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Proteção das Pessoas com Deficiência
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Direitos e Cuidados: Avanços na Proteção das Pessoas com Deficiência A proteção e o cuidado das pessoas com deficiência são temas de crescente importância no cenário jurídico e social. Este artigo explora os avanços significativos nessa área, destacando decisões judiciais e legislações que reforçam os direitos desses indivíduos. 1. O Reconhecimento Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência Em 1992, a ONU instituiu o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, marcado em 3 de dezembro. Essa data simboliza um esforço global para aumentar a conscientização sobre os direitos das pessoas com deficiência e promover sua inclusão em todos os aspectos da sociedade. 2. A Jovialidade do Estatuto da Pessoa com Deficiência A Lei 13.146, conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, promulgada há menos de dez anos, representa um marco legal no Brasil. Ela visa assegurar e promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e liberdades fundamentais por pessoas com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. 3. Decisão Histórica do STF O STF, no tema 1097 da Repercussão Geral (leading case RE 1237867), reconheceu o direito dos servidores estaduais e municipais de reduzir sua jornada de trabalho para cuidar de familiares com deficiência. Essa decisão amplia o alcance de direitos já concedidos a servidores federais, promovendo uma maior equidade no tratamento dos servidores públicos. 4. Extensão do Direito de Redução de Jornada A decisão do STF estende aos servidores estaduais e municipais o direito previsto no artigo 98, § 3º, da Lei 8.112/90, que já contemplava os servidores federais. Isso significa que esses servidores podem ter sua jornada de trabalho reduzida de 30% a 50% para cuidar de pessoas com deficiência. 5. Princípio da Isonomia e Equidade A decisão do STF respeita o princípio da isonomia, tratando desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades. Isso reforça a noção de que a igualdade não significa tratamento idêntico para todos, mas sim o reconhecimento e acomodação das diferenças individuais. 6. Caso Prático de Aplicação Judicial Um exemplo prático dessa aplicação é uma decisão judicial que garantiu a uma servidora municipal o direito à redução de jornada e dispensa do ATPC para cuidar de seu filho com deficiência. Essa decisão reflete a aplicação prática dos princípios e direitos estabelecidos em lei. 7. Impacto Social das Decisões Judiciais As decisões judiciais mencionadas têm um impacto social significativo, pois asseguram direitos fundamentais como vida, saúde e cuidado às pessoas com deficiência. Elas permitem que os responsáveis legais dispensem a assistência necessária aos vulneráveis, incluindo aqueles com autismo. 8. A Luta pela Inclusão das Pessoas com Deficiência O artigo conclui ressaltando a importância da luta contínua pela inclusão plena das pessoas com deficiência. Essa luta não se limita a um único dia, mas é um esforço contínuo para garantir que esses indivíduos tenham seus direitos respeitados e sejam plenamente integrados na sociedade. Conclusão: Avançando Rumo à Inclusão Total Os avanços na proteção das pessoas com deficiência, tanto no âmbito legal quanto na esfera judicial, são passos significativos rumo à inclusão total. As decisões do STF e as legislações como o Estatuto da Pessoa com Deficiência são fundamentais para garantir que esses indivíduos tenham seus direitos respeitados e possam viver com dignidade e igualdade. A luta pela inclusão das pessoas com deficiência é um compromisso contínuo que requer a participação ativa de todos os setores da sociedade. Read the full article
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leticia-helena · 7 months
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Sobre o signo do Escorpião
Escorpião é o oitavo signo do zodíaco.
Signo Frio e Úmido, isto é, do elemento da Água (Caranguejo, Escorpião, Peixes).
A Triplicidade da Água é governada por Vênus, Marte e Lua.
Escorpião é signo da Água e compõe o outono junto com Libra e Sagitário.
Escorpião corresponde ao segundo mês do outono do hemisfério norte, signo Fixo, portanto. E todo signo do ritmo Fixo (Touro, Leão, Escorpião, Aquário) representa a estabilidade conquistada de determinada estação. Outono: as folhas e os frutos rumo ao fundo do mundo: Escorpião.
Signo Fixo também é chamado de sólido.
A antíscia do Escorpião é Aquário (simpatia).
A contra-antíscia é Leão (antipatia).
Escorpião também tem Touro como seu signo oposto.
O Lacrau escuta Virgem, olha para Peixes.
Quando o signo é dividido em 5 partes desiguais, o que chamamos termos, temos que de zero a 7 do Escorpião é governado por Marte, 7 a 11 por Vênus, 11 a 19 por Mercúrio, 19 a 24 por Júpiter, 24 a 30 por Saturno – isso segundo Dorotheus.
Quanto às faces, os dez primeiros graus são de Marte, os dez seguintes do Sol, os dez últimos de Vênus.
Escorpião também chamado de Lacrau, Peçonha, Demonho.
Habita a frincha, a fenda, a fissura. É um ronin da sobrevivência.
Em Escorpião, Vênus tem o seu desterro, a Lua encontra a sua Queda e Marte, o vingador, ergue o seu domicílio noturno.
Escorpião, o do violento ferrão.
Portar um ferrão, um aguilhão, um guizo lembrando-o do veneno, da morte, da picada fatal, faz qualquer um viver e se constituir sobre este som. E marchar sob este tom. E aí teremos um signo que tem a crença que a vida é perigo e fatal. E, assim sendo, o Escorpião fecha-se em copas ou arma-se até os dentes. E, assim sendo, Escorpião ou vai fundo ou se fecha no poço do mundo.
E há também as espécies que são impenetráveis. Escorpião feito de pedra. Mas fechar-se ao mundo, ao amor, configura uma covardia também. E Escorpião nasceu para vencer a covardia nossa de cada dia.
Goethe, um Virgo com Ascendente em Escorpião, escreveu uma das obras mais importantes da modernidade: Fausto. Em Fausto, Goethe faz o protagonista encontrar Mefistófeles, o Diabo. Escorpião é o signo que nos lembra que há um inferno pessoal e também o mal. Sem o encontro com o próprio mal, as escolhas não são possíveis. A psicanálise, o divã do Escorpião, não seria possível sem Fausto.
Freud também é um homem que nasceu quando Escorpião se levantava no horizonte leste. E a psicanálise é uma ida ao encontro de Mefistófeles, isto é, do seu Escorpião acionado como se fosse uma bomba relógio.
Escorpião é um signo mudo, segundo a tradição. Escorpião não fala, mas escuta bem o seu chocalho.
Escorpião tem aquela cara de mistério, espécime impenetrável. Escorpião calado, doma o mar. E se faz atento a qualquer sinal, indício, fala, interna ou externa. Escorpião não fala, mas escuta bem. E ataca como ninguém. E a falação geminiana não é tolerada. É entendida como comportamento pueril. O silêncio é fundamental para poder conseguir escutar os próprios instintos. Toda a verdade estar no escutar, não no falar. Mas quando o Escorpião abra a boca, a palavra torna-se um aguilhão.
O Escorpião veio do mar. Escorpião, assim como seu planeta regente Marte, é um marinheiro. As águas são do mar e há rochedos. Navegar é preciso, navegar não é preciso. No alto do mar, e das tempestades, é o seu instinto que diz qual é o caminho. E o caminho não é fácil e ninguém será capaz de tirar o Escorpião do caminho que escolheu. Escorpião é um signo teimoso, fixo, tinhoso. Escorpião quer que o mundo marche segundo o seu pensamento. O Escorpião quer domar o mar.
Escorpião sofre de pressentimento. O mar dos sonhos o invade. O mar das emoções o absorve. Domar o mar dos anseios não é para marinheiro de primeira viagem. Escorpião é um signo feminino, da Triplicidade da Água, regida por Vênus, Marte e Lua, todo poder está na elaboração, no cozimento, nos processos lacrados. Escorpião é um bicho, e o mar é manso e terrível.
Há quem diga que a Água apenas é movida por Marte, o senhor da guerra. Não duvido.
Nos polos do mundo, quando o gelo vem, o frio abraça o Escorpião e o congela. E lá fica o Escorpião encapsulado pelo tempo. O seu metabolismo é praticamente extinto. Mas acontece que a primavera vem, derrete os blocos de gelo e o Escorpião renasce. Não das cinzas, mas do frio. Escorpião desperta e vai viver sua vida como se nada tivesse acontecido, como se não tivesse hibernado por meses a fio.
O habitat do Escorpião é o limite. Lá, com o seu martelo e sua bigorna, passa moldando o seu caráter.
A verdade é a sua sina. Transformar os materiais, a sua vocação. Escorpião é regido por Marte, o que molda o metal em altas e baixas temperaturas.
E assim o Escorpião é: quente e frio, ao mesmo tempo. Esfriar as paixões é condição fundamental para não ser incinerado pela raiva. Esquentar a vontade é preciso quando tudo encontra-se soterrado pela razão. Escorpião quente como o gelo pressionando a pele. Escorpião frio como as cinzas depois das chamas. O habitat do Escorpião é o abismo das altas e das baixas temperaturas.
Outro mito associado a Escorpião, é sobre a sexualidade. É como se a pessoa fosse conhecida por se defender com a cauda, com o ferrão, com os genitais. Inclusive há uma expressão tosca, de cunho sexual, que diz sobre o “levar ferro”, algo como levar uma surra sexualmente falando. Escorpião se acasalando é um duelo que pressupõe perigo, afinal, pode se levar uma picada mortal a qualquer instante. Então, a cópula, o relacionamento, para o Escorpião, diferentemente ao signo equidistante Touro, também conhecido pela sexualidade, porém de caráter mais relaxante e prazeroso, é guerra, duelo, peleja. Isso quando há a sexualidade compartilhada, porque o Escorpião, por sua autossuficiência, também se reproduz por partenogênese. Escorpião fêmea não precisa do macho e, muitas vezes, faz questão de afirmar isso através do seu comportamento. E aí a gente nunca sabe se isso é sabotagem ou vingança. Ou as duas coisas.
É claro que toda a fama de terrível que Escorpião tem, faz seus nativos vaidosos por isso. Mas a vaidade é a primeira fraqueza que Escorpião trata de varrer do seu destino. Escorpião varre a vaidade como quando varre, em todo outono, as folhas que caem na varanda. Em outras palavras, os nativos do Escorpião são levados a enfrentar suas fraquezas e covardias e a varrer da vida a mediocridade e as folhas do tempo que caíram .
E o Grande Escorpião mago e médico está no alto dos céus como que a lembrar que o Escorpião dentro do homem pode ser terrível e extraordinário. A vaidade não é o seu pecado capital, mas o orgulho sim. Escorpião não pede ajuda jamais nunca never more. Quando isso acontece, é porque o mundo está desmoronando, o céu está caindo sob o seu chão.
Escorpiões são venenosos. Há espécies que são capazes, após aplicar o seu veneno, de asfixiar em apenas 30 minutos depois de paralisar o sistema nervoso. Quando sentimos medo ou raiva, paramos de respirar. E, desde os primórdios do mundo, o domínio da respiração e de suas formas, sempre foram utilizadas para dominar as pulsões de paralisação diante do medo ou raiva. Mas respirar é mais do que isso. Com técnicas respiratórias é possível voltar a memórias, recuperar lembranças e vitalizar o corpo. Todo praticante de artes marciais, isto é, as disciplinas de Marte, sabe disso. Escorpião ou domina sua respiração, ou será dominado pelo medo e raiva que varrem o mundo.
Na antiguidade, o Escorpião era tido como uma espécie de Caranguejo. Um Caranguejo que saiu do mar e ganhou a Terra. Assim como o Caranguejo, o Escorpião também tem uma carapaça a qual abandona em tempos em tempos. Perde-se a forma, fica-se com a essência.
Escorpião, o do violento ferrão.
Escorpião do vasto mistério, às vezes, é apenas falta de assunto.
São doze os signos. O Escorpião ocupa o oitavo lugar da roda do zodíaco. Antes dele, Libra, em seguida, o signo de Sagitário.
Escorpião é o segundo signo da estação do outono. Se em Libra as folhas caem dos galhos das árvores, em Escorpião elas desaparecem depois de forrar o chão.
Todo signo fixo estabiliza a estação que habita. Libra veio e trouxe o ar sereno do outono. Os frutos que não foram colhidos por Virgem, caem, ferindo a carne, libertando as sementes que destinam ao fundo do chão. Este é o êxtase do outono. Para a natureza, o sol desce ao seu túmulo – o outro nome disso é Escorpião.
Escorpião é um signo fixo, imóvel ou sólido, assim como Touro, Aquário e Leão. Escorpião solidifica, fixa, aprofunda a estação outonal. Signo concentrado, teimoso, obstinado tal qual uma víbora.
Cancer, Escorpião e Peixes formam a Triplicidade da Água. A Triplicidade da Água, ou o Elemento Água, também é chamada de fleugmático. E o temperamento fleugmático é frio e úmido, isto é, densamente introspectivo. Escorpião é, então, do temperamento fleugmático de estação melancólica. Em outras palavras, Escorpião é percepção e pragmatismo, signo de poucos sorrisos.
Escorpião é um signo feminino ou frio, assim como os da Terra e os demais da Água. Signo frio é sinônimo de caráter introspectivo, quieto, atento.
O signo oposto ou equidistante a Escorpião é Touro. Touro é o signo das formas, o Escorpião é o signo das essências.
O espelho de Touro é Aquário, é o que chamamos de antíscia. Enquanto Aquário luta pela liberdade da humanidade, o Escorpião procura vencer os aguilhões das paixões. O antiespelho, a contraantíscia do Escorpião, é o signo do Leão. Escorpião menospreza a excessiva vaidade e a exibição.
No terreno do Escorpião, encontramos a solitária da Lua. É no Escorpião que a Lua encontra a sua Queda. Escorpião é covil da loucura, veneno que mata ou cura.
Escorpião dá exílio a Vênus, pela qual possui fascínio. Marte sabe que os ardis da Vênus são tão mais terríveis do que a armada inglesa.
O planeta regente de Escorpião é Marte. E, de fato, o Escorpião é especialista nas artes da guerra ou da vingança, este modo antigo de fazer justiça com as próprias mãos.
Marte, a da guerra interior.
Escorpião dá a Marte a morada noturna, enquanto Áries abriga nos seus domínios a morada diurna. Escorpião ama a arte da estratégia e age sem fazer alarde.
Escorpião é regido por Marte, “o que afasta a covardia da mente”. E covardia, aos olhos do Escorpião, é todo sinal de fraqueza capaz de expô-lo e matá-lo. Por isso o Escorpião é a força que procura saber sobre quais alicerces a vida é erigida. E, por isso, encontraremos Escorpião nos meandros da psicologia e da política. Na psicologia, porque a cura se faz de dentro para fora. Na política, porque a transformação se faz de fora para dentro. Tanto em um, quanto em outro, Escorpião trava guerras consigo e com o outro para cumprir a sentença do seu planeta regente, afastar a covardia da vida.
