Tumgik
#Por isso essa Atração por um Doce Precipício
docitoos · 2 years
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うーん (Ah、Senhora Doçura)
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mooooooove · 5 years
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As três revoluções. A primeira revolução começa na carne. Quando o abraço é mais forte que as coisas que nos preocupam, os músculos e a pele que esquentam os sentimentos guardados no seu coração. São essas pessoas que caminham e se cruzam sem se conhecerem, todas elas tem um impulso comedido, uma vontade de se libertarem, de quererem ser mais felizes. Depois que suas máscaras são tiradas, que suas maquiagens se tornam sublimes por não estarem mais escondendo, o fim do molde corporal, temos muitos corpos. São corpos que se ligam e desligam num sonho que é amortecido pela inocência do amor. Conectividade sensitiva que surge quimicamente, corpos que borbulham numa vontade de despressurização emotiva. Corpos explodem em pedaços muito largos e duros, são carcaças que se rompem esquizofrenicamente cansadas de esconderem todos esses pensamentos libertários. Corpos atrativos que vibram numa mesma sintonia, um som grave de batida constante: máquinas frenéticas que expandem seus campos de força. O suor indica o metabolismo alterado e o desejo da conectividade, se o abraçar é suficiente para que nossos músculos fiquem mais aliviados de suas dores diárias então já existe uma solução para a primeira libertação do corpo. Existe a procura em forma de upgrades menores, mas eles para muitos são como simulações de upgrades, através de práticas químicas, a passagem da libertação do corpo exige mudanças no caráter NO MOLDE DA CASCA HUMANA. Dedos que se alisam e intensificam o poder de contato entre os corpos, os pêlos eriçam em sincronicidade com as batidas cada vez mais rápidas do coração. Beijar e aquecer os músculos, possuir um prazer tão intenso tem o seu preço, a finalidade mortal do desejo, mais uma vez a ilusão do prazer eterno engana o homem e o mergulha numa lava quente de infelicidades e patologias. Penetrar no corpo como um agulhão que intensifica o motor biológico, não há uma felicidade maior que uma infelicidade? Só podemos responder a isso depois de vivermos isso. Não gosto de fechar meus olhos e imaginar o passado de uma maneira acinzentada e triste, esmigalha o coração e traz um gosto azedo. Existe esse mecanismo de conservação da memória que classifica nossas ações através de um código de ética maleável, muitas vezes é o arrependimento, outras vezes o orgulho, nenhuma das duas conserva a realidade do passado, por que já deixou de existir esse momento expressivo para se transformar em simulação imaterial. Good? Evil? Não seriam imagens mediadas pelo vício linear da TV? A fusão dos corpos exige proximidade através dos olhos que brilham com a curiosidade e se fundem como duas galáxias rompendo limites dimensionais no momento do transe e do gozo IMERSO NUM GIGANTESCO MAR AZUL DE DESEJOS E LIBERDADE. São mãos que procuram uma geografia nova em corpos familiares ao desejo. As vezes dizer não implica um jogo de palavras de significados coesos, muitas vezes são vazias e fúteis, mas uma penetração na carne nova criando jogos mímicos a partir da inocente beleza que cativa e suga a atenção passando pelo sublime no ato do fazer, numa cosmologia de experiências simultâneas, e nesse momento me pergunto: a resposta da carne é a arma mais importante? Nesse mundo de distâncias sociais e muitas vezes através de leis que impedem a atração dos corpos a carne ainda é a primeira forma de revolução ontológica. Por isso existe esse uso limite do corpo: ele preenche os desejos, as paixões, as taras e as respostas dos espectadores. O que existe é uma doutrina do corpo onde os padrões simulam um teatro de colagens retiradas de ações-paixões do cotidiano para serem processadas e condimentadas com mais outras formas de atribuir necessidades através do desejo espetacular . Esse corpo é uma mentira! mas se ele existe talvez seja por causa do distanciamento dos corpos reais e embora