Tumgik
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nota de suicidio (?)
Há muitos anos eu passo por processos de revolta intensos. E há anos eu passo por processos de perdão, eu perdoei a mim mesma e aos que seguem ao meu redor. Mas há muita dor envolvida nisso. Em 2017 eu fui expulsa de casa, e levada pra casa do meu pai sem aviso prévio, lugar este, onde sofri abusos, fisicos, morais, psicológicos e sexuais. Lugar este, que eu preferia estar dentro do consultório da minha ex-psicóloga do que em casa. Eu voltei a beber muito lá. E isso não foi o ínicio de tudo, sabe? Eu sofri demais minha vida toda, porém, segui perdoando. Acho que por isso as pessoas acham que eu estou bem durante esses períodos. Eu, sinceramente, nunca soube o que era amor. Eu via amor no desespero. Amor era o que eu sentia nas terças à noite que minha mãe me buscava na casa do meu pai para comermos pizza, aos meus 6-7 anos. Eu via amor na fuga, na fuga das minhas dores. Então pra mim o amor é desesperador. Eu me apaixonei aos 13 anos pela primeira vez, mas era um amor bobo de colegial, mas no caso, não era saudável. Eu me sentia solitária e não saia de casa, não tinha muita vida social. E eu estava na fase onde todas as minhas amigas tinham alguma paixonite. Eu vi em um menino do ensino médio, meu amor. Ele não tinha nada a ver comigo, porém eu sentia que iria morrer sem ele, mesmo que não nos falassemos. Comecei a me arranhar ao ficar nervosa quando o via com outra garota. Arranhões profundos, já que deixava minhas unhas crescerem. Ao vir pra Teresópolis, me apaixonei novamente. Comecei a me cortar com tesouras ao me ver desamparada. Namoramos. E eu fui para a navalha. Ele não me amava. Acho que ele via em mim, o que eu via nele, um porto seguro. Ambos tivemos relações paternas complicadas, mas no caso, o pai dele havia morrido aos 5 anos. Comecei a usar drogas pesadas, e ficar insana. Fui sentindo minha sanidade escorrer pelos meus dedos, comecei a perdoar mais e mais e mais. Tudo era perdão. Eu só não queria ficar sozinha de novo. Fiquei sozinha. Perdi totalmente a cabeça, e meus esforços pra não afastar as pessoas se tornáram bizarros, eu só não queria sentir a dor de estar sozinha de novo. Meus amigos morreram, sofri um aborto espontâneo. Senti que deus queria me fazer sozinha. Por que? Todos se vão. Todos. E eu perdoo. Tudo, todos. Eu só não quero ficar sozinha. Eu só não quero me sentir insana. É insanidade?
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Where are you?
Eu to cansada de escrever sobre a mesma pessoa.
Pensar na mesma pessoa.
Sofrer por isso.
Olhar para o céu e desejar que esteja me abraçando dizendo que vai ficar tudo bem.
Porque não vai ficar. Nada vai.
Eu nunca mais vi estrelas, todos os dias tem estado nublados.
E você está apaixonado. Você está desejando outra coisa aos céus.
Você não está sonhando acordado comigo, mas sim com outros olhos.
Eu não te culpo. Eu não sinto raiva.
Eu só me sinto perdida e quebrada.
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nem revisei essa merda q se foda ngm liga
Eu diria que estava tudo bem
Que a maré estava calma e que os pássaros cantariam na manhã seguinte ao trauma
Mas eu estaria esperando o melhor ou só esperando uma coisa boa?
De qualquer forma, meu mundo acordou em chamas
Olhei para a janela e tudo estava em ruínas, tudo estava no mais perfeito desastre
A culpa foi minha?