O Escorpião é dono de um violento ferrão que comporta uma ampola cheia de veneno letal. Anatomia é destino. Por correspondência, Escorpião é patrono de todas as drogas e toxinas, as reais e as imaginárias. Misturas que possuem a função de curar ou matar. Vai uma solução escorpião aí?
Escorpião, o químico dos céus.
João Acuio
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psylliumemagrece510 · 2 years
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Adquirir Botulim 100u I Sol Medicamentos Especiais
Em grau superior tarde, dentro de 2004, foi liberado destinado a tratamentos de distonia cervital e hiperhidrose axilar primária. Alguns casos raros, os pacientes conseguem mostrar esfalfamento temporária dos músculos vizinhos, de outra maneira dor de cabeça, por outra forma celha e/de outra maneira pálpebra caída, também temporariamente, caso sinta algo fora disso, procure de imediato auxilia capacitado. Os efeitos prejudiciais das injeções de toxina botulínicas salubre mínimas e relacionam-se com a condoimento ambiente ou edema (inchaço) que conseguem ressurgir em redor do local da injeção. saiba mais aqui vários achem que seres humanos melhor velhas são os únicos que podem realizar aplicações da toxina botulínica, porém, não há nenhuma fase princípio destinado a fazer o tratamento, evidente, que é necessário ter uma correta idade para realizar o modos. Em 1992, o botox, tornou-se a primeira toxina botulínica a estar registrada no região. A partir disso, sua busca por indicações estéticas e terapêuticas para desiguais tratamentos apenas vem aumentando. aplicação do mercadoria precisa estar descontinuada bem como terapias médicas apropriadas deverão ser instituídas. utilizadas a fim de o tratamento com distonia cervical e dentro de doses menores. alguma dos ingredientes contidos na formulação e também na presença a infecção no local da afinco. terapêuticas, provoca o relaxamento muscular inacabado por desnervação química localizada.
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Destinado A Que Esse Medicamento É Recomendado?
Dentro de geral, nunca é preciso anestesiar o ambiente antes do procedimento e tampouco exige-se repouso de outra maneira recuperação depois de o tratamento. A aplicação da toxina botulínica jamais lote mais do que meia hora e é feita quase toda vez em qualquer única sessão. A convenção é realizada no precedente agendamento, é executado fotos para verificar quais as regiões são necessárias paralisar. Após 15 dias o santo volta para o retorno, a fim de a profissional verificar para onde é necessário que seja dado em grau superior mercadoria, porque as vezes tem algumas áreas que paralisam em grau superior que o desigual. O intervenção consiste nessas duas sessões, a primeira aplicação e depois de 15 dias, o retoque. O paciente imediatamente principia a sentir os primeiros ganhos depois de 48h da primeira aplicação, sente que o massa magra já está paralisando e não isto realizando tanto movimento muscular na região que foi aplicado o produto.
Tomo Usos Terapêuticos Da Toxina Botulínica
O que pode acontecer é a formação de edemas (inchaço) nos primeiros dias após a aplicação, mas mesmo a circunstância é rara e desaparece em pingo tempo. Cerca de os locais mais recomendados destinado a aplicação estão a testa , sítio cerca de as sobrancelhas , área cedo sobre das sobrancelhas, flanco dos olhos e queixo (área do mento). Algumas condições também fazem com que a elemento jamais deva ser usada, como portadores de doenças neuromusculares, imunológicas e também coagulopatias, ainda que a análise da causa e sintoma da doença está sendo tratada. Com a prolixidade da aplicação da Toxina Botulínica preventivo tornou-se melhor comum que a arte ou usada por mulheres mais novas.
E por se cuidar da sua estética, débito ser feito no um lugar a firmeza e com itens a qualidade, caso contrário, o resultado pode ser frustrante.
As injeções são superficiais, por isso, nas aplicações, é usada certa rumo perfeitamente pequena e também fina, que pleito pouca ou nenhuma dor aos pacientes.
Dysporté qualquer marca a toxina botulínica aprovada em 69 países e também possuem 25 anos de experiência casa de saúde em todo o planeta.
O riso gengival é considerado pouco estético, sendo que existem várias opção a fim de a sua correção.
No nota a durabilidade da Toxina Botulínica é de 4 a 6 meses, é uma média, pois cada organismo possuem certa comportamento diferente.
A toxina botulínica (Botox ®) é uma substância que necessita de análise bem como avaliação a fim de ser desenvolvida, então acaba era vendida por laboratórios específicos.
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Comba lembrar que quando falamos de Botox, nos referimos em direção a elemento Toxina Botulínica.Valor pode variar de acordo com a marca dessa elemento. No entanto, por ser a melhor antiautoritário e também reconhecida pelos ótimos resultados, o Botox, do laboratório Allergan, virou sinônimo da única substância. Para isso, ele pode usar um aparelho a fototerapia, já que o laser provocará a vasodilatação no local. Aumentando o fluxo vermelho e também favorecendo a eliminação da toxina do metabolismo.
Benefícios Da Toxina Botulínica
Observou-se que em crianças, houve florescimento no desvio esotrópico em média de 68% e também 50% no curva exotrópico, baseado no estudo de 356 pacientes. Em adultos, 65% da melhora foi observada em esotropia e também 61% de melhora no curva com exotropia baseado em dados acumulados pela análise de 677 pacientes dentro de certa meio com 17 meses. ""Preços e condições de salário apresentados no "website" somente são válidos para as compras efetuadas no ato da sua exibição. Condições de recompensa à vista somente para depósitos, transferências e boleto.
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lenghtsofsocieties · 3 years
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Necessidade urgente de escrever ou desabafar sobre acontecimentos sociológicos. Urgência de denunciar o capacitismo, o preconceito, o estigma que são rotineiros e nos impõem diariamente padrões de comportamento e imposições sociais inconcebíveis. Realidades desiguais entre os gêneros, em jornadas de trabalho, em tarefas e serviços, maternidade compulsória. Pandemia e o remotização dos trabalhos, engenharia social, precarização da saúde. Saúde mental, ataques familiares, ataques ao corpo da mulher, do negro, da criança e do deficiente. Incapacidade de acreditar em fatos e provas científicas, refutação das bases humanas do conhecimento, meras opiniões, grupos ofensivos.
Pessoas e seus pensamentos, suas ações, suas tradições. Alguns jovens artistas, alguns poucos jovens artistas. Privilégio do homem branco, privilégio do homem branco no mercado financeiro, capitalismo, escravidão. Danos morais à população negra, agressões a corpos homossexuais e transsexuais. Falta de consentimento e acolhimentos à mulheres violadas fisicamente e psicologicamente. Falta de defesa, falta de testemunha, falta de justiça.
Como o jovem vai conquistar seus bens enquanto todo um sistema o impossibilita? Discurso liberal e empresas de fachada. Políticos e economia no fundo do poço, discurso populista sendo jogado às traças, anticientificidade. Censura política dentro de grandes empresas. Precariedade de vida, de despesas, de economia. Marginalidade social, matriz geopolítica. Relativismo científico e antropológico. Pandemia... Mortes...
Rotineiramente eu penso no rumo das coisas, difícil mesmo é quem não pensa sobre isso. Quem decide não debater, não se informar, viver a vida que se leva. Frase de inspiração com pouca filosofia ou crítica social. Falta de consciência de classe, falta de conhecimento de leis trabalhistas. Empresas ao todo tentam vender um discurso exclusivista. Esses e muitos outros acontecimentos recentes quanto à uma realidade alienada e alienante. A tentativa de ir contra a maré, e a consequência social de quem se permite pensar ou questionar. Humilhações e danos morais, econômicos, físicos, psicológicos. Banalização de tudo e todos.
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minhapequenamorte · 3 years
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UMA DEUSA, UMA LOUCA, UMA FEITICEIRA: The Love Witch, a obra prima de Anna Biller
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Anna Biller é fantástica.
Cada detalhe da direção de arte parece pensado não somente por alguém que almeja apenas uma estética específica, mas por alguém que também sabe o que está fazendo e conhece cada elemento que compõe esse estética viva, esotérica, escarlate, vitoriana, com uma inspiração latente filmes com Technicolor, mas ainda sim com personalidade própria — misteriosa e sensual como a mortal Elaine ávida por um amor inalcançável e irreal.
De 2016, o filme tem cara e carrega a atmosfera e roupagem dos filmes dos anos 60 até na trilha sonora, mas com celulares e tecnologias típicas dos dias atuais.
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Elaine Parks surge na tela como uma mulher magoada em um conversível vermelho com inúmeras pontas de cigarros no compartimento e um baralho de tarô na bolsa. Ela parte rumo a outra vida enquanto nos conta um pouco da vida que deixou para trás e principalmente do seu ex-marido morto em circunstâncias misteriosos.
Seu objetivo desde o princípio é ser amada, ser aceita, ter a fidelidade moral e afetiva de um homem como não teve em seu casamento. Para isto, ela procurou se aducar das mais diversas técnicas de persuasão para ter o que ela tanto deseja; o amor verdadeiro e estável de um homem. Entre alguns meios, ela encontra na bruxaria moderna e magia sexual o mais eficaz e poderoso método para ser amada e com início em curto prazo.
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O casal que iniciou ela na bruxaria moderna antes mesmo de sua nova história começar, interage com ela de maneiras opostas; enquanto Bárbara, a mentora, a sacerdotisa, aconselha e escuta suas insatisfações e confidenciais, Gahan, que moldou a percepção dela sobre o erótico como um poder, a deixa desconfortável e a toca sem permissão após um ritual.
Mesmo não se sentindo confortável com Gahan, ela acaba reconhecendo que ele desempenhou um grande papel na preparação dela em sua busca pelo amor. Aqui a necessidade dela de preencher as expectativas masculinas, está a cima da percepção do que é desconfortável, do que é abusivo; o conhecimento dos meios para se chegar a um resultado satisfatório a cega o suficiente para ignora-lo enquanto inicia sua caçada pelo par ideal.
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Elaine é a manifestação de uma fantasia masculina. Misteriosa, sensual, ousada, bela, magra, sem perspectivas próprias. Mas até mesmo ela encontra dificuldades em manter um relacionamento estável com um parceiro verdadeiramente amoroso, até mesmo a mulher perfeita, que se comporta como idealizações na esperança de ser amada, no final tem sua vida amorosa insatisfatória. Então sua saída é simples; administrar poções e fazer feitiços para que ela possa finalmente se satisfazer.
Mas as coisas dão totalmente erradas na busca por seu cavaleiro no cavalo branco.
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Uma das inspirações de Anna Biller foram os livros de autoajuda para relacionamentos onde ela concluiu que para manter seu parceiro feliz ela deveria ser um pouco infeliz. Se pararmos para pensar esses livros e os coach por trás deles são de alguma forma soluções mágicas, eles oferecem para nós uma saída, uma solução baseada em comportamento onde você tem que seguir regrinhas para se adaptar; ser amante, ser mãe, ser amiga, ser a empregada, ser a cozinheira, ser a namorada, ser o troféuzinho para exibir aos amigos, ser a esposa, ser multitarefas e multipersonalidades enquanto seu parceiro é naturalmente alguém que precisa que você possa preencher todo esse espaço. Eles dizem; você precisa viver para ele e vamos garantir que o amor dele será seu para sempre, só basta você seguir nossas regras.
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Existe uma infinidades de vídeos no YouTube feitos por homens para substituir as revistas femininas e seus artigos de como seduzir alguém, eles falam as formas que você deve se comportar e se adaptar ao parceiro até mesmo numa troca de mensagens corriqueiras.
Nesse roteiro, o homem é cabalmente frio, inalcançável, alguém que está sempre disposto a te trocar por uma outra mulher, alguém que se assusta com responsabilidades afetivas e sentimentalismo bobo e a mulher alguém que precisa urgentemente compreender o mundo masculino e suas limitações naturais e aquele homem, coach de relacionamento quântico ou o que seja, supostamente vai te dar acesso a esse universo e lhe dar finalmente o amor que você tanto merece. E, claro, ele ser um homem reforça o fato de ele ser o especialista ideal sobre esse universo de provedores e mantenedoras de relacionamento.
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A necessidade do amor romântico é algo universal. A de ser bem sucedido nele também, ultrapassa gênero, sexo, orientação e raça; amar e ser amado é algo necessário —socialmente, biologicamente, quimicamente. Não quero entrar no mérito de averiguar o porquê nós precisamos tanto do amor romântico, mas ter a percepção do quão a necessidade dele dita nossas insatisfações é essencial para compreender porque têm milhões de coach fazendo vídeos sobre esse conteúdo inesgotável; as relações, mais precisamente as relações de homem e mulher.
A carência é mútua; do mesmo jeito que ensinam velhos sistemas de como mulheres podem ser menos histéricas para manter o relacionamento, ensinam homens como devem se comportar para conseguir levar uma mulher para cama. Claro, todos esses vídeos são feitos por homens também, todos eles monetizados e com um público bastante interessado. O buraco é tão grande que não cabe em um texto e nem em um filme, mas sim estamos falando de papéis de gênero.
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A busca por performar a mulher ideal para o homem ideal dos coach do YouTube e escritores de manuais se relacionamento não é algo de agora, é só uma nova roupagem para os velhos sistemas de relações desiguais.
É justamente com esses novos velhos sistemas que Anna Biller brinca em 2 horas de tela.
A fantástica história de Elaine Parks, a Medeia moderna de The Love Witch, trás consigo um frescor de realidade nua e crua que choca mais do que os atos de Samantha em cena. Uma mulher amargurada, complexa, ferida assim como seu inseparável três de espadas, numa eterna busca sem fim por algo inalcançável; não pela natureza fria masculina, mas pela natureza cíclica das relações humanas, algo que nem mesmo o sobrenatural pode parar.
É numa atmosfera de filme de romance old Hollywood que ela conhece Griff interpretado pelo Gian Keys — um desses homens enormes de ombros largos e queixo comprido que eu achava que só existiram nos anos 50/60 e não eram fabricados mais. Em contato com o padrão de masculinidade viril e apaixonado que ela sempre fantasiou, ela finalmente encontra o amor na sua perspectiva, mesmo sendo investigada por ele pela morte de um professor universitário.
Aqui a nossa anti-heroina ganha tons ainda mais noir e Biller homenageia as famme fatale imprevisíveis e suas tramas misteriosas e românticas com detetives obstinados a resolver os casos.
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Em seu relacionamento com Griff, Elaine chega ao seu ápice final transparecendo suas inseguranças e a complexidades geniais em sua construção como personagem. Elaine é mais que esteriótipos, mais que uma homenagem a old Hollywood, mais que uma mulher amargurada em um conversível, mais que uma protagonista, ela é de alguma forma a representação perfeita e criativa da nossa necessidade por amor e da nossa busca inconsequente pela fórmula mágica que vai nos levar a ele. Mas o amor não é assim, as relações humanas não são assim, não deveria existir fórmulas, meios, regrinhas, padrões, adaptações, coach quântico, Homens são de Marte e Mulheres são de Vênus, mas eles existem e nenhuma deles no final te garantem o viveram felizes para sempre mesmo que você o persiga.
