Coffee Shop AU for Slimeriana.
Mariana is a hardworking barista. With a disgruntled boss and a lazy co-worker, he has developed the patience to deal with bad customers and busy days. He doesn’t take shit from nobody, even if that someone is a pretty face.
A new customer. Full-fledged American who has troubles pronouncing his orders and despite the fact that he also wears glasses, he seems to still squint his eyes just to read the menu.
His name is Charlie. He’s cute but he’s holding up the line. The customer doesn’t even have to order in Spanish, there’s literally a translation below the menu items and Mariana lets him know.
Still, it’s like he didn’t hear because he’s still trying to order in Spanish and butchering every word. Any other day, Mariana would’ve found it endearing, but he had other customers and this pendejo orders the most complicated drink known to mankind.
AND HE KEEPS COMING BACK.
The most annoying thing is not even how he holds up the line. It’s how he keeps changing his drink, always new and always too complicated to make. Sometimes he wants a cheesecake or some type of dessert. But Mariana can’t complain though, he could feel his manager’s glare on the back of his head if he even dared. Charlie tips a reasonable amount every time.
Mariana is practically helpless.
For weeks it’s torment. Weeks and weeks, he thought about begging his boss for a different shift countless of times before.
Until Charlie suddenly stopped showing up. Around 2:00 PM, every weekday, is his usual arrival. Not that Mariana anticipates him, he’s just a new regular. He knows all his regulars’ expected time. Of course.
But anyways, Charlie stopped showing up. A whole week of no two shots of espresso with two pumps of vanilla syrup and cold foam and cinnamon drizzle and any of that bullshit. A week of actually being able to keep a flow on his workstation but… There’s no random quips asking him how to say a certain Spanish word, no strange puns to make his eyes roll, no one occupying the isolated seat around the corner of the shop.
Mariana can almost convince himself that he hallucinated him this entire time until Charlie shows up again and Mariana is bracing himself for another complicated drink.
But Charlie only orders a simple cappuccino.
And he’s not alone.
Beside him is a taller man. Way taller than Mariana by significant inches, much to his mild annoyance. Then, he hears him speak and his voice, dulcet and smooth carries the words in such a pretty English accent. He calls himself Wilbur and Mariana suspected that Charlie is on a date.
Charlie was being all nervous and timid, it’s totally a first date!
Right before his shift ends, Mariana sees the pair stand up, ready to leave and probably go home together.
But when Wilbur walks up to him, it’s to his surprise to find him pulling an unwilling Charlie beside him.
“You’re Mariana, right? Can Charlie get your number? He’s been meaning to ask for it but he’s too much of a pussy to do it himself.”
Mariana has never been more confused in his life because he was 100% sure they were on a date. He was just about to say, until it suddenly makes sense in his head, like a jigsaw puzzle being completed, piece by piece.
“Is that why your drinks are… Your drinks, es demasiado difícil?” He asks him in disbelief.
Charlie has been working up the courage to ask for his number every time he walks up to order. He just wanted more time to be able to do it.
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"A lógica por trás do sentido de um divórcio."
Ela chega atrasada na cafeteria, mas ele está lá, esperando por ela. Não parece surpreso quando nota que o atraso dela foi de exatos 15 minutos. Pelo contrário: ele a observa com aquela mesma careta de sempre, entediado, conforme a assiste pendurando a bolsa na cadeira, tirando o sobretudo, o cachecol...
Enquanto ela está cheia de tralha, ele só trouxe sua carteira, o celular, as chaves e um caderno de bolso com uma caneta. Tudo cabe em seu bolso. Mas ela precisa da bolsa, de uma ecobag para carregar algo extra e, bastasse tudo isso, ainda precisa carregar nas mãos as peças de roupa que ela usa de forma exagerada, como se fizesse, assim, tão frio. Não faz: ele só está de camisa e blusa de lã. Mas, ela sempre foi friorenta.
— Você não imagina o trânsito que eu peguei vindo pra cá. — É a primeira coisa que ela fala, assim que consegue, finalmente, se sentar.
Ele observa de forma silenciosa conforme ela tira as chaves e o celular do bolso, os deixando sobre a mesa. Mais tralha.
