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#13 razões por quê
alevadalouca · 2 months
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𓏲 * diário do semideus ; task.
todas as respostas abaixo foram concedidas com muita má vontade ; portanto, leitura pode conter xingamentos e falta de paciência.
CAMADA 1: BÁSICO E PESSOAL
Nome: aslihan ersoy
Idade: vinte e oito anos
Gênero: cisgênero
Pronomes: ela, dela
Altura: 1,70m
Parente divino e número do chalé: hades, chalé 13 não por escolha
CAMADA 2: CONHECENDO OS SEMIDEUSES
Idade que chegou ao Acampamento: aos quinze anos
Quem te trouxe até aqui? uma equipe de outros semideuses acompanhados de um sátiro
Seu parente divino te reclamou de imediato ou você ficou um pouco no chalé de Hermes sem saber a quem pertencia? de imediato, ao entrar meio que já sabia quem era meu pai. não tem como a morte se esconder por muito tempo
Após descobrir sobre o Acampamento, ainda voltou para o mundo dos mortais ou ficou apenas entre os semideuses? Se você ficou no Acampamento, sente falta de sua vida anterior? E se a resposta for que saiu algumas vezes, como você agia entre os mortais? voltei algumas vezes, afinal de contas, nunca parei de desejar ter uma vida normal antes de descobrir esse mundo. afirmo que viver entre os humanos é prático e gostoso
Se você pudesse possuir um item mágico do mundo mitológico, qual escolheria e por quê? a caixa de pandora, para abri-la no olimpo
Existe alguma profecia ou visão do futuro que o assombra ou guia suas escolhas? só minha própria morte, a possibilidade dela
CAMADA 3: PODERES, HABILIDADES E ARMAS
Fale um pouco sobre seus poderes: bom, meu poder provém diretamente do reino do meu pai; é um fogo azul ou preto a depender de onde venha, mas consegue não só queimar as coisas como me proteger se necessário
Quais suas habilidades e como elas te ajudam no dia a dia: o reflexo me ajuda a desviar do quíron depois do toque de recolher e força sobre-humanos me ajuda a pegar um filho de ares pelo braço e descer a porrada
Você lembra qual foi o primeiro momento em que usou seus poderes? quando eu tinha dezesseis anos, em treinamento. foi terrível, quase chamusquei meu cabelo
Qual a parte negativa de seu poder: atualmente minha maldição, sentir a dor do outro...
E qual a parte positiva: poder queimar coisas
Você tem uma arma preferida? Se sim, qual? a alev, minha galdanha
Acredito que tenha uma arma pessoal, como a conseguiu? hades me deu de presente, queria recusar mas
Qual arma você não consegue dominar de jeito algum e qual sua maior dificuldade no manuseio desta? arco e flecha, basicamente é sobre preguiça de treinar
CAMADA 4: MISSÕES
Qual foi a primeira que saiu? uma em nome de hades, para buscar um objeto para ele
Qual a missão mais difícil? a primeira e única
Qual a missão mais fácil? nunca tive
Em alguma você sentiu que não conseguiria escapar, mas por sorte o fez? sorte não, meu pai teve pena de mim e me fez refém em seu reino por dois anos
Já teve que enfrentar a ira de algum deus? Se sim, teve consequências? caralho, que coisa chata. meu pai me amaldiçoou banana
CAMADA 5: BENÇÃO OU MALDIÇÃO
Você tem uma maldição ou benção? maldição
Qual deus te deu isso? o embuste do hades
No caso de maldições, se não foi um deus que te deu uma maldição, que situação ocorreu para você receber isso? pulo
Existe alguma forma de você se livrar de sua maldição? hades morrendo ????? sonhos
CAMADA 6: DEUSES
Qual divindade você acha mais legal, mais interessante? passo
Qual você desgosta mais? hades
Se pudesse ser filhe de outro deus, qual seria? nenhum
Já teve contato com algum deus? Se sim, qual? Como foi? Se não, quem você desejaria conhecer? hades conta? foi terrível em todas as vezes
Faz oferendas para algum deus? Tirando seu parente divino. Se sim, para qual? E por qual motivo? não perco tempo com isso
CAMADA 7: MONSTROS
Qual monstro você acha mais difícil matar e por qual motivo? nunca parei pra pensar nisso, todos são complicados
Qual o pior monstro que teve que enfrentar em sua vida? um cão infernal por razões distintas
Dos monstros que você ainda não enfrentou, qual você acha que seria o mais difícil e que teria mais receio de lidar? acho que a medusa, eu me renderia fácil pra ela, soube que ela tem belos seios
CAMADA 8: ESCOLHAS
Caçar monstros em trio ( x ) OU Caçar monstros sozinho ( )
Capture a bandeira ( x ) OU Corrida com Pégasos ( )
Ser respeitado pelos deuses ( ) OU Viver em paz, mas no anonimato ( x )
Hidra ( x ) OU Dracaenae ( )
CAMADA 9: LIDERANÇA E SACRIFÍCIOS
Estaria disposto a liderar uma missão suicida com duas outras pessoas, sabendo que nenhum dos três retornaria com vida mas que essa missão salvaria todos os outros semideuses do acampamento? que diabos de pergunta é essa??? eu fui em uma que não valia nada e quase fui de submundo
Que sacrifícios faria pelo bem maior? seguir vivendo linda e plena
Como gostaria de ser lembrado? como uma grande gostosa
CAMADA 10: ACAMPAMENTO
Local favorito do acampamento: campos de morango
Local menos favorito: meu chalé
Lugar perfeito para encontros dentro do acampamento: qualquer lugar que dê para ficar pelada
Atividade favorita para se fazer: nada
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caredportfolio · 6 months
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Quando a Literatura conduz o homem: a seleção de contos de Alfred Hitchcock
Matéria publicada na revista digital 'TXT Magazine' em abril de 2019
Pois bem, ao trabalhar com o projeto da campanha do livro H. H. Holmes, psicopata americano que está sob financiamento coletivo no catarse, precisei não apenas ter um estudo dos dados do famigerado médico e assassino, como também tive que resgatar algumas aulas de criação de roteiro de cinema e outros grandes nomes de autores e artistas cujo os trabalhos retratassem esse assunto. Eis que encontrei o seguinte título: Alfred Hitchcock apresenta: Minhas 13 histórias favoritas de suspense. Esse nome prendeu a minha atenção e, se há em você leitor um mínimo de conhecimento cinematográfico, sabe o peso que é poder encontrar um material do grande diretor de Psicose (1960)  e O Homem que Sabia Demais (1956).
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Consegui encontrar uma versão na biblioteca da faculdade, traduzida por Alfredo Barcellos Pinheiro de Lemos e lançada pela Editora Record, provavelmente da década de 70, e depois de passar pelos contos, gostaria de apresentar algumas das razões pelas quais eu gostei dos textos e acredito que os amantes do cinema e literatura de suspense devem lê-lo.
O livro, diferentemente do que se pode pensar, não é uma obra escrita pelo Mestre do Suspense. As páginas são uma compilação de 13 histórias de autores diferentes e de épocas diferentes e elas estão ali pela simples razão de Hitchcock gostar delas e acreditar que os todos espectadores de seus filmes possam apreciá-las também. O prefácio (a única intromissão que faz durante a leitura) serve apenas para nos avisar que em todas as histórias “alguém sempre faz alguma coisa” e que as “personagens encontram o seu destino final de uma estranha maneira”. A brevidade em estabelecer o ambiente para as histórias e já inserir o leitor naquele universo, de forma que ele assuma por conta e risco a jornada, muito se assemelha com outros tipos de mídias como por exemplo os jogos de terror.
Posso dizer também que esse livro é uma raridade. Não encontrei reedições do mesmo e todos os volumes com os quais me deparei, tanto físicos quanto de vendas digitais, tinham um aspecto antigo, folhas amareladas, diagramação como que feita em máquinas de escrever e a lombada costurada e quase desmanchando. Essa aparência envelhecida tem seu charme e traz a sensação interessante de estar lendo um relato feito por alguém da família em um diário ou como se estivéssemos ouvindo alguém narrar oralmente um caso que poderia acontecer com um amigo ou vizinho.
O primeiro conto foi o que me convenceu de fato. Em menos de dez páginas a nostalgia de ser arrastada para o fim da trama, sabendo que algo aconteceria, mas não exatamente o quê, trouxe de volta as memórias da adolescente e leitora aficionada. Felizmente, ou infelizmente, a variedade de autores ofereceu não apenas cenários diferentes como também estilos narrativos variados. Enquanto há histórias sangrentas e eufóricas, outras são lentas e não tão impressionantes quanto previ.
Por essa mesma razão, a variedade foi uma porta que me apresentou para nomes não tão conhecidos da literatura e que, em sua grande maioria, não possuem tradução de livros no Brasil. Além disso, como estudiosa da área de Letras, todo texto é uma descoberta de temas e assuntos a serem trabalhados. A fonte de inspiração do cineasta pode me servir também como fonte de criação, como obra a ser estudada nas salas de aula, oficinas dentre outros. Não sendo o único, Querem minha caveira, 13 Historias que ate a mim assustaram e Histórias para Ler no Cemitério são alguns dos títulos do mesmo gênio e que já estou ansiosa para encontrar e ler.
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Reminiscentia
"Um doce e inocente se torna... A vida. E a última decepção, tão dolorosa... A morte. Buscando a medida entre o nascer e o desaparecer, o que nós somos? Seremos em parte bondade e maldade. O que o passado e o futuro espera de nós? Entre dois completos opostos, preenchem um ao outro. Recordando traumas... e planejando memórias. Reminiscência, o vazio em nosso existir... é repleto pela presença, como um sonho irreal que se encerra feliz. Nosso amor é capaz de salvar o equilíbrio de toda uma humanidade."
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Reminiscentia - 2karma [2014]
1- Presencio meu passado: para as razões do presente
2- Adeus, florescer
3- Como as flores do Éden
4- Presas nos corações das pessoas
5- Predominam as Tulipas Negras
6- Não em meu mundo
7- Piedade para um ser fraco
8- Mas tu és quem vives
9- Em lamentação
10- Com esperança
11- O amanhã
12- Assim fugirá do passado
13- Destruindo o presente
14- Pelo futuro
15- Em harmonia
16- No arrependimento
17- Por quê?
18- Salvar-me, Morte
19- Eu darei para ti minha vida
20- Como através da morte surgirá?
21- Infelicidade: à traição...
22- A maldade que existe no reino dos céus
23- A bondade que existe na vida da Morte
24- O que será de nós neste futuro?
25- Aquilo que liga as duas faces de branco e preto
26- The two’ karma – Entre a vida e a morte
Reminiscentia - qui vitæ et mortis [2016]
27- Que dor ao tocar-te
28- A fraqueza vem de teu ser
29- Quão desejo salvar-te
30- Não me basta querer
31- Feliz pós curar-me
32- Alguém a perder (até que caiam meus dedos)
33- Teu pai a vencer (assemelha-se à Mãe Vida)
34- Serenata para o medo
35- Lição aprendida – que não morra ao atravessar a porta
36- Não veja: Inocência se entorta
37- Choro ao descobrir a verdade da Morte
38- Estando mais frágil, podes salvar-me outra vez?
39- Serenata para o amor
40- Apenas ti traz-me cor
41- The karma – Equilibrio entre
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drakomanth · 2 years
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Num dia de Vênus, na primeira hora de Júpiter, no ano do Coelho de fogo, sobre a sombra do Ulmus, no vigésimo quarto dia do quinto mês (sétimo gregoriano), nascia, na Maternidade Agamenon Magalhães no Recife, a menor leonina com ascendente em libra do mundo. Prova dos mistérios da vida era o fato de o maior coração do mundo caber numa vida tão pequenina. Não é segredo para ninguém, todos que dividiram algum momento com Ela, que compartilharam de Sua pureza, guardaram-na no seus corações para sempre. Dá o seu melhor em tudo que faz, mesmo quando faz o trabalho contra sua vontade. E de tanto se esforçar para fazer o melhor acabou se tornando a melhor pesquisadora de Dramas para alguns, melhor Amiga para outros, melhor Mãe para uns, melhor Esposa para mim. Qual a chance de se nascer mulher num dia de Aphrodite, na hora de Zeus, no signo de fogo do ano de fogo ascendendo sobre uma balança para equilibrar tanto poder e força? Qual a chance, ou melhor – O que foi que eu fiz para merecer inscrever Você na história da minha vida como consorte? Nunca esquecerei do dia que nos conhecemos – Acho que o Dionson e o Ewerthon diriam: “Nem tem como...” e sabemos o por quê. Eu tenho plena certeza de que nunca vou poder ser grato o suficiente por tê-la ao meu lado. De certa forma isso é torturante. Viver sabendo que sempre estarei em dívida com Você. Você per si é Vida e achando pouco resolveu preencher minha vida com mais Duas razões para refletir sobre nossa passagem neste mundo. Nunca iria imaginar que o dia qual mais tive sorte na minha vida seria num dia de Vênus, na terceira hora de Vênus, no decimo terceiro dia do quinto mês? Por mais incompleto que possa ser, diante da perfeição de sua existência – Eu Te Amo. Obrigado por me presentear com sua majestosa presença em meu coração todos os dias da minha vida desde aquela sexta-feira 13 às 20h45. Te Amo por mim, por Ridlley, por Driany – Te Amamos @fay_denise ! (em Recife, Brazil) https://www.instagram.com/p/CgZwflNLd4Atzo5z448Lf1gM-B8_hZtHjZC_e00/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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ricofog23 · 3 years
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Selma entra no hospital junto de Priscila e um casal, mãe e filho.
- Muito obrigado dona Laura.
- Nada, querida a gente é para isso um ajuda ao outro.
Leonardo é o primeiro virar o corredor e quando elas chegam a porta do quarto.
- Tudo certo, consegui mais terão pouco tempo.
- Muito obrigado sr Leonardo.
A porta é aberta, Selma entra e Leonardo junto que fala ao policial ali de guarda, Priscila entra depois.
- Selma, é você?
- Olá Humberto.
- Como, como soube que estaria aqui?
- O Cícero, ele esteve em minha casa.
- Então ele te achou.
- Como assim?
- Depois lhe conto, e essa garota, é sua filha?
- Sim se chama..........
- Priscila, meu nome é Priscila.
A menina olha para ele com certa alegria no semblante, logo seus olhos enchem de água.
- Não me diga que........