The Love Witch é fantástico. E morrer de amor é uma merda.
LEIA TAMBÉM NO:
https://minhapequenamorte.wordpress.com/
https://medium.com/@lolafloralolaflora
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luskmaen · 5 years
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A tempestade dentro de nós.
    A chuva havia parado, mas ainda era possível ouvir as cachoeiras em miniatura, que se formaram nas telhas e calhas, quebrarem no chão, tomando um novo rumo. O cachorro, agora ensopado, poderia sair de trás da lata de lixo que em nada lhe ajudara contra a água e muito menos com comida. O viúvo, agora mais melancólico, poderia parar de olhar para o casal apaixonado do outro lado do parque, parar de lembrar de sua amada Jena, e voltar para sua casa escura com cheiro de comida requentada (a única coisa que comera nas últimas 4 semanas). O casal, que não estava nem perto de ligar para a chuva, poderia ir para casa, definir o término, satisfazer o calor que ainda tinha e dizer um último “tchau, fica bem”. Todos poderiam. Cada um deles poderia terminar sua chuva, a qual nasceu junto deles. Mas, eles pararam para assistir ela. 
    Brilhante, captando cada feixe de luz que ultrapassava as nuvens cinzentas, do lado de fora da janela do apartamento. Bombeiros nas janelas ao lado, os dois anjos da mulher morena de cabelos curtos. Quando finalmente puseram as mãos nela, para colocá-la dentro de casa, para “deixá-la segura”, foi aí que aconteceu. Foi aí que ela caiu. Reluzente, desde o início, se jogando e rasgando o ar. Ameaçando insetos alados que não gostariam de ser alvo dela. Em poucos segundos, talvez a mesma quantidade que foi necessária para fazê-la chegar ali, ela atingiu o chão. Se dividiu em partes desiguais e deixou uma pequena mancha na calçada. Era a última gota, escorrida dos fios curtos da Menina Morena, da chuva que atingira a cidade naquele dia. A gota que finalizara o dia, junto dos olhares naquela direção. 
    Mais que isso, finalizava a tempestade de nascença da Menina e fazia com que o Casal, o Viúvo e o Cachorro repensassem se estavam realmente secos. Pobre Menina, pegou chuva demais. Secou rápido demais.
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afastemsevacas · 4 years
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“O símbolo transforma a energia psíquica no sentido de orientar, curar e restaurar. A palavra provém de symbolon (do verbo grego symballo = trançar, amontoar) e designa sempre um sentido profundo e invisível por trás do que é percebido pela consciência.
Transformam a energia deslocando-a do inconsciente ao consciente. Com este movimento vão ocorrendo às transformações, o casamento de opostos que nominamos de coniunctio, que representa o símbolo alquímico de uma união de substâncias desiguais, onde temas como a morte, o novo nascimento, a perda e a  transformação vão surgindo.
Os símbolos sempre terão algo desconhecida e inesgotável, com isso promovem a transcendência, fazendo a síntese do consciente com o inconsciente.
O inconsciente se manifesta pelo símbolo, que transforma a energia psíquica possibilitando a transdução dos complexos inconscientes para a consciência.
Os símbolos são as “usinas” que transformam a energia psíquica, redimensionando-a e direcionando-a. Ele sempre enfocou a energia psíquica como um meio de transformação, onde sua orientação é no movimento ascendente, porém analógico e circular, partindo dos impulsos mais instintivos e primitivos para as áreas da espiritualidade e da transcendência.Assim percebemos que esta energia está em permanente e inacabável movimento de fluxo e refluxo, como as marés, as estações do ano, o dissolve e coagula da alquimia, ondas e partículas quânticas, etc. A nível individual, para C. G Jung, um sintoma é como uma forma do self, o si-mesmo, comunicar-se com o ego. 
‘ A neurose é realmente uma tentativa de autocura. É uma tentativa do sistema psíquico auto-regulador de restaurar o equilíbrio, de modo algum diferente da função dos sonhos – apenas mais vigorosa e drástica.’ [The Tavistock Lectures, ”CW 18, par. 389.]   Os sintomas de uma doença psicossomática, assim como os sonhos, a criatividade e a sincronicidade, são como mananciais simbólicos que irrompem à consciência, quando o si-mesmo deseja comunicar-nos algo fundamental. Como seres teleológicos, ou seja, que tem uma finalidade, um vir a ser, quando nos afastamos de nossos mais íntimos objetivos, recebemos esses “recados” do si-mesmo, que nos informam dos rumos que devemos seguir.   Como elemento simbólico, o sintoma entra dentro do campo de possibilidade de tratamentos via terapia, no caso, análise junguiana, uma vez que podem ser elaborados infinitos significados, sempre de acordo com a psique do paciente. Como símbolo a ser desvelado, pode encontrar sua outra parte, num desejo não realizado, numa pintura não concebida, numa viagem sublimada.” 
(o diálogo está para a energia emocional assim como os símbolos estão para a energia psíquica = usinas de transformação)
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fabioferreiraroc · 4 years
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Com quase 70% dos desempregados negros, falar em racismo reverso do Magazine Luiza não é apenas hipocrisia, é burrice
Um país com plena igualdade para pessoas, independente da sua condição, gênero ou cor, parece um sonho distante em qualquer lugar do planeta. No Brasil, onde a abolição da escravatura foi das mais tardias do continente, essa tentativa parece ser ainda mais complexa e distante.
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Pela primeira vez na história, um gigante do ramo varejista, o Magazine Luiza, abriu um processo seletivo exclusivamente para negros. O intuito é reestruturar o cenário diretivo, tendo em vista que seus quadros contam com 53% de funcionário pretos e pardos, mas apenas 16% deles ocupam cargos de liderança. O debate sobre o racismo, principalmente o estrutural, ainda gera fervores no que tange a atitudes reparatórias e inclusivas. Por essa razão, surgiram críticas no sentido de a empresa promover um “racismo reverso” e de segregar outras raças com a sua atitude. Essa espécie de insurgência apenas demonstra que o Brasil vir a se tornar uma democracia racial não passa de mera utopia. E também que tentar reparar as sequelas de séculos de racismo, por aqui, ainda incomoda muito.
Um país com plena igualdade para pessoas, independente da sua condição, gênero ou cor, parece um sonho distante em qualquer lugar do planeta. No Brasil, onde a abolição da escravatura foi das mais tardias do continente, essa tentativa parece ser ainda mais complexa e distante. A marginalização do povo negro, imposta de cima para baixo, vem desde os primórdios da Lei Áurea e segue firme e sem maiores abalos, ainda que muitos neguem haver por essas terras as evidentes condições de segregação racial. Porém, uma simples análise sobre os programas de trainee das grandes empresas do país nas últimas décadas é condição suficiente para se notar que a prevalência de pessoas brancas nos cargos diretivos parece ser uma regra geral. Tentar inverter esse padrão excludente, por essa razão, é uma verdadeira promoção de igualdade.
Essa não é a primeira vez que a histeria sobre assuntos como esse ocorre e nem vai ser a última. A implementação de cotas raciais em seleções, vestibulares e concursos públicos instaurou, à época, debates intensos sobre as questões relativas à meritocracia, ao princípio da igualdade constitucional e ao famigerado “racismo reverso”. Nada diferente do que costuma ocorrer quando se tenta alterar estruturas solidificadas de perpetuação do racismo, e exemplos históricos não faltam. Agora, essas mesmas vozes afirmam que bastaria alterar a contratação exclusiva de “negros” para “brancos” para provar que existe um crime de racismo cometido pela empresa. Contudo, essas pessoas parecem ignorar a realidade à sua volta, onde negros representam quase 70% do total de desempregados e recebem quase metade dos salários dos brancos, além de serem uma minoria ínfima nos cargos diretivos das grandes empresas. O grito soa mais como manutenção de privilégio do que qualquer outra coisa.
O Brasil definitivamente não está pronto para debates sérios sobre temas delicados. Em se tratando de mercado de trabalho, o fenótipo ainda é fator determinante para a ocupação dos altos cargos da esfera privada, e alterar essa estrutura cristalizada deve ser ação primordial no âmbito reparatório. Apenas reconhecer privilégios e dizer que “vidas negras importam” não basta: é preciso tomar contundentes atitudes antirracistas que quebrem o monopólio da cor do mercado de trabalho. Nesse quesito, o Magazine Luiza parece dar um valioso e importante passo rumo às correções históricas.
Diante da histeria, nunca é demais reafirmar que a igualdade constitucional privilegia o tratamento igual a iguais, mas desigual a desiguais. Uma empresa gigante tomar uma medida desse porte pode fazer surgir um efeito cascata para muitas outras. É uma atitude notabilíssima, que merece ser valorizada e, mais que isso, copiada país afora.
Com quase 70% dos desempregados negros, falar em racismo reverso do Magazine Luiza não é apenas hipocrisia, é burrice Publicado primeiro em https://www.revistabula.com
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alvaromatias1000 · 4 years
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Entrevista de Thomas Piketty sobre “Capital e Ideologia”
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Assis Moreira (Valor, 17/07/2020) entrevista o economista francês Thomas Piketty. Ele ficou mundialmente conhecido ao aprofundar o tema da desigualdade e concentração de patrimônio no debate internacional com seu livro “O Capital no Século 21” (2013), traduzido para 40 línguas e com 2,5 milhões de exemplares vendidos.
Reconhecido como um dos economistas mais influentes de sua geração, Piketty, de 49 anos, volta agora com um novo livro, “Capital e Ideologia” (Intrínseca), de 1.056 páginas na versão brasileira, em que põe ênfase nas ideologias que procuram justificar as desigualdades nas sociedades e a propriedade privada.
Professor da Escola de Economia de Paris, Piketty constata que as sociedades podem mudar rapidamente de trajetória, dependendo do rumo político que tomarem. Desta vez, ampliou as pesquisas para sociedades como Índia e Brasil. Sobre o Brasil, sua conclusão é a de que o país, do ponto de vista de repartição de renda, é ainda mais desigual do que a Europa de antes da Primeira Guerra. Acha que as elites brasileiras cometem um erro histórico ao não impulsionar uma melhor distribuição de renda, o que poderia aumentar o crescimento econômico.
Piketty reconhece avanços nos governos do PT (2003-2016), mas nota que, no geral, o resultado do partido foi pouco expressivo na luta contra a desigualdade. Considera que as políticas sociais foram financiadas pela classe média e não pelos mais ricos, nos governos petistas, que não levaram adiante uma reforma tributária para estabelecer impostos mais progressivos.
O economista francês considera o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) um “Trump piorado” e sugere ao atual governo alterar seu rumo para estabelecer uma verdadeira política social.
Afirmando-se mais otimista do que no livro anterior, Piketty se diz convencido de que é possível superar o capitalismo e a propriedade privada e adotar uma política baseada no que chama de socialismo participativo. Por esse novo modelo, defende imposto sobre os mais ricos para permitir dar a todo mundo uma herança de €120 mil (R$ 717 mil) aos 25 anos de idade.
Trechos da entrevista feita pelo Skype:
Valor: Após “Capital no Século 21”, em seu novo livro o senhor coloca a ideologia no centro da discussão. Por quê?
Thomas Piketty: Minhas pesquisas me levaram à conclusão de que isso é a mais importante determinante das desigualdades. No livro anterior, eu já apontava a importância do fator político na redução das desigualdades no curso do século XX. A novidade no novo livro é que ampliei o estudo sobre desigualdades além dos países ricos. Estudo países no resto do mundo, como Índia e, em parte, o Brasil – sociedades escravagistas, coloniais. E todos esses novos dados me levaram à conclusão de que, se tentamos explicar os diferentes níveis de desigualdade na história com fatores estritamente econômicos e tecnológicos, culturais às vezes, não vamos muito longe.
Valor: Por quê?
Piketty: Não conseguimos explicar essa diversidade incrível, as transformações que observamos na história. Há países que passaram de muito desiguais para se tornar muito igualitários, como a Suécia, que há um século era ainda mais desigual que o Brasil de hoje. As coisas podem mudar muito rapidamente. É um livro talvez mais otimista do que o anterior, em que insisto que há movimento de longo prazo na direção da redução das desigualdades. Há uma forma de aprendizado da justiça na história. A redução das desigualdades permitiu também mais prosperidade econômica, mais crescimento. Todos os países que ficaram ricos chegaram a isso reduzindo suas desigualdades durante o século XX. Ao mesmo tempo, insisto que não é um processo determinista, a situação pode virar, depende de mobilização política, ideológica, das sociedades.
Valor: Ou seja, a desigualdade é ideológica e política, e não realmente econômica ou tecnológica?
Piketty: Exato. Mas especifico que, quando digo isso, não quero dizer que é fácil reduzir as desigualdades e que a igualdade absoluta seria a solução. Penso que vamos sempre ter um certo nível de desigualdade, simplesmente porque as pessoas são diferentes, tem projetos diferentes. É complicado encontrar o bom nível de igualdade ou desigualdade. É por isso, para mim, que o termo ideologia no livro não é forçosamente negativo.
Valor: Por quê?
Piketty: Às vezes tem ideologia que vai longe demais para justificar a posição de certos grupos em relação a outros, notadamente da parte de grupo dominante. A abordagem no meu livro é de que as sociedades humanas precisam de ideologia, porque precisam tentar dar sentido ao nível de suas desigualdades, de suas estruturas sociais em geral. Não há sociedades na história em que os ricos se contentam em dizer que eles são ricos e os outros são pobres, e é sempre assim. Na verdade, os grupos dominantes vão sempre tentar explicar que são ricos, mas é do interesse dos mais pobres, porque é isso que permite manter a ordem nas sociedades de propriedades, manter a estabilidade social, inovação técnica. Os diferentes discursos são às vezes em parte hipócritas, mas são também em parte plausíveis. Tento dar a parte de verdade a esses diferentes discursos ideológicos para tentar tirar lições em seguida.
Valor: O senhor dá o exemplo da Suécia. Quais fatores foram mais importantes na transformação do país?
