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#ela Exigiria Muito do Mundo
docitoos · 2 years
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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤenquanto meu amor não chega ,
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belalona · 3 months
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O Basgiath War College dá as boas-vindas a  BELLONA VIKTORIYA HYBERN, uma PRIMEIRO ANO que mostrou-se disposta a desafiar o parapeito para incorporar o Riders Quadrant. Vinda da província de MORRAINE, ela possui VINTE E TRÊS anos, e foi recrutada para a TERCEIRA ASA, encontrando-se atualmente na SEÇÃO GARRA e fazendo parte do  1°ESQUADRÃO. Esperamos que algum dragão reconheça que é CRIATIVA e EMOTIVA, ou esse cavaleiro estará morto.
Infos básicas
Nome completo: Bellona Viktoriya Hybern
Apelidos: Bella, Lonnie, Vik, Tory, Riya.
Idade: 23 anos
Altura: 1, 73
Signo: Peixes
FC: Aubri Ibrag
Resumo
Bellona é mais ágil do que coelho fugindo de chuva! Armada com suas adagas afiadas como um artista com seus pincéis e um par de sai para defender como uma mãe protegendo seu pudim, ela quebra tradições como quem quebra ovos para fazer uma omelete. Com uma mistura de Kobudo e Aikido, ela faz seus inimigos se perguntarem se estão em uma batalha ou num show de malabares. Determinada a provar que a maldição da família é mais furada do que queijo suíço, Bellona atravessa o parapeito com um sorriso e uma dose extra de emoção!
Habilidades notórias
Mesmo sem possuir uma força extraordinária, Bellona utiliza sua agilidade de maneira eficiente. Ela dedicou-se ao estudo do Kobudo, uma arte marcial que aprimora o uso do Sai, transformando suas armas em extensões naturais de seu corpo. Além disso, Bellona incorpora técnicas de Aikido em seu estilo de luta, privilegiando uma abordagem defensiva e evasiva, destacando-se em desarmar e desestabilizar seus adversários. Uma habilidade notável de Bellona é sua criatividade em combate, permitindo que ela improvise e utilize qualquer objeto ao seu redor em situações de perigo. Esse pensamento rápido e adaptabilidade são traços distintivos que emergem especialmente quando ela se encontra sob risco iminente.
Arma de preferência
Tem como sua preferência o uso de adagas tanto para arremesso quanto para o uso corpo a corpo, que lhe permitem movimentos ágeis e evasivos. Sua segunda arma preferida é o par de sai que trouxe consigo, sendo sua arma favorita quando se trata de um combate mais defensivo e para o desarme de inimigos, permitindo bloqueios sólidos.
Dragão (Ainda não vinculado)
Sinete (Ainda não possui)
História
Quando acreditam que sua família foi amaldiçoada por conta de uma de suas antepassadas, assim fadando todos seus descendentes de forma que nenhum fosse apto a montar em um dragão, ao menos não por tempo o suficiente para ser lembrado. Bom, é de se esperar que você busque distância de todo esse mundo e até mesmo possua um medo irreparável de dragões correto? Talvez tenha sido assim para uma boa parte dos Hybern por um tempo, mas a nova geração da família prometia mudar inteiramente essa perspectiva. Veja bem, inicialmente, Bellona também possuía certo receio dos dragões e preocupações perante toda a maldição, contudo todas essas preocupações foram substituídas por idéias mirabolantes e divertidas das aventuras que poderia ter. Tudo isso tendo vindo de sua convivência com a prima, Minerva, que a inspirou a pensar diferente. 
Claro, parte de Bellona ainda pensava em talvez virar uma curandeira e ajudar as pessoas de forma digna, mas desde muito cedo ela percebeu que não tinha qualquer vocação para cuidar das feridas alheias, sequer conseguia tratar muito bem as próprias. Por isso não foi difícil embarcar no sonho de Minerva junto dela, por que a ideia de virar uma cavaleira e reescrever a história de sua família trazendo honra para os Hybern outra vez soava ótimo aos seus ouvidos. Claro, talvez ela sonhasse demais e não se desse conta de que isso exigiria um belo trabalho duro, mas estava disposta a qualquer coisa para conquistar seu novo sonho. 
