#( TÔ MUITO PISTOLA. )
mds ela não pode ser a Isa. se ela for eu vou chorar. EU TÔ PASSANDO MAL
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PARTE I - A GAROTA
Miles não conheceu o mundo antes da infecção, mas havia lido livros o suficiente para imaginar como ele era. Era o que podia fazer para manter sua sanidade, depois de quinze anos vivendo com medo e fugindo. Ele sabia se virar o suficiente, havia sobrevivido sozinho por alguns anos depois que seus pais decidiram que cuidar de uma criança era trabalho demais em um mundo decadente.
Mesmo assim, sabia que sem John Constantine, já teria sido morto há muito tempo.
— É melhor segurar isso com força, ou vão facilmente tirar de você — o comentário do mais velho o fez apertar a pistola em suas mãos com força. — Não sabemos o que vamos encontrar aqui, então, por favor, fica atento.
— Eu tô atento! — Miles sussurrou levemente alto. — Por que estamos aqui? Não parece ter comida.
— Uma pessoa me chamou aqui, alguém que eu não vejo há anos. E se eu deixar ela na mão mais uma vez, ela vai cortar as minhas bolas — ele deu uma risada.
— Precisa parar de irritar mulheres poderosas — Miles comentou, abrindo um dos armários no estreito corredor para procurar algo interessante.
Mal teve tempo de piscar antes de ser empurrado para trás quando um chute acertou em cheio seu peito. O desespero do jovem aumentou quando não sentiu mais a arma em sua mão, e a pessoa acima dele a segurava na direção de sua testa.
Era uma garota, não muito mais velha do que ele, cabelo castanho com mechas azuis espalhadas por ele e olhos azuis furiosos. Olhando para ela, só conseguia pensar que aquela era a melhor pessoa para tê-lo atacado neste momento.
Até John literalmente acertar um chute tão forte nela, que a garota saiu voando para o fim do corredor.
— O que estava dizendo? — Constantine o ajudou a se levantar e apontou seu rifle para ela.
— Seu filho da puta! — a garota berrou, ignorando o fato de ter uma arma apontada para ela e correndo na direção dos dois.
— Ela é maluca, legal — Miles comentou, fingindo não estar se escondendo atrás do seu mentor.
John pareceu se divertir com a situação e abaixou sua arma, rapidamente desviando quando ela os alcançou e dando uma rasteira nela. A garota caiu com as costas no chão, fazendo um barulho que provavelmente foi ouvido em outros andares do prédio.
— Não tenho tempo pra isso, pirralha — ele puxou sua pistola e apontou para ela, que agora estava parada, porém ainda com o mesmo nível de ódio. — Quem é você?
— Constantine? — outra voz ao fim do corredor chamou a atenção dos três.
Uma mulher de cabelos curtos e cacheados apareceu.
— Zed, querida, deveria ter me falado que tinha uma surpresa esperando por mim — John abriu espaço para que ela visse a adolescente no chão.
— Como você saiu? — Zed gritou, parecendo mais do que surpresa em vê-la ali.
— Pela ventilação, duh — a garota respondeu, e chutou a canela de John em seguida.
— Sua desgraçada! — ele grunhiu de dor, mas a deixou passar para perto da outra mulher. — Ok, eu cheguei. O que você quer? Onde está a Zee?
Zed pareceu hesitar por um momento, olhando entre ele e a jovem ao seu lado.
— Esta é Zoe… Ela é filha da Zee.
Um turbilhão de emoções passou pelo rosto de Constantine. Desde confusão até desespero.
— Ela é…?
— Não! — Zed e Zoe responderam juntas, a mais velha completando. — Ela não é sua.
— Ah, sim. Ok. Isso é ótimo, na verdade, porque já tenho bagagem o suficiente com aquele ali — ele apontou para Miles, que soltou um som indignado.
— Zatanna morreu há alguns anos — ela continuou e, pela primeira vez, Miles viu a expressão despreocupada de John sumir. — Eu tenho cuidado da Zoe desde então, mas tenho muitas pessoas que dependem de mim para encontrar um local seguro. Eu conheço alguém no norte que vai poder ficar com ela e…
— Eu não sou seu garoto de entregas, Zed — Constantine virou as costas e simplesmente andou para a saída.
Ela bufou, não parecendo surpresa com a reação e o seguiu, deixando Miles e Zoe sozinhos no corredor.
— Hum… Posso ter minha arma de volta? — ele perguntou.
— Você sabe usar isso?
— É claro que sei usar! — ele desviou o olhar quando a ouviu dar uma risada. — Fica com ela, tanto faz.
— Vou guardá-la com muito carinho — ela zombou, prendendo a pistola na cintura. — Vocês são caçadores de infectados?
— Não, somos sobreviventes. Por que você me atacou?
— Achei que eram invasores. Não costumo sair muito, a Zed acha perigoso — Zoe voltou para dentro do armário de onde havia saído, voltando com uma mochila grande nas costas.
Ela parecia mesmo estar tentando fugir.
— Pra onde ela quer que a gente te leve?
— Acha que eu sei? Zed não me conta nada. Ela ficou puta comigo porque fugi há duas semanas — ela inconscientemente tocou em seu antebraço esquerdo, que estava coberto por sua jaqueta de couro. — Deve ser alguma base militar pra crianças desobedientes.
— Não acho que isso exista. Se existisse, John já teria me deixado lá na primeira oportunidade — ele riu, sabendo não ser verdade, mas querendo deixar o clima leve. — Eu sou o Miles.
A jovem ofereceu um aceno de cabeça como resposta, antes de se virar para onde Zed e John retornavam.
— Ele concordou em te levar em segurança para o Norte.
— Não preciso da droga de um velhote como segurança! — ela retrucou, e John deu uma risada.
— Ela é uma merdinha, gosto dela — ele comentou. — Escuta, garota, a sua mãe foi alguém especial pra mim e é só por isso que vou te fazer esse favor. Se sair da linha, vou te usar como isca de infectado.
— Adoraria ver você tentar — a audácia dela estava deixando Miles cada vez mais pasmo.
— Ou podemos ter uma viagem em grupo agradável e sem agressões — ele sugeriu, recebendo olhares irritados de ambos. — Eu não quero morrer porque vocês são babacas.
Constantine revirou os olhos e saiu sem se despedir de Zed. Zoe ficou para trás por alguns segundos a mais para falar com ela, e Miles deu o espaço necessário para deixá-las à vontade. Quando viu a jovem voltar, ela parecia menos segura de suas ações do que estava quando quase o matou.
— Nunca esteve lá fora? Quero dizer, lá fora mesmo — ele perguntou.
— Não. Você já? — ele assentiu, vendo os olhos dela se enxerem de curiosidade. — Ainda existem carros?
— Sim. Nós temos um, mas precisamos parar fora da cidade para não atrair atenção.
— Que maneiro — ela andou mais depressa, o puxando pelo casaco para que a acompanhasse. — Me conta mais sobre esses carros.
E ele contou o que sabia, o que John havia lhe contado. Não era muito além do básico para controlar o veículo, mas foi o suficiente para mantê-la entretida por alguns minutos.
Eles esperaram dentro de uma antiga loja de conveniência, onde Miles e Zoe puderam explorar enquanto John vigiava o lado de fora. Não havia nada de interessante lá, mas a antiga caixa registradora foi o suficiente para fazê-los soltar algumas risadas de vez em quando.
Mesmo quase tendo sido morto mais cedo, Miles estava mais do que feliz em tê-la os acompanhando. Em sua vida, estava sempre cercado por adultos, nunca havia encontrado alguém da sua idade que estivesse vivo. Além disso, sentia que eles tinham muito em comum, que precisavam de momentos como aquele para continuar sobrevivendo.
— Hora de ir — Constantine os interrompeu quando terminavam de montar uma torre de latas vazias.
