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A letter for someone that never it's gonna read...

I dreamed with you, and that was last thing that I hoped for the day after Christmas, that stupid heart of mine still wanted to you. For a long time I thought that I was so dumb to give all I have for someone who's stay with me for not even a month, now I know thank God I was a full person, that not had scare to share all my feelings, for a moment I thought that I was empty, but all that time I was complete.

I have a sure that I cheating myself, still waiting for someone that never existed, it's sad, but truthfully we never met each other in real life, in our minds we expect for different persons that we were, our mistake was let falling in love for someone we only had in imagination, I know it's craziest, because all moments we were together it was great, when our lips touched all this fantasy seemed so real. But it wasn't.

I don't know what we had, but I'm glad for it. I learned so much, I discovered that I so strong, for show you the best of me, for left you when it wasn't enough for me. Overcoat I glad because now I know that I don't need to hate you, I'm better now thanks to you, so all I can wish for you, is the best things in life .

Now to convince the heart of it, it's gonna be hard but not impossible, I know we can get it.

#2021 #letters #heart #love #daily

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Dia 278, 2020

Depois de um sonho pesadelo desvendado, entendido por fim o propósito do meu ano 9, a felicidade e o prazer de finalmente conseguir cumprir uma das propostas da minha psicóloga é incomparável.

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Dia 250, 2020

Querido subconsciente,

faça me o favor de se conformar com meu bem estar psicológico, não sei por quanto tempo vou aguentar os seus surtos da madrugada. Tenho um dia bom, e logo em seguida você me ataca com uma sensação de terror e pânico, ah C'mon ! Você é melhor que isso, temos muito espaço aqui, e eu tenho todo tempo do mundo, então é bom você ficar esperto!

#2020 #cotidiano #daily #daybyday #quarentine #anxious #getsomethingoffone’s chest #quarentena #250 #anxiety #ansiedade

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Dia 233, 2020

Tudo que é bom dura pouco, um pesadelo horrível veio trazer meu velho e baixo ânimo de volta. Quebrei tudo que tinha que fazer hoje, nem a zumba rolou, e se podia piorar? Porque fui perguntar?

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Será que algum dia vou para de esperar tanto das pessoas? Será que às ações ou não ações dos outros vão me afetar? Como ela pode exigir isso de mim depois de tudo?

Olha ela vindo, melhor você...

Eu queria é claro, ajudá lá, mas não consigo, não depois de tudo, não consigo ignorar isso, não posso me colocar naquele caos de novo!

só desta vez...

Porque me sinto mal, por não conseguir ser uma pessoa prestativa que defende a pessoa que eu mais deveria amar nesse mundo!? Porquê dói!?

tome um calmante.

Olha o que só cinco minutos de conversar fizeram comigo, melhor tomar o calmante.

Melhor mesmo. Você tem sua vida agora, ela decidiu não fazer a parte, bola pra frente. Tem prova amanhã, ótimas ideias para o romance, é só focar nisso.

Queria que fosse fácil, queria focar, me lembro quando focava nas minhas histórias, no ensino médio, o primeiro e segundo ano, mal me lembro da escola de tanto tempo que passei escrevendo. Mas quero ter coisas para lembrar, quero viver.

Quem disse que seria fácil! É um leão por dia mesmo, o importante é o agora, se tiver oportunidade viva o que puder e quiser, e chegue no fim do dia sabendo que deu seu melhor!

Eu sei, mas não consigo parar de pensar, Será que vou ser assim para sempre? Será que para conseguir terminar meus livros vou ter que me afastar de todos? Será que vou sempre me sentir mal pelo que não tenho controle!?

Calma não é assim, é o ago

Quero dizer, eu sempre dou meu melhor, se alguém precisa de mim eu tô lá, e faço o que posso, me conhecem sabem como sou, e não enxergam como me sinto, poderia ter ao menos me oferecido uma oportunidade.

ra que é impor

Não queria me sentir assim, eu sei que não está no meu controle, que ninguém nunca vai corresponder me, corresponder as minhas expectativas, isso vai de cada um, não posso fazer nada. Porque me sinto tão mal? Porque!?

tante.

#2020 #cotidiano #daybyday #daily #quarentine #anxious #dark #agoust #anxiety #getsomethingoffone’s chest #233 #quarentena #ansiety #desabafo

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yesterday...

Fazia tempo que não me sentia tão bem. Bem de verdade sabe. Uma onda de entusiasmo me atingiu, talvez tenha sido a atividade física, 3 dias seguidos de zumba, é eu estava gostando, apesar de saber que com certeza 50% da aula eu estava fazendo tudo errado. A cada dia uma pequena vitória, progressivamente consegui levantar mais cedo e adiantar minhas tarefas, até às atividades complementares da faculdade estavam interessantes. Eu só queria que o otimismo ficasse pra sempre. Mas nada dura para sempre, não durou.

