Tumgik
#Luccino Pricelli
deankirk · 10 months
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fascinação - uma fanfic lutávio (parte 1/2)
A difícil missão de descobrir e aceitar o que se quer, e de correr atrás de seus desejos.
Lutávio | first time (rated E)
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A vida de Otávio sempre fora uma constante repetição de rotinas. Sua infância no orfanato, seu alistamento no exército, tudo meticulosamente desenhado de uma maneira lógica e pontual, sem quase nenhuma margem para imprevistos. E o que era antes de tudo uma questão de sobrevivência, virou também uma questão de preferência.
Seu noivado com Lídia fora a primeira coisa a desestabilizar o jovem capitão desde de que se tornara um homem, senhor de seu próprio destino. A ideia do casamento, a qual Otávio internamente sempre abominara, também o amedrontava pelo fato de representar uma mudança radical em seu estilo de vida. Compartilhar a sua intimidade, dividir seus hábitos, suas manias, seus temperamentos com outra pessoa parecia uma missão para a qual nenhum treinamento de guerra o havia preparado. Isso tudo para além do fato de que Otávio sabia que jamais poderia corresponder aos sentimentos da jovem Lídia, ou de qualquer outra mulher, nesse sentido. Não da maneira que se espera de um marido, pelo menos.
Entretanto, agora, três semanas após se mudar para a pensão na qual alugara um quartinho, Otávio sentia uma alegria jamais imaginada na antecipação de ter alguém para com quem dividir o seu espaço e a sua vida. Não qualquer um, logicamente, mas o seu amado italiano. Luccino mudou-se para a pensão dez dias após Otávio, para não levantar suspeitas. Para o quarto ao lado, como haviam combinado. A excitação e a ansiedade nos primeiros dias eram imensas, embora ainda se encontrassem todos os dias, mas tê-lo ali, totalmente ao seu alcance - separados apenas pela fina parede e pela porta que ligava os dois apartamentos - era a materialização de algo que Otávio sequer permitiu-se sonhar durante a vida, mas que se tornara real, e ele não sabia como agradecer por isso.
No dia em que Luccino se mudou ele o auxiliou com a pouca bagagem que o mecânico trouxera consigo, o ajudou a se instalar confortavelmente, juntamente com seus amigos Brandão e Mariana, que logo se despediram, para que os novos “vizinhos” ficassem mais à vontade.
Sozinhos, os dois deram as mãos, um de frente para o outro no meio do pequeno apartamento, e sem falar nada, dançaram.
Agora o major terminava de por a mesa quando ouviu as batidas ritmadas que indicavam que Luccino iria entrar pela porta, e não conteve um sorriso. Endireitou-se, puxou para baixo o colete que vestia enquanto a porta se abria, revelando o homem que fazia seu coração bater mais forte, rápido como nunca.
— Boa noite, major! – disse Luccino, com um sorriso de orelha à orelha. Aproximou-se e beijou-o na bochecha.
Otávio sorriu novamente. Talvez tenha corado.
— Agora que você chegou, sim… Boa noite, amore mio.
Abraçou o amado, segurando-o pela cintura. Beijaram-se novamente. Otávio pode sentir o cheiro de banho tomado, roupas limpas e o cabelo ainda úmido de Luccino. Permitiu-se inalar profundamente, apertando ainda mais o seu abraço. Ali, naquele espaço sagrado, não precisavam mais se esconder. Ali podiam expressar o afeto que sentiam um pelo outro livremente. Ou quase isso.
A proximidade de Luccino ainda atordoava o major. Naquela posição em que estavam, por exemplo, seu desejo era enterrar o nariz no pescoço do outro homem até estar completamente inebriado pelo seu cheiro. Perguntava-se se um dia poderia mesmo fazer isso, e genuinamente não sabia a resposta. Melhor manter distância.
— O jantar está servido – Otávio disse, afastando-se e endireitando o colete mais uma vez. Luccino puxou uma cadeira e sentou-se à mesa.
— Fico feliz, Otávio, estou morto de fome. O trabalho na oficina foi pesado hoje, achei que não conseguiria tirar as manchas de graxa e óleo das mãos nunca mais…
— Deixe-me ver, então – disse o major, pedindo as mãos de Luccino para examiná-las. — Estão limpas – ele concluiu, após virar as palmas para cima e conferir entre os dedos. Beijou uma das mãos antes de soltá-las.
— Sim, mas tive que gastar uma barra de sabão inteira para isso – resmungou o homem mais jovem.
Otávio terminou de servir a comida e, por fim, sentou-se de frente para Luccino. O cardápio da noite, assim como o repertório de Otávio na cozinha, era ainda tímido: macarrão ao molho bolonhesa, acompanhado de um vinho. Não dos melhores, mas nenhum dos dois se importava.
Comeram e beberam enquanto conversavam sobre o dia de cada um. Amenidades e trivialidades que combinavam com o clima de um jantar a dois depois de um longo dia de trabalho.
