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#e eu ainda consegui postar atrasada
mar0th-mensal · 5 months
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Newsletter de Novembro!
E aí, gente! Como vocês vão? Bem vindo a newsletter de novembro super atrasada kkkkkk Eu sei que disse que ia fazer uma no início de cada mês, mas eu não tive nem tempo de respirar em novembro até agora, então só consegui parar pra realmente escrever tudo hoje
Basicamente, eu não fiz muita coisa em outubro e nem em novembro até agora, mas tenho vários planos para o futuro próximo.
No meu canal principal eu só postei um vídeo em outubro, o mostrando meu primeiro gameplay de Spore de antes de eu criar o canal. Achei que esse vídeo ia melhor do que foi, mas eu entendo que possa não ser muito interessante pra maioria das pessoas. Em novembro já postei um vídeo de tier list das melhores partes do estágio de célula, que eu achei que ia bem melhor do que foi também, mas pelo menos o vídeo ainda tá pegando algumas views, acho que ele tem potencial de conseguir bons números daqui alguns meses. Eu vou postar hoje um vídeo de aventura de Spore, dos Espíritos não descansam, mas isso é só o começo! Eu pretendo postar 2 vídeos por semana (ou no mínimo 1) até... bom até quando eu não conseguir mais kkkk mas pelo menos por alguns meses. Já tenho vários gravados, e muitas ideias que vou finalmente por em prática. Acho que o futuro é promissor.
Sobre meu canal de vlogs, fiz uma experiência muito doida em outubro que foi postar um vídeo todo dia, que eram cortes das lives que eu tinha feito nos meus outros canais. Eu achei que ficou bem legal, e alguns desses vídeos até que tiveram uma recepção muito boa. Eu honestamente fiquei meio em dúvida sobre fazer isso ou não, porque é muito diferente dos outros vídeos que eu tinha postado antes no canal, mas acho que no final é uma boa ideia já que se eu não fizer isso o canal ia acabar ficando muito parado. Não pretendo mais fazer isso no futuro porque, pelo menos por enquanto, vou parar definitivamente com as lives, mas vou falar disso mais pra frente. Contudo ainda pretendo postar alguns vídeos normais nesse canal. Vlogs e etc. Vou tentar um por semana, e acho que vou conseguir, porque apesar de eu não pensar mais em fazer lives, eu gostei muito da ideia de vídeos em formato de corte, sem introdução e sem finalização. Quero fazer mais vídeos assim, mas gravados mesmo. Acho um formato legal.
Agora sobre meu canal de vídeos sem edição. Esse canal ficou praticamente totalmente abandonado kkkkk não postei literalmente nenhum vídeo nele em outubro, e é justamente por isso que eu vou fazer muitas mudanças nele, vou até gravar um vídeo falando só sobre isso pra postar lá. Basicamente, eu não consigo ficar dependendo de lives pra fazer os vídeos que eu quero postar lá. Eu confesso que, quando comecei esse canal em maio desse ano, eu achei que seria fácil. Achei que eu poderia facilmente separar 2 dias na semana pra fazer uma live de 2 ou 3 horas, e com isso pegar uns 7 vídeos pra postar ao longo da semana. Bom, isso se mostrou muito mais difícil do que eu pensava. Não só fazer lives é bem mais cansativo que só gravar, como também é muito mais difícil achar um momento pra fazer uma live do que pra gravar um vídeo. Eu tentei muito moldar o formato das lives pra que desse pra fazer algo que funcionasse, mas infelizmente não consegui. Por isso eu tomei a decisão de só gravar os vídeos de lá offline mesmo. Talvez eu ainda faça alguma live de vez em quando, se eu tiver tempo e algo interessante pra falar, mas não sei com que frequência isso poderia ser. Eu acho que ano que vem vou poder me dedicar mais as lives, lá por março em diante, mas aí é muito no futuro e eu não quero ficar criando expectativas também. Basicamente, o canal Maroth 3 vai voltar a ativa e melhor do que nunca, só que sem as lives.
Meu canal de gameplays sem comentário eu também não tenho comentário kkkkk não postei mais nada lá e não pretendo postar nada num futuro próximo. Na verdade, eu quero postar meu primeiro gameplay de spore na íntegra que eu mostrei no vídeo no meu canal principal. Acho que consigo fazer isso esse mês, mas além disso nada demais.
Sobre meu canal de shorts. Eu postei alguns shorts lá no mês passado, mas eles foram bem mal. Não sei se foi o jogo (helipedia) ou o canal simplesmente não tem um bom conceito mesmo e o youtube só promoveu bastante os primeiros vídeos pra testar mesmo. De qualquer forma, pretendo continuar postando lá, mas vai ser mais um canal de testes e experimentações, já que eu não pretendo fazer mais lives por enquanto mesmo, que foi um dos principais motivos de eu ter criado esse canal em primeiro lugar.
Sobre meu canal de vídeos aleatórios sem comentários, o Maroth 1, eu postei um vídeo lá legal fazendo o unboxing de um bonequinho de harry potter da cacau show que até que teve bastantes views pra um canal novo, mas não postei mais nada lá e provavelmente não vou postar nada esse mês. Eu tenho muuuuitos vídeos guardados que quero postar lá, mas eu preciso organizar eles antes e isso tem dado um tanto de trabalho kkkk então provavelmente aquele canal vai começar a brilhar mais mesmo só ano que vem.
Agora por último, sobre meu canal de memes e etc, não postei nada lá faz meses e também não tenho mais nada pra postar. O último vídeo que eu postei foi em março, e o anterior ainda em 2022, então sim, aquele canal tá meio parado, mas minha ideia com ele nunca foi ter muita atividade mesmo, então por enquanto não tenho pretensão de fazer nada demais mesmo.
Bom, gente, mas é isso! Ah e dia 17 foi meu aniversário uhuuu parabéns pra mim :p
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gabwriter · 1 year
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clarão - um surto part. 2
Mil vezes atrasada, mas finalmente vim falar sobre a primeira atualização de clarão. Postei bem mais cedo, era umas 17h e, cara, eu achei total que ia flopar, mas até que não?!
Teve uma galera comentando e elogiando e falando que estavam ansiosos para a próxima atualização, eu to real em choque!! (e muito feliz!! e animada!!)
E sobre o planejamento: consegui dar uma boa adiantada de quinta (06/04) para sexta (07/04), mas ainda falta MUITA coisa -isso que dá postar um negócio com 0 coisas feitas, mas eu to gostando muito de todas as etapas.
Hoje acho que não vou conseguir focar nisso, pois tenho coisa do trabalho para resolver (odeio fazer prova!!), mas acho que amanhã (08/04) vou conseguir terminar boa parte.
Enfim, hoje foi mais curtinho, mas é isso. Me desejei sorte e amanhã/hoje (08/04) eu volto com mais novidades (espero).
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cinderella-archive · 3 years
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        𝑯𝑨𝑷𝑷𝒀 𝑩-𝑫𝑨𝒀,  𝒕𝒂𝒕𝒊
Nossa relação não era muito boa no começo, nós sabemos, mas melhorou muito nesse último ano. E, que bom!  A gente ainda discorda de muitas opiniões, mas é sobre isso: a gente não precisa concordar sempre; só precisamos aceitar as opiniões diferentes e bola pra frente. Obrigada por tudo! Espero que tenha aproveitado seu dia ♥ ( @kazbrcr )
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tomlinswons · 4 years
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Demorei a postar porque aconteceu uns imprevistos em casa, mas nada de mais. Espero que gostem, e aguardem para mais capítulos! xoxo!
Parte um  ㅤ|ㅤ Parte dois ㅤ|ㅤ Parte três
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MY FAVORITE MODEL.
Naquele momento eu queria que o tempo parasse, apenas para que eu pudesse chegar a tempo da reunião. Queria que todas aquelas pessoas abrissem passagem na calçada para que eu não precisasse pedir licença e acabasse esbarrando sem querer nelas. Queria ter um carro, o que me facilitaria andar com todas aquelas pastas. 
Queria que o mundo não estivesse acabando bem acima da minha cabeça.
Meus passos tentavam ao máximo se apressar e não tropeçar um no outro, evitando (sem sucesso) as poças de água que se formavam devido a chuva. Quando avistei o grande prédio onde eu trabalhava pude sentir uma pontinha de felicidade, chegaria com apenas 25 minutos de atraso. Eu passei pela grande porta giratória de forma desengonçada, ignorando qualquer comentário sobre o meu estado atual e me dirigindo à recepção, onde Coraline me olhava com um careta.
— Está procurando um estilo próprio? — ela perguntou quando eu parei em frente ao balcão, fechando o guarda-chuva de qualquer jeito. Eu olhei para as minhas roupas molhadas e grunhi ao perceber que havia colocado um par de botas diferentes e que a jaqueta estava pelo avesso.
— Sem comentários, por favor — pedi, colocando minha bolsa e uma das pastas que eu carregava em cima do balcão. — As correspondências são para o 5º andar, e as papeladas de demissão vão direto para Karl. Não me pergunte quem é Hope e o que ela está fazendo no meio das fotos para o desfile — falei um tanto quanto rápido, não deixando que Coraline comentasse sobre a foto da garota de cabelo rosa. — Estou atrasada, provavelmente essa é a última vez que você vai me ver por aqui, então quero que cuide de Fred para mim.
— Ela já me ligou 7 vezes, num intervalo de 5 minutos. — A loirinha pegou os papéis de dentro das pastas. — Você não está tão ferrada quanto parece.
— Evans. — Ouvi uma voz um pouco distante e meu rosto se contorceu, fazendo Cora segurar o riso, antes de eu me virar com um sorriso nervoso. — Está atrasada.
— Eu sei, senhora Carter, é que... — tentei me desculpar, mas fui interrompida. 
— Ande, sem desculpas. — Melanie deu às costas para mim e foi até o elevador, deixando-me no saguão do prédio. Eu suspirei cansada e Cora me olhou amigavelmente.
— Se você ainda quiser o seu emprego, eu sugiro que leve esse monte de pastas até aquela maldita sala de reuniões — Cora disse empurrando as pastas para mim. Eu suspirei novamente e peguei tudo nos braços. 
A sala de reuniões ficava no 8º andar, o elevador parecia subir mais lento que o normal naquele dia. Meus olhos não saiam da tela onde os números mudavam enquanto meus dedos batucavam sem paciência nas pastas. O barulho feito ao chegar no andar de destino fez meu coração palpitar de expectativa. Ao sair do elevador, Melanie discutia com uma estagiária que estava encolhida com um tablet nas mãos, me fazendo ter quase pena dela.