— Depende. Você pegou o caminho mais longo?
— Obviamente.
Ele não se surpreende, mas também não fica contente com o que ouve.
— Esse caminho sempre te faz atrasar 15 minutos.
— Eu sei. Mas, o trânsito que eu pego naquela ponte, me deixa ver a vista bonita do parque que fica embaixo. E eu gosto muito da vista bonita do parque que fica embaixo.
— Então, saia 15 minutos mais cedo.
— Não é como seu eu planejasse passar pelo caminho mais longo toda vez. Eu sempre acho que vou pelo caminho mais curto, mas quando chega a hora...
— Se você percebe que isso sempre se repete, por que ainda insiste?
Ela faz bico. Estica o braço sobre a mesa e rouba o cardápio do lado dele, o puxando para si. Quando abre, ela passa os olhos por todas as opções possíveis. Suspira, boba, quando se lembra das vezes em que tomou cappuccino ali. Ou daquele dia em que provou o chocolate quente. Do quentinho que sentiu no peito quando provou café preto com brownie. E da satisfação de tomar um suco de melancia com um sanduíche integral.
— Você já pediu? — Ela questiona, sem o olhar.
— Não. — Ele responde, simples. Tira o óculos do rosto e passa a limpar a lente em um guardanapo. — Imaginei que você iria atrasar, então esperei pra pedir quando você chegasse.
— Se você já espera o meu atraso, por que ainda tenta me convencer de não me atrasar? — Ela ri, jogando o jogo dele. — Por que você não marca 15 minutos antes do horário que gostaria de me encontrar?
— Dessa vez, quem chamou foi você.
— Ah, é verdade. Tinha me esquecido. — Ela vira a página do cardápio mais uma vez. — O que você vai pedir?
— Suco de laranja e pão de queijo.
— E desde quando você gosta de pão de queijo?
— Eu não gosto. Mas, você vai pedir alguma coisa exótica, que você não vai gostar, e eu vou ter que comer. E você vai ficar com o meu pão de queijo, como sempre. — Ele gesticula, em seguida põe o óculos no rosto. — Simples assim.
— Eu não peço nada exótico. — Enfim, ela fecha o cardápio, o apoiando sobre a mesa. Sua expressão é ofendida. — Meu gosto é impecável. É só que o seu pão de queijo sempre parece tão delicioso...
— Então, peça logo um pão de queijo, que tal?
— Não é a mesma coisa.
— Como não? Eu não consigo entender.
— É claro que não consegue... — Ela apoia o queixo na mão, desviando o olhar para a garçonete, que se aproxima. É possível ler o apelido “Charlie” em seu crachá. — Olá, tudo bem? Eu vou querer um cappuccino de brigadeiro com leite desnatado... E acréscimo de chantili, por favor. Junto de um pão na chapa.
— Claro, moça... — Charlie anota em seu bloquinho. — E o senhor?
— Um suco de laranja, um pão de queijo e um brigadeiro.
— Certo. Vou trazer.
Ela se ajeita em seu lugar. Enfia o cachecol na bolsa, pega o sobretudo — que estava pendurado em sua cadeira — e o usa para cobrir as coxas. Ele não entende por que ela usa quatro, cinco casacos diferentes se no final usará saia com uma meia-calça felpuda por dentro. E porque raios ela teima em usar aquela bota de salto, sendo que ela sempre reclama que odeia dirigir com ela, porque pega no calcanhar quando vai pisar na embreagem.
— Bom, vamos ao que interessa? — Ele joga suas cartas na mesa.
— Tudo bem. Quem começa dessa vez?
— Você. Hoje é par.
— Como assim... “hoje é par”? — Ela repete, confusa.
— É a 24ª vez que estamos vindo ao café pra conversar sobre o divórcio. Na primeira vez, quem falou, fui eu. Na segunda, você. Então, em todas as vezes pares, foi você quem teve a primeira palavra. — Ele explica, lógico.
— Ah, sim. — Ela murmura, sem interesse. — Eu nunca tinha percebido isso. Na verdade, eu só estava falando quando tinha vontade de falar... E, nas vezes que você começava, eu só aceitava e ouvia o que você tinha a dizer.