os corpos simulados, aqueles que fazem suas performances na TV com enredos de tramas familiares ou uma cena de sexo anal, todos eles existem como conjunto apenas para o espectador, já que na verdade sua produção exige o esforço físico e uma montagem não-linear da realidade. A conectividade dos corpos existe e muitas vezes é feita a distância, o poder da realidade está na penetração do olhar e na proximidade da carne que fervilha ¿ para os miseráveis dependentes da patologia carnal isso funciona como pornografia ¿ não é disso que estamos falando aqui. Excitação do corpo pela sede de conhecimento e não de simples satisfação, assim funciona a primeira revolução: o uso do corpo, dos músculos, da carne total como arma contra o distanciamento entre as pessoas. Como Debord nos fala sobre o espetáculo: a relação espetacular é uma relação social entre pessoas mediada por imagens, elas se multiplicam transformando-se em totens fantasmas GIMME SOME FLESH. LONGA VIDA A NOVA CARNE que penetra o ser em forma de agulhão, sentimento de desespero e realidade que competem com a situação do homem moderno, o esquizofrênico de ambulatório que possui seus objetos valiosos conquistados em muitas de suas caçadas a shoppings arquitetonicamente moldados como igrejas da idade média TUDO É ALTO E MONUMENTAL, nada disso pode ser comparado a carne real que define o desejo mais nobre e mais vil no ser humano, seja pelo uso limite do corpo ou pela apreciação artística. O que pode deter essa massa orgânica potencialmente libertadora? Uma arma? Um Estado? Os corpos se multiplicam e se empilham em missas frenéticas, em festas regadas a ácido, ecstasy e maconha, em ruas, casas e apartamentos. Seguramente a carne infesta objetos e modelos arquitetônicos, expelem glândulas de suor, raiva e paixão O CORPO ESPIRRA SUA PRESENÇA. Não é o punho cerrado que comprime os ossos do rosto numa briga simbolizando a repressão que pode ser chamado de arma, mas a liberdade do uso do corpo como arma emancipadora. Toque nos meus dedos, no meu rosto, nos meus lábios, no meu peito, assim como a combinação do perfume com o corpo. Não existe ilusão na proximidade dos corpos, contanto que eles não sejam mediados por imagens ou por desejos instruídos por imagens do fetiche ¿ hedonismo vagabundo e com objetivos de consumo. Não se pode consumir a carne simplesmente como produto pois a experiência é o mais importante, como um fluxus sexual: o momento é tudo, ele não pode ser pré-determinado nem planejado, deve ser executado. O momento da realidade é um, o corpo é um e a experiência como intermezzo de prazer, de sublimação do antagonismo pré-existente entre os corpos também é um, pois os corpos não devem se separar mas adquirir experiência. Destruição do tempo espetacular, ser novo, ser velho que todos esses medos encarnados em Fausto vão tomar no cu! Toda vez que nos prendemos na definição temporal o medo da morte surge, como se não tivéssemos tempo suficiente para fazer o que queremos. Medo resumido: pessoas olhando serenamente como ovelhas num parque de diversões de fetiches seus objetos de desejo, perdendo-se em imaginações futuras sem o menor objetivo relevante a não ser o da imagem residual como força de identidade ¿ uma busca que nunca vai terminar bem por levar o homem a fantasia ligada pela sua imaginação de duração eterna separada do corpo, que tem sua finitude marcada ¿ no mundo de hoje, não podemos deixar nos levar por esperanças que nem mesmo possuem alguma garantia, são brinquedos midiáticos que nos infantilizam. Pense no boi processado e ingerido por você, estará lá o fim? A segunda revolução perfura os olhos. E ele poderia dizer que não se importava, que estava mentindo com seu olhar sem direção, disse que não podia ver a beleza se não pudesse sentir mais do que enxergar. Não era apenas essa superfície doce e suave, era o aroma que mergulhava sua coragem num turbilhão de incertezas. Através desses olhos fixos e brilhantes abre-se um precipício de onde não se pode escapar. Não seria seu coração cedendo as artimanhas do cotidiano? Onde uma pessoa o prende dentro de uma