— Tentarei atualizar a agenda o quanto antes, senhora Carter — a garota disse enquanto se afastava com passos rápidos. Eu respirei fundo e comecei a caminhar até Melanie, que estava olhando as horas no relógio impacientemente antes de perceber minha presença.
— Finalmente, Evans! — Eu deixei minha bolsa no chão e peguei a pasta que Melanie precisava.
— Eu arrumei os gráficos e selecionei os modelos que você pediu. Talvez Steve não seja uma escolha adequada visto que ele não falou bem da revista — falei ao lhe entregar os relatórios que eu havia passado a madrugada fazendo. — Além dos gráficos de desempenho da empresa que consegui com Peter, consegui organizar os melhores horários para ligar para os fotógrafos. — Ela passou os olhos pelas folhas (muito bem organizadas por mim, diga-se de passagem) enquanto eu explicava.
— Irei esquecer esse seu atraso apenas pelo fato de ter trazido tudo o que pedi — Melanie disse sem levantar o olhar. — Você irá participar da reunião comigo. — Dito isso, ela deu às costas e foi para a sala de reuniões, onde já dava para ouvir vozes e risadas que não eram conhecidas por minha pessoa. 
Eu respirei fundo e peguei minha bolsa do chão, a seguindo para a maldita sala de reuniões. Eu gostaria de ter ficado fora daquela reunião no instante seguinte em que eu fechei a porta atrás de mim. 
Todos os olhares se voltaram para mim, inclusive o dele.
— Queiram me desculpar pelo atraso de minha funcionária, acredito que isso não nos prejudicará — Melanie se pôs a falar enquanto eu caminhava para uma poltrona fora da mesa, evitando qualquer contato visual com quem estava presente.
— Ah, eu me senti um tanto prejudicado, Melanie. — A voz que eu menos queria ouvir naquele momento deu o ar da graça. — Que tipo de funcionária você anda contratando para uma revista tão prestigiada?
— A mesma funcionária que quase implorou para que eu o fizesse modelo meses atrás, Styles. — Ela precisava lembrar desse fato, pensei aborrecida. — Se você está aqui agora, deveria ser um pouco grato.
— A propósito, o termos do contrato para o próximo desfile são um tanto quanto absurdos. Gostaria de revisá-los. — Uma outra mulher cortou o clima que começara a pairar no ar. Eu poderia agradecê-la, pois de nada me acrescentaria àquela reunião. 
Eu me mantive quieta durante a reunião, eles falavam sobre assuntos que eu dificilmente conseguia entender, ainda mais por Harry ficar me encarando de hora em hora. Era irritante o fato de ele ainda ter poderes sobre mim, por menor que sejam. 
A reunião havia acabado, e eu praticamente corria para fora daquela sala antes que mais alguém perguntasse sobre o meu desempenho como secretária de Melanie Carter. Coraline havia tirado seu tempo para o almoço e combinara comigo de nos encontrarmos para almoçarmos juntas, no entanto o plano de sair da sala de reuniões sem ser notada desceu por água abaixo. 
Harry Styles estava parado perto do elevador com seus olhos grudados na tela do celular; eu poderia descer pelas escadas e fazer de conta que eu não o havia visto, isso se ele não tivesse desviado o olhar do celular para as minhas botas levemente molhadas. 
— Há um conceito para isso? — ele perguntou, agora olhando para o meu rosto, possivelmente ruborizado.
— Atraso, apenas — respondi, indo em direção ao quadro de botões do elevador. 
— Está me evitando, S/n? — ele disse, se colocando ao meu lado, com um dos ombros encostado à parede. Eu respirei fundo, impaciente. 
— Não, Styles, eu apenas estou com fome. — Apertei o botão do elevador mais uma vez, como se isso agilizasse o processo de ele subir, sem fazer contato visual com o indivíduo ao meu lado.
— Eu posso te levar para almoçar, se quiser. Tem um restaurante logo...
— Não, obrigada, já tenho companhia — o cortei, vendo-o recuar quando o elevador finalmente chegara ao andar. A sensação de novamente vê-lo ali na empresa me deixava um tanto incomodada; eu não sabia o que se passava na cabeça de Styles.
— Olha só, a garota que odiava comer com alguém a olhando agora almoça com uma companhia — debochou, com um sorriso de lado. Eu ignorei seu comentário enquanto adentrava o elevador com ele ao meu encalço. — Estou surpreso, de verdade.
— Poupe sua língua com algo útil, Styles, estou sem tempo para os seus comentários — soltei por fim, vendo as portas do elevador fechar. Enquanto o elevador descia ao andar que eu o havia destinado, meus olhos estavam presos no teto espelhado, enquanto os de Harry estavam presos em mim. 
Aquila era uma situação desconfortável de inúmeras maneiras.
— Achei que você gostava da minha língua, S/n. — O ouvi murmurar, sentindo seus olhar na direção do meu rosto. 
— Isso já faz meses, não sinto nada por você agora — murmurei de volta, sentindo um estranho frio na barriga; impaciente, também, pela demora do elevador chegar ao primeiro andar. Eu teria feito algo de tão ruim para os Deuses me castigarem dessa maneira?
— Qual é, Evans? Vai entrar em estado de negação agora? — ele reclamou. Nesse momento eu o olhei.
— Escuta aqui, Styles, eu não vou falar mais de uma vez; me esquece. Você teve a sua chance e desperdiçou, eu não vou ser feita de trouxa novamente — falei, me aproximando mais do que devia do dito cujo. — Você simplesmente sumiu, me ignorou a semana toda e depois apareceu com aquela pink hair  em todas as capas de revistas e...
— Você está com ciúmes da Hope, S/n? — ele me interrompeu, com o mesmo sorriso presunçoso de sempre. Eu estava levemente ofegante, próxima demais de Harry, dando para sentir seu perfume inconfundível.
Eu estava a um passo de mandá-lo se foder, se não fosse o som tão divino do elevador parando. Eu respirei fundo e dei às costas, deixando o garoto para trás.
Tudo bem estar a fim de um dos modelos mais cobiçados pela as maiores revistas da atualidade meses atrás, mas custava esse modelo ser justamente Harry Styles? O mais egocêntrico e desprezível ser humano que já tenha passado na minha vida? E agora... Bom, ele está de volta. 
Obrigada universo por conspirar contra mim novamente.
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aki-sun · 4 years
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Khunbam Week Dia 7 - Night/Names
O que dizer aqui? Acho que nada. Adorei fazer a Khunbam week e nunca tinha tentando escrever por vários dias seguidos antes.
Ok, eu comecei e terminei um dia atrasada? Sim, mas ignorem isso,  eu fui até o fim * olhar orgulho*
( fui para a casa do meu pai e fizemos pão, isso pegou todo o meu tempo e não tive tempo para escrever completamente a última propmt pro isso só to postando hoje)
Bam ficou surpreso por ver o céu no andar de testes, de acordo com o que Rachel lhe contara, o céu, o sol, a lua e as estrelas só existiam no topo da Torre.
Foi isso que Khun ouvira de Bam, então a emoção fora do comum de ver o céu todos os dias era explicável. E por ter crescido numa caverna também, a luz natural do sol e estrelas era algo lindo para Bam.
Depois de todos os testes terem sido completados e o jogo da coroa ter acabado sem vencedor, todos os regulares tiveram um dia de descanço. Não que isso tivesse valido alguma coisa, Khun não pode falar com Bam porque o moreno ainda estava desacordado e isso o deixou tenso durante o tempo todo em que ficou desacordado.
Felizmente, a sorte de Bam era melhor do que a de qualquer um e não fora expulso dos testes. No quarto dia, ele acordou, Khun e o moreno conversaram pelo quanto foi possível antes que Bam precisase dormir de novo.
(.....)
Alguns dias mais tarde, com as aulas frequentes e treinamentos longos, os dois não puderam se falar muito, algo que irritava levemente Khun porque queria discutir estratégias para possíveis testes que fossem fazer.
Então, quando viu a imagem de Bam o esperando do lado de fora do quarto um tanto tarde da noite ele ficou surpreso. Deixando-o entrar, o azulado esperou pacientemente sentado na cama pelo que o de olhos dourados tinha a dizer.
Bam se aproximou timidamente de Khun, parecendo nervoso. O azulado curioso pela ação do castanho, perguntou sem rodeios:
"Bam, o que há de errado? Precisa de algo?""
O de olhos ouros evitou encarar Khun, como se estivesse constrangido pelo simples fato de estar no quarto do mesmo. Depois de alguns instantes de silêncio, Bam perguntou baixinho com a ponta das orelhas vermelhas, monstrando o quanto envergonhado estava.
"P-Poderia lhe pedir p-para me acompanhar no t-terraço Khun-ssi?"
Ele fez uma breve pausa, indeciso se continuava ou não, finalmente, o castanho olhou diretamente nas orbes azuis e disse com o máximo de firmeza que podia.
"E-Eu queria ver as e-estrelas com alguém. D-Desde que  começamos a subir a Torre eu n-não tive a chance de olhar bem para elas""
Khun não tinha visto Bam tão envergonhado antes, o  de olhos dourados já estava bastante acostumado a  falar com todos os outros regalares e por natureza própria era sociável, então a feição corada e voz hesitante era algo raro e que Khun queria guardar por alguma razão em sua memória.
"Que pergunta estúpida Bam, obvio que eu vou com você. Nem precisava ter pedido""
O azulado falou passando casualmente o braço direito ao redor do pescoço do castanho, o guiando suavemente para fora do quarto.
Bam ainda estava um tanto tímido, mas sorriu e seguiu sem objeções o amigo.
Passaram rapidamente no quarto de Bam para pegar algumas coisas que o castanho queria levar para cima, Khun podia sentir a emoção se espalhando em ondas do moreno, mostrando o quão empolgado por essa 'simples' atividade.
Esperando o elevador chegar ao último piso, Khun perguntou:
"Se você disse que queria só ver as estrelas com alguém, porque chamou exatamente a mim e também porque não todo mundo? Sei que você odeia ficar sozinho Bam então tem uma razão por trás disso""
Um tanto pertubado, o castanho olhou para os cantos do elevador antes de responder a Khun:
"Não queria atrapalhar ninguém, todos estão cansados e tensos com as aulas e notas finais e achei melhor deixa-los aproveitarem o tempo livre como queriam. Além disso eu queria estar com alguém proximo para fazer isso, sim eu sou amigos de todos! Mas entre eles você é mais, Khun-ssi!"
