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#Clássico
poemaseletras · 2 years
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Claude Debussy
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readsbymerilu · 8 months
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resenha #5︱o retrato de dorian gray
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"Toda a arte é completamente inútil."
avaliação: ★★★★★
Oscar Wilde, um dos maiores nomes da literatura ocidental, tem em torno de trinta e nove escritos publicados. Entre estes, O Retrato de Dorian Gray é seu único romance. Publicado em 1890 pela Lippincott's Monthly Magazine, é mundialmente visto como o livro que trouxe consigo a inquietude das opiniões morais por meio de sua homossexualidade implícita e foi utilizado contra o próprio autor anos mais tarde, levando-o a cumprir uma sentença de dois anos no cárcere de Reading Gaol, na Inglaterra.
No livro, acompanhamos Basil Hallard, um pintor humilde com princípios fortes na vida. Este, após conhecer Dorian Gray, se encontra fascinado pela pureza e beleza no rosto do jovem, encontrando nele a nova modalidade de suas pinturas e forçando-se a pedir que deixe transformar suas feições em um retrato. Dorian, sem saber que aquele mesmo retrato o assombraria pelo resto da vida, aceita.
Mais tarde na história, Basil apresenta-o a Lord Henry Wotton, um aristocrata e hedonista que vê significado útil apenas na juventude e na beleza, e em usufruir ao máximo delas. Este, então, mostra a Dorian um novo mundo, onde prova que a pureza de uma pessoa pode ser facilmente corrompida.
 "A única justificação para uma coisa inútil é que ela seja profundamente admirada."
Se meu único trabalho na vida fosse falar desse livro, trabalharia até sem remuneração. Gostaria de começar expressando os pontos da minha opinião por meio de alguns fatos interessantes acerca das consequências que esse livro gerou na vida e carreira do autor e o escândalo que causou na época de seu lançamento.
Conhecido por ter duas versões, censurada e não censurada, O Retrato de Dorian Gray trouxe uma onda de opiniões quando alcançou os leitores e críticos. Como muitas obras do século, foi considerada imprópria, imoral e até mesmo rotulada como venenosa.
Foi tanta desaprovação direcionada a obra e ao autor, que a revista responsável pelo livro na época deixou de distribuir exemplares, mesmo após seu editor retirar em torno de 500 (quinhentas) palavras do manuscrito original que, por sinal, foi feito sem o consentimento de Wilde. Foram longos vinte anos sem autorização para publicarem qualquer trabalho seu, dos quais dois ele passou na cadeia cumprindo uma sentença por meio de trabalhos forçados.
De maneira geral, o livro ia contra as normas padronizadas da época, principalmente com suas menções de cunho sexual e homossexualidade implícitos. Muitos acham que o livro possui essa homossexualidade de maneira explícita, mas pelo que senti lendo, pelo menos a versão editada pela Companhia Penguin, é que se lido sem atenção, então não se pode perceber essa linha tênue entre a negação e o amor de Dorian por Basil e vice-versa. Eu a encontrei nas entrelinhas e nas poucas palavras que pairavam no ar.
Para uma noção maior do impacto que essa obra teve, quando li Maurice, romance clássico de E.M Foster, conhecido principalmente por sua representatividade homossexual no século XX, fiquei tragicamente encantada com o nome de Wilde sendo utilizado para representar os sentimentos do personagem principal. Maurice, quando chega ao consultório do médico, buscando uma cura para o que até então era considerado uma doença e crime perante a lei, tem a seguinte conversa com o doutor:
"Você está bem", repetiu o médico. "Pode casar-se amanhã, se desejar, e se quiser aceitar o conselho de um velho, é o que deve fazer. Vista-se agora, há uma corrente de ar. Como foi meter essa ideia na cabeça?" "O senhor nunca adivinhou", ele disse, com um toque de desdém misturado ao terror. "Sou um dos imencionáveis, do tipo de Oscar Wilde."
Tudo que posso dizer é que qualquer mero indício de Wilde em diferentes obras melhora elas em milhões de vezes, e desta vez provou o quanto O Retrato de Dorian Gray alcançou as pessoas, tanto duma maneira desprezível quanto representativamente.