conversa magnética e o transporta para dentro da escuridão da íris, lá onde não se pode ver que forma tem todos esses afetos que tomam seu corpo como um casulo. São corpos atrativos. Abismos que se unem através de uma conexão imaterial. Dos meus olhos vejo no fundo dos seus olhos uma galáxia particular escondida. Uma espécie de buraco negro que suga minha curiosidade para dentro de um corpo alheio. Não é apenas aquilo que olho, mas o que me observa mutuamente explorando minhas carnes e meu caráter. Eu deveria estar preocupado quanto a máscara que cobre meus músculos através desse caráter? Talvez devesse ficar preocupado quanto a maneira que olho os objetos ao meu redor já que a primeira maneira de libertação vem da carne, a visão contempla e projeta a arquitetura sustentada pelos ossos da experiência. A experiência do ver para muitos termina no tocar. Aqui procuramos simplesmente ver, seja pelos olhos ou por outros sentidos o amadurecimento da percepção que vem através do aprendizado do olhar. Como numa câmera de vigilância, quantas horas são gastas de material gravado para que se tenha um movimento relevante dos acontecimentos gravados? As provas através da imagem são ficções elaboradas através de incontáveis horas de submissão do voyer. O efeito que borbulha em metabolismos está no cruzamento do olhar. Ele não pode ser gravado, mas vivido. Imaginemos caminhar no centro de uma cidade grande, passos largos, corpos em profusão, vozes que emitem transes coletivos aos pedestres. Olhar nos olhos do desconhecido transmite o contato em forma de agulhão, fere a pessoa e ela se sente de alguma maneira excluída da massa de corpos que passam diariamente por esse centro urbano. Ela sente um tipo de evidência, mas não como geralmente pedestres costumam olhar os outros com seus olhos desejantes e vulgarizados pelo espetáculo, ser visto como alguém além da massa de corpos e ao mesmo tempo olhar quem o observa. Um alguém que encontra outro alguém. Não se trata de uma simples experiência ocular. Trata-se do fim da cegueira quanto a visão real. Significa enxergar esse vazio que separa os corpos, as paixões e os desejos incrustados em manuais de beleza e submissão. Perceber todos os jogos de submissão sociais é a primeira forma de aprender sobre o poder do olhar, nada de paranóias e perseguições ¿ já que elas próprias são produzidas por quem vê ¿ mas a importância de delinear (mas não definir) as ações cotidianas. Qualidades como beleza, atrativo que suga o olhar de imediato, pode ser um detalhe, qualquer detalhe. Ele expande para o resto do corpo e é sugado pelos olhos novamente, tendo uma sensação sublime da comoção. Existe a visão química, mas também não é dela que estamos falando, já que a própria visão no dia-a-dia pertence a um tipo de combinação química elaborada por quem vê e mediada por alguém mais influente nos momentos de descanso. Esses olhares são induzidos, são permeados de significados tautológicos e funções morais. O olhar revolucionário perfura os olhos e desmistifica a carne. Não há mais aquela forma plástica que ostenta uma estética vigente ¿ a do supercorpo ¿ mas a valorização do corpo em si, como uma fonte de energia única, que precisa ser explorada e conhecida por quem vê e por quem é visto. Não se pode mais deixar os olhos serem treinados pela mente puramente mecânica. O olhar tem de ser autônomo até que as órbitas sejam expulsas do próprio corpo para que não se enxergue mais apenas com os olhos. O corpo como percepção pura, mergulhado numa interatividade de experiências diárias. ¿Se teu olho te atrapalha, lança-o de ti¿. A falta de tato entre as pessoas afeta o olhar, como pessoas seguras de si que olham outras pessoas mas não vêem nada, apenas a si mesmos, percebe-se isso no momento da conversa onde palavras não são mais que estrume jorrado nos ouvidos do outro, palavras de ordem em forma de agrado: típico discurso narcisista. São informações que se confundem antes mesmo de serem percebidas, são mastigadas e enfeitadas para que possamos consumi-las sem nenhum tipo de sofrimento. E que tratamento é esse que não