Abrindo um sorriso feliz no fim da frase, Khun desviou o olhar para a tela do elevador e sentiu um leve aquecimento nas orelhas, não que fosse admitir isso. A fofura de Bam era algo inegável.
Chegando no piso amplo e vazio do terraço, os dois arrumaram uma coberta e travesseiros para ficarem mais confortáveis. Quando tudo estava pronto, os dois se deitaram um do lado do outro, devido ao  fato de que o cobertor não era muito grande.
Só com o simples fato de observar os corpos celestes Bam já ficava impressionado, eram muito mais bonitas do que Rachel tinha falado. Khun, percebendo tudo, decidiu deixar Bam mais intretido, e começou a contar as histórias das estrelas, sua constelações e formas ( mesmo que tudo isso fosse falso, ainda era interessante saber, não era possível que um urso morto fosse parar no céu noturno).
Em certo momento em que Khun contou a história da constelação do centauro, Bam moveu a cabeça rapidamente para tentar encontra-lo.
Nessa hora, Khun  virou a cabeça suavemente na direção do castanho,  o fraco brilho das estrelas refletiam nos olhos de Bam, transformando sua linda cor dourada quase num prateado não menos bonito.
Khun estava hipnotizado, o tempo parecia ter parado e nada mais existia além dos dois, o calor de seus corpos e o céu estrelado a cima deles.
De forma automática, sem perceber, Khun começou a mover a mão direita, aproximando-a lentamente da de Bam, com medo de assustar o castanho com essa atitude.
Com muito, muito cuidado e suavidade, como se tocasse uma escultura de vidro, a mão de Khun tocou a de Bam, o de olhos dourados, percebendo o objetivo da ação, correspondeu entrelaçando os dedos lentamente.
Nenhum dos dois falou nada depois disso, a brisa fresca da primavera sussurrando segredos  invisíveis da noite e sua escuridão os envolvendo num abraço.
A própria noite  definia Bam, sendo calma, suave e tendo brilho próprio à sua forma.
O calor de das duas mãos unidas selaram uma promessa silenciosa que nem mesmo os dois sabiam qual era, foi uma promessa feita pelo seus corações e não por seus donos.
A noite parecia ser tão eterna quanto aquele momento, infinita num tempo congelado em que só Khun e Bam poderiam estar.
Eu escrevi isso com suavidade e carinho, escorregou pelos meus dedos sem que eu nem notasse,  a fic ja estava pronta ( mesmo eu tendo tido um intervalo de um dia, sumanai!!), mas quando eu continuei posso ter me desviado um pouco, reli algumas vezes antes de postar e ainda acho que o tempo não ficou perfeito, mas sempre tenho a oportunidade de melhorar.
Escrever a Khunbam week foi muito bom e tenho um amor enorme por esse ship, e sim, eu só to lendo o manhwa a dois dias e já to tentando usar honroríficos coreanos, alguém me salve.
Pra acabar isso de uma vez só quis colocar uma frase final que não consegui colocar na fic de jeito nenhum, mas me soou boa demais pra eu simplesmente jogar fora, talvez eu a use de novo em outra fic, quem sabe?
Yooru
Bam
A noite
Algo que Khun sempre iria amar.
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livroseaventuras · 5 years
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Hey, gente! Olha só quem voltou! 😊😆 . Depois de um bom tempo sem postar por aqui, (por motivos de Enem e vestibulares), eis que estou de volta pra mostrar pra vocês a minha TBR da Maratona Literária de Verão All Star (aka #mlvallstar): 📚 Livro Nacional: Questão de Honra, do Yuri Belov 📚 Fantasia: Roverandom, do J. R. R. Tolkien 📚 Clássico: O Sol é Para Todos, da Harper Lee 📚 Ficção Científica: Perelandra, do C. S. Lewis Como eu quase nunca participo dessas maratonas, decidi me desafiar um pouco e escolhi quatro livros para tentar ler nessas duas semanas (nível Intermediário). Sei que estou um pouco atrasada para mostrar ela para vocês, mas como estou seguindo - ainda que mais ou menos - o cronograma, acho que ainda está valendo, rsrs. 🙈 No momento, já terminei a leitura do primeiro da lista (Yay!!), e estou quase concluindo a do segundo. Já vejo isso como um grande avanço, levando em conta as poucas leituras que consegui concluir ano passado, e se eu terminar pelo menos 3, já vou me sentir muito feliz! 😊💕 E vocês, também estão participando? Se sim, como andam as suas leituras da maratona? 😆 #books #bookworm #bookaholic #harperlee #jrrtolkien #cslewis #tbr #currentlyreading #livros #leituras #lendo #amoler #amolivros #bookstagram https://www.instagram.com/p/BsrcBvLgXjy/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1iaxgixid8q7z
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Capítulo 15
Oi gente, esqueci de postar na sexta rsrs Finge que hoje é sexta. Espero que gostem das tretas desse capítulo <3
"Eu sinto muito mesmo.” Disse eu, me agarrando na cintura de Lucas. Havíamos corrido como se estivéssemos em uma maratona até em casa para pegar a moto. Subimos na moto instantaneamente. Ele nunca dirigira aquela coisa tão rápido. Não comigo.
Ele não respondeu. Talvez simplesmente não houvesse ouvido. Mas não estou tão certa disso.
Ele me odiava. Eu odiava Iraque. Iraque odiava Lucas. Lucas me odiava. Eu odiava Iraque. Iraque odiava Lucas.
Excelente. Estávamos em um ciclo vicioso de ódio e rancor.
Energia positiva. Maravilha.
Mas, se eu odiava Iraque, por que estava destruindo o meu encontro com Lucas para ajudá-lo? E, se Lucas me odiava, por que estava me ajudando a ajudar Iraque?
Lucas freou a moto. Tirei o capacete rapidamente e o parei.
“Espere. Lucas. Você está bem?”
Ele se virou, e sua expressão era de irritação. Senti falta das covinhas.
“Por que gosta dele?”
Fiquei sem palavras. Eu não fazia a menor ideia. Ele tinha muito mais de uma centena de defeitos. E as qualidades? Ele me fazia sorrir, mas não consegui pensar em mais nada. E por que isso deveria ser algo especial? Lucas também me fazia sorrir. E, de quebra, me levava para comer sanduíches franceses.
Eu não tinha grandes razões para gostar de Iraque. Mas eu também não tinha muitos motivos para amar a minha mãe, e eu amava. Devia haver algum provérbio em latim sobre isso. Mas eu não tinha tempo para pensar nisso.
“Ele é uma pessoa boa.” Eu disse. “Esquece, ok? Eu preciso distrair um segurança do outro lado do prédio, mas posso fazer isso sozinha. Obrigada pelo jambon-beurre com um prawn roll. E pela carona.”
Ele balançou a cabeça, porém.
“Vamos acabar logo com isso.”
Contornamos o hospital em silêncio, e vi o substituto de Russell. Seria mais fácil se ele estivesse aqui. Me perguntei se Andie já havia chegado em casa e me senti mal por não ter atendido às suas ligações.
“Rápido.” Eu falei. “Não temos muito tempo.”
Segurei sua mão e o puxei, tomando o cuidado de pisar em áreas onde as sombras engoliam a luz. Havia apenas um problema: eu não tinha um plano.
Olhei para cima, e vi pedaços de um vulto se aproximando da escada. Iraque. Eu o mataria se não tivesse uma ótima justificativa.
“O carro.” Falei, dando a volta no prédio. Quase pude ouvir Iraque praguejando da cobertura ao me ver correr para longe.
“Que carro?” Perguntou Lucas.
“De Russell. Não tem garagem no seu apartamento, então ele deixa o carro bem aqui.”
Estiquei o braço pela janela quebrada do banco de carona, e abri a porta, me jogando dentro do carro.
“Vire de costas.” Ordenei, abrindo o zíper da mochila de Iraque.
“Por quê?”
“Rápido!” Joguei o meu sapato em seu ombro e ele revirou os olhos, se virando.
Estava escuro, e eu estava atrasada. Puxei o vestido e os sapatos vermelhos da mochila. Era difícil me vestir e vigiar Lucas ao mesmo tempo. Fiz tudo o mais rápido que pude e saltei para fora do veículo.
“Pode olhar.” Eu disse, mas não permiti que o fizesse. O agarrei e voltei a correr em alta velocidade.
“Ali, você está incrível.”
Eu ri.
“Essa coisa velha?”
Congelando, coloquei o casaco por cima do vestido.
Então, improvisei. Me joguei, de repente, na frente do segurança. Lucas tentou me impedir, mas eu fui mais rápida. O segurança era jovem, e minha mente trabalhava rapidamente. Sorri para ele, que me olhava como se eu fosse louca.
Deus, eu provavelmente era.
“Olá.” Disse eu. “É uma bela noite, não acha, senhor? Sabe, eu tenho uma história engraçada. Eu estava em um caminhão de comida. Literalmente dentro de um caminhão de comida, é genial, não é? Então o meu amigo esquisito me ligou falando uma porção de coisas esquisitas e nós subimos em uma moto e..."
“Senhorita, eu estou trabalhando.”
“É claro que está. Eu posso ver pelo uniforme.” Toquei a gravata vermelha dele, e ele me lançou um olhar mortífero. “Desculpe.”
Murmurei, tentando pensar.
"Aí meu Deus. Está tão quente aqui." Eu suspirei, tirando os braços das mangas do casaco devagar e largando-o no chão, como uma stripper.
Reparei um movimento sutil no seu pomo de Adão. Eu tinha sua atenção. Mas a perdi no segundo seguinte, quando a escada rangeu e ele virou o rosto. Imediatamente, saltei para a esquerda, com o intuito de tampar sua visão.
Meu movimento foi tão brusco que ouvi um ruído na bainha do vestido. Olhei para baixo, é a costura que ia da minha coxa até minha axila começava a desfiar de maneira visível, fornecendo uma visão embaçada é meio vermelha daquela parte do meu corpo.
O segurança arregalou os olhos, me olhando de cima a baixo.
“Eu não deveria estar incomodando você, não é?” Soltei uma risada nervosa e comecei a me afastar. "Tenha uma boa noite."
Dei um passo para trás e, com outro som agudo, a tira se estendeu em um grande rasgo em direção às minhas costas, exibindo o fecho do meu sutiã.
O rasgo aumentava e, quase ficando pelada, me abaixei, buscando cegamente pelo casaco. Contudo, por mais que eu tateasse o piso úmido e asfaltado, eu não conseguia encontrá-lo de forma alguma.
“Merda” Exclamei. Onde estava Lucas? Eu não podia acreditar que isso estava acontecendo.