Selma olha para ele.
- Sim, é minha e sua filha.
- Eu sou pai?
- Sim, há 13 anos.
- Nossa.
Priscila se aproxima dele aos choros e Humberto tenta abraça-la, mais ele sofrera algumas cirurgias e remoção de balas.
- Pai.
- Filha.
- Então este é o meu pai.
- Sou eu, seu pai e você é a minha filha.
- Eu quero conhece-la melhor, saber de seus sonhos, gostos, você trata bem sua mãe?
- Eu amo a minha mãe.
- Meu Deus, eu tenho uma filha, filha, eu tenho uma filha.
- Pai.
- Que vergonha sinto da forma com que esta me conhecendo.
Humberto sente forte dor com estocadas por dentro como que seu corpo fosse dilacerado.
Selma se apavora, logo enfermeiros e médico ali para examinar Humberto.
- Selma.
- O que foi, fique em silêncio deixe eles te examinarem.
- Por favor me ouça, fique aqui comigo, não deixe nossa filha junto dele.
- Dele quem?
- Cícero, me ouça Selma, ele não presta, ele não é nada do que aparenta.
- Humberto, o que diz?
- Não fique perto dele, não deixe ele frequentar sua casa.
- O quê?
- Ele matou a mulher dele, aquela, a Elisabeth, foi morta por ele.
- Não pode ser.
- Acredite no que te digo, ele não é bom, se tornou igual ou pior que eu.
As dores ficam intensas e a visita é finalizada ali por odens médicas, Selma sai com a filha pensativa naquilo que ouvira de Humberto.
Dois dias depois, Humberto falece e ela e Priscila vão ao cemitério no enterro do mesmo, Giovana se aproxima delas.
- Obrigado por virem.
- Tudo bem.
- Selma, sei que guarda mágoas de mim, mais.........
- Giovana, hoje eu sei, nunca fomos amigas, comadres por conveniência, mais não guardo nada de ruim de você.
- Obrigado. Um abraço sela ali as duas.
Giovana se intera dos fatos e assim fica a saber que é avó de Priscila, não escondendo sua felicidade diante ao dito, dias depois, ela vai em visita a casa de Selma, entregando para esta uma carta e um caderno, espécie de diário que Gio encontrou nas coisas do filho morto.
- Olhe, eu trouxe por que nestes há algumas coisas escritas que podem lhe interessar.
- Tipo, o quê?
- Leia com atenção, calma, por favor.
- Esta certo, sim eu vou le-lo, obrigada.
As duas ficam ali papeando até que Gio se despede.
- Bem, acho melhor eu ir, tenho algumas coisas para fazer e também não quero ficar te atrapalhando.
- Quando quiser, pode vir, gosto muito de receber visitas ainda mais a da vó de minha filha.
- Obrigado de todo coração que pode nos contar, me deixar participar junto de vocês desse momento divino, uma neta, não imagina o quanto estou adorando isso tudo.
- Eu sei, e me deculpe senão o fiz antes é que tinha minhas razões na época, venha quando quiser.
- Te entendo e mais uma vez obrigada, ficarei por um tempo sem poder vir por que irei me mudar.
- Para longe, por que?
- Vou para uma fazenda, sabe, conheci um capataz ai, decidimos morar juntos.
- Que bom Giovana, você merece a felicidade.
- Nós merecemos, não se esqueça disso viu.
- Vou me lembrar sempre.
- É sério, não foi por que no passado aconteceu o que aconteceu contigo e o Cícero, aquele canalha, não vai ficar ai, vá a luta conheça um homem que te fará bem e tratará sua filha, minha neta com o amor que Humberto não teve para com as duas.
- Obrigada Giovana.
- Tchau.
- Tchau.
Selma abre o caderno após terminar um vestido, Priscila fora para a escola, ali sozinha, ela inicia a leitura deste e logo se assusta com o quê lê.
Horas ali a ler até fechar o caderno e inicia a leitura da carta quando.
- Mãe.
- Filha que horas são?
- Já quase 12 horas.
- Céus, me perdi aqui lendo as coisas de seu pai.
- Me deixe ler.
- Depois filha, infelizmente há coisas aqui que você não deveria saber.
- Por que mãe, a senhora mesma disse que não vemmos ter segredos?
- Esta certa querida, só me deixe terminar isto.
- Tudo bem, mãe.
- Agora vá se trocar e eu vou preparar nosso almoço.
Logo ali na mesa arroz, feijão, abobrinha batida, torresmo e salada de alface.
- Nossa mãe que delicia.
- É, eu tinha quase tudo já feito e guardado na geladeira.
- Por isso te amo mãe.
- Nossa, só pela comida, é isso? Risos.
Depois do almoço, Priscila vai descansar em seu quarto, Selma guarda o restante da comida e lava a louça deixando esta no escorredor.
Terminado ali ela continua na leitura da carta até terminar, ela vai ao banheiro lava o rosto e se olha no espelho, arruma os cabelos e passa batom nos lábios, sai para o quarto onde Priscila adormecera e deixa um recado no criado saindo.
Dentro do táxi, Selma lembra-se de cada trecho do caderno e da carta e quando o motorista para o veiculo ela desce deste num vestido simples porém muito bem feito por ela, caminha por uma rua íngrime e entra numa viela até parar frente a um grande portão de madeira.
Ela bate palmas até que sai ali um garoto de bermuda.
- Olá, você pode me dizer se aqui mora um senhor por nome de Cícero?
- Cícero, ah sim, um velho safado, mora no último quarto.
- Obrigado.
140621....
Selma anda lentamente olhando todo aquele ambiente, crianças, velhos, mulheres, falando alto, outros a observando, um cachorro tenta uma investida mais é parado pela sarna e pulgas se coçando todo ainda rosna para ela.
Bem no meio do terreno parte calçado e parte em pedras, descarte de demolição, entulhos bem moídos.
Um tanque com nove bocas e seis mulheres ali a lavar roupas, mais adiante 3 pias com algumas meninas a lavar louças, 3 meninos chorando ainda a exigir colos e cuidados especiais, rostos ranhentos, sujos, copos com sobras de leite jogados ao lado destes, enfim ela avista o último quarto, sem reboco, porta de madeira também fruto de alguma demolição.
Ela leva a mão para bater nesta quando a porta é aberta por dentro, repentinamente, ali de short esportivo sem camiseta, Cícero mostra um aspecto de desleixo e de quem acabara por acordar.
- Oi.
- Selma, você aqui, você veio até aqui?
- Você me deu o endereço e eu resolvi vir te ver.
O homem a coloca para dentro o quarto, Selma se vê dentro, uma cama de solteiro, 2 cadeiras, um fogão de duas bocas, 3 caixas de isopor, 2 caixas de papelão com roupas, ao canto 2 caixas plásticas, destas de entrega de supermercados com pouquissimos mantimentos.
- Você quer beber algo?
- Água, pode ser, água.
Ele sai dali e logo retorna com uma moringa pequena de barro, serve água para ela num caneco de time em alumínio um tanto sem brilho.
- Obrigada.
- Quer mais?
- Não, obrigada.
- Então é aqui que esta?
- Sim, me mudei para cá assim que consegui minha aposentadoria.
- É um lugar bem cheio, digo o quintal, sabe...........
- Sim, um cortiço, sabe, o valor do aluguel as alturas aqui para mim esta bom, não é tão caro.
- Sei, você cozinha aqui mesmo?
- Sim, acabou o gáz mais amanhã eu comprarei um outro.
- E, para hoje?
- Tenho pão, ovo, eu uso o fogão de um colega ali ou vou num bar 3 ruas acima, bebo algo e a dona frita o ovo para mim na faixa, entende?
- Por que Cícero?
- O quê?
- Por que e como chegou nisso, afinal você sempre foi um homem com reservas, não gastava nada á toa, como ficou assim?
- Acho que foi falta de juizo.
- É, acho que foi isso mesmo.
Ali na cadeira ela olha o homem coçar a perna e percebe 2 cicatrizes na canela deste.
- O que foi isso?
- Isso, nada.
- Cícero eu te conheço.
- Eu me machuquei, cai de um trator, sabe, isso acontece.
- Sei.
Ela olha para o relógio no pulso e se levanta.
- Acho melhor eu ir, logo a Priscila acordará, já deve ter acordado e não quero que ela fique preocupada.
- Você vai vir de novo, prometo que vai encontrar o lugar bem melhor do que hoje?
- Talvez, sim, eu volto, um outro dia, tchau Cícero.
- Tchau. Selma sai dali ainda sem acreditar que o homem com quem convivera chegou a uma situação a qual nem ela sozinha e com uma filha chegara.
Ao chegar em sua casa, ela conta para a filha tudo o que vira e ambas decidem que vão a casa de Cícero e lhe fazer uma proposta.
160621.....
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reginamoraesbh · 3 years
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A escrita como processo curativo
Foram mais de 50 anos ouvindo falar sobre a história da vida de Anne Frank e seu famoso livro. Nunca o havia lido. Não por falta de interesse, mas por pura procrastinação não deliberada, daquelas coisas que a gente vai adiando sem perceber.
Por uma conjunção de fatores, e após ganhar o livro de presente de uma grande amiga, decidi lê-lo. Não havia melhor hora para isso. Nada acontece por acaso – definitivamente a cada dia que passa, tenho mais certeza de que essa expressão não é um clichê. É a vida (sempre astuta e manhosa) me entregando, de acordo com a sua conveniência e não a minha, determinados eventos no exato momento em que se necessita deles.
Um diário escrito por uma menina judia, entre seus 13 e 15 anos, coincidentemente presa num confinamento, claro que em condições extremamente piores e mais aterrorizantes do que este que tem sido imposto à humanidade inteira por causa da pandemia do Covid 19, desde o início de 2020. Um conteúdo que se pretendia que permanecesse nos limites de sua vida privada e que foi escrito de maneira despretensiosa. É disso que se trata o livro. Mas o que mais me chama a atenção para a história de Anne é como a escrita do seu diário a salvou e a redimiu, de certa forma, para sempre.
A poeta mineira Conceição Evaristo, de origem pobre e etnia negra, ensina, com uma sabedoria infinita, que “a escrita tem o poder de diluir a dor”. Apesar de Anne Frank ter morrido em 1945, um ano antes de Conceição Evaristo nascer, este sentimento é algo que, para mim, as conecta e que me leva à reflexão proposta aqui.
Não consigo explicar com clareza o que sempre me fez gostar ou querer escrever. Sempre gostei de ter e escrever diários. Os que escrevi (principalmente ao longo da minha adolescência e juventude) nem os tenho mais. Mas este é um modo de me expressar que nunca me abandonou.
Luis Felipe Angell de Lama, escritor peruano também conhecido pelo pseudônimo Sofocleto, revela que “escrever é uma maneira de falar, sem sermos interrompidos”. Talvez esteja aí uma das maiores motivações de quem se sente impelido a escrever, sobretudo quando se trata de aliviar o sofrimento.
O que me leva a crer que escrever é catarse: é exorcizar-se, desapegar-se, entregar-se, revelar-se sem pudor. Até mesmo sem se importar se algum dia o que foi escrito será lido por alguém. “Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância”, assim se expressa Fernando Pessoa, um de meus escritores e poetas preferidos, sobre o ato de escrever. A escrita é libertadora neste sentido, ela importa, na verdade, mais para quem escreve do que para quem lê.
A própria Anne Frank relata em seu diário que o melhor de tudo é que ela pode escrever, ao passar a viver totalmente escondida por dois anos, até que ela e sua família fossem levados para um campo de concentração nazista. Segundo ela, se não pudesse escrever se sentiria asfixiada por completo. Entendo-a perfeitamente. Quem já leu o livro, possivelmente irá compreender que ela teria morrido ou se matado caso não tivesse conseguido se expressar através dos seus escritos.
Júlio Cortázar, escritor argentino e um dos mais aclamados autores latino-americanos de todos os tempos, costumava dizer que se sentia obrigado a escrever um conto, a fim de evitar que algo muito pior acontecesse. Com ele mesmo provavelmente.
A escrita torna-se um potente bálsamo quando se está diante de situações que ou não podem ser vividas de outra forma ou se deseja tentar traduzir em palavras sentimentos com os quais torna-se impossível lidar total ou parcialmente. Expressar-se através da palavra ou da interação com outrem pode ser importante, mas não funciona para todos ou em todos os momentos. Sob esse aspecto, não é raro que se torne caso de vida ou morte deixar que a pena fale mais do que a língua. Para não se sufocar de vez, é necessário respirar. Ou escrever. O que dá no mesmo.
Saramago, autor de tantos títulos complexos a olhos que se lançam sobre sua leitura numa primeira tentativa (já que não é possível ler Saramago apenas uma vez para entendê-lo), preconizava que “escrevemos porque não queremos morrer. É esta a razão profunda do ato de escrever”. Vou além, com a devida licença de Saramago, e digo que este “morrer” a que ele se refere possui, para mim, dois importantes significados: o de escrever, na tentativa de não morrer sufocado, como eu já disse antes, com o que se necessita que seja posto para fora; e talvez a prepotência de se achar no direito de pensar que, apesar de morrer ser um fato inevitável, o que se deixa escrito permanece eterno.
A maturidade, os acontecimentos vividos, a imensa dificuldade em lidar com a complexidade que é a vida, quando se pensa muito, quando se estuda, se lê muito e se informa muito, quando se questiona quase tudo, quando se chega à conclusão de que quase nada pode ser controlado, mesmo quando obssessivamente planejado, me trouxe até aqui. Ao ato de desejar escrever. Na esperança de que este é um caminho para a salvação. Não a salvação do ponto de vista espiritual, mas de augúrio, de sublimação do que se sente e se vive.
Tenho alma e atitude inconformistas por natureza. Recentemente, minha mãe me contou que, quando eu era um bebê, tinha que lidar constantemente com minhas inúmeras birras e pirraças e pensava consigo que “essa menina já nasceu brigando com o mundo”... Ter tido conhecimento disso, embora talvez mais tarde do que deveria (aqui cabe a pergunta: “mais tarde” como se não se tem controle sobre nada???) contribuiu muito para que eu hoje possa compreender e até tentar conviver mais pacificamente com quem sou, quem me tornei e por quê.
Percebo que essa minha eterna sensação de incompletude me levou, entre outras razões, a buscar me revelar também pela escrita. Não importa se boa ou ruim aos olhos de um eventual leitor. O que importa é não enlouquecer, não me esvair em mim mesma.