#2020 #cotidiano #daybyday #daily #quarentine #anxious #dark #agoust #anxiety #getsomethingoffone’s chest #ansiedade #quarentena

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Dia 222, 2020

Sonhei que gostava de alguém, que de mãos dadas deixávamos para trás todos os medos, inseguranças e receios. Era tanta coragem, sentia que poderia fazer qualquer coisa, usei um shorts curto, enquanto andávamos no breu da noite, disse tudo o que sempre quis dizer a minha família, tudo isso sem um pingo de preocupação. Acostumava me aquela sensação, sem questionar quanto tempo tudo aquilo duraria. Sorri despreocupadamente.

Poderia descrever minuciosamente os acontecimentos desse simples sonho, e talvez transformá-lo em um conto de romance, mas compreendo perfeitamente a mensagem do meu subconsciente, e não há nenhum encanto em um tapa na cara. O caso é que tenho uma séria falta de autoconfiança, e tem sido dias difíceis para ele aceitar que sou uma universitária agora, que o passado ficou para trás.

Sinto que estou diante de vários caminhos, várias portas, a única coisa certa é que nada foi conquistado ainda, mas sei que posso conseguir se eu quiser. Não há nada para me impedir, ninguém para me parar, é tão libertador e assustador ao mesmo tempo. Já que, na verdade somente uma  pessoa pode me refrear,  e essa pessoa sou eu mesma.

Quero viver uma vida sem receios, sem a constante preocupação de que uma bomba pode cair na minha frente e sem conhecimento algum terei que desarma-la. Queria aquela velha determinação de volta, que tinha aos 15 anos ao ditar aos professores tudo o que eu faria após a terminar a escola, quando foi que a perdi!? Sei que consigo, já o fiz antes, então o que é isso em mim, que diz que devo parar, que isso tudo não me pertence. São meus sonhos, de quem mais poderiam ser!?!

Às vezes me pergunto o que a Cinderela fez com o vazio que a gata borralheira deixou para trás, se ela empregou uma nova rotina de limpeza no palácio, ou se ela seguiu em frente atuando em obras sociais. Haha longe de mim querer me comparar a ela, nem consigo usar um vestido sequer. Questiono-me se algum dia conseguirei abraçar minhas felicidades sem pestanejar, é cansativo ver que os momentos felizes duram tão pouco porque simplesmente não me permito mais.

#dream #anxiety #anxious #getsomethingoffone’s chest #daybyday #daily #dark #quarentine #august #222 #2020 #ansiedade #quarentena #cotidiano #desabafo #dia222 #sunday

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Dia 199, 2020

Estou tão cansada de pensar muito, de reviver mil vezes um momento que se passou horas atrás, de ficar martelando cada palavra minha e procurando meus erros. Má hora em que criei aqueles grupos, mandei uma mensagem a mais de 12 horas atrás e tiveram a coragem de visualizar e não responder, e o pior em um deles ainda seguiram a conversa como se aquela mensagem nunca estivesse lá. Eu sei é ridículo isso, é uma idiotisse fica sofrendo por uma coisa tão banal, e eu sei eu não deveria ter mandado aquela mensagem porque eu estava mais uma vez buscando opinião dos outros para poder tomar decisões próprias. A verdade é que eu já passei por tanta coisa nessa vida, coisas que não foram minha culpa, coisas que eu não escolhi, que é um profundo terror pensar que posso vir a sofrer o resultado de minhas próprias escolhas.

Nem sei se os resultados, vão ser bons ou ruins, mas a ansiedade grita com aquele maldito alerta de que coisas ruins podem voltar a me acontecer a qualquer momento. Não quero viver assim, há tantos anos ainda pela frente, sei como poderia parar esse ciclo vicioso, de alguma forma eu sinto que não estou conseguindo, sinto como se não houvesse progresso algum. Acabo me rendendo as manias que me corroem fisicamente, me preocupo tanto com meu progresso psicológico que elas acabam passando despercebido, e apenas noto quando vou me olhar no espelho é tão aterrorizante a minha imagem, que não consigo ficar um minuto sequer na frente dele.

Mais um dia, minha ansiedade me consome, temo com todas as minhas forças que ela chegue nas minhas boas partes, e que não sobra mais nada pelo que eu possa almejar nessa vida.

#cotidiano #2020 #daybyday #daily #quarentine #getsomethingoffone’s chest #July #199 #ansiedade #anxious #anxiety #desabafo #dia199 #quarentena

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Dia 197, 2020

Acordei chorando essa manhã. De forma inexplicável meu peito doía, foi difícil distinguir a realidade, chorei por uns 10 minutos até cabeça doer. Um sonho me arrebatará, não era nem digno de se dizer que era um pesadelo, eu não chorava por medo, chorava pela verdade, o que eu achava ser verdade naquele momento, e que irrompia fortemente pelo meu peito. Diante soluços, dizia mentalmente a mim mesma que era só um sonho bobo, que não havia nada de real, e minha ansiedade com um olhar de confronto "Será mesmo!?" Por alguns minutos o desespero me dominou.