A noite sempre o deixava mais nervoso do que o normal. Era fácil se esconder dos soldados na escuridão, assim como outras coisas também poderiam estar à espreita nela. Ele se movia cautelosamente, Zoe sempre ao seu lado com sua mochila bem presa nas costas.
Quando cruzaram os muros da cidade, Miles não sabia se sentia alívio ou paranoia, já que ali eram alvos extremamente fáceis para infectados. Pelo menos, não levariam um tiro.
— Isso é tão legal! — Zoe comemorou e John quase a empurrou para trás para fechar sua boca.
— Fica caladinha, querida, ou vai levar um tiro — ele alertou, apontando para as torres ao redor dos muros.
Miles não conseguia emitir som algum durante momentos como este, então apenas os seguiu até que viu uma luz aparecendo em um dos cantos do muro. Antes que pudesse avisar os dois, estava sendo empurrado contra a parede por um soldado.
— Parados! Quem são vocês? — o soldado apontava sua arma para ele, fazendo com que Zoe e John ficassem impotentes para atacá-lo.
— Calma, amigo — Constantine abaixou seu rifle e se aproximou do chão. — Só estamos tentando sair, não estamos infectados.
Como de costume, o soldado puxou o dispositivo para verificar se estavam dizendo a verdade e o pressionou contra o pescoço de Miles. A agulhada era dolorosa, porém ainda era melhor do que um tiro. A tela verde se iluminou e o soldado o deixou ir. Foi até John e também o espetou, recebendo mais uma confimação.
Quando chegou a Zoe, no entanto, ela estava pálida e seus olhos se moviam freneticamente entre ele e Miles. Assim que teve o pescoço furado, ela devolveu a ação, esfaqueando o soldado em cheio na coxa e o fazendo soltar um grito de dor.
Constantine rapidamente o jogou no chão e puxou sua arma, empurrando mais a faca de Zoe contra a coxa dele.
— Por que você fez isso?! — Miles a puxou para longe da briga, que não parecia ir bem para o soldado.
Foi quando ele viu o dispositivo caído aos pés dela e seus olhos se arregalaram.
— Merda… — ele pegou o aparelho e começou a se afastar o mais rápido que pôde dela. — Merda, merda merda!
— Miles, espera! — Zoe tentou ir atrás dele, mas o jovem apontou seu canivete para ela. — Eu posso explicar.
— John! — ele gritou e o mais velho, que agora estava respirando de forma ofegante depois da briga vencida, olhou em sua direção.
Miles apenas mostrou o aparelho, a luz vermelha brilhando forte na tela.
E temos o vencedor das votações!! Esse universo alternativo vai ser muito gostosinho de escrever, só espero não chorar no processo lol Devo fazer 3 partesd esse e seguir para o universo alternativo de A Múmia!! Espero que gostem :3
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não há mais espaço para o arrependimento. é tarde.
uma bolsa térmica com gelo era tudo o que levava consigo. roman jogou-a sobre o ombro e saiu.
o tecido que surgia da camisa cobria o pescoço, alcançava o nariz e deixava à mostra os olhos por trás das lentes transparentes com grau baixíssimo. os óculos eram um detalhe que amenizava a dor de cabeça e disfarçava a cara amarrada que normalmente dançaria muito bem com as roupas escuras do dia a dia, não sendo recomendáveis para o seu tipo de trabalho. mas então era essa parte da questão: não era trabalho, não legalmente nem realmente. o que o levava roman ao encontro do grupinho era pessoal.
parte de si dizia ser também egoísta, a outra parte defendia ser um favor e um direito.
o texto a seguir apresenta conteúdos sensíveis como sangue, violência, cadáver, vômito, canibalismo.
o lugar era barulhento e as luzes psicodélicas demais para o seu gosto ( e costume ). mesmo do lado de fora, na cobertura do prédio ao lado, roman se incomodava com as batidas e com as cenas pouco iluminadas, mas nítidas o suficiente, que era possível enxergar. ignorou tudo, mandou a mensagem e recebeu a resposta logo após – bastou menos de um minuto para o garoto de cabelo vermelhos como fogo pousar ao seu lado após vê-lo sair por uma janelinha estreita do mesmo apartamento da festa. chutou que poderia ser um banheiro.
— deve ter uns dez, sei lá. aquele é o anfitrião. — o ruivo disse com sotaque, depois apontou: a criatura tinha os cabelos claros o suficiente para mudar de cor a cada nuance do projetor colorido que acompanhava a música, também tinha o que roman achou ser tatuagens cobrindo todo o braço esquerdo. — é sua primeira vez? é a minha segunda. tô muito louco pra acabar com a graça desses merdinhas.
roman somente o ouvia. calado, passeava pela feição do rapaz que diria ter seus vinte e pouco anos ainda. no mercenário à sua frente, roman notou a hipocrisia. o ruivo tinha pupilas dilatadas e um sorriso grogue, o resto poderia ser chamado de simples suposição, decerto, mas roman não era idiota: a festa que acontecia no apartamento era privada por motivos bastante específicos, e o pó de fadas era um deles. roman ajeitou os óculos de grau e procurou por algo ao olhar ao redo.
— e os outros? — questionou.
— contigo, estamos em cinco. tem um do outro lado e dois já lá dentro.
— mandaram somente cinco? — estranhou.
— aparentemente, a mina que tá no prédio oposto é experiente e vai tá avaliando nós quatro, cara. — falou por fim, soando bastante certo. — a maioria dali é civil. os monstrinhos bastardos sãos os alvos, eles nem ligam se limparmos geral. querem a prova de que estamos juntos na causa.
novamente, seguiu-se silêncio da parte de roman, que tirou a bolsa do ombro e deixou cair ao seus pés.
— serão três. — roman falou antes de socar o nariz do garoto.
a nova tatuagem queimou. a cara do garoto sangrava quebrada como se tivesse sido atingido por concreto. enquanto os olhos verdes lacrimejavam, roman abria e fechava o punho. nenhuma dorzinha como poderia sentir normalmente. uma pistola pequena surgiu na mão do garoto que vagarosamente parecia sufocar, e roman sentiu outra parte de si queimar: a runa que o permitiu puxar a arma da mão do garoto com a mente. ouviu o implorar, viu o medo nos olhos e a confusão. não tinha mais o orgulho que roman conheceu décadas e décadas atrás no olhar de alguns homens. outro soco foi dado, dessa vez o fazendo cair como saco de ossos e espirrando o sangue para todos os lados. roman agachou-se sobre o corpo mais forte que o seu, mas não com a mesma força sobre humana que agora tinha, e sem pena enfiou no estômago a adaga que tirou de seu coturno.
não conseguia sentir pena, não depois do que leu para chegar ali. não sabendo das coisas que podia encontrar em fóruns e grupos online – inclusive, algo tão digno de uma analogia fascista.
com a força que para si parecia comum, rasgou o corpo. quebrar a costela foi igualmente fácil. o cheiro de sangue era forte, seria insuportável se já não estivesse acostumado. o coração ainda pulava sutilmente. . . até roman cortá-lo fora. deixou o corpo cair por ali mesmo, sentando-se sobre as coxas do cadáver. sujo de sangue, sobre a poça de sangue, mirava o órgão que melava seus dedos. duvidava que fosse ter o tempo para contemplar ou se arrepender, então foi sem cerimônias que tentou: cortou um pedacinho como se fosse um dos frangos crus que tratava em casa e enfiou na boca.
não era bem o gosto – além do sabor ferroso, tinha a textura emborrachada entre os dente; tinha também consciência do que era aquilo que comia. foi tão repentino, tão contragosto, que não teve tempo de se afastar. o vômito foi sobre o corpo aberto. roman se levantou de supetão, com a visão embaçada e o esquecimento que o fez afastar os fios da testa e pintar a pele de vermelho no processo. deixou pegadas de sangue até a bolsa térmica, onde guardou o coração. roman cobriu o rosto novamente, refez o caminho das pegadas para arrastar mais sangue sobre a marca do solado.
saiu pelo ar com fúria no peito. queria matar o demônio filho da puta com quem fez o acordo, mas mais que isso: queria socar a própria cara por ter aceitado os termos.
deixou para trás o corpo aberto do garoto, a suposta iniciação cujo objetivo era o assassinato dos filhos de fadas e, provavelmente, aquilo que viria a ser uma dor de cabeça. não se arrependia, no entanto; pessoas com mentes como aquelas eram melhor mortas. sua única inquietude era sobre como iria comer aquele coração.