Os pais, é claro, não ficaram nada contentes quando souberam que ela decidiu se alistar junto de Minerva, ainda mais quando souberam que foi aceita. Poderia dizer que seu pai soube esconder bem boa parte de sua preocupação, ainda que sua mãe debulhou em lágrimas quando chegou o dia de partir, mesmo que as palavras da mais velha fossem de encorajamento, ela sentia pelo abraço apertado da mãe que a mesma estava lhe dando um tipo de adeus. É dolorido quando até mesmo alguém tão próximo de você não possui confiança em sua sobrevivência, mas isso apenas deixou Bellona mais determinada ainda em atravessar o parapeito e provar a todos que estavam errado sobre ela e sobre os Hybern.
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qualegume · 1 year
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𝐎𝐍𝐂𝐄 𝐔𝐏𝐎𝐍 𝐀 𝐓𝐈𝐌𝐄    …    parece que no futuro vamos ler o conto de LUCIEN STAYNE LEGUME, o 1º aprendiz de HANSEL E GRETEL. Quando recebeu sua profecia de nascimento, disseram que ele seria aliado com NINGUÉM, mas será verdade? Com 34 anos, ele veio de CAMPOS DOURADOS, onde atua como APRENDIZ / CAÇADOR, tornando-se bastante explícito que serve a SI MESMO. Os pássaros me disseram que ele NÃO VAI PARTICIPAR da Seleção com intuito de DEFENDÊ-LA DE ATAQUES. Típico, considerando sua reputação de ser ÁCIDO, IGNORANTE e PAVIO CURTO, embora eu deva admitir que possa ser IDEALISTA, CONFIÁVEL e ESPERANÇOSO. Aposto que deve ter herdado tudo isso dos pais!
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Abigail Stayne era como tantas outras jovens de seu reino, apaixonadas por Gaston ao ponto de não se importar se era sua décima opção, desde que ele lhe desse míseras migalhas de atenção, ela estava satisfeita. Mas sua carência tornou-se sua ruína, assim como sua ingenuidade ao cogitar que, se dedicasse amor e submissão ao homem, poderia fazê-lo mudar. Chegaram a se casar — ao menos a família dela exigiria isso, se soubesse que andava dividindo a cama com o soldado. E como uma coisa leva a outra, Abigail pensou que a notícia de sua gravidez seria comemorada não apenas no casebre onde vivia com o homem, como em toda a vila. Invés disso, tudo o que ela recebeu foi uma chute na bunda e uma porta na cara quando o Legume disse que jamais assumiria a criança e, sozinha, Abigail teve de se virar. Recebeu apoio de uma pessoa inesperada, acabando em um bordel. A mulher passou a dormir num quartinho nos fundos do bordel e trabalhar com faxineira durante a gravidez e nos primeiros meses de vida de seu filho, mas pouco depois entrou para a prostituição.
Com o passar dos anos ela conseguiu uma casinha para morar com seu filho, mas por mais que o amasse muito, era extremamente infeliz. Nunca escondeu de Lucien a verdade sobre a paternidade, a partir do momento em que o julgara capaz de entender as situações pelas quais havia passado mesmo em tenra idade. Apesar disso, o garoto jamais demonstrou interesse em ir atrás do progenitor. Não havia alcançado a marca de doze anos quando, em uma noite, sua mãe não aguentou e sucumbiu ao suicídio. Encontrar o corpo de Abigail foi o pior evento da sua vida, e após isso Lucien decidiu sair pelo mundo. Não sozinho, uma vez que sua mãe havia lhe contado que possuía uma meia irmã, filha de outra meretrix com Gaston.
Ter o caminho cruzado com o de Hansel e Gretel foi como encontrar a luz no final do túnel, e por isso se dedica tanto ao treinamento dos irmãos, além de ter jurado sua lealdade para com eles. Não havia muito de bondade em sua vida até então, o que justifica sua postura arisca no início. Hoje, contudo, os considera como parte de sua família também. Sonha, desde então, em ocupar algum alto cargo no exército de Galvadon, como comandante da guarda ou mestre dos navios.
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CAMUFLAGEM: É a habilidade de se adaptar a qualquer cor ou textura. Lucien pode se camuflar em qualquer ambiente, misturando-se com a coloração e a forma de seu plano de fundo. Para que sua habilidade funcione com perfeição, é necessário que permaneça imóvel durante todo o tempo, uma vez que sua ilusão sofre alterações, torna-o perceptível aos olhos mais atentos quando se movimenta.