Clarice Lispector – uma das autoras que mais me inspira, me provoca, me joga no abismo e depois me resgata (me resgata mesmo?) cada vez mais questionadora do mundo, das coisas, das pessoas e do sentido de viver e de pertencer a esse mundo e da qual até já perdi a conta de quantos livros li (o último, que li em agosto desse ano, foi “A paixão segundo G. H.”, um verdadeiro soco na boca de qualquer estômago) -, disse uma vez: “Eu quero a verdade que só me é dada através do seu oposto, de sua inverdade. E não aguento o cotidiano. Deve ser por isso que escrevo”.
Acho que é isso.
Criado em: 18/10/2020
Foto: Regina Moraes (Out/2020)
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kobraconk · 2 years
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Outra crítica sobre o jornal Leeds Revolutionary Feminist - “Political Lesbianism”.
Claro que é muito mais fácil fazer feministas heterossexuais se sentirem culpadas do que confrontar as estruturas do patriarcado que vão além dos relacionamentos pessoais imediatos ou examinar em profundidade as razões pelas quais os relacionamentos heterossexuais têm domínio sobre as mulheres. Gritar slogans sobre esse tipo de coisa é totalmente irrelevante.
A implicação da abordagem do Feminismo Revolucionário é que as mulheres heterossexuais são estúpidas ou masoquistas e devem se recompor e lutar contra o patriarcado de maneira adequada - um argumento sexista liberal clássico.
Os homens sempre defenderam que é apenas a fraqueza mental das mulheres que causa a opressão das mulheres - o tom compassivo deste artigo ecoa exatamente isso.
O que faz a análise feminista radical ser especial é que nós dizemos que nossa opressão não é nossa culpa, mas que inclusive aquelas mulheres [as heterossexuais] não sofreram lavagem cerebral (ou seja, elas não são estúpidas). Feministas radicais precisam olhar para o por quê mulheres fazem o que fazem, respeitar a força das mulheres e tentar compor, não somente para intimidá-las por terem ideias bobas.
O manifesto Redstocking, um primeiro manifesto, disse “Nós tomamos o lado das mulheres em tudo”. Para mim, ter isso em mente é uma boa maneira de expor os argumentos liberais e eu acho que o lesbianismo político falha totalmente. Se a mulher adora foder [com homens], feministas radicais não deveriam dizer a ela que ela não sabe o que está fazendo e que ela deveria parar com aquilo imediatamente, mas deveriam conversar sobre outras áreas da vida. O único ponto para mudar as vidas das mulheres é se elas querem fazê-lo - se isso é bom para elas. Nós precisamos descobrir, à medida em que avançamos, o que é que essas mulheres querem, não ditar o que elas devem fazer agora.
Eu passei muito tempo sendo heterossexual, sendo uma feminista muito comprometida e me senti vagamente culpada muitas vezes, mas eu não deixei meu namorado até o momento em que eu quis deixá-lo. Meu processo de separação foi longo e doloroso, mas necessário. Se eu tivesse deixado ele abruptamente, por ter me sentido culpada [em estar com um homem] naquele processo de criação de uma identidade pessoal, eu teria terminado em nada, mas com um sentido virtual de preencher o espaço deixado por aquele relacionamento.
Eu rejeito absolutamente a ideia que o trabalho político das feministas heterossexuais está minado simplesmente por elas dormirem com homens. Por outro lado, existem obviamente outras maneiras nas quais as relações das mulheres com homens machucam a elas mesmas e a outras mulheres. Mas isso cabe às mulheres heterossexuais trabalharem no que é bom para elas e eu acho que lésbicas deveriam respeitar sua integridade e boa fé fazendo essa análise.
Sophie Laws (Wires 83)
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páginas 12-13
Love your enemy? The debate between heterosexual feminism and political lesbianism
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thatacs · 3 years
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Você orou e até pensou que esse namoro fosse de Deus, mas o relacionamento chegou ao fim. Por quê? Porque você está sofrendo tanto, mesmo buscando agradar a Deus?
MUITAS RAZÕES podem ter levado a esse fim. Mas há situações em que Deus, por amar tanto você, tira da sua vida exatamente aquilo que aparentemente lhe dá alegria.
Na verdade, Ele permite que você seja ferido para que o seu coração se aprofunde mais nEle.
Você pode questionar isso tudo, pois queria cumprir os propósitos de Deus exatamente com a pessoa de quem você tanto gosta(va).
Mas não adianta não aceitar o término desse namoro. O Senhor sabe exatamente o que, no futuro, vai deixar você muito mais feliz.
Deus, como Criador de corações, sabe a melhor forma de trabalhar no coração de cada um dos Seus filhos.
Ele já sabia que a única coisa que poderia atrair você seria mexer no seu coração, tocar no seu namoro.
Talvez você fale: “Mas Deus não é Deus de confusão”.
De fato, não é! Mas o nosso coração é tão enganoso... E só Deus mesmo para esquadrinhar nosso interior e curar o que precisa ser mudado.
Duvida do que estou dizendo? Então me responda:
Por que então alguns cristãos conseguem superar rapidamente a perda de um ente querido, mas ficam tão depressivos quando o namoro termina?
Por que muitos solteiros se importam mais com o que as pessoas dizem sobre eles do que com o que a Bíblia diz a seu respeito?
Porque, na verdade, o coração dessas pessoas ainda está distante de Deus para determinados assuntos.
Para terminar este artigo, eu ouso a lhe dizer o seguinte:
Primeiro – Deus usou esse namoro propositalmente, para que o seu coração se tornasse mais parecido com o dEle.
Segundo – O grande amor da sua vida está guardado por Ele. Em Deus, não há sorte nem acaso. Se toda bênção de Deus vem de Deus, você acha que Ele não tem guardado o seu grande amor, como você tanto pede?
Deus não brinca com sentimento de ninguém. Na verdade, Ele está preparando algo maravilhoso para a sua vida. Porque você é filha(o) Dele.
(Jó 5:18; Dt 8:3; Jer 18:6; Rom 8:28; Jo 13:7; Lc 11.11; Mt 19:6) Fique em paz!
📝 Texto: @marco_e_clau
📸 Imagem: Pixabay
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pluravictor · 3 years
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Ecologia política, desigualdades e decrescimento
DECRESCIMENTO É PRECISO Mudar o mundo para melhor, não há dúvida, é a finalidade de Serge Latouche. O argumento do decrescimento exposto no livro demonstra um conjunto de ideias e aspirações entre uma “utopia concreta” e um programa político, contudo, afirma Latouche, “não é um dogma rígido, mas um questionamento de lógica do crescimento pelo crescimento” (p.112). Questionar, neste caso, é colocar em causa todo um sistema vigente responsável por transformações nunca antes vistas na história da humanidade, e com profundos impactos negativos sobre a população e o planeta. Estamos, sem dúvida, num momento crítico da nossa existência como um todo, como já não se via desde a Crise dos Mísseis de 1962. Ao fim de 13 tensos dias que quase nos obliterou numa guerra nuclear, imperou o bom senso nas acções e nas mudanças. Porém, a realidade das alterações climáticas, cada vez mais entendida como emergência climática, não ficará resolvida no mesmo tempo, o lento reconhecer do grave problema global é uma procrastinação, má companheira daqueles que pretendem acabar com o estado a que chegámos, parafraseando Salgueiro Maia na madrugada de 25 de Abril. “Trata-se, na verdade, duma revolução” (p.91) portanto, não pelas armas, mas sempre pelas ideias e pela políticas de mobilização e alteração de um paradigma que se impõe como urgente. Entre o pessimismo da razão e o optimismo da vontade, como dizia Antonio Gramsci, o Pequeno Tratado do Decrescimento Sereno é um manifesto lúcido e audaz, incisivo e provocador.
Mas afinal o que significa “decrescimento”? A grafia das palavras é um desenho conceptual que revela a importância do seu significado e também do que afirma não ser. Latouche não é contra o crescimento em si, mas contra o modo como é (e tem sido no último par de séculos), para expôr como devemos actuar. Decrescimento não é “descrescimento”, palavra inexistente mas tão sem sentido quanto ‘crescimento negativo’ (isso é o quê, O Estranho Caso de Benjamin Button” em teoria económica? Estranho, certo?). Decrescimento não é uma palavra oposta a crescimento, é tão somente uma alternativa sustentável, de humanismo e equilíbrio com a Terra. A prática e comunicação económica e política estão inundadas de “crescimento”, que infiltra os nossos objectivos muitas vezes de forma perniciosa, que “o próprio homem tende a tornar-se o resíduo dum sistema que visa torná-lo inútil e a passar sem ele” (p.18). Latouche abre de rompante com uma breve definição de decrescimento: “um slogan político com implicações teóricas (…) que procura acabar com a linguagem estereotipada dos drogados do produtivismo.” (p.18). Acusação forte esta última, é um call to action face a uma estranha hierarquia de “agarrados” ao sistema e uma intrincada teia que prende a sociedade a este mecanismo, de forma consciente e inconsciente. A velocidade e o peso do mundo alastram-se a cada vez mais a sectores de actividade, camadas da população, e áreas da natureza. Latouche esbofeteia-nos com a ideia que o crescimento se tornou “o cancro da humanidade” (p.34). O ritmo de crescimento e desenvolvimento trouxeram-nos mudanças significativas em 200 anos desde a Revolução Industrial, o planeta avançou dezenas de vezes mais rápido na história em tantos domínios, contudo “o nosso supercrescimento económico choca com os limites da finitude da biosfera. A capacidade regeneradora da Terra não acompanha a procura: o homem transforma os seus recursos em lixo mais rapidamente do que a natureza pode transformar este lixo em novos recursos.” (p.38). Este é um dos grandes problemas, pois as transformações sociais e tecnológicas, o esforço da desmesura que o decrescimento combate, tem exaurido as capacidades e a sustentabilidade da nossa casa planetária. É um esbofetear semelhante que Greta Thunberg nos dá há dois anos, enquanto o mundo adulto continua a comportar-se alheio ou aquém dos perigos ecológicos. No conceito de decrescimento inclui-se claramente uma política ecológica fundamental para a reconstrução do mundo.
A proposta do decrescimento é, portanto, uma reacção à histórica hegemonia do hemisfério Norte, promotora de desigualdades globais, atropelando essencialmente o Sul, em que a política de “desenvolvimento, conceito etnocêntrico e etnocidiário, impôs-se pela sedução, associada à violência da colonização e do imperialismo” (p.22). A densidade populacional empurrada para enclaves urbanos ausentes de dignidade humana é um problema gravíssimo, cuja pressão social e económica afecta comunidades inteiras durante gerações. Onde se incluem fluxos migratórios por razões económicas e conflitos bélicos.
Chegados ao início do século XXI, as promessas de um admirável mundo novo assente nos produtos financeiros, alimentaram continuamente lógicas ainda mais alargadas de ready made e fast food, em que o “desperdício inconsciente de recursos raros disponíveis e a subutilização do fluxo abundante da energia solar.” (p.27) são obsessivos prazeres instantâneos manipulados por objectivos empresariais e  publicidade que nos faz “desejar o que não possuímos e desprezar aquilo de que dispomos já.” (p.29). Os smartphones são exemplo claro disso, com o auge entre 2009-2016, estando nós agora em 2021 como testemunhas de outras abundâncias desnecessárias (somando-se muitos desvios, diversas crises graves e calamidades sem igual) desde 2007, ano de lançamento do livro de Latouche. 
A BUSCA DA FELICIDADE Como contrariar este percurso egoísta, esta pesada pegada ecológica? “O decrescimento só é concebível numa ‘sociedade do decrescimento’, ou seja, no quadro dum sistema que se baseie noutra lógica” (p.19). Ora, uma ‘sociedade do decrescimento’ implica a alteração da própria sociedade, no seu funcionamento, nos ideais e valores (altruísmo, cooperação), ultrapassando a (o)pressão actual. Tarefa árdua e longa, mas um projecto que vale a pena discutir, pois a proposta do decrescimento desenha uma “sociedade em que se viverá melhor, trabalhando e consumindo menos.” (p.20). Trabalhar menos foi sempre um ideal, a industrialização, a informatização e a automação procuravam optimizar o nosso tempo a nosso favor. O que raramente aconteceu. Há países, entre os quais Portugal, que trabalham mais horas por dia e por semana que qualquer outro país mais rico, e mesmo assim permanece em patamares de desenvolvimento e qualidade de vida inferiores. É por aqui que Latouche nos tenta demonstrar a sua lógica se compreendermos bem a nossa realidade enquanto sociedade. A qualidade do trabalho pode, e deve, equivaler à qualidade de vida, e com esta última se produzirá uma sociedade mais próxima da felicidade. Em 1776, os Estados Unidos declaravam no seu documento de independência “Consideramos estas verdades como auto-evidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade.” A busca da felicidade, não é magnífico? Apenas agora esta modernidade do século XVIII parece ter sido assumido como objectivo a cumprir, em especial quando se criou em 2011 o índice de medição de felicidade dos países (o primeiro relatório sai no ano seguinte), para além do famigerado PIB. O decrescimento abre caminho a essa busca da felicidade numa “proposta necessária para reabrir o espaço da inventividade e da criatividade do imaginário, bloqueado pelo totalitarismo economista, desenvolvimentista e progressista.” (p.20). É como a canção dos Xutos "Dantes (o tempo corria lento, meu)” que, embora nostálgica, é essa busca de felicidade ao “saborear a lentidão, apreciar o nosso território” (p.58), dar espaço para podermos “abrandar e, portanto, resistir ao império da velocidade e às tendências actuais." (p.78). O World Happiness Report de 2020 tenta perceber o excepcionalismo nórdico “What Explains Why the Nordic Countries are Constantly Among the Happiest in the World” (p.129). Temos de inverter a mensagem do título da maravilhosa canção de Vinicius de Moraes “Tristeza não tem fim, felicidade sim”. A mudança da sociedade significa novos objectivos e atitudes, alterar a cultura de trabalho e lazer, ser inclusivo e assumir a protecção do planeta. A mudança para sermos felizes não está apenas nos livros de auto-ajuda. Há um programa político para isso.