Depois de terminarem a refeição, Otávio seguiu para o sofá com uma taça de vinho enquanto Luccino tirava a mesa e lavava a louça. Pegou um livro para folhear enquanto o outro terminava os afazeres, mas não conseguiu se concentrar na história. Esse ritual já durava alguns dias. Comiam, conversavam. Aproximavam-se lentamente, sempre se beijavam. A cada dia, as mãos exploravam um terreno novo. Na noite anterior, Luccino tocara sua coxa. Não apenas o joelho, como era mais de costume, mas a parte interna. Arrepiou-se só de lembrar. Ao abraçarem-se, Otávio descia cada vez mais as mãos pelas suas costas. Mãos espalmadas, sentindo os músculos que repousavam sob a camisa do outro.
E havia o cheiro. O cheiro de Luccino tornava-se uma verdadeira obsessão e Otávio não sabia mais como se conter, o problema é que também não sabia como ir em frente, o que pode parecer loucura, já que na noite em que dançaram juntos na oficina haviam ido bem mais longe do que isso. Beijaram-se com ardor, tocaram-se de forma desavergonhada e chegaram ao êxtase juntos, entre sussurros ofegantes, mas ainda assim, não haviam conseguido replicar as condições que os levaram a tal, e voltaram ao patamar de antes, de precaução e cautela.
Otávio temia que tivesse gasto toda a sua coragem naquela noite, e olhe que nem chegaram a despir-se juntos, e tudo ocorreu apressadamente, na penumbra da oficina. Agora não sabia mais como proceder. E tinha medo. Sentia como se uma parte de si que ele havia lutado muito para domar, para controlar, havia despertado de um sono profundo. Otávio não conhecia essa parte, já que nunca teve a coragem de encará-la, sempre fugiu. Temia que se deixasse com que esse seu lado, esse animal feroz enjaulado a tanto tempo se libertasse, poderia de alguma forma assustar Luccino. Ou pior, ofendê-lo, magoá-lo, afastá-lo, e preferia morrer a correr esse risco.
— Pensando em mim? – perguntou Luccino, aproximando-se e tirando Otávio do estupor que começava a dominá-lo.
— Claro – respondeu Otávio com o sorriso mais doce que conseguia produzir –, sempre em você, Luccino.
O italiano sentou-se no sofá perto dele, tomando-lhe o livro das mãos.
— Que livro é esse?
Otávio balbuciou e não conseguiu responder. Não lembrava.
— Você está bem, Otávio? – havia certa preocupação na voz de Luccino.
— Sim, claro, claro – Otávio apressou-se a se recompor –, acho que foi o vinho – ele apontou para a taça ainda cheia sobre a mesinha de centro.
— Deve estar mais cansado do que eu imaginava, então - Luccino desviou o olhar. Repousou o livro ao lado da taça de vinho, Otávio acompanhou o gesto com o olhar.
— Deixe-me fazer uma massagem em você, major.
Sem esperar pela resposta, Luccino levantou-se e se posicionou de frente para o outro, sentando-se no chão da sala na sequência.
Otávio sequer percebera que havia prendido a respiração. Só conseguiu entender o que estava acontecendo quando sentiu o sapato sendo retirado de seu pé direito. Depois o esquerdo. Ajeitou-se no sofá, de modo a ficar mais confortável, seus movimentos quase involuntários. Enquanto Luccino tirava suas meias, fechou os olhos e respirou fundo. Precisava retomar o controle de seu próprio corpo, pelo menos.
— Luccino, não precisa fazer isso – disse, fazendo com que o outro olhasse para cima para encará-lo.
— Você vai se sentir melhor, meu amor – seus dedos já faziam pequenos movimentos circulares nos pés do major.
Otávio segurou um gemido, engoliu seco e insistiu.
— Mas você não preci…
— Mas eu quero – Luccino o interrompeu firmemente, aumentando a pressão que fazia em seus pés.
Posicionou o pé esquerdo de Otávio sobre a sua coxa direita, e começou a massageá-lo. As mãos ásperas faziam pressão por toda a planta do pé, do calcanhar aos dedos. Otávio estendeu os braços e segurou-se no sofá como quem está prestes a cair num precipício. Luccino riu. Sabia o efeito que estava causando.
— Tente relaxar, Otávio. Está muito tenso, não vou machucá-lo.
Foi Otávio quem quis rir dessa vez. Se Luccino soubesse o que se passava pela sua cabeça… E se Luccino soubesse? Se ele pensasse o mesmo, se ele quisesse o mesmo? Otávio fechou os olhos novamente, balançando a cabeça e engolindo seco mais uma vez.
Não, Luccino não teria aqueles pensamentos. O italiano gostava de provocá-lo, era bem verdade, mas Otávio temia que ele não soubesse realmente onde aquilo poderia parar. Os anos no exército e a companhia constante de outros homens traziam consigo uma série de histórias que Otávio fazia de tudo para não ouvir, mas das quais nem sempre conseguia escapar. Histórias sujas, contadas com desprezo e ouvidas com curiosidade pelos soldados. Histórias que faziam com que Otávio se sentisse sujo também, pois eram estas as únicas que o perseguiam depois, em seus sonhos e fantasias. O caráter de violência e perversidade não eram o que lhe excitava, pelo contrário, reviravam-lhe o estômago, mas a curiosidade pelo ato o perseguia. O coito entre homens não era um tema que podia ser discutido de forma banal, e Otávio não podia sequer pesquisar em seus amados livros a respeito. Restavam-lhe apenas aquelas histórias sujas e sua imaginação.