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stronger-girl · 2 years
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Esse não é um livro que eu escreveria, é pior: é sobre maternidade
Nota: 8,23/10
Ok é mais sobre a criação em geral, então a paternidade entra tb, mas esse não é foco aqui então seguimos com essa mensagem após dias da mães que por incrível que pareça eu não escrevi pensando no dia, é pq o livro fala disso mesmo, só agora revisando eu percebi a ironia do timing.
Tipo ok, eu sei que vou enfurecer as pessoas com essa resenha mas vamos pegar uma lição aqui que nosso “querido” billy dunne nos ensinou e abrir a caixola pra não ser cego igual ele.
Tenho isso de falar que quando gosto muito de um livro eu gostaria de ter escrito ele. Mas eu não vejo nem mesmo conseguindo escrever algo que dói tanto assim. Exigiria muito. E atualmente não consigo juntar esse esforço lol(disse a psicopata que escreveu 23 páginas sobre um livro). Então eu nunca escreveria, pq ele dói mais do que eu poderia tentar. Eu esperava outras coisas com esse livro, aliás eu queria coisas diferentes com eles, e eu mudaria diversas coisas e algumas lições e alguns sentidos, Mas sinceramente? é um livro que as pessoas precisam, é um livro que EU preciso. Isso aqui até é poético pq o conflito do livro é sobre obrigações e necessidades.
Eu acho que quando a Taylor escreveu esse livro sobre fama e estrelas ela chegou num ponto e pensou: OK, mas sobre o que realmente importa? O que realmente é relevante para esses personagens quando se rasga a pele da fama. E aí nos entregou isso. Uma análise provando que no final os instintos de todos não são tão diferentes assim.
Ódio e angústia, dois sentimentos muito presentes que eu tive ao ler esse livro, junto com fascínio e curiosidade. Porém bem mais ódio e angústia. E depois muito muito fascínio. Existem vários tipos de sentimentos negativos que eu posso sentir por um livro, e sentir ódio do rumo da história quando bem escrito, lógico, real e complexo, é exatamente quando um livro se torna meu favorito. Não é fácil me despertar ódio sendo um bom livro.
Não vou falar sobre os poucos erros o livro pq apesar de relevantes e estúpidos não me interessam, como por exemplo a irrealidade do vício em drogas,como foi fácil demais estar sóbrio (numa perspectiva da entrevista claro, tendo noção que poderia ser mentira também claro), a sobriedade é muito rasa nesse livro, não acho crível e eu entendi que ela queria dá uma forçada na superação mas não comprei, isso não condiz, então vamos de fanficar as entrelinhas. Ou como infelizmente esse livro não tem ainda a profundidade artística que eu estava sonhando, infelizmente falta mais apaixonados pela música no mercado e que realmente entendam o que eu e muitos estão buscando mas é mais trabalhado que muitos outros que eu já li e isso é um puta mérito.
Vou apenas focar mais no foco central do livro, eu não vou fazer uma análise de cada personagem pq se não só da daisy vai dar umas 10 páginas, então vou analisar oq traça em alguns o plot do livro, separei em tópicos das quatro pessoas principais que colaboram para esse “esquema” de diálogo com o leitor e essas são:
1-Daisy
2-Billy
3-Camila
4-karen
e por último uma reflexão de como tudo isso é consequência e resultado de daisy e billy e pq a autora deixou a história ser sobre eles você os odiando ou amando.
1-Daisy jones: Apenas pra quem é inteligente, maduro e perceptivo o suficiente para entender
Daisy não quer ser a musa de ninguém, ela quer ser alguém que escreve sobre as musas. Comecei falando disso pq enquanto lia opiniões sobre ela na internet percebi que nem todas as pessoas compreenderam oq ela realmente queria dizer e focaram só na primeira parte. É até metafórico isso pq ngm no livro a entende do mesmo jeito, eu gosto disso. Ela não é fácil de amar, ela não é fácil de entender e todo mundo acha que a mesma é uma miragem estereotipada de uma musa ou uma paria quando a mesma grita o tempo todo que não se importa com nada mais do que ser vista pelo o que ela realmente é. E quase ninguém faz.
