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my-super-hero-life · 3 years
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Crítica #8 – WandaVision 1x09: Final da série decepcionou? (SPOILERS!)
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A tão aguardada finale de “WandaVision” foi ao ar nesta sexta-feira, dia 05 de março, na Disney+ e, de certa forma, dividiu um pouco os fãs. Enquanto uns consideram que a série cumpriu o seu papel e deu um fechamento digno à história e aos seus personagens, outros se decepcionaram com o rumo que a trama tomou e não enxergaram o capítulo derradeiro como satisfatório, muito por não ter atendido às milhões de teorias dos fãs nas redes sociais. Vale ressaltar que a expectativa alta e o “hype” criado pelos fãs – e também pelas próprias pessoas envolvidas na produção – acabaram jogando contra a série. Mas, nem por isso, “WandaVision” deixou de entregar um final que fez sentido com a história contada até ali e, acima de tudo, que fosse fiel ao cerne da produção e a mensagem que queria ser contada desde o episódio 1. Era uma série sobre como superar o luto, sobre depressão e aceitação da perda. Partindo desse ponto de vista, encerrou lindamente e com uma mensagem poderosa ao final.
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O capítulo começa do exato momento em que o último parou, entregando o que já se esperava: ação por todos os lados. Temos o confronto Wanda vs Agatha e o antecipado duelo de “Visões”. Até os gêmeos Billy e Tommy entraram na briga. No fim das contas, o objetivo da vilã era mesmo tomar para si o poder da “magia do caos” de Wanda Maximoff, algo que ela tenta fazer, mas falha miseravelmente ao cair em sua própria armadilha. O feitiço virou contra o feiticeiro, literalmente neste caso. Uma das partes mais empolgantes do episódio é a transformação completa de Wanda em Feiticeira Escarlate, que pela primeira vez aparece com seu traje dos quadrinhos completo. Não aquele do “Halloween”, mas uma versão modernizada e adaptada que a personagem usará a partir de agora. Para quem é fã das HQs, um verdadeiro deleite para os olhos. No entanto, a série termina com algumas perguntas não respondidas e que ficaram no ar, mas também não deixa de preencher lacunas que faltavam.
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O livro que aparece no episódio 7, no porão de Agatha, era, de fato, o Darkhold. Mas não aquele de “Agents Of S.H.I.E.L.D”, uma outra versão. Dessa vez entrando definitivamente para o canon do MCU. Ralph, o tal marido de Agnes mencionado desde o primeiro capítulo da série, era, na verdade, o Mercúrio fake, interpretado por Evan Peters, que foi controlado pela bruxa para ser seu braço direito/amante(?). Dottie, por outro lado, era apenas uma civil comum de Westview, derrubando todas as teorias sobre a personagem no início da série. Aliás, o que a série mais fez foi derrubar teorias, não é mesmo? Não havia Mephisto, nem Pesadelo, apenas Agatha. Isso, porém, não exclui a possibilidade de um desses vilões aparecerem no futuro (até em Dr. Estranho, talvez). Em uma cena, Wanda utiliza a magia do caos e Agatha afirma que ela não fazia ideia do que estava liberando. Sendo assim, podemos ver alguma entidade obscura surgindo a partir dessa série em uma produção futura.
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As dúvidas para o futuro do MCU, por sua vez, seguem sendo muitas. Para onde foi o Visão branco? Em sua batalha contra o Visão “colorido”, vemos que o segundo transfere para sua versão sem cores suas lembranças. Teriam sido apenas lembranças ou parte de sua consciência? Seja lá o que for, o fato é que Visão está novamente vivo no Universo Marvel. Não é mais uma ilusão, ou uma criação dos poderes da Wanda. Ele está vivo. Em carne e osso. Ou melhor, em fios e vibranium. Minha aposta é que o personagem ficará desaparecido por um tempo – talvez em uma jornada pessoal de autoconhecimento – mas voltará a dar às caras no MCU e ainda terá o seu final feliz com Wanda Maximoff, do mesmo jeito que Steve Rogers e Peggy Carter tiveram sua dança em “Ultimato”. A mulher merece, afinal. Não há personagem que tenha sofrido mais do que ela no MCU. Depois de perder os pais e o irmão, viu seu amor morrer TRÊS vezes (duas em “Guerra Infinita” e mais uma agora) e ainda perdeu os filhos, que desapareceram com a queda do “Hex”. Que vida difícil!
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Os gêmeos Billy e Tommy – penso que é seguro afirmar – também terão ainda um futuro promissor no MCU. Claro, afinal eles não podem faltar nos Jovens Vingadores. A segunda cena pós-créditos indica isso, mas trataremos sobre ela logo mais. Quem também voltará a aparecer é Agatha, com certeza. Ao contrário da maioria dos vilões do MCU, que acabam mortos ao final dos filmes, a bruxa foi aprisionada pela Feiticeira Escarlate dentro dela mesma, obrigada a viver em seu personagem de “vizinha fofoqueira”. Antes, porém, disse que Wanda ainda precisará dela, enquanto a protagonista rebateu afirmando que, caso precise, saberá onde encontrá-la. Gostei da resolução, principalmente porque Agatha Harkness é uma personagem importante para Wanda nos quadrinhos, agindo muitas vezes como uma mentora dela. Dessa forma, adoraria vê-la se desenvolver mais no MCU, não apenas como uma antagonista esquecível. A cena em questão faz parte do clímax do episódio, que também traz uma das sequências mais profundas e emocionantes de todas as produções da Marvel até hoje.
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Estou falando, é claro, da despedida de Wanda dos filhos e do próprio Visão, depois da protagonista decidir retirar o feitiço do domo deliberadamente. Sem dúvida, é algo que jamais sairá da cabeça dos fãs e, na certa, arrancou lágrimas de muitos. É muito bom ver a Marvel se arriscando em águas nunca antes navegadas por ela e trazendo em suas produções temas tão sérios e importantes. Como dito no início da crítica, o tema central da série é o luto e a dor da perda, mas é trazido aqui de uma forma que não deixa de ser leve e super heroica, como a Marvel faz tão bem. Diante disso, não há como ter achado a série ruim. Pode ter sido decepcionante para alguns, principalmente aqueles que esperavam ver Quarteto Fantástico, X-Men, o multiverso sendo introduzido já e se embrenharam nas próprias teorias. A expectativa, muitas vezes, é prejudicial nesse sentido, e pode ter comprometido a série para alguns fãs. Mas fazê-la ruim? Não há como. “WandaVision” foi incrível e deve receber uma penca de indicações ao Emmy.
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De pontos negativos, na minha opinião, ficam o pouco aproveitamento de Evan Peters – que serviu apenas como uma “piada” com multiverso e poderia ter sido melhor utilizado – e a ausência de um cameo de Dr. Estranho ao final, algo que era muito esperado. Como Mago Supremo das artes místicas e guardião da nossa realidade, é esquisito não vê-lo nessa série para entender tudo que estava acontecendo por ali. Não teria ele sentido a ameaça, os poderes, a magia, e vindo ao encontro de Westview? Precisará de uma explicação bem convincente em seu filme para sua não participação em “WandaVision”, mesmo que em uma cena pós-créditos. Ah, falando nelas, são duas. Na primeira, vemos uma oficial da S.W.O.R.D se revelando como uma Skrull e dando um recado para Monica Rambeau. “Um antigo amigo da sua mãe quer te ver”, disse ela, apontando para o alto. Está na cara que Nick Fury convocou Monica para a base da S.W.O.R.D no espaço, aquela mesma que vimos na última cena de “Homem-Aranha: Longe de Casa”. Essa trama deve fazer ligação com a série de “Invasão Secreta”, na Disney+, e o filme “Capitã Marvel 2”, ambas produções prometidas para 2022.
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Já na segunda cena, Wanda – ao melhor estilo Stephen Strange – usa seus poderes para criar uma projeção astral de si mesma e estudar o Darkhold em um casebre isolado no meio do nada. É fato que da próxima vez que a vermos, em “Multiverso da Loucura”, a Feiticeira Escarlate estará ainda mais poderosa e com controle de suas habilidades do que jamais esteve. Ela ouve os filhos clamando por ajuda, algo que pode sim ter indicado a chegada do multiverso no MCU. Pensem comigo, os gêmeos foram criados por ela e, mesmo tendo desaparecido, podem ainda existir em uma outra realidade ou dimensão. Meu palpite é que Wanda irá atrás dos filhos e, talvez, nesse processo, acabe se envolvendo com uma ameaça ainda maior e que desencadeará o Multiverso da Loucura. Mas isso fica para 2022... Dia 19 de março temos a estreia de “Falcão e o Soldado Invernal” na Disney+, até lá vamos curtir esse final de uma série que foi muito gostosa de acompanhar e que nos entregou algo tão especial – E comemorar o fato de o MCU seguir mais forte do que nunca!
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WandaVision 1x09 Nota: 4,5/5,0
Por @PV_Vasconcellos
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my-super-hero-life · 3 years
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Crítica #7 – WandaVision 1x08: Flashbacks e a origem da Feiticeira Escarlate (SPOILERS!)
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Pessoalmente, gosto muito de episódios explicativos. São eles que amarram as pontas soltas e nos colocam a par de toda a situação. O penúltimo capítulo de WandaVision, lançado nesta sexta-feira, dia 26 de fevereiro, fez exatamente isso. Por meio de uma série de flashbacks, contou ao público um pouco da origem da vilã – agora sabemos que trata-se, de fato, da bruxa Agatha Harkness – e, principalmente, da origem da protagonista Wanda Maximoff e de seus poderes, através de sua infância, juventude e o início de sua “carreira” como Vingadora. Entendemos um pouco melhor da motivação da antagonista e, algo que eu já especulava há algum tempo, que os poderes de Wanda podem não ter vindo diretamente da joia do infinito, mas sim sempre terem existido nela. Foram apenas potencializados pela gema. O episódio já começa com Agatha contando à Wanda sobre o que a levou até Westview, o que deixa implícito qual seu objetivo ali.
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Agatha é mostrada como uma bruxa sedenta por poder. Em seu flashback, no século XVII, vemos ela ser julgada por outras bruxas por ter desrespeitado seu clã e ultrapassado os limites de sua magia, se envolvendo com artes das trevas. Porém, ela mata todas as suas inquisidoras – incluindo sua própria mãe – e drena delas seus poderes e suas formas de vida. O que explica o motivo pelo qual ela praticamente não envelheceu mais de 300 anos depois. A assinatura de energia dos feitiços de Wanda foi o que levou a bruxa até Westview, que tem interesse em saber como a protagonista fez tudo aquilo e de que forma tudo aconteceu. É um poder que Agatha, pelo menos a princípio no episódio, desconhece, e que ela quer para si. Nessa tentativa de entender como Wanda criou aquela realidade fictícia e apossou-se de toda uma cidade, a bruxa leva a Feiticeira Escarlate em uma viagem ao seu passado. E aí que as coisas começam a ficar interessantes.
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Entendemos porque Wanda é fissurada por sitcoms no primeiro flashback de sua infância e de onde ela tirou a inspiração para fazer Westview à sua imagem. As séries retratadas desde o início, como “The Dick Van Dyke Show”, “I Love Lucy”, “A Feiticeira”, “Malcolm” etc, são literalmente mostradas aqui. Não fica apenas na referência. O que é muito bacana como homenagem a essas produções. Presenciamos a perda de seus pais e a famosa bomba da Stark Industries que atingiu seu apartamento, mas não estourou. Aqui, fica bastante claro, ao menos para mim, que não foi por acaso que ela não detonou. Agatha diz com todas as letras que a menina, mesmo sem saber, mexeu com as probabilidades e salvou a si própria e ao irmão, o que indica que ela já tinha algum tipo de poder, que não conseguia controlar direito, desde pequena. Acho que é seguro dizer que essa é a semente para os mutantes. Não pode ser outra coisa. O gene X será explicado em breve e Wanda pode ser oficializada como a primeira mutante do MCU. Acredito firmemente nisso.
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Mas sua escala de poder aumentou consideravelmente após a experiência com a joia da mente, feita pela H.Y.D.R.A. Outra cena revisitada pela personagem nos flashbacks. Ao entrar em contato com a pedra, vemos a silhueta da Feiticeira Escarlate dos quadrinhos, com seu sobretudo e adereço na cabeça. Algo como se fosse uma entidade antiga e que escolheu Wanda para ser a portadora de todo o seu poder. Eis a explicação para o poder imensurável da protagonista. A cena com Visão no complexo dos Vingadores, em “Guerra Civil”, apesar de não muito reveladora, tem também uma importância vital. Além de desenvolver mais o relacionamento do casal, reforça a mensagem principal da série, que nada mais é do que luto e superar suas perdas. A frase dita por Visão para confortá-la, logo após a perda de seu irmão, é de extrema poder. “O que é o luto se não o amor que perdura”, o amor que insiste em existir. Uma das cenas mais bonitas e emocionantes dessa série até aqui e que faz um paralelo com a vida real, onde muitas pessoas estão perdendo entes queridos em função da Covid e lutando para seguir em frente. Sensibilidade fantástica da Marvel Studios.
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No último flashback, entendemos que Wanda, na verdade, nunca roubou o corpo de Visão da S.W.O.R.D (Hayward, seu mentiroso!). Ela o criou a partir de seus poderes. Wanda vai visitá-lo na sede da organização e tinha a intenção de despedir-se dele e dá-lo um enterro apropriado. O diretor da S.W.O.R.D, obviamente, não permitiu que ele fosse levado. Tinha planos de fazer do corpo do sintozoide uma arma senciente para proteger a Terra. Lembra algo? Sim, exatamente como Tony Stark queria fazer com Ultron, em “Era de Ultron”. Wanda sai de lá e dirige até Westview, onde Visão havia comprado para ambos uma casa em que poderiam “envelhecer juntos”. É nesse momento que a protagonista entra em colapso e cria seu mundo de fantasia. Não foi Mephisto. Nem Pesadelo. Nem mesmo Agatha Harkness. Foi Wanda o tempo todo. Se recusando a lidar com a dor da perda mais uma vez – depois dos pais e do irmão – e vivendo seu luto da maneira como um ser super herói com poderes de manipulação da realidade faria.
