un beso
“También lo creí, pero con esto…¿qué nos espera?”
“¿Te gustaría intentarlo? Digo, esto que acabamos de hacer nos salió BASTANTE bien…y con nadie había sentido lo que he sentido contigo. Quiero tenerte a mi lado y hacerte sonreír…” se acerca a mi oído “y gemir…siempre”
“Claro que me gustaría intentarlo, contigo tuve una conexión que nunca he tenido con alguien. Si esto nos sale MUY bien…imagina lo que podríamos lograr juntos” Ambos nos sonreímos y nos abrazamos “Quédate a dormir esta noche a mi lado, así como estamos”
“Será un honor” nos besamos, jalamos sábanas y edredón, nos abrazamos y poco a poco nos fuimos quedando dormidos.
FIN
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Temer o no temer
Yo diría que lo más importante en esta vida es no tener miedo. Y habla un hombre atenazado por innumerables pánicos ocultos; alguien cuyo nombre, en infinitos íntimos sentidos, podría ser Juan Medroso. Pero creo poder afirmar que nunca he tenido miedo moral. A mí lo que me aterra es verme encerrado; verme —física o metafóricamente— sin salida o (¡peor todavía!) sin vía de escape.
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A cuento de esto se me viene a la cabeza el arranque de Viaje al fin de la noche, de Céline: «Alguien cerró la puerta a nuestras espaldas… Estábamos atrapados, como ratas… Ya no había nada que hacer». Se refería Céline, concretamente, a la que les cayó a todos encima tras alistarse ingenua y eufóricamente en el ejército francés, en 1914, para marchar al campo de batalla en la primera guerra mundial. (¡Qué grandes —a pesar de las tragedias que a menudo narran— son los libros! Siempre hay páginas que nos brinden agridulce consuelo y solaz. No sé qué sería de nosotros sin el triste y terapéutico paliativo de la literatura.)
Raymond Carver, que como alcohólico conocía de sobra el miedo, escribió un poema así titulado —«Miedo»— que yo traduje y transcribí en mi volumen de «ensayo-ficción» Todos los monos del mundo:
MIEDO
Miedo de ver un coche de la policía pararse delante de casa. Miedo de dormirme por la noche. Miedo de no dormirme. Miedo de que resurja el pasado. Miedo de que el presente emprenda el vuelo. Miedo al teléfono que suena en medio de la noche. Miedo a las tormentas eléctricas. Miedo a la mujer de la limpieza que tiene un lunar en la mejilla. Miedo a perros de los que me han dicho que no muerden. Miedo a la ansiedad. Miedo de tener que identificar el cadáver de un amigo. Miedo de quedarme sin dinero. Miedo de tener demasiado, aunque la gente no se lo crea. Miedo a los perfiles psicológicos. Miedo de llegar tarde y miedo de llegar el primero. Miedo a la letra de mis hijos en un sobre. Miedo de que mueran antes que yo, y me sienta culpable. Miedo de tener que vivir con mi madre en su vejez, y la mía. Miedo a la confusión. Miedo de que este día acabe con una nota triste. Miedo de despertarme y ver que te has ido. Miedo de no amar y miedo de no amar lo suficiente. Miedo de que lo que amo tenga consecuencias fatales para aquellos a los que amo. Miedo a la muerte. Miedo de vivir demasiado tiempo. Miedo a la muerte. —Eso ya lo he dicho.
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Pero no hay que tener miedo. No hay que tener miedo moral. Cuando algo se cae al suelo, dice la exclamación popular que de ahí no pasa. La muerte es nuestro suelo (el mundano al menos) y de ahí no vamos a pasar; de modo que supongo que tener miedo está de más (Epicteto el estoico a su torturador, mientras este último le retorcía una pierna: «Si sigue así la romperá»).
• • •
El estoicismo, a mi modo de ver, no consiste necesariamente en no quejarse (en no «aullar», en no «gritar cuando uno se quema», como decía Charles Bukowski), sino más bien en aguantar (y hacer algo: preocuparse, y pasar a ocuparse después).