“Daisy não valoriza nada que venha muito fácil. Dinheiro, beleza e até a própria voz.
Ela queria que as pessoas a escutassem.” - Qual a graça da vida se as coisas que as pessoas almejam já estão com ela? e o que isso importaria se nada dessas coisas fizessem preencher o vazio que tem dentro de si?
A coragem dela ao se impor é consequência da sua vontade e busca por ser ouvida, é o seu maior desejo, ser ouvida e realmente compreendida e ela não vai estar em paz até conseguir.
Daisy jones tem uma missão interna, e este é de procurar vínculos, conexões que falem com a sua alma.
“(...) Estava gostando de ser casada. Da ideia de fazer parte de uma coisa conjunta, de estar ligada a uma pessoa. Eu ia ter alguém para me perguntar como tinha sido meu dia, todos os dias.
SIMONE: Em teoria, um casamento fazia todo o sentido para a Daisy. Ela estava precisando de estabilidade nessa época. E sempre foi minha melhor amiga. Sempre vai ser. Mas ela queria alguém com quem compartilhar a vida. Alguém que fosse apaixonado por ela, que cuidasse dela, que a colocasse num pedestal. Alguém que, quando ela não chegasse em casa até uma certa hora, quisesse saber o que estava acontecendo. Então eu entendi o motivo do casamento. E também queria isso para Só que ela escolheu a pessoa errada pelos motivos errados” - Daisy Jones, poderia se contentar com menos. Mas assim como Billy Dunne na infância, nunca se contentando com os carrinhos de brinquedo que tinha, ela queria mais. Ela queria tudo. Ela queria que alguém se importasse. Alguém que chegasse nela com todo aquele maus tratos que ela cometia a si mesmo e falasse “não, você importa, eu entendo sua dor, mas você é muito mais, você é uma criatura magnífica nesse universo.”
Ela fazia muito mal a si mesma e não sabia o pq continuava mesmo tendo ciência disso, e sabendo disso ficava com raiva de si por sua auto aversão, ela não sabia como parar, ela não sabia como lidar com si mesma, se autodestruir era a única maneira que ela sabia como viver, pq durante toda sua vida as pessoas apenas a usaram, só a rejeitavam, não a amavam, e mesmo quando existia um certo carinho e amor, nunca a viram, nunca a entendiam. Então ela fazia o mesmo a si própria, se tratava como se fosse alguém que não se amava, a machucava, se auto destruía. Mesmo se comportando no exterior de uma maneira que falava o contrário a quem a admirava.
“Pode esquecer, não vou mudar por causa de ngm” - Para ela não basta apenas ser amada e admirada, e percebemos isso lá frente quando a admiração de milhares de pessoas não significa muita coisa a ela, ela quer ser amada por todo o caos interno que ela é. Mesmo se auto destruindo, é engraçado esse paradoxo, enquanto ao mesmo tempo ela carecia de amor, demonstra que o senso de preservação dela, o orgulho, e o amor próprio é maior que dos personagens que não o faziam nesse livro, nem que seja apenas de uma forma externa para todos verem.
Ngm entende daisy jones, apenas uma pessoa a via de verdade segundo a visão dela mesma e a única que a entendeu em toda a vida e este era billy dunne. Inclusive existe uma fala da esposa de billy que eu não tinha entendido de primeira e atribui que ela enxergava a daisy e só depois eu entendi que era uma farsa, ela fala que "Você fez com que eu sentisse tudo aquilo de novo, um sentimento real e renovado. Escreveu uma música linda sobre querer o que não pode ter, mas continuar querendo mesmo assim. Eu me importo com você porque, quando te vejo, o que enxergo é uma pessoa que escreve com uma sensibilidade incrível - que sofre do mesmo mal que o homem que eu amo. Vocês dois pensam que são duas almas perdidas quando, na verdade, são o que todo mundo quer ser.” - Quando eu li isso eu pensei que ela tinha entendido pelo menos por um instante através do homem que ela amava, a daisy. Mas eu estava errada. Ela era como um “fã”, não existe glória neste vazio, é isso que camila não compreendia e conseguiu persuadir ela a…eu não diria “acreditar”, mas ela mexer em seus sentimentos pois almejava isso como todo fã, a esposa de billy aqui é como todo fã falando para daisy, porém não importa se o mundo todo quer ser como ela, o vazio na alma, ser perdida no mundo, não compensa, não a preenchia, a romantização da dor eu diria? não é isso que fazemos com as celebridades? não estamos fascinados por isso?