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No fim, Agatha entende que Wanda carrega um poder antigo dentro dela. E, pela primeira vez desde que a personagem apareceu no MCU, a chama de Feiticeira Escarlate. Arrepios nesse momento. Arrisco que no último episódio, veremos Wanda Maximoff com o traje completo de sua personagem em uma batalha fervorosa com Agatha, que deve ter também a participação de Monica Rambeau. Mas muitas questões ainda estão em aberto e devem ser fechadas no último episódio da trama. O Mercúrio era “fake”, ok, isso já entendemos. A própria Agatha diz no começo. Mas seria ele apenas um cidadão comum de Westview e que foi apossado pela bruxa – e que, coincidentemente, tinha a cara do Evan Peters – ou podem ser sinais do início de um multiverso, com a vilã tendo buscado o personagem de uma outra realidade, a da Fox, e controlado sua mente? As duas possibilidades são válidas e teremos que esperar o desfecho para saber qual delas se concretizará. Estou apostando mais na primeira. Foi apenas um fan service e nada mais.
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Tem ainda uma cena pós-créditos MEGA importante para a história, onde vemos o diretor Hayward dando vida à sua arma do projeto Catarata. Nada menos do que o Visão versão branca. Isso não é novo, tem nos quadrinhos. Quando morre pela primeira vez, o personagem retorna em uma versão branca, sem nenhuma memória de sua vida passada e novo em folha, basicamente como um CD virgem. Essa pode ser a deixa para a manutenção do Visão no MCU, será? Existe a chance do Visão criado pela Wanda transferir sua consciência/alma para essa máquina de alguma forma e poder continuar existindo fora do “Hex”. É uma forma da Marvel aproveitar o personagem, só que com uma nova roupagem. E os gêmeos, como o MCU fará para que eles não desapareçam no fim das contas com a quebra do domo? 
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Bom, em suma, é mais um episódio espetacular de WandaVision – que mostra como a Marvel Studios evoluiu de fazer apenas histórias de super-heróis para temas mais densos e profundos – e que inicia com chave de ouro as séries do MCU na Disney+. O último episódio sai na próxima sexta-feira e já estou com saudades. Louco para ver como tudo isso vai ser finalizado e como será a conexão com Dr. Estranho (Será pelo livro de Agatha Harkness?). Só sei que a chance do Mago Supremo dar as caras é grande, e mal posso esperar
WandaVision 1x08 Nota: 5,0/5,0
Por @PV_Vasconcellos
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my-super-hero-life · 3 years
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Crítica #6 – WandaVision 1x07: Ameaça, enfim, revelada! – Ou ao menos uma parte dela (SPOILERS!)
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A reta final de “WandaVision” se aproxima. Faltam agora apenas dois capítulos e o episódio lançado nesta sexta-feira, o antepenúltimo, já foi o responsável por trazer a maior revelação da série até o momento. Mesmo que ela não tenha sido assim tão surpreendente para a maioria dos fãs. Intitulado “Derrubando a quarta parede”, temos agora o “Mockumentary”, que emula o estilo documentário fake de séries como “The Office” (2005) e “Modern Family” (2009). Toda a dinâmica desse episódio, especialmente as interações de Wanda com os filhos e com a câmera são muito inspiradas em “Modern Family”, enquanto o tema de abertura lembra MUITO “The Office”. Sem dúvida foram as maiores inspirações da produção e dos roteiristas para construir esse ambiente na realidade fictícia da protagonista. Realidade essa que está desmoronando, como os últimos capítulos já indicavam. Em crise, Wanda não consegue mais manter a realidade como ela é – nem mesmo dentro de sua própria casa – o que indica que o “conto de fadas” está próximo de um fim. E, possivelmente, um fim trágico.
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Antes de falar sobre a grande revelação do episódio, temos Visão e Darcy trabalhando juntos, desta vez de dentro do “Hex”. Darcy havia sido engolida pelo domo no episódio anterior, Visão a reconhece e a tira do transe. A dinâmica dos dois funciona muito e traz cenas hilárias e também tocantes. Enquanto ela atualiza o herói sobre os acontecimentos do passado que ele não lembra mais, Visão vai, aos poucos, entendendo toda a dor e sofrimento que Wanda Maximoff passou ao vê-lo morrer duas vezes – sendo a primeira pelas próprias mãos dela – e também ao ter perdido seu irmão, em “Era de Ultron”. Obviamente que não é desculpa, mas o modelo de “vida perfeita” criado por ela (agora descobrimos que não sozinha) para fugir da sua dolorida realidade de solidão e luto, foi a forma que a personagem encontrou de lidar com a perda. O que é muito triste, se parar para pensar. No fundo, a série trata de temas pesados como luto e depressão, não á toa temos aqui um comercial do antidepressivo Nexus.
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Esse nome parece familiar para você? Se sim, é porque ele já apareceu no MCU antes. Mais precisamente em 2013, no filme “Thor: O Mundo Sombrio”, a última aparição de Darcy até seu retorno em “WandaVision”. Nexus nada mais é do que uma espécie de portão para todas as realidades, universos e dimensões, o que casa muito bem com o mote da série e com os temas que serão abordados pela Marvel Studios daqui para frente. “Homem-Aranha 3” e “Dr. Estranho: No MULTIVERSO da Loucura” são exemplos disso. O estúdio caminha a passos largos para adotar tramas muito mais ligadas a essas temáticas, mas sem perder seu tom super heroico que lhe fez fama. Tanto é que temos a origem de uma nova super-heroína contada em tempo real, bem na frente dos nossos olhos, enquanto a série progride. Ela é Monica Rambeau, em breve Fóton – ou talvez Espectro.
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O episódio traz Monica encontrando com sua amiga engenheira espacial, o que pode ter sido uma decepção para muitos fãs, que esperavam a aparição de um personagem mais importante (Hulk, Hank Pym e até Reed Richards foram citados). No fim, era apenas a Major Goodner, o que não quer dizer que ela ainda não poderá ser revelada como alguém mais. Nada me tira da cabeça de que Goodner pode, na verdade, ser uma Skrull se passando por uma militar e colaborando com a S.W.O.R.D. Quem lembra da filha de Talos, que Monica conheceu ainda como criança em “Capitã Marvel”? Por que não as duas poderiam ter continuado a amizade e mantido contato desde então? É uma hipótese que seria interessante, ainda mais com o anúncio da chegada de “Invasão Secreta”, série do Disney+ que chegará à plataforma em 2022 e terá os próprios Skrulls como centro da trama.
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Mas voltando para Monica, vemos a personagem ganhar, enfim, seus poderes, ao entrar mais uma vez no domo e ter suas células ainda mais modificadas pela radioatividade que emana do local. Seus olhos brilham na cor azul e ela até demonstra um certo controle ao ser atacada por Wanda e aterrissar no chão com o famoso “pouso do super-herói” (Deadpool aprova!). Talvez Monica possa se juntar no combate final com suas novas habilidades. Algo que será muito incrível de acompanhar, certamente. E esse embate contará com a presença, claro, da grande vilã da série. Enfim, revelada. A confirmação de Agnes como a bruxa Agatha Harkness foi, confesso, algo previsível. Não surpreendeu a maioria dos fãs. No entanto, a forma como isso foi mostrado, com a sequência da personagem vivida por Kathryn Hahn interferindo nos acontecimentos e fazendo a “abertura” de sua própria série, foi fantástica. Até esse momento, ela havia ficado só comendo pelas beiradas, mas a atriz teve finalmente seu ponto alto neste episódio, ficando no centro dos holofotes.
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O que deve permanecer até o último episódio, acredito. Fica nítido que ela queria as crianças desde o início. Vamos rever as ações da personagem por um minuto: Foi Agnes quem planejou a noite de “amor” entre Wanda e Visão, carregou Wanda para a reunião de bairro “pelas crianças” e fez tudo para que os gêmeos fossem concebidos. Participou do desenvolvimento dos garotos, tanto no crescimento, quanto na evolução de seus poderes, e estava no controle até do “falso Mercúrio”. Tudo para manter Wanda naquela ilusão. Agora, ela sequestrou os meninos e sumiu com eles, sabe-se lá por qual motivo. Fica claro ao final que ela estava no controle de Wanda o tempo todo, fazendo-a pensar que ela quem tinha as rédeas da situação. Provavelmente a própria foi quem induziu Wanda a roubar o corpo do Visão, pois precisava dele para ter os gêmeos. Depois que ele não lhe era mais interessante, Agatha o descartou e até o indicou a saída do “Hex”, o que quase levou o herói à morte (pela terceira vez).
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No fim, Wanda é a protagonista de sua própria realidade, mas Agatha era a “diretora”. Não à toa aparece sentada na cadeira atrás da câmera. Fica revelado até que a própria foi quem matou Sparky, o cachorrinho dos gêmeos. A pergunta que fica agora é: ela está sozinha ou à serviço de uma força maior? A teoria de Mephisto ou Pesadelo segue vigente. Sabendo que “WandaVision” terá conexão direta com o filme do Doutor Estranho, poderia Agatha ser a vilã dessa série, mas estar trabalhando para uma entidade mística maior que será a ameaça enfrentada por Stephen Strange em seu filme, aliado à Wanda. O livro no porão pode indicar isso. Parece muito que foi retirado da biblioteca do Kamar-Taj, não? Wong está de olho!
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Mas para encerrar, pela primeira vez na série temos uma cena pós-créditos, que mostra Monica tentando entrar na casa de Agatha Harkness e sendo abordada por “Pietro”, que agora sabemos não se tratar de Mercúrio coisa alguma. A cena em si não explica se ele trabalha para a vilã (Será o tal marido Ralph sempre mencionado, mas nunca visto?) ou se está ali apenas como um cidadão comum de Westview, mas indica que teremos mais Evan Peters nos dois episódios finais. Graças a Deus, pois seria um desperdício colocar um ator do seu calibre apenas para fazer uma ponta em dois episódios e um fan service com seu personagem dos filmes dos “X-Men”. Veremos como a história se conclui nas próximas duas sextas. Ainda podemos esperar uma grande batalha e a aparição de um personagem surpresa, segundo declaração do autor Paul Bettany em entrevista. Quem pode ser?
WandaVision 1x07 Nota: 4,0/5,0
Por @PV_Vasconcellos
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my-super-hero-life · 3 years
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Crítica #5 – WandaVision 1x06: Hospedando o diabo no Halloween? (SPOILERS!)
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Referenciado em todos os trailers da série, o tão aguardado episódio de Halloween de “WandaVision” foi ao ar nesta sexta-feira, na Disney+, embaralhando ainda mais a cabeça dos fãs com incertezas e teorias malucas. Dessa vez pautado na década de 90 – com abertura inspirada no seriado “Malcolm” (2000) – o episódio traz um estilo característico do fim do século passado, pegando resquícios da era “grunge” em vocabulário e vestuário, e ainda trazendo com frequência a quebra da quarta parede, algo muito presente em “Malcolm” e que é introduzido com brilhantismo também na série. Surpresa no fim do último capítulo, Mercúrio, aqui fazendo o papel do tio folgado e irresponsável, tem uma participação fundamental e se mostra muito apegado aos seus sobrinhos, os jovens Billy e Tommy. Algo que pode explicar muita coisa, visto que, acho que agora fica mais claro do que nunca, Pietro não é quem se imaginou que fosse.
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Mas antes de entrar neste mérito, temos um Visão que, ciente da ilusão de tudo que está acontecendo, busca suas respostas e se separa de Wanda para fazer suas investigações, enquanto sua esposa sai com os filhos e o irmão para o tradicional “Trick or Treats”. Enquanto isso, do lado de fora do “Hex” (pegou mesmo, Darcy), o diretor da S.W.O.R.D, Tyler Hayward, mostra ao que realmente veio e decide, de fato, tomar as rédeas da situação e fazer as coisas do seu jeito, tirando o trio Monica, Woo e Darcy do caso. Monica está decidida a ajudar Wanda e deixa isso em pratos limpos em um diálogo muito bem colocado, quando ela diz que sabe pelo que a protagonista está passando. Sim, o luto afeta Monica também, que recentemente voltou do estalo e descobriu que perdeu sua mãe para o câncer. Mostra um lado de empatia da personagem que, mesmo tendo sido controlada mentalmente por Wanda, quer ajudá-la a superar aquela situação, mesmo que isso lhe cause algum mal.
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E sim, Monica está mesmo prestes a ganhar seus poderes, como o último episódio já tinha indicado por meio de um breve easter egg. Dessa vez, a trama cimenta seu caminho para tornar-se a heroína Espectro – ou seria Fóton, em homenagem a sua mãe? – em um futuro breve. No exame de sangue de Rambeau, Darcy conta que seu DNA está se modificando e suas células estão sofrendo mutações. Será que ainda veremos Monica utilizando suas novas habilidades na série ou ficará para uma outra oportunidade? Mas voltando para Visão, o personagem descobre algo que os fãs também teorizavam há algum tempo sobre os limites dos poderes de Wanda. Quanto mais próximo da borda do domo, mais difícil torna-se para a protagonista controlar o que está ao seu redor. A cena com os moradores paralisados ou “bugados” é tão sinistra, como se estivessem aprisionados dentro de seus próprios corpos esperando um comando para agir. Wanda está, literalmente, jogando “The Sims” com a vida real, o que mostra o quanto seus poderes evoluíram de “Era de Ultron” para cá.