E Luccino, seu adorado Luccino, não podia existir na perversidade dessas fantasias. Otávio não podia consentir. Não sabia como agir, não sabia o que era permitido e o que era proibido. Acordava no meio da noite com a rigidez entre as suas pernas latejando, e com um sentimento de culpa esmagador por pensar em seu amado de forma tão vil.
Com as mulheres, os homens com quem Otávio convivia tinham um código muito bem estabelecido: com suas esposas, conceber filhos e cumprir com as obrigações maritais. As fantasias e a depravação ficavam para os bordéis, para as cortesãs cujo corpo estava ao desfrute de quem quer que pagasse.
Não podia tratar Luccino dessa forma, e nem tinha com ele a obrigação cristã de gerar filhos legítimos. Como proceder então?
— Você tem algum óleo? – Luccino perguntou, mais uma vez o resgatando dos devaneios que tentavam dominá-lo.
— O quê? – perguntou depois de pigarrear. Não reconhecia a própria voz.
— Um óleo, Otávio. Para a massagem.
O polegar do mecânico fazia uma pressão deliciosa na planta do seu pé, um arrepio subiu pela sua espinha.
— Sim… – outro pigarro – Sim, na mesinha de cabeceira do lado da minha cama.
Enquanto Luccino se levantou para buscar o óleo, Otávio aproveitou para pressionar o membro que teimava em enrijecer entre suas pernas. Começava a sentir-se mortificado de vergonha e pela culpa. Tentou ajeitar-se dentro das calças, não queria que Luccino percebesse.
Quando retornou com um pequeno vidro nas mãos e voltou à posição no chão, entre as pernas do major, Luccino posicionou dessa vez o pé direito do mesmo sobre a sua coxa esquerda. Abriu o vidro e derramou o líquido viscoso na palma da mão, depois esfregou as duas mãos juntas. Um cheiro de lavanda subiu no ambiente. As mãos de Luccino voltaram ao pé de Otávio, mais quentes e mais úmidas dessa vez, deslizando graciosamente.
— Com quem aprendeu a fazer massagem? – Otávio perguntou, precisava concentrar-se em algo ou iria enlouquecer. Tentou controlar a respiração enquanto esperava pela resposta.
— A mama sempre fazia massagem em nossos pés à noite. Nos ajudava a dormir melhor. Não está gostando? – Luccino perguntou levantando a cabeça para olhar nos olhos de Otávio de novo.
— Seria impossível não gostar do toque de suas mãos, meu caro – foi sincero, como haveria de não o ser? Assim, aos seus pés e olhando para si, Luccino podia pedir o que quisesse. Era Otávio quem estava rendido aos seus pés, na verdade.
— Então por que está tão tenso? Parece nervoso – Luccino subiu um pouco uma das mãos pela canela do major, por dentro de sua calça, arrepiando seus pelos.
— Não posso negar que você me deixa nervoso, Luccino – Otávio respondeu de olhos fechados. — E acho que você sabe disso.
Não podia mais olhar. Não sabia se queria correr dali ou então… Então o quê? Por Deus, não aguentava mais. Levantou-se de forma brusca, fazendo Luccino se desequilibrar um pouco, tendo que se apoiar no chão com uma das mãos.
Antes que pudesse pedir perdão, no entanto, lágrimas já rolavam pelo seu rosto. Foi Luccino que respirou fundo e fechou os olhos dessa vez. Levantou-se do chão e ficou de pé. Otávio andava de um lado para o outro perto da mesa onde haviam jantado momentos antes. Descalço, tinha uma das mãos na cintura enquanto tentava enxugar os olhos com a outra.
— Me perdoe, Luccino, eu não…
— Você precisa me dizer se tem medo ou se não tem interesse que eu te toque, Otávio – Luccino disse sério, imóvel. Tinha ambas as mãos cerradas ao lado do corpo.
— O quê? – Otávio estava confuso, a vista embaçada pelas lágrimas.
— Se você não quer que eu te toque mais intimamente, você precisa me dizer.
Incrédulo, Otávio parou e encarou o outro homem. O sofá da sala separava os dois, uma distância bem maior do que a que costumam dividir quando estavam sozinhos entre eles.
— Desde aquela noite na oficina, você não voltou mais a me tocar daquele jeito. Pelo contrário, ficou mais distante – Luccino continuou. — Se tiver se arrependido, percebido que não é esse o tipo de afeto que sente por mim, eu preciso saber.
Otávio sentiu as pernas fracas. Teve de apoiar-se na mesa ou cairia no chão ali mesmo. Como explicar o que estava sentindo, como confessar para o outro aquilo que não tinha coragem de admitir nem para si mesmo?
— Luccino, meu amor, você não entendeu – tentou falar com a voz embargada. — Você não entende como eu… – o resto ficou preso em sua garganta.
Luccino atravessou a pequena sala e parou diante do outro homem. Otávio virou o rosto, não conseguia encará-lo. O italiano aproximou-se ainda mais, tocando a face do major e virando-a novamente para si.