“Ela não passava de uma menina desesperada para criar vínculos com as pessoas. Só que não tinha ninguém na vida dela interessado em saber quem Daisy era de fato, muito menos seus pais. E isso acabou com ela. Por outro lado, também foi assim que ela virou um ícone. Nós adoramos gente linda e destruída por dentro. E não dá para ser mais claramente destruída por dentro e ter uma beleza mais clássica que a de Daisy Jones.” - Todas as respostas que procuramos do final, estavam no começo.
“Estava muito entediada mesmo. Com a minha vida. Com a anfetamina e o pó, com aquele ciclo todo. Era como ver o mesmo filme pela centésima vez. Você já sabe quando o vilão vai aparecer e o que o herói vai fazer. Era uma coisa tão tediosa que me dava vontade até de morrer. Queria uma experiência real para variar. Qualquer coisa que fosse real. Então levantei, peguei um táxi para o hotel e fui até o quarto do Billy.” - Isso aqui, quando a ilusão e a adrenalina das drogas perdem o efeito, quando a personagem até então dita como a mais egoísta do livro (oq eu discordo definitivamente), evitava a todo custo o real por algum motivo...Billy Dunne foi a primeira coisa que ela se agarrou quando desejou algo real na vida. O homem que assim como ela vivia o real através da música. E ela apenas foi lá pedir um bote salva vidas. Apenas isso.
“"Seja forte, Daisy J” Mas quando era para uma criança, uma garotinha - o que não
era comum, mas acontecia de tempos em tempos -, eu escrevia: "Sonhe
grande, pequenina. Com amor, Daisy"”. - Eu gosto como mesmo sem tentar ela falava com o público, para eles segurarem a barra, para serem fortes e sonhar ALTO, caso houvesse garotas como ela, sofrendo como ela, ou não.
Eu admiro muito como o livro deixa claro que a esposa do amor da vida dela e ela se admiram, não existe rivalidade feminina, não existe misoginia internalizada, elas vivem suas vidas. Daisy vive sem julgar o outro, muitíssimo pelo contrário, ela tem noção da sua realidade, isso quando sóbria claro(hahahaha), e se admiram mutuamente em aspectos diferentes. Eu acho lindo.
“Eu queria drogas, sexo e melancolia. Era isso que eu buscava. Na época
eu achava que esse outro tipo de amor... Achava que isso era para outro tipo
de gente. Sinceramente, eu pensava que esse tipo de amor era inviável para
mulheres como eu. Um amor assim era para mulheres como Camila. É uma
lembrança bem clara para mim que era isso que eu pensava.” - Daisy se acha indigna de amar, Daisy acha que não é capaz de obter esse amor, que não tem dentro dela essa capacidade de amar assim e que ninguém seria capaz de amá-la assim como ela gostaria. Ela se acha tão quebrada, tão perdida e sozinha, que não consegue visualizar merecedora, não consegue ver esse tipo de amor dourado e duradouro para ela. Isso seria destinado a outras mulheres, “Mulheres inteiras”, não ela.
“"Essa música não é... não é sobre o Billy, se é isso que você está pensando. É sobre querer ter filhos, uma família. Sabendo que seria uma péssima mãe. Se sentindo imprestável demais para merecer uma coisa como essa. Mas querendo mesmo assim. E aí olho para você, para tudo o que você é, e percebo que é tudo o que nunca vou conseguir ser".
O nível de complexidade de uma pessoa que faz mal a si mesma e sabe disso e ao mesmo tempo é uma força da natureza, tem um senso de preservação ao redor dos outros… isso te faz pensar em até quando amor próprio acaba. E eu falo isso pensando em TODOS os personagens do livro.