No sonho eu chegava em casa no meio da tarde, encontrava meu cachorro no portão, cumprimentava minhas vizinhas, que subitamente se transformaram nas minhas primas e algumas das tias dela. Havia uma calçada suja, com fezes de cachorro, acho que para piorar pisei e espalhei tudo pela calçada, era bem ao lado da da minha casa. Comentei com as vizinhas que ia dar um banho no cachorro e aproveitaria a água para lavar as calçadas. No momento que fui para casa preparar a bacia com água, ouvi um burburio se formando na rua.

As vizinhas se prontificaram em ajudar me, de forma exagerada, arranjaram uma banheira de ofurô, ridiculamente alta, que que concedia uma profundidade absurda a banheira. Elas encheram a banheira no meu quintal e estavam levando para beira da rua, acharam que seria mais fácil para lavar a calçada se eu desse o banho na beira da rua.

Ciente do disparate, prendi o cachorro, deixei uma banheirinha pronta no quintal, e fui para a rua informar as vizinhas de que não havia necessidade daquilo tudo. Mas ela não gostaram, e ficaram insistindo que eu deveria deixa elas afogare meu cachorro naquela banheira de ofurô. Em contraposição disse que lavava a calçada naquele momento se quisessem, mas meu cachorro não colocaria as patas ali. Passado alguns minutos, visto que não chegaríamos a um acordo, perdi a paciência e virei aquela banheira d'água na rua mesmo.

Era tanta água que causou pequenas inundações, aproveitei e limpei a calçada suja com uma das vassouras próxima de mim. Quando terminei, disse tchau e fui em socorro do meu cachorro, que estava com medo daquela água toda indo para dentro de casa. Porém o burburinho na rua continuava feroz, enquanto lava o cachorro ouvi claramente uma das tias das minhas primas, as aconselharem

"Não devem ir ao socorro dela a cada drama que ela faz, cada frescura para chamar a atenção, depois ela vai e age assim como se ninguém mais tivesse importância."

Não havia escolhido ter aquele nível extremo de ansiedade, e ainda não sabia controlar meu "dramas", mas frescura, depois de tudo que eu já havia passado, isso não. Doeu profundamente saber que as pessoas em quem confiava, pensavam assim. Não levou muito tempo para eu generalizar, e achar que todas as pessoas de minha confiança, pensavam assim também, que minhas crises eram só frescura. A tristeza me assolou de uma forma tão dura, me sentia tão sozinha, desejei com todas as forças ter alguém que ofertasse a amizade e estima, que eu concedia deliberadamente aos meu amigos. Porém o choro se agravou, pois sabia que isso não era possível, era só eu por eu mesma, isso doía tanto, saber que sempre ia ser assim.

De minhas primas não houve resposta, apenas resmungos em concordância. Aquelas palavras me atingiram como uma facada, terminei de secar o cachorro inerte, tentando raciocinar. Então a dor veio, só pude deixar ela vazar pelo meu olhos, o que mais poderia fazer, se tudo aquilo parecia verdade, corri para o quarto, abracei um travesseiro e me deixei chorar.

Alguém chegou até mim tentando entender o que estava acontecendo, tentando me acalmar, tentou me abraçar, e dizia sem parar que ia ficar tudo bem,

"vai ficar tudo bem".

Em seguida acordei.

Após alguns minutos com dor de cabeça, o choro diminuiu, sabia que no momento não havia ninguém para me levantar, ou dizer que estava tudo bem, além de mim mesma, há muito tempo era assim, já não havia porque se chatear por algo que nunca tive na vida. A vontade que veio em seguida, era de correr e contar para alguém sobre esse sonho, de ouvir mais confirmações, de que aquilo tudo bfora só um sonho besta. Contudo uma insegurança me dominou, afinal não dava para saber o que as pessoas pensavam, o bobo poderia ser real e eu nunca saberia.

Há alguns dias, vinha observando meu comportamento para com meu amigos, sempre fazia o que estava ao meu alcance por eles, sempre doava me 100% em prol dos outros, tinha uma estima tão grande pelas minhas amizades. Comecei a almejar para minha vida ter uma amizade leal como a que eu proporcionava aos outros. Uma nova expectativa se construindo, desejava que no futuro encontrasse alguém que notasse no meu olhar ou tom de voz quando estiver mal, que me dissesse quando estiver devastada que tudo vai ficar bem.

P.s.Sigo psicologicamente bem, e não tenho doguinho

#ansiedade #anxious #anxiety #getsomethingoffone’s chest #desabafo #cotidiano #daybyday #daily #dark #197 #2020 #dia197 #quarentena #quarentine

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Dia 168,2020

Um cansaço indescritível me atingiu hoje, uma terça feira, não há muito o que se esperar das terças, mas essa em específico desgosto em particular. Foram tantos pequenos acontecimentos que revelaram minhas faces, da forma mais dura, queria ter forças para aqui descrever toda a ordem dos fatos, mas com tudo de mim quero esquecer. No fundo queria chorar, mas jurei que não desperdiçaria minhas lágrimas besteira, então aqui vai um desabafo sobre os fatos que constatei sobre mim hoje.