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PELO AMOR DE DEUSS ISSO AQUI TEM QUE VINGAR MUITO
Opa, fala meu zumbilícia!
EU TAMBÉM TÔ MUITO EMPOLGADAAAAAAA!
Acabei de postar um spoilerzinho sobre a trama, dá uma conferida lá. Chama os coleguinhas, pega a sua pistola e vem se juntar à nós!
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Clipes Que Marcaram Minha Vida Tober, Itens 1-5
Tô escrevendo "itens" ao invés de "dias" porque "dias" me faz sentir atrasado.
01. Hot Chip - Ready For The Floor
Eu errei no nome na hora de passar a limpo com a caneta de desenho em baixo (o lápis sumia conforme editava a foto), agora que vi.
Só conheço essa música dessa banda, eu vou falar que passei anos sem nem pensar nela até que no iniciozinho desse ano eu lembrei do nada e ouço bastante desde então.
O clipe inteiro é bem interessante visualmente, tem várias cenas bonitas, mas isso se traduziu num problema que é constante em boa parte dos itens escolhidos pro desafio: nem toda cena bonita se traduz num único frame bom. Considerando uma coisa bem básica, que vídeo é imagem em movimento, se você remove o movimento, muitas vezes o que contexto que constrói a importância de certas imagens também se perde. Sem falar que esses clipes são quase todos do final da era da TV de tubo e é impossível achar achar versões de boa qualidade online. Muitas cenas belíssimas eu tive de largar de mão porque ficava tudo borrado na captura de tela.
Dito isso, a escolha do frame desse clipe foi até fácil, já tinha ele em mente na primeira "revisão", mas testei uns outros por via das dúvidas. Tem uma coisa na estética lúdica, tanto do clipe quanto da música, com a violência sugerida, mas nunca explícita, que dá uma coisa, um ziriguidum vagamente perturbador, não sei se consigo elaborar direito. E essa sensação tá bem traduzida, pra mim, nessa cena do microfone pistola.
02. The Strokes - You Only Live Once
O critério pra escolha da maioria dos clipes foi: passava bastante quando eu assistia a MTV. E é esse o caso aqui. E o critério pra escolha da cena foi que qualquer outra era detalhada demais pra reproduzir, ou simplesmente o vídeo tava em 240p e virava um mosaico incompreensível quando eu pausava pra capturar a tela.
03. Pitty - Semana Que Vem
Esse clipe aqui eu vi pouquíssimas vezes na TV a vida toda, se é que eu vi. Por que ele tá aqui, então?
A memória mais marcante que eu tenho dele é um trecho de um making of onde a Pitty fala de como se emocionou durante as gravações, aí mostrava ela maquiada de velha com a lágrima escorrendo e isso ficou comigo.
Eu devo ter assistido muito mais o clipe de "Na Sua Estante", mas atualmente eu tô muito mais interessado em trabalhar pintura que desenho e foi isso que norteou o desafio.
04. My Chemical Romance - The Ghost Of You
Queria muito pintar um clipe do MCR e fiquei na dúvida entre esse, Helena e, óbvio, The Black Parade. Por que esse, então, se Helena tem o balé da emo falecida e The Black Parade é simplesmente The Black Parade?
Esse foi o primeiro clipe do MCR que eu vi e ele passava direto, DIRETO, quando comecei a ver MTV, em 2006. Engraçado que fiquei tão acostumado à figura deles nesse clipe que estranhei quando os vi de franja e trajados de emo depois. Enfim, grande hino emo. Sofro demais tentando alcançar os agudos do Gerard Way no karaokê.
O frame que eu queria pintar era um bem no meio do clipe, da transição do salão de baile pra invasão da Normandia, provavelmente a cena mais icônica do clipe inteiro. Por causa da qualidade do vídeo, o frame era praticamente incompreensível e a visão de cima fazia das personagens difícil de ler, o que é uma pena.
05. Panic! At The Disco - Lying Is The Most Fun (etc. etc.)
Esse CD do Panic! At The Disco foi o primeiro que eu comprei e gostava tanto de I Write Sins, Not Tragedies, que essa também foi a primeira letra de música em inglês que eu tentei aprender na vida.
Por que I Write Sins (etc etc) não foi a escolhida, ao invés de Lying Is The Most Fun (etc etc)?
Lying Is The Most Fun (etc etc) tem gente com aquário na cabeça, que é um conceito muito legal. Provavelmente é uma metáfora pra alguma coisa que eu nunca entendi direito, mas é um negócio muito legal de ficar olhando. Além de que I Write Sins me pareceu uma escolha óbvia demais (que é um critério que não se aplica a todos os itens da lista, não espere consistência da minha pessoa). Deve ter sido um inferno gravar com esse trambolho nos ombros. Eu lembro que baixei esse clipe na época em que saiu (ou alguém baixou e me passou).
Por mais que o conceito de gente com aquário na cabeça seja bem legal visualmente, foi difícil achar um frame que rendesse uma aquarela interessante. Fiquei entre esse e um de paramédicos levando o casal pro mar, que acabou sendo desbancado porque a silhueta das personagens era difícil de ler.
Das aquarelas que eu fiz até agora pro desafio, essa é a que eu fiquei menos feliz de todas. Cada vez que eu olho eu acho ela mais feia. Dito isso, eu tô tentando não crisar com esse inktober e fazer as pinturas pra desopilar. E a vida tem dessas coisas, nem tudo que a gente faz fica 100%.
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eu sinto muito que estejam passando por ataques descabidos de hate em anônimo e espero que eles não estejam afetando toda a empolgação de vocês pra abertura do rp! tá tudo muito bem organizado, escrito e planejado. parabéns pela central e pela educação mesmo com aqueles que não merecem. desejo todo o sucesso do mundo e que o jogo seja gostoso pra todos os players e livre de picuinhas ooc 🤍
cherry pie, vou ser super honesta contigo: fiquei perdida desde o começo. achei as asks muito padrão e não deu outra, bloqueei o ip e parou de chegar, apesar de ter notificação da inbox o que indica que ainda estão tentando nos afetar. eu pesquisei qual era a dessa comunidade, vi que teve briga no fechamento, mas honestly? não temos nada a ver com isso. eu e os meninos somos totalmente à parte dessa situação e não temos nada a ver com as brigas, nunca nem entramos nessa comunidade, deixei claro várias vezes e inclusive no plot tem de onde me baseei a comunidade, mas continuaram vindo aqui no maior terror. pra que? eu acho no mínimo esquisito e problemático querer brigar por joguinho virtual e ainda por cima atacar porque juram no pé do padre que estão afetando as pessoas certas. move on??? não quero saber dessa ladainha e quero esses players claramente problemáticos distantes de nós, nem eu, nem a mod archibald e muito menos o mod bass merecemos esse desaforo.
vão resolver suas coisas em uma terapia e superar o que acontece no meio virtual. se eu contasse tudo que já passei nas gringas, não ia sobrar uma pessoa com vontade de ouvir, porque tem briga pra caramba mas nunca passa do que aconteceu. aqui, parece que vão arrastando as coisas e eu acho esse comportamento meio perigoso. tem que ter muita amargura corroída por dentro e falta de decência pra se ocupar tanto em mandar hate. imagina como são essas pessoas na vida real.
no fim, não vamos nos deixar abalar mesmo. eu não tenho culpa no cartório, ninguém aqui tem, e queremos jogar em paz. eu acho o cúmulo as pessoas quererem apontar o cano da pistola na nossa cabeça sem nem saber quem somos, sem saber com quem estão falando. mas é aquilo, o karma come sempre muito bem e vai ter essa volta. o que eu espero é que ninguém aplique e deixe os players desconfortáveis, que são todos uns amores e fizeram aplicações ótimas e cheias de conteúdo e querem sossego para jogar em um ambiente tranquilo em ooc. o resto é resto e tô torcendo pra se lascarem longe de nós, lol, por isso quero falar aos players: da nossa parte vocês estarão seguros e manteremos assim.
obrigada pelos elogios! espero que seja tudo conforme pensamos mesmo, porque o que não falta é vontade de jogar e de fazer acontecer. a big fat kiss no seu coração, você é um docinho.