Daisy Jones não tinha nenhuma estrutura familiar, nunca recebeu amor dos pais, e procurou esse amor em todos lugares enquanto crescia, nunca o encontrou. Ela se tornar oq se tornou é verdadeiramente um milagre. Daisy sabe botar os outros no seu lugar, ela era irresponsável, é original, é real, boa, amável, palpável, perdida, explosiva, artista, poética, egoísta, mimada, forte, desapegada, ambiciosa, sombria, radiante, revolucionária e demorou a aprender que as coisas que ela almeja vinham difícil e é preciso esforço; daisy é simplesmente daisy. Não é todo dia que você consegue ver um personagem bem escrito com tanta personalidade, que não seja somente uma índole de perfeição inalcançável. É simplesmente emocionalmente poder se conectar e se identificar com alguém como Daisy. Eu queria muito saber mais sobre sua cabeça e complexidade. Tudo sobre ela grita paixão e fogo e um certo tipo de conforto que apenas alguém única como ela pode proporcionar.
É louco pensar que oq torna a narrativa viciante, a forma de entrevista é oq nos impede de aprofundar nos personagens, as pistas o tempo todo sobre oq é real e não é, a ambiguidade, vc tentar compreender as camadas dos personagens por fora, entender o significado do que eles falavam entender de verdade oq cada um sentia por outro e acho que tem um motivo isso: vc tentar desvendar eles assim como um telespectador normal. Por isso eu acredito que seja tão difícil pras pessoas entenderem de verdade esses personagens tão complexos e colocarem em estereótipos vazios que definitivamente não fazem jus a eles. Meter eles em uma caixa é exatamente oq fazemos com as celebridades, é mais fácil, é bem mais fácil do que entender e se negar a ver que são pessoas, um tipo de negação ala billy dunne eu diria.
2-Billy Dunne: negação parental
Ele se acha um gênio(pior que meio que é k), o dono da banda, e nem se quer percebe isso, pois está afundado no próprio mundo, tentando se manter são. E ele faz isso utilizando o controle como uma arma, esse controle automático que ele utiliza sem perceber.
Billy é um egocêntrico egoísta que tem um senso artístico gigantesco, apesar de suas falhas ele depois de se recuperar de seus vícios volta a entrar nos eixos e ser “careta e certinho” como seus companheiros falam.
Ele nunca aceitou pouco, sempre quis mais, mesmo criança. Ele não sabia como viver sem usar drogas em excesso, controlar cada aspecto da confecção do álbum..enfim ele era sempre MUITO.
Billy tem um grande problema não dito de forma clara na vida dele que se chama trauma, o abandono do pai dele fez uma marca gigantesca na personalidade dele. Mesmo que ele não cave isso explicitamente, nas pouquíssimas vezes que ele cita me marca, e isso me marca pq todo o comportamento dele durante o livro é baseado no que a criação dele causou nele, nas marcas que ele nunca e jamais gostaria de repetir. Seria ele tão egoísta assim mesmo?
Billy não consegue lidar com a gravidez de sua mulher e se afunda mais em vícios, ele não estava pronto para aquela responsabilidade mas ele nunca fugiria da mesma, ele nunca se tornaria como seu pai, ele amava ou amou camila mas o próprio casamento foi uma conduta de ética. Ele queria fazer a coisa certa, queria construir essa família de uma maneira correta. As pessoas diziam que ele era “fascinado por ela” e ela representava a “aurora” dele. Eu sempre pensei que a aurora fosse sobre uma luz no final, e essa luz no final era sobriedade, era não ser um homem infiel, era ser um bom pai.
Para ser bem sincera não sinto nada relativamente muito afetuoso por ele, não o odeio mas não tenho afeição positiva gigante também, a sua indecisão e cegueira me irritam profundamente, porém o compreendo demais, entendo sua dor, e seu vazio, acho ele um alívio cômico com toda essa prepotência. Oq eu gosto dele é a conexão com a daisy, ocasionalmente sua honra mesmo que seja absurdamente irritantemente ridícula. Ainda sim, é honroso, por mais que doa. E é isso. Gosto apenas do que ele tem com a Daisy e somente ela. Algo raro. É até engraçado pq ele vivia dizendo que queria ser um homem x com a esposa mas ele era melhor com a daisy, simplesmente a melhor versão dele, mas definitivamente a mais letal e perigosa naquele determinado ponto de sua vida. A mais cativante e que entendo e concordo que não deveria ter se fixado. Não consigo entender o hate em excesso no mesmo alias. O que torna ele irritante é ele tentar ser correto demais.