— Me explique, Otávio. Fale a verdade. Me faça entender.
Luccino encostou a testa na de Otávio, que derramava lágrimas copiosamente. Firmou as mãos em sua cintura.
— Ter você comigo é mais importante do que qualquer coisa, se não for esse tipo de intimidade que deseja, eu vou respeitar sua vontade – o mais moço continuou. — Mas eu preciso saber.
Otávio retribuiu o toque, abraçando o outro homem, puxando-o para perto de si.
— Otávio, eu penso nos seus toques o tempo todo.
Uma mistura de soluço com gemido partiu do major ao ouvir a confissão.
— Sonho com os seus beijos pelo meu corpo, com suas mãos em mim – Luccino sussurrou no ouvido do mais velho. — Por favor, tenha piedade. Acabe com essa angústia de uma vez por todas!
Luccino se afastou e encarou Otávio com uma expressão decidida. O major não podia deixar de admirar a coragem daquele homem diante de si, abrindo o coração de uma forma que ele jamais conseguiu, mesmo naquele exato momento. Sabia que precisava fazer alguma coisa, e já que não podia falar, decidiu agir.
Decidiu naquele momento que não demonstrar o que sentia seria muito mais desrespeitoso com o seu amado do que qualquer devassidão que habitasse a sua mente.
Beijou Luccino ardentemente, com lábios, dentes e língua. Envolveu o outro homem em seus braços, segurando-o pelas costas e pela nuca. O susto de Luccino durou apenas uma fração de segundo, tempo suficiente para compreender a mensagem. Correspondeu ao beijo com vontade, levando as duas mãos ao peito do major.
Jamais haviam se beijado daquela forma, com tamanho desejo de estar o mais próximo possível um do outro, mãos passeando sem rumo pelos corpos. Otávio abriu a camisa de Luccino sem cerimônia, arrancando alguns botões e fazendo com que se separassem pela primeira vez desde o início do beijo. Luccino o olhou com os olhos arregalados, mas cheios de desejo. Otávio respirava pesadamente, seu peito subindo e descendo ligeiro.
Terminou de tirar a camisa do outro enquanto voltava a atacar sua boca, descendo pela mandíbula, mordendo-lhe o queixo. Luccino tentava abrir o colete de Otávio, suas mãos trêmulas mas eficazes, seus gemidos começando a ecoar pelo pequeno apartamento.
Em pé ao lado da mesa, eles continuaram se beijando enquanto tentavam se livrar das roupas um do outro. Otávio puxou a regata de Luccino, deixando-o finalmente livre da cintura para cima, o colar com o anel que dera para ele pendurado em seu pescoço. Luccino ainda lutava com a camisa do major, amaldiçoando cada camada de roupa que o separava da pele do outro homem. Antes que conseguisse retirar completamente a peça, sentiu o seu corpo sendo direcionado para a mesa, mãos firmes segurando-o pelos quadris, descendo pelas suas nádegas e o chão sumir de debaixo de seus pés.
Otávio o sentou na mesa e se encaixou entre suas pernas, atacando o seu pescoço com as mãos espalmadas em seu peito. Luccino teve de se apoiar com os cotovelos na mesa.
O major se afastou para admirá-lo. Ambos estavam ofegantes. Quando finalmente seus olhares se encontraram, Luccino entendeu. O fogo que ardia nos olhos de seu companheiro era o de um homem apaixonado, tomado pelo desejo. As mãos que passeavam por seu torso queimavam sua pele, causando arrepios que percorriam seu corpo.
— Perdão por fazê-lo pensar que eu não te desejava, amore mio… – Otávio disse, enquanto segurava Luccino pelos quadris, trazendo-o para mais perto ainda, encaixando-se mais entre as pernas do outro homem. A rigidez contra a sua coxa fez Luccino gemer. Otávio moveu o quadril de forma mais intensa ainda, para reforçar seu pedido de desculpas.
— Me convença do quanto me deseja, Otávio – Luccino não resistiu à tentação de provocar seu amado.
Otávio voltou a beijar seu pescoço, mordiscar seu queixo, subiu as mãos pelos seus lados e voltou ao seu peito. Apertou os mamilos de Luccino enquanto fincava os dentes em seu ombro. O italiano soltou um grito abafado. Otávio desceu até seu mamilo esquerdo, segurou-o pela cintura e lambeu, circulando a pequena auréola com a língua.
Luccino jogou a cabeça para trás, sentiu todos os músculos de seu abdômen se contraírem.
— Otávio – era a única palavra coerente que sobrara. Não conseguia dizer mais nada.
Otávio puxou seu cabelo pela nuca, forçando-o a olhar para si.
— Me diga para parar e eu paro, entendeu? – perguntou, olhando nos olhos do outro. Luccino demorou para responder, incerto de que aquela situação era mesmo real. Otávio apertou a mão em sua nuca novamente para chamar sua atenção. — Diga se entendeu, Luccino – seu tom de voz era quase o que usava com seus soldados, mas precisava que o outro homem assentisse.
— Sim – disse depois de alguns segundos –, se eu quiser que você pare eu direi.