Hay una famosa definición de la locura, atribuida si no me equivoco a Einstein, según la cual esta consiste en «hacer una y otra vez lo mismo esperando desenlaces diferentes». Bueno, yo entonces debo de estar como una einsteiniana regadera, porque me he pasado la vida haciendo precisamente eso. Aunque no del todo. Vas introduciendo virajes (o microvirajes) de la mirada. Al fin y al cabo, la policía —y los buenos detectives— suelen volver una y mil veces al lugar del crimen. La vida es hasta cierto punto volver una y mil veces al lugar del crimen; al final, algo hace «clic», y de pronto has resuelto el dilema.
¿Cuántas veces se metió Arquímedes en la bañera? (¡Hemos de suponer que era un hombre razonablemente pulcro! Aunque no sé si gastaban realmente bañeras en el siglo III antes de Cristo, ni qué hábitos higiénicos tendrían). ¿Y en cuántas ocasiones no nos habremos nosotros dicho que «habíamos mirado cien veces», sin ver? Cierto es: noventa y nueve ojeadas no nos habían valido; pero lo importante es que a la postre una de ellas sí nos valió.
¡EUREKA!
La vida es detectivesco cometido: una y otra vez, una y otra vez, una y otra vez, hay que ir barajando los hechos, peinando la evidencia, reconstruyendo las escenas; trátese de editar un libro, formular un teorema, atrapar al asesino o encontrar pareja.
Estar vivo es ser un detective que —como su presa— siempre vuelve al lugar del crimen: este sueño, lleno de sonido y de silencio y de furia. Hasta que un grito de júbilo raya de parte a parte el alba azul de la conciencia: ¡EUREKA!
ROGER WOLFE · 31 de agosto de 2023
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hectorrofficial · 3 months
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Los crímenes de la Familia Comunista Sheinbaum en Lituania son tantos que sus símbolos están PROHÍBIDOS
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Las autoridades de Lituania le está pidiendo al gigante minorista estadounidense Walmart que deje de vender ropa con los símbolos soviéticos de la hoz y el martillo, y afirman insultan a las víctimas de la persecución durante la era soviética.
Los comunistas como Sheinbaum asesinaron más de 200 millones de personas con hambrunas y masacres para mantener dictaduras en casi la mitad del mundo, criminales como Ana Pauker, Bela Kun, Tito, Stalin, Lenin, Trotsky, entre muchos otros carniceros y torturadores.
Los símbolos del comunismo son peores que la esvástica.
https://www.martinoticias.com/a/lituania-pide-a-walmart-que-no-venda-ropa-con-s%C3%ADmbolos-sovi%C3%A9ticos/209408.html
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dream-makers-world · 5 months
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Ninguna palabra nunca
ningún discurso
-ni Freud, ni Martí-
sirvió para detener la mano
la máquina
del torturador.
Pero cuando una palabra escrita
en el margen en la página en la pared
sirve para aliviar el dolor de un torturado,
la literatura tiene sentido.
Cristina Peri Rossi
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adribosch-fan · 1 month
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Solo con trampa ganaría Maduro
La violencia es la alternativa que a Maduro le ha dado resultado. Lo que decida la Corte Penal Internacional lo ve lejano e improbable de aplicar Por IBÉYISE PACHECO He corroborado que Nicolás Maduro resiste que le endilguen algunas verdades tales como criminal, corrupto o torturador sin que eso le afecte particularmente, pero en cambio se enfurece ante el registro público del desprecio del…
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alemdoarcoiris · 2 months
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A próxima vítima! It's me Police Man of S.T.AR.S. and Bandit of Round 6!
Com a sutileza de um furacão, você vai tomando conta do meu coração, baby. Com o sangue frio de um torturador, eu planejo passo a passo atacar seu amor, baby, baby, baby, baby...Do meu esconderijo no milésimo andar, espio noite e dia sua vida secreta, o frio de São Paulo me faz transpirar, sou vítima, vítima, vítima da sua janela indiscreta...♫♫♫
Rita Lee - A próxima vítima
E as indiretas do bem? Meu cabelão está ficando luxo de novo PUNK para os próximos eventos cosplays e nerds. Gatinha, quer saber qual shampoo eu uso pra deixar ele roqueirão? EUSERVE! :)
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...and IT'S ME, MANAGER! Fiz essa arte abaixo pra postar no instagram, entrei na moda das postagens "sobre", é legal, autêntico!