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Ao tirar Agnes do transe, como Visão já havia feito com Norm, surge mais uma vez dúvidas sobre a tal “vizinha fofoqueira”. Nos episódios anteriores, é mostrado que Wanda não controlava Agnes, que era uma figura um tanto quanto alheia àquela realidade, passando a impressão de que está ali por conta própria. Mas, dessa vez, vemos a personagem refém dos encantamentos que cobrem o domo. Aparentemente estava tentando deixar a cidade de carro, mas é impedida, pois, como já foi dito várias vezes na série, é impossível sair de lá. Ela reconhece Visão e até sabe que ele fazia parte dos Vingadores – algo que o próprio sequer tinha ideia do que significava – mas segue o mistério de quem ela poderia ser e quais suas reais intenções. Esse mistério só não é mais fascinante do que ver os trajes clássicos de todos os heróis dos quadrinhos, até mesmo os vindouros Wiccano e Célere, em forma de fantasias de Halloween. Steve Rogers ficaria encantado com tantas referências.
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Quanto ao Mercúrio, penso que o episódio esclarece de uma vez por todas: não estamos diante de Pietro Maximoff. Nem o Pietro da Wanda e nem aquele da franquia dos X-Men da Fox, embora seja interpretado pelo mesmo ator. Desde o início, ele é quem incentiva as crianças a destravarem seus poderes de velocidade (no caso de Tommy) e telepatia e telecinese (no caso de Billy), o que consegue com sucesso em ambos. Fora que ainda se mostra bastante interessado nas habilidades de Wanda ao fazer perguntas sobre como tudo aquilo começou e como ela controla. Chama muito a atenção também as inúmeras referências ao inferno que saíram da boca do personagem nesse episódio como: “Unleash hell!” e “This city is charming as hell!”, além de seu próprio penteado, que por mais que seja uma referência ao traje clássico dos quadrinhos, parece muito com chifres do demônio. Não pode ser coincidência. Estamos frente a frente com o nosso vilão, seja ele quem for (Mephisto, cof!).
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No fim, o episódio se encerra com um gancho ABSURDO para o próximo, quando Wanda – para salvar o seu marido e evitar que o víssemos morrer pela terceira vez no MCU – expande o domo e engole boa parte das terras e das pessoas que estavam do lado de fora dele. Descobrimos que, de fato, fora daquela ilusão, Visão não pode sobreviver. Seu corpo começa a se desfazer em vários pedaços depois que ele atravessa a barreira na tentativa de ajudar as pessoas presas lá dentro. Se não fosse por Billy, que utilizou seus poderes de telepatia para detectar que o pai estava em perigo e alertar sua mãe, o pior teria acontecido. Aliás, que incrível é a cena da expansão do “Hex”. Tudo na vida real se adapta à realidade da Feiticeira Escarlate, como helicópteros, furgões e até os próprios agentes em suas tendas. A única mudança que não é mostrada é Darcy. O que, claro, é proposital. Se não foi mostrado, é porque a personagem terá uma importância chave nos três episódios que restam. Minha aposta é de que ela atuará com Visão do lado de dentro, talvez usando computadores e a internet para contatar o mundo exterior e buscar uma saída.
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Acredito que o ato final da série, distribuído nos três últimos episódios que virão a seguir, dividirão a trama em dois arcos principais com ameaças distintas: a científica e a mística. Do lado de fora, a S.W.O.R.D, que tem planos de usar o corpo do Visão para construir uma arma senciente – assim como Tony Stark quando, por acidente, acabou criando Ultron. Enquanto dentro, o vilão misterioso parece cada vez mais próximo de revelar-se. É Mephisto ou Pesadelo? Façam suas apostas! E, afinal, quem é o engenheiro espacial misterioso que Monica Rambeau trocou mensagens e que a ajudará a construir um veículo para adentrar novamente o domo? Seria Reed Richards? Embora eu ache muito precoce, meu coração de fã palpita só de imaginar essa possibilidade. Agnes é mesmo Agatha Harkness? Cadê a Dottie, tomou chá de sumiço? São tantas perguntas ainda sem respostas... O jeito é seguir ligado, porque “WandaVision” está na reta final e descobriremos em breve – assim espero.
WandaVision 1x06 Nota: 4,5/5,0
Por @PV_Vasconcellos
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Crítica #4 – WandaVision 1x05: Uma surpresa GIGANTESCA! (SPOILERS!)
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Chegamos aos anos 80 em WandaVision, e com eles uma surpresa absolutamente gigantesca ao final do episódio e que precisa ser discutida, analisada e, principalmente, teorizada. Primeiro, melhor respirar e começar do começo, onde temos uma inspiração notória – tanto na abertura quanto na dinâmica do episódio – em “Full House” (1987), ou “Três É Demais” no Brasil, série que fez muito sucesso no fim da década de 80 e início dos anos 90 e que revelou para o mundo as gêmeas Ashley e Mary-Kate Olsen, irmãs mais velhas de Elizabeth Olsen, intérprete de Wanda Maximoff. Uma inspiração que já estava óbvia que aconteceria, mas que não deixa de ser empolgante para quem é fã da série. Neste episódio, vemos Wanda e Visão lidando com os filhos recém-nascidos, que chegaram ao mundo no fim do episódio 3, com a ajuda da vizinha Agnes (Kathryn Hahn), que mais uma vez deixa claro seu papel dentro dessa realidade simulada da Feiticeira Escarlate.
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Como mencionado na crítica do terceiro episódio, Agnes parecia saber que estava fazendo parte de algo que não era real. Aqui, isso fica ainda mais claro quando ela pergunta: “Quer que eu faça de novo? Devemos voltar do começo?”, como se fosse, de fato, uma atriz gravando uma cena, o que deixa o Visão confuso. A vizinha intrometida ainda vê os filhos da protagonista envelhecerem de uma hora para outra (literalmente falando) e age como se nada tivesse acontecido. Isso ocorre dessa forma porque ela sabe o que está se passando, por isso não se espanta. Outro ponto que tem que ser destacado é que Wanda já parece nem fazer mais questão de esconder seus poderes dela. Agnes realmente parece ser uma peça-chave para entender todo o mistério por trás desse “mundo perfeito” criado pela Feiticeira Escarlate. Ela veio de fora e está ali por vontade própria, jogando o jogo, mas com qual real intenção? Essa é a pergunta que tem que ser feita.
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Do lado de fora do domo, vemos Monica Rambeau (Teyonah Parris) sendo examinada após sua experiência dentro de Westview. Uma pequena cena, que provavelmente passará despercebida pela maioria, mostra que, assim como nos quadrinhos, a personagem deve ganhar seus poderes em breve. Sim, nas HQs, Monica é uma super-heroína e já teve vários codinomes, como Fóton, Espectro e até Capitã Marvel, antes de Carol Danvers. Neste episódio, em um breve momento, a médica diz que Monica precisará refazer seus exames e um vislumbre de um raio-X nada visível e com a luz totalmente “estourada” aparece em tela. Ao que tudo indica, a experiência vivida na realidade de Wanda e a exposição à radiação do domo mudará Monica para sempre. Mesmo tendo sua mente controlada, Rambeau se mostra compreensiva com a Feiticeira Escarlate e até defende a personagem, assim como Woo e Darcy. A S.W.O.R.D, por outro lado, a enxerga como uma ameaça terrorista, e mostra o motivo.
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Além dos incidentes em Sokovia, Lagos e Berlim, é mostrado, por meio de câmeras de segurança, que Wanda invadiu uma base da organização e ROUBOU o cadáver do Visão, como já era especulado após o final do episódio 4. Logo, ela está mesmo brincando de marionete com seu marido, o que é, ao mesmo tempo que intrigante, obscuro e assustador. Aproveitando a menção à Lagos, o comercial da vez faz referência ao incidente de “Capitão América: Guerra Civil”, provocado por Wanda na Nigéria. Mais um trauma da personagem vindo à tona. Depois das torradeiras Stark, do relógio Strucker e do sabonete Hydra, agora temos o papel toalha Lagos. Muito perspicaz da produção trazer esses momentos de dor da personagem em forma de comerciais, como se eles estivessem, por um breve minuto, interrompendo sua realidade perfeita para mostrar a realidade como ela é, e o que realmente aflige Wanda Maximoff fora de seu “mundo da fantasia”.
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O episódio trouxe ainda também uma sequência incrível que mostra Wanda, pela primeira vez, saindo de dentro do domo para confrontar a S.W.O.R.D, que consegue com sucesso infiltrar um drone da década de 80 em Westview, mas que é facilmente inoperado pela protagonista. A cena mostra o quanto Elizabeth Olsen está destruindo no papel, pois sua interpretação muda da água para o vinho em relação ao que se via até aqui na série. Não são só as roupas se alteram, mas o jeito de andar, a expressão facial, o sotaque, TUDO. É fascinante ver um trabalho tão bem feito e o crescimento da atriz no MCU. Fora isso, apresenta uma visão muito mais vilanesca e ameaçadora da Feiticeira Escarlate, de uma maneira jamais antes vista. Pelo menos não nesse nível. Por fim, Wanda ainda dá um aperitivo da extensão de seus poderes ao controlar a mente de todos os oficiais, que passam a apontar as armas para o diretor Tyler Hayward, e não mais para ela. Finalmente a Feiticeira Escarlate da Marvel Studios vai escalando seu nível de poder em relação ao que sempre foi nas HQs e provando que fará de tudo para proteger seu lar e os gêmeos.
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E chegamos, portanto, no momento mais impactante, chocante e gigantesco – não do episódio, mas sim da série como um todo até aqui – que é a aparição de Evan Peters como Pietro Maximoff, o Mercúrio. O episódio já havia deixado claro que não havia solução para a morte, na cena em que Sparky, cachorrinho dos filhos de Wanda, acaba partindo dessa para uma melhor. Logo, a protagonista não poderia trazer seu irmão de volta, mesmo que em sua “vida perfeita de sitcom”. Ela então o “reescala”, como Darcy sabiamente diz, utilizando mais um termo de televisão (Ótima piada, inclusive). Mas será que foi ela mesmo? A série bate o tempo todo na tecla de que Wanda é quem está no controle, mas a verdade é que não é bem assim. Ela parece genuinamente surpresa ao abrir a porta e rever seu “irmão”, o que indica que não foi ela quem o criou. Ora, mas se não foi ela, quem o fez? A suspeita de que um vilão – seja ele Mephisto (segue sendo minha aposta principal) ou Pesadelo – está por trás disso tudo só cresce. E, no fim das contas, ele pode ser até o próprio Evan Peters.
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Ok, não há como não remeter ao Mercúrio dos filmes dos X-Men da Fox, afinal de contas é o mesmo ator, interpretando o mesmo personagem (até onde se sabe pelo menos). Mas a cena passa uma nítida impressão de que ele não é quem aparenta ser. Sim, com multiverso tudo é possível, mas parece ser muito mais um “fan service” da Marvel aos seus fãs e uma grande homenagem do que qualquer outra coisa. É cedo para especular, mas as respostas virão nos próximos episódios. O fato é que cada vez mais Wanda vai perdendo o controle sobre seu “conto de fadas”. A expectativa para os próximos capítulos só cresce à medida que a história avança e traz elementos ainda mais loucos e inesperados. No próximo, provavelmente, os anos 90 servirão como pano de fundo, e Visão, já ciente de que faz parte de uma realidade inventada, deve dar os primeiros passos para descobrir a verdade e o que há do lado de fora de Westview. Faltam quatro episódios.
WandaVision 1x05 Nota: 4,5/5,0
Por @PV_Vasconcellos
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my-super-hero-life · 3 years
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Crítica #3 – WandaVision 1x04: Perspectiva do mundo real traz respostas, mas muitas outras perguntas (SPOILERS!)
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Wow! Que episódio sensacional “WandaVision” nos trouxe nesta sexta-feira, dia 29 de janeiro. Depois de brincar e mergulhar profundamente nas sitcoms dos anos 50, 60 e 70 nos três primeiros capítulos, pela primeira vez temos uma trama que se passa quase que inteiramente no mundo real e vemos uma nova perspectiva – de quem está do lado de fora do domo criado por Wanda Maximoff – sobre tudo que está acontecendo. O episódio em si trouxe várias respostas sobre pequenos mistérios deixados nos primeiros, encaixando todas as pontas soltas, mas também trouxe novas perguntas. Perguntas essas que a própria S.W.O.R.D – agora devidamente apresentada – também se faz e as escreve em um quadro, já que não tem muita noção daquilo com que está lidando. Visão está vivo? Por que sitcoms? Assim como o público, eles também se questionam, e é isso que mostra o brilhantismo do roteiro, que praticamente traz o fã para dentro dessa narrativa.
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O episódio já começa com uma sequência espetacular que mostra que Monica Rambeau, filha de Maria Rambeau, foi uma das vítimas do estalo de Thanos, em 2018. Ela retorna no “Blip”, após o estalo de Bruce Banner, cinco anos depois (em 2023), época de “Vingadores: Ultimato”. Cronologicamente falando, é onde o MCU se encontra hoje. Durante esse período, Monica descobre que perdeu a mãe com câncer. Além de ser uma cena forte para todos aqueles que passaram pela dor de ter que se despedir de entes queridos, ainda mostra pela primeira vez o impacto real do “Blip”, algo que foi só pincelado em “Homem-Aranha: Longe de Casa”. O hospital em que a personagem se encontrava quando desapareceu vira um verdadeiro pandemônio, com todas as pessoas retornando, inclusive os doentes. Tudo entra em colapso, pois não há leitos, medicamentos ou aparelhos suficientes para todos. Dá até para traçar um paralelo com o período que estamos vivendo hoje, com a Covid-19. Imaginem pessoas que perderam suas casas? Suas famílias? Estão perdidas? É algo que, futuramente, deve ser mais explorado.
O fato é que Monica, aqui mostrada como uma agente da S.W.O.R.D, fundada por sua mãe, é chamada para uma missão e acaba sendo sugada no campo de força para dentro desta realidade ficcional de Westview, onde Wanda faz seu “show”. A série mostra a visão de fora e confirma algumas teorias dos fãs, como a do helicóptero vermelho que aparece no episódio 2 ser, de fato, um drone da S.W.O.R.D que acabou caindo naquela realidade. O apicultor, por sua vez, nada mais era do que um agente da mesma organização, que entrou pelo bueiro. Ambos tiveram modificações para se adequar à realidade da época, como o drone virando um brinquedo de criança e a roupa à prova de radiação tornando-se um simples macacão de cuidador de abelhas. A voz do rádio também confirmou-se ser de Jimmy Woo (Randall Park), agente do FBI que ajuda na investigação e que buscava uma comunicação com Wanda do interior daquele domo.
