Pet: Mitos e verdades sobre doenças respiratórias e articulares em pets
Pet: Mitos e verdades sobre doenças respiratórias e articulares em pets
Com a queda nas temperaturas, aumentam os riscos de doenças respiratórias e pioram quadros de doenças já existentesFoto: Priscilla Fiedler
Assim como os humanos, cães e gatos também têm a saúde afetada pelas temperaturas mais baixas. Por isso, as dicas sobre uso de roupinhas, caminhas e casinhas mais quentes e protegidas e cuidados com banho e tosa são indispensáveis, afinal ninguém quer ver seu…
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Lamaçal
Quem imaginaria?
Quem se quer poderia imaginar
Que o copo em que matei a minha sede
Tantos chás tomei
Café, ou simplismente a tão límpida água
Este copo que estava em minha cozinha
Que eu o tantas vezes lavei
Para ajudar nas tarefas de casa a minha mãe
Este mesmo copo poderia um dia estar
Nas profundezas de um oceano
Um oceano de lama
Uma lama dença, que da barragem escorreu
E os homens não a quiseram segurar
Deixaram, sem dó nem sequer piedade alguma
Permitiram que ela desliza se por toda minha cidade
E a minha casa
Meu quarto
Minha cozinha
Minha família
Tudo foi levado, e agora está no mais profundo lamaçal
Até mesmo, aquele simples copo de cozinha.
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Escolas de Samba II
Jornal do Brasil - Sérgio Cabral - 13/1/1961
Se procurarmos no século passado algum fenômeno capaz de ser apontado como precursor das escolas de samba, não há dúvida que iríamos parar nas taiêras, que eram fragmentos do auto dos congos. A folclorista Marisa Lira, na sua série História Social da Música Popular Carioca, publicada na Revista da Música Popular, dedicou parte de um dos seus artigos (A contribuição do negro - o ritmo) ás taiêras, quando concluiu que os ranchos e, mais tarde, as escolas de samba são o que restam dequêle tipo de música e dança de cerimônias religiosas dos negros adaptadas às festas católicas e às procissões.
As teiêras foram incorporadas à procissão de São Benedito e formavam a guarda de honra do andor de Nossa Senhora do Rosário. Segundo Marisa Lira, as taiêras eram formadas por ''mulatas vestidas de branco, saias engomadas com grande roda, camisas rendadíssimas, exibindo o colu nu. Enfeitavam-se com grandes colares e pulseiras, laços de fita e enrolavam à cabeça um tôrço branco. Uma das taiêras ia na frente, agitando uma carinha enfeitada, assim como fazem os balizas''.
Música
A música das taiêras era cantada por uma solista acompanhada de côro. Cantava a solista:
Virgem do Rosário
Senhora do mundo
Dá-me um côco d'água
Senão vou ao fundo
E todo o grupo, gingando, respondia em côro:
Inderê-rê-rê
Ai Jesus de Nazaré
Prosseguia a taiêra-chefe:
São Benedito
É santo de prêto
Êle bebe garapa
Êle ronca no peito
Côro:
Inderê-rê-rê
Ai Jesus de Nazaré
Continuava a solista:
São Benedito
Não tem mais coroa
Tmos uma toalha
Que veio de Lisboa
Côro:
Inderê-rê-rê
Ai Jesus de Nazaré
Fidelidade
As escolas de samba são os únicos agrupamentos que ainda mantêm autênticas certas características dos africanos escravos. Nos ensaios das escolas, observa-se sempre um grupo separado que fica em roda, enquanto um dos componentes dença no meio e tira o outro com um leve toque na perna (quando o samba é leve) ou com uma rasteira (quando é pesado). O que levou o toque ou a pernada substitui o do meio da roda e o samba prossegue assim. Êsse tipo de exibição é uma sobrevivência da umbigada, executada durante um tipo de dança que ainda se pratica na Bahia. A umbigada em africano-angolês era chamada Semba, de onde surgiu o nome samba.
Outras características herdadas dos escravos chegaram ás escolas de samba através dos ranchos e de outros agrupamentos, integrados, na sua maioria, por negros. É claro, houve uma evolução, conseqüência natural da necessidade de as escolas aparecerem de forma cada vez mais original. A Escola de Samba da Portela, por exemplo, é responsável pela criação de vários passos, que ràpidamente foram adaptados em outras escolas. Os próprios instrumentos de percussão sofreram uma metamorfose com o passar dos tempos e surgiram novos instrumentos como a frigideira, o reco-reco metálico etc. Houve uma escola de samba, no ano passado, que tentou sair com violino, o que o Departamento de Turismo não permitiu, invocando a proibição dêsse tipo de instrumento em desfiles de escola de samba.
Embora o escritor Vasco Mariz, em seu livro A Canção Brasileira, tenha dito que as escolas de samba foram influenciadas pelos negros norte-americanos do Harlem, não há dúvida de que elas são o que há de mais autêntico no que se refere a música popular brasileira.
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