Olharam-se mais uma vez, Luccino ainda incerto do que aquilo significava, mas confiava em Otávio o suficiente para deixá-lo tomar o comando daquela situação.
Otávio o beijou, um pouco mais calmo dessa vez, mas não menos apaixonado. Afastou-se o suficiente para descer Luccino da mesa, que por um instante achou que seria levado para a cama do major, vendo que estava errado apenas quando seu corpo foi virado, ficando de frente para a mesa com Otávio colado em suas costas. Apoiou-se com as duas mãos enquanto o outro homem mordia seu pescoço e acariciava sua barriga. Os estímulos eram tantos que era difícil se concentrar nas sensações, por isso talvez tenha demorado um pouco para sentir o pau duro de Otávio contra suas nádegas. Gemeu de prazer. Os dentes e a língua do outro continuavam passeando pelo seu pescoço e ombros, e quando deu por si percebeu que Otávio estava abaixando suas calças, empurrando-o gentilmente para frente, fazendo-o se debruçar sobre a mesa. Terminou de baixar suas calças e não se deteve por muito tempo em suas ceroulas, finalmente expondo a sua bunda completamente despida. Um arrepio percorreu a espinha de Luccino, numa mistura de medo e excitação. Com uma mão, Otávio segurou seu quadril, com a outra voltou a apertar sua nuca. Esfregava o pênis duro ainda dentro das calças contra sua bunda nua, ambos gemendo agora.
Luccino ofegava, um rosário de “Otávios” saindo de sua boca, sem nexo.
De repente todo o contato com o seu corpo sumiu, e antes que pudesse se virar para ver o que estava acontecendo, Otávio o instruiu:
— Não se mova, fique nessa posição. Eu já volto.
Luccino obedeceu, não teria porque não obedecer. Queria obedecer.
Aguardou, debruçado sobre a mesa, com as calças arriadas até os tornozelos e a respiração ofegante. Aquela posição seria humilhante em qualquer outro contexto e com qualquer outra pessoa, mas não ali, não com Otávio, não naquele momento. Não queria sair daquela posição nunca mais, se isso garantisse que Otávio voltaria para trás de si.
Em poucos instantes reconheceu o cheiro de lavanda. Sentiu a presença de Otávio novamente em suas costas. Mãos quentes deslizando suavemente pelas suas nádegas, apertando. O vidro de óleo foi depositado na mesa, e Luccino o sentiu apertar suas nádegas de novo, separando as duas bandas e expondo ainda mais a sua nudez.
— O que você vai fazer? – ele não conseguiu não perguntar, o nervosismo tomando conta de seus pensamentos.
Otávio se inclinou sobre ele, e disse em seu ouvido:
— Eu vou roçar meu pau na sua bunda até gozar – com uma das mãos ainda meladas de óleo, Otávio abriu a calça só o suficiente para libertar seu pênis, rígido e latejando, esfregou a mão para lubrificar o membro e se posicionou entre as nádegas de Luccino. — Desse jeito – disse, empurrando o quadril para frente e para cima, depois repetiu o movimento.
Luccino soltou um gemido demorado. Seu coração nunca havia batido tão rápido, nunca havia sentido nada igual e nunca havia ouvido Otávio (ou quem quer que fosse) falar algo tão sórdido. Não sabia o que era mais intenso, o efeito dessas palavras ou a sensação do pênis que roçava deliciosamente entre as suas nádegas. Era duro e quente e o movimento era lento, como uma tortura, mas ele não queria que parasse.
— Lembre-se do que combinamos.
Luccino lembrava, mas teria de admitir depois que o estado de excitação em que se encontrava talvez não o permitisse ter coerência alguma. Foi enquanto Otávio encontrava um ritmo no movimento contra sua bunda que Luccino lembrou de seu próprio pênis, duro e pressionado contra a mesa. Com as duas mãos de Otávio segurando seu quadril, ele conseguiu apoio suficiente na mesa para se mover também, indo de encontro aos movimentos do quadril do major contra o seu.
Ambos os homens gemiam, um prazer incomparável, maior do que o que já tinham desfrutado juntos uma vez. Otávio aumentava gradativamente a velocidade dos movimentos, sentindo seu orgasmo se aproximando.
Abria e apertava as nádegas de Luccino enquanto se movimentava, fazendo com que ambos gemessem mais alto. Estava próximo de gozar.
Luccino não conseguia mais pensar, não sabia onde se concentrar, nunca havia sentido tantos estímulos ao mesmo tempo. Tentava aumentar a pressão contra seu pênis entre a mesa e seu abdômen, quando sentiu Otávio se afastar. Não entendeu, mas sentiu que uma das mãos do major continuava em seu quadril. Pensou em se virar para perguntar por que o outro havia parado, até que sentiu o primeiro jato morno contra a sua pele, ao mesmo tempo que um som gutural saia da garganta de Otávio. Depois o próximo jato, e mais outro, e outro em suas nádegas e costas. Tentou mais uma vez controlar a respiração. Sentiu Otávio desabar no chão atrás de si.
Depois de alguns instantes, Luccino ergueu-se e se virou. Otávio olhava para ele do chão, o suor escorrendo pelas suas têmporas, a camisa aberta e a calça desabotoada, mais indecente do que em qualquer outro momento que Luccino o tenha visto.