O segurança ainda olhava para mim quando me levantei. Mudei de estratégia, já que minha jaqueta parecia ter evaporado.
Minhas pernas se moviam com rapidez diante da sensação de fugir e do medo de ser pega. E, é claro, do fato de minhas costas estarem completamente expostas, no frio cortante que fazia naquela noite infeliz.
De repente, meu corpo se chocou contra algo. Ou alguém. A pessoa segurou meus ombros para que eu não caísse no chão. Por um momento aterrorizante, pensei que fosse a polícia. Então, a polícia sorriu.
“Cuidado.” Sussurrou Iraque. “Você é maluca.”
“Você me pediu ajuda.”
“Você poderia ter me ajudado vestida.”
Ele se calou, e senti sua respiração próxima da minha.
“Pare de olhar.” Exclamei, em murmúrios.
“Eu já vi outra vez, esqueceu?” Soquei o ombro dele. "Preciso ir."
Observei ele correr em direção à escuridão até ser engolido pelas sombras. Alguém tocou meu ombro e me assustei.
"Sou eu." Lucas falou. "O que aconteceu com você?"
Ao ver minhas costas nuas, Lucas corou e tirou seu próprio casaco, o colocando sobre os meus ombros. Abri a boca para agradecer, mas o som de um motor abafou minhas palavras.
Olhei para o lado, mas o carro de Iraque e Russel estava bem ali.
"Ele não fez isso." Murmurei.
Mas ele fez. Iraque passou voando pela rua em cima da moto de Lucas, fazendo uma curva e desaparecendo.
O meu colégio celebrava o dia de St. Luke, então, não tive aula na segunda e dormi a manhã inteira, tentando me recuperar da noite anterior. Tomei café da manhã sentada em frente ao meu pai, ainda que não nos falássemos.
Apesar do feriado, eu ainda tinha de comparecer ao GAP.
“Vai ver o Lucas?”
Perguntou ele, quando me levantei e peguei a bolsa para sair. Neguei com a cabeça.
“O garoto da praia.” Respondi.
Iraque estava emburrado na cadeira de sempre. Infelizmente, o único lugar disponível era ao seu lado. Então, me sentei. Emburrada também. Não só emburrada. Eu estava furiosa.
“Devolva.” Vociferei, me virando para ele.
Ele se virou para mim demoradamente, com expressão preguiçosa e largou algo em meu colo.
“Estou falando da motocicleta.” Olhei para o objeto. “O que é isso?”
“Você esqueceu no chão."
Ele disse, e o meu rosto queimou de raiva. Aquela era a minha jaqueta marrom, que desapareceu enquanto o vestido idiota se desfazia em meu corpo.
“Você pegou a minha blusa!" Acusei.
“Não. Eu a encontrei no chão."
“Mentiroso!” Eu não podia acreditar. “Você pegou. Por que fez isso?”
“Você não pode provar.”
“Por que se importa tanto?” Eu exclamei, e Fidel me fuzilou com o olhar. Ignorei.
“Eu não me importo.” Retrucou.
“Sim, se importa. Pergunte logo e evite guardar tanto rancor, Iraque.”
“Perguntar o que?” Disse, em um tom perigosamente alto.
“Qualquer coisa. Acaba com isso.”
Pressionei, ansiosa para acabar com isso. Ele me fitou por longos segundos, o olhar ferido, porém, frio.
“Ele beijou você?”
Congelei. Deus. Ele estava com ciúmes. Ele estava morrendo de ciúmes, e tudo o que eu queria era começar a rir.
“Sim." Balbuciei. Ele sacudiu a cabeça, e soltou uma risada de escárnio.
“Você é patética."
Ele disse, largando o tom sussurrado e apontando para mim. Todo o grupo olhava para nós. Tudo bem. Eu não deveria ter mentido. Mas sua reação ríspida apenas alimentou a minha raiva.
“Eu sou patética por beijar um garoto?” Gritei de volta. “Você é patético, Iraque.”
Ele se levantou, berrando cada vez mais alto.
“Você, Australia, é patética, porque acha que o mundo inteiro gira em torno de você. São cinco continentes, 196 países, duas mil ilhas continentais legalmente confirmadas, sete bilhões de pessoas e eu não sei quantas garotas chamadas Australia existem por aí, mas eu tenho certeza de que você não é a única. Seus amigos precisaram de você ontem à noite, e você não pareceu se importar. Então, que se foda, Australia. Francamente, eu não ligo mais.”
Iraque deixou a sala correndo. Me deixou lá, sozinha. Estranhamente culpada. Completamente envergonhada, chocada e sem palavras.
Olhei para Fidel e ele olhou para mim, assentindo e sorrindo de forma quase invisível com o canto do lábio. Me levantei rapidamente, batendo a porta atrás de mim. Voei para o telhado. A porta estava aberta, e só Iraque abria aquela porta. Ele fugiu.
Atravessei a recepção correndo, alcançado a saída verdadeira. Estava prestes a disparar sem rumo pela cidade quando alguém segurou meu braço. Russell me encarava com a expressão séria.
Cheguei a abrir a boca, mas ele me cortou antes que eu começasse a falar.
"Ela passou mal." Foi o que disse. Soltou meu braço, pois já tinha a minha atenção. Eu não ia correr. "Os efeitos colaterais da quimioterapia pioraram e ela também. Ficou com febre. Uns quarenta graus, acho, eu não conseguia medir direito com o termômetro que o Iraque comprou na farmácia. Foi onde ele deixou a moto do seu amigo. Ela fica a dois quarteirões daqui."
Russ colocou em minha mão as chaves de Lucas. Meus dedos estavam bambos e, por pouco, elas não caíram no chão.
"Não podia ligar para a minha mãe, ainda que tenha me sentido culpado depois. Liguei sete vezes para o John, mas ele não atendeu. Três vezes para você, também não atendeu. Liguei para o hospital e disse que era o pai do Iraque. Ele nunca vem aqui, todo mundo sabe. O chamaram imediatamente em seu quarto."
Senti meus olhos, meu rosto, meus dedos, meu corpo inteiro queimar em culpa e arrependimento.
"Russ... eu não fazia ideia. O Iraque não me explicou direito. Eu não sabia. Eu sinto muito."
Ele balançou a cabeça, a expressão ainda impassível.
"Não diga isso para mim. Andie já melhorou. Vá atrás dele."
Russell enfiou um pedaço de papel em minha mão. Olhei para o papel e não hesitei. Corri o mais rápido que minhas pernas pequenas poderiam aguentar.
Era a letra de Iraque no papel. A letra de Iraque rabiscando o número 109. Franzi o cenho, diante do prédio. Era apenas uma drogaria. Eu a via todos os dias a caminho do hospital. Estreitei os olhos, mirando o pequeno estacionamento da farmácia. A moto de Lucas fora estacionada ao lado de um fusca empoeirado.
Atravessei a rua e adentrei o prédio baixo, me envolvendo em um auto abraço devido ao frio provocado por um óbvio sistema de ar condicionado. Passei por uma infinidade inacreditável de variedades de fraldas geriátricas e por uma estante inteira dedicada a estética facial até ver Iraque, aparentemente, o único ser vivo presente na loja além de mim, observando uma prateleira de vidros de comprimidos coloridos. Ele se moveu para pegar algo e, rapidamente, me escondi atrás do Mundo da Cirurgia Plástica, quase derrubando uma caixa de esfoliantes vegetais com semente de maracujá em tubos enormes.
‘Covarde’, cantarolava uma voz dentro de minha cabeça em uma auto acusação. O que eu estava fazendo ali, afinal?
Permaneci imóvel, respirando pesadamente e deixando que o subir e descer lento se meu peito fosse o único movimento em meu corpo. Foram necessárias mais algumas afirmações ressaltando a minha falta de coragem para eu finalmente reunir um mínimo suficiente para sair do esconderijo. Mas, quando olhei para o local, Iraque não estava mais lá. Algo tocou meu braço e pulei de susto ao ver vê-lo ao meu lado, reprimindo um grito.
"Você me seguiu?"
Perguntou, sussurrando. Não respondi de imediato. Ele me puxou pelo pulso, nos escondendo novamente atrás da estante, e começou a repetir a pergunta, mas o cortei.
"Desculpa." Disse com pressa, para que não me fizesse parar. "Porque gritei com você e o acusei de tentar estragar o meu encontro com o Lucas. E de pegar as minhas roupas."
Calmo, afrouxou os dedos lívidos que seguravam meu punho e estes escorregaram, voluntária ou involuntariamente, para a minha mão. Me dei conta de que havia esquecido o meu casaco no GAP.
"Na verdade, eu peguei as suas roupas."
Replicou. Seus olhos eram maldosamente irônicos, mas ele não sorria. Balancei a cabeça, mostrando que não tinha importância.
"Desculpa." Pedi, mais uma vez.
Iraque respirou fundo e então assentiu. Ele se sentou, recostando-se na prateleira. Fiz o mesmo. Sua mão já não tocava mais a minha. Próximas, estavam largada no piso azulejado e possivelmente sujo de respingos de esfoliantes vegetais com semente de maracujá, ou algo assim.
“Ele não me beijou.” Murmurei. “Bem, ele me beijou na festa. No dia em que eu conheci você. Mas eu nem lembro direito.”
Ele olhava para a mão. Ou para a minha mão.
“Perdoar você não muda o fato de que eu não me importo.” Disse ele, ainda sem olhar para mim. “Por que mentiu?”
“Não faço a menor ideia.” Passei os dedos pelo cabelo. “Você mentiu para mim também.”
“Eu não menti. Eu apenas omiti fatos importantes.”
“Por quê? Se tivesse me contado o que estava acontecendo, eu poderia ter ajudado com Andie." Insisti.
“E se você não ajudasse? Talvez eu estivesse com medo do que você escolheria fazer. Andie ou o motoqueiro. Já pensou nisso? Eu sinto também, Australia.”
Franzi os lábios, encarando as fraldas geriátricas em minha frente. Isso não fazia sentido.
"Medo de quê?"
"Andie está morrendo. Estou te arrastando para dentro de tudo isso. Talvez eu esteja com medo de que você não queira ser arrastada."
"Eu quero." Balancei a cabeça. “O que você faz aqui, de qualquer forma?”
Um pedaço de papel cutucou o lado da minha mão. Era uma prescrição médica oncológica para Andrina Anderson.