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Aliás, que belíssimas adições à trama as entradas de Woo e Darcy Lewis (Kat Dennings). A personagem que estrelou os dois primeiros filmes do Thor volta agora como uma doutora em física – era apenas uma estudante na época, há 10 anos – e tenta investigar e solucionar toda aquela anomalia. É ela quem descobre que as ondas emitidas pelo domo são na verdade sinais de TV, e por meio de aparelhos antigos consegue captar a transmissão e assistir aos episódios da série dentro da série (uma metalinguagem fascinante). Vemos que a pessoa que aparece ao final do episódio um, assistindo aos créditos subirem, era a própria, e sua parceria com Woo traz cenas hilárias nesse episódio. Juntos, descobrem a identidade de praticamente todos os moradores daquela cidade que estão aprisionados por Wanda em sua “vida perfeita”. Sim, são pessoas reais e que estão presas dentro daquela ficção. Bom, quase todas, pois a identidade de duas delas permanece sendo um mistério.
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Estou falando de Agnes (Kathryn Hahn) e Dottie (Emma Caulfield). Ambas não aparecem no mural montado pela S.W.O.R.D para identificar as vítimas e levantam ainda mais suspeitas. Se não são moradoras da cidade, quem são de verdade? Agnes parece estar ali por vontade própria e sabe que está atuando e interpretando um papel ali dentro. Cresce cada vez mais a teoria de que ela pode ser uma adaptação da bruxa Agatha Harkness, uma feiticeira mentora de Wanda nos quadrinhos. Mas estaria ela lá para ajudar ou por algum outro motivo mais obscuro que desconhecemos? Já Dottie é sempre mostrada com um ar sombrio e já foi até comparada ao próprio diabo por Agnes em uma cena no segundo episódio. Seria ela uma forma de avatar de um vilão dentro daquela história para acompanhar de perto seu plano e garantir que as coisas saiam perfeitamente como quer?
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Fato é que aos poucos a realidade de Wanda fica cada vez mais ameaçada ao passo que a S.W.O.R.D entende melhor o que está se passando e o próprio Visão, de dentro do domo, sabe que algo está errado. No fim, fica praticamente nítido que ele passa a “jogar o jogo” da esposa e seguir interpretando seu papel, mas continuará buscando respostas sobre as coisas estranhas que viu acontecer nos episódios anteriores. Falando em coisas estranhas, em um lapso, após ter expulsado Monica Rambeau de sua realidade, Wanda olha para o marido e o vê com pele acinzentada e um buraco no meio da testa. Para aqueles que não lembram, essa foi exatamente a forma como ela o viu pela última vez, em “Vingadores: Guerra Infinita”, após ser morto por Thanos antes do vilão pegar a joia da mente. Isso prova que sua “vida perfeita” está prestes a ruir e pode indicar ainda algo muito mais sombrio. Wanda teve acesso ao corpo de Visão e o reanimou com magia, como um sintozóide zumbi? Obscuro, se for.
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O que dá para concluir com 100% certeza é que é mesmo Wanda que está realizando tudo aquilo, tem controle sobre e mais: está consciente do que faz. Quando ela diz para Visão: “Não se preocupe, querido, tenho tudo sob controle”, em tom assustador, é a protagonista nos dizendo que sabe o que está fazendo. A própria Monica Rambeau, ao ser cuspida para fora do domo, alerta: “É Wanda! Tudo isso é a Wanda”. Apesar desse final de episódio deixar isso claro para os espectadores e indicar que a Feiticeira Escarlate é a real vilã da história, acho que é isso que querem que a gente pense. Para mim, ainda há uma força maior por trás disso. Alguém que está se aproveitando de um momento de fragilidade da personagem, de luto pela perda do homem que ama, para mexer com sua mente e utilizar seus poderes para algum fim. Nada me tira da cabeça que Mephisto ainda pode estar sendo o mestre das marionetes e utilizando Wanda como sua “boneca”, movendo as cordas. Seja quem for, está de olho nas crianças. Queria que ela criasse os gêmeos, pois sabe do poder que elas podem alcançar. Ou será que é só Wanda mesmo e estou viajando? Bom, só o futuro dirá.
WandaVision 1x04 Nota: 5,0/5,0 (Excelente)
Por @PV_Vasconcellos
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my-super-hero-life · 3 years
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Resenha nostálgica #5 – “Capitão América: O Primeiro Vingador”: A origem do Super Soldado
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O último membro do grupo de heróis mais poderosos da Terra a ser apresentado nas telonas pelo MCU foi, justamente, o primeiro. Pelo menos na ordem cronológica. “Capitão América: O Primeiro Vingador” chegou aos cinemas três meses depois de “Thor” naquele que seria o último longa antes do projeto mais ambicioso do estúdio: reunir os Vingadores no primeiro filme de equipe de super-heróis da Marvel Studios. Ambientado nos anos 40, década do ápice da Segunda Guerra Mundial, a obra traz um estilo muito próprio de época e enriquece ainda mais o universo Marvel nas telonas, com a adição de personagens que se relacionam com outros já apresentados até ali. Howard Stark, pai de Tony, é um exemplo disso, que já havia sido mencionado nos dois filmes do Homem de Ferro e aqui aparece pela primeira vez em carne e osso para mostrar por A mais B de onde Tony herdou todo seu egocentrismo e fama de conquistador.
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Mas indo direto ao ponto, a trama traz o baixinho e franzino Steve Rogers e seu sonho de entrar para o exército americano e defender as cores do seu país. Por seu porte físico, é prontamente recusado. No entanto, mostra outras qualidades que nem mesmo os mais altos e fortes soldados tinham, como destreza, inteligência e, acima de tudo, brio. Steve é destemido, honroso e mostra isso por diversas vezes ao longo do filme, como na famosa cena da granada, onde todos se afastam ao vê-la e correm para longe, enquanto ele faz o caminho oposto, se atira nela e a cobre com seu corpo, mandando que os companheiros se afastem. A cena traduz de forma perfeita quem é Steve Rogers, um homem que coloca a segurança e o bem-estar de todos a frente do seu próprio. Por essas qualidades, ele é escolhido para participar de um programa secreto do Super Soldado, onde seria submetido a injeção de um soro fabricado pelo cientista Abraham Erskine.
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E assim nasce o Capitão América, que rapidamente vira um símbolo de orgulho e patriotismo americano. Ao lado de Bucky Barnes, seu colega do serviço militar, Steve trava batalhas contra o nazismo durante a Segunda Guerra e, inclusive, lidera uma missão de resgate de soldados americanos aprisionados no campo inimigo. Além da figura de Hitler e da Alemanha nazista, o filme traz também a H.Y.D.R.A, organização terrorista muito famosa nas HQs da Marvel, como principal antagonista. Liderada pelo capitão Johann Schmidt, o Caveira Vermelha – outro vilão clássico do herói nos quadrinhos – a H.Y.D.R.A se mostraria uma pedra no sapato não só de Steve Rogers, mas da S.H.I.E.L.D e dos próprios Vingadores ao longo da história do MCU. Com seu lema “Corte uma cabeça e outras duas surgem no lugar”, a agência é conhecida por se infiltrar em diversas organizações do mundo para derrubá-las de dentro para fora e tomar o poder para si.
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Além de Chris Evans, que já havia vivido outro herói nas telonas – o “Tocha Humana”, em dois filmes do Quarteto Fantástico – o longa traz ainda as adições luxuosas de Tommy Lee Jones, como o Coronel Chester Phillips, e Hayley Atwell, como Peggy Carter, grande amor da vida do protagonista e figura importantíssima na fundação da S.H.I.E.L.D. Hugo Weaving, de “Matrix” e “Senhor dos Anéis”, é quem encarna o vilão Caveira Vermelha, que na trama está atrás do Tesseract, o cubo cósmico. E é exatamente aí que está a conexão do longa com o filme anterior (“Thor”) e o subsequente (“Os Vingadores”). Na cena pós créditos do filme do Deus do Trovão, o artefato já havia aparecido, mas aqui ele é melhor desenvolvido e mostra que, no passado, a H.Y.D.R.A já sabia de seu potencial e buscava tomar posse dele. O Tesseract nada mais era que uma das seis joias do infinito, que viriam a ser peças fundamentais na construção de toda a primeira fase do MCU e desejos de Thanos.
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“Capitão América: O Primeiro Vingador” é um filme também sobre perdas e escolhas, onde o protagonista opta por sacrificar sua vida – mesmo que isso signifique perder a oportunidade de ficar com a mulher que ama – a permitir que um avião repleto de bombas, com destino à grandes cidades americanas, provoque uma destruição em massa em seu país. Esse dilema enfrentado por Steve Rogers ainda se dá logo após ter perdido seu melhor amigo em um acidente com um trem descarrilhado no penhasco. Graças ao soro do Super Soldado, porém, Steve sobrevive depois de derrubar o avião no Ártico e fica congelado por 70 anos até ser encontrado pela S.H.I.E.L.D no futuro, tornando-se um homem fora de seu tempo que não pôde pagar a dança prometida.
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A cena pós-créditos do filme traz uma certa repetição da primeira aparição no MCU de Samuel L. Jackson, como Nick Fury. Assim como fez com Tony Stark, o agente aparece para Steve Rogers – já nos dias atuais – e lhe apresenta a Iniciativa Vingadores. Aqui, porém, Fury propõe uma missão que tem relação com o Tesseract, objeto que o próprio Capitão América conhece bem e que havia lhe dado muita dor de cabeça 70 anos antes. No fim, o longa tem duas funções muito claras: apresentar o novo herói, sua história, personalidade e as motivações que o movem, e fazer a amarração entre os filmes que os fãs da Marvel se acostumariam a ver nos anos seguintes. Naquela época, ainda parecia estranho, já que nenhum outro estúdio havia tentado algo tão ousado. Um filme era apenas um filme, com início, meio e fim. Na Marvel, ele fazia parte de uma experiência ainda maior, uma parte de um todo que mudaria para sempre a indústria cinematográfica como conhecemos.
Por @PV_Vasconcellos
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my-super-hero-life · 3 years
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Crítica #2 – WandaVision 1x03: Chegada dos gêmeos abre portas para nova franquia (SPOILERS!)
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Seguimos com a série “WandaVision”, que teve o seu terceiro episódio lançado nesta sexta-feira, dia 22 de janeiro. Dessa vez, a temática abordada centrou-se nos anos 70, com forte inspiração na sitcom “The Brady Bunch” (1969) e um pouco de “Jeannie é um Gênio” (1965), que já havia sido referenciada no episódio anterior. Essa segunda, aliás, passou pela transição do preto e branco para a TV a cores, o que também acontece aqui na série da Marvel. Uma ótima sacada dos roteiristas. O episódio em si gira em torno de Wanda (Elizabeth Olsen) e Visão (Paul Bettany) lidando com os desafios da gravidez. Depois da personagem descobrir que está esperando um filho – na verdade, dois – vemos o casal enfrentando a situação, ao mesmo tempo que Visão desconfia se aquilo que está vivendo é, de fato, real. Essa suspeita traz boas cenas para serem discutidas sobre o mistério que cerca a trama e aumenta ainda mais o suspense que vem sendo construído lentamente até aqui.
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Primeiramente, vemos o mesmo que acontece no fim do último episódio, na cena do apicultor saindo do bueiro. No momento em que Visão começa a duvidar de tudo que estão vivendo e questionar ações estranhas dos vizinhos – até mesmo a gravidez acelerada da esposa – há um “corte seco” que refaz a cena e apaga a anterior. Dessa vez não fica tão claro se foi realmente Wanda quem o fez, mas tudo indica que sim. Depois, mais para o fim, uma outra cena deixa a pulga atrás da orelha no público sobre quais personagens estão sendo controlados e são vítimas ali. O momento acontece quando Visão, Agnes (Kathryn Hahn) e Herb conversam no jardim. Fica quase que nítido que os dois vizinhos sabem, de alguma forma, que estão fazendo parte de algo que não é real, uma simulação. Agnes chega, inclusive, a conter Herb com um olhar cortante e um grito quando ele quase revela para Visão. “Nós estamos em... Estamos em...”, repete Herb algumas vezes. Toda essa situação lembra MUITO “O Show de Truman”. O que eles estão escondendo? Já sabíamos que Monica Rambeau era uma agente da S.W.O.R.D, provavelmente infiltrada ali. Mas e eles, de onde são? Para quem estão à serviço?
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Aliás, falando em Monica Rambeau, a atriz Teyonah Parris rouba a cena nesse episódio e tem muito mais destaque. A personagem toma o papel de Agnes como a vizinha intrometida dos episódios anteriores ao “invadir” a casa de Wanda sem ser convidada e até ajuda no parto dos gêmeos. No final, sua verdadeira face é desmascarada por Wanda em um diálogo até tocante, quando a personagem lembra de seu irmão gêmeo Pietro Maximoff. Ao ser confrontada com seu passado real por Monica, que menciona o vilão Ultron, Wanda – que sempre reage de forma abrupta quando algo ou alguém ameaça a sua “realidade perfeita” – a expulsa do seu mundo depois de ver o colar com o pingente da S.W.O.R.D em seu pescoço. Palmas também para atuação de Elizabeth Olsen, que aqui, mesmo que por poucos minutos, deixa de ser aquela personagem caricata de sitcom e torna-se a Wanda que todos conhecem. Além do olhar e das feições, até o seu sotaque muda, deixando transparecer a sua origem de Sokovia e o quanto está disposta a defender seu “sonho de conto de fadas” daqueles que tentam interferir nele.