Apoiando as mãos no quadril do outro, Otávio ergueu-se até ficar de joelhos, sua visão de frente para o pênis até então desprezado de Luccino. Sem dizer nada, lambeu os lábios e levou a boca até o pau do mais novo, engolindo o máximo que conseguiu, para a surpresa e o choque do mecânico, que jogou o pescoço para trás e gemeu novamente, suas mãos inconscientemente indo parar nos cabelos de Otávio.
O major sugava com vontade, ora engolindo ora tirando tudo da boca e concentrando-se apenas na cabeça. Luccino tinha os olhos cerrados com força, pois se encarasse a cena por mais tempo não duraria muito.
Otávio terminou de tirar as calças do seu amante, libertando um de seus pés do sapato também, sem parar de chupar. Puxou uma das cadeiras para perto e indicou para que Luccino apoiasse um dos pés nela, que mais uma vez obedeceu.
Aproveitando-se da nova posição, Otávio passou uma das mãos por baixo das pernas de Luccino, levando-a novamente às suas nádegas. Dessa vez, espalhou não mais o óleo pelo local, mas o seu próprio sêmen, lambuzando o dedo do meio e o posicionando entre as nádegas de Luccino, que sentiu mais um arrepio de corpo inteiro.
Cuidadosamente, Otávio tocou a entrada do outro homem com a ponta do dedo, sem penetrar, mas pressionando de forma firme.
Luccino se surpreendeu com a sensibilidade no local.
Ainda com o pau de Luccino na boca, fazendo movimentos de sucção suaves, Otávio apertou o quadril do outro homem com a mão livre, e com o dedo da outra penetrou devagar, primeiro só com a ponta.
Luccino choramingou, apertou a mão no cabelo de Otávio num ponto que já causava dor, mas depois de uns instantes também mexeu o quadril, tentando encontrar-se com o dedo.
Otávio retirou a ponta, buscou com o mesmo dedo mais de seu sêmen espalhado pela bunda de Luccino e penetrou-o novamente, dessa vez enfiando todo o dedo do meio, obtendo mais um soluço e mais aperto em seus cabelos.
Começou a movimentar o dedo, tirando quase todo e enfiando novamente, enfrentando certa resistência no início. A sensação era estranhamente incrível, o calor em volta de seu dedo era delirante. Pacientemente esperou por algum protesto de Luccino, o que não veio.
Tirou o pau de Luccino de sua boca e concentrou-se em seu cu, que engolia seu dedo vorazmente. Os movimentos de vai e vem, já sem resistência, o incentivaram a adicionar outro dedo. Luccino gemia de uma forma deliciosa, Otávio jamais tinha ouvido um som tão esplêndido. Quando seus dedos do meio e anelar já entravam e saíam com facilidade, ele enfiou cada vez mais fundo, testando outros ângulos. Começou a meter de forma mais ritmada, arrancando mais e mais gemidos e grunhidos, até que Luccino de repente tremeu dos pés à cabeça. Otávio parou, assustado, mas Luccino logo protestou.
— De novo, não pare – seu pedido saiu como uma súplica –, desse jeito que fez agora.
Otávio não sabia o que tinha feito, mas tentou usar o mesmo ângulo e a mesma profundidade da última estocada. Uma vez, duas vezes. Na terceira, Luccino choramingou uma mistura de “aí” com “assim” da forma mais manhosa que Otávio já tinha ouvido. Continuou metendo, aproveitando para enterrar o rosto na virilha de Luccino, do lado da perna que ele havia apoiado na cadeira.
O cheiro ali era sim inebriante, Otávio queria mergulhar naquele perfume para sempre. Inalou profundamente, até que Luccino gemeu mais alto e levou uma das mãos ao próprio pênis. Otávio entendeu o recado e caprichou nas estocadas com os dedos. Posicionou o rosto de frente para o pau de Luccino, e de boca aberta aguardou o primeiro jato, que veio em alguns segundos.
Um choro baixinho acompanhou todo o orgasmo do italiano, que apoiava-se em Otávio agora para não cair. Com cuidado, Otávio retirou os dedos de dentro de seu amado, conquistando um último gemido.
Seu rosto e ombro estavam pintados com o sêmen de Luccino, e Otávio sentia como se tivesse conquistado uma medalha, o líquido morno em seu rosto e no seu ombro a maior honraria que poderia receber.
Ficaram alguns segundos naquela posição, respirando ofegantes. Otávio abraçado às pernas de Luccino, que apoiava-se em seus ombros. Quando se levantou, o major segurou o mecânico em seus braços, permitindo ao seu amado que descansasse a cabeça em seu ombro – aquele que não estava com os resquícios do que ambos tinham acabado de fazer. Acariciou suas costas, com movimentos circulares curtos. Inalou o seu cabelo novamente, o cheiro do suor se destacando na sinfonia de odores que os cercavam.
— Está convencido agora do quanto te quero? – Otávio perguntou baixinho no ouvido de Luccino.
— Acho que sim – Luccino respondeu contra o seu ombro, as palavras saindo abafadas junto com um riso fraco.