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bebete060913 · 2 months
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Infelizmente eu tentei postar no meu status do WhatsApp, mas não saber usá-lo direito, não consegui.
Mas eu, Bebete, decidi, fiz questão de dar a minha opinião, fazer o meu doloroso desabafo.
Se você se importa comigo, lerá. Caso contrário também, tudo bem, amém!
Se eu tivesse Facebook, pois eu realmente não suporto redes sociais, mas hoje eu gostaria de tê-las só para poder divulgar o meu desabafo, compartilhar o meu sofrimento, a minha dor.
Estou a passar mal desde ontem à noite, desde que, infelizmente tomei conhecimento da notícia.
Aquela coisa: o que é importante para mim, pode não ser para você e, vice-versa; o que dói em mim, pode não doer em você e, vice-versa.
Se a minha mãe estivesse aqui já teria feito um "esculacho" repleto de palavrões, o que eu não suporto. Mas, hoje, agora, eu faria uma exceção e a escutaria pronunciar um monte de palavras feias por se compadecer da minha dor, das minhas lágrimas...
Eu realmente não compreendo o por quê de Deus ter me dado um coração que dói absurdo a ponto de fazer-me perder o ar e rasga a minha alma!!
Sabendo que todos os que me cercam nem de longe pode imaginar o que eu estou sentindo por causa dessa notícia tenebrosa!!
Ser uma estranha no ninho é deverasmente complicado...
A minha alma está rasgada! Eu sei que em todo o mundo há barbáries que até Deus duvida! Um dos motivos que não assisto aos jornais nem leio, para eu não passar mal e ficar do jeito que estou: com uma dor tão imensa e uma vergonha de existir!
Se tiver redes sociais e se compadece da minha dor e quiser postar essa minha mensagem, por favor o faça encarecidamente, eu imploro. Quero que o meu "grito de socorro, de sofrimento, de dor seja ouvido" por alguém que compreenda-me!!
Você já imaginou assassinar algumas centenas de vidas GENUINAMENTE INOCENTES?!
Imaginou seu filho assassinado?!
Imaginou o sacrilégio disso?!
Pois um desalmado, mal amado, frustrado, psicopata, filho do demônio criou uma lei que entra em vigor agora 14 de fevereiro de 2024, no Reino Unido para sacrificar todos os american bully, um pit bull xxl, com a intenção de exterminar, extinguir a respectiva raça.
É sabido que, para alguns, os animais são apenas animais. Porém, para outros, os animais são filhos.
Independentemente de serem animais ou filhos, creio que ambos compreendam o que quer dizer assassinar, matar, ceifar a vida!
Você sabe o que são os cachorros? São Pedacinhos de Deus na terra para nós! É o amor verdadeiro manifestado em quatro patas, focinho e pêlos. Deus os enviou até nós para aprendermos o verdadeiro sentido, significado, importância do que é fidelidade, lealdade, felicidade cumplicidade, verdade, respeito, companheirismo, devoção, admiração, amor, alegria, perdão incondicionais.
Pois uma grande maioria dos tão arrogantes seres humanos racionais ainda estão anos-luz de compreender isso.
Se essa lei do holocausto, porque só pode ter sido um nazista que a inventou por não ter o que fazer na vida, foi ou é devida a alguns acidentes, fatalidades de alguém ter sido atacado ou até morto por um cão, infelizmente isso é uma fa-ta-li-da-de. A culpa é 1000% única e exclusivamente dos proprietários, tutores, donos que, com certeza absoluta, negligênciaram em cuidados com seus cães. Esses últimos são reflexo de maus tratos, abusos, desrespeito, torturas, má criação voltada para o mal.