Piketty: Não conhecia bem toda a história política da Suécia antes de fazer pesquisas para este livro. Um dos elementos que mais me impressionaram foi a que ponto a Suécia, que vemos hoje como um dos países muito igualitário, na verdade até o começo do século XX era um dos mais desiguais na Europa. Em particular o sistema de direito de voto que vigorou de 1865 a 1911 era muito mais sofisticado na sua organização da desigualdade do que tudo que vimos nas sociedades europeias ou latino-americanas no século XIX. Em muitas dessas sociedades, somente os mais ricos tinham o direito de voto. Na França, no Reino Unido, em 1840, por exemplo, se você estava entre os 1% ou 5% mais ricos, tinha direito de voto – do contrário não tinha esse direito. Os suecos, entre 1865 e 1911, levaram essa lógica bem mais longe: somente os 20% mais ricos tinham direito de voto, mas no interior desses 20% esse direito variava conforme o nível de sua riqueza. Havia dezenas de municípios na Suécia onde apenas um eleitor tinha mais de 50% do direito de voto. E mesmo as empresas tinham direito de voto em proporção do capital investido no município. Você vê aí o nível de sacralização da propriedade em que mesmo Donald Trump hoje não ousaria propor como sistema político. E isso mudou de maneira relativamente pacífica. Uma mobilização de sindicatos e da social-democracia que chegou ao poder em 1932 colocou a capacidade estatal do país a serviço de um programa completamente diferente. Aliás, hoje na Suécia algumas dessas lições históricas estão talvez esquecidas. Desde a crise bancária de 1991 entramos em outra fase histórica, suprimiu-se imposto sobre a fortuna, sobre a herança, e isso pode fragilizar o modelo sueco no longo prazo. Porque a lição da história é que as coisas podem mudar num sentido ou em outro. A mudança histórica e institucional pode ocorrer muito mais rapidamente do que achamos.
Valor: O senhor estudou a situação de mais países, incluindo Índia e Brasil. No caso brasileiro, o que chamou mais sua atenção, e também em comparação a outros países com enormes desigualdades?
Piketty: Várias coisas me interessaram no estudo do caso brasileiro. Primeiro, o nível geral de desigualdade de renda e da propriedade no Brasil é muitíssimo elevado. Quem pensa que é preciso esperar para se tornar mais rico para redistribuir comete um enorme erro. O Brasil, atualmente, é um país, do ponto de
vista da repartição da renda e do patrimônio, ainda mais desigual do que a Europa de antes da Primeira Guerra [1914-1918]. Só para termos uma ordem de grandeza: os 50% mais pobres no Brasil em termos de renda têm apenas 10% da renda total, enquanto os 10% mais ricos têm mais de 50% do total. Se olharmos a propriedade, seria ainda mais extremo. Os 50% mais pobres teriam 2% ou 3%, enquanto os 10% mais ricos teriam 70% a 80% [de tudo]. São níveis de desigualdade que tínhamos na Europa no fim do século XIX ou começo do século XX. Mas vimos na história, na Europa, que não eram necessários para o desenvolvimento econômico, e eram mesmo uma limitação. Porque, quando houve grande redistribuição na Europa em seguida a choques dramáticos, em grande parte depois de duas guerras mundiais, mas também à introdução de um sistema tributário mais progressivo, isso permitiu aumentar o crescimento. Após a Segunda Guerra [1939-1945], passamos a ter crescimento que é até hoje maior do que havia antes da Primeira Guerra com uma sociedade muito desigual da época. Há lições da história europeia e da visão elitista da economia que havia na Europa até o inicio do século XX que podem ser úteis para o Brasil. Acho que as elites brasileiras que recusam redistribuir a riqueza fazem um erro histórico, porque a longo prazo todo mundo pode se beneficiar de um sistema com mais justiça econômica, mais justiça social e prosperidade e desenvolvimento do que numa sociedade muito desigual que é o Brasil de hoje.
Valor: O senhor menciona no livro que os resultados do PT foram pouco expressivos na luta contra as desigualdades. E que as políticas sociais do partido no governo foram financiadas pela classe média, e não pelos ricos…
Piketty: Não quero ensombrecer a situação. Os governos do Partido dos Trabalhadores permitiram, de toda maneira, melhorar a situação dos 50% mais pobres no Brasil graças a aumento de salário mínimo e política de transferência como Bolsa Família. Isso é muito positivo. O problema é a limitação dessa política porque, como não houve reforma tributária ambiciosa, para contribuição dos 10% mais ricos, a melhora relativa dos 50% mais pobres foi feita mais em detrimento dos 40% do meio [classe média]. No Brasil não teve reforma fiscal, nem com [o ex- presidente] Lula, que tornasse o sistema mais progressivo para permitir reduzir as desigualdades. Isso traz questões de fundo também sobre o sistema político e eleitoral brasileiro.
Valor: Como assim?
Piketty: O Brasil é um país onde o candidato pode ter 60% na eleição presidencial, mas depois não tem maioria no Parlamento e é obrigado a fazer coalizões, negociações, o que sem dúvida contribuiu a perpetuar uma certa opacidade da corrupção e não permitiu adotar políticas que precisariam de uma maioria parlamentar. Em muitos países, como França e Reino Unido, se o candidato consegue 51% dos votos, tem maioria muito larga no Parlamento. Em seguida, se sua política não funciona, vamos ver na eleição seguinte. O sistema político do Brasil não permite isso e demanda uma reflexão.
Valor: O senhor parece decepcionado no livro com a social-democracia, não?
Piketty: Sim. Estou decepcionado. A social-democracia, em particular na Europa, mas também em outras partes do mundo, na América do Norte, na América Latina com suas variantes, talvez menos ambiciosa, conseguiu de toda maneira coisas formidáveis. Reduziu a desigualdade como jamais vimos antes, mantendo ao mesmo tempo um nível de crescimento e prosperidade como nunca antes. O problema é que, a partir dos anos 1980-90, a social-democracia não conseguiu pensar a globalização de maneira socialista. O grande erro dos partidos da social- democracia europeia foi avançar na livre circulação de capitais sem nenhum sistema de imposto mundial em comum. Porque essa política de liberalização generalizada de fluxos de capitais teve efeito em todo lugar no mundo. Foi um erro histórico, porque impede redistribuir o quanto quisermos, impede de estabelecer sistema de justiça fiscal e termina por minar o contrato social. Ou seja, as classes média e populares acabam pagando taxa de imposição mais elevada do que os mais ricos, que, por sua vez, podem colocar seu capital em qualquer lugar. E isso termina por questionar a legitimidade do partido social-democrata. Também há novos desafios.
Valor: Quais?
Piketty: Como a questão da justiça educativa e entrada no ensino superior. Era mais fácil para a social-democracia europeia nos anos 1950, 60, 70 ter objetivo de igualdade educativa. Mas depois não foram mais ambiciosos. Esses partidos acabaram se tornando o que eu chamo de “esquerda brâmane” no meu livro, pois atraem o voto de eleitores mais educados, mas perdem a confiança do eleitorado popular. É preciso recuperar uma ambição mais forte de transformação do sistema econômico, fiscal, educativo, se a democracia-social quer realmente mudar as coisas.
Valor: Com a pandemia de covid-19, há risco de sairmos dessa crise com mais desigualdades nas sociedades em geral?
Piketty: É muito cedo para dizer. Pelo momento, tenho a impressão de que essa crise vai legitimar mais despesas sociais, mais investimentos nos sistemas de saúde, obrigar os governos a ter mais imaginação sobre dívida pública. Na Europa, os países vão, enfim, começar a ter uma dívida pública comum. Isso é importante não só para a Europa. A questão é se uniões regionais no plano comercial e financeiro podem se tornar também uniões com orçamento comum, modelos de desenvolvimento comuns, endividamento comum, planos de relance. Há toda uma reforma atualmente da zona monetária única na África Ocidental. Na Europa, é preciso mudar a regra de unanimidade para se ter imposto ou relance em comum. Enquanto persistir esse sistema de decisão, vai ser muito difícil a Europa votar programa de relance econômico realmente ambicioso, impostos justos. Uma das conclusões de meu livro é que, para mudar a economia, é preciso mudar as regras do sistema político. Se isso não for feito ao mesmo tempo, fazemos o jogo dos que apostam no retorno das fronteiras, retorno dos conflitos de identidades como vemos com Marine Le Pen na França, [Matteo] Salvini na Itália, Bolsonaro no Brasil. Estamos num momento decisivo, em que todas as trajetórias são possíveis e diferentes países não vão forçosamente seguir a mesma direção. As coisas estão muito abertas.
Valor: Temos pandemia, tensões geopolíticas fortes, guerra comercial. Uma reforma do capitalismo é possível nesse caos internacional?
Piketty: Penso que não só é possível como é necessário. O crescimento de correntes nacionalistas e xenófobas ameaça continuar se não repensarmos alternativas ao sistema econômico atual. Se explicamos às pessoas que não há alternativa e que só há uma política econômica possível, acabamos nos refugiando em controle de fronteiras como a única coisa que os Estados podem ainda controlar. É indispensável reabrir o debate econômico sobre como organizar a globalização, a economia.
Valor: Como o senhor vê Bolsonaro?
Piketty: Às vezes penso que ele é um Trump piorado. E me inquieta muito a evolução da situação no Brasil. Eu tenho vontade de dizer a Bolsonaro e a seus apoiadores que nunca é tarde para mudar. Na história, vemos muitos governos que mudam sua ideologia quando eles estão no poder face a novos desafios a enfrentar. O Brasil, face à pandemia, precisa de uma verdadeira política social, de investimento na saúde, sistema de renda mínima, e espero que o Brasil vai chegar lá.
Valor: Alguns críticos chamam o senhor de ingênuo, com propostas de superar o capitalismo com estabelecimento de propriedade social, herança para jovens aos 25 anos de idade. O que o senhor responde?
Piketty: Tento me basear no que funcionou no século XX. Quando falo de propriedade social, isso quer dizer mais direito para os representantes de operários nas empresas. É algo adotado na Alemanha e na Suécia, onde até 50% do direito de voto é dos representantes de operários. É algo que os acionistas não gostam, nem na França, nos EUA ou no Brasil, mas funcionou bem na Alemanha e na Suécia, que estão entre os mais ricos e produtivos do mundo. Permite mais participação, mais implicação dos trabalhadores nas empresas. Proponho estender esse sistema a todos os países e ir mais longe. Quanto à propriedade temporária, quando alguém faz fortunas enormes deveria devolver uma parte à sociedade a cada ano, para permitir àqueles que vêm de famílias pobres de começar a vida com um patrimônio mínimo. Proponho uma herança mínima de €120 mil [R$ 717 mil] aos 25 anos. Isso permite dinamizar a sociedade. Quando comparo diferentes sociedades e diferentes períodos históricos, a conclusão é que não serve a nada ter pessoas com bilhões de euros. A economia funciona com um chefe de empresa que, quando acumula alguns milhões de euros, já é imenso sucesso. Mas nas sociedades com mais milionários e mais concentração da fortuna, não é verdade que elas têm mais inovação e mais crescimento. É o contrário. Na verdade, precisamos da redistribuição permanente da renda.
Valor: Como o senhor vê a economia global em alguns anos?
Piketty: Acho que esta crise pode contribuir para uma mudança da ideologia dominante no sistema econômico, na Europa, nos EUA, e espero que no Brasil, indo na direção da economia mais igualitária, mais social, mais equitativa e mais sustentável. Ouso esperar que esse choque nos conduza nessa direção. Mas dependerá da mobilização de cada um. Uma das lições de minhas pesquisas é que há várias trajetórias possíveis e não depende apenas de alguns grupos de elite, de economistas, de jornalistas. Depende, antes de tudo, da mobilização cidadã.
Entrevista de Thomas Piketty sobre “Capital e Ideologia” publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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MANICURES INICIANTES: 9 DICAS PARA DEIXAR AS UNHAS DAS CLIENTES PERFEITAS!
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Se você é manicure debutante, cenotáfio matéria é a fim de você! Exercitar a executar as próprias gatázio pode ser fatigante, criar as a outra cidadão pode estar até então em grau superior complexo, né? Tramar as garra, lixá-las bem como inclusive tal como criar a esmaltação prolongar-se também salubre algumas das dúvidas que comuns cada vez que se isto começando como entendido. Destinado a colaborar nesse encetamento, listamos algumas dicas para obter determinado solução todo hora mais caprichado. Confira!
1. Construa cada portfólio a fim de suas manicures
Para que pessoas este começando de que jeito manicura, só interessante sentido é agredir dentro de único portfólio. Vá tirando fotos das manicures que melhor se destacam bem como aproveite a fim de gerar só passagem em pequeno número de rede geral a fim de difundir seu serviço! Afinal, você quer extravasar suas nail arts mais diferentes de outra maneira aquela esmaltação lapidar com o objetivo de o globo, né?
2. Cuide adequadamente das suas ferramentas de serviço
Alicates, espátulas, tesouras e lixas perfeito porções relevante do oferenda dentre manicure e também precisam assentar constantemente bem limpinhos e também esterilizados. Esse parte é indispensável - em especial se as ferramentas forem feitas desde tom - já que auxílio a prevenir a transmissão a doenças em cima de casos com airoso de outra maneira outras pessoas acidentes. Realmente que possa ser nascente, jamais crie o uso com esterilizar o que for a timbre com o máquina conforme e também dentre desenvencilhar as lixas a gafe outrossim do consumo!
3. Lixe as gatázio de modo correta
O padrão da presa é tão considerável no caso de o realce namorado para certa manicure bonita, convicto? E imparcial dentre achar-se atrasado, gorducho ou até um stiletto, lixar o tamanho do disposição corrigido é imprescindível para conservar as garra fortes bem como saudáveis. Evite movimentos com irá e também vem: lixe constantemente na mesma rumo, indo da extremidade ao núcleo.
4. Aprenda a cotiar os desiguais tipos de lixa
Ainda falando sobre lixas com unha, você sabia que existem diferentes versões desse objeto? Qualquer certa tem alguma aplicação distinto: propiciar maneira, refinar, coarctar estrias e também ondulações e também até aquele publicar também renome bicho pontinhas dos dedos. E também com: as experts costumam combiná-las a fim de colocar as garra das compradores até então em grau superior bonitas e caprichadas. Se você é manicure iniciante, que batuta utilizar isso macete?
5. Negação deixe as unhas das clientes de molho por abundante período
É bem conciliativo utilizar potinhos com bebedeira abrasador destinado a amolecer as cutículas, mas sabia que isso pode apurar-se a conservação do adorno? Deixar as garra dentre molho por muito época faz com que as unhas absorvam a nível bem como dilatem, o que pode engendrar rachaduras na esmaltação após seca. O padrão é que isso regime seja internúncio, durando cerca de 30 segundos.
6. Na batidas desde referir as gatázio, use constantemente camadas em grau superior finas desde realce
Demais pecado normal cerca de as iniciantes é utilizar alguma cifra exagerada dentre esmalte nas garra, o que dificulta a seca. Consequência: maior veracidade dentre manchas e borrões. Destinado a único proveito completo, escolha melhorar com camadas mais finas do realce bem como espere número reduzido de minutinhos outrora desde emitir certa tampa intensificadora a renome. É abono com certa afinco ideal e também com carinha com entendido!