Os personagens, principalmente Lord Henry — ou Harry — foram tão bem desenvolvidos dentro deste cenário assombroso em que, gradualmente, vemos todos (talvez com exceção de Basil) se tornarem seres abomináveis. A repugnância que toma conta da personalidade de Dorian, a vulnerabilidade de Basil que com o tempo vai cedendo e Harry, que continua a acreditar no hedonismo, que a juventude deve ser eterna e o prazer é a maior forma de felicidade, levando Dorian a crer nas mesmas. O Crescimento de Gray ao lado do retrato que seu amor nunca acatado trouxe a vida, pendurado na parede de sua casa é o suficiente para levá-lo a loucura quando já não mais reconhece o menino de tinta que o observa tão intensamente.
Adoro a formatação do enredo, como acompanhamos esse crescimento de Dorian até uma idade superior, podendo desenvolver seus pensamentos, opiniões e sentimentos ao decorrer de uma vida praticando todo o tipo e coisa que Basil definitivamente não aprovaria, mas que Lord Henry havia o desensinado a viver sem.
"Os livros que o mundo chama de imorais, são os livros que mostram ao mundo sua própria vergonha."
Foi um livro excepcional. Além de ser um clássico ótimo para iniciantes, é daqueles que viverá na sua cabeça para sempre. A escrita predominante por seus poucos diálogos e páginas cobertas por parágrafos filosóficos nunca me foi tão atraente quanto nesse livro. O prefácio é simplesmente absurdo. Mensalmente me encontro relendo ele e memorizando techos. A partir da primeira linha, onde Wilde diz que o artista é o criador de coisas belas, já sabia que não seria mais a mesma ao fim da leitura.
Ainda pretendo ler a versão sem censuras, publicada pela editora Dark Side e trazer pra cá uma resenha comparando ambas, mas por enquanto tudo que posso fazer é recomendar essa maravilha e esperar que minhas palavras sejam o suficiente.
𝐢𝐧𝐟𝐨 𝐝𝐨 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨:
Editora: Companhia Penguin.
Páginas: 245
Gênero literário: literatura gótica, literatura decadente, romance filosófico.
Autor(a): Oscar Wilde.
Tradução: Paulo Schiller.
Classificação indicativa: +14
Data de publicação dessa edição: 12 de abril de 2012
Data de publicação original: julho de 1890
Gatilhos: morte animal (caça), racismo, sexismo, suicídio, assassinato, misoginia, gordofobia, antissemitismo, morte, sangue, drogas, discriminação contra deficientes físicos.
𝐜𝐨𝐦𝐩𝐫𝐞 𝐨 𝐥𝐢𝐯𝐫𝐨 𝐞𝐦:
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pedralazulli · 1 year
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Artists - Photographers - Julia Hetta - Portraits - JungfrukallanAcne Paper
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amor-barato · 4 months
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O homem é um rio turvo. É preciso ser o mar para receber um rio turvo, sem tornar imundas as suas águas.
Nietzsche (Assim falou Zaratustra)
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beu-ytr · 4 months
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Resenha de "Jane Eyre" de Charlotte Brontë
*sem spoilers
Jane Eyre é um romance de grande porte, escrito por Charlotte Bronte, é uma graça de se ler e uma história pra lá de peculiar
Apenas digo isso porque, ao iniciar esse livro, eu esperei uma história romântica ao estilo Jane Austen, em “Orgulho e Preconceito”, porque me lembro de ter visto em algum lugar uma comparação das duas obras nesse sentido.