ECOLOGIA É POLÍTICA Reutilizar e Reciclar são chavões velhos, mas sempre actuais, fazem parte do léxico europeu há bastante tempo. O desafio, e imperativo, para uma eficaz transformação e construção da sociedade do mundo inteiro, contempla segundo Latouche, outros seis “R”: reavaliar, reconceptualizar, restruturar, redistribuir, relocalizar, e reduzir. Ao todo estes “oito objectivos interdependentes são susceptíveis de desencadear um processo de decrescimento sereno, convivial e sustentável.” (p.50). 
Algumas coisas começam a ser feitas com impacto mais global. Nunca como agora tivemos tantos automóveis com motores eléctricos, e metas para restruturar e reconverter o aparelho produtivo e o mercado face à mudança de paradigma energético e ecológico que é cada vez mais apreendido na realidade de hoje. Mas, permanecem as questões de equidade e redistribuição que os países ricos do Norte têm de resolver, ao cooperar com o Global South. Para além de um pesado passado colonial, onde restituição é palavra de ordem, a contração da enorme ‘dívida ecológica’ para com o Sul urge ser reembolsada, não há duvida que reduzir “a nossa predação, seria um acto de justiça.” (p.55).
Novas maneiras de apreender a realidade para transformar as relações humanas e reduzir as desigualdades implica actuar já — no sítio mais próximo de cada um. “Se a utopia de decrescimento implica um pensamento global, a sua realização começa no terreno.” (p.64). Uma produção local que forneça as populações locais, diminuindo drasticamente o desperdício de recursos, tempo e pessoas. É claro como água (se não estiver poluída…), enveredar por práticas que reduzam o impacto na biosfera (p.56). É quase como um grass roots movement, não ficando à espera da acção de programas governamentais que são demasiado lentos e pouco ambiciosos. O exemplo aqui, vem de baixo, “a ideia do ‘decrescimento’ inspira comportamentos individuais e colectivos” (p.17), as transformações para a "existência dum projecto colectivo enraizado num território como lugar de vida em comum” (p.65) não é utopia vã (o programa político existe, p.97-100), é um justo e transversal objectivo. Assegurar a sustentabilidade do planeta e promover a felicidade abraça uma “política ecológica [que] não tem qualquer dificuldade em integrar a política social. Ela é mesmo a condição duma mudança que não se limita a uma mera reparação superficial do sistema.” (p.108).
Uma indústria e agricultura limpas (menos industrializadas no sentido negativo do termo), significa menos destruição da floresta e da fauna, a manutenção dos pulmões do mundo, sem esquecer a recalibração da pesca. A ecologia não é mais uma ciência, é um projecto político urgente. Embora Dolors Comas d'Argemir afirme que a ecologia política “no tiene un corpus homogéneo, por lo que podemos encontrar reflejados en ella distintos enfoques teóricos.” (d’Argemir, 1998:144), a participação antropológica revela-se tão importante quanto a militância e defesa da natureza, para a construção de ideias baseadas na observação e reconhecimento das problemáticas da humanidade e do planeta. É necessariamente um projecto social contra o neoliberalismo e uma globalização voraz, que muitos designam como eco-socialismo que “pone el acento en las causas sociales y políticas que conducen a la degradación ambiental en el contexto del sistema económico mundial.“ (d’Argemir, 1998:144).
O regresso à terra, ao mundo "universal" de Miguel Torga (p.67) é uma resposta dentro das propostas do decrescimento sereno, pois é de forma serena que queremos, e devemos, todos viver. Coexistir e proteger a nossa humanidade no único planeta em que habitamos.
BIBLIOGRAFIA
LATOUCHE, Serge. 2007. Pequeno Tratado do Decrescimento Sereno. Edições 70, Lisboa, 2011
D’ARGEMIR, Dolores Comas. 1998. Antropología Económica. Ariel: Barcelona (cap. 5, 6 e 8) 
ENUNCIADO Parta da leitura do livro de Serge Latouche e faça um comentário ao livro. Esclareça o que entende Latouche por decrescimento e que argumentos aduz para defender a pertinência de políticas de decrescimento como forma de reduzir desigualdades, assegurar a sustentabilidade do planeta e promover a felicidade. O livro de D’Argemir Comas (em especial os capítulos indicados, abordados nas aulas) pode ser usado para clarificar a noção de Ecologia Política.
— Ensaio Final para PODERES: ECONÓMICO E POLÍTICO 2º ano, 1º semestre  •  2020/2021 7 Janeiro 2020 — Avaliação: 18 Nota Final de Semestre: 18
Licenciatura de Antropologia  |  Iscte-IUL, Lisboa
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walkawayrn · 3 years
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1 de Junho
1 de Junho. O dia mais importante desde livro. Arrisco-me a dizer que é um dos dias em vivo sentimentos complicados de gerir.
É o primeiro dia que tento escrever e não consigo. Há trinta minutos escrevi a frase que acabaram de ler e fiquei-me por aí. Um dos dias mais difíceis da minha vida. Aquilo que tanta vezes escrevi, sobre estar longe. Ou ir viver para o Luxemburgo. O meu sonho de criança vai acontecer. Dia 13 de Julho de 2020. Consegui tomar essa decisão. Finalmente. Encontrei o Marcelo às 2:30 numa bomba de gasolina, por mero acaso. E ele perguntou-me o quê que ainda estava cá a fazer. O que ele me disse foi o que eu precisava de ouvir. Fui para casa e garanto que a viagem não foi fácil. Quando já estava na varanda, do nada surgiu-me um clique. O complicado foi perceber que tinha acabado de me decidir que queria ir. Tinha as razões e mais algumas para ir. Foi um misto de emoções gigante, porque sempre foi a coisa que mais quis, mas ao mesmo tempo sabia o que ia deixar para trás. Chorei muito e já com a cara coberta de lágrimas senti uma paz plena. É um sentimento difícil de explicar, não falo de felicidade. Paz. Paz. E garanto que soube tão bem. Tão apaziguador.
Estou a escrever isto 24 horas depois. Já é dia 2.
A primeira pessoa com quem falei foi o meu irmão e confesso que ele é mesmo meu irmão a partir de ontem. O que foi o passado já não me interessa. E é realmente o que sinto. Já não tem o peso que tinha porque conseguimos falar. Finalmente. Foi a conversa mais importante da minha vida. Ao fim da tarde falei com o Nelson e com o Marcelo. Foi difícil. Muito difícil. À hora de jantar falei com a minha mãe. A reação dela foi incrível, como a do meu irmão. Agora, à noite falei com a pessoa que me tem roubado o coração, a Joana.
A conversa com o meu irmão foi incrível, era desta conversa que sempre precisei. Apaguei fantasmas da minha memória e resolvi outros tantos que eram reais. Fomos sinceros e diretos um com o outro. Passados nem sei bem quantos anos, consegui dar-lhe um abraço. Um simples cumprimento sempre foi meio que estranho e forçado e hoje foi diferente e sentido. Um abraço. Uma conversa. Estas duas coisas podem resolver tanta coisa. É deixar o passado ser o passado. A partir de hoje tenho a certeza que serei mais cúmplice e sincero. Falei-lhe de coisas da minha vida que sempre quis ter falado. Sempre. Como disse, foi a conversa mais importante da minha vida. Resolvi-me com ele e comigo mesmo. Passei algum tempo a pensar que queria ter tido esta conversa e com o passar dos anos comecei a perder a esperança que fosse acontecer. Espero que também te tenha feito bem. Quer dizer, tenho a certeza. Ainda que a conversa tenha sido muito importante, sei que para ti foi mais ainda. Obrigado por me questionares pela minha escolha. Obrigado também pelos exemplos e conselhos que me deste.
Vamos ser diferentes a partir de agora. Vamos ser irmãos! Obrigado, obrigado e obrigado!
Depois de falar com o meu irmão, tinha evidentemente de falar com os meus amigos. Amigos. O primeiro foi o Nelson. Nelson sei que não foi fácil ouvires aquilo e sei que não vai ser fácil veres-me partir, tal e qual como não foi fácil para mim quando decidiste ir embora. Sei que sou muito importante para ti, como tu és para mim. Vamos viver agora estes dias e quando chegar o dia D, quero um abraço.
O Marcelo foi logo a seguir. Sei que tinha uma ideia de uma eventual vontade de me mudar, mas quando chegou ao pé de mim, eu estava a ver os voos com o meu irmão. Guardo aquele momento na praia. Foi importante e tu sabes disso. Tal e qual como foi importante chorar e abraçar. Quando vos disse que fui mesmo feliz. Quando vos disse que tinha sido uma jornada incrível mas que era a hora de ir em busca de mais alguma coisa, estava a ser sincero. Vocês os dois foram mesmo muito importantes e isto é tão inquestionável. A viagem até casa não foi fácil, eu sei. Mas isto vai mesmo acontecer e só vos desejo o melhor deste mundo. Vocês merecem. E sei que vão ser muito felizes. Obrigado.
As horas passaram e era hora de falar com a minha mãe. Para terem uma noção do quão decidido estava… até hoje sempre que falava contigo na possibilidade de ir para o Luxemburgo viver, falava de forma a obter conselhos e uma possível aprovação. Desta vez foi diferente, estava decidido, queria só contar o que ia fazer. Claro que os conselhos também os queria, a todos. Mãe, obrigado. Tu não sabes mas antes de chegar a casa, só chorava. Fui à casa de banho, só chorava. Fui ao quarto, só chorava. Depois sentei-me à mesa para jantar como que se trata-se de só mais um jantar. Contive-me mas comecei a falar. Contei-me e sinceramente esperava uma reação negativa, porque primeiro ia largar os estudos, e sei que é uma coisa que não querias que acontecesse. E em segundo lugar, o Gil também está a ganhar asas e sobrava eu. A única pessoa que ainda te podia fazer companhia em casa. A tua reação foi incrível. E mais do que incrível, foi genuína. Disseste-me só que querias que eu fosse feliz. Foi de uma genuinidade brutal. Nem sabia bem o que dizer. E tu sê feliz, porque mereces. Obrigado. Obrigado. Obrigado.
Última pessoa do dia… Joana. Falei mais contigo em três horas do que em três ou quatro anos. Foi tão bom. Aquilo que sempre nos faltou, esteve lá. Sem medos e sem fragilidades. Soube-me tão bem poder pedir-te desculpa por tantas coisas e agradecer-te por tantas outras. Disse-te perto de um milhar de vezes o quanto gosto de ti. Desculpa pela notícia… mas tu sabias que este dia ia chegar. Eu adoro-te e quero-te lá rápido. Obrigado por me ouvires e por falares comigo. Porque afinal de contas falamos muito mais do que a minha ida. Tivemos a conversa que queria ter. E também te disse o que sentia. É amor, acho que pela primeira vez.
Obrigado. E vou deixar aqui uma música só para ti. Silêncio do Diogo Piçarra. Sabes qual é a versão.
(Hoje foi um dia de conversas. Muitas e todas tão boas. No fundo vocês que fizeram parte do dia de hoje sempre souberam que este dia ia chegar. Vão estar sempre no meu coração. Sempre. Sempre. Sempre. Tenho de ir dormir porque amanhã continuam as conversas. Um abraço enorme a todos e sabem que se pudesse vos levava numa mala gigante. Porque a minha vida sem vocês não vai ser igual. Jamais.
Dia 3. Já falta menos um dia, ainda que faltem alguns. 4:22. É de madrugada. O que seria ser de dia.
Dinis. Desculpa. Sei que não estavas à espera disto. Com o desenrolar da conversa foste o primeiro a dizer para ir. Porque o que te queria mostrar eram os porquês. Entendeste e obrigado por isso. Foi uma tarde que não vou esquecer. Entre momentos já meio alegres por causa de umas cervejas, falaram-se coisas importantes. Falamos. Abrimo-nos. Dei-te os meus porquês e não que precisasse disso, fi-lo porque queria que tu encontrasses todos os teus porquês. Quero mesmo que esta tua fase passe rápido, porque tu mereces. Sei que me querias e queres por perto e tu sabes que é completamente reciproco, mas é isto que é a vida não é? Sei que és daquelas pessoas que vão estar cá sempre e para sempre. És uma pessoa pela qual tenho um carinho enorme e como disse ao Nelson e o Marcelo… é amor. Genuíno. É querer o bem e só o bem. Só vos quero ver felizes e com uma estabilidade incrível, o quer que isso seja. Tenho pena de não estar perto para ver isso a acontecer, porque vai acontecer. És uma pessoa incrível. Adorei a tarde, revivemos momentos incríveis que passamos juntos. Que saudades. Vou estar aqui para ti, sempre. É amor.
De uma forma meio que aleatória acabei por ir ter com a Carolina e com a Susana. Foram pessoas que me ajudaram muito nestes últimos tempos. Tinha de ter esta conversa convosco. Sei que não estavam à espera. Eu sei. E ficaram sem reação e não há nenhum mal nisso. Vou continuar a ir aí a casa como tenho ido, mas com o passar dos dias, tenho a certeza, que me vai começar a custar. Um grande obrigado, principalmente por estes últimos dois meses. Obrigado.
Agora vou falar de duas miúdas incríveis. Claro que a noite tinha tudo para ser aleatória. Eu, o Nelson, a Inês Adriano e Andreia Duarte. Que puta de noite. Digam-me que não foi das melhores noites! Encontrámo-nos por volta das 23:00 em Santa Cruz e há aqui um problema… é que vocês as duas têm sempre aquelas ideias meias malucas, mas que depois só nos fazem bem. Resumindo, o suposto era falarmos, porque vos tinha  dito que precisava de falar. Imaginem só. Nem trinta minutos tinham passado e estávamos todos dentro de água meio que nus, meio que vestidos. Mais nus que vestidos, sejamos sinceros. Incrível. Só vocês. Adorei e depois veio a conversa. Foi tão bom ouvir-vos e falar-vos um bocadinho de mim. Foi tão reconfortante e acolhedor, porque não é que nunca tenha havido espaço para conversas, mas como esta nunca tinha acontecido. Acho que fez bem a todos e é aquilo que eu disse, § fui mesmo muito feliz cá e vocês fizeram completamente parte disso. Vocês trouxeram-me felicidade e uma loucura à mistura. Foram duas pessoas mesmo importantes para mim, mesmo que isto fique muitas vezes guardado para mim. Eram e são indispensáveis, mesmo que estivéssemos dois ou três meses sem falar. Sabia que podia contar com vocês às horas que fossem. São incríveis. E tu Inês ainda me vai aturar mais um bocadinho, porque como te disse, ainda há muita coisa por dizer e por explicar. Um abraço enorme às duas, um abraço porque sei que são fãs dos abraços. Um daqueles gigantes. Obrigado por tudo e mesmo estando longe, estou aqui para tudo o que precisarem. Obrigado meninas. São especiais. Adoro-vos.