Minto, omito, e pior finjo até que realmente acreditar que toda farsa é verdade. Não queria ser assim, não queria forjar verdades, mas se não consigo ser verdadeira comigo mesma quem dirá com outra pessoa. Não consigo acreditar em uma afirmação sequer que eu faça sobre mim mesma. Queria tanto ser real, conseguir superar minha próprias expectativas, mas não me sinto capaz de aguentar o peso da realidades, os ossos do ofício me assustam.

Tento fugir de todas as decisões que a mim cabe, empurro com a barriga, tremo só de ouvir a palavra consequência, e como último recurso recorro a pessoas próximas, pedindo conselhos sobre a decisão, quando na verdade só quero  alguém para culpar. No entanto, no final sei que o erro cabe a mim apenas, então deixo me sofrer, a consciência cuspindo no prato que come, e a ansiedade me tripudiando.

O medo dos riscos é tão grande, que deixo levar pelas vontades alheias, esqueço de mim, ocupo a mente com tudo alheio,onde eu não tenha que decidir nada por conta própria, o que me faz esquecer de viver por mim mesma, e no fim da noite coloco a cabeça no travesseiro e mais uma vez jogo a responsabilidade de tudo dar certo no amanhã. E ao longo desse, vou me depreciando, julgando me a cada novo respirar.

Se puder eu fujo da verdade, de todas as formas possíveis, crio um milhão de universos, para não ter que encarar a realidade e tudo o que sinto, uma música, uma cor, coisas assim são os gatilhos da melhor forma que arranjei para driblar a ansiedade. Fato é que temo terrivelmente, que esse meu transtorno não evolua de forma positiva, que tudo se retroceda, que os pensamentos suicidas voltem e que eu não suporte.

Quando eu os conheci achava que eram uma saída rápida, mas era jovem e temente a Deus, devia haver uma resposta para tudo isso, então bravamente sobrevivi a cada tentativa idiota, e esperei. Cá estou agora, conformada de que talvez a internação seja algo viável e consolador na pior das hipóteses do que venha a acontecer comigo.

Aah estou tão cansada, das minhas obsessões e manias, de me perguntar sempre se essa sou eu mesma ou se sou apenas o que quero que os outros vejam; ou se estou sendo o que minha ansiedade quer que eu seja para não correr riscos. Sinto que tenho tanto a ser tratado, a preocupação e a ansiedade me azucrinam a tanto tempo, que nunca tinha reparado que mal consigo olhar para mim mesma, não sei se haverá tempo para tratar um provável problema de auto estima. Sei que me sinto mal por esses problemas psicológicos, mal comigo mesma, e penso que há pessoas passando por coisas piores, o que faz de mim uma pessoas pior ainda? 

Eu só queria ser normal, poderia ser clichê também, só queria ter problemas normais, não queria ter que ficar pensando em um milhão de coisas ao mesmo tempo, cada nova concepção de hipóteses me esgota rapidamente, que apenas o fato de eu segurar o receoso choro enquanto leio isso aqui, me fez pensar que talvez eu tenha traços psicóticos.

Obs. Depois de pesquisar no Google, ler uma matéria da BBC sobre um estudo da Oxford é bem provável que eu tenha sim traços psicóticos devido a minha criatividade.

#anxious #anxiety #quarentine #daybyday #daily #dark #getsomethingoffone’s chest #June #168 #2020 #ansiedade #quarentena #cotidiano #desabafo #dia168

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Dia 150, 2020

Consegui, fiz o que queria fazer há meses, o que temia, o que me sufocou noite passada, mas a que preço. O meio peito ainda se sente sufocado, pensei mais nos outros mais uma vez e não consegui aliviar o que eu senti até aqui. Queria dizer tanta coisa, mas não bendita consciência, que me faz pensar mais nos outros do que em mim. Eu não queria ser assim, a cena fica se repetindo na minha cabeça sem parar.

Minha chefe andando de um lado para outro enquanto me ouvia falar, com um desdém no olhar, com um toque de desprezo em cada “ah”, fantasiei tudo o que eu queria dizer, com um resumo curto e simplificado, todo esfarrapado, pensado em evitar exaltações, mal foram 5 minutos de conversa e ela me deu as costas. Disse que já tinha alguém para ficar no meu lugar, que começaria na segunda feira, e foi embora com um meio sorriso estampado.

Fiquei tentando me encontrar no meio da raiva e menosprezo, eu decidi ficar e cumprir o aviso, para não desfalcar o trabalho, e agora sentia como se não tivesse a menor importância ali, como se não fosse nada, como se minha presença nunca tivesse feito diferença. Sofri novamente, por nada, era isso. Rasgava meu peito essa ideia, tentei inúmeras tarefas tentando me desviar das lágrimas eminentes, acabei perdendo a noção do tempo e saí tarde de lá, e mais uma vez eu me prejudicava.