Tive uma surpresa bastante agradável ao perceber que eu estava muito muito MUITO errada
Jane Eyre não é o tipo de clássico em que a gente se imagina no lugar da personagem principal, invejando sua graciosidade, sua sorte no amor e seus incríveis morais com relação à justiça
Muito pelo contrário, senti uma imensa sensação de pena e receio pela heroína do início até o fim do livro, já que mesmo com a afirmação da própria se declarando feliz com suas escolhas e seu destino no capítulo final, eu não senti muita firmeza na veracidade de suas palavras se é que me entende
Jane Eyre pra mim, é um livro delicioso de se ler, tem uma atmosfera palpável que facilita que você se imerse na história e entre em sintonia com tudo o que acontece, eu me senti numa verdadeira novela
E eu adoro quando eu sinto que um livro tem potencial pra virar novela da Globo. Aconteceu com Tieta, com Brás Cubas, Cortiço e agora com Jane Eyre, todos esses estão na minha lista de livros que eu mais gostei de ler
Eu recomendo esse livro se você, caro leitor, se sentir confortável com reviravoltas sinistras, tensão inimaginável em quase todas as cenas, e finalizações um tanto quanto anti-climáticas
Depois desse livro, fiquei sabendo por meio do posfácio o rolê das irmãs Bronte, e vou mexer meus pauzinhos pra ler mais obras das três e trazer resenhas pra cá
Obrigado pela atenção, e até a próxima :)
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petiteblasee · 1 year
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𝐔𝐦𝐚 𝐣𝐨𝐫𝐧𝐚𝐝𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐞𝐬𝐩𝐢𝐫𝐢𝐭𝐮𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐚𝐟𝐥𝐨𝐫𝐚𝐝𝐚 | 𝐀 𝐂𝐚𝐬𝐚 𝐝𝐨𝐬 𝐄𝐬𝐩𝐢́𝐫𝐢𝐭𝐨𝐬 - 𝐈𝐬𝐚𝐛𝐞𝐥 𝐀𝐥𝐥𝐞𝐧𝐝𝐞
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SINOPSE: Isabel Allende constrói um mundo conduzido pelos espíritos e o enche de habitantes expressivos e muito humanos, incluindo Esteban, o patriarca, um homem volátil e orgulhoso, cujo desejo por terra é lendário e que vive assombrado pela paixão tirânica que sente pela esposa que nunca pode ter por completo; Clara, a matriarca, evasiva e misteriosa, que prevê a tragédia familiar e molda o destino da casa e dos Trueba; Blanca, sua filha, de fala suave, mas rebelde, cujo amor chocante pelo filho do capataz de seu pai alimenta o eterno desprezo de Esteban, mesmo quando resulta na neta que ele tanto adora; e Alba, o fruto do amor proibido de Blanca, uma mulher ardente, obstinada e dotada de luminosa beleza.
As paixões, lutas e segredos da família Trueba abrangem três gerações e um século de transformações violentas, que culminaram em uma crise que levam o patriarca e sua amada neta para lados opostos das barricadas. Em um pano de fundo de revolução e contrarrevolução, Isabel Allende traz à vida uma família cujos laços privados de amor e ódio são mais complexos e duradouros do que as lealdades políticas que os colocam uns contra os outros.
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Fiquei assim algumas - várias - vezes.
Eu nem sei por onde começar a falar sobre essa leitura, mas já adianto: se te recomendarem, se preparem e vão com tudo!
Eu me preparei por saber que a autora colocou muito do que viveu - e que vivencia! - mas não foi suficiente e agora me encontro sem saber como explicar o quanto essa história mexeu comigo. Ao longo de 448 páginas acompanhei a história de uma família por 3 gerações sem perder o interesse e fiquei completamente presa ao conhecer ela se mantendo através de Clara, Blanca e Alba.
Apesar da enorme participação na história, não darei muitas considerações a respeito do patriarca da família porque basta imaginar TUDO DE RUIM que um homem do século XX munido de poder, ao ponto de se achar divino, tem e teremos uma imagem do quão próximo da realidade ele é, o que assusta bastante. Voltando às três principais mulheres, todas mostraram a graça e fortaleza da vida, principalmente no enfrentamento das dores diversas que as mulheres estão destinadas a carregar. E isso é tão inquebrável entre elas, sendo uma fonte para a outra, que nem a parte narrada por um maldito tira esse brilho - na verdade, só reforça, principalmente com o leitor acompanhando como essas mulheres de diferentes formas, e em épocas diferentes, tornou a vida desse homem num inferno.
Não tem como ficar impassível nessa leitura porque cada gente que vai se achegando nas Três Marias - fazenda da família - ou na Casa da Esquina - moradia na cidade - passa por essas três de uma forma inesquecível, o que torna lamentável cada partida, mesmo que não eterna. Foi temendo a falta desse clima de lutas internas tendo como fortaleza a proeza de ser de todos, que fiquei triste por ter chegado ao fim, mesmo que querendo correr para ele para saber como tudo acabava - e haja sofrimento!