Hora de ir dormir. Amanhã a mamã Dulce vai dar explicações de Francês ao menino Ivo. Acho que amanhã também é dia de falar com o meu pai. Desejem-me sorte. Já que só vão ler isto daqui a uns meses, fico-me pela esperança que corra bem. Fingers crossed.
Já se passaram mais uns dias. Poucos. Pai e Leonor.
Chegou a altura de ter de falar com o meu pai. O meu irmão apalpou terreno para eu poder falar e obrigado por isso. Acho que o meu pai percebeu. Percebeu e apoiou-me. Claro que ficou triste por não acabar o meu curso, sei que ele queria muito que eu o fizesse! Conforme os dias foram passando acho que apoia ainda mais a minha decisão e é tão bom sentir isso. Acho que ele tem medo da ideia que tenho do que é a vida no Luxemburgo e concedo-lhe isso. Porque se eu estivesse no lugar dele provavelmente também teria.
Passemos à frente e podemos falar do dia do dia 8 de Julho. Agora já é dia 9 porque já passa e bem da meia noite, muito mais do que era suposto. Desabei. Eu sabia que as noticias não iam ser as melhores mas também não era preciso tanto. Senti o chão a surgir. E precisei efetivamente de pessoas a meu lado, como acho que nunca tinha precisado. Para quem não sabe, a notícia foi que o cancro do meu pai se instalou no cérebro, uma das piores noticias que me podiam dar. Depois de falares comigo, fiquei dez minutos a olhar para uma parede do meu quarto a rir. Porque não tive reação. As lágrimas não surgiram e passava-me pouca coisa pela cabeça. Até que me levantei para fumar um cigarro. Desabei e confesso que foi mesmo muito difícil. Mais uma batalha. Mais uma. Bora. Não quero falar mais disto porque não há muito mais a dizer, é lutar. Lutar.
É nesta parte que entra a Leonor. Nô, não escrevi sobre ti no dia em que te contei que vou embora, porque como tu disseste é complicado encontrar tempo para escrever. Acho que agora também não tenho precisado porque têm sido dias muito intensos e a escrita fica de lado. Claro que tu ias acertar nisto. Não venho aqui só falar desse dia, porque mesmo já tendo falado de ti neste livro, mereces que escreva mais. E garanto-te que mais do que mereceres, eu preciso disto.
O dia em que te contei foi mais um daqueles dias aleatórios, e que tudo corre a favor para nos encontrarmos. Estava na Ericeira e conseguiste vir mais cedo de Lisboa. Fui direto ao assunto, porque tinha efetivamente de ser. A tua reação foi exatamente isto… wow! Falamos sobre a minha decisão. Percebeste tão bem, como seria de esperar. Porque és tu. Não foram precisas horas para ter a conversa que queria ter. Acho que meia hora chegou, ainda que tenham ficado mais coisas por dizer, mas como te disse, ainda temos tempo. Já não te via há uns tempos, e sendo egoísta, já tinha saudades do impacto que era estar contigo. E talvez, fossem mais do que saudades. Necessidade talvez. És incrível e precisava mesmo de falar um bocadinho contigo.
Depois de ter falado com o meu pai falei contigo. E tu não tens noção do bem que me fez e da paz que me trouxe. Parece que me fui esquecendo do que tinha acabado de saber, ainda que estivesse na merda. Foste crucial nesse momento e tu não sabes mas as tuas mensagens aos meus olhos eram desfocadas e tinha o ecrã do telemóvel em água. Obrigado por teres estado ali e sim… “A melhor razão para percorrer o mundo: por alguém que amas”. Literalmente. Obrigado por todas as palavras e por me tentares acalmar. Porque conseguiste isso. Obrigado, obrigado e obrigado.
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fefefernandes80 · 4 years
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Ambientalistas explicam por que ‘boi bombeiro’ e ‘reservas incendiárias’ no Pantanal, citados por Salles, são mito
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Biólogos, agrônomos e engenheiros florestais explicam por que criação extensiva de gado não ajuda a combater incêndios na região do Pantanal, ao contrário do defendido por ministro. Criação extensiva de gado não ajuda a combater incêndios Reuters Nos últimos dias, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente da República, Jair Bolsonaro, têm tentado explicar os incêndios que estão devastando o Pantanal. Segundo os dois, as queimadas este ano estariam mais intensas por causa de restrições ao manejo do fogo em pastagens e em reservas ambientais. Pantanal tem mês de setembro com mais focos de incêndio na história Os seis fatores que tornam incêndios no Pantanal difíceis de serem controlados E, também, por causa de uma suposta “perseguição” à criação de gado solto na região. O argumento é que proibições às queimadas preventivas em fazendas e em reservas ambientais provocaram o acúmulo de matéria orgânica (mato, galhos e folhas secas), que depois serviu de combustível para os incêndios. Além disso, o boi criado solto, ao comer o capim, ajudaria a diminuir a quantidade de material disponível para a queima — nos últimos anos, a diminuição do rebanho no Pantanal teria impedido o “boi bombeiro” de cumprir seu papel no controle do fogo. 5 pontos sobre as queimadas no Pantanal Essas teorias, porém, não procedem. Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil explicam que a criação de gado aumentou no Pantanal nos últimos anos, ao invés de diminuir — o que contradiz a ideia de que o boi pantaneiro seria fundamental para impedir incêndios. Além disso, a queima preventiva não foi proibida totalmente nos últimos dois anos — só foi restrita pelos governos estaduais durante a estação seca, seguindo orientações do próprio Ministério do Meio Ambiente. E área coberta por unidades de conservação na região é ínfima, de menos de 5% do bioma. Na verdade, um dos principais motivos para os incêndios é o clima: o pantanal vive a pior seca dos últimos 60 anos, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). As queimadas no Pantanal neste ano são consideradas as piores em décadas. Cerca de 15% da área do bioma já foi consumida pelo fogo até agora. A labaredas já destruíram uma área de 2,3 milhões de hectares no bioma — o equivalente ao Estado de Sergipe, ou quatro vezes a área do Distrito Federal. Argumentos do governo “O que aconteceu com o Pantanal? Eles estão há dois anos sem fazer o ‘fogo frio’ (queima controlada), que (é) esse fogo preventivo, o manejo preventivo do fogo. Por questões ideológicas, questões administrativas”, disse Salles no último domingo (13/08), em entrevista ao canal do YouTube deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). “Segundo aspecto que também foi chamada a nossa atenção lá: cada vez mais vem se perseguindo a criação de gado solto no Pantanal. Só que é o gado solto que come o capim. Então, diminui também essa massa orgânica (inflamável). E você não deixar de criar gado de maneira extensiva lá também propiciou um aumento substancial desse material orgânico”, disse o ministro do Meio Ambiente — sem, no entanto, mostrar evidências de que a criação de gado na região tenha diminuído. O mesmo discurso é adotado pelo presidente da República. “Se o gado não come capim em determinadas áreas, acumula capim seco e graveto sem vida e, quando vem o fogo (…), vai embora”, disse Bolsonaro em uma live no fim de agosto. Na verdade, tanto Bolsonaro quanto o ministro ecoam uma tese defendida pelo agrônomo e pesquisador da Embrapa Evaristo de Miranda, atual chefe da Embrapa Territorial. Em entrevista à rádio Jovem Pan no fim de agosto, Miranda culpou o declínio da pecuária no Pantanal e a criação de reservas ambientais na região pelo fogo. “Quando a pecuária declina, por razões econômicas, de competitividade etc., quando se retira o boi, como se retirou de grandes reservas que se criaram na região, reservas ecológicas, a RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) do Sesc Pantanal, o que acontece nesses lugares, tirando o gado e cercando? O capim cresce muito e acumula muita massa vegetal. Na hora em que pega fogo, é um fogo muito intenso”, disse ele. A reportagem da BBC News Brasil procurou o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente para comentários sobre o assunto, mas até o momento não houve resposta. Rebanho aumentou e pastagens também Especialistas ouvidos pela BBC dizem que o gado criado solto ajuda, de fato, a reduzir a quantidade de matéria prima disponível para queima — mas não é a redução na pecuária que explica os incêndios deste ano. Os dados da Pesquisa Pecuária Municipal do IBGE sobre os rebanhos bovinos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul nas últimas décadas e as informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) sobre os focos de calor no bioma Pantanal não indicam que haja correlação entre uma coisa e outra. Segundo os técnicos, há pelo menos dois problemas com a teoria do “boi bombeiro”. O primeiro é que o rebanho bovino no Pantanal está crescendo nos últimos anos, ao invés de diminuir. Além disso, no caso da reserva natural citada por Miranda, o fogo teria começado justamente em uma fazenda de criação de gado, segundo perícia — e não na área de preservação. “Os dados da Pesquisa Pecuária Municipal, que engloba 22 municípios no MT e MS que fazem parte do Pantanal, apontam um crescimento do rebanho, e não uma redução. O último dado é de 2018, mas ele vem crescendo desde os anos 1999. Nos últimos 19 anos, está crescendo. Então, não tem nenhuma lógica dizer que diminuiu a criação de boi no Pantanal”, diz o engenheiro florestal e coordenador do projeto Mapbiomas, Tasso Azevedo. Segundo Tasso, o que está acontecendo de fato no Pantanal é uma substituição das pastagens naturais — que fazem parte do bioma — por pastagens plantadas, com espécies de capim estranhas ao ecossistema. “Quando você usa a pastagem natural, o gado precisa se mover de um lado para o outro, conforme a época do ano. Então, para fazer uma pastagem mais intensiva, você faz essa conversão (das pastagens nativas para plantadas)”, diz ele. “Essas pastagens plantadas (com espécies exóticas) não têm a mesma dinâmica (em relação ao fogo) que as pastagens naturais. E a interface delas junto ao fogo é que pode explicar melhor o que está acontecendo lá”, diz Tasso. “Segundo dados do Mapbiomas, entre 1999 e 2019 a cobertura de vegetação nativa no Pantanal caiu 7%, reduzindo de 13,1 milhões de hectares, para 12,2 milhões de hectares”, detalha Vinícius Silgueiro, que é coordenador de inteligência territorial do Instituto Centro de Vida (ICV). “Já a área de pastagem exótica cresceu 64% sobre áreas naturais, passando de 1,4 milhões de hectares, para 2,3 milhões de hectares. Nesse mesmo período, o rebanho de bovinos no Pantanal aumentou 38%, de 6,9 milhões para 9,58 milhões de cabeças”, disse Vinícius à BBC News Brasil, por meio de mensagem de texto. “Ainda que ele tenha crescido no Pantanal, proporcionalmente, o rebanho bovino aumentou mais em outras regiões do estado. Mas, por razões econômicas, e não por restrições ambientais específicas do Pantanal. E isso, como mostram os dados, vem se consolidando a mais de 20 anos, e não nos últimos 2 anos”, acrescenta ele, que é engenheiro florestal. “O município com maior rebanho bovino em todo Mato Grosso, com mais de 1 milhão de bovinos, segundo dados do IBGE, é justamente Cáceres, um município pantaneiro. Também em Poconé, o efetivo bovino, que tem mais de meio milhão de cabeças, é o maior desde 1974 e cresceu 48% nos últimos 11 anos”, pontua ele. ‘O problema não é o boi, é o dono’, diz agrônomo Engenheiro agrônomo e doutor em geografia pela Universidade de São Paulo (USP), Felipe Augusto Dias é taxativo sobre a possibilidade dos incêndios estarem ligados à saída dos bovinos. “Essa relação não existe”, diz ele. Dias explica que o fogo é uma das ferramentas de manejo usadas na pecuária. “O que existe é que toda atividade pecuária necessita ter um bom manejo. Manejo significa o quê? É utilizar, dentro de uma área de pasto, a capacidade de unidade animal por hectare naquele pasto. Ou seja, cada pasto tem a capacidade de suportar, por hectare, uma quantidade determinada de boi pastando”, diz ele. Se a quantidade de bovinos for maior (ou menor) que o necessário, a pastagem se torna imprestável com o tempo, explica o agrônomo. “Então, o problema do boi-bombeiro não está no boi. Está no dono. Se o dono não tem, na sua área, o manejo adequado, ele vai depois usar a ferramenta, que é o fogo, para melhorar o seu pasto. Então essa relação depende muito da atividade ser bem feita”, diz ele. “Eu não sou contra o uso do fogo no manejo da pastagem no Pantanal. Sou contra o uso no momento inadequado. Para fazer esse uso você tem que ter um certo nível de umidade, a temperatura mais amena, para você queimar o pasto num período adequado de modo a evitar grandes incêndios”, explica. Clima é o principal componente, diz biólogo O biólogo André Luiz Siqueira diz que o principal determinante para as queimadas na região é o clima — e não a criação de gado ou as áreas de preservação. “O que existe (da parte das autoridades) é um desconhecimento completo do que se passa no Pantanal. O ciclo hidrológico é o que rege o que se passa naquele ambiente. (…) Estamos tendo eventos climáticos extremos nos últimos dois anos, que têm agravado a situação”, diz ele. “O principal regulador de desmatamento e queimadas no Pantanal (…) sempre foi a água. Sempre foi o ciclo hidrológico. É a maior zona inundável permanente do mundo”, diz ele, acrescentando que a região enfrenta a pior estiagem em 60 anos. “Quando se tem cheias regulares ou boas, milhares de hectares são inundados e seguram durante muito tempo o fogo que é feito pelos proprietários rurais. Por não termos isso, é óbvio que se expandiu o fogo. De uma forma que não teve como segurar, porque o Pantanal estava seco”, diz Siqueira, que é presidente da Ecoa, uma organização não governamental. “Então esse é o principal ponto. Nós não tivemos o período úmido e chuvoso para fazer a queima prescrita (…). E outra: não foi feita, também, por falta de recursos (inclusive do governo federal). Então todo o trabalho de prevenção e controle começou em junho de 2020, no auge já das secas”, diz. O biólogo conta o caso de uma unidade de conservação apoiada pela Ecoa no município de Ladário (MS): a organização pagou para manter equipes de brigadistas atuando na área em junho deste ano, no auge da seca, porque o repasse do governo federal para o Prevfogo ainda não tinha sido feito. Segundo ele, situações de atraso como estas também aconteceram no ano passado. “É claro que isso é uma ferramenta (a queima controlada) que é fundamental de ser utilizada. Mas estão descontextualizando tudo, e fazendo uma análise muito simplificada e superficial dessa relação”, diz ele. VÍDEOS: incêndio no Pantanal
Artigo Via: G1. Globo
Via: Blog da Fefe
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imagines-1d-zayn · 7 years
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Imagine - Niall Horan
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Gente, vamos combinar: o que é esse Maluma, né não, coleguinha?! hahha Pelo amor de Deus, que homem! Cada foto que ele posta no instagram é um tiro! hahaha (pronto, desabafei!!)