— Você nunca planejou fazer isso em ordem, então?
— Não. — Ela franze o cenho. Quando observa a expressão desapontada dele, ela fica inquieta na cadeira, incomodada. — Ótimo. Eu nem tive tempo de pensar em um dos motivos pro nosso divórcio e você já me dá um.
— Hm.
— É estúpido da sua parte fazer isso. Estamos falando sobre um divórcio, afinal, e ainda assim você quer achar lógica nas coisas. Por isso que eu já desisti de tentar resolver a nossa relação. Não importa quantas vezes eu queira procurar um pouquinho de calor vindo de você, você é frio como uma geladeira.
— Já eu, acho estúpido você não querer achar ordem em algo. De que adianta nós dois berrarmos o que guardamos aqui dentro, se nenhum dos dois ouvir o que o outro tem pra falar? Se tiver uma ordem, você vai me ouvir e eu vou te ouvir. Mas, você não entende isso. — Ele ri nasalado, irônico. — E é por isso que eu já desisti de tentar resolver a nossa relação.
— Não seja um babaca. Tentar controlar sentimentos é coisa de babaca.
— Um relacionamento não é só feito de sentimentos. Relacionamento é compromisso. De que adianta você sentir tudo, se você não sabe colocar em palavras pra mim que me ama?
— E do que adianta você colocar em palavras o quanto me ama, se você age como uma pedra?
Os dois se pulverizam com o olhar. Charlie traz ambos os pedidos, os deixa sobre a mesa e o casal agradece. Em pausa de sua discussão, ela pega uma colher e dá uma colherada um pedaço do chantili, o trazendo até a boca. Ele ajeita o brigadeiro no centro, o pão de queijo na direita e o suco na esquerda, bem próximo, para que ele tome de canudinho.
— Eu só queria que você fosse um pouco mais racional, às vezes. — Ele murmura, observando conforme ela troca seu prato, com o pão de queijo, pelo prato dela, com o pão na chapa; é o favorito dele. — Isso, por exemplo. Por que você simplesmente não pega a droga do pão de queijo pra você, ao invés de me obrigar a comer o que quer que você esteja a fim de pedir?
— Você quer comparar nosso relacionamento com um pedido em uma cafeteria? — Ela arqueia a sobrancelha. Está com a parte de cima do lábio suja de chantili.
— É um paralelo. Não faz a menor lógica você agir desse jeito. Assim como não faz a menor lógica você me dizer que não quer insistir na nossa relação, sendo que você só usa cílios postiços quando quer flertar.
O rosto dela fica avermelhado. Ele não sabe dizer se é de vergonha ou de raiva, mas ela bem sabe que é os dois. A moça apanha um guardanapo e o usa para limpar o bigodinho de chantili, resmungando no processo:
— E qual o sentido de você esfregar isso na minha cara? Te faz se sentir melhor, por acaso?
— É uma constatação.
— Sim. Mas, o céu ser azul é uma constatação e nem por isso toda vez que você o vê, você diz em voz alta que o céu é azul. — Ela resmunga, fazendo uma pequena pausa para comer um pedacinho de pão de queijo. — Você que não faz sentido. Se você reclama tanto que eu vou roubar seu pão de queijo, que você nem gosta, por que você continua pedindo?
— Porque eu sei o que vai acontecer.
— Pois, eu acho diferente. — Ela gesticula, apontando a unha vermelha na direção dele conforme continua: — Eu acho que você pede o pão de queijo de propósito. Porque você quer me agradar. E porque você sabe que eu não quero comer um pão de queijo; eu quero comer o seu pão de queijo. E ainda assim, você olha pra mim e diz que não quer ter mais nada comigo.
— Não tem lógica. — Ele nega. — Não faz sentido eu fazer algo assim, só porque eu quero te agradar.
— É claro que faz. — Ela ri, dando de ombros. — Veja, eu fiz a mesma coisa que você, agora, e você nem reparou. Eu pedi pão na chapa, que você gosta, porque nós íamos trocar de prato.
Ele franze o cenho. Parece abismado.