“Andie não pode morrer. Russ não vai aguentar, ela é tudo o que ele tem." Iraque passou a mão pelo cabelo. Deve ser horrível não poder fazer nada para ajudar alguém que você ama. "Foi uma quinta-feira, o dia em que ele contou para os pais sobre John e a coisa toda. E foi quando eles o botaram para fora. Nós conseguimos alugar um apartamento barato com o dinheiro do meio-período que ele fazia no hospital e o que eu guardava trabalhando na oficina do meu avô. A Andie estava dormindo na casa de uma amiga e, quando voltou do colégio na sexta, os pais deles explicaram a situação e não a deixaria mais sair. Na segunda, ela disse que ia para a escola. Encheu a mochila com roupas para ambos e roubou a cafeteira. Quando ela chegou no apartamento, eu estava levando comida, e ela disse: ‘Você é o namorado dele?’. Foi a primeira vez que o Russ riu em quatro dias.”
“E depois, câncer.” Eu murmurei.
“E depois, câncer.” Confirmou ele.
Soltei um suspiro, olhando para Iraque.
“Então eu e você... estamos bem, não estamos?"
"Ira furor brevis est." (A raiva é uma loucura passageira.)
Algo me chamou a atenção na prateleira seguinte. Um homem alto de cabelos grisalhos caminhava em nossa direção, tão alto que eu via sua cabeça dali. Arregalei os olhos, cutucando Iraque.
Ele seguiu meu olhar e me ajudou a me levantar imediatamente.
“É o Dr. Thomas?” Perguntou, embora eu acredite que já soubesse a resposta. A cabeleira cinza do médico era inconfundível.
“Acho que sim, vá, rápido!”
Eu o empurrava e ele me empurrava ao mesmo tempo e a pressa só deixava tudo mais confuso. Uma cesta de paquímetros laranja berrante foi ao chão quando disparamos para a esquina a esquerda. De repente, Iraque estancou a correria diante do balcão.
“Ela precisa dos remédios.” Peguei os frascos e o pedaço de papel de suas mãos.
“Eu pago, apenas vá para a moto.”
Ele me fitou por mais três segundos, suficientes para que eu desse um empurrão em seu ombro e ele disparasse para fora, passando pela porta e soando o sino agudo. No momento seguinte, uma atendente com piercings em cada parte de seu rosto surgiu em minha frente e, ao meu lado, o Dr. Thomas. Liguei o piloto-automático, encarando a parede em minha frente e fingindo que não o estava vendo.
Praticamente enfiei o dinheiro na caixa registradora e corri pela porta.
“O que aconteceu?” Perguntou Iraque, sentado na motocicleta preta.
Hesitei. O fusca empoeirado havia sido substituído por um volumoso Nissan Qashqai branco e brilhante.
“Ele sabe que eu não estava sozinha, mas não pode saber que era você.”
Mordi o lábio com força. Eu tinha cerca de treze segundos para pensar antes que ele aparecesse aqui fora e eu arruinasse tudo novamente.
“Então venha logo.” Retrucou, erguendo o capacete de pintas pretas em minha direção e enfiando o outro em sua própria cabeça. Era incrível como cabia perfeitamente. Era incrível como ele sabia dirigir uma moto. Era incrível como ele parecia fazer tudo.
“Não dá tempo.”
Eu disse, baixinho. Então olhei pare ele, balançando a cabeça. Merda. Subi na moto, em sua frente, entrelaçando as pernas em sua cintura. Com os olhos fechados com força, empurrei o meu rosto contra o seu rispidamente.
“Porra.”
“Ah, minha testa.” Gemi em resposta.
“O que você está fazendo, sua louca?”
“Eu estou disfarçando você.” Respondi, abrindo os olhos. Nossos narizes se tocavam um pouco, a minha testa contra o duro capacete.
“Você realmente avançou contra mim com a intenção de me beijar?”
“É, bem, você sabe, foi pela causa.” Eu gaguejei.
“Pela causa?” Ele ergueu uma sobrancelha. As duas sobrancelhas, os olhos, o nariz e a boca eram tudo em meu campo de visão. Eu podia até mesmo ver barba recente em seu queixo.
"Se for pego outra vez, acabou, Iraque. Você pode, por favor, incorporar o personagem? Finja que está me beijando.”
“A minha boca sequer alcança a sua.” Ouvi o sino da porta em algum lugar que eu não podia ver.
“Não precisa ser real.” Repliquei, impaciente. “Apenas realista. Sei lá, toque as minhas costas.”
Iraque deu um tapa em minhas costelas como se eu estivesse engasgada, e eu agarrei seu colarinho, minha unha na sua clavícula, o fuzilando com o olhar enquanto ele parecia segurar o riso.
“É para parecer um beijo.” Revirei os olhos. “Você não sabe como beijar uma garota?”
“Eu sei como beijar uma garota.” Respondeu, aparentemente ofendido. De repente, ele me soltou. Meus dedos se agarraram freneticamente ao seu pescoço enquanto minhas costas caiam contra o guidom da moto. Finalmente, as mãos de Iraque firmaram a minha cintura. “Mas, normalmente, eu uso os lábios.”
“Se você quer tanto me beijar, faça isso quando eu não estiver salvando a sua pele.”
Escutamos o motor do carro do diretor do hospital, mas não ousamos nos mexer.
“Tá bom.” Eu disse.
Seus olhos olhavam em meus olhos com tamanha intensidade que eu apenas queria desviar o olhar, mas meus olhos estavam presos ali. Senti meu rosto se tornar vermelho imediatamente.
“Já pode me soltar.” Balbuciei. Iraque me ajudou a me levantar, novamente, e saí da moto e da posição desconfortável. Então, voltei a me preocupar. “Você deveria voltar. Não sei se ele acreditou.”
Ele sacudiu a cabeça, no entanto.
“Ele não vai ao hospital nas segundas. Está tudo bem.”
Suspirei, aliviada.
"Então, agora você dirige lanchas, carros e motos. Isso é muita coisa."
"Sou multiuso."
Ele deu de ombros.
"Vamos levar a moto até a escola antes que o Lucas dê queixa."
Coloquei o capacete e subi. Iraque mal havia saído do estacionamento quando começou a correr. Soltei um grito. Andar com Iraque era completamente diferente de andar com Lucas. Era pura emoção irresponsável. Os mesmos sentimentos da noite na qual andamos na lancha de Done.
Como em um passe de mágica, eu estava em frente ao meu jipe. O jipe dele. O jipe que fora apenas um jardim nas últimas semanas, que não saíra do lugar porque tudo o que eu me permitia sentir era medo.
"Está na hora de tirá-lo daqui." Murmurei.
“Tem certeza disso?”
Assenti.
"Dirige pra mim?"
Entreguei as chaves para Iraque e, por um momento, ele deixou que a mão se grudasse à minha. Então, as soltou e eu entrei no banco de passageiro. Pela primeira vez, não era Caribe ao meu lado. Mas eu teria de aprender a lidar com isso. Eu iria aprender a lidar com isso. Não por Caribe ou por Iraque, mas por mim.
O momento passou e ele deu a partida. Fechei os olhos. Eu amava aquele carro e, estranhamente, meus músculos relaxaram e meus pés estavam na janela entreaberta, como eu fazia quando Caribe dirigia para mim. Com o sol sobre os meus dedos do pé. Era como estar em casa.
Ele deu voltas pelos mesmos quarteirões. Passou na beirada da praia, e eu senti o cheiro salgado da maré. Era bom estar ali.
"Há quanto tempo você está no hospital?"
"Não sei. Uns dois meses."
"Por quê?"
"Eu piorei. E roubei dopamina, uma vez."
"Se drogou dentro do hospital?" Meio que ri.
"Não deu tempo. Mas tudo bem. Eu não quero ir para casa."
Isso me chocou.
"Como assim?"
"Eu não quero voltar para a casa do meu pai. Eu não ia me drogar de verdade. Sempre que meu tempo começa a acabar, eu faço alguma coisa errada e fico mais alguns dias. Isso vai acabar quando eu tiver dezoito anos."
"Você vai embora?"
"Provavelmente."
"E se ele mudar?"
“Meu pai? Não é tão fácil mudar uma pessoa, Srta. Australia. Você mudaria algo em você, se pudesse?”
“Sim.” Respondi, sem hesitar. "E você?”
“Não.”
“Não mudaria algo em você ou não mudaria algo em mim?”
Arqueei uma sobrancelha.
“Não mudaria algo em você”
“Por que não?”
“Eu gosto do jeito que você é. Gosto do jeito que você sorri, gosto do jeito que você decorou quase todos os provérbios em latim existentes, gosto de como você fica no vestido vermelho decotado que eu comprei em uma venda de garagem, gosto da sua personalidade. Gosto do seu otimismo em relação a mudança. Gosto de quando desenha carinhas paradoxais no meu braço.”
Eu respirava com uma dificuldade estranha, e levou algum tempo até que eu assimilasse as suas palavras.
“E se eu sorrisse outro sorriso e não houvesse decorado quase todos os provérbios em latim, ficasse gorda no vestido vermelho decotado que comprou em uma venda de garagem e tivesse uma personalidade diferente?
“Francamente, Australia, eu gostaria de você mesmo se fosse um vegetal que não sorrisse, não soubesse provérbio em nenhuma língua, não coubesse em vestidos e não tivesse personalidade alguma.”
“Não é verdade” Falei. “Você é vegetariano. Se eu fosse um vegetal, acabaria me comendo em uma pizza.”
“Não necessariamente.” Replicou. “Há vegetais que viram flores para embelezar, não servem para comer.”
“Sério? Como qual por exemplo?”
“Sei lá.” Ele riu, olhando para mim. “Como você.”
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amareloblog · 4 years
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babaca.
Era a quinta vez que ela ouvia a mesma música que você fez para ela, mas era a décima oitava que tentava escrever e se não estou errado era para você, já que ela sempre escrevia para você nas noites de insônia que estranhamente eram constantes.Então no dia seguinte, provavelmente no caminho para a escola ela me entregava com um sorriso forçado e dizia coisas que não queria dizer e perguntava coisas que já sabia, mas era tudo sobre você. Se cresci nas suas sombras e fui totalmente usado como um informante seu, me atrevo a dizer que começou com ela.
As vezes te culpo por ter ido embora desse jeito, digo, mostrando pro mundo todo que só falaria comigo, só me amaria, só estaria por mim.Era recíproco até eu sentir aquela raiva toda, até eu tentar te procurar pelo Rio de Janeiro todo após as dez da noite, o que para muitos é considerado suicídio eu fiz por você por três  noites com 30 reais no bolso, dinheiro que roubei de você, sei que não se importa.Mas não te achei o que me deu ainda mais raiva.Eu fui até Campo Grande e a única coisa que ganhei de você foi uma carta, um bilhete num post-it encontrado na casa do Joaquim duas semanas depois.