* Pedido: Amore eu queria um c/ Niall,q ela é dançarina e eles namoram a anos já,e o Maluma chama ela pra fazer um clipe c/ ele(por ela ser brasileira,e ter um corpo lindo)mas o Niall fica c/ muito ciumes e bravo pq o clipe é bem sensual (tipo o clipe dele de Felices Los 4) e o Maluma vive dando em cima dela, perguntando quando ela vai terminar c/ o Niall e tal,até q rola uma briga entre eles, pq eles estão numa festa e ele não parava de dar encima dela e tals. Final feliz pfv hahahah obrigada ♥
Já que foi dada a ideia no pedido, eu usei o próprio clipe de “Felices los 4″. E vocês já viram a versão Salsa, com o Marc Anthony?! Gzuis! hahaha Fiquei chocada, e tudo fez mais sentido! hahaha Espero que gostem, beijos!
- Quando você vai aceitar minha proposta e vai fazer o clipe comigo?!
- Nós já conversamos sobre isso, e eu já te expliquei minhas razões! – escuto ele bufar.
- E eu já te expliquei que eu preciso de você no meu clipe. Você tem o perfil perfeito, além desse seu corpo magnífico.
- Agradeço o elogio! Mas tem tantas mulheres maravilhosas aqui, que dariam a vida para fazer um clipe com você…
- Mas nenhuma chega aos seus pés! – revirei os olhos rindo. – Nenhuma delas tem um corpo igual ao seu, um corpo de uma típica mulher “brasileña”! – falou a última palavra em espanhol e eu ri.
- Eu já tomei minha decisão, e isso não está mais aberto para discussões! – ele suspirou.
- Eu ainda vou te fazer mudar de ideia! – disse convencido. – De qualquer forma, nos vemos hoje na festa do Lipe?
- Sim! Já estou me arrumando! Nos vemos lá!
- Hasta la vista, baby!
Desliguei o telefone rindo e voltei a fazer a minha maquiagem.
Eu sou dançarina, nasci no brasil mas aos 13 anos de idade eu me mudei para Las Vegas com a minha irmã. Minha irmã é atriz, e eu acabei seguindo para o lado da dança, que sempre foi minha paixão.
Conheci o Maluma em uma das viagens que eu fiz para a Colômbia. Nos tornamos amigos, e sempre nos falamos. Ele sempre teve esse jeito galanteador e conquistador; que eu acho engraçado!
Ele está com um novo projeto, o lançamento do clipe da sua música “Felices los 4”. O clipe é completamente sensual, com algumas cenas mais quentes. E ele quer que eu faça o clipe com ele. Mas eu sempre recuso. Não é meu estilo de trabalho. Mas jura de pé junto que tem tudo a ver com o meu perfil.
- Oi, amor!
- Oi! – sorri e selei seus lábios.
- Quem era no telefone?! – apontou para o meu celular.
E ainda tem Niall. Ela é completamente ciumento, ainda mais quando o assunto e o Maluma. Ele sempre diz que ele fica me comendo com os olhos, que fica dando em cima de mim e tudo mais. Quando eu dei a entender que poderia fazer um clipe com o Maluma, ele surtou e ficou possesso. E eu não quero comprar esse briga com o meu namorado.
- Ah, nada de mais! Coisas de trabalho! – ele assentiu. – Você vai se arrumar?! É às 20h.
- Vou! – selou meus lábios e correu para o banheiro.
Terminei minha maquiagem e fiz alguns poucos cachos mais soltos nas pontas do meu cabelo. Coloquei a roupa que já tinha escolhido e, assim que Niall ficou pronto, fomos para onde seria a festa do nosso amigo, Lipe.
Do lado de fora alguns da imprensa estavam lá para tentar conseguir uma foto ou uma entrevista. Dentro, a casa estava cheia e a maioria das pessoas ali eu conhecia. Pegamos nossas bebidas e ficamos conversando com alguns amigos nossos.
- Ora, ora; se não é a minha dançarina favorita! – escuto a voz de Maluma e me viro sorrindo para ele.
- Ora, ora; se não é meu cantor colombiano favorito! – ele sorriu e me abraçou.
Cumprimentou Niall apenas com um aceno com a cabeça, e Niall apertou minha cintura.
- Eu vou pegar mais uma bebida. – disse seco e saiu pisando firme.
- Quando nós podemos começar a gravar o clipe?!  - Maluma perguntou sorrindo.
- Eu já disse que eu não vou fazer esse clipe com você! – ele fez bico.
- Já vi que você é dura na queda! – assenti e ele riu. – Tudo isso por causa desse seu namoradinho?!
- Não tem nada a ver com o Niall. Tem a ver comigo. Eu não vou me sentir bem fazendo esse clipe. Não é meu perfil…
- Ok! Bom, meu convite ainda está de pé! – ri e assenti. – A propósito, você está linda hoje! – sorri.
- Muito obrigada! – ele sorriu. – Você também está muito bonito! – ele arrumou o paletó.
- O nome disso é charme! – se gabou e eu gargalhei alto. – A única que não cede aos meus encantos é você… – fez cara de decepcionado. – Eu ainda acho que formaríamos um lindo casal! – rolei os olhos.
- Eu estou muito feliz com o Niall. Falando nele… – deixei minha taça na bancada atrás de nós. – Eu vou atrás dele. Beijos e até depois. – beijei sua bochecha e fui procurar Niall.
Procurei em todas as rodas de amigos, no banheiro, no bar e nada. Eu não conseguia imaginar onde ele poderia estar. Vou para o lado de fora da casa onde a festa estava acontecendo e o vi lá, parado perto do ponto de táxis.
- Niall! – me aproximei dele. – Onde você vai?
- Embora, pra casa. – disse seco, sem nem olhar pra mim.
- Por quê? O que aconteceu?
- Como se você se importasse. – se segurei para não rolar os olhos. – Você estava lá, toda cheia de papinho e de risadinha com aquele imbecil. Eu já tinha dito que não gosto de ver você perto dele. Mas você insiste. – ele estava vermelho de raiva.
- Eu não insisto em nada. Ele só veio conversar comigo. Nada demais.
- Ah, nada de mais! – disse alto, usando todo seu cinismo. – “Meu colombiano favorito”. – repetiu a frase que eu tinha dito para o Maluma quando nos vimos.
- Abaixa o tom de voz. – ele me olhou. – Somos amigos e estávamos brincando. Apenas isso.
- Amigos?! Não é bem amizade que ele quer com você. – disse bravo.
- Isso é um problema dele. – respirei fundo. – Ele me convidou para fazer o clipe com ele, mas eu recusei. Ele continua insistindo, e eu continuo negando. Você sabe disso. E foi isso que ele veio me falar. Só isso. – disse calma.
- E aquele papo de vocês formarem um casal lindo?! Eu ouvi ele dizendo isso.
- Besteira dele, nem vale a pena se preocupar com isso. – ele relaxou os ombros. – Amor, olha pra mim. – ele me encarou. – Eu amo você, e é por isso que estou com você. Eu sei que você sente ciúme, e isso é normal. Mas não precisa de tudo isso. É você quem eu amo.
Ele sorriu de levinho e segurou minha mão, dando um beijinho nela.
- Eu também amo você! Mas sei lá, eu fico inseguro. – ele suspirou. – Me desculpa por isso, eu passei um pouco do limite. – sorri e assenti.
- Você não tem que ficar inseguro! Pra mim, você é muito melhor que dez dele juntos! – ele riu. 
- Me desculpa! Eu vou me controlar mais.
- Desculpo! – selei seus lábios, mas ele emendou num beijo longo. – Vamos voltar lá pra dentro?
- Vamos! – ele selou meus lábios mais uma vez e voltamos para dentro do salão.
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lollyrockz · 6 years
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Sobre Reputation :
1. ...Ready Fot It? Abre o CD com um estrondo já nos seus primeiros segundos, de um grave tão forte que se assusta, já neste momento você sente que "o disco virou",e se 89' vinha com batidinhas oitentistas meio "As vantagens de ser invisível", Ready for it já abre o disco gritando 2017, ou até um pouco além disso. Quando a Taylor limpa a garganta pra começar o seu 'pseudo-rap' na música, ela está limpando a garganta pra começar a contar o seu lado da história, e sobre tudo o que aconteceu com ela durante o seu hiatus (Todo esse tempo que ela ficou calada), mas a música foca claramente no seu primeiro contato com Joe (seu novo namorado) e nos pergunta claramente "Vocês estão prontos pra isso?" então ela solta, como se não fosse nada "Amor, que comecem os jogos" e é assim que nós entendemos que este CD é uma metáfora de uma luta, você consegue claramente imaginar uma Taylor magricela sozinha em um ringue de box lutando contra paparazzis, jornalistas, e... bom não vou citar nomes. 2. End Game ft Ed Sheeran & Future Essa música foi pra esclarecer o shipp dos dois: Veja pra mim quando ela fala que quer ser o seu "Fim de jogo", "Primeira opção" e A-Team (que é uma música do Ed) que tem como significado "Primeira da classe" ou "Classe A", ela ao mesmo tempo também fala no pre-chorus que não quer "tocar" ele, ser mais uma ex, ou seja : ela quer ser a melhor amiga dele, ela enterrou o que aconteceu entre eles antes (pq algo aconteceu sim) e quer continuar com ele do lado dela. E ele quando fala na vez dele, ele diz como os dois tem química e se entendem (em como tudo vira música no final rs), e mesmo quando eles brigam eles conseguem ficar de boa, ele também fez as escolhas dele, e que ele tem as 4 palavras na boca da língua dele mas nunca irá dizer pra ela... >>>Pra mim essas palavras são "You wanna try me?" (Você quer tentar comigo?)<<< mas no final eles dois brincam em como a reputação dos dois os perseguem, e imaginam que louco seria se eles acabassem juntos... ela tem grandes inimigos e ele gosta das garotas más (isso foi claramente pra Ellie) mas que ‘isso’ não vai rolar. #sorrynotsorry *P.s : (EU AINDA SHIPPO, NÃO IMPORTA, SOU BEM ALICE MESMO) 3. I Did Something Bad Pessoalmente, é a minha favorita. Aqui vimos a Taylor vingativa (que sempre foi, pra quem REALMENTE conhece) começar a contar o seu lado da moeda.  Ela nunca confiou em nenhum deles the K&K&K's&T's&C's clã.  A música já começa falando sobre como ela não confia em “narcisistas” BERRO e ela confessa que nunca foi santa na história, mas se ela conta uma mentira eles contavam três (As vezes eu faço isso, não julgo), e ai vem a melhor frase desse CD pra mim:   "If a man talks shit, then I owe him nothing" (Se um homem fala merda, então eu não devo a ele nada)
SE vocês não se lembram na música de West ele cita “I feel like Taylor still owes me sex” (Eu sinto como se a Taylor ainda me devesse sexo) so yup :)  Na segunda parte ela cita que também nunca confiou em “playboys”, e ao contrário do que a gente pensa, ela dá o pé na bunda primeiro por precaução, e ai vem a segunda melhor frase ou estrofe do CD : "I can feel the flames on my skin He says, "Don't throw away a good thing" But if he drops my name, then I owe him nothin' And if he spends my changeThen he had it comin" Tradução : “Eu posso sentir as chamas na minha pele, Ele diz ‘Não jogue fora uma boa oportunidade’  Mas se ele tira o meu nome, então eu não devo nada a ele E se ele GASTA O MEU TROCO, então ele teve o que merecia” e isso foi OBVIAMENTE SOBRE This is what you came for. E dai vem a TERCEIRA MELHOR PARTE ela retrata em como todos tentam "queimar as bruxas" mesmo que você  não seja uma, -algo do tipo eu posso ser má, mas não sou uma bruxa - e que eles tem os RECIBOS e as razões deles, e como ela já se queimou, ela fala "então me acenda" do estilo "Pode vir quente que eu estou fervendo"  E eu amei. RS.  4. Don’t Blame Me  Aqui parece que a Taylor finalmente aprendeu o que é o orgasmo -outros diriam amor mas eu vou dizer orgasmo mesmo-  Pra mim soa como se nenhum dos exe’s dela proporcionaram tamanho prazer a ela, ou que ela nunca se deixou entregar tanto a um ponto que ela ficou obcecada talvez, por Joe. A música é muito bem construída pois soa como uma prece para que nunca acabe (Tem aquelas vibes de igreja americana com coral), e ao mesmo tempo tem um pé no rock alternativo (Ela soa como algo como Imagine Dragons faria) .  E também entrou pro meu top fave’s do CD.  Aliás, chama na collab Imagine Dragons
5. Delicate Em Delicate ela retrata em como ela já tinha se apaixonado mas estava com medo de ele ir embora, por que era cedo de mais, ou por que a reputação dela nunca esteve tão ruim, a música fala por si, no final não tem mistério.  Só é engraçado por que ela começa a falar de bebidas aqui, e depois não para mais.  Pessoalmente achei a música a mais fraca do CD.  6. Look what you made me do Eu preciso mesmo falar dessa música? Acho que tudo sobre ela já foi esclarecido quando ela foi lançada. Eu só achei intrigante ela estar entre Delicate e So It Goes. Sempre achei que os Cd’s da Taylor são uma loucura com a seleção de ordem das músicas, me sinto numa montanha russa de sentimentos toda vez haha. Será que é TOC dela ou é proposital?  Um dia pergunto.  7. So It Goes Mais uma música sobre Joe, e seus encontros escondidos. E nos dá o local em que eles se encontraram a primeira vez : Um bar.  Fim. A música é boa entretanto 8. Gorgeous Todo mundo odiou essa música (menos eu, aparentemente), desde o começo com a filha da Blake Lively falando Gorgeous (e eu desaprendi a falar gorgeous agora só imito ela haha) ,até em como a Taylor admite que se apaixonou a primeira vista, e que ela traiu sim, ou pelo menos pensou em trair seja Tom ou Calvin, acho a música mais bem estruturada e realista do que Delicate e So It Goes, e é mais interessante também. A música mostra pra mim em como ela é humana e pode se sentir solitária -mesmo estando com alguém-, e eu gosto desse sentimento, parece que ela tá me contando um segredo, enquanto a gente tá bebendo uns bons drinks e que eu sou a melhor amiga dela.  E a música também tem um quê de ironia/sarcasmo/palhaçada e eu amei.  9. Get Away Car  Pra mim essa música é como Starlight, parece cena de filme, ou história de alguém em que a Taylor transformou em música.  Nunca saberei se é uma história verídica ou foi imaginação da Taylor, mas o fato é que tem uma das melhores composições e rimas, é bem estruturada e é engraçada (principalmente se você achar um GIF da Taylor dirigindo um carro ainda com seus cachinhos dourados gritando GO GO GO, exatamente como está escrito na música) . 10. King Of My Heart Mais uma vez Joe, e eu começo a me preocupar achando que essa menina casou escondido, e que ela tá bebendo mais que eu, o que é bastante difícil.  Não é uma música memorável entretanto. 11. Dancing With Our Hands Tied Nós voltamos para uma das melhores músicas.  Que estrutura. Que rimas. Que letra. Que breakdown. Que sentimento.  Essa música dá vontade de se apaixonar e vivenciar isso. Parece que volta aos 15 anos de idade. É A MÚSICA pra lembrar do crush.  Thank you Taylor <13 12. Dress Eu tenho a suspeita que essa é a música pro Tom.  Por que ela fala muito sobre estar rodeada de pessoas, e estar com tesão nesse crush, mas que na época o cabelo dela estava descolorido...  Isso não nos leva a essa foto? https://br.pinterest.com/pin/289215607303007789/  E a música pra mim soa como se ela tivesse usando ele, pra superar o outro, e ele sabia e eles nunca quiseram ser amigos, foi apenas um P.A. (De novo, não julgo pois já fiz isso) 13.  This is Why We Can't Have Nice Things E ai a gente volta pra o  the K&K&K's&T's&C's clã. Mas dessa vez é só pra K&K’s mesmo, bem shady, bem chiclete, como se fosse um Act 3 (Por que duas músicas aparentemente não foram suficiente) MAS TEM ALGUÉM RECLAMANDO? NA-AH OH-NO RS  Aliás, espero que vire single junto com I Did Something Bad.  Quanto mais veneno pra essa gentinha melhor, um beijo.  14. Call It What You Want Yup. Joe.  Mas eu não cansei, e vocês? Aliás quando eu ouvi essa música eu quis agradecer ele por ficar do lado dela. E de novo, não sei se sou só eu, mas dá uma vontade de namorar haha.  Poxa, tem alguém interessado ai?  15. New Year’s Day Eu juro que depois de End Game (por motivos de Ed Sheeran) esse foi o título que mais me chamou atenção e eu sabia que iria vir uma história verídica, e íntima e por algum motivo eu sabia que iria ser “acústica”.  E estupidamente, posso ser a única mas não acho que essa música fale sobre Joe, ou algum amor, ou um ex. Eu acho que ela fala sobre amizade.  Eu li que a Taylor disse que essa música não era sobre quem você beija quando dá a meia noite de ano novo, mas quem te ajuda a limpar tudo depois da festa.  E isso pode ter váarios sentidos diferentes mas eu levei no sentido friendship. E eu só queria ressaltar que mais uma vez ela falou de bebida alcoólica num CD, e que talvez no próximo ano novo ela esteja no AA’s.  Brincadeiras a parte, essa música é tipo comfort food sabe? Comida de vó? Que você se sente quentinho depois de um abraço?  E eu te pergunto como não amar?  Em resumo analítico, pra mim foi um dos melhores CD’s no ano.  Nota 4,5 Em resumo pessoal, de fã de carteirinha que está aqui a 10 anos : É sinceramente muito bom ver ela compondo sobre romance de novo, e não sobre términos. Como é bom ver quem você gosta feliz, não tem preço... nem nota haha. 