Depois de alguns minutos naquela posição, separaram-se. Meio que sem combinar nada, Luccino foi se banhar enquanto Otávio recolhia as roupas espalhadas pelo chão. Também sem perguntar se podia, o italiano deitou-se na cama do major, exausto e completamente despido. Foi a vez de Otávio usar o banheiro. Encarou-se no espelho: já havia tirado a camisa, estava somente de regata, com as calças desabotoadas e a aparência igual a dos diversos soldados que chegavam ao quartel na manhã depois de suas folgas. Otávio jamais havia se permitido esses deleites. Agora entendia o apelo e os esforços dos soldados para saírem à noite e voltarem totalmente desregrados pela manhã. Lavou o rosto e o ombro, terminou de despir-se. Quando voltou ao seu quarto, Luccino já estava quase dormindo, navegando no estado entre estar acordado e a inconsciência.
Deitou-se ao seu lado, aninhando-se o mais próximo possível de seu amado. Cheirou seu cabelo mais uma vez. Adormeceu em poucos minutos, com a sensação de que acabara de viver o melhor sonho de sua vida.
Na manhã seguinte, Luccino acordou um pouco mais tarde do que de costume. E também sozinho na cama de Otávio.
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writingloudandclear · 2 years
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Podcasts sobre Orgulho e Paixão (e Lutávio)
Podcast é um formato de conteúdo que se popularizou muito nos últimos anos e, entre eles, encontrei alguns que abordam Orgulho e Paixão e, mais especificamente, Luccino e Otávio.
O Noveleira Mesmo tem um episódio sobre representatividade LGBT nas novelas, que cita Lutávio. Na mesma linha, o Critérios de Programação tem um episódio com o mesmo assunto, que também aborda o casal.
Com menor duração, mas totalmente focado em Lutávio, o Cine Sui Generis também fala sobre os dois. Sobre Orgulho e Paixão como um todo, o Jane, isso não é romântico? tem dois episódios sobre a novela, em que as participantes explicam as semelhanças e diferenças dos personagens em relação aos livros da Jane Austen, uma boa alternativa para quem tem curiosidade, mas não tem interesse em ler todos os livros. Luccino e Otávio são citados no primeiro e no segundo episódio.
Além disso, o Pedro Henrique Muller participou de um outro podcast, o Cultura Transviada, em que, entre outros assuntos, falou da experiência dele na novela.
E, por fim, Marcos Bernstein participou de um podcast do Gshow em que fala dos trabalhos dele. Orgulho e Paixão era o mais recente na época da gravação, em 2020.
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eastvalley · 4 years
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Orgulho e Paixão
Família Pricelli
Gaetano e Nicoletta Pricelli são imigrantes italianos. Eles têm quatro filhos: Virgilio, Fani, Ernesto e Luccino.
Uma família humilde, Gaetano, Virgilio e Ernesto trabalham nas plantações de café do agricultor Xavier Vidal. As más condições do trabalho e a falta de caráter do patrão provocam reações diferentes em cada um deles.
Luccino, por sua vez, trabalha como mecânico em sua própria oficina. Fani é governanta na Mansão do Parque, onde mora há muito tempo.
Fani Pricelli tem seu nome vindo de Fanny Price, do livro Mansfield Park. Apesar da grande diferença entre as personagens, a história de Fani traz alguns elementos tanto de Mansfield quanto de outro romance de Austen, Persuasão - esse último podendo ter inspirado também alguns elementos da trama de Luccino.
Obs: Não lembro se foi dito na novela quem é mais velho entre Fani e Ernesto? Tenho a impressão que era a Fani, mas não tenho certeza. Sei que Tammy Di Calafiori é mais velha que Rodrigo Simas, então...
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lutavio · 5 years
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Bonus Video - Luccino Pricelli’s Diary
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kisameanslight · 6 years
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italian sounds a lot like portuguese, you know? these similar idioms can be very confusing, though. could you translate what you said?
          it means exactly what you think it means.
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backtomanyang · 5 years
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(insp)
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eunaoseidetudo · 6 years
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sparkly-angell · 6 years
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Luccino and Otávio from Orgulho e Paixão (click on the photos for better quality)
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fangirlshrewt97 · 6 years
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Luccino: *yawns*
Otavio: yeah, being pretty must be tiring
Luccino: *tilts his head* then you must be exhausted
Otavio: *blushes furiously*
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incorrectoepquotes · 6 years
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Luccino: Are you nervous?
Otavio: Yes
Luccino: Is this your first time?
Otavio: No, I've been nervous before.
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writingloudandclear · 3 years
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The touch detail in Lutávio's story
The story of any couple has elements to show the proximity of the characters or aspects that are important to them. In Pride and Passion, each couple has events or things that relate them. Mariana and Brandão, in addition to liking motorcycles, they save each other in different situations. Ema and Ernesto have the apple and important events for them in situations that involve water. Rodolfo and Cecília, fireflies and other more fanciful aspects, such as the shooting star that appears on the night that they find the baby they adopt later, in addition to the details of the other couples.