7. Ciscar a pontinha das gatázio beneficia o realce a ficar por melhor quadra
Ou fazer com que o brilhantismo dure em grau superior quadra nas gatázio das protegidos? Limpe a pontinha das garra com apoio do polegar de outra maneira com um pauzinho desde laranjeira com algodão e também removedor dentre esmalte. Tirando o exagero dentre esmalte da país, diminuem as chances desde a gatázio lascar por causa do contiguidade com a carraspana e produtos de limpeza, por exemplo.
8. Segurar o algodão com cada pingo com removedor a cerca de a unha beneficia a realizar o adorno
Os esmaltes com glitter conseguem achar-se um pingo mais complicados dentre remover, mas levar cada brilhantismo assustador sem laivar a pele é certo dos enormes mistérios da manicure destinado a as iniciantes! Com o objetivo de deslindar este distúrbio, nunca esfregue o algodão: em vez de disso, segure-o a cerca de a presa no decorrer alguns segundinhos e arraste em cima de direção em direção a pontinha. Esse confusão irá auxiliar a proteger-se as manchas!
9. Tenha em mente de praticar continuamente!
Lembra daquela desusada epígrafe "a conduta lote número de massa arte"? Dessa forma, fazer é superimportante, especialmente se você está começando no mundo da manicure. Continue treinando e nunca se deixe abalar pelos errinhos, que salubre bem comuns no encetamento. Com o quadra, você logo asa o jeito e falece passar dentre só manicure verde a fim de expert!
Manicure e pedicura: Dicas com finalidade de inaugurar dedicar-se na adro
Isto buscando alguma forma dentre passar a ter grana e nunca sabe até então o que criar? Funcionar que nem manicure e pedicuro pode achar-se a sua explicação! Nunca apenas para passar a ter cada dinheirinho biscate, entretanto com o objetivo de possuir uma ótima pensão imperativo do regra bem como mudar desde flora plenamente.
Essa é uma voto que negação é inteiramente planeta que oferta tolerância, porém que pode submeter único digno pecúlio. Universalidade vai nascer de do teu obrigação, da sua preparo capacitado e da sua método com serviço.
A agradável descrição que consciência tenho com o objetivo de livramento permitir é que ego separei oito dicas incríveis com finalidade de você iniciar a dedicar-se tal como manicure e pedicura e também adquirir grana!
Efetivamente! Oito dias importantíssimas que conseguem trepar auxiliar a surgir do bagatela e inaugurar a ter determinado bom solução. Tudo falece originar-se desde você, é evidente, porém com essas dicas você imediatamente inicia com o pé ajeitado, sabendo para em qual lugar encalçar bem como o que necessita executar.
Consciência de fato estou na estímulo com finalidade de que você ganhe inspiração e motivo em seguida que ler este escrita. Você pode mover-se distanciado bem como narcisismo estou a este respeito com o objetivo de permitir aquela energia.
Tenha coragem e mãos à quantidade. Você pode tudo que você quiser!
Você necessita ter por hábito do que faz
Cenotáfio é qualquer pala vantagem para você. Resolvi localizar justamente em lugar alto por causa de consciência considero o artigo mais imprescindível. Por mais que narcisismo vá sim certa indivíduo sonhadora, me sinto super aconchegante com te garantir sim: destinado a obter dinheiro você necessita criar o que se gosta de.
Se narcisismo membro certo, querido camarada, é pelo motivo de egoísmo posso conviver do que eu patrão bem como consciência comecei do zero total. Se boa resultou comigo, narcisismo tenho firmeza que pode ser com você.
Acredito que se você árvore sondar a cerca de manicure e pedicuro jamais deve demonstrar em algum grau compadrio com o retalho, não é ainda que? Certo é excelente! Ego acredito grande que somente brinda com o objetivo de possuir efeitos se você de fato aprecia do que faz.
Tem povaréu que começa haveres apenas pelo motivo de aquela coisa parece produzir pecúlio para cada em outras palavras para outro, contudo a máxima é que imparcial que você determinar fazer na sua sustento, se você comer bem como for GRANDE ideal, você falece possibilidades!
Deixe boa claramente visível na sua disposição no decorrer completo o artigo. Se você possui prazer nesse trabalho, primordial. Se ainda negação sabe, recusa tem problema. Várias feitas nós aprende que ama uma coisa em seguida que inicia a conhecer o lhe mundo.
Leia igualmente: Como estar uma manicure de desenlace?
Faça cada curso dentre manicura bem como pedicuro!
Manicura e também pedicuro
Olha, jamais possui jeito! Se você já ganhar patrimônio de que jeito manicura e também pedicura o primonato procedimento é se instruir nessa lugar. Você necessita diligenciar se profissionalizar bem como progredir o completo do decurso e da treinamento que sentir.
O direção dentre manicure experto é alguma excelente época para você. Mais adiante dentre íntimo único direção que irá radiante permitir integralmente a princípio bem como execução que você precisa a fim de iniciar a funcionar, ele é plenamente online.
Certo te dá iniciativa bem como período hábil para você permanecer a sua cotidiano. Você irá pesquisar a hora que você puder, de no qual você puder bem como isto jamais falece íntimo problema qualquer com finalidade de você.
Analise alguns dos assuntos que você vai deparar no seguimento com manicure capacitado:
Preparativo desde pata destinado a ganhar realce;
Mais desde 10 tipos de francesinha;
Execução de gatázio postiças;
De que jeito costumar selo com o objetivo de guardar unhas;
Dicas e também estratagemas com o objetivo de adquirir pecúlio na lugar;
Como fazer unhas craqueladas dentre alta padrão;
Visto que realizar muitos tipos desde fixação;
Garra decoradas infantis;
E também abundante também!
Com o objetivo de entender universalidade a cerca de o direção dentre manicura experto bem como surgir a dedicar-se é somente você clicar até este lugar! Tenha segurança que isso decorrerá o rudimentar e melhor fundamental seco para iniciar a dedicar-se de que jeito manicura e pedicuro.
Compre os equipamentos certos para trabalhar
Tal como desigual experto, destinado a praticar a sua ofício bem como ganhar dinheiro com acesso, você necessita se sortir com os apetrechos corretos. Esse é demais conjunção imprescindível e que sistema controlar de modo direto os seus ganhos como manicure bem como calista.
Foi dessa forma que consciência trouxe para você qualquer paixão repertório com número reduzido de dos instrumentos básicos destinado a se funcionar nessa adro. Dê só olhadinha e eis o que é preexistência a fim de você nesse hora.
Negação se preocupe sobre estabelecer novo, debaixo, o fundamental é começar no respectivo transação bem como persistir neste. Lembre-se disso!
Observe embaixo a pauta com equipamentos a fim de trabalhar que nem manicura bem como pedicuro:
Espátulas;
Caixas a algodão;
Removedor com esmaltes;
Lixas desde membros e membro;
Remuneração com látice;
Tesourinhas;
Palitos;
Lixas trabalhe em casa de unhas;
Esmaltes;
Separador desde dedos;
Paninhos;
Alicate a fim de gadanho;
Nebulizador secante.
Estes saudável equipamentos que tanto convencido recorrer com finalidade de você que vai realizar cada mostra a manicura, quanto a fim de você que vai representar dentro de cidade. Vazio que no situação desde demonstrar o exibição você estuda explicitar a outros equipamentos bem como mudança, visto que é o situação da estufa destinado a esterilização.
Divulgue respectivo trabalho
Nos dias de hoje que você imediatamente se profissionalizou e também foi atrás de toda gente os equipamentos essenciais a fim de melhorar bem, é horário de você dizer ao universo o que faz, que faz adequadamente e também expandir o alcance do lhe negócio.
As indivíduos precisam ter sabor de que você isto trabalhando e a incomparável modo a isso acontecer é divulgando o seu tenro projeto. A primeira aparência é ocupando o antigo bem como benéfico boca a fenda. Fale com as indivíduos próximas, com seus amigos, vizinhos, familiares…
O boca a estuário somente jamais dá certo. A melhor modo dentre disseminar algum produto por outra forma acesso hoje em dia é através da rede. Por causa disso você nunca pode ascender isso tempo. Divulgue os seus tarefas na world wide web!
Negação necessita sequer realizar único sítio agora. Trabalhe no mínimo nas redes sociais. Crie qualquer sinal destinado a o seu negócio e poste todos os dias fotos bonitas e teor a estirpe em cima de o fragmento que você lida.
Prezado conselho é que você pesquise íntimo em relação a isso neste ponto na rede mundial de computadores. O que não erro é informação. Leia, estude e também coloque sobre indústria o que aprender. Isso é certo sinal que possui o potencial dentre trocar o norte da sua alimentação.
Faça companhia com hall de beleza
dedicar-se que nem manicure e também pedicure
Por melhor que exista a probabilidade a representar visto que manicure sendo trabalhador (a) dentro de único exibição com harmonia, a maneira que pode trepar permitir mais alto retornança financial e também único é trabalhando por cálculo pessoalmente.
Você sabe que preço ganha alguma manicure dentro de único salão de venustidade? Dentro de casos raros, no empresas enormes e também quando você jamais tem grande quadra é realizável adquirir no máximo R$2.500, sendo que trabalhando por participação única a sua espera é desde conseguir até R$5.000.
Alguma das postura de você ter essa proveito é ganhando experiência na adro e boa você pode obter fazendo parceria com salões desde beleza e também a manicure. Você falece calhar seus tarefas, de que jeito diligente autonômico bem como dará alguma percentagem com finalidade de o instituição.
Por exemplo: Se o motivo bem como lateral gastos R$20, você irá ganhar R$15 e também dará R$5 destinado a o loja. Dessa maneira você pratica suas habilidades bem como consegue melhorar cada quer 2 dias sobre determinado local fixo, fazendo a sua uso.
Atenda a domicílio
Na correria que estamos colocando hoje em dia, ostentar acesso com manicura e também calista em bairro é certa grande balcão! Você este dando fera pessoas a saída destinado a os seus distúrbios.
Resolver as seres humanos no qual elas estão, quer seja dentro de moradia quer no luta, falece trepar depor um ágio abundante maior – acredite no que eu estou falando! Quantas indivíduos saem correndo para o oferenda bem como não tem período desde se arrumarem?
Você estará lá com o objetivo de enriquecer boa! O que é correto é que no momento que ser vê você trabalhando, acaba querendo também o função. Respectivo empreitada servirá desde propaganda! É desta maneira que é tal maneira considerável ser muito digno profissional.
Ordem bem como escopos
Sarcófago é certa plá que campanha para todas as áreas da vida. Se a gente jamais for constituído com o nosso empreitada e também jamais possuir escopos, a povaréu negação vai abundante longe. De nada adianta apresentar-se trabalhando no automático sem discernimento o que realizar.
Com estes 2 pontos corretamente definidos na ah consciência, é provável mostrar consequências visíveis, resultados reais e também constar o medida do lhe pendência. Compreender também no lugar em que é rigoroso com mais perfeição, o que se pode formar a fim de reforçar o faturação.
Menos acertar que a composição também irá apenas assentir liberar o melhor oferenda viável. Tenha boa em cima de cabeça, avalie visto que é a sua governo nos dias de hoje e também dê o teu mais adequado destinado a manter-se com aliança com a administração bem como com as alvos.
Ah! Lembrando que as alvos precisam estar reais, precisam íntimo verdadeiras. De nada adianta de modo nenhum você localizar propósitos que recusa saudável possíveis de alcançar.
Quer seja inovador e agregue alcance
que nem obter pecúlio que nem manicura bem como calista
Você quer ainda que ter episódio trabalhando visto que manicura e pedicuro? Dessa forma ou além do corriqueiro! Nunca oferta com finalidade de arrolar-se nesse supermercado fazendo a mesma coisa que os seus concorrentes e esperando único solução diferenciado.
Você precisa estar concentrado às novidades da adro, achar-se curioso, esmiuçar, ver o que as cidadãos estão usando, o que elas poderiam gostar e agregar certo ao sô pendência.
Qual sabe proporcionar alguma massagem nos pés e nas mãos? Ou alguma esfoliação? Pense claramente: O que você pode entrar ao respectivo acesso que irá aglomerar moral, vai achar-se ousado e também estuda fidelizar o teu comunitário?
Fera feitas qualquer coisinha comezinho é bastante a fim de livramento transportar com finalidade de o desenlace. Então pense com cuidado e gaste época com essa audácia. Estro é abundante importante.
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belizarioj8 · 5 years
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# Caminhos diferentes Vidas desiguais Cruzam-se dois rumos Em verdades circunstanciais : # : #ruas #argelia🇩🇿 #oran #vidas #cruzadas #canon #canon1100d #1855mm https://www.instagram.com/p/B1gSbwvjDAF/?igshid=1r1vt7gkt7bk2
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resenhadebolso · 5 years
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Espírito erótico
Ler este A Vegetariana é embarcar em uma jornada sem volta rumo ao limite da existência. Construída com habilidade ímpar, a história de uma mulher comum que se recusa a comer carne e altera o mundo ao seu redor é uma parábola erótica de alta voltagem.
Estruturado em três eixos, como partes desiguais de um triângulo amoroso algo surrealista, este romance vencedor do Man Booker International evoca A História do Olho, de Georges Bataille, no que pode ser visto como uma mistura de erotismo com elucubrações filosóficas sobre o futuro da humanidade. Ao decidir romper a lógica de um casamento monótono, construído com facilidade, Yeonghye abdica da vidinha sul-coreana meia-boca para adentrar o mundo natural, onde nada e tudo ganham a mesma equivalência. Chocando o marido, um homem mediano, ou a irmã e seu cunhado artista plástico, a carne da mulher Yeonghye dá lugar ao espírito da mulher Yeonghye – e não há nada mais abrasivo para o leitor do que constatar sua liberdade.
A graça, no fim das contas, está mais em fruir a jornada do que descobrir como acabará. Mesmo com os prenúncios de tragédia se avolumando, Han Kang tece uma teia de mecanismos que abusam do erotismo para reelaborar a estética da condição humana. Ao contrário do que o título faz crer, A Vegetariana não carrega em si o rótulo da apelação, muito menos do panfletário. Tal qual o romance de Bataille, trata-se de um universo próprio que parte do mundo aparentemente cotidiano para desnudar-se em uma fábula surrealista. Intenso e ágil na medida certa, A Vegetariana é sobretudo um romance urgente para fazer pensar e, por que não, libertar.