Daisy o colocava no lugar em confronto sobre a intensidade e verdade, e Camila com manipulação e ilusão. E eu vou explicar isso mais a frente.
"O que Camila tem de tão especial que você não consegue escrever sobre nada além dela? (…) "Acho que eu não sou a pessoa que Camila acredita que sou. Mas quero muito ser. E se eu ficar com ela, se me esforçar todos os dias para ser esse cara que ela vê, acho que
tenho chance de chegar perto disso". O desespero em se tornar alguém que se considera bom, ele se agarra a esposa não pela pessoa que ela é, é pela promessa, pelo oq ela representa, pelo oq ela pode fazer a ele, a fidelidade e o casamento são as barreiras que em sua cabeça e em teoria o impedem de ser o seu pai, o impedem de não ser um bom homem. Ser infiel, ser um viciado, ser um homem com um vazio enorme. São as coisas que billy dunne corre contra ser, é por isso ele investe tanto na promessa a Camila, não por ela, pela promessa, implicitamente pelas filhas tb. Pela esperança de não ser como seu pai.
Escrevia músicas sobre coisas que não podia ter e que não podia fazer, ele nunca aceitava, não queria dizer as coisas e aceitar então automaticamente a música falava. Então ele escrevia músicas para ser merecedor. Como recompensa. Tentava a todo custo acreditar que amava a esposa, ou o que ela fazia por ele? Permitia a ele? We will never know.
Uma coisa importante sobre billy dunne é o seguinte, assim como tudo não dito neste livro, vai aí algo não dito que está claro: ele precisava ser salvo. E ao contrário de alguns billy dunne não conseguia se salvar(ou nunca tentou ou não queria), logo ele necessitava de alguém que o salvasse, que cuidasse do mesmo. E já sabemos quem era.
“você não pode continuar fazendo músicas para limpar a barra com a sua mulher” daisy e billy são as pessoas que mais se entendem no mundo, cada coisa que eles falavam para si era verdade de uma maneira. Quando ela fala isso diretamente na cara dele, o deixa profundamente irritado. Porque? Pq pega na ferida da falta de amor, pega na ferida que ele respira e vive e anda em negação, ele quer se convencer o tempo todo de que o amor que diz que sente é suficiente para preencher o vazio de sua alma, quer se convencer que ama a esposa mesmo o tempo todo, quer se convencer que faz isso por ela. E não por uma promessa, por lealdade. Por estabilidade. Então ele continua escrevendo músicas, para se convencer o tempo todo desse amor. Vocês tem que entender que ele faz isso pq é mais fácil. Pq é mais fácil mentir para si mesmo. Mais fácil de engolir, e continuar o dia dia.
“ter me feito passar vergonha por não sentir o que eu queria que sentisse. Ou talvez porque eu achasse, que na verdade ele sentia, sim, mas se recusava a admitir…” Daisy provando mais uma vez que ele é um homem que vive em negação, na real ela nem precisava provar isso, essa parte só foi mais uma prova do quanto eles se conheciam e se entendiam. Nas próprias entrevistas deles é NÍTIDO, o quanto ele gosta de mentir para si mesmo, ele se recusa e nega a realidade em diversas ocasiões sendo entrevistado, especialmente sobre o significado das músicas.
E ele utiliza dessa negação o tempo todo, afinal é como ele sobrevive. Ele mesmo não se entende, ele mesmo não consegue enxergar a verdade, até pq ele NÃO QUER. Seria doloroso demais cumprir sua obrigação moral sem essa ideia de pertencimento, sem se convencer que estava fazendo isso por algum sentimento parecido ou próximo com o amor romântico por Camila. Então ele troca o amor pela estabilidade e consegue se convencer que são a mesma coisa sempre.
“Daisy: Quando a banda tocava "Young Stars", eu rezava para Billy olhar para mim e reconhecer que a gente estava cantando um para o outro.”
“Billy: Eu dizia para mim mesmo que era encenação, mas na verdade é uma coisa difícil de decifrar.” (off: Eita homem complicado, o bixo se afundou mesmo na mentira que criou, cego igual uma mula. Admiro a honra mas queria esganar esse pobi.)