Um cansaço de ser assim me pende as costas, um misto de emoções me atingiu no trajeto para casa, e eu queria esconder de todos que me senti mal com o desprezo dessa pessoa que mal sabe quem eu sou. No entanto acho que meu pai percebeu, vociferou com maldade, e depois ressaltou que pelo menos era o fim. Será, contando para o dia 180.

Tenho um longo caminho pela frente, essa semana foi difícil, a velha Sra.A me surrou quase todo dia, o volume dos meus cabelos encobriu a catastrófica situação de meu couro cabeludo, anti alérgicos tentam me ajudar a respirar melhor, enquanto corto alimentos para melhorar a digestão. Já nem finjo que é normal, não é normal, o que deixo ela fazer comigo, às vezes sinto que não há o que fazer. Tenho vontade de sentar e esperar o que de pior ela pode fazer comigo.

Parece que quanto mais dificuldades aparecem, mais difícil é se lembrar das coisas boas que me ocorreram, já que não consegui estudar direito, joguei o cronograma para o ar, parece que nada andou. Houveram pontos bons e quero lembrar deles por um bom tempo. Conversei com uma velha amiga dos tempos da escola, lembramos do passado, me desculpei por certas coisas, e descobri que logo ela toda alegre e cheia de vida, estava no mesmo barco que só que um pouco mais pesado, ela faz terapia escondido da família, mas eu a aplaudo pela iniciativa, já que eu mesma só decidi retomar depois que meu irmão indicou.

Outra reviravolta que posso lembrar nessa semana, foi da filha de uma paciente ontem, devia ter uns 10 anos, e ficou admirada com meu cabelo, pediu para mãe falar comigo para saber o que usava e como mantinha os cachos. Confesso que quase chorei, meu cabelo, trabalhoso cabelo, uma das poucas coisas que me fazem me sentir bem comigo mesma, a gente nunca vê quem nos vê. Penso com carinho naquela garotinha, quão árduo deve ser encontrar alguém em quem se espelhar, já que a própria mão tinha o cabelo alisado na marra.

Logo eu, que não tinha conseguido nem ser modelo para meu próprio irmão, estava ali, detida no olhar daquela garotinha desconhecida. Nunca tinha passado por isso, foi tão estranho, aquele nó no estomago que te prende em um lugar e você não tem para onde correr, não sabe o que fazer, até porque não se tem o que fazer, e é tão bom ficar ali.

#quarentine #daybyday #may #daily #cotidiano #2020 #150 #ansiedade #anxiety #anxious

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Dia 140, 2020

Quando minha psicóloga disse que tudo bem se eu tomasse uns calmantes fitoterápicos nós próximos meses porque eu iria realmente precisar, achei que a essa altura, já estaria bem, naquele estágio de esquecer onde guardei as caixas do remédio. Lembro vagamente, de em janeiro, comentar em uma das sessões de terapia sobre minha leve preocupação em relação ao vírus na China. Jamais imaginei que no fim do semestre eu entraria em pânico no meio da rua, por esquecer de colocar a máscara antes de sair de casa, muito menos que eu iria, desespero, improvisar uma máscara com perfex e elásticos.

A realidade tem se apresentando de forma tão ficcional que realmente gostaria de acreditar, que nos últimos meses perdi a hora lendo + 1 livro, falar de realidade agora é ironia. O passiflora incarnata agora já faz parte do meu ser, já troquei de pele nós últimos meses, de amigos e de objetivos, e só para entrar na onda meu couro cabeludo se jogou também. Se não fosse o calmante eu já teria chutado o balde do trabalho.

A verdade é que procrastinei ao extremo, e está difícil recuperar o ritmo, o cérebro se recusa a novos hábitos. O ciclo de autosabotagem se revelou, e ultimamente tenho temido que meus objetivos e expectativas simplesmente baseie-se ao fato de prevenir meu temores, protegendo me de correr riscos. Temo já não ser dona do meu próprio querer. Nos últimos dias luto contra essa hipótese, afinal seria a ansiedade dona de meu olhar poético?

No ir e voltar pelas ruas nas últimas semanas, vi beleza na quietude das avenidas, entreguei o pique ao sol, e deixei ele me abraçar enquanto às 8 da matina se aproximava. E no pequeno fervilhar das ruas vi beleza no mar de máscaras, que por fim nos permite olhar um nos olhos dos outros, sem mais desculpas.

Não quero acreditar que isso vem de mim, mas de certa forma essa senhora ansiedade faz parte do que eu sou, então porque querer que alguém reconheça o brilho desses olhos arregalados? Porque sempre tenho que desenvolver interesse por crushs complicados? Começo a achar que essa tal reciprocidade não exista, não houve poeta que a exaltasse. Clamo ao Senhor que fazei de mim a Tua vontade, pois da minha estarei perdida.