Nota: ✩✩✩✩✩
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somniattis · 3 years
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Como é o Inferno para você? || Closed A.U.: @avstardust​
- Como é o Inferno para você? - Perguntou-lhe uma vez um professor de Filosofia enquanto Derek ainda estava na faculdade. É bem quente... Tem vários demônios para lá e para cá, pessoas sofrendo incontáveis torturas. Tem bastante dor, agonia e desespero também... E tem o meu pai., um sorriso amargo lhe tomando os lábios de supetão, obrigando-o a engolir a saliva com força quando notou o olhar contrariado do professor. Embora essa fosse a primeira coisa que lhe veio a cabeça no momento, sabia que não podia responder de tal forma, contentando-se em dar uma detalhada e longa explicação sobre como a Inferno para ele era ter de voltar para casa nos fins de semana e encontrar a figura da mãe, completamente bêbada após retornar de mais uma premier, estirada no sofá da sala. Com exceção do mestre, é claro, todos os demais riram e Derek acabou, por fim, sendo expulso da sala. 
Bons tempos!, pensou enquanto organizava os últimos itens para o ritual. Havia feito um extensa e demorada pesquisa sobre as diversas dimensões infernais, concluindo que cada sistema religioso e cultura possuíam seus próprios além-vida. Como era especialista em magia grega, pretendia visitar o reino de Hades antes de qualquer outro. Pelo menos lá terei uma visão do Paraíso... Coisa que jamais verei depois de morto., um riso irônico e anasalado escapou de seus lábios enquanto ele alcançava um exemplar antigo que havia pousado sobre uma rocha não muito longe de si. 
Estava em meio ao local onde anteriormente se encontrava a Necrópole de Atenas. Subornando as pessoas certas, conseguira acesso às ruínas mais antigas e decrépitas, ficando o mais longe possível de qualquer sinal da civilização. Já havia separado uma boa quantia de dracmas de ouro, estando ciente de que não deveria subornar apenas os humanos caso quisesse verdadeiramente perambular pelo submundo estando vivo. Respirando fundo algumas vezes, limpou a mente e, com a voz rouca e profunda ecoando no meio do nada, começou o encantamento.
Por um instante, achou que havia sido atingido com força na cabeça por alguma coisa, tendo desmaiado logo em seguida. Seu corpo estava pesado e sua mente nublada, dificultando o raciocínio. Com muito esforço, obrigou-se a erguer o corpo maciço do chão, olhando ao redor. Estava escuro, e o silêncio era quase perturbador, apenas o suave som de água corrente se fazendo presente. Incrédulo, percebeu onde estava deitado: nas terras desoladas que antecediam as portas do Inferno. Não sabia como se sentia naquele momento. Estava em êxtase por ter conseguido atravessar a barreira? Estava com receio de ser pego por Cérbero, o guardião do reino de Hades? Ou estava apenas curioso para saber o que o aguardava além do rio Estige? Dando de ombros, levantou-se, sacodindo um pouco a poeira da roupa.
Caminhou pelo que pareceram horas até encontrar a figura do Barqueiro. Caronte estava imóvel sobre o barco, apoiado parcialmente em sua longa vara, uma das mãos estendidas em direção às almas que lhe entregavam o pagamento necessário para concluir a passagem. Pacientemente, esperou até que não houvesse mais ninguém para ser transportado além dele. Com um sorriso travesso, entregou a bolsa de cetim repleta de moedas de ouro ao imortal, piscando com um dos olhos. Caronte encarou-o por longos segundos, como se questionasse a si mesmo o que deveria fazer naquele momento. Derek encolheu um pouco os ombros largos e gesticulou com a cabeça em direção à bolsa, na esperança de que o peso do suborno fosse o suficiente. Sem alterar um único músculo da face, o Barqueiro simplesmente deu passagem ao rapaz, indicando para que ele subisse abordo. 
O trajeto foi incrivelmente rápido e, com olhos extremamente atentos, Derek acompanhou ambas as margens do rio mítico, vez ou outra observando de relance a figura sombria e taciturna do outro ser. Chegando ao fim da travessia, despediu-se de forma extremamente formal, rezando para que Caronte não mudasse de ideia no último segundo e o denunciasse. Felizmente, a criatura apenas meneou a cabeça acompanhando-o com os olhos até que as costas largas e musculosas do rapaz deixassem sua vista. 
Uma vez no Inferno, Derek caminhou sem rumo até cansar-se da visão monótona dos Campos de Asfódelos: a paisagem toda se resumia à magma, terra seca e rochas, além é claro da presença constante de criaturas monstruosas e de almas que vagavam sem rumo. Pelo menos o Inferno do meu pai tem mais graça nessa parte!, pensou mexendo o nariz numa expressão de desinteresse. Guiado somente pelas informações que havia obtido com livros e pergaminhos antigos, encaminhou-se para onde verdadeiramente gostaria de estar: os Campos Elíseos.
Usava suas habilidades mágicas para ocultar sua presença o máximo que podia, no entanto, não estava morto, logo, eventualmente um ou outro monstro vinha em sua direção. Embora fosse um homem grande o suficiente para usar os próprios punhos, preferia livrar-se dos inconvenientes usando magia. Estava começando a se cansar de ter de afastar criaturas disformes quando finalmente vislumbrou o que parecia ser a entrada da chamada Terra dos Heróis. Com um sorriso triunfante, esgueirou-se para dentro dos Campos Elíseos, aproveitando-se da aparente falta de vigilância.
O ambiente era infinitamente mais agradável e até o ar parecia mais leve. Embora soubesse que não podia baixar a guarda, optou por parar de caminhar ao ficar de frente para uma árvore frondosa cujos galhos transbordavam de flores. Com um sorriso, sentou-se em meio às raízes, apenas aproveitando a paisagem. Estava cansado e, sem perceber, começou a fechar os olhos lentamente... Até que um som de metal batendo contra algo rígido o fez levantar com um salto, pronto para se defender do que quer que fosse. Percebendo que o barulho parecia vir de um local um pouco mais afastado de si, caminhou sorrateiramente em direção ao som, os olhos desiguais brilhando intensamente. Foi só quando viu a figura atarracada e feroz do outro rapaz que Derek parou de se mexer.
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- Mas o que, em nome de tudo que é mais profano, você está fazendo? - Questionou em sua língua materna, ciente de que o outro o entenderia muito provavelmente. O rapaz tinha cabelos negros, pele clara e um porte físico considerável, embora fosse visivelmente mais baixo do que seu observador. Quando virou o rosto na direção do meio demônio, Derek imediatamente arregalou os olhos enquanto franzia o cenho, a semelhança entre ambos lhe provocando um arrepio. Nossa... Eu nunca vi ninguém com heterocromia antes!, pensou surpreso, acompanhando as demais feições alheias com curiosidade. Bom... Aparentemente ter olhos de duas cores diferentes, cabelo preto e pele clara automaticamente te faz maravilhoso., concluiu com um sorriso de canto de boca, desfazendo a expressão anterior. Seja lá quem você for, parece bastante humano pra mim... E bastante vivo também!, seria possível que mais alguém havia tido a mesmíssima ideia absurda de bisbilhotar a dimensão infernal grega, ou seria apenas uma estranha coincidência? 
Ficou ali parado, as mãos pousadas na cintura, esperando por uma resposta. Estava analisando silenciosamente as vestimentas alheias, imaginando como o outro reagiria ao fato de que ele vestia um par de calças jeans escuras, botas pretas de cano médio e uma camiseta lisa também preta. Ou você está aqui a muito tempo, ou você é uma entidade mitológica também..., calculou sem desgrudar os olhos da figura. Embora fosse esperto, Derek estava cansado e surpreso demais para perceber o óbvio: apenas deuses e semideuses possuíam forma humana no Inferno, logo, sua recém-descoberta companhia não podia fugir à tal regra. 
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d-osagem · 7 years
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Meu corpo brinca de ser pluma, e começa a dançar com o vento. Solto e leve, na linda valsa com a vida. No entanto, minha consciencia me limita a rotineira batalha por me achar, me completar desse vazio que meu corpo tornou-se. Dançando sozinho, sem cor, nem espírito, espero esbarrar com as coincidencias, tropeçar nas adversidades, deslumbrar os acasos e desacasos. Até agora nada além das brisas frias me levando por rumos desconhecidos, forçando-me a criar laços com qualquer coisa no caminho. Sinto como se estivesse de passagem breve por cada lugar, apenas indo guiado pelo incerto, sem temer e sem expectativas, apenas observando, anotando cada traço, cada rota. Invisivel no trajeto, meu corpo paira sobre as coisas, porém são todas inanimadas, maçantes, desiguais. Um teatro incansavel de pessimos atores me cerca. Me pergunto se peguei o trem para o Limbo, ou se minha mente se cansou de explorar as pessoas.
@d-osagem
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corinahaaiga · 7 years
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Inquilino Indesejado
Num papo mais parecido com uma sessão de análise, uma amiga confessou que ainda gostava de um ex namorado. Até aí, nada demais; incontável número de pessoas pelo mundo sentem amor por ex parceiros. O que é estranho é ainda gostar de alguém com quem se viveu uma relação que teve um final doloroso demais. Freud explicaria algo assim? Tenho minhas dúvidas... Mas, em se tratando do ser humano, tudo é possível e nem sempre dá pra explicar logicamente as emoções e, em especial, os desejos. 
Fiquei pensando sobre o assunto que nem me é tão estranho assim. Quem não atravessou alguma fase da vida com um inquilino indesejado morando dentro do coração que atire a primeira pedra. Amar é simples, dizem. Mas não é bem assim na prática. Amar pode doer pacas, machucar repetidamente as esperanças e jogar as energias por terra, ainda mais quando o ser amado não concorda com um "felizes para sempre". Quando era adolescente, eu enchia a boca pra falar que se o amor fosse verdadeiro ele jamais acabaria. A vida se encarregou de mostrar que eu estava redondamente equivocada. Amor verdadeiro também acaba.  Basta ser mal manuseado, desrespeitado, ultrajado na sua simplicidade. Amor verdadeiro acaba quando é sucessivamente sacolejado, ignorando sua imensa fragilidade. 
Amar não é simples. O Amor é que é. Amar é a conjugação, o jogo complicado de encaixar duas vidas, duas existências diferentes, duas pessoas com experiências, desejos, histórias, crenças, traumas, medos, vergonhas, valores e, principalmente, expectativas em escalas desiguais. E é justamente na hora do clique do encaixe perfeito que a porca torce o rabo e a receita da paixão começa a empelotar.
Deveria ser assim? Não sei, sinceramente. Só em pensar na trabalheira que dá para aparar as arestas, corrigir rumos e colocar panos quentes a cada vez que o caldo entorna dá uma vontade de ser uma ostra bem quietinha no fundo do oceano, mas como a gente sabe que isso não é possível, vamos passando pela vida num ciclo vicioso de apaixonar-desapaixonar, um constante estado de cicatrização. No meio dessa autorregeneração, o coração vai aprendendo que nem toda paixão diverte e começa a selecionar um bocadinho melhor para quem vai estender o capacho de boas vindas. É bom que seja assim. Evita nos fazer conviver com alguém que não tem mais nada de positivo e saudável para acrescentar em nossas vidas.
Cori - www.corinahaaiga.wix.com/oficial
Twitter: Cori
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Resenha: Poder e Dinheiro, de João Bernardo
Resenha: João Bernardo. Poder e Dinheiro. Do Poder Pessoal ao Estado Impessoal no Regime Senhorial, Séculos V-XV. 3 vols. Biblioteca das Ciências do Homem. Ed. Afrontamento, Porto. 1995-2002.
Por Loren Goldner
Parte I. Sincronia. Estrutura Económica e Social do Século VI ao Século IX. 1995. Parte II. Diacronia. Conflitos Sociais do Século V ao Século XIV. 1997. Parte III. Sincronia. Família, Dinheiro e Estado do Século XI ao Século XIV. 2002.
João Bernardo é com certeza um dos teóricos radicais mais prolíficos e prodigiosos dos últimos 30 anos, mas, por escrever em seu português nativo e por muito pouco de seu trabalho ter sido traduzido para o inglês, ele permanece em grande parte desconhecido no mundo do marxismo anglófono. A publicação, este ano [2002], do terceiro e último volume de seu massivo estudo de 2000 páginas sobre o “regime senhorial” na Europa dos séculos V a XV constitui uma ocasião para, modestamente, corrigir esta lacuna. O objetivo da resenha a seguir é tanto tornar João Bernardo mais conhecido no mundo marxista anglófono, quanto, acima de tudo, trazer sua obra mais ambiciosa até hoje à atenção daquele mundo, e mais além. (Espera-se também dar a conhecer o livro de Bernardo a alguns verdadeiros medievalistas – o que, categoricamente, não sou – capaz de resenhá-lo em maior profundidade, ou de acelerar a sua tradução para o inglês)1.
Os leitores da obra pregressa de Bernardo sabem a importância que dá aos “gestores” no desenvolvimento do capitalismo, mas aqueles que encontram o autor pela primeira vez neste estudo de três volumes do “regime senhorial” (termo que usa em vez de “feudalismo”2) não reconheceriam necessariamente a centralidade e as fontes deste aspecto de sua agenda, assim como “os gestores” não estiveram socialmente no proscênio na maior parte do período analisado. Mas o livro “olha para frente” muitas vezes, para a emergência do absolutismo, e além do absolutismo para o capitalismo, para deixar claro qual é a importância final do “estado impessoal” para Bernardo.
O que sobressai em toda a análise de Bernardo é um sério desafio às interpretações estabelecidas (incluindo as marxistas ortodoxas) acerca destes séculos. Todas essas interpretações convergem em torno da tese de que a crise do regime senhorial em meados do século XIV (mais dramaticamente, é claro, na Peste Negra de 1348-49) foi o resultado do esgotamento da terra virgem disponível para cultivo, após quase mil anos em que uma dinâmica central do sistema tinha sido precisamente a ocupação e desenvolvimento de tais terras, um processo que, de fato, tinha sido praticamente paralisado no século XIV. Dentro dessa dinâmica, as principais interpretações citam fatores demográficos, agrários e tecnológicos3, e para explicar o impacto da monetização da economia nos últimos séculos, alguns tendem a ver anacronicamente categorias protocapitalistas, como se o comércio fosse capitalismo. Para Bernardo, pelo contrário, todos estes fenômenos, até o comércio e as finanças internacionais inclusive (durante os séculos XIII e XIV), têm de ser vistos como um desdobramento ativo das relações de classe do regime senhorial, mediado em cada passo do caminho pela luta ativa entre classes.
Bernardo começa por identificar treze variantes regionais e temporais do regime senhorial, em contraste com o uso mais tradicional do “feudalismo” derivado do caso do norte da França4. No centro de todo o seu estudo estão os conceitos do bannum e do mundium, ou as esferas do poder e (grosso modo) do serviço social do senhor, respectivamente. O bannum é “em suma, o poder do senhor de dizer sim e não” (I, 226), na paz e na guerra; o mundium era o lado mais benevolente e protetor do poder associado ao bannum. Bernardo vê essas esferas começarem inicialmente na casa do senhor e depois se expandirem para incluir outras famílias. Uma relação de desigualdade que começou dentro da família tornou-se a base das relações entre o senhor e os servos, e entre o senhor e seus vassalos. As estruturas familiares foram o principal elemento organizacional deste modo de produção, baseado na troca de presentes5. Bernardo formula assim o que ele chama de “lei do regime senhorial” (primeira versão, para os séculos V a 10) como a “troca pessoal e particularizada, ao longo do tempo, de presentes constituídos por objetos econômicos concretos de função desigual”, ou mais sucintamente uma “troca de funções desiguais” (I, 239)6.