Estava chovendo hoje, tentei ter coragem de me atirar lá de cima
Mal consegui subir a rampa por conta da fome
Descendo, minhas pernas fraquejaram e desmoronei
Por dentro eu já estava em fragalhos
Chorei ao telefone e no caminho de volta
Tudo que eu conseguia ver era
Nada
Apatia
Somente o desesperador e agonizante som do silêncio
É frio
É cinza
Dói de uma forma tão inesperada
Foi simplesmente uma palavra que me fez sair correndo de casa sem rumo
Apenas a porra de um maço
E uma cabeça fodida
Eu te desejo felicidade
Mas não espere que eu encontre a minha
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ja cansei de correr e ainda não cheguei
foi um dia extremamente ensolarado, porém um vento muito gostoso e cheiroso passava por mim
tocava uma musica muito linda no meu fone, uma que eu nunca tinha escutado, mas naquele momento bateu uma sensação de extremo conforto e nostalgia
meus pés caminhavam no mesmo chão que caminhei milhões de vezes ao ir à sua casa e ficar aprunchegada a você na sua cama, ouvindo a batida do seu coração e sentindo seu cheiro
aquilo me deu uma sensação tão boa, tão linda, e nenhuma das palavras que já li no dicionário ou ouvi em conversas de busão são capazes de descrever o que eu senti naquele momento
porém, lembrei que sua presença não estava mais naquela casa, não estava mais na minha vida
eu passei direto pela esquina da sua casa
tentei arduamente não olhar pra ela
eu saberia que choraria caso o fizesse
tentei continuar na ilusão que terei novamente seus batimentos cardíacos e seu cheiro numa tarde de sábado
mas a realidade é dura demais
lembrei das mensagens apenas visualizadas
que nunca serão respondidas
a realidade é dura e o destino é cruel
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este é o fim
quando nos conhecemos você me disse que seria o fim
que estava tudo acabando
olhou pro horizonte do mirante de Teresópolis
e me disse
"é o fim"
eu, sem hesitar, disse que o fim de algo significa algo novo
você olhou pra mim incrédulo
aparentemente não havia pensado nisso, o que pra mim, era óbvio
eu dei de ombros e te abracei por trás
e esse foi o começo desses três longos anos
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ok, são 03:52 da porra da manhã e eu estou com muita raiva. Só não sei de quê.
Ouço os passaros cantando. E só não acendi a merda de um cigarro por preguiça. Meu rosto está grudado por conta das lágrimas, e eu não sei o que eu gostaria de estar escrevendo.
Deveria ser algo relacionado a minha autodestruição ou sei lá. Eu sou autodestrutiva. Ponto. Feliz agora, Amanda?
Essa merda não adianta de nada, quem diz se importar não se importa. O que são essas porras desses emoji de coração e esses "eu te amo" mais vazios que a porra de uma piscina abandonada. Pior que isso só se fosse um "eu te amo" cheio de merda e esgoto que nem o dele.
Eu odeio ver o sol nascer. Queria que a noite durasse mais.
Ta começando a ventar pra caralho
03:56
Eu acendi um cigarro e tranquei a porta, mas odeio esse barulho de porta batendo e coisa caindo no chão. Não a coisa caindo em si. Ela poderia ficar lá no chão caso não fizesse barulho ao cair.
04:01
Acho engraçado que às vezes eu tenha medos similares aos de uma criança. Que vou fechar a janela e o rosto de um palhaço assassino vai aparecer na janela, mas eu sempre me lembro que tudo que tenho que temer são essas vozes na minha cabeça e a porra da inconstância emocional.
Ok, talvez escrever amenize a raiva.
E talvez as coisas tenham parado de bater e cair no chão.
Eu só queria ainda ter chá na garrafa, mas eu derrubei essa merda na cama. Que eu deveria ter forrado. Assim como a roupa suja ali no canto, que eu deveria ter lavado.
Onde eu coloquei a roupa limpa que estava na cadeira?
É tão bizarro tentar escrever exatamente o que se passa pela minha cabeça quando se tem pensamentos paralelos.
Derrubei cinza no chão.
Às vezes eu tenho medo do meu espelho.
Parou de ventar e eu fui estúpida em fechar a janela no verão, agora to morrendo de calor.
E quero que ele vá se foder.
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por que estou fora de controle?
Eu estou sentada aqui novamente.
Meus pés balançam junto com as marés e eu sinto a brisa gélida noturna acariciar meu rosto enquanto me esquento com meus cigarros, uma garrafa de vinho e um lenço que eu deixo que me abrace como você costumava fazer nessas horas.