Obs. Ressalto que o uso de calmantes aqui relatado, são devidamente passados por um profissional. Não use ou compre tais medicamentos sem um receituário e consentimento médico.

#Anxiety #Anxious #Daybyday #Daily #quarentine #May #Tuesday #Turbilhão #Ansiedade #Cotidiano #140 #2020

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Dia 20, 2020

Dói, sabe...

Será que me enganei esse tempo todo? Sei que muita coisa já aconteceu, e muito tempo se passou, mas é tão difícil aceitar essa verdade. Sempre gostei de agradar os outros, eu ficava tão feliz, só me lembro assim, das coisas boas. Vasculho a memória procurando sinais, no fundo meu subconsciente me impede de acreditar.

Tantas pessoas já haviam me dito antes, mas não, elas não te conheciam como eu. Sou tão grata por tanta coisa que você me influenciou, aguçou meus sentidos, rumo ao além. Não, não me arrependo, de forma alguma, independente do que acontecer daqui para frente valeu a pena, me fez ser quem eu sou. Toda passagem é válida.

Esse ano só vai ser um pouquinho mais difícil do que eu esperava, vai doer, já dói, a ansiedade já me partiu. Então tudo bem, desejo lhe tudo de bom, de coração. Só que não posso mais fazer isso, não posso me culpar mais. Às palavras jamais serão ditas mas sabemos o que é

E ainda hoje, eu achei que fosse minha ansiedade que tinha pintado seu egoísmo, que talvez fosse meu exagero que estava nos afastando. Não me depreciarei mais uma vez

#ansiety #ansiedade #anxitey #diary #daily #life #the end #disappointment #outburst #monday #decepção #desabafo #segunda #Truth

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Dia 17, 2020

Ah sexta feira sua linda...

   O último dia útil da semana tem esse efeito, como uma rajada de serotonina em nós. Parece que nem o mau tempo pode desmanchar nosso sorriso, desfrutei dessa sensação nos primeiros segundos da manhã, lembrei do aniversário do meu pai, aguentei a animação para fingir que esqueci, assim garantir a surpresa quando chegar com o bolo.

  Assisti Anne apreensiva por saber que o final estava próximo, noite passada achei um box dos livros, ah se meus planos derem certo esse ano, talvez o compre. O episódio começou com a energia de que tudo podia se resolver, porém como bem se sabe antes de tudo dar certo vai dar tudo errado. Afinal quem deixa um bilhete se declarando? Podia ter ido a cavalo até ele Anne, também seria lindo e romântico.

   Sem ter tempo para terminar aquela agonia, deixei para mais tarde, realizando as últimas tarefas antes de sair, ainda praguejando a personagem pela decisão, no entanto tudo se esvaiu quando meu irmão começou a falar da planilha de gastos. Como eu nem havia começado a minha na noite anterior, coloquei a cabeça para pensar e fazer tudo mentalmente. Menos de meia dúzia de contas, foi o que bastou para desencadear sintomas de ansiedade há muito adormecidos.

  De primeira resolvi sacrificar algumas sessões de terapia, depois vi que ia apertar do mesmo jeito, então reduzir a contribuição de casa fosse uma alternativa, já que noite passada o meu senhorio, o aniversariante do dia, já havia erguido essa proposta, que mal haveria uma redução de ¼? E mesmo diante de alternativas válidas a senhora ansiedade que habita minha pessoa não sossegou.

   Tentou incessantemente erguer o caos, com a experiência que tenho fiz todos os desvios possível porém ela jogou baixo, muito baixo. Lançou se sobre o maior órgão do corpo humano, e forma invisível tem feito me de agulheiro, o que é uma loucura ignorar.

   Lá pela hora do almoço, quando tentei terminar o episódio de Anne, cheguei a conclusão que deveria ter assistido Grace & Frankie hoje. Aquela criatura e o gato também não paravam de falar, o que fez da refeição impossível, é o dia estava fadado. Mais cedo antes de chegar em casa até o céu nublado incomodava, era lindo se escondesse o sol, mas as nuvens refletiam com força sua luz, que fez me desejar meu óculos de sol.

   Os pernilongos seriam mais fáceis de se ignorar, do que a praga que aquela senhora havia me jogado. Durante a tarde, relutei com a ideia de que a essa altura do campeonato, um novo sintoma havia entrado para a lista de alertas de uma crise. Atrapalhada com as tarefas do consultório, um vazamento apareceu bem no fim do expediente, acabou tudo remendado por terminar na semana que vem.

   Após o ocorrido, estava pronta a aceitar o fato de que iria desabar mais tarde quando fosse terminar a planilha. Uma garoa fina apareceu, enquanto lutava com GPS do celular, precisava de um carro para ir ao mercado comprar o bolo, antes do clima me contrariar. O céu estava duvidoso, em relação de quando me arruinaria, e o drama em mim, ansiava pela oportunidade de chorar na chuva.