deixa o ser humano viver? Consumir? E ainda por cima sem nenhum tipo de sofrimento? Olhar um ente querido no momento da sua morte, não há maneira para descrever o sofrimento que isso pode trazer, poderia até falar dos traumas que daí surgem, mas isso não importa agora. Perceber é essencial, porém mais importante ainda é perceber o que é real, a experiência direta traz o aprendizado satisfatório para se viver pois não há punições simuladas, INSERT COIN sua vida num jogo de muitas escapatórias e nenhuma solução. Como o jogo do olhar com os animais, praticado por africanos a fim de espantar os leões. O homem encara o felino de frente e o olha fixamente transmitindo agressividade e segurança, o leão não encara o jogo e se sua fome não é maior que sua coragem, ele desiste e vai embora. Muitos corpos se ofendem com o olhar, com a relevância que ele transmite. Ele está a me observar, o que tenho eu? São muitas as sensações que despertam esses dois pequenos buracos, que são passagens para outros universos iluminados pelas pequenas órbitas. Uma passagem de luz que é transmitida para uma outra dimensão, imaterial e que fornece o magnetismo necessário para que as pessoas se aproximem, se toquem, se despertem. Embora o olhar possa induzir o tocar, deve-se compreender que o ciclo não termina aí, não se trata de uma experiência puramente material, ela desperta a subjetividade das pessoas a fim de explorar seus mundos imateriais. Diferente do voyer que isola o pensamento em si mesmo, satisfeito de si e de sua grandiloqüência estúpida por ser incapaz de transmitir sua subjetividade através do olhar, ele não transmite, não se conecta, apenas rouba e vampiriza, ele é dependente de seu desejo patológico. Não se trata de eliminar o olhar egoísta, não é nada fácil disso sabemos deixar de olhar pra aquilo que nos agrada e nos preenche de uma felicidade e uma satisfação indescritíveis. O primeiro movimento é o do corpo, a busca da emancipação, mas depois através dos olhos TURN AROUND TURN AROUND vem a segunda revolução para perfurar e preencher nossas angústias e medos latentes. Olhe pra mim e me diga, existe mesmo uma sensação forte no olhar? Depois desse abismo perder em distância material ele se torna imaterial, pois não se trata mais de ver o que temos fora uns dos outros, mas o que temos na mais pequena delicadeza, nos interstícios dos movimentos das mãos, dos braços, das pernas, do queixo, das palavras, dos sentimentos. O olhar afunda numa percepção maior, somos constantemente percebidos e construídos em mentes alheias através da lembrança. Vemos as coisas no mundo e cada vez que a vemos de novo nós a modificamos, isso porque os momentos obviamente são diferentes embora o objeto esteja lá imóvel. Nos a modificamos porque elas nos modificam pois não são objetos únicos, quer dizer, não vemos apenas um objeto, eles estão ligados uns nos outros numa construção que gera campos de força. Uma arquitetura conjunta e maleável disposta materialmente pela conjuntura do real e imaterialmente pela nossa percepção que une emoções, raciocínio e delírio. O olhar revolucionário significa explorar as percepções que se tornam presentes na nossa mente transmitindo-as para a realidade. Tornar-se real. A terceira revolução são ações-paixões. O homem não deve expulsar o macaco de dentro do corpo, deve deixá-lo livre correndo por parques temáticos, divertindo-se com suas necessidades sexuais e lúdicas como todo animal que vive dentro de seus instintos e seus territórios na natureza. Mas o homem difere desse macaco pois ele tem consciência da transformação do mundo, tanto que historicamente podemos observar as mudanças sociais e intelectuais que passamos, nada mais óbvio. No entanto pensemos nos cães de Canaã, uma das primeiras gerações desse belo animal que vive conosco como companheiro tribal. Muitos estudiosos atribuem a esse animal, o cachorro, uma das grandes viradas na evolução do homem, a ascensão do homo sapiens. O cão diversificou a linguagem no homem, ele não é o ser domesticado que tanto se prega, a domesticação foi mútua, ele ampliou a forma do homem