A lua está brilhante e há pessoas saindo da faculdade. Eu realmente não quero ver seu rosto mais uma vez. Ao mesmo tempo que minha cabeça frequentemente olha para os lados procurando uma silhueta conhecida.
Mais um gole de vinho e um suspiro.
Gostaria de ouvir o som da orla, porém quero ignorar o mundo ao meu redor e ouvi-lo seria como me conectar com a realidade. Uma coisa que eu não estou nem um pouco a fim de encarar.
Nunca estive. Na verdade, acho que apenas finjo que a encaro, mas mal consigo olhar em seus olhos por dois segundos seguidos.
Um filme de nossos anos juntos passa pela minha cabeça fazendo com que eu sinta meu nariz coçar, alertando o inicio de uma crise de choro.
Queria ser agraciada com sua presença perguntando se estou bem. Não. Eu não quero.
Eu estou bem sem você. Estou muito bem.
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lonely girl with a blue ukulele
[1/10 17:05] e eu nunca estragaria os sonhos de alguém
[1/10 17:05] de forma mesquinha
[1/10 17:05] que nem você
[1/10 17:05] Eu estraguei seus sonhos?
[1/10 17:06] fez pior
[1/10 17:13] Criei sonhos
[1/10 17:13] Pra depois estragar
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"não dá mais"
Há coisas que eu gostaria que sua boca me dissesse. Mesmo eu sabendo que seria mentira. Eu tenho estado solitária. E sei que não está procurando mais por mim. Você gosta da solidão. Mesmo eu te abraçando e te mantendo quente, você permanecia frio. Acho que de algum modo você me ama, porém não está apaixonado por mim. E é estranho você permanecer por perto, mesmo que eu não seja quem você deseja. E você continua procurando por ela. E isso faz com que eu queira te deixar.
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Queria entender os anjos e aqueles que cantam o coro da salvação.
Queria ouvir suas harpas e suas cornetas e sentir minha alma limpa.
Sentir seu toque angelical e a pureza de um afago.
Não quero a culpa de um par de olhos.
Não quero vê-los através de grandes em um banco desconfortável.
Ouvindo minha imoralidade superficial.
Cuspindo julgamentos.
Não quero sua água, não quero sua fumaça.
Se assemelham ao fogo.
Eu quero sentir meus tornozelos sendo suavemente beijado pelas ondas cristalinas.
Quero ver as pinceladas negras caindo dos céus no mar.
Inalar o cheiro da liberdade.
Ser agraciada com o sol. 
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você é insano como eu?
Eu não sei como eu poderia explicar isso. Eu estou escrevendo porque acho que ninguém entenderia. Mas eu nunca tinha realmente admitido para mim -não para os outros- que eu tenho traumas graves. As vezes acordo de sonhos que não lembro, olhando para o meu quarto pensando que finalmente estou em segurança de novo. Fui rever fotos de quando fui expulsa de casa. Eu estava tão mentalmente fodida. Eu podia ver todas as minhas dores naquelas postagens e naquelas fotos. Coisa que quase ninguém deve ter notado. Tal como eu. Eu esqueci. Eu esqueci quase tudo que me fez mal. E não, isso não é bom. Não foi no sentido de te-los superado. Eu apaguei da minha cabeça justamente para não sofrer, eu afundei isso dentro de mim de forma que eu ficasse apática em relação a isso. Eu não entendia minhas crises, não entendia porque eu surtava do nada com coisas que pareciam inofensivas. Eu não sei bem o que dizer sobre isso. Eu não entendo bem "isso". Às vezes eu acho que ainda estou lá. Que ainda estou presa, que ainda estou sofrendo, porém minha cabeça escapou daquilo e criou a realidade em que estou agora. Eu não consigo provar para mim mesma que estou em segurança. Às vezes me sinto uma criança abandonada, que quer desesperadamente ligar para a mãe. Eu ligaria, porém são 00:49 e ela trabalha amanhã. Eu queria que ela me dissesse que está tudo ok. Que eu estou bem. Eu não acredito em mim. De tanto ignorar as vozes da minha cabeça eu não acredito mais em nenhum dos meus pensamentos. Tudo parece extremamente duvidoso. E muito menos consigo confiar nas pessoas ao meu redor. Eu queria me sentir segura. Acho que nunca me senti. Acho que já, sim, na verdade. Mas não sei se estava realmente segura. Eu me sinto insana. Não penso em matar pessoas, nem em me matar. Não penso em fazer loucuras, nem planos mirabolantes para manipular pessoas e conseguir o que eu quero. Eu na verdade, estou tentando ser uma pessoa boa, que faz absolutamente tudo de coração. Mas quando se faz as coisas com o coração, isso o deixa visível e vulnerável a ataques. Então tenho medo. Tenho medo de viver. Mas eu amo a vida, eu amo viver e amo as pessoas que me cercam. Tenho medo delas também. Tenho medo de morrer às vezes, mas às vezes tudo que eu quero é morrer. Isso me dá tanta dor no peito de pensar. Vontade de chorar e de me esconder. Eu não entendo a civilização. O mundo em que habitam as pessoas. Eu estudo para tentar entender. Mas sentimentos são complexos. Sociedades são fáceis de se entender, mas os indivíduos tem tantas particularidades. Eu não durmo no escuro. Não sozinha. Eu tenho medo. Não sei de que. Mas eu tenho. Tenho medo de tudo.