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O que não fica exatamente explicado é se Monica tinha consciência de sua real persona. Em um determinado momento, ela parece sair de um transe. Talvez quem entre no domo criado pela Feiticeira Escarlate possa perder a sua consciência momentaneamente, fazendo parte daquela história como mais uma marionete prisioneira? É uma possibilidade. Fato é que quando ela cai em si e deixa transparecer que não faz parte daquele mundo, é literalmente “cuspida” da realidade de Wanda. Outra cena que reforça que tudo aquilo é uma prisão, é quando o médico chamado por Visão para fazer o parto diz que “cidades pequenas são difíceis de escapar”. O episódio mostra que ele e sua esposa estavam para sair de férias, mas são impedidos pelo chamado urgente. Os dois estão, na verdade, aprisionados naquela realidade, e essa fala é uma alusão a isso. Já a propaganda da vez traz novamente à tona os traumas de Wanda. Depois das torradeiras Stark e do relógio Strucker, com a marca H.Y.D.R.A, temos uma nova menção à organização terrorista, o que reforça que os “comerciais” são mesmo as feridas da protagonista sendo expostas.
E SIM, temos os gêmeos Tommy e Billy (Célere e Wiccano) aparecendo pela primeira vez. É a semente dos Jovens Vingadores sendo plantada. Quem acompanha os quadrinhos sabe que os filhos de Wanda, que apresentam os poderes de manipulação da realidade da mãe e de super velocidade do tio (Mercúrio) são peças-chave na formação do grupo. No geral, o episódio dessa semana funciona como o fechamento de um primeiro ato de um filme. Os três episódios até aqui trouxeram a problemática da série, plantaram pistas confusas e deram margem para diversas teorias, sem se dar ao trabalho de explicar absolutamente nada. Acredito que a partir do próximo, a série irá se clarear e veremos um pouco mais sobre o que está acontecendo de verdade e como toda aquela ilusão está afetando o mundo real. Aliás, mais um belo toque da produção é a imagem mudando do formato 4:3, usado antigamente, para o 16:9 de hoje na última cena, indicando a vida real. O que podemos esperar agora dos episódios 4, 5 e 6 são explicações e algumas dúvidas sanadas, preparando o terreno para o conflito final e a resolução, que virá no terceiro ato formado pelos episódios 7, 8 e 9. Pelo menos é isso que imagino que acontecerá, mas teremos que esperar para saber.
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WandaVision 1x03 Nota: 4,5/5,0 (Ótimo)
Por @PV_Vasconcellos
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my-super-hero-life · 3 years
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Crítica #1 – WandaVision 1x01-02: Uma viagem aos primórdios das sitcoms (SPOILERS!)
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Depois de um ano e meio de abstinência, o MCU está de volta! A primeira série original da Marvel Studios no Disney+, “WandaVision”, teve seu lançamento na última sexta-feira, dia 15 de janeiro. Os primeiros dois episódios já estão disponíveis na plataforma, ambos com cerca de 30 minutos, mas com muita coisa para discutir: easter eggs, referências, mistérios e muito mais. Serão ao todo nove episódios para fechar a história, que irá se conectar com “Homem-Aranha 3”, ainda sem um título definido, e “Dr. Estranho: No Multiverso da Loucura”, agendado para 2022 nos cinemas. Mas sem mais delongas, depois dessa introdução, vamos ao que interessa, que é dissecar tudo de mais interessante que aconteceu nessa premiere com episódio duplo. O que não falta é assunto e teorias para o futuro do Universo Cinematográfico da Marvel nas telonas, e agora, também nas telinhas.
A série se inicia com Wanda Maximoff e Visão como recém-casados e mudando-se para uma casa nova no subúrbio dos EUA. Tudo, claro, faz parte de uma realidade paralela originada, provavelmente, da mente da protagonista. Com o amor de sua vida morto por Thanos, Wanda cria o modelo da vida perfeita, em uma realidade totalmente inspirada em sitcoms clássicas que homenageiam a história da TV americana. Esses primeiros dois episódios bebem muito da fonte de séries como “I Love Lucy” (1951), “The Dick Van Dyke Show” (1961) e “A Feiticeira” (1964), tanto nas temáticas e no humor, quanto nas roupas e na estética. Tudo foi filmado com câmeras e iluminação da época, e com plateia no auditório, para entrar no clima dos anos 50 e 60. E, claro, em preto e branco e formato 4:3, o que facilita ainda mais essa imersão. Até mesmo as aberturas e as trilhas sonoras lembram essas séries clássicas, como é o caso do segundo episódio, que tem sua abertura em animação no mesmo estilo de “A Feiticeira”, uma inspiração clara e que vai divertir muito os fãs dessa série dos anos 60.
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Apesar disso, desde o início é possível perceber por meio de algumas pistas que, por mais que tudo pareça bom e perfeito, algo ali não está certo. O casal tenta se encaixar e interagir com a vizinhança – buscando a “vida normal” que sempre sonhou – mas a série é tudo, menos normal. E isso fica muito claro na cena do jantar, no fim do primeiro episódio. Wanda e seu marido recebem o chefe de Visão e sua esposa em casa, mas as coisas saem do controle quando eles são perguntados sobre o seu passado. Confrontada com as perguntas, Wanda não sabe responder de onde veio, como se conheceram ou como foram parar ali, o que leva a uma cena tragicômica em que o chefe de Visão se engasga na mesa. Sua esposa pede ao marido: “Pare com isso!”, em tom de brincadeira e dando gargalhadas, mas fica travada naquela mesma frase, que vai mudando de tom e se direcionando à Wanda, quase que como uma súplica, enquanto seu sorriso permanece intacto no rosto. O que se inicia como uma comédia, vai ficando mais e mais sombrio à medida que a cena vai se estendendo. No fim, Visão salva o chefe engasgado com a permissão de sua mulher. Incrível como essa cena em questão traz uma linha tênue entre a graça e o sinistro.
Assim ocorrem também com as cenas do rádio e do misterioso “apicultor” que aparece saindo do bueiro, ambas no segundo episódio. Elas também trazem novamente esse sentimento de estranheza com tudo que está acontecendo, e ainda contrastam entre si, criando um dilema. Na primeira, Wanda está em um encontro de bairro com as vizinhas e escuta uma voz no rádio que diz: “Wanda, quem está fazendo isso com você?”, dando a entender que alguém está a controlando de alguma forma. Mas na segunda, Wanda demonstra total controle quando a figura estranha do “apicultor” aparece e ela rebobina a cena para o momento em que ela e Visão descobrem que estão esperando gêmeos. Ela literalmente apaga aquela realidade e a reconstrói. Tudo com uma simples palavra: “Não!”, lembrando um pouco até a clássica frase: “No More Mutants!”, de “Dinastia M”, das HQs. Afinal de contas, é Wanda quem está criando tudo isso, ou ela está sendo vítima também? Ela controla ou está sendo controlada? Minha opinião é que é um pouco dos dois. Penso que seja lá quem estiver por trás disso (Mephisto é minha aposta principal) está se aproveitando dos poderes de Wanda e controlando a protagonista para o seu benefício próprio.
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A cor vermelha também apareceu nestes dois primeiros episódios como um destaque, tanto no helicóptero de brinquedo que está nos arbustos da residência de Wanda, quanto no sangue que escorre das mãos de Dottie, vizinha da personagem, quando ela se corta com um copo após tomar um susto. Vale lembrar que o vermelho é a marca registrada da Feiticeira Escarlate nos quadrinhos e nas telas. Sua roupa tem essa cor, assim como os próprios poderes dela. Coincidência ou não. Mas o fato é que o vermelho vivo parece indicar aqui algo que esteja fora dessa realidade criada por Wanda, algo que fugiu do controle do “mundo perfeito” em que ela e Visão estão vivendo. No fim do segundo episódio, a tela ganha cores, o que indica que daqui para frente não teremos mais cenas em preto e branco e avançaremos para as décadas de 70, 80 e 90, que também serão retratadas, tomando como inspiração outras séries famosas.
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Um outro ponto bem legal de ser comentado são as cenas hilárias dos comerciais, que são exibidos no meio da “programação”. As referências às Indústrias Stark e a H.Y.D.R.A, na figura do Barão Von Strucker, foram colocadas como as marcas da torradeira e do relógio que são exibidos na propaganda. Ambos os personagens estão ligados à origem da Wanda, que cresceu com ódio de Tony Stark. O bilionário, antigo fabricante de armas, foi responsável indireto pela explosão que matou seus pais e, que por pouco, não assassinou ela e seu irmão. Em “Vingadores: Era de Ultron”, Pietro revela que ele e sua irmã esperaram dois dias para Tony Stark os matar, quando um explosivo com a marca de sua empresa caiu bem diante dos dois, no meio dos escombros, mas não explodiu. Já Von Strucker, ex-capanga da H.Y.D.R.A, foi o responsável por liderar os experimentos com a joia da mente que deram origem aos poderes da Feiticeira Escarlate e do Mercúrio. Um belo toque dos diretores e roteiristas, que chamou a atenção dos fãs mais atentos, e que mostra que eles sabem o que estão fazendo.
“WandaVision” estreia cercada de expectativas como a primeira série de TV com o selo do MCU. Digo primeira pois “Agents Of SHIELD” e as séries da Marvel na Netflix, por exemplo, embora fizessem referências ao MCU, não foram produzidas pelos mesmos criadores e nunca estiveram 100% conectadas aos filmes. Agora, é totalmente diferente. As séries da Disney+ terão a supervisão de Kevin Feige, “chefão” da Marvel Studios, ou seja, tudo faz parte de uma coisa só, como o próprio presidente da empresa destacou. Os acontecimentos das séries vão reverberar nos filmes e vice-versa, o que torna tudo ainda mais empolgante. O que dá para dizer até o momento é que, como já se previa, a série é diferente de tudo que já foi produzido pela Marvel até hoje. Para quem gosta de dizer que o estúdio não se arrisca em seus filmes e prefere prender-se a um mesmo modelo – a chamada “fórmula Marvel” – agora não tem mais como utilizar esse argumento. “WandaVision” é, além de uma declaração de amor à TV americana, um GRANDE risco. Não só pela estética de época, mas por abdicar da ação nesses dois primeiros episódios para explorar seus personagens e a dinâmica do casal, aprofundando ainda mais a relação entre eles.
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Os episódios 1 e 2 têm a mesma qualidade que os fãs se acostumaram a ver nas telonas, mas são episódios de construção, que servem ainda para plantar alguns mistérios que serão resolvidos lá na frente. Como, por exemplo, qual será o papel da S.W.O.R.D nisso tudo? O símbolo da organização aparece a todo o momento, até mesmo em uma cena que mostra alguém assistindo à “WandaVision” em uma televisão. Não acredito que eles sejam os causadores dessa manipulação da realidade, mas estão de alguma maneira monitorando tudo que acontece lá dentro de muito perto. Até lembra um pouco “O Show de Truman”, filme do Jim Carrey, que brinca com essa temática de o que é vida real e o que é fake. Mal posso esperar para continuar acompanhando o restante e saber o desfecho dessa história. Dia 22, sai o terceiro episódio. A partir da próxima sexta, será um episódio por semana, até a season finale marcada para 05 de março.
WandaVision 1x01-02 Nota: 4,0/5,0 (Ótimo)
Por @PV_Vasconcellos
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my-super-hero-life · 3 years
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Resenha nostálgica #4 – “Thor”: Shakespeariano até demais
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Com Tony Stark, Hulk e Viúva Negra estabelecidos dentro do MCU, era chegada a hora do quarto membro dos Vingadores ser apresentado para o público. O Deus do Trovão fez sua estreia nos cinemas exatamente um ano depois da sequência de Homem de Ferro, estrelada por Robert Downey Jr. “Thor”, porém, tem uma “pegada” muito diferente dos filmes anteriores, o que agradou alguns e desagradou a maioria. Dirigido por Kenneth Branagh, o longa escolhe trazer o príncipe de Asgard sob a ótica de Shakespeare, abusando dos diálogos pesados e complexos, mas apresentando a riqueza da mitologia nórdica em todos os seus detalhes, com o reino de Asgard sendo quase como um personagem, um dos mais importantes da trama. Para encarnar o herói, Chris Hemsworth – até então desconhecido do grande público – foi selecionado e iniciou sua trajetória de sucesso na pele do Filho de Odin.
Leia mais: Resenha nostálgica #3: “Homem de Ferro 2″: Preparando o terreno para os Vingadores
“Thor” traz a busca do protagonista por auto controle e humildade. Perto de ascender ao trono de Asgard no lugar de seu pai, Odin, vivido por Anthony Hopkins, o Deus do Trovão é banido de seu reino pelo próprio rei após sua arrogância ter destruído a trégua entre as raças dos Asgardianos e dos Gigantes de Gelo, do reino de Jotunheim. Seu martelo, o Mjolnir, é jogado na Terra e encantado por Odin para que somente aquele que fosse digno pudesse empunhá-lo, o que impedia Thor de utilizá-lo novamente a menos que aprendesse os valores que o fariam tornar-se um bom rei. Em sua missão, ele conhece Jane Foster, interpretada por Natalie Portman, seu interesse romântico, enquanto seu irmão adotivo Loki, toma o poder em Asgard e dá a Laufey, seu verdadeiro pai e líder dos Gigantes de Gelo, a chance de matar Odin para controlar os Nove Reinos.
Leia mais: Resenha nostálgica #2 - “O Incrível Hulk”: Filme mais esquecível do MCU
Loki, por sua vez, interpretado por Tom Hiddleston, se mostra aqui como um personagem mais interessante e com mais camadas do que o próprio protagonista do filme. Certeira na escolha do ator, a Marvel já o preparava para ser a principal ameaça em “Os Vingadores”, que chegaria às telonas um ano depois. Em “Thor”, ele é introduzido e é mostrada sua origem, bem como suas angústias, medos e sede de poder. O vilão – que posteriormente viraria anti-herói – se tornaria um dos mais adorados pelos fãs e viria a ser figurinha carimbada nos outros filmes do Deus do Trovão, e até a ganhar série própria na Disney+, marcada para fazer sua estreia em maio de 2021. Tudo por conta do carisma do ator, que chegou a fazer testes para interpretar Thor, mas acabou ficando mesmo com o papel do Deus da Trapaça. Cá para nós, ainda bem, não é mesmo?!