— Não. Não faz o menor sentido. Bastava eu pedir um pão na chapa e você pedir um pão de queijo. Qual é a diferença de você ou eu pedirmos, se no fim vamos comer a mesma coisa?
— Viu? É por isso que estamos nos divorciando. — Ela lambe a colher, depois de misturar o chantili ao cappuccino que, na opinião dele, é rococó demais. — Porque você não entende que o amor está nas entrelinhas. O amor não precisa ser óbvio, não precisa ser uma “constatação”.
Ao finalizar seu suco de laranja, ele pondera bem quais palavras irá usar em seguida, para enfim poder degustar de seu pão na chapa.
— Eu discordo. O amor não tem de estar nas entrelinhas, pelo contrário. Do que adianta você fazer algo pensando em mim, se você não me avisa? Pra mim, o mais lógico era que você não queria se esforçar e pensar em pedir algo, já que você iria comer meu pão de queijo. Mas, você vira pra mim e diz que pediu o meu favorito, porque iríamos trocar. Como você quer que eu perceba isso, se você não me afirma?
— Porque tem coisas que não precisam ser reafirmadas. — Ela gesticula, simples. — Se você sabe que eu amo você, por que é difícil entender que faço coisas pensando... em você?
Ele para por alguns instantes... Olha para cima, põe a mão no queixo. Enquanto mastiga seu pão, ele arqueia rapidamente as sobrancelhas, com os olhos um pouquinho mais abertos, antes de admitir:
— É, isso tem lógica.
— Viu? — Ela abre um sorriso. Se sente vitoriosa. — Agora, me diz: você realmente só pede o pão de queijo porque se acostumou comigo roubando seus pães de queijo, ou você faz isso porque, aí dentro, você quer me agradar?
— Seria mais lógico eu simplesmente pedir o pão de queijo pra você.
— E você pediu. Assim como eu pedi o pão na chapa. Só que nós pedimos no nosso nome e depois trocamos. — Ela mexe a colher no ar, fazendo uma volta. — A sua lógica sempre tem que ser horizontal ou vertical? Ela não pode ter um formato de, sei lá, uma rasura?
— Uma lógica rasurada poderia ser facilmente transformada em uma lógica horizontal ou vertical. — Ele afirma, convicto. — Ao invés de fazermos toda essa volta, faz muito mais sentido que eu simplesmente peça por nós dois e, no final, te diga que pedi pão de queijo porque você gosta.
— É verdade, isso seria bem mais fácil. — Ela tem de admitir, embora não goste muito. — Mas, no final, o resultado não foi o mesmo?
— Foi.
— Então, pra que usar uma lógica tão objetiva todas as vezes? — Ela dá de ombros. — Por que não complicar as coisas? Dar profundidade a elas. Complexidade. Emoção.
— Você diz isso, mas sempre se dispõe a sentar comigo e conversar de forma extremamente objetiva sobre a nossa relação. — Ele argumenta, se endireitando na cadeira. — Deixa claro o que você acha que está “entrelinhas” e só assim que conseguimos, realmente, nos entender.
— Concordo, mas só em partes. — Ela ressalta. — É verdade que conseguimos entender algumas coisas de um jeito melhor quando elas estão estampadas na nossa cara. Mas, tem outras que nós simplesmente pescamos no ar... sentimos.
— Tipo o que, por exemplo?
— Tipo o fato de que você reparou que eu estou de cílios postiços e lembrou que eu uso eles quando quero flertar.
— Ué, é uma afirmação, uma verdade. Você, de fato, está de cílios postiços. E você, de fato, usa eles quando quer flertar.
— Eu sei, mas por que você acha que você reparou nisso? Ou por que você acha que ainda se lembra de como eu gosto de flertar, se estamos nos divorciando? — Ela o encurrala com suas perguntas certeiras. — Porque você se importa.
— É claro que eu me importo. Você fez parte da minha vida. Você foi importante.
— Não. Quem foi importante, a gente lembra das memórias. A gente não pede pão de queijo no café da tarde, fala dos cílios postiços e tampouco fica olhando o jeito que ela se veste. Isso a gente faz com quem é importante. Isso a gente faz com quem a gente ama.