caçar e mesmo lutar com outras gerações de humanos primitivos, ele se fixou na casa do homem convivendo com as pessoas dentro de casa. Esses mesmos estudiosos dizem que o cão aprendeu com esse convívio a imitar o olhar da criança tanto que sua ligação com a parte maternal da família se tornou mais forte (o olhar doce e meigo do cão quando é repreendido ou quando sente fome), ele é um animal que torna mútua nossa vida com natureza, aí está a chave para a terceira revolução, a interação do homem com o mundo aprendendo a regenerar as relações primitivas com a natureza ao mesmo tempo não podendo negar a condição do mundo contemporâneo e a tecnologia que permeia nosso cotidiano. Racionalismo e intuição brigam pela soberania na mente do homem, se não se trabalha os dois ainda estaremos fracassando quanto a esse dualismo do corpo/mente de Descartes. As ações-paixões são exercícios do animal interagindo com o homem e vice-versa, da intuição permitindo de possamos nos libertar dessa funcionalidade cotidiana e do racionalismo entendendo sua limitação dando espaço para essa intuição latente em nós. Ele se levanta de manhã, toma banho, se perfuma, penteia o cabelo, ajusta sua imagem residual e vai para o trabalho funcionar dentro de sua função. Trabalha, trabalha e trabalha. A noite desperta o animal dentro de si e vai brincar em parques temáticos, sejam elas festas, bares etc. Aí se vê o homem fugindo de sua condição como homem, sendo máquina pura de dia e sendo um animal tosco de noite, alguém ainda tem dúvida do porque se vê tanta bebedeira e destruição do corpo nas noites urbanas? Não adianta redes de TV, jornais sensacionalistas e padres engravatados mostrarem de maneira hipócrita as pessoas de noite tomando seus entorpecentes tentando buscar uma justificativa para a violência urbana, pois eles mesmos são consumidores de entorpecentes, seja pelas doses maciças de cafezinhos diários, seja pelos remédios emagrecedores ¿ anfetaminas corpolátricas ¿ seja pela imagem de Jesus que causa frenesi e busca pela cura divina, tudo não passa de um escapismo através do outro ilusório. Falta prestar atenção no outro real, como as pessoas que amamos com seus defeitos e valores positivos, assim também deveríamos prestar atenção nas pessoas que não conhecemos, não pela sua beleza temporal, mas pela sua condição humana, a de sermos semelhantes e unidos nessa sociedade muitas vezes pragmática. Da mesma forma existe a natureza, relegada a uma mercadoria pela industria turística, chega desse espelho mágico que sodomizou Branca de Neve: ¿espelho, espelho meu...¿, ficar olhando para si mesmo procurando uma justificativa para se orgulhar ou mesmo procurar se sentir seguro é um sintoma de fraqueza, n��o se pode buscar apenas dentro de si formas de melhorar o mundo assim como também não se pode tentar buscar isso de maneira puramente coletiva. Essa busca é interativa, seja ela através do contato com outra pessoa, com a natureza ou mesmo com outros animais, a busca na verdade nunca termina, ela está encarnada na cobra que morde o próprio rabo, ciclicamente nos deparamos com os mesmo problemas. Chegamos a um cume das realizações de libertação ontológica do homem, primeiro a carne prostituta em busca da emancipação, segundo a percepção penetrante na alma alheia como reflexo a condição de si no mundo e em terceiro o movimento dos corpos, sejam eles materiais ou imateriais. A terceira revolução implica mais do que observar, refletir ou conhecer, significa transformar a carne e o espírito, o fantasma da máquina deve se tornar uma forma que seja visível e invisível, deve deixar de existir apenas na imaginação pra se tornar real, essa transformação só pode acontecer através da experimentação. Porém o que queremos dizer com experimentação? Significa que a experiência ainda é a chave para a construção (e conseqüentemente uma desconstrução do que existia anteriormente em si mesmo) de um ser humano mais dinâmico, o upgrade do macaco começa a fazer efeito a medida que nos tornamos mais humildes em relação aquilo que conseguimos aprender e criar dentro desse mundo.