Tais relações regeram, por exemplo, a cunhagem do dinheiro, como no caso dos carolíngios, e Bernardo vê tais tentativas de “fortalecer o conteúdo prateado como confirmação de um desejo de continuidade nos sistemas de poder” (I, 553); as relações monetárias e sociais estavam inextricavelmente entrelaçadas, mais uma expressão do bannum. Mas, finalmente, a expansão do bannum através do dinheiro, e a redução dos camponeses independentes a servos, só foi realizada através de um intenso conflito social. Além disso, em contraste com o pensamento histórico dominante (incluindo o pensamento marxista dominante neste período), Bernardo insiste que “os conflitos não são uma realidade distinta das operações diárias do sistema social”, mas são essenciais para iluminar tais operações. Já desde os últimos séculos do império romano em diante e a formação inicial do regime senhorial, a fuga e o banditismo (por exemplo) foram continuações de lutas que tinham sido dominadas militarmente7. Mais tarde, a repressão de tais lutas obrigou muitas vezes a aristocracia cristã a suspender as guerras contra os muçulmanos. Mais uma vez, a expansão rumo às terras virgens é, para Bernardo, também forma de luta (II, 73).
Bernardo vê a forma inicial e pessoal de poder transformada em impessoal através da maior crise social dos séculos IX e X. É aqui que a sua originalidade se torna evidente e transforma as interpretações mais tradicionais da expansão em novas terras numa expressão de conflito social. (Ele mostra, por exemplo, como as conhecidas invasões dos vikings, magiares e muçulmanos associadas ao período após o colapso do império carolíngio foram, mais uma vez, não apenas incursões militares disruptivas, mas, pelo contrário, intercaladas de perto com a transformação das relações sociais então em curso, relações que por sua vez influenciaram os desenvolvimentos militares8.) As invasões, devido a alianças entre invasores e facções dos invasores, acabaram por expandir o sistema senhorial. Os resultados militares em diferentes partes do ex-império inspiraram-se em séculos anteriores de história em reorganizações diferentes e específicas das hierarquias locais. Até a crise, as terras não cultivadas e as vastas florestas eram uma válvula de escape permanente tanto para a simples fuga quanto para a migração, para um campesinato independente, e a existência dessa válvula de escape teve um impacto direto na possível taxa de exploração do campesinato servil nas terras sob controle senhorial. “O controle sobre a abertura de novas terras era, para a aristocracia, a condição para superar a crise” (II, 607-608). Bernardo mostra como muitas das conhecidas heresias da época estavam, de fato, intimamente ligadas a esses lugares de refúgio. A crise dos séculos IX e X foi moldada pelo desaparecimento de um campesinato independente, quando os senhores estenderam seu controle sobre as terras anteriormente não cultivadas9. A estrutura familiar era integral, pois os filhos segundos de famílias aristocráticas e camponesas eram a principal força em novos assentamentos. As relações anteriores, modeladas na família e, portanto, surgindo como relações pessoais, deram lugar a relações impessoais, em que os grandes senhores dominavam uma população de servos mais uniforme que vivia nos seus territórios. A mesma impessoalidade estendeu-se às relações do senhor com os seus vassalos. Bernardo vê esta transição em conjunto com mudanças profundas nas estruturas familiares do campesinato e da aristocracia. O comunitarismo rural, a seu ver, evoluiu como uma “grande família artificial”. Até a crise dos séculos IX e X, as comunidades rurais continham servos e camponeses independentes; após o desaparecimento do campesinato independente, as comunidades rurais adquiriram uma impessoalidade que refletia a nova regra impessoal do senhor. As heresias ocorreram em terras que tinham sido recentemente enredadas por relações senhorial, e refletiram o novo comunitarismo que foi uma resposta às novas formas senhorial impessoais10. O controle das igrejas locais pela classe senhorial era parte integrante das novas relações. (O papel dos segundos filhos de famílias senhorial no povoamento do nível superior da hierarquia eclesiástica mostra a centralidade contínua da família no sistema geral). A propagação das fortificações não visava tanto os inimigos externos, mas sim a potencial oposição interna. Nesse novo contexto sem camponeses independentes, o comunitarismo rural e as relações de exploração nele existentes foram refeitas, assim como a família senhorial, com “a contenção sistemática da população rural sendo inseparável da refiguração da classe dominante” (II, 361). Parte disso, para os explorados, incluía a penetração do trabalho assalariado nas antigas formas senhorial (II, 343).
Uma remontagem semelhante da elite aristocrática teve lugar nas cidades, através de formas pacíficas e violentas de luta. Mesmo onde apareceram certos aspectos de manufatura, como em Veneza, a forma corporativa de organização manteve toda a produção dentro das relações senhoriais urbanas (II, 429), e, segundo Bernardo, não havia nenhuma classe assalariada como tal durante esse período (II, 437). Houve, naturalmente, em várias cidades, uma grande população flutuante (arraia-miúda) excluída da elite e das corporações artesanais, que sobreviveu de uma combinação de caridade, crime e trabalho ocasional, mas suas erupções foram, até o final do século XIV, sempre mobilizadas em lutas entre fações da elite urbana11. Sua convergência em uma única forma de trabalhadores assalariados estava a séculos de distância (II, 449).
Para Bernardo, além disso, a cidade atuava como um “senhor coletivo” em relação ao mundo rural circundante, sobre o qual exercia efetivamente o bannum; as cidades eram “parte integrante do regime senhorial” (II, 516). Assim, muitos membros da elite senhorial urbana, embora permanecendo na cidade, continuaram a adquirir mais terras e permaneceram intensamente interessados no funcionamento de suas propriedades rurais (II, 476). A cidade explorou o campesinato sob seu controle, geralmente através da tributação12. Na Flandres, as cidades até organizaram ataques confiscatórios para impor impostos sobre o campo. Bernardo rejeita os “mitos” que tendem a ver os grandes comerciantes urbanos como aspirantes a uma vida diferente da nobreza, ou a ver a nobreza como indiferente aos negócios. Ele acha impossível desembaraçar as duas esferas, como, por exemplo, na atividade empresarial de muitas ordens militares como os Cavaleiros Teutônicos. Da mesma forma, a maioria das famosas batalhas das fações urbanas em várias cidades italianas (como aquelas entre guelfos e gibelinos) estavam geralmente ligadas a conflitos e alianças com a nobreza rural.
Bernardo, como indicado anteriormente, rejeita as explicações demográficas da expansão do sistema. “É”, escreve ele, “sem dúvida muito confortável para os historiadores invocarem acontecimentos externos, eles próprios inexplicáveis, para justificar processos sociais complexos. As flutuações demográficas estão sempre disponíveis como argumento, e como observei…. quando fiz a análise da expansão para novas terras no período anterior, o fato de um aumento da terra cultivada é a base sobre a qual muitos autores deduzem que a população aumentou, sendo essa dedução apresentada ao mesmo tempo que a causa desse fato. A explicação para um dos processos econômicos e sociais mais decisivos permanece, portanto, presa em um círculo vicioso metodológico”. (II, 529). Nenhum desses aumentos populacionais, argumenta o autor, causou a colonização e novos assentamentos. Pelo contrário, tais expansões geralmente eram uma expressão do poder senhorial, como (para dar um exemplo entre muitos) no caso dos monarcas boêmios e húngaros que encorajaram a imigração estrangeira a se fortalecer e a reduzir o poder dos aristocratas locais. (II, 539). As grandes peregrinações, sobretudo a partir do final do século XI, a Jerusalém (Bernardo rejeita o termo “cruzadas”) são ainda mais evidentes evidências da difusão da soberania senhorial sem colonização (II, 550-551). Eram, antes, válvulas de escape “permitindo ao regime superar a grande crise dos séculos IX e X sem a explosão de seus antagonismos” (II, 552). “O desmatamento e a abertura de novos campos não eram apenas operações da economia agrária, mas aspectos de uma colonização entendida no sentido amplo da palavra, como submissão das populações a uma fiscalização contínua” (II, 583). Ao privar as heresias de suas fortalezas, a classe senhorial as continha temporariamente. Enquanto alguns desses movimentos, como os valdenses, conseguiram apoio generalizado dos camponeses, sua autodefesa militar acabou empurrando-os para exigir tributo de uma nova forma dos camponeses, alienando-os e deixando os hereges isolados abertos à destruição. No final do período em estudo (século XIV), esses movimentos começaram a mudar seu foco de Jerusalém imaginária para a construção de uma Jerusalém real.
Depois de fazer essa análise, Bernardo volta-se no Volume III para a questão do dinheiro, e é aqui que ele mostra, de forma altamente original, como é impossível entender o dinheiro no regime senhorial sem entender as relações esboçadas acima, e sua evolução. O dinheiro, para Bernardo, era o veículo do poder impessoal.  Após a imposição do poder impessoal pelo século X, a classe senhorial conseguiu o controle total da criação do dinheiro, mas Bernardo insiste que é um erro comum de interpretações mais antigas ver essa evolução como resultado do comércio. O dinheiro se espalhou, a seu ver, como instrumento de poder impessoal entre senhores e servos e entre senhores e vassalos. A sua difusão não pôs de modo algum em causa o poder senhorial. Para Bernardo, o dinheiro não funcionava como agente de troca, mas como agente do exercício impessoal do poder, como na substituição do tributo ao dinheiro por formas mais antigas de tributo em espécie13. Ele insiste, mais uma vez, na distinção entre comércio e capitalismo.
Para aprofundar esta análise, Bernardo distingue três tipos de dinheiro, a Forma I usada nas relações entre os senhores e os servos14, a Forma II usada nas relações entre os senhores e seus vassalos, e a Forma III, dinheiro fiduciário que surgiu para financiar operações de crédito nas cidades, que (como já foi dito) Bernardo considera um “senhor coletivo” em suas relações com o mundo rural ao seu redor15.
Para Bernardo, esses três tipos de dinheiro são a chave para uma compreensão do novo papel da monarquia a partir do século 10. A sua convergência no rei ocorre precisamente após a extinção do campesinato independente. Assim, a operação do dinheiro, longe de ser uma força comercial cega, na verdade expressa relações sociais por toda parte. A política monetária dos reis (como a tentativa de estabelecer uma moeda forte na França entre 1360 e 1385) foi muitas vezes a causa direta da resistência popular. A nova fase do poder impessoal refez as duas famílias aristocráticas, bem como a relação destas últimas com os vassalos16. O uso de mercenários espalhou-se, minando formas mais antigas de serviço militar vassalo. Os vassalos pagavam cada vez mais o seu tributo em dinheiro. O dinheiro assumiu progressivamente o bannum e o mundium impessoais remanescentes, com o crédito a desempenhar um papel cada vez maior (III, 268-269). As duas grandes ordens militares, os templários e os cavaleiros de São João de Jerusalém, eram banqueiros. A própria emergência de grupos como os monges, nessa capacidade, refletiu a nova impessoalidade das relações sociais. Relações semelhantes, novamente mediadas pelo dinheiro, deram origem a uma burocracia assalariada, novos “profissionais de gestão” (III, 280) como Bernardo os chama. “A separação da esfera pública da esfera privada, sem a qual o Estado moderno não se desenvolveria, tem sua gênese nesse período….”. (III, 286). Universidades desenvolvidas para educar este estrato independentemente das instituições para a educação do clero. Para Bernardo, esta reconstrução impessoal das casas senhoriais através da Forma II do dinheiro (usado entre senhores e vassalos) aponta para todo o período do absolutismo, e “do século XV ao século XVIII toda a vida social e política pode ser analisada nos termos paradoxais das famílias artificiais impessoais” (III, 293). Voltando ao seu próprio período de emergência do poder impessoal, ele aponta como o modelo da família moldou até mesmo as instituições comerciais (III, 355).
No cenário urbano, no século XIV, o que Bernardo chama de Forma III ou dinheiro fiduciário (fiat ou papel) vem à tona, financiando um impressionante nível de comércio de longa distância. Ele vê este tipo de dinheiro emergir em conjunto com “a intensificação das contradições internas da sociedade urbana”, sobretudo no norte da Itália. No entanto, esse dinheiro fiduciário (ao contrário do que ocorreu séculos mais tarde sob o absolutismo) expandiu-se “sem a existência de qualquer centro estável de soberania com alcance global” (III, 375). Essa forma de dinheiro (seguindo a insistência de Bernardo no modelo de família em ambas as fases dos regimes senhorial) era ainda “parafamiliar” e não meramente mercantil, como se tornaria mais tarde. Bernardo traça o surgimento de letras de câmbio, seguros e crédito como atividades recém-especializadas dentro desse quadro. O dinheiro fiduciário começou a se espalhar a partir de práticas improvisadas de reservas fracionárias por profissionais de câmbio de moeda estrangeira (III, 405). As grandes feiras, como a famosa de Champagne, alcançaram tais dimensões que os cambistas e os banqueiros que supervisionavam a liquidação das contas começaram a lidar com transações que excediam seriamente as atividades das próprias feiras, tornando-se assim outra fonte de dinheiro fiduciário (III, 418). O dinheiro fiduciário criado por essas práticas da Forma III frustrou a capacidade das autoridades de controlar o dinheiro, como fizeram com as Formas I e II, através de antigas práticas de cunhagem e rebaixamento. As relações sociais pré-capitalistas expressas através das formas de dinheiro foram sublinhadas pela importância do saque para as associações comerciais internacionais, como a Liga Hanseática; assim, elas ampliaram uma antiga prática senhorial e não podiam ser entendidas como meramente comerciais. O rei da França realizou uma forma maciça de saque em 1307, quando ele reprimiu os monges-guerreiros banqueiros, os cavaleiros templários, e confiscou todos os seus bens. Nas cidades, a gestão da dívida pública atingiu um nível de sofisticação que mais tarde passaria para os grandes Estados absolutistas, e foi subscrita por novas formas de tributação fortemente regressiva dos pobres. (III, 456, 461) O funcionamento da dívida pública “foi sempre acompanhado de convulsões sociais”. Assim, foram chamados à existência bancos públicos que eram, de fato, bancos centrais. “Os principais atributos do dinheiro no regime senhorial eram de ordem social e política, como veículo de relações sociais e sistemas de poder, e não de ordem econômica imediata, como ocorreria no capitalismo”. (III, 472) as Formas I, II e III do dinheiro convergiram nos monarcas, que degradaram a Forma I metálica detida pelos pobres para fortalecer a Forma II usada com vassalos, o que por sua vez teve um impacto na capacidade de criar a Forma III do dinheiro fiduciário. Mas, mais uma vez, essas “operações de dinheiro e crédito não anteciparam de forma alguma o sistema capitalista. Pelo contrário, constituíram, tanto no plano econômico quanto no ideológico, o pleno funcionamento do regime senhorial” (III, 484). Mais uma vez, Bernardo polemiza contra muitos historiadores “na pressa de assimilar o comércio ao capitalismo” (III, 490). A nobreza, “sem exceção”, teve de intervir constantemente nas atividades comerciais, com seus poderes de cunhagem local. Os monarcas de Anjou especulavam massivamente, entesourando alimentos para vender a preços elevados em tempos de escassez, revelando os mecanismos sub-reptícios do mundium no novo período impessoal. As atividades de crédito da Igreja, como as dos cavaleiros templários e do papado, são para Bernardo explicadas “como modalidades do mundium”, e não como hipocrisia contra restrições ideológicas sobre juros (III, 505). Ao final do período, a gestão da dívida pública também deixou de ser classificada como usura. A aristocracia religiosa fazia parte do regime senhorial tanto quanto a nobreza leiga e as elites urbanas. Até o século XIV, após a crise dos séculos IX e X, os monarcas lutaram para afirmar o seu controlo sobre a cunhagem anteriormente descentralizada. Nas suas práticas fiscais e de crédito, as três formas de dinheiro convergiram. Os novos sistemas fiscais exigiam “uma conjugação de transformações sociais muito profundas”, uma conjugação que era possível “apenas quando o carácter impessoal da relação adquiriu hegemonia completa e quando os monarcas conseguiram gerir uma nova burocracia capaz de lidar com os mecanismos abstratos do dinheiro” (III, 563). “Só numa sociedade em que o dinheiro já permeava todas as relações era possível diferenciar o bannum pessoal de um soberano da autoridade da coroa” (III, 564). O período posterior foi assim caracterizado por uma realeza “ao mesmo tempo mágica e burocrática”. As grandes revoluções seriam ainda necessariamente para “liquidar o carácter sagrado do rei” e chegar ao “aparato impessoal e impessoal da autoridade estatal”17.