— Eu não fiquei olhando o jeito que você se veste.
— Os olhos não mentem, querido.
Ele respira fundo.
— Se você está dizendo que tudo isso é verdade, que eu realmente ainda amo você por fazer tudo isso... Por que você diz que eu só falo que te amo? Que não demonstro meu amor, se você está “pescando no ar”?
— Porque é o que eu sinto... sobre como eu acho que você se sente. — Ela afirma, limpando as mãos com o guardanapo. — Eu quero que você me ame, então sinto que você faz esse tipo de coisa porque me ama. Mas, você não me dá a certeza. Porque você está ocupado demais querendo achar lógica em tudo... e não aceita que o amor não tem lógica.
— O amor tem lógica, sim.
— Pois bem: me explique a lógica do amor, Einstein.
— Eu amo quando você usa o apelido que eu te disse que gostava. Amo quando você faz biquinho quando é contrariada e amo como você simplesmente não consegue ficar fisicamente parada enquanto estamos discutindo. Eu amo vários detalhes sobre você, então nada mais lógico que o tanto de detalhes que eu amo em você, façam com que eu ame você por inteira.
Ela cora e, dessa vez, os dois entram no consenso de que foi por paixão.
— Mas, por que você gosta desses pequenos detalhes em mim, e não em outras pessoas? Já parou pra pensar nisso?
Terminado o café, os dois se erguem. Embora não faça lógica, ele insiste em levar a bolsa dela, por mais que ela tenha toda a capacidade de segurar. Não faz muito sentido, mas, quando eles vão se afastando da mesa, em direção ao caixa, ela faz questão de ajeitar a cadeira por ele, que por vezes esquece de o fazer.
— Porque é você.
— E por que sou eu?
Os dois ficam em silêncio. É lógico que ele pague por ela, porque o salário dele é maior que o dela e tem razão por trás dele gastar aquele dinheiro. Assim como faz sentido que ela se apoie nele para abaixar e amarrar o cadarço da bota, simplesmente por querer tocá-lo e sentir que o tem mais perto de si.
— Não sei dizer.
— Está vendo? — Ela se ergue novamente, aproveitando para apanhar a chave do carro. — Não tem lógica... Mas, faz sentido.
— Mas, você admite que eu amar os pequenos detalhes em você fazer com que eu ame você, tem muito mais lógica do que sentido, não admite?
— Sim, eu admito.
Os dois se olham por alguns segundos, em silêncio, na porta da cafeteria.
— Você quer carona? — Ela quebra o silêncio.
— Qual o sentido por trás dessa carona?
Ela abre um sorriso.
— Me diz a lógica, primeiro.
— Bom... É lógico que você queira me dar carona. Porque minha casa fica no caminho entre a cafeteria e a sua casa. E está frio, se você não me der carona eu vou pegar metrô e posso resfriar.
— Sim, você tem razão. É o mais lógico a se fazer... — Ela se vira em direção ao carro, seguindo até o celta prateado. — O sentido está em eu me importar com você. Eu me importo que você se resfrie. E também gostaria de passar mais tempo com você.
Ele abre a porta de trás. Deixa a bolsa dela e ela aproveita para deixar sua ecobag. Ela está escorada, de lado, o olhando conforme ele fecha a porta e se escora igualmente. Ele com as mãos nos bolsos, ela com os braços cruzados. Ela o olha como se fosse seu tudo, mas ele não consegue perceber isso tão bem. E ele não vê lógica na sua vida sem ela, mas ela não consegue compreender isso por completo.
— Sabe o que eu acho que faz sentido e lógica, querida?
— Hm?
— Se nós desistíssemos dessa ideia imbecil de divórcio. Porque não faz sentido. E não tem a menor lógica.
— É, acho que você tem um ponto... — Ela abre um sorriso, se aproximando. — Além disso, nós não podemos simplesmente ficar levando o Ego de lá pra cá. O gato vai ficar maluco se tiver que se mudar mais uma vez, sabe?
— É, você está certa. Faz sentido.
Cérebro e Coração se beijam.
Luiza Manchon.
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