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bc-bonhwa · 6 years
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you’re giving me a million reasons to... || pov (2/3)
If our love is only a will to possess, it is not love.
Ele sabia que ia dar errado nos primeiros sinais, mas decidiu fechar os olhos para ver até onde ia. Conhecia bem demais a mudança das atitudes, o comportamento ao redor de si e aquela sensação estranha que arrepiava os pelos da nunca. Tinha noção de que estava sendo seguido. Seguido não, caçado. Escutava a respiração pesada na base da orelha e o ar úmido à provocar um terremoto coluna abaixo. E, mesmo assim, andava a passos firmes no meio daquele cenário incerto; tomando a luz duvidosa no horizonte de sua visão embaçada. A saída parecia distante, cada assentir e fechar de olhos ganhando a realidade de garras e tentáculos restringindo seus passos. Era bom... Sendo extremamente sincero. Aquele proteger disfarçado de medo, o carinho tentando cobrir as raízes da obsessão. Não, não era manipulação aqueles dedos finos e cabelos pretos fazendo cócegas no nariz. Não era um clip de Taylor Swift apaixonada por um ator que tinha conseguido contratar para as cenas. O sufoco dos braços ao redor de seu pescoço era real. As pernas rodeando sua cintura. E a boca colada no ouvido sussurrando doces ameaças, tenebrosas juras de amor.
A caçada intensificou nos últimos segundos. Monstro e mulher fundindo como a atração de circo tão popular. Gritos reverberando na santidade do quarto enquanto os nós dos dedos transformavam em neve. Em gelo. Brancos e duros. Era como arranhar a borda do precipício para fuga e o levantar final da cama bagunçada. - Não - seguido de um - por quê?- que não queria resposta. E tanta coisa acontecia ao mesmo tempo, de dedos esticados na direção do outro. O rosto vermelho de esforço porque batiam e ele aceitava; socavam e ele não revidava. Até que caiu no silêncio. Duas forças parecidas demais encontrando o ponto de retorno, ou de destruição total do que acreditavam ter. Lágrimas de outros olhos e o frio alastrando pelo peito. Porque ele sabia. Ele tinha visto e tinha esperado pateticamente pelo melhor. E não tinha outra maneira de chegar a resolução daquele impasse. Além de baixar a cabeça. Mais promessas de que ia melhorar, de novo, que não invadiria treinos nem ligaria constantemente. Que a fã não chegaria ao patamar de namorada, e a namorada aceitaria que tinha tudo o que ninguém mais ia ter.
Fidelidade é como um sonho pra alguns, um compromisso para o dançarino em ascenção. Liberdade era um estado de espírito para outros, uma necessidade para o coreógrafo. A compatibilidade mostrando as partes que não se encaixavam tão bem assim, e mesmo forçadas não conduziam com a imagem do quebra cabeça. Bonhwa não sabia viver assim, não gostava do protecionismo exagerado. Não gostava da transformação do rosto que tinha se apaixonado, da mascara mal disfarçada de ciúmes. Ele não entendia a necessidade, não aceitava a existência, mas temia com a via contrária. De encontrar a situação inversa e não saber como reagir, dado em consideração seu temperamento imprevisível e explosivo. Sentiria ciúmes? Sentiria a obsessão? Ou deixaria fluir como o primeiro amor? Desgarrar enquanto tinha tempo, enquanto tinha a fidelidade intacta. Minhee tentou... E conseguiu.