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Outro personagem que o longa apresenta é Clint Barton, o Gavião Arqueiro, quinto integrante dos Vingadores. Ele aparece brevemente na cena em que Thor reencontra seu martelo, mas não consegue levantá-lo, pois tornou-se indigno. Falando na jornada do protagonista para ser novamente digno de empunhar o Mjolnir, há uma série de inconsistências no filme que incomodam até mesmo os fãs mais ávidos do MCU. O Deus do Trovão é mostrado inicialmente como um jovem mimado e arrogante, por essa razão é banido do reino por seu pai. Em pouquíssimo tempo, porém, através do “poder do amor” – o maior dos clichês cinematográficos existentes – volta como que em um passe de mágica a ser digno novamente, quando se dispõe a sacrificar-se para salvar a mulher que ama e os habitantes da Terra, a quem em poucos dias no planeta aprendeu a valorizar. Difícil de comprar.
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Todo o arco de cenas na Terra, aliás, é a parte mais desinteressante do filme. Thor aprendendo valores com os seres humanos, recebendo a visita de Lady Sif e os três guerreiros – que vêm para o planeta para alertar ao Deus do Trovão sobre os planos de Loki em seu reino – bem como a relação do protagonista com Jane Foster e o Dr. Erik Selvig não sustentam a trama, que cai vertiginosamente. Por outro lado, o longa cresce, de fato, quando explora Asgard e a mitologia nórdica por trás da história. As sequências que expandem o universo do herói são aquelas que mais valem a pena. No fim, a ameaça enviada à Terra pelo Deus da Trapaça para eliminar seu irmão, nem de longe chega a assustar ou convencer o público de que a vida de Thor está realmente em risco. O robô chamado de “O Destruidor” é uma ameaça fraca e pouco consistente, que deixa tudo ainda mais sem graça e não atraente.
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A cena pós-créditos dessa vez, ao invés de conectar com o próximo filme do MCU, que viria a ser lançado um pouco mais tarde naquele mesmo ano, faz uma ponte até o grande evento que reuniria todos os heróis mais poderosos da Terra: “Os Vingadores”. O Dr. Erik Selvig é chamado por Nick Fury até a S.H.I.E.L.D para estudar o Tesseract, também chamado de cubo cósmico, e que mais tarde no MCU seria revelado como uma das seis joias do infinito. No reflexo do cientista, porém, é revelada a imagem de Loki, que secretamente o controla. Por meio disso, o Deus da Trapaça orquestraria seu plano de dominação do planeta azul. Em suma, “Thor” é – assim como o “O Incrível Hulk” – um dos poucos filmes da Marvel Studios considerados abaixo da média (incrivelmente alta) estabelecida pela “Casa das Ideias” ao longo dos anos. No entanto, funciona como um trampolim para aquele que seria um dos maiores filmes de herói de todos os tempos.
Por @PV_Vasconcellos
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my-super-hero-life · 3 years
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Quando veremos o Nova no Universo Cinematográfico da Marvel?
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Há pelo menos seis anos na fila para dar as caras no MCU, Nova é um dos personagens que os fãs da Marvel, e me incluo nesse meio, mais desejam ver ganhando uma adaptação no cinema ou na TV. Desde o lançamento de “Guardiões da Galáxia”, em 2014, que apresentou a Tropa Nova — uma espécie de polícia intergaláctica do planeta Xandar — os leitores de quadrinhos, e todos aqueles que sabem do potencial do herói para uma grande aventura espacial, esfregam as mãos para vê-lo fazendo sua estreia em live action. Com a semente plantada e a “deixa perfeita” que “Vingadores: Guerra Infinita” jogou no ar, parece ser uma questão de tempo para que Nova, enfim, esteja entre nós.
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O personagem fez sua estreia nas HQs da Marvel em 1976. De lá para cá, teve três alter egos: Richard Rider — o primeiro, na década de 70 — Frankie Raye, em 1982, e, por fim, Sam Alexander, em 2011. Sua história de origem clássica está ligada intimamente à Tropa Nova. Richard era um adolescente comum que acabou escolhido de forma aleatória por um alienígena chamado Rhomann Dey para herdar seus poderes. Este, por sua vez, era o último centurião vivo da Tropa Nova, que havia sido dizimada pelo vilão Zorr. Dey foi ferido e estava à beira da morte quando conseguiu transferir suas habilidades para Richard, tornando o jovem invulnerável, com fator de cura, velocidade supersônica e manipulação cósmica, além da habilidade de voar.
E assim nasceu o Nova, que carregava em si todo o poder combinado dos centuriões que formavam a Tropa Nova. Como já mencionado, a semente para a aparição do herói foi plantada lá atrás, em 2014. No entanto, foi em “Vingadores: Guerra Infinita”, de 2018, que Thanos dizimou o planeta Xandar para tomar para si a joia do poder — uma das seis gemas do infinito — que havia sido guardada pela líder xandariana Irani Rael, interpretada pela atriz Glenn Close. Embora o massacre não tenha sido mostrado em tela, os peões já estão posicionados. Basta somar dois mais dois para concluir que a Marvel pode utilizar o evento para adaptar a história original dos quadrinhos.
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E nem precisa virar filme no fim das contas. Com a chegada da Disney+, o serviço de streaming da gigante do entretenimento, Nova poderia até mesmo ganhar uma série na plataforma. James Gunn, diretor de ambos os filmes dos Guardiões da Galáxia, seria o nome perfeito para tocar o projeto. Já foi confirmado que Gunn, após lançar o “reboot” de “Esquadrão Suicida” na DC, fará uma série spin-off com um dos personagens do filme, o Pacificador, no HBO Max, serviço de streaming da Warner. Dessa forma, não seria um desafio tão grande assim convencê-lo. Já que o próprio deu o pontapé inicial, ninguém melhor que ele para dar à luz a essa criança. Pega o telefone e liga para o homem, dona Marvel. Estamos aguardando…
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Por @PV_Vasconcellos
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my-super-hero-life · 3 years
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MCU: Expectativa para 2021
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O ano de 2020 foi terrível e frustrante de muitas maneiras para a espécie humana como um todo. Mercados paralisados, economias baqueadas, filmes adiados, eventos cancelados etc. Tudo isso graças a um maldito vírus que fez milhares de vítimas – algumas lamentavelmente fatais – ao redor do globo. Por outro lado, a pandemia serviu também para mostrar a importância das pequenas coisas da vida, aquelas mais simples, e que nem sempre damos o devido valor: a resenha entre amigos, o abraço e o beijo nos familiares e o entretenimento. Ah, o entretenimento... Como ele faz falta na sociedade. Para os fãs do MCU, a expectativa gerada para 2020 com o fim da “Saga do Infinito”, encerrada brilhantemente com “Vingadores: Ultimato” em 2019, ficou toda para 2021, somando-se a outras produções que também chegarão às telonas (ou telinhas) no próximo ano. Vamos àquelas que são as mais aguardadas.
Leia mais: “WandaVision” vem aí! - E os Jovens Vingadores também...
Embora “Viúva Negra”, “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” e “Eternos” cheguem aos cinemas em maio, julho e novembro de 2021, respectivamente, o filme que mais tem tirado o sono e elevado o hype dos fãs da Marvel – me incluo nessa jogada – é “Homem-Aranha 3”, da parceria Sony/Disney. Apesar de nenhuma confirmação oficial ter sido dada, de nenhuma das partes, não há como não se empolgar com a possibilidade de um “Aranhaverso em live action” com os retornos de Tobey Maguire e Andrew Garfield, juntando-se a Tom Holland. Se vier a acontecer, de fato, será o maior evento da cultura pop no próximo ano, quiçá da última década, pau a pau com “Ultimato”. Um verdadeiro presente de Natal aos fãs do Teioso, já que o filme tem data prevista para dezembro de 2021. Mas, afinal, o que se sabe até agora sobre a história?
Absolutamente nada. Apenas que o multiverso fará parte da trama em algum ponto, já que a presença do Dr. Estranho de Benedict Cumberbatch é certa no longa. O que indica que os Aranhas de outros universos possam fazer participações são as presenças de vilões clássicos que já deram as caras no cinema antes. Jamie Foxx, como Electro, e Alfred Molina, como Dr. Octopus, foram praticamente confirmados por fontes confiáveis de Hollywood. Um da franquia “O Espetacular Homem-Aranha”, de Andrew, e outro da franquia “Homem-Aranha”, de Sam Raimi, estrelando Tobey. Coincidência? Dificilmente. Outros nomes como o Abutre, de Michael Keaton, o Mysterio, de Jake Gyllenhaal, e até o Venom de Tom Hardy estão cotados. Seria um Sexteto Sinistro do multiverso se formando bem diante dos nossos olhos? Boatos ainda dão conta de que Kirsten Dunst e Emma Stone podem reviver seus papéis de Mary Jane e Gwen Stacy. Parece que não cabe, mas calma que piora...
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Mais um rumor forte de bastidores especula que ninguém menos do que o Demolidor pode ter uma ponta na história. E não somente o herói sem medo que conhecemos das HQs, mas o mesmo da série da Netflix, interpretado por Charlie Cox. O advogado mais famoso dos quadrinhos ajudaria Peter Parker a sair da enrascada em que foi colocado no fim de “Homem-Aranha: Longe de Casa”, tendo sua identidade secreta revelada para o mundo. Como fazer tudo isso funcionar em pouco mais de 2 horas não dá para saber, mas o projeto ousado para o filme fará parte de uma espécie de “trilogia do multiverso” no MCU, que começará com “WandaVision”, costurará por entre “Homem-Aranha 3” e terá sua conclusão épica em “Dr. Estranho: No Multiverso da Loucura”, agendado para 2022. Simplificando: Wanda Maximoff abre as portas, Peter Parker lida com as consequências diretamente e Stephen Strange ajuda a pôr um fim na confusão.
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E já que falamos de “WandaVision”, a primeira das seis séries previstas da Marvel em 2021 chegará para nós já em 15 de janeiro na Disney+. Assim como “Loki”, que estreia em maio, terá múltiplas realidades alternativas como tema central e promete ser algo totalmente diferente de tudo que já foi feito no MCU até hoje. Os dois trailers divulgados no último dia 10 de dezembro, no “Investor’s Day” da Disney (você confere ambos e tudo que foi divulgado pela Marvel clicando aqui), foram os que mais chamaram a atenção do público. Eles trazem mais dúvidas do que respostas sobre o rumo das histórias, é verdade, mas já dão o tom completamente “viajado” que permeará essas produções. As duas têm asas para voar bem longe e o destino é incerto, mas a viagem, ao que parece, será recheada de surpresas que afetarão diretamente o futuro do MCU. Mutantes? Jovens Vingadores? Kang? A expectativa é daí para cima. Leia mais: Quarteto Fantástico, X-Men e como introduzi-los no MCU
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“Falcão e o Soldado Invernal”, “What If...”, “Ms. Marvel” e “Gavião Arqueiro” são as outras séries que chegam à plataforma de streaming da Disney no ano que vem. Somando tudo, serão dez produções (quatro filmes e seis séries), o que indica que emoção não vai faltar em 2021. Abaixo você confere todo o calendário Marvel para o próximo ano por ordem de lançamento: - WandaVision (15 de janeiro na Disney+) - Falcão e o Soldado Invernal (19 de março na Disney+) - Viúva Negra (07 de maio nos cinemas) - Loki (maio de 2021 na Disney+) - Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (09 de julho nos cinemas) - What If... (provavelmente entre julho e agosto na Disney+) - Ms. Marvel (provavelmente entre setembro e outubro na Disney+) - Gavião Arqueiro (provavelmente entre novembro e dezembro na Disney+) - Eternos (05 de novembro nos cinemas) - Homem-Aranha 3 (dezembro de 2021 nos cinemas)
Por @PV_Vasconcellos
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my-super-hero-life · 3 years
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Resenha nostálgica #3 – “Homem de Ferro 2”: Preparando o terreno para os Vingadores
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Dois anos depois da estreia de “Homem de Ferro”, em 2008, a Marvel não quis perder tempo e já lançou sua continuação. A ideia era aproveitar que o personagem ainda estava fresco na memória do público e, mais uma vez, debruçar-se no carisma de Robert Downey Jr. para alavancar a franquia nos cinemas. Engana-se, porém, quem pensa que “Homem de Ferro 2” teria o simples papel de dar continuidade à história do herói. Não, tinha uma função muito maior que essa, que era cimentar o caminho que levaria até o primeiro filme do grupo de heróis mais poderosos da Terra: os Vingadores. O longa seria fundamental na apresentação da S.H.I.E.L.D – organização que teria uma participação chave dois anos mais a frente – e também de uma personagem que faria parte do time de heróis, Natasha Romanoff, a Viúva Negra. Leia mais: Resenha nostálgica #1: “Homem de Ferro”: O início de tudo
Após os eventos do primeiro longa, Tony Stark agora comanda as indústrias de sua família não mais no ramo armamentista, mas sim de energia renovável – a mesma que abastece o eletroímã de sua armadura e impede os estilhaços de um explosivo de chegarem ao seu coração. No entanto, o herói sofre em silêncio. Isso porque o núcleo de paládio do reator arc em seu peito está o envenenando aos poucos, o que leva o brilhante cientista a buscar um novo elemento que possa substitui-lo e impedir sua iminente morte. Pensando no futuro da empresa sem ele, Tony nomeia Pepper Potts CEO da companhia, mas não conta sobre sua condição. O filme então foca nessa busca de Stark por salvar sua vida, enquanto um novo vilão (ou novos vilões) emerge(m) sem seu conhecimento.
Aqui, diferentemente do primeiro filme, temos dois antagonistas trabalhando juntos. Em “Homem de Ferro”, Obadiah Stane, interpretado pelo notável Jeff Bridges, foi o suficiente para representar uma grande ameaça ao herói. No segundo, Justin Hammer, vivido por Sam Rockwell, une forças com Ivan Vanko, de Mickey Rourke, para tentar derrubar o protagonista. Hammer é um fabricante de armas de uma empresa rival às Indústrias Stark, enquanto Vanko é um físico russo e ex-presidiário que foi capaz de desenvolver a mesma tecnologia de Tony para abastecer uma armadura criada por ele, com chicotes elétricos nos braços. Apesar de visualmente interessante – e uma clara inspiração no vilão Chicote Negro, das HQs – Vanko, mesmo em parceria com Hammer, não supera à ameaça do Monge de Ferro do longa anterior. A prova de que quantidade nem sempre se traduz em qualidade.