Caso você não se lembre querido irmão, estava escrito a seguinte frase:
"Papai me bateu de novo, cansei.Vou viver do meu jeito agora. Quem sabe a gente se esbarra?
Se cuida pirralho e nunca deixe aquele velho encostar em você"
Então eu surtei pela primeira vez.Eu gritei com ele e cuspi em sua cara de que tudo era culpa dele, que você tinha ido embora, pois tinha medo dele.Culpei suas bebedeiras, os olhos roxos da mamãe, as contas atrasadas e é claro a sua ida.Disse tudo o que sempre quis dizer por sua causa, poderia até agradecer se o cinto de couro dele não machucasse.Se os socos em meu rosto não tivessem sangrado ou se a mamãe não tivesse se metido e levado um tapa na cara.Do jeito que os policiais fazem com os maconheiros.O tapa foi igual, a força foi igual, mas eu não abaixei a cabeça ou fugi como você.Eu fiquei com tanta raiva que soquei seu olho direito, porém ele não estava bêbado naquele domingo.Engraçado né?Papai estava sóbrio num domingo a noite, pena que você não estava lá para comemorar conosco.
Ou quem sabe para para-lo, dizê-lo que eu não aguentaria mais de três chutes na barriga e desmaiaria naquele chão frio da cozinha.
Acordei em sua cama na tarde seguinte com os gritos de papai.Achei que ele fosse bater na mamãe de novo então tentei correr, mas eu não consegui levantar, tentei gritar no entanto saia fraco.Me taquei no chão e fui levantando enquanto me arrastava.Complicado...me senti tão humilhado e quando cheguei na sala ela chorava de uma maneira tão absurda, chorava de soluçar então ela se virou, viu me rosto confuso e disse:
"Meu bebê, seu pai vai nos deixar,ele tem outra família." 
Eu até tentei chorar em respeito a figura materna presente na sala, mas não saiu nada além de um suspiro.
Eu estava aliviado.
Pensei em correr para o quarto, pegar o celular e te ligar.Avisar que já podia voltar para casa e que estava tudo bem.O Monstro havia ido embora.Mamãe estava mais tranquila, finalmente pôde voltar a trabalhar, no entanto ainda parecia chorar por ele.Ainda parecia sentir sua falta e sem querer te deixar mal.Ele era muito mais importante para ela do que você. Caso te machuque pense nas coisas que ela já passou antes de dele...é o que tento fazer para amenizar essa dor de não me sentir verdadeiro amado pela minha própria mãe.
 Ele era muito mais importante que eu também. 
Na quarta eu estava recuperado, não totalmente, mas estava.Fui para a escola de manhã e consegui jogar bola no recreio, consegui correr e pegar a matéria atrasada, sem falar que a Clarinha se declarou para mim naquele mesmo dia.Você devia estar lá para me ensinar a não magoar uma garota em pleno nono ano do ensino fundamental 2.
A verdade é que ela era linda para os outros garotos e a mais gostosa.Eles viviam falando dela no vestiário, porém eu não gostava do jeito como ela achava que poderia ter qualquer um por ser considerada a mais bonita da sala, não gostava de como ela humilhava as outras quando diziam gostar de alguém,não gostava da burrice dela em português, conjugava vários verbos errados, mas o pior de tudo eu não gostava de garotas.Nem da mais bonita, nem da mais feia.Nunca senti nada por nenhuma delas.
Eu não vou dizer  que eu sabia que não me interessava por ninguém no nono ano, porque eu culpava a minha falta de interesse com "Prefiro estudar do que ter namoricos" ou "Elas não são tão bonitas assim" eu realmente acreditava ser exigente demais.Achava que eu era um cara sério que só me interessaria por uma garota e só.Na verdade até hoje eu ainda não sei o que sou, pois não me interesso por nada.Talvez eu tenha um distúrbio mental que me leva a não sentir atração por ninguém. 
Se você estivesse lá talvez eu não tivesse passado por toda aquela humilhação no segundo ano,mas você não merece saber sobre ela, pois não estava lá.
E infelizmente preciso voltar para ela.
Porque ela ainda escrevia para você no segundo.Mesmo dois anos depois de você ter simplesmente ido embora.Ela ainda me tratava como uma criança, eu realmente gostava dela, não entendo porque fez isso com ela.Talvez não se lembre do nome dela.
ME RECUSO A DIZER PORQUE VOCÊ SERIA TÃO BABACA SE O FIZESSE.MAIS BABACA DO QUE O NORMAL.
Teve uma vez que ela fez uma pergunta diferente.Ela praticamente gritou:
"SE SABE SOBRE ELE PORQUE NÃO PEDE PARA ELE ME VER? ME RESPONDER, ME AMAR? A BABAQUICE É DE FAMÍLIA!"
Eu juro que senti a baba dela no meu rosto, logo depois ela começou a me socar em diferentes lugares e eu deixei porque ela amava um babaca e ele é meu irmão mais velho.Espero que no momento em que ler essa carta escreva para ela,nem que seja na porra de um post-it e diga obrigado por me amar tanto assim  ou um simples sinto muito.
Aconteceram coisas boas nesse meio tempo não vou negar.Mamãe conseguiu se estabilizar e como só tínhamos duas cabeças na casa ficou fácil para trocarmos de vida.Conseguimos abandonar a vida no turano e arrumamos um apartamento, não muito grande na Conde de Bonfim perto do Rei do Mate e do metrô,eu estudava na mesma escola técnica que você e somos tão parecidos que eu virei -ainda mais- uma sombra de você.Nem me chamavam pelo nome,para eles eu era o Luquinha, Junior, caçula do droguinha. Eles nem perguntaram meu nome e sinceramente foi uma merda.
A merda maior é que eu não sabia que você usava drogas,então me juntei com a mesma turma que você, para saber mais sobre quem você era.Tudo o que eu achava que sabia se foi quando eles me mostraram um beck e disseram que era o seu preferido por ser barato e pesado.Eu não  acreditei, claro você não tinha cheiro de cigarro, você era meu herói.
Então Joaquim -seu grande amigo- me mostrou uma foto sua com um beck e uma 51 na mão.Foi tão difícil acreditar que você é como ele, tão difícil de acreditar que você era tão bêbado e nojento quanto nosso querido papai que eu comecei a chorar na frente deles-Joaquim, Luiz e Patrick-Eu chorei como uma criança sem doce, como mamãe chorou quando papai foi embora, eles simplesmente riram e foram embora pelas ruas da grande Tijuca e aquilo só me deixou com mais raiva.A cada dia eu sentia mais raiva de você e de tudo o que me fez passar.
Você se tornou o maior dos babacas a partir do momento em que eu percebi que apanhei por alguém tão sujo quanto o agressor.
Você é mesmo filho dele.Bebe como ele, fuma como ele e foi embora e até agora não deu notícia como ele.
Você é como ele, se ainda estiver vivo, pois talvez eu rasgue toda essa carta amanhã de manhã antes de voltar a mesma rotina por descobrir por um site qualquer da internet que você está morto.Talvez tenha se metido com traficantes e o tiro perdido-certeiro- arranca-lhe a vida me fazendo quem sabe cuspir todas essas palavras nojentas que penso constantemente sobre você.
Porque por mais que eu tente nunca superei a sua ida.Nunca superei o seu abandono, mesmo sabendo que você não se importa com seu irmão tolo e chorão deixado para trás e é por isso que estou sofrendo.Você ainda é da família e merece saber tudo o que aconteceu enquanto viajava pelo mundo.Livre, da maneira que queria ou talvez eu só tenha tudo entalado e precise dizer que te odeio porque não entendo e que sinto sua falta.
Toda manhã torço para que você esteja vivo para que todos os xingamentos sejam inocentes e sem problemas. Para que eu possa te abraçar e te chamar de babaca. Mandar você se foder e explicar que to sozinho desde que a mamãe morreu.
ps. esse texto é de uns três anos atrás e eu nao quero corrigir nem mudar nada pq gosto dele assim e vou postar pq ainda gosto dele.
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still-sad-about-mcr · 5 years
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São 21:06 e eu tenho prova de uma matéria amanhã que não fui nas três últimas aulas, logo, não sei nada e não tenho anotação alguma. Segundo eles, as aulas foram objetivas demais, então não fizeram anotações.
Alguém mandou resumo no grupo da turma! Abençoada seja, vou abrir o computador para ver melhor...
O computador quase que não liga (já é um idoso tadinho) e quando quase depois de meia hora consigo ter acesso às mídias pelo computador... Estão pequenas demais e o zoom disponível não é suficiente, seria melhor ver pelo celular mesmo.
Antes disso tudo fui me livrar das roupas apertadas para colocar um pijama e conseguir estudar. Assim que fui tirar o cordão notei que o pingente não estava lá. Perguntei para o meu namorado se havia caído pela casa dele, não caiu.
Perdi o meu pingente favorito. Aquele que me protegia, que fora da minha mãe e que representava meu pai, ela e meu irmão, que me protegiam e estavam sempre comigo. Eu o perdi.
E antes disso tudo, acordei 08:30, dez minutos depois do início da prova do dia. Sai correndo, cheguei aos trancos e barrancos e terminei faltando alguns minutos para o término. Desci as escadas da faculdade para imprimir o trabalho de dois pontos complementares da prova que passei a tarde passada fazendo. Todos os lugares de impressão estavam lotados e faltavam só 10min para o professor ir embora. Não consegui entregar o trabalho.
Cheguei atrasada para levar o Chico ao veterinário e passei vergonha quando, sem querer, elevei a voz enquanto o Woody fazia xixi no consultório. Só a consulta foi R$ 110,00; sendo que eu paguei 10 e meu namorado 100, fora os gastos com remédios que ele vai ter que bancar. Já me senti mal desde aí.
Agora são 21:17 e eu estou usando o tempo que deveria estar estudando para escrever isto porque simplesmente fiquei tão ansiosa mas tão ansiosa que quero fazer tudo ao mesmo tempo, então não consigo fazer nada a não ser ficar deitada me remoendo com minha autopiedade.
Vai que botar para fora tudo que me deixou ansiosa, sem falar com ninguém e falando com todo mundo ao mesmo tempo, me ajuda.
Ainda tenho que marcar a terceira avaliação e fazer as terceiras provas presenciais que começam uma semana depois do término das segundas.