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insalubridade
ja perdi a conta dos dias. se não fosse meu celular e sua tecnologia capaz de me manter menos solitária do que eu realmente estou eu não saberia dizer se hoje é sábado ou domingo. mas na real, hoje é segunda. e pela terceira vez no dia uma voz aparece na minha porta, sem ao menos avisar cobrando satisfações pelo meu comportamento. sei lá quantas vezes hoje já ouvi Arnaldo Antunes, e quem dera que fossem as músicas alto astral. e de novo ouço o murmúrio na cozinha. não posso entender suas palavras. ainda sim, tenho absoluta certeza de que estou sendo julgada. qual a dificuldade de deixar alguém mofar em seu proprio quarto? ele não está sujo nem nada, até porque não saio dessa área de um metro quadrado onde se encontra minha cama. o máximo de sujeira que se encontra aqui é o reino de cinzas dentro do cinzero. tentar manter uma aparência leve e satisfeita tem sido muito difícil. prefiro me esconder a ser julgada de novo. é mais fácil lidar com as coisas estando sozinho. acho que isso as torna menos confusas. "não abre a janela, porra" "você sabe que você se tornou uma pessoa extremamente desagradável?" "só porque eu quero ficar quieta no meu quarto?" outro silêncio estarrecedor, e outro clima merda se instaura. aparentemente eu tenho estado mestre em criar esse tipo de situação insalubre. há alguns anos.
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faça-me sentir tão machucado quanto você
ele correu em direção ao penhasco gritando que ia acabar com sua vida ela puxou sua camisa que saiu em suas mãos gritando "por favor, não faça" lágrimas em seus olhos ele virou e disse "viu? é assim que me sinto toda vez que você faz isso"
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você é a merda do motivo pelo qual não estou por perto
e ela era aquele ser etéreo sem passado com um sorriso que poderia esconder o pior dos medos e traumas bela por fora e podre por dentro visualmente feliz e satisfeita aquela menina que rouba seu coração e vai embora com ele em um saco velho aquela menina que te promete os céus, porém tudo que você enxerga é o inferno que te beija e vai embora pela manhã antes de você acordar aquela escrota que você chama de piranha porém ela vai embora com lágrimas nos olhos não por sua causa ela é incapaz de amar (de novo)
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quando bate a onda
Eu vi as almas mais brilhantes da minha geração destruídas pela insanidade. Correndo pelos cantos obscuros de suas almas e catando lixo tóxico dos becos sórdidos. O bafo fétido das casas imundas. O esgoto à céu aberto corroendo narinas. O amor sendo transformado em poeira enrolada em uma nota rasgada de dois reais. Eu vi tosses asmáticas e ensanguentadas. Cabeças esmagadas e pulsos mutilados. Sonhos despedaçados e pessoas sem sonhos. Correndo nuas e beijando a todos. A cidade onde os sonhos morrem, pode ser a cidade onde eles nascem. Seria a insanidade a forma mais genuína de conhecimento?
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broken soul.
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