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Eu sou uma vizinha muito legal
Eu sou uma vizinha muito legal. Roommate, melhor ainda. Eu faço minha parte nas tarefas da casa. Pago a minha parte das contas em dia. Mantenho as janelas, se não fechadas, pelo menos com cortinas. Não falo alto. Nem mesmo escuto som alto demais.
Eu vou dormir relativamente cedo. Não fico vendo tevê com volume suficientemente alto para que os vizinhos saibam o que estou assistindo. Recolho o cocô dos cachorros da calçada alheia. Lavo o quintal para que o cheirinho desagradável das necessidades caninas não cheguem às janelas vizinhas. Não faço festas que duram madrugada adentro - aliás, detesto fazer festa.
Não solto fogos nem fico gritando nem buzinando na rua em dia de futebol. Não jogo coquetel Molotov no quintal dos meus vizinhos quando eles fazem todas essas coisas irritantes que me deixam pistola.
Eu sou uma pessoa quieta, gosto de ficar no meu canto. Não entro no meio nem da faxina que as outras moradoras da casa estão fazendo. Não mexo nas coisas de ninguém e não pego coisas emprestadas sem pedir. Também não sei como arrumam ou onde guardam suas coisas. As minhas eu sei, e se alguma coisa some ou muda de lugar eu entro em parafuso.
Ao mesmo tempo, eu sou uma pessoa muito musical e eu gosto de cantar e de tocar meus instrumentos. Geralmente ouço minhas músicas no carro ou com fones de ouvido, porque meu gosto musical não é muito apreciado pelas pessoas ao redor. Eu estou cantando quase o tempo inteiro: quando estou entediada (pra ocupar a cabeça com qualquer coisa), quando estou fazendo alguma tarefa no piloto automático (tipo lavar louça ou tomar banho, coisa que não precisa de mais de um neurônio pro cérebro executar), e quando estou nervosa ou estressada (pra descomprimir e não descontar a raiva em alguém). Por vezes eu não sei como meus colegas de trabalho me aguentam, porque tem épocas que é o tempo inteiro MESMO - e se não é cantoria, sou eu falando sozinha. Minha mãe reclama, mas ela faz a mesmíssima coisa, só não fala sozinha. Sempre cantando uma musiquinha, assim como eu, nem sempre na melhor das afinações.
Mas sabe o que é? Acho que eu faço esforço demais pra não incomodar os outros. Se alguém em casa está estudando ou quer dar um cochilo, eu viro um túmulo e não chego nem perto pra atrapalhar. Dou o tempo de sossego que for e depois vou fazer minhas coisas barulhentas. Acontece que ninguém faz o mesmo por mim.
Se eu vou ler um livro ou estudar, liga a tevê! Bem alto! Se eu tô com dor de cabeça, crise de sinusite, tem vizinho fazendo festa! Aumenta o volume! Quero dormir, amanhã tenho que acordar cedo. Dane-se! Hey, preciso de silêncio pra gravar uma pista de violão aqui. Pisem na minha cabeça! Buzinem bem alto pra que todos os cachorros na rua desatem a latir sem parar por meia hora! Olha o carro do sorvete, da pamonha, dos ovos, do raio que o parta, passando na sua rua! Ou monopolize o cômodo que eu uso pra tocar meus instrumentos, fazer barulho, gravar música, como canto de estudos, que aí nem se eu quisesse eu me atreveria a atrapalhar.
E ai de mim se me atrever a reclamar, porque aí eu é que sou a velha coroca chatonilda que não suporta um barulhinho. Pô, cara! Me erra! E me enxerga, porque quando você quer sossego, eu não fico enchendo o saco!
Só que depois, quando eu chamar uma banda de rock pra ensaiar e eu fizer barulho de verdade, não quero ninguém abrindo o bico pra reclamar que tá incomodando. Falou? Então falou.
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Rainha do Verão
Dalila, João e Estela seguem bebendo e conversando até amanhecer.
[Dalila]- gente, pelo amor da Deusa, tudo que eu contei NÃO pode sair daqui, hein!
[Estela]- fica tranquila, miga, tá tudo certo. Cê sabe que o Bonde das Panteras é parceria pra vida, né.
[João]- e só pra atualizar vocês, minhas queridas panterinhas. Já encontraram o corpo do tal milionário, tá?
[Estela]- sério?!
[João]- uhum, acabei de ver na página do jornal local do Instagram.
[Dalila]- mas como cê sabe que é o cara?
[João ri]- amiga, foi encontrado um corpo em uma suíte presidencial de um motel. O cara estava usando uma calcinha e foi identificado pela funcionária do estabeleimento. De acordo com informações, o nome dele é Rafael e estava acompanhado por uma mulher não identificada, ou seja, você. É tudo que você contou pra gente.
[Dalila]- puta que pariu, é ele mesmo. E se me viram? Gente, o lugar tem câmera!
[Estela]- aí você finge de desentendida, amiga, você é ótima nisso.
[Dalila]- sou ótima em outras situações, não quando se envolve morte.
[João]- mas relaxa, você não fez nada. Ele só morreu, ué, que culpa você tem?
[Dalila]- ai, sei lá...eu devia pelo menos ter ajudado, chamado alguém, sei lá.
[Estela]- não, porque você não é obrigada, gatinha. E o cara ainda é casado, pensa só a vergonha da esposa e filhos.
[Dalila]- ai...que nada aconteça comigo, senão, adeus ser rainha do verão.
Sara vai até o barraco de Alan.
[Sara]- cê tá sabendo que roubaram o salão da Bianca?
[Alan]- quê?! De onde cê tirou isso?!
[Sara]- para de se fazer que eu te conheço, Alan, o que você andou aprontando, hein?
[Alan]- eu?! Nada, ué!
[Sara]- nada? O que você sabe sobre esse roubo?
[Alan]- ah, agora só faltava essa mesmo, cê tá me chamando de ladrão, Sara? É isso mesmo?
[Sara]- eu tô sim. Tô, porque sei que você é capaz de qualquer coisa pra pagar essas suas dívidas com sei lá quem!
[Alan]- cala a sua boca, fica na sua e cai fora! Tô falando pro seu bem, senão o baguio vai ficar doido pro seu lado!
[Sara]- eu não tenho medo!
[Alan]- mas é bom ter! Cê não tem moral nenhuma pra vir querer cantar de galo, não, Sara. Ou já se esqueceu de que todo dia cê vem sentar na pistola do namorado da sua melhor amiga? Com uma amiga dessa, quem precisa de inimiga, né não?
Em casa, Cadu fuma, enquanto observa as meninas selecionadas.
[Taty]- já decidiu quem serão as suas novas funcionárias?
[Cadu]- funcionárias não, é uma palavra muito forte. Eu diria parceiras. Mas não, ainda não decidi.