Não consigo parar de pensar nas inúmeras horas que poderia falar sobre cada personagem e situações retratadas (a ferida do horror vivido na América Latina, por exemplo, ainda está aberta, apesar de fingirem que não), mas só me resta reforçar a recomendação para que todos possam sentir o que a história oferece, mesmo que seja sofrimento, porque vale a pena.
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psicoonline · 1 year
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Esse post é um #clássico que se repostei já faz algum tempo. A história sugere uma importante #lição: a #moderação é essencial em todas as áreas da vida. E, esse exemplo pode ser aplicado em diversos aspectos da vida. Na alimentação, é importante consumir nutrientes e vitaminas para o bom funcionamento do corpo, mas o excesso de determinados alimentos pode levar a problemas de saúde. Da mesma forma, em relacionamentos interpessoais, é necessário ter cuidado para ñ exagerar nas expectativas ou exigências, sob o risco de sufocar a outra pessoa ou gerar conflitos desnecessários. No mundo profissional, oferecer d+ pode também ter consequências negativas. Por exemplo, assumir mais tarefas do que é possível de realizar pode prejudicar a qualidade do trabalho, além de gerar estresse e ansiedade. Portanto, a moderação é uma virtude importante a ser cultivada, pois ajuda a equilibrar as coisas em nossa vida. Ao praticar a moderação, somos capazes de encontrar um ponto de equilíbrio que nos permite viver de forma mais saudável, tanto física quanto emocionalmente. Porém, é importante lembrar que a moderação não significa falta de ação ou comprometimento. Pelo contrário, ela é uma forma de agir de maneira consciente e responsável, evitando excessos que possam prejudicar a nós mesmos ou a outros. Além disso, a moderação pode ser aplicada em diferentes áreas da vida, como finanças, consumo de tecnologia, lazer e até mesmo nas atividades físicas. Quando estamos conscientes de nossas limitações e respeitamos os limites do nosso corpo e da nossa mente, podemos viver com mais #qualidadedevida e bem-estar. A história da planta nos lembra de que mesmo as melhores intenções podem ter consequências indesejadas quando não tomamos cuidado. Por isso, é importante desenvolver a habilidade de dosar nossas ações e escolhas de maneira consciente e equilibrada. A moderação é uma virtude q pode nos ajudar a encontrar um #equilíbrio saudável em todas as áreas da vida. Ao agir com #consciência e responsabilidade, podemos viver de forma + plena e #feliz, evitando excessos que possam prejudicar nossa #saúde e bem-estar. Precisa de ajuda? Estamos aqui. https://psico.online (em Planta e Rega) https://www.instagram.com/p/CqYX_K6pkS8/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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soccomcsantos · 1 year
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Mercedes-Benz 190 SL (W 121): estilo e elegância incontornáveis
Entre 1955 e 1963, a Mercedes-Benz produziu um dos mais belos automóveis da história: o 190 SL. O elegante cabriolet iniciou a nobre linhagem “SL” da marca da estrela e, no passado, como no presente, continua a fazer girar cabeças por onde quer que passe. Se hoje ainda não teve o prazer de ver nenhum, vale a pena, pelo menos, conhecer a sua história…
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Um elegante automóvel desportivo descapotável, com a estrela Mercedes na grelha do radiador, nasceu em 1954. Tratava-se do modelo 190 SL (W 121) que a Mercedes-Benz apresentou em Nova Iorque e que lançou em todo o mundo, um ano depois. A história daquele que é visto, ainda hoje, como um dos automóveis mais bonitos de sempre estará para sempre associada ao nome de Maximilian E. Hoffman.
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Em 1952, ele era o importador oficial da Mercedes-Benz em Nova Iorque para o mercado dos EUA e não demorou a aperceber-se do potencial de vendas de automóveis desportivos da Mercedes-Benz no país.