Sinto que vou explodir de ansiedade e estresse. Meu sono tem ficado deplorável por causa disso e eu simplesmente não consigo relaxar. Voltei a fumar por causa da ansiedade extrema que se torna meus dias, então ando gastando o dinheiro que eu não tenho com cigarros me sentindo culpada toda hora. Caso não exploda de ansiedade, vai ser de tanto comer mesmo. Compulsões estão mais frequentes do que nunca junto com a culpa que as acompanha.
Vou só postar isto aqui e deixar a autopiedade de lado para estudar nem que seja um pouco. Me deseje uma boa prova amanhã.
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w-gabisilva-blog · 7 years
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Como lemos mulheres: dois anos do Leia Mulheres
A escritora e ilustradora inglesa Joanna Walsh percebendo a falta de participação da mulher no mercado editorial lançou o desafio #readwomen2014. Nascido nas redes sociais, o movimento tomou força no mundo todo e chegou ao Brasil no mesmo ano. Mas, se foi perdendo força na web, aqui permanece presente. Isso porque, no ano seguinte, três mulheres – as paulistas Juliana Gomes, Juliana Leuenroth e Michelle Henriques – levaram o debate virtual para o mundo real. E março de 2015 nasceu o clube de leitura Leia Mulheres.
O #readwomen foi essencial para o nascimento do clube de leitura. “Já trabalhava no mercado editorial, justamente promovendo eventos e dá surgiu a análise de tão poucas mulheres eram chamadas para eventos, inclusive os que eu organizava” relatou Juliana Gomes, uma das idealizadoras do projeto. “A partir dessa análise conversei com a Juliana Leuenroth que conversou com a Michele e começamos os clubes”.
O primeiro clube surgiu em São Paulo e logo chegou no Rio de Janeiro e em Curitiba. Atualmente está presente em 22 estados e mais de 50 cidades brasileiras. Os encontros são abertos para o público - feminino e masculino – em rodas de conversa animadas sobre o livro escolhido naquele mês.
O #leiamulheres questiona a falta de destaque para escritoras. Quando Joanna Walsh analisou o mercado editorial em seu país descobriu que as mulheres representam 30% dos autores e muitas, como escritora inglesa J.K. Rowling, autora da saga Harry Potter, ainda usam como subterfúgios abreviações de seus nomes ou mesmo pseudônimos para burlar o preconceito com a dita literatura feminina ou escrita por mulher. A realidade brasileira não está muito longe disso, o que se reflete na participação das mulheres em eventos e premiações literárias. Depois das críticas recebidas nas últimas edições, a FLIP desse ano foi anunciada como a do protagonismo feminino, com as mulheres representando mais da metade dos convidados – 24 contra 22. Essa pode ser vista como uma vitória?
“Com certeza. Foi o primeiro movimento muito claro no sentido da inclusão e divulgação de autoras a ser promovido por um dos eventos literários mais importantes do país. É uma visibilidade importante que vai ocorrer”, opinou Aline Aimée, mediadora do Leia Mulheres do Rio de Janeiro.
 #readwomen
Joanna Walsh é ilustradora e no final do ano de 2013 desenhava alguns cartões de ano novo com algumas de suas escritoras favoritas. Sua inspiração veio, curiosamente, de dois homens, os jornalistas literários Jonathan Gibbs, no Reino Unido, e Matthew Jakubowski, nos Estados Unidos, que se comprometeram a ler apenas mulheres por um período de tempo.
Walsh postou imagens de seus cartões no seu Twitter (@balaude) com a hashtag #readwomen2014 como um desafio, mas com o sucesso seus seguidores começaram a pedi-la para postar os 250 que deixou escrito no verso dos cartões. A ilustradora ficou um pouco receosa com a repercussão, lembrando de casos de cyber bullying referentes a campanhas do tipo. Porém, o em minutos, mulheres e homens compartilharam o post.
Além de ilustradora, Joanna Walsh é escritora. Não fosse apenas uma questão pessoal, a forma como a hashtag se apresentava, talvez o início de uma revolução, satisfez sua criadora, que viu como o #readwomen possibilitava diversos usos: incentivo pessoal; oportunidade de reunião; a celebração de conquistas recentes (como o Nobel de Literatura vencido por Alice Munro, em 2013); o fato de autoras terem que ser conhecidas.
Walsh quis deixar claro que seu manifesto não era pela leitura. Ler mulheres era só um passo; o #readwomen era sobre ler com maior consciência, quebrar hábitos antigos, tomar consciência dos temas por trás dos livros lidos. Ela sugeriu que as pessoas lessem por um período de tempo apenas livros escritos por mulheres. A romancista iraniana Kamila Shamsie chegou a falar em ‘um ano de publicações de mulheres’. As editoras britânicas And Other Stories e Tilted Axis se pronunciaram, aceitando a provocação. Mas longe de desejar ver editoras publicando apenas mulheres, Joanna Walsh com o #readwomen2014 gostaria de incentivar as grandes editoras a encorajar as novas escritoras e equilibrar o mercado de publicações ainda tão repleto de escritores homens.
Com tantas imposições criadas ao longo do tempo, como ser dona de casa, mãe, mulher, empregada, vaidosa, etc., podemos encontrar várias mulheres possíveis. Isso confirma uma pluralidade inerente da mulher – o que não pode ser descartado de sua literatura. Para aqueles que acreditam em uma literatura feminina ou escrita por mulher, a mulher como construção é muitas, logo esse mito cairia por terra.
Fica claro que o mercado editorial ajuda a endossar a imagem do livro para mulheres. Apesar de temáticas variadas chegarem às livrarias, as editoras continuam privilegiando projetos gráficos femininos. As “girly cover” (ou capas femininas) são mais um obstáculo para as escritoras, que ficam atreladas a histórias românticas ou água com açúcar. Outro obstáculo apontado por Walsh o mito do fim do feminismo e das questões de gênero. Discutir as diferenças de espaço e publicação para livros de mulheres e homens é essencial para que a ação iniciada por ela se torne um movimento fortalecido.
 Clube no Rio
           No último mês, decidi presenciar o clube de leitura. O livro escolhido era “Só garotos” (Just boys, no original), escrito por Patti Smith. Conhecida por suas canções, a estadunidense reúne no livro memórias de sua juventude e descoberta artística ao lado do grande amigo, o também artista Robert Mapplethorne. Cheguei um pouco atrasada, mas consegui presenciar as apresentações dos participantes – nome, idade, ocupação e como conheceu o Leia Mulheres. Aberta a roda, o bate papo começa e vai se tornando cada vez mais acalorado, com defensores de Patti e críticos do livro. Movimento hippie, edição da própria vida, ode à amizade, foram questões levantadas por quem estava presente. No final, o sorteio de fotografias Polaroid - parte do material de divulgação da Companhia das Letras, editora que publicou o livro e onde uma das mediadoras trabalha. Foi na editora que conseguiu as fotos e resolveu presentear alguns participantes.
           Conheci o Leia Mulheres através dos canais no YouTube das mediadoras do Rio: Luara França, editora da Companhia das Letras e dona do blog (infelizmente) encerrado Ao Rés do Chão; Denise Mercedes, professora de Direito e escritora do Cem Anos de Literatura; e Aline Aimée, funcionária pública e idealizadora do Little Doll House. A quarta mediadora, a produtora de eventos Juliana Spohr só recentemente criou seu próprio canal na plataforma digital de vídeos.
           Era de interesse das idealizadoras levar o projeto iniciado em São Paulo para outras capitais. Não demorou muito tempo para que Juliana Leuenroth, uma das criadoras do projeto, convidar as quatro para tocarem o Leia Mulheres no Rio. “A aceitação foi muito positiva”, disse Aline, feliz pela proposta de ler e divulgar o trabalho de mulheres receber o apoio dos cariocas, que consideram o clube “uma iniciativa importante”.
A divulgação do projeto no Rio de Janeiro foi realizada pelas mediadoras em suas redes sociais e blogs. “Acho que o fato de eu, Luara e Aline termos canais literários chamou muita gente que gosta de ler e participa do booktuber literário, no início. Porém, creio que cada mês o grupo que participa é diverso. Tem muita gente que vai pelo tipo de livro escolhido. Autoras que tem mais destaque, como Chimamanda Adichie, naturalmente 'levam' mais gente para o debate”.
Aliás, o encontro que mais marcou as mediadoras cariocas teve como livro “Hibisco Roxo”, da aclamada escritora nigeriana. “Cada debate é único, mas, recentemente, o debate sobre Hibisco Roxo, da Chimamanda Adichie, foi muito interessante, pois éramos 85 pessoas em um ambiente pequeno e todos queriam falar! É muito bom ver que os livros despertam tantas reflexões e que o diálogo é extremamente frutífero quando parte da identificação que sentimos com personagens 'fictícios'” relembra Denise Mercedes.
Aline Aimée também falou sobre o dia, que contou com o maior número de participantes do clube no Rio, com “gente sentada no chão, africanos, gente que morou na África. O debate transcendeu muito o livro, não só pelo carisma e hype da Chimamanda, mas pelos temas, que incluíam violência doméstica e intolerância religiosa. Foi muito intenso”.
           As mediadoras perceberam a importância do clube de leitura na formação e desconstrução do leitor. É comum novos participantes relatarem a experiência da percepção de lerem mais homens que mulheres e logo depois sentirem a necessidade de mudar esse quadro. Elas próprias, mergulhadas no mundo da literatura, perceberam mudanças após o início do projeto. “Agora tenho muito mais consciência e vontade de ler mais e mais mulheres de diferentes nacionalidades, culturas e experiências” explicou Denise.
Ao falar sobre o Leia Mulheres, as realizadoras deixaram claro terem noção do sucesso do clube de leitura. Já se foram dois anos de projeto, dezenas de cidades brasileiras e leitoras e leitores engajados, além da repercussão em jornais, blogs e na academia. Mas será que o projeto ainda tem fôlego para continuar mobilizando leitoras e leitores? “Não nos fixamos em metas e sim em sempre pensarmos na formação de mediadoras, futuras críticas literárias e mais mulheres sendo lidas e publicadas” disse Juliana Gomes. Para Juliana Leuenroth, o rápido crescimento do clube de leitura é resultado da necessidade de se discutir gênero e literatura. “Percebemos, a cada nova cidade que entra em contato conosco, como ainda é uma questão que precisa ser ampliada”, finaliza.
           As organizadoras sentem que apesar de modesta, houve uma mudança no comportamento das editoras. “Temos visto uma movimentação das editoras, ainda que pequena, para publicar mais mulheres e dar mais destaque a elas em suas divulgações” Michelle Henriques. O projeto não tem parceria com editoras, mas algumas enviam releases e livros que podem ser ou não usados nos clubes de leituras ou ganhar resenhas no site do Leia Mulheres.