A segunda versão da lei do regime senhorial (para o período do fim da grande crise até o século XIV) é assim formulada por Bernardo como segue: “uma troca, ao longo do tempo, de presentes constituídos por objetos econômicos de função desigual, com agentes de troca indiferenciados e um conteúdo indeterminado das obrigações”, ainda que permanecesse (como no período anterior) uma “troca de funções desiguais”. No novo período, os “circuitos do dinheiro foram substituídos tanto pela personalização dos agentes económicos como pelo carácter concreto dos objectos económicos”.
Nesta nova situação de “enormes famílias artificiais e impessoais”, e na homogeneidade que ela gerou, os camponeses “perderam a iniciativa social, e o impulso à migração e à abertura de novas terras declinou e finalmente parou”. (III, 582) Isso levou a um período de contração econômica, e a classe senhorial foi forçada a maiores e maiores exigências. A fome voltou nas últimas décadas do século XIII com uma intensidade não vista há mais de cem anos. “O exercício mais severo do bannum forçou os camponeses a dispensar os tipos de alimentos que tradicionalmente consumiam” (III, 584). Com as populações enfraquecidas, o palco foi preparado para a Peste Negra18.
Em um capítulo conclusivo, Bernardo apresenta a insurreição inglesa de 1381 e a rebelião hussita na Boêmia e Morávia iniciada em 1419 como, respectivamente, a última luta da segunda fase do regime senhorial e a abertura de um novo período.
A rebelião inglesa, apesar de seu amplo alcance, nunca rejeitou a autoridade do rei. Mostrou “o caráter dual das comunidades rurais, que eram ao mesmo tempo um marco de solidariedade camponesa e um elemento de controle senhorial” (III, 606). No movimento hussita pela primeira vez houve uma convergência entre os servos em revolta com os pobres urbanos (arraia-miúda), unificando assim as correntes de rebelião (os movimentos comunitários heréticos e o fermento urbano igualitário) que anteriormente tinham ocorrido em isolamento. E ao contrário dos insurgentes ingleses, os hussitas nunca se voltaram para nenhum rei.
O fato de este estudo massivo estar escrito em português (enquanto se aguarda a sua tradução para inglês, que esta revisão pretende acelerar) deveria ser realmente o menor dos obstáculos à sua difusão e (para usar o jargão contemporâneo) “recepção”. Pergunto-me em que medida existe algum leitor (como, decerto, não sou) capaz de conhecê-lo plenamente, no seu próprio terreno. Bernardo não só passou quase 20 anos inteiros pesquisando e escrevendo este trabalho, como, sendo um intelectual independente sem ligação com qualquer universidade, esteve totalmente livre dos tipos de patrocínio institucional, pressões de carreira e modismos (principalmente, nas últimas duas décadas, a vulgata pós-modernista) que estragam tantas “monografias” acadêmicas. Talvez alguns medievalistas possam ser capazes de abrir buracos em diferentes aspectos da análise de Bernardo, mas particularmente porque seus fundamentos teóricos fluem de todo um corpo de sua escrita anterior que nada tem a ver com os séculos V a XV, o típico especialista e empirista acadêmico estará em grande desvantagem ao tentar impor-se ao livro de Bernardo como ele exige, ou seja, como um todo. Sua maior importância radical, como eu, um “leitor geral”, a vejo, está na insistência do autor de que as relações sociais do regime senhorial permeiam e explicam fenômenos que até agora têm sido geralmente interpretados como agrários, tecnológicos, militares, “econômicos” (em uma anacrônica projeção retrospectiva do capitalismo), demográficos ou epidemiológicos (por exemplo, a Peste Negra), ou seja, causas que diminuem ou eliminam a centralidade do social e da atividade de classes em relações específicas. Poder-se-ia, sem grande exagero, parafrasear a perspectiva geral de Bernardo de que os fenômenos a serem explicados são as relações sociais, mediadas pela agricultura, tecnologia, guerra, atividade “econômica”, demografia e epidemias. Seja analisando os sucessos das invasões vikings, magiares ou muçulmanas dos séculos IX e X, seja a despersonalização do bannum e do mundium, seja as migrações para terras não cultivadas, seja as instituições bastante sofisticadas de câmbio, dívida pública, tributação, bancário e segurador do século XIV (que este último pode parecer tão protocapitalista aos olhos menos críticos), ou, finalmente, os lugares onde a Peste Negra atingiu e não atingiu, Bernardo insiste sempre na reprodução da relação senhorial como central para qualquer explicação real. Quando se trata de questões de produtividade agrícola, inovação tecnológica, abertura de terras virgens, guerras ou epidemias, Bernardo rejeita sistematicamente qualquer explicação “ex machina” que retire o social de sua centralidade. O enfraquecimento da população europeia no século XIV, que a deixou vulnerável à Peste Negra (para tomar talvez o exemplo mais dramático), não foi o resultado do fato “bruto” do crescimento populacional, que preencheu toda a terra disponível e produziu uma escassez de alimentos, mas sim do complexo processo de extensão do mundium como solução para a crise dos séculos IX e X, e da posterior intensificação das exações senhorial quando as migrações para terras virgens foram interrompidas. Bernardo, através desta análise, amplia grandemente o poder explicativo das relações sociais que regem a prática social em áreas onde causas mais mecânicas há muito ocupam lugar de destaque. De outros períodos históricos com os quais estou mais familiarizado, este método explicativo “relacional” tem o condão da verdade, e por mais bem-sucedido que Bernardo o utilize em várias dimensões dos séculos V a XV, seu livro certamente forçará muitos medievalistas a repensar suas premissas na tentativa de manter sua posição. Esta será já a sua poderosa contribuição teórica e histórica.
Notas
1Aqui está uma bibliografia resumida dos livros de Bernardo até hoje: Para uma Teoria do Modo de Produção Comunista (Porto, 1975); Marx Critico de Marx. Epistemologia, Classes Sociais e Tecnologia em 'O Capital' (Porto, 1977); O Inimigo Oculto. Ensaio sobre a Luta de Classes; Manifesto Anti-Ecológico (Porto, 1979); Capital, Sindicatos, Gestores (São Paulo, 1987); Crise da Economia Soviética (Coimbra, 1990); Economia dos Conflitos Sociais (São Paulo, 1991); Dialéctica da Prática e da Ideologia (São Paulo, 1991).
2Bernardo também prefere o termo “regime” ao termo marxista “modo de produção”, acreditando que o atual nível de pesquisa histórica faça com que o uso de tal termo para outros modos que não o capitalismo seja “prematuro” (I, 237) (todas as citações de páginas se referem aos três volumes como I, II ou III, seguido de um número de página).
3Em II, 62 e seguintes, Bernardo argumenta que as sondagens exploratórias em terras virgens estavam intimamente ligadas às tensões sociais.
4Estas incluem 1) a zona entre o Loire e o Reno; 2) Francônia, Turíngia, Alemania e Baviera; 3) Frísia e Saxônia; 4) Inglaterra anglo-saxônica; 5) a zona que constitui o nordeste da França contemporânea; 6) a zona a sul do Loire; 7) o centro e o norte da Itália; 8) Espanha 9) e 10) duas zonas inter-relacionadas que se estendem das montanhas cantábricas ao mar e ao vale do Douro. 1), 4) e 6) estão ainda divididas em dois períodos distintos, perfazendo um total de 13 variantes. Este uso de variantes em oposição a “tipos” (como os weberianos) é o núcleo do método de Bernardo. Mais tarde, por exemplo, ao discutir o aparecimento de trabalho assalariado ocasional no campo, diz Bernardo: “Somente a evolução histórica pode fazer distinções entre o que, em uma determinada época, aparece como uma situação única. Uma das características do modelo de história que infunde este livro é a consideração de cada fenômeno, não à luz de um fenômeno supostamente típico, mas sempre como uma articulação de variantes. E quando determinadas variantes se destacam em um determinado contexto e dão origem a algo diferente, isso não se deve às minúcias da análise historiográfica, mas aos ditames da história real. Se, séculos mais tarde, o capitalismo não tivesse vindo para tomar este aspecto da vida camponesa como uma das bases do seu desenvolvimento, não teríamos hoje nenhuma razão para separar as formas precursoras da introdução do salário das outras formas de trabalho doméstico e serviços feitos sob a forma de trabalho….”. (II, 345)
5Bernardo identifica nada menos que 22 tipos diferentes de transferências de riqueza, entre e dentro de diferentes classes, e também mostra como cada transferência efetuou o bannum, ou seja, o poder senhorial (resumido no gráfico ao lado, p. 430). É também na discussão do dinheiro em vol. I que ele integra material antropológico abrangente de todo o mundo, para explicar a economia dos presentes.
6As quatro características do sistema na primeira fase são 1) a reciprocidade dos deveres, 2) a realização destes movimentos recíprocos não foi simultânea (e.g. o carácter esporádico da esmola nos momentos de crise) 3) o carácter destes deveres foi sempre pessoal, ou seja, não puderam ser desempenhados por nenhum outro senão um herdeiro, e 4) o carácter dos deveres foi sempre concreto.
7Talvez mais interessantes no final do império romano fossem as Bacaudae, que realizaram ações de guerrilha e integraram nas suas fileiras bandidos e refugiados.
8Bernardo recorre a Ibn Khaldun e à figura pouco conhecida do século XVIII, Joseph de Guignes, para analisar o impacto das invasões nômades nas sociedades sedentárias. “Nem os escandinavos, nem os muçulmanos, nem os magiares teriam tido êxitos tão notáveis se não tivessem beneficiado sistematicamente de alianças” com facções de aristocratas e camponeses (II, p. 95).
9“A incorporação na esfera do bannum das terras não cultivadas foi o primeiro passo na conversão aos servos de todas as famílias rurais que os usavam.” (I, 349). Mais enfaticamente: “O controle alcançado pela aristocracia sobre as áreas não cultivadas foi um dos fatores que lhe permitiu dominar todo o processo. Se é possível encontrar um único eixo de continuidade durante os dois grandes períodos do regime senhorial, não só unificando uma linha evolutiva comum, mas também servindo de articulação na grande crise dos séculos IX e X e permitindo à aristocracia recuperar o fermento camponês e restabelecer a sua autoridade em novas formas, este eixo é o exercício do bannum sobre áreas não cultivadas e seus usos. Excessivamente preocupados com a agricultura, o avanço de suas técnicas e o melhoramento da terra, tantos historiadores nunca superaram um curioso erro de perspectiva, quando de fato o destino deste regime foi decidido nas áreas anteriormente abertas”. (II, 528). Bernardo vê as raízes pagãs de muitas heresias como mais uma indicação de que elas surgiram da resistência à propagação do sistema senhorial.
10Bernardo vê as raízes pagãs de muitas heresias como outra indicação de que surgiram da resistência contra ao espraiamento do sistema senhorial.
11Bernardo vê o movimento florentino 1378 do “Povo de Deus” (dentro de um fermento maior, mais geralmente conhecido como a rebelião Ciompi) como talvez o primeiro movimento de todo o período em que os trabalhadores agiram autonomamente, e não foram manipulados por uma facção de elite. (II, p. 451)
12Bernardo aponta (II, 487) que a elite florentina reduziu seriamente os impostos sobre o campesinato durante o movimento do verão de 1378, tentando ganhar sua lealdade contra o movimento popular urbano.
13Aqui mais uma vez (III, 84-85, nota 205) Bernardo polêmica contra antigas ortodoxias marxistas de figuras como Maurice Dobb, que interpreta fenômenos como o capitalismo crescendo dentro do sistema senhorial, em vez de ver essa dispersão de dinheiro como uma “premissa” para o desenvolvimento posterior do capitalismo.
14“Deste modo, os interesses familiares poderiam ser transformados na teia de relações que estruturou o comunitarismo rural e, ao tornar a população de um território coeso, foi a base da senhoria impessoal. Graças à Forma I do dinheiro, as coletividades rurais apareceram como o estrato inferior de vastas famílias artificiais encabeçadas por senhores impessoais. Foi assim que o estado moderno começou a tomar forma”. (III, 86).
15“Pretender avaliar os mecanismos de crédito operativo dos séculos XI a XIV pelos padrões capitalistas é um anacronismo….” (III, 147)
16A rejeição de Bernardo do termo “feudalismo”, em que as exceções à velha definição de vassalagem acabam por ser “muito mais generalizadas do que a regra”, está em III, 223 e seguintes.
17Para a rica e densa discussão de Bernardo sobre a transformação destes elementos em absolutismo após o fim do seu período, cf. III, 564-567.
18Uma vez mais, Bernardo ataca “historiadores que invocam razões demográficas” para explicar a praga, e que “permitem aos historiadores precisamente esconder os antagonismos entre classes por trás de aparentes atos da natureza” (III, 586).
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