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“Homem de Ferro 2” também traz pela primeira vez James Rhodes como o Máquina de Combate. O que havia ficado apenas sugerido no filme anterior, quando o personagem – ainda interpretado por Terrence Howard – vê a armadura e, literalmente, diz: “Fica para uma próxima”, se consuma na sequência. Mas quem tem o prazer de vestir o traje é Don Cheadle, que substituiu o colega de profissão após divergências com a Marvel. O que se disse nos bastidores, na época, é que o ator queria um salário igual ao de Robert Downey Jr., o que, obviamente, a empresa não estava disposta a pagar. Em entrevista, Terrence chegou a acusar Robert, nas entrelinhas, de o ter traído e, de certa forma, “tomado” a verba que seria destinada a ele, já que seus vencimentos aumentaram consideravelmente do primeiro para o segundo filme. A história nunca foi esclarecida, mas o que importa é que Cheadle não decepcionou no papel. Leia mais: Resenha nostálgica #2 - “O Incrível Hulk”: Filme mais esquecível do MCU
Mas o ponto mais importante do longa foi, de fato, a introdução da S.H.I.E.L.D, dirigida por ninguém menos que Nick Fury, que havia aparecido na cena pós-créditos do antecessor. A organização secreta, que tinha planos de montar uma equipe de heróis que pudesse proteger a Terra no momento em que fosse necessário, tem participação destacada e ajuda Tony a conter a ameaça. Principalmente na figura de Natasha Romanoff, apresentada inicialmente como uma secretária das Indústrias Stark – infiltrada pela própria S.H.I.E.L.D, é claro. A personagem então revela-se como uma agente secreta na metade do filme, algo que para quem acompanha os quadrinhos, não chegou a ser uma surpresa. Scarlett Johansson exibe todo o seu talento, charme e vigor físico, mostrando-se a escolha perfeita para o papel e dando início ao arco de evolução da espiã que teria o seu ponto mais alto em “Vingadores: Ultimato”.
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O embate final entre “mocinhos e bandidos”, por sua vez, deixa um pouco a desejar. O duelo de armaduras entre Tony Stark, James Rhodes e Ivan Vanko – com sua frota de robôs projetada com a tecnologia de Justin Hammer – foi construído durante toda a trama para ser o clímax do filme, mas além de durar pouco, não entregou tudo aquilo que prometeu. Penso que o fato dos rostos dos atores quase não serem mostrados na ação, propriamente dita, contribuiu para a ausência de um peso maior, já que sem as atuações o combate físico perdeu em intensidade e emoção. São apenas bonecos em CGI brigando entre si, como em um video game. Entretanto, em uma visão mais ampla, não chega a comprometer a obra como um todo, que se encerra com mais uma cena pós-créditos de ligação com o novo herói que estaria por vir.
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Agente Coulson, interpretado por Clark Gregg, encontra um objeto inusitado em uma cratera no meio de um deserto, no Novo México, e reporta à S.H.I.E.L.D. Conforme a câmera se afasta, vemos a primeira aparição do martelo Mjolnir, o que só poderia indicar uma coisa: o “Deus do Trovão” estava a caminho. No fim das contas, “Homem de Ferro 2” é, definitivamente, inferior ao primeiro, mas ainda sim importante para a construção e a expansão do universo de heróis da Marvel nos cinemas. Trata-se de um filme de transição e de preparação para o que se veria no futuro, mas que também solidificou ainda mais a imagem do protagonista nas telonas. A sequência atestou – de uma vez por todas – a força do carisma de Robert Downey Jr., que seria o fio condutor que levaria, não só o ator, mas a franquia do MCU ao estrelato em poucos anos.
Por @PV_Vasconcellos
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my-super-hero-life · 3 years
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“WandaVision” vem aí! - E os Jovens Vingadores também…
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A série “WandaVision” dará o pontapé inicial da Marvel na Disney+, em 15 de janeiro do ano que vem, e também será aquela que escancarará as portas do multiverso no MCU. Confesso que preferia que “Falcão e o Soldado Invernal” fosse a série inaugural para dar essa introdução, já que tem tudo para ser uma produção mais pé no chão — de ação e espionagem, com inspirações nas dinâmicas de “buddy cop movies” dos anos 80/90 – e, portanto, mais acessível ao grande público. Infelizmente, por conta do atraso nas filmagens, a série teve que ser adiada e chegará às telas em março de 2021. Logo, caberá à Wanda Maximoff a missão de iniciar esse universo das séries no streaming “chutando a porta”. Não que eu não esteja ansioso, muito pelo contrário. Penso que “WandaVision” tem tudo para ser algo diferente e inovador, e não vejo a hora de poder conferir. Mas a série terá uma trama mais densa e pode gerar confusão na cabeça do espectador comum — lê-se aquele que não está acostumado com realidades paralelas e multiverso, como o leitor de quadrinhos. Sim, a série da Feiticeira Escarlate e do Visão tratará sobre esses temas e irá explorar os poderes de Wanda de manipulação da realidade. Existe ainda a expectativa de que a heroína perca o controle dos mesmos, assim como aconteceu na saga “Dinastia M”, das HQs. Podemos ver uma adaptação, mesmo que superficial, dessa história? Seria algo definitivamente interessante.
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O que se sabe com 100% de certeza é que os eventos da série irão desembocar em “Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura”, filme agendado para 2022, e que também terá Elizabeth Olsen, a intérprete da Feiticeira Escarlate, em seu elenco. As duas produções formarão uma espécie de “trilogia do multiverso” com o terceiro filme do Homem-Aranha, ainda sem título anunciado, que estreia em dezembro de 2021. Gostem ou não da ideia, uma coisa é fato: “WandaVision” traz uma série de possibilidades que empolgam os fãs. Veremos mutantes? Penso que ainda não. Mas nada impede que referências já comecem a ser plantadas para serem colhidas futuramente, como a Marvel sempre fez tão bem em suas produções.
A grande possibilidade — e a mais concreta nesse momento — é o início da formação do grupo dos Jovens Vingadores (favas contadas, eu diria). Os gêmeos Célere e Wiccano, filhos de Wanda e Visão, estão confirmados na série, e aparecem nos trailers como dois bebês. A presença de ambos, somada a outros personagens que já sabemos que estão por vir, já dão indícios de que o time está sendo montado e pode se juntar antes do que se imagina. Seja em um filme, ou mesmo em uma série própria da Disney+, para depois fazerem a transição para as telonas. Não há previsão de um “Vingadores 5”, mas a marca da franquia é muito forte, de modo que não imagino a Disney não a utilizando  por um intervalo maior do que três ou quatro anos.
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Vamos lá, façamos as contas: teremos Kate Bishop, a Gaviã Arqueira, na série “Hawkeye”. Hailee Steinfeld foi confirmada no papel e está filmando neste momento juntamente com Jeremy Renner, o Gavião original. Ela será a pupila de Clint Barton na produção, que beberá muito da fonte da premiada HQ de Matt Fraction, também intitulada “Hawkeye”. Em seguida, temos Kamala Khan, a Ms. Marvel, que será a protagonista de outra série que também está em produção, com a jovem Iman Vellani vivendo a personagem. Já foi confirmado pelo estúdio que a heroína fará sua estreia na TV e posteriormente estará em “Capitã Marvel 2”, que chega aos cinemas em 2022. As duas séries em questão estreiam no serviço de streaming da Disney em 2021. 
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Indo para o cinema, Cassie Lang, filha de Scott Lang  — e que irá se tornar a super-heroína Estatura em “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” — também deve fazer parte do grupo. Foi anunciada a atriz Kathryn Newton, que substituirá Emma Fuhrmann, intérprete de Cassie adolescente em “Vingadores: Ultimato”, para o papel. Por fim, outra jovem que vai se juntar à família MCU em “Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura”, é America Chávez, a Miss America, que também tem atriz escolhida: Xochitl Gomez. E não descarto que, futuramente, tenhamos ainda alguma menção ao Hulkling. Quem sabe, até mesmo, na série da She-Hulk?
Chama a atenção também a variedade desse grupo. São quatro mulheres e dois homens, sendo uma paquistanesa (Kamala Khan) e uma latina (America Chávez). Entre os gêmeos, temos Wiccano, personagem abertamente gay nos quadrinhos e que mantém um relacionamento com Hulkling, inclusive. Isso se encaixa na nova filosofia do MCU e que já foi anunciada por Kevin Feige em 2019, de dar uma maior importância à representatividade e mais espaço para todo o tipo de raças, gêneros e etnias nas produções da Marvel Studios. “Pantera Negra” deu início a esse projeto, com um elenco 90% formado por negros e colocando a cultura africana no mainstream. Hora de dar continuidade.
“WandaVision” trará ainda outras surpresas que só começarão a serem reveladas a partir de 15 de janeiro. Veremos pela primeira vez a atriz Teyonah Parris, que interpretará Monica Rambeau — a filha de Maria Rambeau, melhor amiga de Carol Danvers — e que nos foi apresentada em “Capitã Marvel” em sua versão criança. Aqui, ela já é adulta e trabalha para a S.W.O.R.D, uma versão da S.H.I.E.L.D, só que com base no espaço e que lida com problemas intergalácticos. Evan Peters, o Mercúrio dos filmes dos “X-Men” da Fox, por sua vez, é outra cara nova. Seu passado heroico já levantou teorias entre os fãs de que o ator reprisará o seu papel como o velocista, só que de uma outra realidade.
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Minha aposta, no entanto, é outra, e recai sobre o vilão Mephisto, o demônio do Universo Marvel. Vale lembrar que Mercúrio é irmão de Wanda, mas está morto no MCU. O personagem foi interpretado pelo ator Aaron Johnson, e foi vítima de Ultron em “Vingadores: A Era de Ultron”. Teremos também o retorno de Kat Dennings e Randall Park, que reprisarão seus papéis de Darcy Lewis, amiga de Jane Foster em “Thor” e “Thor 2: O Mundo Sombrio”, e Jimmy Woo, agente policial de “Homem-Formiga e a Vespa”, respectivamente. Tantos personagens aleatórios... Mas lembre-se: quando se trata de Marvel, nunca nada é aleatório. Em breve veremos como todas essas peças se encaixarão no tabuleiro.
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Resenha nostálgica #2 — “O Incrível Hulk”: Filme mais esquecível do MCU
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Depois do lançamento de “Homem de Ferro”, em 2008, ainda no mesmo ano a Marvel apresentaria o segundo integrante do grupo de heróis mais poderosos da Terra: O Incrível Hulk. O “Gigante Esmeralda” estava longe de ser um desconhecido do grande público, afinal de contas já havia tido um filme no cinema (2003), alguns na televisão e até sua própria série de TV, no fim da década de 70 — com os atores Bill Bixby, como Bruce Banner, e Lou Ferrigno, como o próprio Hulk. Dá para afirmar, inclusive, que o personagem era um dos mais conhecidos da editora, ao lado do Homem-Aranha. Nessa época, Homem de Ferro, Thor e Capitão América não estavam, nem de longe, entre os rostos mais famosos da Marvel, o que mudaria de forma arrebatadora nos anos seguintes.
Leia mais: Resenha nostálgica #1: “Homem de Ferro”: O início de tudo
Para viver o “Golias Esmeralda”, foi escolhido o ator Edward Norton, de “Clube da Luta” e tantos outros sucessos. A escalação foi elogiada na época, muito em função do calibre do ator, indicado ao Oscar em três oportunidades e vencedor de um Globo de Ouro. No entanto, acabou virando uma dor de cabeça para a Marvel. Ele acabou sendo demitido pelo estúdio após o filme e foi substituído posteriormente por Mark Ruffalo. Sua personalidade forte foi o principal motivo, sendo classificado como um ator de difícil convivência nos sets de gravação. Outro problema foi que Norton quis ter mais controle da produção, mexendo no roteiro e nas falas do personagem, algo que na Marvel — que preza muito pelo planejamento a longo prazo para uma ligação orgânica entre seus filmes — não é bem visto.
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Não à toa o filme acabou sendo um dos mais fracos e o mais esquecível de todo o MCU. Não somente por culpa do ator, mas pelo roteiro “capenga” e a ausência de uma motivação clara e que fizesse sentido de alguns personagens. A história se passa em um primeiro momento no Brasil, onde Bruce Banner busca uma cura para sua condição e aprende técnicas de meditação para manter a calma e evitar as transformações. Enquanto isso, trabalha em uma fábrica de engarrafamentos, na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, mas acaba perseguido por soldados americanos comandados pelo General Thaddeus Ross, que tem planos de utilizar o monstro como arma para fins militares. Vale ressaltar que o experimento com raios gama que criou o Hulk fazia parte de um programa para recriar o soro do “Super Soldado”, mesmo que deu origem ao Capitão América, e teve participação do próprio General Ross.
O longa conta ainda com outros nomes conhecidos como Liv Tyler — filha do músico Steven Tyler, vocalista da banda “Aerosmith” — e Tim Roth — ator que brilhou em filmes como “Cães de Aluguel” e “Pulp Fiction” — ambos do renomado (e genial) diretor Quentin Tarantino. A primeira, interpreta Betty Ross, filha de Thaddeus e interesse romântico de Bruce. Já o segundo, vive Emil Blonsky, oficial russo que também está na caça do “Gigante Esmeralda”. Ele acaba injetando em si próprio a fórmula, que combinada com o sangue de Bruce Banner o transforma no Abominável, uma criatura grande e ameaçadora, assim como o Hulk, mas disforme e totalmente fora de controle. Ao fim, ambos entram em um conflito brutal pelas ruas do Harlem em uma cena regada a muito CGI, mas sem muita emoção.