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sergiosaon · 5 years
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Olha a terça feira, bom dia!
Uma boa pergunta para você passar a semana toda buscando a resposta: o quanto você é aquilo que sabe?
Em diversas correntes filosóficas, do estoicismo ao budismo, temos enormes ensinamentos e, não por acaso, eles apontam para o mesmo destino, nós mesmos. Toda sabedoria converge no ser. À medida em que você tem conhecimento de si, se transforma em um novo ser, por conseguinte, assume o enorme poder que possui e não mais é afetado pelas ocorrências externas a si, as tempestades do mundo nunca terão a capacidade de te atingir. A sua psicosfera será sempre elevada ao ponto de sanear todo e qualquer ambiente em que a sua mente estiver. Mas, para isso, você precisa de quê?
Diante dos muitos momentos conflitantes e decisivos em nossa vida, é preciso nos reservarmos à reflexão sincera para que possamos ter uma palavra honesta e conseguir entender e decidir pelo que exatamente queremos em nosso íntimo. Isso se chama confiança em si e na intuição que recebemos a todo tempo, canalizada por nós a partir das emanações de nossos mestres, guias e mentores espirituais. Pois assim o é, e nos foi prometido. Com certeza você já ouviu o dito popular "é preferível ser feliz a estar certo", bobagem pura. Esgotar-se na tentativa de convencer os outros quanto ao valor das nossas razões, sim, é perda de tempo e abre as portas da amargura. Entretanto, ao abandonar o próprio caminho por falta de coragem em enfrentar as dificuldades que se apresentam, nos levará a entrar pela mesma porta. As pessoas têm sobre nós o poder que concedemos a elas. Tão e somente. A opinião do mundo não pode impedir uma pessoa de ser plena. Respeite a todos, porém, acima de tudo, respeite a si mesmo. Não se permita ao golpe derradeiro do desprezo. O desprezo é a vã tentativa de disfarçar toda a agressividade com o verniz da polidez. Toda agressividade revela a porção de incompreensão que o ofensor tem quanto a si mesmo. As suas dores e fragilidades. Todo ódio tem origem na incapacidade de lidar com as dificuldades, de enfrentar os problemas e buscar pela superação através do aprimoramento do ser no viver. A irritação é uma demonstração inconsciente de manifestar a insegurança, do medo de não ser capaz de superar o obstáculo que se opõe a um desejo. O ódio é o veneno do fruto cuja semente é o medo.
Confie em si, confie em seu coração, confie em toda a espiritualidade que está dando suporte ao seu aprendizado e se permita iluminar-se.
"Rogarei ao Pai que ele vos envie outro consolador, que fique convosco para sempre. O consolador que o Pai enviará vos ensinará tudo e vós lembrará de tudo. Quando esse consolador chegar, o espírito que procederá do Pai dará testemunho de mim. Será bom para vós que eu parta, pois, se eu não partir, o consolador não poderia vir até vós. Porém, quando esse consolador vier, ele vos conduzirá à verdade; e vos anunciará o que está por vir." (Jo 14:16-26 / 15:26 / 16:7-13)
Aquele abraço, Sergio!
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eefilinto · 5 years
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Entenda a Lei do Feminicídio e por que ela é importante
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Feminicídio é uma palavra nova para uma prática antiga, uma vez que mulheres morrem de formas trágicas todos os dias no Brasil: são espancadas, estranguladas, agredidas brutalmente até o momento em que perdem a vida. A palavra feminicídio passou a ser usada para designar um crime no Brasil a partir de 2015, pois existe nele uma particularidade. Vamos falar sobre feminicídio?
O que é feminicídio?
Feminicídio é uma palavra que define o homicídio de mulheres como crime hediondo quando envolve menosprezo ou discriminação à condição de mulher e violência doméstica e familiar. A lei define feminicídio como “o assassinato de uma mulher cometido por razões da condição de sexo feminino” e a pena prevista para o homicídio qualificado é de reclusão de 12 a 30 anos.
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Por que a palavra feminicídio é importante?
“Trata-se de um crime de ódio. O conceito surgiu na década de 1970 com o fim de reconhecer e dar visibilidade à discriminação, opressão, desigualdade e violência sistemática contra as mulheres, que, em sua forma mais aguda, culmina na morte. Essa forma de assassinato não constitui um evento isolado e nem repentino ou inesperado; ao contrário, faz parte de um processo contínuo de violências, cujas raízes misóginas caracterizam o uso de violência extrema. Inclui uma vasta gama de abusos, desde verbais, físicos e sexuais, como o estupro, e diversas formas de mutilação e de barbárie.”
Eleonora Menicucci, ministra-chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência (Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República)
Um terço dos homicídios de mulheres no mundo – 35% – são cometidos por seus companheiros, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, enquanto 5% dos assassinatos de homens são cometidos por suas parceiras. A projeção da Organização das Nações Unidas é que 70% de todas as mulheres no mundo já sofreram ou irão sofrer algum tipo de violência em algum momento de suas vidas. Em 2016, um terço das mulheres no Brasil – 29% – relataram ter sofrido algum tipo de violência. Delas, apenas 11% procuraram uma delegacia da mulher e em 43% dos casos a agressão mais grave foi no domicílio.
(AtnoYdur/iStock)
Esses são alguns dados de muitos outros – sobre os quais falaremos adiante – e que ilustram pontos-chave para entendermos a diferença entre feminicídio e homicídio de mulheres.
O principal motivo para o uso da palavra feminicídio é de que o crime é diferente por si só, por ser um crime de discriminação, cometido contra uma mulher pelo fato de ela ser mulher. Essa discriminação provém no machismo e do patriarcado, que são maneiras culturais de a sociedade colocar a mulher num lugar de inferioridade, submissão e subserviência; de acordo com essa lente, a autoridade máxima é exercida pelo homem e automaticamente a mulher se torna um ser desimportante, que deve dedicar sua vida à servir (principalmente os homens).
Por vezes, mulheres sofrem diversos tipos de violência de gênero – sexual, psicológica, moral, física, doméstica – até que lhe seja tirada a vida. Esse foi o caso de Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, assassinada em 2008 após ser mantida refém por mais de 100 horas pelo ex-namorado Lindemberg Fernandes Alves. A existência dessas formas de violência na vida de tantas mulheres chama a nossa atenção para o fato de que o feminicídio pode ser evitado, por muitas vezes ser o ápice de um processo de violência contínua e que muitas vezes está dentro de casa.
A tipificação do feminicídio como crime de gênero se faz necessária por estar diretamente ligado à violência de gênero e por ser um crime passível de ser evitado – principalmente às vítimas de violência doméstica, que podem ter suporte e seus agressores punidos conforme prevê a lei. De acordo com o Atlas da Violência e outros relatórios, “os dados apresentados [sobre violência contra a mulher e feminicídio] revelam um quadro grave, e indicam também que muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas. Em inúmeros casos, até chegar a ser vítima de uma violência fatal, essa mulher é vítima de uma série de outras violências de gênero, como bem especifica a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06). A violência psicológica, patrimonial, física ou sexual, em um movimento de agravamento crescente, muitas vezes, antecede o desfecho fatal.”
O artigo 121, que define homicídio no Código Penal, foi alterado e teve o feminicídio incluso como um tipo penal qualificador – como um agravante ao crime. A condição do feminicídio como uma circunstância qualificadora do homicídio o inclui na lista de crimes hediondos, cujo termo hediondo é usado para caracterizar crimes que são encarados de maneira ainda mais negativa pelo Estado e tem um quê ainda mais cruel do que os demais. Por isso, têm penas mais duras. Latrocínio, estupro e genocídio são exemplos de crimes hediondos – assim como o feminicídio.
Há circunstâncias em que a pena do feminicídio pode ser aumentada em 1/3. Se a pessoa for condenada a 15 anos de prisão e a situação do crime se encaixar em um dos motivos abaixo, terá mais 1/3 da pena acrescida ao tempo de reclusão, totalizando 20 anos de prisão. As situações agravantes são quando o feminicídio é realizado:
Durante a gestação ou nos três primeiros meses posteriores ao parto;
Contra menor de 14 anos ou maior de 60 anos de idade;
Contra uma mulher com deficiência;
Na presença de ascendentes ou descendentes da vítima – exemplos de parentes ascendentes podem ser os pais e avós, já os descendentes podem ser filhos, netos e assim por diante.
É importante salientar que o feminicídio não define o assassinato de todas as mulheres que morrem dessa maneira: uma mulher que foi morta após um roubo, por exemplo, sofreu o crime de latrocínio; já uma mulher que sofria ameaças de um ex-companheiro e depois foi morta por ele, é uma vítima de feminicídio, pois o caso envolveu discriminação à condição de mulher.
As Diretrizes Nacionais para Investigar, Processar e Julgar com Perspectiva de Gênero as Mortes Violentas de Mulheres foi um documento feito pela ONU para Mulheres Brasil e a então Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República em 2016. Com ele, busca-se melhorar a inserção do conceito de feminicídio e qualificar a investigação policial, o processo judicial e o julgamento desses crimes.
Como surgiu a Lei do Feminicídio?
“O feminicídio é a instância última de controle da mulher pelo homem: o controle da vida e da morte. Ele se expressa como afirmação irrestrita de posse, igualando a mulher a um objeto, quando cometido por parceiro ou ex-parceiro; como subjugação da intimidade e da sexualidade da mulher, por meio da violência sexual associada ao assassinato; como destruição da identidade da mulher, pela mutilação ou desfiguração de seu corpo; como aviltamento da dignidade da mulher, submetendo-a a tortura ou a tratamento cruel ou degradante.”
Comissão Parlamentar Mista de Inquérito
sobre Violência contra a Mulher (Relatório Final, CPMI-VCM, 2013)
Essas foram as diretrizes que resultaram na formulação da Lei do Feminicídio, lei nº 13.104, que entrou em vigor em 2015. Uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito foi formada para tratar da violência contra a mulher no país, investigar qual era a situação nos estados brasileiros e tomar providências sobre. O processo durou de março de 2012 a julho de 2013, quando foram percebidas as relações diretas entre crime de gênero e feminicídio. Leia o relatório do Senado Federal aqui.
Como é o panorama de feminicídio no Brasil?
“A violência contra mulheres é uma construção social, resultado da desigualdade de força nas relações de poder entre homens e mulheres. É criada nas relações sociais e reproduzida pela sociedade”.