A escolha dos livros se dá em cada cidade de forma diferente, por escolha das mediadoras ou por votação, presencial ou pelas redes sociais. “Aqui em São Paulo nós procuramos sempre variar os gêneros literários e também os países de origem das escritoras. Queremos mostrar que não existe literatura feminina, que mulheres escrevem em qualquer gênero, seja no romance ou na ficção científica” conta Michelle. A única regra é a leitura de uma obra de autoria feminina. Assim, o encontro tem data e hora marcada e é só o público se reunir para a discussão.
“A cada clube ou relato dos encontros em outra cidade, aprendemos muito. Vemos como a questão da publicação de mulheres ainda é uma questão que precisa melhorar e ser ampliada para que mais vozes sejam ouvidas dentro da literatura. E perceber que faço parte de alguma forma dessa tomada de consciência, me deixa muito realizada” finaliza Juliana Leuenroth.
Reportagem produzida para a disciplina Técnica de Reportagem I do curso de Comunicação Social da UFRJ.
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s-tudy-hacks-blog · 7 years
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E aqui vai um resumo da minha trajetória estudantil:
Estudei toda a minha vida em escola pública, sendo o Ensino Médio integrado ao técnico, o que me privou de várias aulas das competências cobradas no vestibular. Após terminar o Ensino Médio, decidi fazer cursinho e até da cidade saí. E foi então que percebi que a aprovação é um buraco bem mais fundo do que eu imaginava e é daí que vou começar essa história.
Entrei no cursinho convicta de que eu não queria um curso muito difícil, então eu não precisaria me empenhar muito, visto que só precisaria de uns 50 pontos a mais do que havia tirado no último ENEM. Fiz extensivo noturno num cursinho renomado do Vale do Paraíba e achava que só isso bastava (não que o curso não fosse bom, muito pelo contrário, devo tudo o que sei a ele).
Durante o curso, ouvia muito falar sobre Medicina e a sua ampla concorrência. Depois de alguns incentivos, algumas temporadas de House e meu amor pelo sistema nervoso (pretendia cursar qualquer coisa que eu pudesse chegar à Neurociência ou algo do tipo), resolvi prestar Medicina. Assim que decidi, percebi o quanto eu amava a área, mesmo nunca antes a tendo cogitado, e não demorou pra eu não me ver fazendo outra coisa.
Marquei logo um horário com um orientador e fiz um plano de estudos. Na primeira semana, foi difícil me adaptar à nova rotina. Na segunda semana, mais ainda. Nas decorrentes, eu tinha definitivamente decidido que não ia rolar. Eu sempre soube que não era nenhum gênio, mas sempre fui a primeira - ou uma das primeiras - da classe, sem muita dificuldade, logo, não estava acostumada a estudar. Muito menos estudar por tantas horas seguidas. Trinta minutos era o meu recorde de concentração. Encontrei, logo de cara, um problema.
Tentei - erroneamente - repôr toda a matéria atrasada durante as 3 semanas de férias que tive. Como acabei de dizer, tentativa falha. Tinha desistido de Medicina, até eu marcar de montar um novo plano de estudos com outro orientador, que me deu novas esperanças de conseguir passar. Mas como eu também disse lá em cima, não estava acostumada a estudar. Por nunca ter nem sequer ouvido falar de muitas matérias as aulas, por ser tudo muito rápido - quem faz cursinho a noite sabe como os professores encarnam nos Velozes e Furiosos pra conseguir passar toda a matéria -, mas a gota d’água mesmo foram os simulados, que sugaram de mim tudo o que havia de esperança. Desanimei de ir às aulas e a cada vez mais negligenciava o cronograma.
Até que eu comecei a seguir Instagrams e assistir a vídeos de vestibulandos e concurseiros, que davam dicas de estudo e postavam resuminhos. E então, começou a contagem regressiva pro ENEM (que seria o primeiro vestibular do ano). Faltavam dois meses e eu tinha dois bimestres de matéria atrasada pra repôr. Um mês. Vinte dias. Dez dias. Uma semana. Não vou dizer que consegui ser disciplinada nesses últimos meses, mas consegui aprender - ou decorar? - bastante conteúdo.
E os jogos começaram: eis o dia do ENEM. Voltei pra minha cidade natal para realizar o exame. Abri a prova e sabia identificar do que se tratava uns 80% das perguntas. Até lembrava uma fórmula ou outra. No primeiro dia eu me sentia num ótimo estado emocional pra resolver as 90 questões. E então cheguei em casa e fui conferir o gabarito (não oficial) dos cursinhos online. O resultado não era como eu esperava, mas fiquei tranquila porque ainda tinha o segundo dia.
Segundo dia de prova, abri a prova e me deparei com a linda proposta de redação. Mas essa alegria durou pouco. Comecei pela redação e gastei mais tempo do que o esperado, depois fui intercalando entre questões de Linguagens e Matemática. Quando percebi, faltava uma hora e meia e ainda restava 1\3 da prova pra responder. Resolvi reescrever a redação - porque era a minha única segurança - , me desesperei com a única hora que me sobrou. Corri pra transcrever para o gabarito, errei algumas coisas na redação, não respondi cerca de 15 questões de Matemática, fiquei entre os três últimos para sair, mas deu tempo. Ufa! As únicas virtudes favoráveis pra um exame de vestibular que eu tinha eram domínio emocional e organização, ambas foram para o ralo quando eu mais precisei.
Mas vida que segue, precisava focar na Unesp porque era essa - e ainda é - o meu foco. De terça a sexta revisei mais conteúdos e domingo fui para São José dos Campos fazer a prova. Meu desempenho foi mais satisfatório, comparado ao ENEM e eu talvez teria sido convocada para a segunda fase, caso eu tivesse escolhido qualquer outro curso. Não sabia qual era a nota de corte ainda - qual é, 73 questões? Ainda acho a maior das sacanagens, mas ok, vamos continuar - mas sabia que não passaria. Ainda faltavam a Fuvest - pra USP eu prestei Biomedicina - e Unifesp. A última eu nem cheguei a fazer, apesar de achar que fui bem na Fuvest (não fui para a segunda fase por um ponto), mas sabia que não tava pronta pra passar em Medicina.
Resolvi voltar para a casa dos meus pais, arrumar um emprego de fim de ano e depois decidir o que fazer no próximo - até agora não sei o que fazer da vida. Todos os dias, ao acordar, fazia/faço questão de me lembrar que o ENEM não mediu o meu verdadeiro conhecimento e que não posso me permitir desistir por conta desse sistema injusto.
Determinada, montei um plano e estudos e comecei a segui-lo (do meu jeito torto, mas enfim). Comecei a estudar no primeiro dia útil do ano e decidi estudar em casa, com o material que tinha e com o conteúdo que eu achasse na internet.
No fim de janeiro saiu o resultado do ENEM, o que não me surpreendeu. Com exceção da redação, todas as minhas notas tinham regredido. E então veio o SISU e foi o maior caos na minha vida. Não fiquei triste por não ter passado em Medicina, pois isso eu já esperava. Fiquei triste por não ter passado em nenhum dos meus planos secundários. Talvez por culpa minha ou por falta de vontade do cosmos de colaborar com a minha vida.
Confesso que emergi numa tristeza intensa, precisei me apegar a todas as poucas coisas positivas que apareciam no meu cotidiano pra conseguir levantar da cama, mas isso fica pra outro post. E então, surgiu a vontade de criar esse blog. Escrever me faz bem, mesmo que eu não a faça com a maior maestria do mundo. Pretendo postar aqui as dicas que já ouvi - e não segui - e que acho interessantes, também espero que, com essa experiência adquirida, eu possa ajudar ao menos uma pessoinha a não repetir os mesmos erros que eu e a alcançar a tão almejada aprovação.
E se eu pudesse dizer algo pra mim há quatro meses, seria:
não pira;
a culpa não é toda sua;
pra tudo tem seu tempo.
E assim, aguardo a euzinha do futuro voltando pra me dizer “e não é que deu certo, no fim das contas?”. Enquanto isso, espero me encontrar muito com esse site.
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jackalvespsico · 7 years
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Dois dias atrasada (correria) mas eu necessito postar isso ! (É GRANDE MAS QUEM PUDER LEIA TUDO POR FAVOR) Quando meu hamster morreu fiquei com o coração em pedaços e queria outro logo pra me ajudar a superar isso! Então recebi a notícia de que eu iria ganhar outro Hamster porém quando fui buscá-lo tive a surpresa de que não era um hamster que me esperava e sim um ratinho Twister! Eu nunca tinha ouvido falar dessa raça, não conhecia nada! E confesso que no começo fiquei com um pouco de receio se aceitava ou não ele ! Por fim resolvi arriscar e hj penso "graças a Deus" consegui um Twister no lugar do hamster (a experiência que estou tendo com meu pequeno Lassiter superou todas as minhas expectativas !) Eles têm até um dia pra ser comemorado ! DIA 4 de ABRIL Dia Mundial da Ratazana Doméstica! O preconceito Ainda é grande por serem poucos conhecidos então vamos conhecer um pouco mais sobre eles : A ratazana doméstica é tão chique que já tem Dia Mundial! É o World Rat Day, que acontece no dia 4 de abril. O Rattus Novergicus, conhecido como Twister, Mercol ou apenas ratazana, é um animal de estimação cativante. São super espertos, ativos e inteligentes. Dormem no colo do dono, atendem pelo nome e aprendem vários truques. Eles criam laços de amor com os donos, chegando a reconhecer a voz e demonstrando felicidade. O Twister é um animal muito limpo que não para de se lavar como os gatos fazem. Eles podem aprender muitas coisas, como usar um banheirinho na gaiola por exemplo. Essa esperteza da ratazana fez ela ser eleita pelo Discovery Channel como o décimo animal mais inteligente do Mundo, sendo capaz de contornar desafios montados por cientistas. É um animal pequeno que equivale a um cachorro ou gato. Pode ser levado para todo lugar em uma bolsinha ou no ombro e requer poucos gastos. Eles não fazem barulho e se você manter a higiene da gaiola nunca terão cheiro ruim. Eles são animais muito sociáveis! Não transmitem doenças diferente do que a MAIORIA DAS PESSOAS PENSAM! (Não são ratos de esgoto né gente por Deus 😒) Se você não gosta de um Twister, é porque provavelmente não pegou em um ainda! São animais cativantes e quem conhece se apaixona! 😍😍😍🐁🐁
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