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No pós-créditos, em um tom muito parecido com o de “Homem de Ferro”, dessa vez quem aparece é o próprio Tony Stark para reforçar a ideia do universo compartilhado entre filmes que se criava. O bilionário adentra em um bar e encontra o General Ross. Ao pé do ouvido, cochicha sobre a “Iniciativa Vingadores”, da mesma maneira que Nick Fury, diretor da S.H.I.E.L.D, fez no longa anterior. O intuito é claro, convocar o Hulk para fazer parte da equipe. O único problema é que Banner termina o filme foragido. Logo após a batalha frente ao Abominável, o “Golias Esmeralda” desaparece sem deixar rastros. De maneira amistosa, é verdade, já que o próprio exército americano desiste de sua captura em uma espécie de “trégua”, após ele derrotar o vilão e evitar uma catástrofe ainda maior.
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Com isso, de uma forma geral, “O Incrível Hulk” pode ser classificado como um filme de grandes atores, mas que subaproveita o potencial de cada um deles, entregando uma trama genérica, arrastada e pouco atrativa ao público. Tanto é verdade que a Marvel praticamente esqueceu-se do filme. A única coisa que foi reaproveitada, além de Bruce Banner — com outro ator — foi o General Ross. Posteriormente, o personagem viraria Secretário de Estado e teria um papel fundamental em “Capitão América: Guerra Civil”, criando o “Tratado de Sokovia”, que dividiria os Vingadores em dois lados liderados por Steve Rogers e Tony Stark. Até mesmo Betty Ross, grande amor de Bruce Banner, acabou deixada completamente de lado e nunca mais foi sequer mencionada. O longa, porém, é mais uma das pequenas peças que, sozinha pode não ter tanta importância, mas fazem a gigantesca engrenagem do MCU funcionar com a precisão de um relógio.
Por @PV_Vasconcellos
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my-super-hero-life · 3 years
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Quarteto Fantástico, X-Men e como introduzi-los no MCU
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Se tem algo que os fãs da Marvel estão mais do que ansiosos para ver é Quarteto Fantástico e X-Men fazendo sua estreia oficialmente no MCU. Depois da compra da Fox pela Disney em março de 2019 — pela bagatela de US$ 71,3 bilhões de dólares — a Marvel recuperou os direitos de seus personagens, que haviam sido negociados no final da década de 90 após a editora declarar falência (como o mundo gira, não é mesmo?). Atualmente um dos maiores “cases de sucesso” da indústria cinematográfica, a empresa prepara mais uma expansão. Com novos “bonecos em sua caixa de brinquedos”, Kevin Feige, chefão da Marvel Studios, agora precisa pensar em um meio de introduzir os personagens em um universo compartilhado já estabelecido, amarrado e coeso. Uma missão que não é nada fácil, mas está longe de ser impossível, ainda mais para quem criou tudo do zero há pouco mais de dez anos.
Como anunciado na última quinta-feira, em evento da Disney, o Quarteto Fantástico será o primeiro a ser apresentado, provavelmente em 2023. Se pararmos para pensar, faz sentido que o grupo chegue no Universo Cinematográfico Marvel antes dos mutantes. O último filme da primeira família da editora foi em 2015 (se é que podemos chamar aquilo de filme…) e não deixou saudades aos fãs. Os X-Men, por outro lado, tiveram seu último filme no ano passado, com “Fênix Negra”, outra “bomba” que ajudou a sepultar os mutantes na Fox. Logo, é mais fácil para a Marvel adaptar personagens que apareceram nas telonas pela última vez há pouco mais de cinco anos, já que estão menos frescos na memória do público. Mas isso não quer dizer que os mutantes — ou mesmo o gene X — não possam ser apresentados em breve.
A Marvel tem a faca e o queijo na mão para começar a trajetória dos mutantes no MCU de forma gloriosa e, de quebra, interligando com acontecimentos passados em seu universo. Mas como? Eis a solução: Feiticeira Escarlate e Mercúrio, mutantes nos quadrinhos, não foram introduzidos dessa forma em “Vingadores: A Era de Ultron”. Óbvio, já que a Marvel não tinha os direitos e se configuraria uma violação contratual. Ao invés disso, os poderes dos gêmeos nasceram de experimentos feitos pela H.I.D.R.A com a joia da mente, que jazia no cetro do Loki. Mas e se a joia não tiver criado os poderes dos irmãos, e sim desbloqueado algo que já estava dentro deles? Sim, o gene X. E vai muito mais além do que isso. O evento do estalo de Thanos pode ter sido o estopim para a criação de mais mutantes no MCU, pessoas comuns, que estavam com o gene adormecido dentro delas e que despertaram.
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Vale lembrar que não houve somente um estalo, mas sim quatro. Além daquele que apagou metade do universo, houve outro em que Thanos destruiu as próprias joias, o que Hulk trouxe todos de volta e o que Tony Stark dizimou o exército do vilão, bem como o próprio. Todo esse banho de radiação cósmica pode ser a chave para a entrada gradativa dos mutantes no MCU. Começando paulatinamente, com um número reduzido de pessoas manifestando seus poderes e aprendendo a controlá-los. Depois, quando o conceito já estiver bem estabelecido, entram em cena Wolverine, Ciclope, Jean Grey, Fera, Noturno e todos os personagens dos X-Men que o público já se acostumou a ver. E digo mais: as próximas produções da Marvel, como “WandaVision”, “Falcão e o Soldado Invernal” e “Eternos”, podem ajudar a cimentar esse caminho.
Em “WandaVision”, por exemplo, Wanda Maximoff descobrirá mais sobre seus poderes, inclusive de alteração da realidade. Momento perfeito para que a personagem seja confrontada com a verdade de que sempre os teve, mas que estavam adormecidos dentro de si. Precisou a joia para liberá-los. Em “Falcão e o Soldado Invernal”, há rumores da aparição de Ômega Red, vilão mutante dos quadrinhos dos X-Men. O personagem seria fruto de experimentos científicos, assim como o Wolverine — cria do projeto Arma X, no século XIX, e que chegou a lutar na 2ª Guerra, na primeira metade do século XX. Isso pode indicar que além dos novos mutantes concebidos pelas joias do infinito, outros já existiram no passado. E “Eternos”? Bom, o filme trará a figura dos Celestiais, ninguém menos do que os responsáveis pela criação de Eternos, deviantes e humanos. E também aqueles que criaram o gene X, colocando-o em parte dos humanos para que, um dia, a evolução fizesse o seu trabalho.
Está pensando no que estou pensando? Tudo se encaixa! E seria a forma perfeita de trazer os mutantes para o MCU. A chegada do multiverso também é outro caminho, mas que, cá para nós, não geraria tanto impacto. Seria até esperado, por ser fácil demais. Talvez quem se utilize desse artifício seja o Quarteto Fantástico. Já foi confirmado que o vilão Kang, o Conquistador, estará em “Homem-Formiga e Vespa: Quantumania”. Nada melhor que trazer um personagem ligado a viagens multidimensionais na franquia que originou o Reino Quântico, peça-chave em “Vingadores: Ultimato”, permitindo as viagens temporais. O detalhe é que Kang é antagonista clássico do Quarteto nas HQs. Seria uma pista? De uma dessas brechas — ou por que não do próprio Reino Quântico — Reed, Sue, Ben e Johnny podem emergir já com seus poderes e prontos para se juntarem à família Marvel.
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Nada disso, porém, é certo. São apenas conjecturas de um fã. O que pode-se afirmar mesmo, com certeza, é que veremos esses personagens muito em breve. Um “easter egg” de “Homem-Aranha: Longe de Casa”, filme lançado no ano passado, inclusive, já havia dado a dica. Na cena pós-créditos, Peter Parker está pulando de prédio em prédio com sua teia pelas ruas de Nova York e passa perto da rua 41, onde é possível ver muito nitidamente uma placa de construção com os dizeres: “Mal podemos esperar para mostrar isso para vocês”. A rua em questão é onde fica localizado o Edifício Baxter, sede do Quarteto Fantástico, nos quadrinhos. Não tinha como ser mais claro do que isso. Tudo fez ainda mais sentido quando soubemos que Jon Watts, diretor dos dois filmes do “Teioso” no MCU, foi escalado para dirigir também o filme do Quarteto. Já era a Marvel fazendo o que faz de melhor: brincar com a emoção e expectativa de seus fãs. Eles sabem, como nenhuma outra empresa, como elevar o “hype” do público nas nuvens.
Por @PV_Vasconcellos
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my-super-hero-life · 3 years
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Resenha nostálgica #1 — “Homem de Ferro”: O início de tudo
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Chegava às telonas, em abril de 2008, o filme que mudaria para sempre a indústria dos super-heróis no cinema. É verdade que o Homem-Aranha de Tobey Maguire e os X-Men da Fox já haviam quebrado essa barreira, mas foi com “Homem de Ferro” que a Marvel mostrou ao mundo que filmes de heróis poderiam ser bem mais do que conteúdo para crianças. O projeto começou ousado desde a escalação de Robert Downey Jr., bancado pelo diretor Jon Favreau, para viver o herói. O ator era visto como problemático em Hollywood por conta das polêmicas e seu envolvimento com drogas. Além disso, o longa ambicionava dar o pontapé inicial em um universo compartilhado de filmes, algo jamais antes feito por nenhum outro estúdio. Tinha tudo para dar errado, mas não há sucesso sem riscos, não é verdade?
O fato é que “Homem de Ferro” não era pura e simplesmente uma produção isolada, era muito maior do que isso. Uma peça de engrenagem que se encaixaria em um todo gigantesco. E os planos da Marvel começaram a ficar mais claros na cena pós-créditos. Samuel L. Jackson, como Nick Fury, apareceu pela primeira vez e deu a deixa para a “Iniciativa Vingadores” ser trabalhada, levando os leitores das HQs — que sabiam o que estaria por vir — à loucura. Vale destacar que, na época, o público foi pego de surpresa, já que cenas pós-créditos não eram comuns no cinema e começaram a se popularizar graças à Marvel. Esse é mais um ponto que reforça o pioneirismo do estúdio, com méritos que podem ser traduzidos em uma única palavra: planejamento.
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Mas vamos para o filme em si, que teve a missão de apresentar a origem do herói e iniciar o seu arco que se encerraria somente 11 anos depois, em “Vingadores: Ultimato”. Tony Stark — um bilionário fabricante de armas que herdou a companhia “Stark Industries” de seu pai, Howard Stark — sofre um sequestro de um grupo terrorista do Oriente Médio. Exposto ao mal e as destruições que os armamentos que levam o seu nome causam ao redor do mundo — provocando guerras e tirando a vida de pessoas inocentes — ele consegue fugir utilizando sua genialidade e construindo uma armadura com sucatas e materiais de segunda mão. A partir daí, dedica-se a consertar os erros do passado de sua família e fazer valer aquilo que acredita ser o correto. Na verdade, a história é mais profunda — e até poética, por assim dizer — do que essa. A armadura torna-se parte de Tony, já que o herói utiliza o “reator ark” em seu peito para, além de dar energia suficiente para abastecê-la, evitar que estilhaços de um explosivo, decorrentes do acidente que sofreu em sua captura pelos terroristas, cheguem ao seu coração. Sim, Tony Stark e Homem de Ferro tornam-se um só. E um precisa do outro para continuar existindo. Quem dá essa nova chance ao protagonista é Ho Yinsen, seu companheiro de cativeiro e quem realiza a cirurgia para implantar um eletroímã em seu peito e salvar sua vida. Também com a ajuda do cientista, ele escapa da caverna em que vinha sendo mantido aprisionado e volta a ver a luz do dia.
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Além do astro Robert Downey Jr., o filme contou ainda com as ilustres participações de Gwyneth Paltrow, ganhadora do Oscar em 1999 por “Shakespeare Apaixonado”, Jeff Bridges e Terrence Howard, que futuramente viria a ser substituído por Don Cheadle em seu papel. Mas nenhum deles brilhou mais do que o herói, que com seu carisma inigualável, ajudou a produção a alcançar o feito de arrecadar US$ 585,3 milhões mundialmente e ser bem avaliado pela crítica. De quebra, ainda fez os olhos dos fãs brilharem com uma interpretação perfeita do magnata Tony Stark, que parecia ter sido arrancada diretamente das páginas dos quadrinhos. Unanimidade entre os fãs, Robert nasceu para o papel, e provou isso em sua trajetória no MCU.
O filme de origem do herói já mostra uma pequena evolução de Tony — algo que seria muito melhor desenvolvido ao longo de toda a saga da Marvel nos cinemas — de um sujeito extremamente egocêntrico e que só se preocupa com si próprio e a sua imagem, para um homem que, genuinamente, passa a colocar o próximo como prioridade, botando sua vida em risco pelo mais fraco, na luta para fazer do mundo um lugar melhor e mais seguro. Na última cena, em uma coletiva de imprensa, o bilionário ignora completamente a orientação de sua assessoria e revela — com a célebre frase “Eu sou o Homem de Ferro” — quem é o herói por dentro da armadura. Sobre essa cena marcante e que é guardada com carinho na memória dos fãs até hoje, dois destaques merecem ser feitos.
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O primeiro deles é que ela já dava o tom de que identidade secreta, algo tão importante e velado nos quadrinhos, não seria um problema no MCU. Já o segundo, só faria sentido anos mais tarde. Nitidamente, o objetivo de Tony naquele momento era alimentar seu ego, colhendo os louros de suas ações ao longo do filme e estampando seu rosto nas páginas dos jornais. O curioso é que a mesma frase viria a ser repetida onze anos depois, em “Vingadores: Ultimato”, dessa vez como um sussurro, frente a frente com Thanos, enquanto empunhava a Manopla com as seis joias. Aqui, porém, a frase ganha outro significado: altruísmo, heroísmo e o fim da jornada do herói com o sacrifício máximo. Que desenvolvimento! O final perfeito. E sortudo é aquele que pôde acompanhar essa história ser contada em tempo real.
Por @PV_Vasconcellos
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