Nadine Gasman, porta-voz da ONU mulheres no Brasil.
O panorama de feminicídio no Brasil é grave: a cada dia, 13 mulheres são assassinadas no Brasil. Há diversas pesquisas, relatórios e estudos que mostram esse comportamento sistêmico não só no Brasil, mas no mundo.
O Brasil tem a quinta maior taxa de feminicídios no mundo: 4,8 homicídios para cada 100 mil mulheres – de acordo com a Organização Mundial da Saúde. O Mapa da Violência de 2015 que trata sobre o homicídio de mulheres mostra que 106.093 mulheres foram assassinadas entre 1980 e 2013, sendo 4.762 só em 2013. Em 2015 o número diminuiu, mas pouco: 4.621 mulheres foram assassinadas no Brasil, contabilizando 4,5 mortes para cada 100 mil mulheres, de acordo com o Atlas da Violência de 2017.
A pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública de 2017 sobre a violência contra a mulher indica em 29% das entrevistadas afirmou ter sofrido algum tipo de violência no último ano. Outra pesquisa sobre violência doméstica e violência contra a mulher, feita pelo DataSenado desde 2005, apresenta outros dados na sua edição de 2017: o percentual de entrevistadas que declararam ter sofrido violência se manteve constante nesse período, entre 15% e 19%. Aumentou o número de mulheres que declaram ter sofrido algum tipo de violência doméstica: o percentual passou de 18%, em 2015, para 29%, em 2017. E os tipos de violência sofridas são:
67% das entrevistadas disseram já ter sofrido agressão física;
47% delas sofreu violência psicológica;
36% delas foram vítimas de violência moral;
15% sofreram violência sexual.
Houve um aumento perceptivo de mulheres que declaram ter sido violentadas sexualmente. Em 2011, eram 5% das mulheres; em 2017 passou para 15%. Assim como aumentou o número de mulheres que dizem conhecer alguma mulher que já sofreu violência doméstica ou familiar praticada por um homem: em 2015 era de 56%; já em 2017 passou para 71% (DataSenado, 2017).
Aí fica uma reflexão: será que a violência contra a mulher realmente aumentou ou as mulheres estão falando mais a respeito? Há de se considerar a existência da Lei Maria da Penha, que visa a punir violência doméstica, e de maneiras de denunciar essa violência – como o número 180 ou em delegacias da mulher, que são iniciativas oficiais do governo. Há, além disso, iniciativas e campanhas populares de mulheres que dizem um basta à violência, a exemplo da Chega de Fiufiu (Think Olga), da Mexeu com uma mexeu com todas (usada por meio da hashtag #mexeucomumamexeucomtodas) e mesmo a hashtag #MeuPrimeiroAssédio, usada por mulheres nas redes sociais para denunciar assédios e violências sofridas em suas vidas.
Feminicídio de mulher negra: os números são ainda mais maiores
O recorte de realidade precisa ser feito também quando tratamos de mulheres negras com relação a mulheres brancas: em dez anos, de 2003 a 2013, o número de homicídio de mulheres brancas caiu 9,8% – de 1.747 para 1.576 – e o de mulheres negras cresceu 54,2%, passando de 1.864 para 2.875 (Mapa da Violência, 2015). Dentre as mulheres que declararam ter sofrido algum tipo de violência, enquanto o percentual de brasileiras brancas que sofreram violência física foi de 57%, o percentual de negras (pretas e pardas) foi de 74%. (DataSenado, 2017).
Além de a taxa de mortalidade de mulheres negras ter aumentado, cresceu a proporção de mulheres negras entre mulheres vítimas de mortes por agressão: em 2005 era de 54,8% e em 2015 era 65,3% (Atlas da Violência, 2017). Resumindo, 65,3% das mulheres assassinadas no Brasil no último ano eram negras, evidenciando que a combinação entre desigualdade de gênero e racismo é um ponto fundamental para compreendermos a violência letal contra a mulher no país.
Essa disparidade pode ser observada nas respostas à pergunta sobre ter visto algum tipo de violência mulheres no seu bairro no último ano praticada por companheiros, maridos ou namorados (atuais ou não): 26% das mulheres negras respondeu que sim, em oposição a 22% das mulheres brancas. Quando questionadas sobre ter visto essa violência na casa de suas vizinhas, 42% das mulheres negras afirmou ter visto, assim como 30% das mulheres brancas. (FBSP, 2017).
Os números nos levam a concluir que quanto menos privilégios um grupo de mulheres tem, mais sofrerá com a violência e mais altos serão os números de feminicídio. São poucas as pesquisas que segmentam as entrevistadas por uma perspectiva de renda, por exemplo, o que pode ser um impeditivo de uma leitura mais ampla do problema. Não há outros recortes feitos por essas pesquisas que tragam dados sobre feminicídio de mulheres lésbicas, bissexuais, transsexuais, travestis, nem cruzem as suas demais características, como as de ser uma mulher negra e lésbica, por exemplo.
E como é o feminicídio no mundo?
Ainda é um desafio mundial criar leis que tipifiquem o crime de feminicídio, conforme feito no Brasil, o que consequentemente diminui o problema da invisibilidade e inicia uma discussão. Na América Latina, 15 países têm leis específicas contra o feminicídio, com diferentes tipos de penalidade.
Mas muitos países não penalizam sequer a violência contra a mulher, quanto mais o feminicídio. Dos 193 países, 140 têm leis contra a violência doméstica. As regiões no mundo com menos punição para a violência contra a mulher estão na África Subsaariana, no Oriente Médio e Norte da África (um em cada quatro), de acordo reportagem do El País.
Atualmente, 140 países no mundo punem a violência doméstica e 46 não o fazem. Alguns países têm quebrado a lógica da região em que estão inseridos: na Tunísia, o parlamento criou uma lei contra a violência de gênero, a mais abrangente dentro da região árabe, que pune todo tipo de agressão sexista e assédio sexual. Já a Rússia, que é um país considerado hostil às mulheres – a cada 40 minutos, uma mulher é assassinada lá – descriminalizou a violência de gênero. Uma pessoa que seria presa por cometer tal crime, hoje só recebe uma multa.
Por fim…
Depois da Lei Maria da Penha, passou a haver maior discussão sobre a violência doméstica e a violência contra a mulher no país. Mas, quanto ao feminicídio, a discussão ainda é muito pequena e está restrita a grupos feministas e pessoas que já têm consciência do problema. Considerando que a violência contra a mulher é uma das causas que leva ao feminicídio, combatê-la pode evitar casos de feminicídio.
De acordo com a pesquisa Avaliando a Efetividade da Lei Maria da Penha (Ipea, 2015), a lei de combate à violência doméstica fez diminuir cerca de 10% a taxa de homicídios contra mulheres praticados dentro das suas residências: “[A diminuição da taxa] implica dizer que a Lei Maria da Penha foi responsável por evitar milhares de casos de violência doméstica no País”. De qualquer maneira, não há no Brasil hoje políticas públicas de combate ao feminicídio, o que deve ser o próximo passo a ser dado no combate à violência contra a mulher.
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matsu-chan · 7 years
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História Bônus: Yuu e Guren Encontram a Animate
4 anos se passaram desde “Animate encontra Guren”
“Ei, Guren. ”
“...”
“Estou falando com você, Guren”, Yuu tentou chamar a atenção de Guren.
Mas Guren nem olhou para ele.
Yuu ergueu os olhos para as costas de Guren. Ele tinha costas largas. Yuu tinha apenas 13 anos, então ele ainda não conseguia ficar da altura de Guren.
“Aonde é que está me levando? ” Yuu perguntou.
“Você não tem educação nenhuma, então para um lugar onde você possa se educar um pouco”, Guren respondeu.
“Nós vamos treinar? ”
“Treinar, é, bem, não exatamente, mas, hã~ é, isso, algo assim, eu acho. ”
“E-Então! Quer dizer que finalmente vai me dar o poder para matar vampiros?! ”
“Quer saber? Só cale a boca e me sigo, pirralho. ”
“Eu não sou mais criança, tá bem?! ”
“Ah, é? Então é baixinho, mesmo já sendo adulto? ”
“E-Eu ainda estou crescendo! ”
“O que nos traz de volta ao início e faz de você uma criança, não? ” Guren apontou irritantemente e riu, ainda sem se virar para olhar para o menino.
Yuu o seguiu, com os olhos nas costas de Guren.
As costas de um adulto de verdade, caminhando por um mundo devastado. Cinco anos antes, um vírus desconhecido saiu de controle e supostamente matou todos com pelo menos 14 anos, incluindo, é claro, todos os adultos. Então por que Guren tinha sobrevivido?
A questão flutuou pela mente de Yuu por um momento, mas, com a mesma rapidez, ele deixou de se importar. As razões não importavam para ele. Ele não podia se importar menos, contanto que ele pudesse se vingar dos vampiros. Se ao menos ele pudesse pagar na mesma moeda aos vampiros que mataram sua família – mataram Mika – então ele...
Bem aí, Guren parou em frente a um certo prédio.
“Aqui, esse é o lugar aonde eu queria vir hoje. ”
“Aqui? ”
Yuu moveu sua atenção para a construção, mas era só um pobre prédio que parecia estar abandonado.
“Que tipo de treinamento se pode fazer aqui? ”
“Você conhece a Animate? ”
“‘Animate’? O que é isso? Eles fazem animes ou algo assim? ”
Com a pergunta de Yuu, por alguma razão, Guren assumiu uma estranha expressão de triunfo, enquanto ele implicava:
“O quê? Você nem sabe o que é a Animate, é? ”
Mas Yuu nunca tinha ouvido aquele nome, “Animate”, antes. Ele não sabia muito sobre o mundo, para começar. Seus pais o abandonaram quando ele tinha oito anos e ele foi levado a um orfanato. Pouco depois, o mundo foi destruído e ele foi pego pelos vampiros e forçado a passar seus dias preso no subterrâneo.
Para piorar, ele mal tinha memórias de sua vida antes de isso acontecer. Quando ele tentava lembrar, tudo o que lhe vinha era uma tela em branco.
Por isso, ele só reiterou a questão:
“O que é Animate? Eu vou poder matar vampiros se eu treinar aqui? ”
“No mínimo, você vai aprender a ler”, Guren respondeu.
“Mas o quê?! ”
“Como você cresceu numa cidade de vampiros, você mal sabe ler em japonês, certo? ”
“Eu preciso saber ler kanji para matar vampiros? ”
“O EDIJ é uma organização fortemente enraizada em feitiços e encantamentos. Uma ova que você vai ficar mais forte sem entender japonês. ”
“...Bom, talvez tenha razão... Então o que eu tenho que fazer? ”
Em resposta, Guren apontou para o prédio da Animate:
“Vá lá dentro, encontre um livro chamado ‘A Lenda dos Lendários Heróis’ e leia todos os volumes. ”
“A Lenda dos... O quê? ”
“‘A Lenda dos Lendários Heróis’. ”
“Ahh... É, tá bom, eu acho... Espere, por que esse sorrisinho? ”
“Nada, nada, não ligue para mim. Só lembrei de algo que me fez sorrir. ”
“Eu quero saber o que você lembrou. ”
“Não é da sua conta. Só vá até lá e comece a ler. Eu tenho que cuidar de outra missão, mas eu vou voltar, então vá estudar enquanto isso. ”
Yuu assentiu e, então, se aventurou para dentro da Animate.
De início, ele não sabia o quão fundo ele deveria ir na loja para encontrar o livro que buscava, mas por sorte o canto das light novels parecia ter a série em questão. O autor era Kagami Takaya. O número deles... incluindo os spin-offs, eles somavam não menos do que 45 volumes.
“Hããããããã?! Aquele idiota não pode estar falando sério! Ele quer que eu leia tudo isso? Vai se ferrar! É impossível! ”
Apesar de seu desespero, Yuu começou a ler.
O gênero do livro era fantasia. Um protagonista desmotivado que não tinha família e desistia de si mesmo tinha seu coração salvo por seus companheiros e, enquanto numa jornada para se reencontrar, se envolvia em lutas e guerras, e o enredo também o fazia confrontar a escuridão que habitava o coração de seu melhor amigo, que segurava o mundo nos ombros por ser o rei de um país.
Aquele tipo de conteúdo fez Yuu se perguntar algo.
“...Mas o quê, esse é o jeito do Guren de me falar para ir fazer amigos também, ou sei lá? ” Ele resmungou baixinho, mas continuou a ler.
Guren estava mesmo levando o seu próprio tempo para voltar. Ele já estava longe por 3 dias, mas, de novo, ele sempre fora esse tipo de pessoa, então Yuu não deu importância a isso e apenas continuou lendo.
Antes que soubesse, Yuu tinha terminado todos os volumes. Quando estava perto do fim, ele percebeu um pedaço de papel preso nas últimas páginas do último volume.
“O que é isso? ”
Acabou que era um recado de Guren, que dizia:
“Na verdade, A Lenda está incompleta. O autor morreu pelo vírus, cinco anos atrás. Em outras palavras, você nunca saberá como essa história deveria acabar. ”
“Queeeeeeee?! ”
Yuu gritou, se deparando com Guren, que acabara de retornar e comentou alegremente:
“Eu vejo um otário~”
Foi nesse momento que Yuu jurou para si mesmo que ele ficaria mais forte e, algum dia, faria Guren ver só.
Ouvindo aquilo, Guren riu:
“Certo, bom saber que você encontrou outro objetivo além de matar vamp—”
“Cale a boca! ”
“Hahaha. ”
Posfácio
Brincadeiras à parte, eu adoro demais a Animate-sama e acredito veemente que eles vão colocar todos os volumes da minha “Lenda dos Lendários Heróis” perto de “Owari No Seraph”. Eu espero que todos vocês que leem “Owari No Seraph” também deem uma olhada na Lenda! Eu conto com vocês, senhoras e senhores!
Kagami Takaya
Notas de Tradução
O Guren é com toda certeza o maior troll que eu já vi kk porque a pessoa não consegue superar que sua série favorita parou sem um final, ela tem que fazer outra pessoa ler também só pro outro sofrer também! Kkkkk
O Kagami-sensei fala TANTO de “DenYuuDen” (apelidinho que ele usa pr’A Lenda) que eu quero muito encontrar por aí os volumes para poder ler também...... Mas aí eu sofri junto com o Yuu vendo que são mais de 45 volumes :’D Talvez um dia, quem sabe...
Obrigado por lerem, pessoal!
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