   São Pedro teve misericórdia, peguei o ônibus ainda desacreditada, porém deu tudo certo, já próximo do mercado, grudei os olhos janela e vi lá longe as nuvens rodearem as montanhas. Era lindo, confesso, aquela visão me aquecia,  o horizonte sem fim, se escondendo por entre a serra. Ao descer do ônibus, parecia que haviam jogado um filtro apocalíptico na paisagem, cinza avermelhado, e o vento tentaram me ameaçar.

   No entanto, nada estragaria a surpresa que imaginara minuciosamente, não encontrei o sabor favorito dele, mas o que vale é a intenção e a surpresa é claro. De velas não precisaríamos, a chuva de prata bastaria, é tão lindo, são como estrelas caindo. Só havia mais uma coisa entre mim e a grande realização do dia, 3 quarteirões e meio.

   Temendo a chuva, a noite que chegava, e as pessoas que pelo caminho espreitavam, segui. Ignorei o vento, e a probabilidade de chuva, e fui, todo caminho pensando no sorriso dele. Nunca fui muito boa com surpresas, chego logo dando uns alardes indiretos. Quando ele saiu do banho, lá estava eu como boba babando pelas estrelinhas. O sonoro parabéns, foi melhor que eu imaginava, o abraço desajeitado, hábito que nunca tivemos, mas que, apesar de estranhar muito, adotei.

   Não demorou muito para atacarmos o bolo, terminamos de assistir Anne, e quase chorei, porém a indignação prevaleceu, o negócio ficou pessoal, já faz parte das metas da vida ler essa da saga. Prosseguir com a planilha era o plano, porém a ansiedade ainda atacava, peguei o violão e deixei toda a agonia fluir. A voz desengonçada disfarçadamente cuspia o caos para fora.  

#Anxiety #daily #life #diary #tag #ansiedade #cotidiano #diário #vida #Anne with an E #Grace and Frankie #friday #sexta #2020

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Dia 14, 2020

   Porque será que sempre acordamos mais cansados, do que quando fomos nos deitar? Antigamente sentia que poderia tornar me parte do colchão, de tanto que era o sono, faz pouco tempo que descobri o prazer de uma boa soneca. De certa forma sinto um pouco de falta de acordar de madrugada olhar o relógio e ver que ainda tenho algumas horas para dormir, se não viessem acompanhados de pensamentos intrusos teria imenso prazer em aceitar esses momentos de volta.

É o vigésimo quarto dia de verão e ainda assim uma brisa gelada corre pelo quarto. Estranho. Primeiro as ameaças de chuva e agora esse friozinho, será que ainda estava dormindo. Às expectativas de um dia de clima estável traz uma energia ao humor, que chega a ser, inesperada para uma terça feira. Não é o fim da semana, nem o meio, apenas uma terça. Gosto das segundas, mas há algo nas terças que não me agradam. 

Como de costume acabo enrolando para levantar, o que leva a lidar com pressa as demais atividades seguintes, mas a cama arrumo, essa não deixo passar, assim como disse Matheus Rocha uma vez cama arrumada, vida arrumada. Saber que terei 20 minutos no café da manhã com Anne with E, é um alívio para a loucura e correria que se passou nos minutos anteriores.

  A personagem é tão enérgica e encantadora, fez me ver o mundo de outra forma, coisas tão simples. Desço a ladeira ainda com ela na cabeça, sinto a brisa da manhã, observo as ruas, as casas, as árvores, e agradeço mentalmente a Deus, tudo é tão belo. Por um momento esqueço todas as preocupações.

   Com a playlist tocando sigo a imaginar cenas do romance que a anos tento escrever, e por um relés segundo permito que ele venha a minha realidade. A mais de um ano faço o mesmo caminho para o trabalho, e nunca havia reparado nas pessoas que passam por mim, sempre as mesmas, até uns meses atrás.

   Apressada por sair 10 minutos mais tarde, ando a passo rápido. Sem meus óculos é difícil reconhecer as pessoas a distância, quase certa de que pareceria uma velhinha frangida tentando enxergar quem vem lá. Simplesmente finjo que avisto tudo a frente, e vou de cabeça erguida. Em uma dessas atuações, quase esbarrei em um cara que poderia ser muito bem o sósia daquele cantor do travesseiro falante. Há cinco passos, consegui desviar dele e do poste, porém algo acertou me em cheio. 

   Desde então, por alguns segundos, naquele pedaço específico do trajeto, em que passamos um pelo outro sem nem se olhar, permito a curta ilusão de que me apaixonaria perdidamente em uma rápida troca de olhares. O que não aconteceu. Engraçado é que anos atrás a frustração me deixaria imóvel, e agora apenas saio rindo. Ausência desse colírio, há de perpetuar, já que estou decidida a não chegar atrasada ao consultório.