[Taty]- Cadu, se...eu te dissesse um dia que estou infeliz e que quero ir embora, o que você faria?
Cadu solta uma gargalhada.
[Cadu]- eu faria exatamente isso que eu fiz: começaria a rir. Que pergunta imbecil é essa?
[Taty]- de uns tempos pra cá, venho pensado melhor nessa nossa...relação, se é que posso chamar assim.
[Cadu]- pensado em quê? Eu te dou tudo que você precisa, não estou te entendendo. Quem andou enchendo sua cabeça de asneira? Você tá com outro, é isso?
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HARRY FUCKER E A PEDRA DE CRACK - CAP1
Sinópse:
"Carlos", a criança da profecia não quis ir para o "cursinho de magia, bruxaria e feitiçaria de RogAwards", então seu primo foda "Harry Fucker" vai no seu lugar. Lá ele faz dois melhores amigos e vive altas aventuras, até que um misterioso vilão aparece para causar o caos. Juntos, Harry Fucker, Ronald McDonald e Neville LongBoner tentam trazer a paz, e passar no cursinho sem DP.
Atenção!!
Isso é uma paródia ruim, com palavrões, piadas adultas e/ou de mal gosto. Apesar das piadas, não há a intenção de ofender/atacar a obra original ou aos seus leitores. História feita de fã para fã. Dito isso tá aí o Cap.
Cap 1: "Carlos", a criança da profecia
Em uma noite mágica, Harry, um garoto comum que está tentando permanecer invicto no "NoFapSptember" se vê forçado a ler o jornal de seu tio gordo, para assim ficar entediado e conseguir esquecer o pornozão que seu primo lhe mostrou. É aí que ele vê um anúncio dizendo "últimas inscrições para o curso de magia, bruxaria e feitiçaria de RogAwards estão abertas até o fim do mês", então sua leitura é interrompida por um mendigo muito alto que invade a casa de seus tios. Todos acordam com o barulho, e vão ver o que havia acontecido...
- Mas o que caralhos está acontecendo? Quem é você, e o que está fazendo aqui? Pergunta o tio gordo.
- Eu vim atrás de uma criança. Respondeu o mendigo, olhando para Harry e seu primo que eu esqueci o nome.
- Pode ir dando o fora daqui mendigo pedófilo. Disse o tio gordo puxando uma peixeira com a lâmina levemente curvada. - Mulher, liga pra polícia. Diz que tem um mendigo morto no meio da rua.
- Poxa "sinhô", você não entendeu direito. Eu não sou mendigo. Eu sou o dono do terreno do colégio "Escola Estadual RogAwards". Eu vim atrás da criança da profecia.
- Ahh. Por que não disse antes ha... Bem que eu achei que já estava na hora de vocês virem atrás dessas crianças... Ah, aqui estão as crianças. Diz tio gordo indicando a direção de Harry e seu primo. Ambos olham um para o outro...
- C-caramba Harry... Eu sentirei saudades dos dias que dormiamos de conchinha só de cueca. Parece que você vai ter que fazer um cursinho lá na casa do caralho. Me liga de vez em quando.
Harry o responde entristecido:
- Pode deixar primo que eu não sei o nome, afinal, eu também não me esquecerei da gente dormindo quentinho, um com o dedo na boca do outro.
- Na verdade eu vim atrás de você "guri". Disse o mendigo apontando para o primo ainda sem nome. - Agora "vambora" que eu tenho que "bater o ponto" ainda hoje.
- N-Não posso... Eu sou alérgico a castelos no meio do nada. Leva o meu primo Harry... Olha pra ele, ele é fodão...
Todos olham para Harry...
- "So foda, na cama te esculacho, na sala ou no quarto...". Ah... Foi mal... É que eu curto pra caralho essa música.
- Bom... O Gandalf só disse pra levar as crianças, mas não disse especificamente quais crianças... "Poda pá" então garoto foda... Sobe na garupa do meu rodo "ae".
Então o mendigo puxa um esfregão de Shopping e Harry sobe em sua garupa...
- Qual é o seu nome garoto?
- Meu nome é Fucker... Harry Fucker.
- Que nome bosta "kkk".
- Pelo menos eu não pareço um mendigo pedófilo.
- Qual foi "muleke", tá querendo tomar um "balasso"?
- Porra "ces vão mete o pé" ou não? Perguntou a tia, que estava "pistola" por não ter nenhuma fala até o momento. - Pronto... Agora eu "tô suave". Ninguém tinha a escutado...
No momento em que a tia fala o mendigo da a partida em seu esfregão, que "arranca a mil". Harry desmaia ao bater o "coco" no canto da porta de tão rápida a ejaculação do local feita pelo esfregão; e devido à um desenho que Harry havia talhado na porta, sua testa agora tem uma cicatriz formando "dois círculos juntos e uma parábola por cima".
Enquanto desmaiado, Harry sonha com "LSD, Fimose e Furries incestuosos", e então sua mãe, que morreu durante as "semifinais" de um "campeonato de rugby" aparece em seu sonho e diz "- Escrevi e saí correndo, pau no cu de quem está lendo kkk essa vai pro zap". E lhe mete um "pedala robinho". - Acorda "pivete" desgraçado.
- Ei... Tira essa mão boba daí! Disse Harry acordando...
- "Mals ae" cara... É que eu costumo fazer massagem nas pessoas depois de viola-las.
- E quem é você?
- Ah... Que rude da minha parte de te zoar assim sem nem me apresentar... Meu nome é Ronald McDonald, sou seu novo melhor amigo pro resto da franquia. E você é...?
- Harry Fucker. Eu sou o primo da criança da profecia.
- "Massa". Mas eu acho que já vi você em algum lugar...
- Deve ter sido no "YouTube Chinês". Meu primo postava uns vídeos nossos lá "rs".
- Puts... Bati uma pro meu melhor amigo pro resto da franquia "hahaha".
- "Ala kkk".
Fim Cap 1
Tomara que isso não esteja violando nada kk
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i love the fact portuguese has two verbs "to be" bc depending on which one you use the word puto/puta/pute can mean sl*t or angry but if you translate the verb it will remain the same meaning like
tô: i am
sou: i am
tô puto: i'm pissed off
sou puto: i'm a sl*t (a he/him one in this case)
it must be so confusing for gringues learning PT-BR like "is this Brazilian pointing out that i seem mad or are they calling me a fucking sl*t?"
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Olá amigos do blog, apenas passando para comentar que vi a menina que eu acho bonitinha e o garoto que eu tenho uma quedinha juntos (namorando???) Que ponto da existência deles eles não entenderam que é pra ambos gostarem de mim e não pra eles gostarem um do outro? Enfim, tô muito pistola com a ousadia desses 2 meros mortais
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Eu não sei se no dia que me matarem
Me tirarem daqui
Não sei se vou descer direto ou se vou subir
Curtir com os anjinhos de fralda
Ou enlouquecer com os demônios de chifre e calda
Minha curtição lá em cima
Qual seria?
Não teria minhas apostas, meus jogos de dado
Onde eu ia me esconder pra bolar meu baseado?
No inferno apesar de barulhento seria quente
Nunca gostei da chuva, do frio, entende?
Além do mais as anjinhas não iam me pagar nenhum boquete, até na transa iam gemer “amém” (bate o peso na consciência)
E mesmo se me chupassem duvido que fariam bem
Em toda minha vida me chamaram de capeta
Desde que me lembro fui a ovelha negra
Oro para Deus todas as noites antes de dormir
Peço proteção mas não sei se vou subir
Sinto ódio, pura raiva e culpa mas nunca inveja
Sonho alto e é caindo das alturas que se aleija
Há situações que sinto que tô caindo em tentação
Fizeram um X nas minhas costas como marcação
Se eu te dissesse que se tivesse uma pistola eu faria um buraco na minha cabeça (Penso muito)
Talvez seja pensar demais o meu erro
Penso na minha mãe, será que ela choraria no meu enterro?