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Para o demonstrar desenvolveu um plano para que duas unidades fossem contruídas como veículos de produção: de acordo com a recomendação de Hoffman, o 300 SL Racing Coupé (série W 194) devia ser disponibilizado - com modificações - como veículo de produção, e a marca baseada em Estugarda devia, ao mesmo tempo, produzir um automóvel desportivo cabriolet para acompanhar o coupé Gullwing, sustentando a ideia do futuro 190 SL.
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Nessa altura, a Mercedes-Benz não tinha, no seu portfólio, um modelo no segmento dos veículos desportivos desde 1935. Mas entre a apresentação da ideia de Hoffman e a aprovação por parte do Conselho de Administração da Daimler-Benz, foi necessário esperar um ano, já que apenas, em 1953, os dois projetos viram “luz verde”. Fundamentalmente, devido à sobrecarregada agenda da marca na conceção e desenvolvimento de outros modelos de produção em série, mas também ao trabalho de desenvolvimento do seu futuro modelo de competição, o W196 R, a utilizar em 1954.
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O calendário de conceção estabelecido revelou-se, desde logo, apertado e ambicioso, estipulando que as linhas gerais para as carroçarias teriam que estar finalizadas até 31 de outubro de 1953.
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Alguns dias após a decisão da Direção, os diretores da Daimler-Benz estavam a examinar os primeiros esboços, e, duas semanas mais tarde, puderam avaliar o primeiro modelo à escala 1:10, que foi seguido, passadas mais oito semanas, pelos modelos já à escala real.
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Cabriolet de raiz
No caso do 190 SL, o modelo teve de ser tecnicamente redesenhado com base na série 180, com o piso originário desse modelo a ter que ser adaptado, enquanto se encontrava o motor mais acertado para o chassis. Apresentava semelhanças e herdava muitos dos aspetos técnicos do popular Mercedes-Benz “Ponton” (W120/121), mas apesar de ter ficado conhecido com a designação de W121, diferia do modelo berlina por ter sido concebido de raiz como um cabriolet de dois lugares. Já o 300 SL “inspirava-se” no famoso 300 SL Racing Sports (https://bit.ly/3BaNXYe) proveniente da competição.
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Mas a corrida contra o tempo acabaria por ser ganha. Cinco meses depois do processo se iniciar, ambos os modelos celebravam a estreia no Salão Internacional de Desportos Motorizados, em Nova Iorque, que teve lugar de 6 a 14 de Fevereiro de 1954. Na época, o mais importante salão automóvel organizado no outro lado do Atlântico.
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De imediato, a Mercedes-Benz registou opiniões muito favoráveis, com o 190 SL e o 300 SL a serem apontados como os símbolos de uma nova filosofia de produto e os precursores da linhagem SL, com a estrela da marca colocada na grelha do radiador a servir de imagem de marca.
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Enquanto a produção em série do Mercedes-Benz 300 SL começou em agosto de 1954, na fábrica de Sindelfingen, o 190 SL foi novamente revisto, porque a unidade exposta no Salão Internacional de Desportos Motorizados, em Nova Iorque, não estava ainda “madura”, já que não tinha sido tecnicamente testada, nem a carroçaria tinha recebido os últimos retoques de estilização.
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Em março de 1955, a Daimler-Benz apresentou então o modelo final do 190 SL no Salão Automóvel de Genebra. A carroçaria, concebida por Walter Häcker, seguia, de perto, o desenho do 300 SL Gullwing Coupé. No entanto, ao contrário do 300 SL, o 190 SL tinha uma capota retrátil, que lhe conferia ainda maior elegância.
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A carroçaria mostrou, desde logo, algumas diferenças em relação ao modelo que apresentado em Nova Iorque: a entrada de ar no capô foi deslocada mais para trás, passaram a existir proteções nos arcos das rodas traseiras, enquanto os para-choques e as luzes traseiras também foram modificadas. A fábrica de Sindelfingen começou a construir a série de pré-produção em janeiro de 1955, com a produção da série principal a ter início em maio.
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Na década de 1950, o significado do termo "roadster" sofreu uma mudança. O clássico roadster era um automóvel desportivo de dois lugares com janelas laterais destacáveis e uma cobertura de tecido amovível como estrutura de tejadilho. Mas os padrões de conforto dos clientes eram agora mais elevados, e o automóvel desportivo Mercedes-Benz 190 SL respondeu a isto. Embora não fosse um roadster no sentido clássico, foi designado como tal pela empresa.