   No trabalho continuo falhando miseravelmente em manter uma rotina, as ligações não seguem o cronograma, quando não estou pensando em algum erro passado, me entrego em uma paranoia impossível, foram horas de discussões mentais hoje, tentando me convencer a esquecer o sósia. No fim apenas um jogo de realidade aumentada consegue me fazer esquecer tudo, quem diria que um bichinho virtual poderia ser tão fofo.

    Ao meio dia mais uma frustração ignorada com sucesso, o clima. Debaixo do sol escaldante desce ladeira, sobe ladeira tudo para ir almoçar com Anne. Sem querer esbarrei com uma senhora vizinha aqui da rua, disse que eu estava elegante, mal sabia ela que minha calça favorita estava para um fio por rasgar. A se visse me chegando em casa pingando suor, fugiria certeza. Embora fui me, no mesmo embalo da playlist de mais cedo.

    Em casa, meia hora depois, tive que voltar ao mesmo assunto sério de ontem, com um senhorzinho, atacador de jardins, quis subir a voz comigo, aquela bola de pelos. Como fazê-lo entender que as minhocas não são brinquedos? Um refresco e um matinho o fizeram cessar os manifestos, por hora, mas sei que ele não esquecerá o assunto tão cedo. 

   Na volta para o trabalho, segui com pesar no cancelamento de Anne with E, listei mentalmente os livros da série na minha lista de desejados, longa lista, mais longa que os livros parados nas minhas prateleiras. A corrida de 99 foi rápido, cheguei 8 minutos antes do meu horário. Não havia muito a se fazer, nem o telefone tocou muito, no entanto manter o foco foi difícil, tive que desligar o celular, e ainda assim entre um cancelamento e outro agendamento acabei deixando coisas para amanhã.

   Umas vinte para seis, liguei o celular, e acabei realizando um favor burocrático, que envolvia contato direto com órgãos públicos, após a resolvido e os devidos esclarecimentos, ao invés de agir como uma pessoa normal e enviar uma mensagem, fiz a sociável da década passada, e liguei para senhora minha mãe. A calmaria não durou 3 minutos, e ela despejou a enxurrada de preocupações, e previsões terríveis do que poderia acontecer, de imediato isso não atingiu.

   Entretanto, quando se sofre por ansiedade por tanto tempo, mesmo depois de uma grande melhora, as reações em relação as preocupações grudam no subconsciente, 15 minutos de conversa foi o que bastou. Estava fechando o consultório com o celular na orelha, com o ombro de apoio, quando me dei conta, passará o cadeado na porta e largará a chave para dentro.

Repeti umas 3 vezes o ocorrido para minha mãe mas ela não pareceu me ouvir, a 30km daqui ela deve ter achado que a ligação caiu. Em nenhum momento me desesperei, só não vi muitas opções para solucionar o problema além de ligar para minha chefe. Sem nenhum clips, e com o celular no ouvido fitei o cadeado na esperança que ele se abrisse magicamente. Na segunda tentativa da ligação, notei algo no cadeado, que possibilitou um vão na porta para pegar as chaves. Grata pelos braços finos Senhor!

Respirei aliviada ao atender minha chefe e dizer que a ligação fora engano, se ela não questionar realmente aquelas 5 aulas de teatro valeram a pena. Não caí no mesmo erro, e mandei um áudio para minha mãe explicando o ocorrido, enquanto ia para o ponto de ônibus. Pelo menos, quase 7 horas o clima estava um pouco mais fresco.

Era mais um truque, o ônibus já havia passado. Ou esperava mais 40 minutos ou pegava um carro particular, com a diferença da passagem de 0.80. Quinze minutos depois já estava em casa, quebrando meu tratado e assistindo +1 episódio de Anne. Amanhã será dia de Grace e Frankie.

Nunca fui boa em terminar as coisas, ou largo no meio ou não largo, mas Anne irá doer mais que New Girl. Outro dia tomei um spoiler de Anne e Gilbert, então já estava na torcida mais pela Diana e Jerry. Pobre Jerry, e a vontade de abraçar os personagens como faz?

Com esse calor tem sido difícil dormir cedo, já cansei de tentar, que espero o frescor vir lá pela meia noite para dormir, o bom é que sobra tempo para imaginar.

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Tenho me perguntado novamente como fui deixar isso acontecer. Quebrei minha única promessa de ano novo, a primeira da minha vida, voltei a acreditar naqueles sentimentos que me guiavam a você. Habito nesse espaço-tempo revezando o controle sobre minha mera presença física com três diferentes Eus. O bom senso, ainda forte tenta prevalecer, seguindo a linha ao rumo certo, mas o coração sempre o abala, e faz tudo tremer, ele sempre será fiel aquele que o conquista, e por ele fará o impossível. E em um cabo de guerra interminável, ambos se debatem em um frágil corpo humano, até que em um rompante, um terceiro surge e corta a corda ao meio, roubando para si o controle. Livre flutua, em sua própria brisa, sem régias nem espinhos, ele sopra e faz tudo ir para frente sem se preocupar, apenas a frente.

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