O único e exclusivamente que deve ser penalizado à pena mais cruel, rígida e dolorosa são os tutores. Jamais, nunca os cães. Ou quaisquer animais que sejam.
Por que um iluminado não cria uma lei para exterminar, encinerar, aniquilar, extirpar da face da terra as seguintes criaturas, monstros, aberrações:
os ladrões, bandidos, traficantes, assaltantes, drogados, pedófilos, estupradores, molestadores, estelionatarios, torturadores, sequestradores, nazistas, terroristas, skinhead, ku klux klan, serial killers, psicopatas, mafiosos, assassinos, miliciantes(no sentido popular brasileiro), racistas, mercenários, homofóbicos e afins?!?!
Seria como uma boa e bem feita faxina, "seleção natural induzida de Darwin", assim como as pandemias, enchentes, desastres naturais. Simplesmente uma fa-xi-na. Porque nem de longe exintinguiria o ser humano da face da terra(porque esse nasce igual rato, aos montes.) Só limparia a sujeira, como todo mundo faz dentro de suas casas.
Mais uma vantagem, não haveria mais prisões, presídios, colmeias, papudas... já seria um espaço vago para escolas, restaurantes, shoppings, resorts...
Tudo se trata de educação, respeito e amor. Se um filho, seja humano ou pet, for criado com respeito, amor, cuidado, zelo, educação, Deus, ele será reflexo disso. Eu recebo amor, dou e dôo amor; se eu recebo agressões, dor, eu dou e doarei respectivamente os dois últimos.
Não é a raça, é como se cria.
A única raça des-pre-zí-vel, arrogante, perversa, cruel, maligna, perigosa que existe é a humana.
Alguns podem até não gostar de cachorros, animais, mas também não concordam com uma asneira de extinção de alguma raça, espécie, ser vivo.
Já calculou a dor, o desespero, a devastação dos donos de terem os seus american bully mortos?!?! Não interessa se por injeção letal ou gás, mas assassinados?!
As crianças, as especiais com autismo, convulsões, depressão, crises de pânico, cegos; os idosos nos asilos, os doentes em hospitais, muitos desses cães são de serviço, eles não só fazem companhia, os ajudam, como auxiliam na recuperação, melhora e qualidade de vida.
Prefiro ser deixada de lado, ninguém fazer questão da minha presença, ninguém ser apreciar a minha amizade, ser xingada, descunjurada, excomungada, chamada de todos os nomes; entitulada de: estranha, esquisita, doida, ridícula, sinistra, a minoria, a exceção, diferente, 0,001%, de outro mundo-planeta-universo, insensível, amar mais os animais do que muitas pessoas, preferir estar sozinha do que socializar-me, mas com certeza eu não faço parte desse lixo de mundo! Tão pouco, ser humano. Eu posso estar nessa forma, mas eu não sou esse lixo de ser humano que compactua com o mal, maligno, des-pre-zí-vel, demoníaco, covarde, injusto...
É imensamente, absolutamente, absurdamente, imensuravelmente, ex-tre-ma-men-te difícil, árduo, doloroso, penoso viver neste mundo para mim. Só eu sei o quanto exauri-me, esgota-me, transfigura-me, dói!!
As duas únicas verdades que me mantêm viva: saber que sou Filha de Deus, e só Ele pode levar-me de volta a Casa do Pai no Paraíso e, sou imensamente amada pelos os meus raríssimos.
O Amor salva. O amor salva um minuto, uma hora, um dia e até, uma vida inteira!
O Amor de Deus e os das "Raríssissississimas" pessoas que nos ama!
A quem não concorde comigo. Isso realmente não me importa mesmo.
Opinião a gente respeita e amizade a gente conserva.
Deus tenha compaixão, misericórdia, piedade de todos os american bully do Reino Unido, assim como os de seus donos, tutores, proprietários, pais.
Deus abençoe e proteja e livre todos os animais da inveja, injustiça, cobiça, ganância, imprudência, irresponsabilidade, ignorância negligência do homem. Ops, quero dizer, """ser humano!"""
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