Um fardo, um peso
Reais num malote, acho que serei preso
Em um tem dinheiro pra caralho e em outra uma pistola no fundo do meu armário
777 é a combinação
666 o número da L toca no celular, sinto vibrar no bolso do meu calção
estou surtando com uma Colt na mão (que combinação)
O próximo som que irei ouvir será de uma explosão
Minha mente tá barulhenta, vou enfraquecer
Agora descubro se vou subir ou se vou descer
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AMIGA FELIZ ANIVERSÁRIO!!!!!
ultimamente, as coisas tem estado meio difíceis pra mim, ambos por causa de correrias da volta ao presencial tanto por causa de acontecimentos outros, então peço desculpas por antecedência de não poder te dar o presente de aniversário que você merece. qualquer dia desses a gente conversa sobre isso...
o que me leva a um ponto: eu sinto MUITA falta de conversar com você extensivamente. tem algo sobre a sua personalidade, sobre a sua presença, sobre o seu humor, que me faz muito bem. é um dos principais motivos pelos quais eu fico pistola quando alguém te magoa: porque você é tão boa, no sentido cru da palavra, que consegue acolher tão bem aos seus amigos e a todos que você ama!!! tão talentosa e incrível!!! me sinto honrada de poder acompanhar seu crescimento, mesmo que ultimamente esteja meio ausente. uma coisa permanece a mesma: eu te amo muitoooooo!!!! e tô sempre, sempre torcendo pelas suas conquistas e pela sua felicidade. e apesar dos pesares, se você precisar de alguém pra desabafar, meu privado tá aí! PARABENSSSSS MEU ANJO espero que seu dia tenha sido repleto de bolinho & biritinha & comidinhas e tudo de top
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@𝒈𝒆𝒌𝒌𝒐𝒖𝒌𝒂𝒈𝒂 sent ♫ for » 𝒔𝒐𝒏𝒈 𝒃𝒂𝒔𝒆𝒅 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓 !
〈 𝐖𝐘𝐑𝐌 + 𝐘𝐔𝐄 ᐅ ɴᴏᴡ ᴩʟᴀyɪɴɢ: شاهماران 〉
Não precisava ser um de seus Servos Reais para deter sua atenção quando em sua presença. Honestamente, depois de tanto tempo isolado trabalhando em sua oficina ao ponto de ser quase dubitável se tratar de um monarca com qualidades de divindade, era bom ter a oportunidade de encontrar qualquer criatura viva que não fosse um membro de sua corte. E pior, para o torpe prazer da constatação de que sua aptidão social definitivamente não estava no mesmo nível que sua habilidade em engenharia.
❛❛ As falhas que nos aperfeiçoam e todas as afeições... ❜❜ O tom ameno, tão cálido e insípido quanto o pálido semblante delicado, talvez não condissesse com a reflexão que estava tentando conduzir ao longo desta conversa. No entanto, rara é a oportunidade de tão casualmente expôr suas idéias em um ambiente destituído de pressões. ❛❛ Enquanto elas nos infectam, apenas o amor não pode nos ajudar. ❜❜
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se você deleta o tumblr de char de 1x1 ou de rp de grupo sem avisar pra partner/administração, VAI TOMAR NO SEU CU
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MAG030 — Matadouro
Caso #0130111: Depoimento de David Laylow, a respeito do tempo que trabalhou em um matadouro industrial perto de Dalston.
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Aviso de conteúdo: abuso e morte de animais, automutilação, gore
Tradução: Júlia Lacerda
ARQUIVISTA
Depoimento de David Laylow, a respeito do tempo que trabalhou em um matadouro industrial perto de Dalston. Depoimento original prestado em 1º de setembro de 2013. Gravação de áudio por Jonathan Sims, Arquivista Chefe do Instituto Magnus, Londres.
Início do depoimento.
ARQUIVISTA (DEPOIMENTO)
Eu trabalhava em um abatedouro. Uma "fábrica de processamento de carne". Não vou dizer qual, eu não quero me meter em problemas. Mas era perto de Dalston, então você provavelmente consegue descobrir. Não existem muitos por lá pra dificultar as coisas. Não existem muitos em lugar nenhum. Não é uma coisa que a maioria das pessoas quer ter por perto. O cheiro é horrível se você não estiver acostumado, e as pessoas dizem que sentem uma energia estranha vindo de lá. Eu nunca senti, pelo menos não antes de tudo isso acontecer. Talvez isso diga alguma coisa sobre mim, no entanto.
Não existe tanta diferença entre as pessoas e os animais, sabe? Não tô dizendo que gostaria de matar uma pessoa, ou que os humanos são todos estúpidos. Não, só tô dizendo que os animais são mais espertos do que você imagina. Eles parecem burros, claro, mas eu sei do que tô falando quando digo que cada maldito animal naquele lugar sabia exatamente por que estava ali. Você não precisa ser inteligente pra saber quando está cercado pela sua própria mutilação.
Quando comecei, trabalhei bastante como motorista, e logo quando você carrega eles dá pra perceber em seus gemidos. Eles sabem o que está acontecendo, eles sabem pra onde estão indo. Já ouvi muitos tipos de engenharias e ciências falarem sobre “fatores de estresse”, “novidades” ou “níveis de cortisol” ao discutirem a melhor forma de evitar “o desencadeamento do medo ou dos instintos de fuga”. Se isso ajuda eles a continuarem saboreando seus bifes, podem usar as palavras que quiserem, mas toda vaca de olhos arregalados que eu já coloquei em um tronco de contenção sabe exatamente onde essa viagem termina.
Você ouve histórias horríveis sobre o sofrimento dos animais no matadouro e as coisas que as máquinas frias e implacáveis fazem com eles, mas a brutalidade humana é constantemente esquecida. Um operário e um matadouro são avaliados em muitos pontos, e um deles é o quão cruéis ou estressantes eles são para o gado de passagem. Se você abusar dos seus animais, não terá uma classificação tão alta, mas isso é tudo. Você não vai perder seu emprego a menos que realmente ultrapasse os limites e, às vezes, você tem um dia ruim. O tipo de dia em que é bom descontar um pouco na carne de um porco enquanto ele caminha em direção ao seu fim.
Quer dizer, eu não diria que esse tipo de crueldade era comum além de uns chutes de vez em quando ou usar o bastão elétrico quando não era necessário. É só que, se você visse essas coisas, você não ligava. E você sabe que ninguém ligaria se vissem você fazendo isso. Apesar de todos os zurros, gemidos e gritos, no final eles eram só carne barulhenta.
O mais estranho disso é que você meio que começa a enxergar as pessoas como carne também. Não como se fossem comida, sabe, eu não quero comer meus colegas de trabalho, é só que... quando você passa o dia todo pegando essas criaturas vivas que respiram — animais que se movem, choram e tremem de medo — e transforma elas em blocos de carne morta, é difícil acreditar em qualquer coisinha especial que torna nós, humanos, diferentes. Nós corremos e gritamos e seguimos em frente pela nossa vida com a mesma simplicidade de uma vaca, e depois de um tempo você não consegue deixar de perceber que poderíamos nos transformar em uma carcaça sem vida com a mesma facilidade. Mais fácil ainda, considerando o quão menores nós somos. Quer dizer, eu não sou um assassino esquisito nem nada, mas depois de um tempo é difícil não enxergar todo mundo como carne ambulante.