A figura magra caminhava na pista branca. Cabelos negros como a noite agitando no vento. E vinha... E caçava a presa que perdeu o controle do próprio corpo. Vozes invisíveis em sua ouvidos murmurando planos, impedindo de pensar além da espera pelo o que parecia definitivo. Alguma coisa tocou-lhe a mão e apertou, o toque lembrando casa e algodão felpudo e pimenta doce. O cheiro de sol laranja misturado com pasta de dente e um toque fresco de abraço. Era isso que devia ir atrás, se deixar engolfar, mas a voz ácida queimou a madeira perfumada e o toque desapareceu. Substituído pelo encaixe de braço para as vistas públicas. Sorriso congelado para flashes infinitos. E um ribombar de estourar os tímpanos, coincidindo com cada passo que dava sob comando de alguém maior.
Gif de toque. Alarme.aesthetic
Bonhwa acordou pelo barulho do celular tocando, correndo para bolsa e atendendo no último sinal de vida. Existiam três categorias de prioridades em sua lista, todas essas tendo acesso pela urgência de serem atendidas. O celular ficava no silencioso nos treinos e todo mundo sabia que sua disponibilidade era maravilhosa nas mensagens. A ligação, em si, era característica de emergência. O primeiro grupo é a família: pai, madrasta, irmãos. Segundo grupo é o trabalho: o chefe, Jitae, Minhee. E o terceiro era... Inominável: Jiyong, Hyunah, Mimo. Considerando que este último era o mais adepto da internet, a falta de fôlego no alô era... Previsível.
A sessão foi interrompida antes mesmo de chegar à metade, a exploração daquela visão real demais ficando para uma próxima sem marcação de data. Bonhwa tinha lágrimas secas misturando com novas ao que corria porta afora e pulava para dentro do carro emprestado. Os olhos vermelhos ficando ainda mais inchados porque não ousava piscar no costurar do trânsito, de carros parecendo manchas devido a velocidade. Jitae não ficaria nada feliz com as multas, mas quem se importava? Que carta ela tiraria para aumentar a culpa que Bonhwa não tinha nesses casos? A marcha chiava pela frequência que era trocada, tão abruptamente que o conteúdo da sua bolsa aberta jazia aos pés do assento do passageiro. Carteira e celular querendo se esconder na segurança fantasma do interior do veículo.
Enfermeira ou não, médica ou não, amigo ou não; Bonhwa chegou ao hospital em tempo recorde, apresentando-se como parente e melhor amigo. Disponibilizando todos os contatos, adiantando toda a papelada, facilitando tudo o que podia ser cortado. Diminuir empecilhos, como seu pai diria. Distrair a mente, como sua mãe lembrava. E agora... Sem mais nada para fazer além de esperar, Bonhwa achou naquelas cadeiras de espera o gosto amargo de um passado fresco demais. Afinal, nem um ano tinha se passado e lá estava ele lá de novo. Sentado, cotovelos enfiados nos joelhos e lágrimas pingando devagar no piso encerado. O cheiro asséptico trazendo uma revolta ainda maior ao estômago vazia.
Última vez que tinha comido? Talvez de manhã... Talvez uma coisinha na noite anterior. E o de novo, assim, deixou de ser parecido. Porque uma coisa dessas não deveria ser recorrente. Não deveria se acostumar com isso. E, conforme tentava controlar o choro, de enfiar o rosto nas mãos, Bonhwa percebeu que dali não teria uma solução. Com a morte de Jiyong, não viria... Não teria... O 'irmão' ganhava de 'melhor amigo', porque amigos tinha liberdade de ir embora se quisessem. Não tinham nenhuma ligação, por assim dizer, no jeito mais superficial de enxergar. Mas um irmão? Era para toda a vida e adiante, de não pensar nem se- --- Não desista, Jiyonnie. --- Jogou a franja para trás, as unhas arranhando a testa em rastro finos e vermelhos.
"Boa noite, o senhor é Park Bonhwa?"
A voz o chamou e ele levantou de imediato. A notícia...
E ele começou a andar de um lado para o outro. De um lado para o outro. Até seu rastro ficar marcado no chão encerado do hospital.
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