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Foi concebido como um automóvel desportivo de dois lugares de turismo e utilitário, de máxima elegância. Estava disponível em três versões: com capota de tecido (preço em fevereiro de 1955: DM 16.500 ou seja, na altura o correspondente a cerca de 8.436 €) e como coupé com “hard top”, que, opcionalmente, poderia ter capota de tecido (preço em setembro de 1955: DM 17.650/DM 17.100 (aproximadamente, então 9.025€/8.743 €). Estes preços tornam clara a colocação exclusiva destes veículos na gama de modelos.
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O SL 300 custava 29.000 DM (então o equivalente a 14.827 €) em 1954, e assim consideravelmente mais do que o SL 190, que, por sua vez, era bastante mais caro que o “Ponton”, cujos valores se ficavam pelos 9450 DM (4.832 €, se convertidos em euros) em 1954/1955. Como um extra opcional, um terceiro banco transversal poderia ser colocado na traseira do 190 SL.
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A imprensa automóvel elogiou o 190 SL, entre outras coisas, pelas suas características e pela seu fácil manobrabilidade e segurança. Para isso contribuíam os braços oscilantes com pivot central já utilizados no modelo 220 a, entre outras características. A suspensão dianteira, incluindo a subestrutura, foi adotada a partir do modelo 180, do qual o conjunto do piso - embora encurtado - também veio.
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Eficiente motor de 105 cv
Para animar a então mais recente coqueluche da Mercedes-Benz, o 190 SL recebeu um novo motor a gasolina de 1,9 litros, com a designação M 121 B II, precursor de uma nova família de propulsores. A unidade de quatro cilindros tinha uma única árvore de cames e desenvolvia 105 cv (77 kW) às 5700 rpm, o que proporcionava acelerações dos 0-100 km/h em 14,5 segundos e uma velocidade máxima de 170 km/h e que fazia dele um dos automóveis mais rápidos da estrada nos anos 50 e 60. O consumo de gasolina apontava para os 8,6 litros a cada 100 km e o o depósito albergava 65 litros, proporcionando uma autonomia adequada para confortáveis e tranquilas viagens.
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Durante a sua produção, o 190 SL passou por muitas melhorias nos detalhes. São claramente reconhecíveis as largas faixas cromadas na extremidade superior da porta (introduzidas em março de 1956) e as maiores luzes traseiras (em junho de 1956, que também foram aplicadas nos modelos 220 a, 219 e 220 S).
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Em julho de 1957, o farolim de matrícula traseiro foi deslocado para as proteções do para-choques (que eram um extra nos para-choques dianteiros, enquanto nas versões dos EUA eram obrigatórias à frente e atrás) para permitir a montagem das largas placas de matrícula que estavam a ser introduzidas na altura.
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A partir de outubro de 1959, um novo hardtop com uma janela traseira maior deu ao cabrio, convertido em coupé, uma visibilidade traseira substancialmente melhor. Em agosto de 1960, a fechadura da tampa da bagageira também foi mudada, com uma pega rebaixada a substituir a anterior pega em forma de arco.
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Em 1963, o último Mercedes-Benz 190 SL saiu da linha de produção. No total, foram construídos 25.881. A maioria deles foi para os EUA, com a avaliação e visão de Maximilian E. Hoffman a provar estar correta.
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Uma versão desportiva adaptada à competição
As primeiras brochuras de vendas mostraram uma variante desportiva do 190 SL: portas de liga leve, pequeno para-brisas de corrida Perspex, ausência de capota e para-choques, permutador de calor ou material isolante, com todas estas alterações a darem-lhe um peso de 1000 quilos, cerca de dez por cento menos do que a convencional versão de estrada.
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O número de unidades construídas não está documentado, sabendo-se apenas que muito poucas encontraram caminho até aos clientes, sendo provavelmente verdade que algumas delas sofreram alterações ainda mais radicais, como afinações mais “agressivas” do motor, rebaixamento de altura ao solo, adoção de amortecedores desportivos e molas de suspensão alteradas.