Eu trabalhava no matadouro, sabe? Não por muito tempo. Você não tem permissão pra trabalhar nisso por muito tempo. Durante toda a sua vida, eu digo. Não sei por quanto tempo você pode fazer isso, mas é bem pouco. Eu só trabalhei nisso por alguns meses, e agora não posso trabalhar em nenhum outro matadouro. Nunca mais. Na verdade, é um alívio saber que você não precisa mais fazer isso, mas você ainda está lá, né? Não é como se você tivesse saído do abatedouro. Eu ouvi uma vez que essas regras surgiram depois que fizeram algumas pesquisas na América. Isso deve ter acontecido há uns sessenta anos, mas começaram a investigar as taxas de crime e homicídio por funcionários de abatedouros que trabalharam no abate. Das pessoas que trabalharam no abate por mais de dez anos, sabe que porcentagem passou a cometer assassinato? Cem por cento.
Não sei se isso é verdade. Tony Mulholland me falou disso uma vez, quando ele saiu de lá. Talvez ele estivesse só tentando brincar com a minha cabeça ou arrumar um argumento, mas parece certo. Quer dizer, eu só trabalhei nisso por alguns meses, mas você mata tantas coisas que não querem morrer que começa a olhar pra cabeça das pessoas e se perguntar onde você precisaria colocar a pistola pneumática.
Desculpa, eu sei que não é por isso que eu tô aqui, só sinto que preciso tentar fazer você entender como é matar coisas e retalhar carne pra viver. Quer dizer, eu não faço mais isso, obviamente. Ainda assim, você precisa entender de onde eu venho.
Tudo começou no matadouro. Eu estava encarregado da pistola pneumática. Tecnicamente, os animais que abatemos são mortos por hemorragia — tem a ver com a qualidade da carne, eu acho — mas é a pistola pneumática que faz eles não sentirem mais nada. Eles chamam de “atordoamento”, mas isso nunca soou muito certo para mim. Você dispara um parafuso bem no cérebro do animal, destruindo só o ponto certo pra eles sangrarem sem resistência e, aparentemente, sem dor. Eu só fazia o atordoamento, nunca estive na equipe de sangramento, então acho que de certa forma você pode dizer que eu nunca matei mesmo nenhum dos animais. E, claro, talvez eles ainda se mexam um pouco depois da pistola, e talvez seus corações ainda batam, mas apesar de tudo que falam sobre "atordoamento" ou "dano cerebral irreversível", puxar aquele gatilho com certeza era como matar pra mim.
Tinha um outro cara que trabalhava no matadouro, na parte de sangramento dos animais. Seu nome era Tom Haan, e eu nunca tinha falado com ele de verdade. Por muito tempo, eu nem sabia se ele falava inglês muito bem — ele era da China, eu acho, e quase nunca dizia uma palavra. A primeira vez que realmente ouvi a voz dele foi naquele dia, o dia em que tudo começou. Eu estava me sentindo estranho em relação ao trabalho desde que comecei na área do abate e finalmente pedi para mudar de posição. A política oficial da empresa era que qualquer pedido pra sair do matadouro tinha que ser atendido, mas na prática ninguém pede para mudar de posição. Isso demonstra uma fraqueza que a maioria das pessoas que trabalham lá não se sentiam confortáveis em ter. Eu pedi mesmo assim, e tinha acabado de receber a notícia de que, a partir do dia seguinte, seria transferido para o abate das carcaças. Não lembro de como eu me senti. Meus sentimentos não estavam funcionando muito bem naquela época.
Enfim, foi enquanto eu processava as últimas vacas daquele dia que o Tom Haan apareceu. Eu não prestei muita atenção nele, mas ele se aproximou, agarrou meu ombro e me disse em um inglês perfeito: "Você não pode parar a carnificina fechando a porta." Senti um arrepio percorrer meu corpo e queria me virar e perguntar do que ele tava falando, mas ele já tinha voltado pra equipe de sangramento. Fiquei meio abalado pelo resto do dia, e saber que aqueles eram os últimos animais que eu precisaria matar de verdade tornava cada puxão do gatilho mais difícil, não mais fácil. Eu só desliguei os pensamentos e deixei minha memória muscular assumir. Colocar a vaca no cercado, travar a cabeça no lugar, pistola na têmpora, puxar o gatilho. De novo e de novo, até sentir como se eu estivesse praticamente em um transe.
Foi o silêncio que finalmente me trouxe de volta à realidade. Eu estava esperando o próximo gado da fila ser conduzido para dentro da sala e percebi que não conseguia ouvir nada. Não tinha o mugido assustado dos animais, o gemido distante das serras ou o ronco de qualquer uma das várias máquinas que zumbem e se agitam para manter o matadouro funcionando. Eu esperei e esperei, mas não veio mais nenhuma vaca. Olhando em volta, eu não vi ninguém. Não tinha nenhum relógio naquela sala, e eu também não usava um no pulso. Uma campainha normalmente tocava na hora dos intervalos, e eu não tinha ouvido nada.
Não parecia haver mais gado chegando, então larguei a pistola pneumática e caminhei em direção à área de sangramento. Não tinha ninguém lá e, mais estranho ainda, o lugar parecia limpo. Impecável. Como se nenhum sangue jamais tivesse sido derramado ali. Eu tinha ficado lá, desmaiado ou alguma coisa assim? O dia tinha acabado e o lugar tinha sido limpo e eu nem tinha percebido?
Fui em direção à porta de saída, decidindo que ou eu encontraria alguém pra perguntar o que tava acontecendo ou simplesmente iria pra casa. A porta se abriu pra um corredor que eu não reconheci. Era igual a qualquer outro corredor do matadouro, exceto que não era o que levava até a saída. Fui tentar as outras portas que levavam pra fora da sala de abate, mas nenhuma delas dava para os lugares onde eu lembrava que elas davam. Atrás de cada uma tinha outro corredor que parecia levar pra mais fundo no abatedouro. Eu fiquei ali por alguns minutos e até me belisquei — eu tinha que estar sonhando ou alucinando ou algo assim. Mas não era um sonho, nem uma visão. Tudo tinha mudado, e eu tava num lugar novo.
Eu me surpreendi um pouco pela rapidez com a qual eu aceitei a situação. Saí pela primeira porta que tinha aberto antes, pensando que, já que eu não conhecia a estrutura do prédio, seria melhor começar tentando seguir a rota antiga o máximo possível. Mas os corredores pareciam só levar um ao outro, e logo eu estava completamente perdido. Mas eu percebi que alguns deles pareciam ter trilhos no teto, como aqueles usados para mover as carcaças penduradas. Alguns deles tinham até ganchos brilhantes e limpos. Esses trilhos normalmente nunca seguiriam os corredores do matadouro assim, e esse fato me incomodou, apesar de eu não saber exatamente o porquê.
Eu gritei por ajuda, pelo menos no começo, esperando que tivesse alguém em algum lugar daquele labirinto que pudesse me ouvir e responder. Nada. Algumas portas levavam a salas vazias que tinham apenas máquinas limpas. Desossadores, serras, tanques de escaldagem — todos parados ali, brilhantes e silenciosos. Esperando. Eu não fiquei muito tempo naquelas salas. Como eu disse, não tenho um relógio de pulso, por isso não sei por quanto tempo eu andei, mas pareceram horas.
Eventualmente, eu virei uma esquina e avistei uma pequena escada de metal em espiral que subia. Eu não tinha nenhum motivo pra pensar que eu estava abaixo do nível do solo, mas aquilo foi a primeira coisa que eu encontrei além dos corredores tortuosos e quartos silenciosos, então eu subi. A escada se curvou pra cima por um longo tempo.
Quando cheguei no andar de cima meu coração se apertou ao ver mais corredores se estendendo pra longe de mim, embora todos esses corredores tivessem os trilhos de carne serpenteando ao longo do teto, e muitos deles não estavam iluminados. Eu fiquei longe das passagens mais escuras. Um deles tinha uma janela, e tudo que eu podia ver do lado de fora era o telhado de um abatedouro de metal se estendendo em direção ao horizonte. O céu estava de um rosa opaco — a cor do sangue sendo levado para um ralo. Saí de perto da janela bem rápido. Finalmente, totalmente por acaso, percebi uma porta que eu reconhecia. Era a porta de saída verde escura que deveria levar para fora do prédio. Eu nem parei pra pensar que talvez ela não levasse para fora; eu só abri e entrei.