In the case of Luccino and Otávio, there are aspects like the fencing, dances and the workshop as the scenario for the most important events in their relationship. But there is a gesture that is repeated: the touch that Otávio gives on Luccino's arm, mentioned in the scene where they kiss for the first time. That happened sometimes.
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In the first time, when Otávio enters the workshop running away from Lídia, Luccino is confused by the gesture, but, in my view, this also has to do with the conversation they have, since the two show a lack of interest (Otávio) or knowledge (Luccino) about "doing things" before marriage.
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When Otávio returns to the workshop after not get married, he touches Luccino's arm again during the conversation. This happens for the third time later, when Otávio returns again to the workshop to tell about Randolfo's dream. This time, Luccino clearly notices the repetition, because he looks at his own arm and smiles when Otávio enters the place. All of these situations are very subtle.
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After that, their story grow and, little by little, the physical contact grows too, mainly after Luccino's initiative. And the sequence of touches is only mentioned by the mechanic just before their first kiss. In fact, in this scene, it's possible to see that he remembers the first touch while Otávio mentions the "good things" for Luccino to remember: while Otávio speaks, Luccino touches his own arm before interrupting him to talk about the moment Otávio entered in the workshop for the first time.
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What I think is interesting about this is, in addition to being another thing built in their arc as a couple, it's a physical contact made by Otávio, who shows more difficulty with the subject throughout the story, but he did it naturally, without even realize he could. In addition, it shows the authors had a plan about their story, as well as the other couples in the soap opera.
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eastvalley · 4 years
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lutavio · 5 years
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Extra Scenes - Masterpost
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This is the story of two characters from the 2018 Brazilian soap opera “Orgulho & Paixão” (Pride & Passion). Their story happens back in 1910, in a place called Vale do Café (Coffee Valley).
In this post you’ll find the scenes of Luccino and Otávio from before their story together begins.
(For those who don’t want to watch all the videos in this post, you can find a shorter list in the “The Story - Lutávio Masterpost”.)
      - Luccino
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Luccino Pricelli (Juliano Laham) is a mechanic and he owns the only workshop in the Valley. He lives with his italian parents, Nicoletta and Gaetano, and his two brothers, Virgílio and Ernesto. He also has a sister called Fani. Luccino’s closest friend is Brandão, the colonel.
0 - Introductions
1 - Grown Ups
2 - New Paths
3 - Notices
4 - On the Line
5 - Untrapped
6 - São Paulo
7 - No Rest
8 - Red Alert 
9 - Spy
10 - Square One
11 - Dream
12 - The Sauna
13 - Where There’s Smoke
14 - Plan B
15 - On Patrol
16 - A Sweet Apple
17 - Sunrise
18 - Disappointment
19 - Reckless
20 - Worth a Shot
21 - Uncover
22 - Fired Up
23 - Outrageous
24 - Promise
25 - Mário
26 - Newcomer
27 - Ready and Set
28 - Debut
29 - Pretending
30 - Symphatizing
31 - In the Past
32 - Surprised
33 - Harmless
34 - Struck
35 - A Sip
36 - Misunderstood
37 - It’ll be Fun
38 - Awakening
39 - Feelings
40 - Farce
41 - Friends
42 - No Change
43 - Ghost
44 - The Spark
45 - Pleasant
46 - Care
47 - Choices
48 - In the Dark
49 - Equal
50 - Realities
51 - Relief
52 - Run Away
53 - Affection
54 - The Rescue
55 - Onward
56 - Preposterous 
57 - Jealously
58 - Challenges
59 - Touché
60 - Intentions
61 - Safety
62 - Best Friends Forever
63 - Left-handed
64 - Fratellino
65 - Horizons
(Continues on “Lutávio - Part 3 - Stronger” of The Story - Masterpost)
      - Otávio
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Otávio Mastronelli (Pedro Henrique Müller) is captain of the Brazilian Army. He lost his parents when he was very young; now he lives with his colleagues in the barracks. Otávio's closest friend is Lt. Randolfo.
0 - Introductions
1 - It’s On
2 - Heroes
3 - Speculations
4 - Peach
5 - The Sauna
6 - Where There’s Smoke
7 - Plan B 
8 - On Patrol
9 - Contesting
10 - The Evil Red Biker
11 - Escapade
12 - On Mission
13 - Worth a Shot
14 - Interest
15 - May the Best Win
16 - The Voice
17 - I Choose You
18 - Trickster
19 - Romantic
20 - Redeem
21 - Never
22 - At Risk
23 - Failed
24 - The Spark
25 - Pleasant
26 - Choices
27 - Run Away
28 - Lieutenant
29 - The Rescue 
30 - Onward
31 - The Dream World
32 - Preposterous
33 - I SHIP IT!
34 - Jealously
35 - Challenges  
36 - Touché
37 - Sunken Ship
38 - Intentions
39 - Unstable
40 - Safety
41 - Left-handed
42 - Cruelty
(Continues on “Lutávio - Part 3 - Stronger” of The Story - Masterpost)
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kisameanslight · 6 years
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luccino + his family (including mariana and brandão, of course) supporting him
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backtomanyang · 5 years
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It takes courage to stay delicate in a world this cruel. -  Beau Taplin
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eunaoseidetudo · 6 years
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