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A versão desportiva do 190 SL obteve o seu maior sucesso, em 1956, no Grande Prémio de Automóveis de Macau, numa unidade inscrita pelo então importador Daimler-Benz de Hong Kong. O modelo com volante à direita triunfou nessa prova, batendo modelos como o Ferrari Mondial e vários Jaguar e Austin-Healey. No mesmo ano, o importador geral da Mercedes-Benz, em Marrocos, ganhou a classe (GT até dois litros), no Grande Prémio de Casablanca.
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Mas os regulamentos das corridas “mataram” o sucesso desta versão desportiva do 190 SL, ao não classificarem-no como um veículo de produção de série e, consequentemente, a inviabilizarem as hipóteses de se bater com a concorrência. Além disso, uma decisão da FIA (Federação Internacional do Automóvel) impediu a sua classificação como GT, com o argumento que um Gran Turismo devia ter uma carroçaria totalmente fechada, uma condição que o 190 SL descapotável, naturalmente não poderia satisfazer.
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Mas, tenha sido, na versão civil ou na de competição, o Mercedes-Benz conquistou o seu lugar na história do automóvel. Mais de 65 anos após o seu nascimento, continua a ser uma das estrelas mais brilhantes e desejadas da marca e do mundo automóvel. 
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sacolahdemercado · 2 years
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"Sêneca o disse - a poesia é a insânia."
- Bertram, Noite da Taverna, Álvares de Azevedo
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brunolazzsays · 1 year
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Terminei a releitura desse livro pro @clubefalalivro do mês de dezembro. Me diverti nessa segunda leitura mais do que na primeira! 🤌 (Quem quiser participar da discussão, me solicita no privado o link pro meet) . . #omorrodosventosuivantes #emilybronte #clássico #leitura #literatura #literaturainglesa #wutheringheights #livros #clubedolivro (em Itapema - Sta. Catarina) https://www.instagram.com/p/ClTqfNBLgtM/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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fabinhoxbacon · 2 years
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Mais música clássica. 🎺 Picture by Nicole Reis⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀#música #musica #music #musicaclassica #beardedgay #barbudo #gaybrasil #instagay #gaynegro #filarmonica #filarmónica #clássico #sorriso #salaminasgerais #belohorizonte #minasgerais #hipster #cultura #culture #arte #amobh #art #amobeaga #uai  #scruff (at Orquestra Filarmônica de Minas Gerais) https://www.instagram.com/p/CdmFUMbvm2C/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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ngblackuai · 2 years
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joguei term.ooo #128 *4/6 🔥 1
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Fechei mais um... Hehehehh
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amor-barato · 3 months
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Iria morrer, quem sabe naquela noite mesmo? E que tinha ele feito de sua vida? Nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito bem, no intuito de contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara a sua mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora que estava navelhice, como ela o recompensava, como ela o premiava, como ela o condenava? Matando-o. E o que não deixara de ver, de gozar, de fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amara – todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentara. Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois se fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas causas de tupi, do folclore, das suas tentativas agrícolas... Restava disto tudo em sua alma uma sofisticação? Nenhuma! Nenhuma!
Lima Barreto (O Triste fim de Policarpo Quaresma)
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fabianoardito · 2 years
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#vwkombi #vwbus #volkswagen #type2 #clássico #automoveisclassicos #classicobrasileiro #aircooled #kombi #vwbrazil #Brasil #brazilianbus (em Americana, Sao Paulo) https://www.instagram.com/p/CcnA2Pouh6w/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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dani-xis · 12 days
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Finalmente chegou
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geekpopnews · 2 months
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Ragnarok Origin: ROO chega dia 28 de fevereiro
A espera acabou. Um dos títulos clássicos mais adorados pela comunidade gamer, Ragnarok Online (RO), voltou trazendo atualizações inovadoras.
A espera acabou. A Gravity Game Vision anunciou que a partir do dia 28 de fevereiro, o jogo Ragnarok Origin: ROO estará disponível publicamente para jogadores iOS, Android e PC de toda a América Latina e Brasil. Atualmente a opção de pré-cadastro já está aberta e oferece recompensas no jogo. Em outras palavras os jogadores poderão desbravar o continente de Midgard, agora em uma engine 3D,…
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