Meus pés não pisaram no asfalto do lado de fora. Eles também não pisaram no concreto, metal ou ladrilho do chão do matadouro. Estava escuro, então eu não percebi imediatamente no que estava pisando, só que se deslocava ligeiramente sob o meu peso. Olhei para os lados e vi as barras de metal me prendendo, e a esteira rolante abaixo de mim começou a se mover. Percebi onde eu estava, pra onde aquilo iria me levar, e eu gritei.
Me virei para correr, quase esperando encontrar uma horda de gado atrás de mim, me empurrando pra a frente como a esteira era projetada pra fazer, mas não havia nada lá, então eu fugi pela porta. Eu a fechei com força atrás de mim e... comecei a chorar. Era como se algo anestesiado dentro de mim tivesse se quebrado e eu não conseguia... Eu só não conseguia.
Foi enquanto eu tava sentado lá, chorando no chão, que comecei a sentir o cheiro. O cheiro cobre adocicado de sangue. Era estranhamente reconfortante, pois era o cheiro do matadouro que eu conhecia, antes de encontrar o caminho para onde quer que estivesse agora. Comecei a segui-lo, apenas caminhando, virando aonde quer que o cheiro de sangue estivesse mais forte. E ele ficava mais forte, muito mais forte. Quando eu virava esquinas e caminhava por salas escuras, o cheiro ficava espesso, penetrante, muito mais do que eu algum dia já havia sentido. Quando me encontrei parado do lado de fora da porta de aço fosca de onde ele vinha, eu mal conseguia respirar. Do outro lado veio um barulho alto e mecânico. Eu não deveria ter aberto ela, mas pra onde mais eu poderia ir?
Ela levava a uma pequena passarela, ao redor da borda de uma grande sala circular. Não, grande não é o suficiente, ela era... imensa. Eu mal conseguia ver o outro lado dela ao longe. Ao redor das bordas estavam os finais de esteiras rolantes, e eu podia ver carcaças abatidas rolando para fora delas, alimentando o vasto fosso que ocupava o resto da sala. A pilha de corpos fedorentos e ensanguentados, mais do que eu poderia contar.
Porcos, gado, ovelhas — acho que vi até alguns humanos na pilha, embora sem cabeças ou membros seja difícil dizer a diferença entre eles e os porcos. A vasta pilha se deslocava e movia à medida que alguma coisa mecânica lá embaixo a mastigava, mas estava sempre sendo preenchida, alimentada por aquelas esteiras rolantes, as carcaças caindo moles umas sobre as outras como bonecas. Eu não conseguia ver o fundo, embora o que quer que estivesse processando a pilha fosse tão barulhento que quase abafava meus pensamentos.
O que mais eu poderia fazer a não ser me virar novamente e correr?
Não tenho a menor ideia de por quanto tempo eu corri. Tudo que eu sei é que em algum momento eu caí de joelhos no escuro e fiquei ali deitado por um tempo. O barulho e o cheiro do poço haviam desaparecido e eu comecei a ouvir um outro som — o baque surdo de uma pistola pneumática. Naquele ponto eu já tava cansado de seguir barulhos e cheiros estranhos por aquele lugar maldito, então me virei e comecei a andar na direção oposta. Não adiantou. Qualquer que fosse o caminho que eu seguisse, o som parecia ficar mais alto, ecoando pelos corredores vazios.
Quando eu abri a porta de volta para o matadouro, eu só não tinha mais nenhuma surpresa sobrando dentro de mim. Sentado lá, em frente à caixa de atordoamento, estava Tom Haan. Ele estava de costas para mim, mas eu podia vê-lo lenta e deliberadamente colocando a pistola pneumática em diferentes partes de si mesmo — suas pernas, sua barriga, seus ombros — e puxando o gatilho. Quando me aproximei, ele já não passava de uma massa com feridas sangrando. Ele silenciosamente me entregou a pistola, e eu aceitei. Com sua única mão que ainda funcionava, ele guiou meu braço até que a pistola repousasse no centro de sua testa. Mas ele não me fez disparar. Eu mesmo disparei. Ele caiu inerte no chão. Eu não sei se ele tava morto, mas espero que sim. Seria horrível se aquele lugar o fizesse sangrar até a morte.
A porta atrás dele levava a um corredor que eu reconhecia, e a próxima porta que encontrei marcava "Saída", se abrindo para um dia ensolarado tão brilhante que eu mal conseguia enxergar. Tinha gente lá, outros trabalhadores, mas ninguém me deu atenção. Saí do matadouro e não voltei mais. Fiquei esperando que a polícia me ligasse pra falar sobre o Tom, mas nunca mais ouvi seu nome ser mencionado. Nem mesmo quando entreguei meu pedido de demissão. Eu queria me sentir mal pela morte dele, mas não sinto. Não sinto absolutamente nada.
ARQUIVISTA
Fim do depoimento.
Hm. Mais carne. Interessante. Pedi pra Sasha checar os detalhes da história do Sr. Laylow, e tudo parecia mais ou menos preciso. Ele foi contratado pela Aver Meats em Dalston de abril de 2010 a 12 de julho de 2013, que foi quando ele deixou seu posto, que se confirmou ser atordoamento de gado para processamento, no meio de seu turno, junto de Thomas Haan, um de seus colegas. Eles saíram pela entrada principal, ignorando os outros trabalhadores, embora ninguém tenha relatado que eles tenham agido de forma estranha além disso. Nenhum deles voltou ao matadouro e Tom Haan não foi visto desde então.
Entramos em contato com o Sr. Laylow para prestar um depoimento de acompanhamento, o que ele fez prontamente, embora boa parte dele tenha sido sobre seus persistentes problemas em comer carne, que eu diria que são sintomas de estresse pós-traumático, mas ele se recusou veementemente a procurar tratamento.
Tim e Martin tiveram um pouco mais de sorte investigando Tom Haan, embora apenas o suficiente para confirmar que ele parece ter desaparecido completamente após sua saída da Aver Meats no dia 12 de julho. Nenhuma denúncia de desaparecimento foi feita e ele parece não ter nenhum amigo ou família. O proprietário da casa que ele alugou em Walthamstow afirma que o último aluguel que recebeu de Haan foi no início de julho. O proprietário ficou bastante chateado quando ele desapareceu, pois aparentemente ele estava alugando uma casa em Clarence Road por quase uma década, e ela estava em um estado de calamidade quando ele sumiu.
As autoridades de imigração são praticamente inúteis. Eles nos informaram que ele faltou a uma reunião com seu conselheiro no final daquele ano, mas isso foi só em outubro, então isso não nos dá muita coisa pra continuar. Sua conta bancária também não registrou movimentação desde 6 de julho. Nenhum esforço oficial foi feito para localizá-lo e a polícia estava relutante em abrir um novo caso, então não pressionamos.
Não tem muito mais pra ser investigado, já que a descrição do Sr. Laylow de um matadouro sem fim é, pra dizer de uma forma mais generosa, inverificável. Dito isso, recentemente houve movimentos da Aver Meats para expandir sua fábrica em Dalston. Eles têm permissão para planejamento, mas aparentemente estão tendo problemas para contratar empreiteiros, sendo que quatro já desistiram. Apenas um deles, Darren Lacey, concordou em falar com a gente, mas tudo o que ele disse a Tim foi que o prédio “já parecia ser grande demais”. E ele disse que não conseguia suportar o cheiro de sangue.
Fim da gravação.
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