“Pô, eu vivi na sombra do meu irmão praticamente desde que nasci. Comecei a me perguntar por quanto tempo ainda ia suportar aquilo.” - Uma das coisas mais irritantes no livro é também a cegueira de billy em relação às outras pessoas que ele ama. Eu não consegui me importar tanto em desvendar isso e chegar a uma conclusão, mas minha visão mais superficial era que ele só era egoísta e egocêntrico, porém pensando melhor agora eu me toquei que billy não tem muita percepção nem da própria realidade quanto mais a dos outros, ele não tinha estrutura para lidar com mais nada, se ele acrescentasse mais uma coisa toda sua mentira bem elaborada iria desmoronar e ele viciado em controle iria perder o controle, assim como nessa parte que estava a um passe disso, é triste, você sente raiva. Agora fico com pena pq eu entendo, é sobre quando se fica fraco demais para ser útil.
Billy se agarrou a família com um vício, quando teddy deu ultimato ao Billy ele quando sua filha nasceu ele não estava se preocupando de perder um amor e filhas, era a bebida, eram as drogas, ele não ia sobreviver. O ultimato não era pra ser pai de família, o ultimato foi questão de vida ou morte. Se agarrar a isso é o que faz ele sobreviver, manter ele vivo. Porém entenda, continuar respirando e sobrevivendo não é mesmo que viver.
“Daisy fez isso. Daisy. Só percebi o quanto precisava disso quando aconteceu. E fiquei me
me sentindo melhor, mas foi doloroso também. Porque se eu fosse o homem que queria ser se pudesse dar a Camila o que tinha prometido ,então... tinha uma perda incluída
nisso também.” - Essa analogia aqui é facíl, substituam “o homem que que queria ser” por sobriedade e sobreviver, e “perda incluída” por viver e conexão real, substituam por “Daisy”.
"O mais assustador era que a única coisa que separava um momento de tranquilidade da maior tragédia da minha vida era uma simples escolha de não fazer aquilo. Isso me deixou atordoado, a precariedade do equilíbrio da vida. Não existia nenhuma força todo-poderosa para impedir coisas que não deveriam acontecer de acontecerem. Isso sempre foi uma coisa assustadora para mim. E era assim que me sentia quando estava com Daisy Jones.” - Daisy, assim como as drogas, assim como a música. Eram para ele a liberdade, a perda de controle total, isso era assustador para ele. Especialmente pq Daisy não só representava uma perda de controle sobre si, mas era letal, ela era uma usuária de drogas, ficar perto dela seria um ato destrutivo para os dois, ele sabia que seria um caminho sombrio. Se ele seguisse por esse caminho ele não achava que seria forte o suficiente para os dois para ser um homem digno. E ele não iria conseguir salvá-la de si, acreditava que não.
"O que quer que possa ter rolado naquele dia não era da minha conta. Não era uma coisa que ela quisesse conversar comigo Era um assunto pessoal dela, eu não tinha nada a ver com aquilo. Não estou dizendo que não ligava: Claro que eu ligava, e muito. Só estava
falando que, quando você ama alguém de verdade, às vezes a pessoa pode querer coisas que vão te magoar; mas vale a pena se magoar mesmo assim. Eu magoei Camila. Só Deus sabe o quanto. Mas o amor não se resume a perfeição, diversão, risos e sexo. Amar é perdoar, ter paciência e fé, e de vez em quando levar um murro no estômago.” - Isso realmente é um amor monogâmico ou comodidade amigo?
“É por isso que é uma coisa perigosa se apaixonar pela pessoa errada. Amar alguém que não merece ser amado. Precisa ser alguém que mereça sua confiança, e você precisa merecer a confiança da outra pessoa. Isso é uma coisa sagrada. Não tenho tolerância nenhuma para pessoas que não fazem valer a fé que os outros depositam nelas. Nenhuma consideração mesmo. Camila e eu prometemos colocar nosso casamento em primeiro lugar. Colocar nossa família em primeiro lugar. E prometemos confiar um no outro para que cada um fizesse isso do seu jeito. Sabe o que você precisa fazer com um nível de confiança como esse? Quando alguém diz "Confio tanto em você que permito que guarde segredos de mim"? Você precisa valorizar até o fim. Precisa ter em mente todos os dias a sorte que teve por ganhar esse voto de confiança. E às vezes, se você pegar pensando, estou com vontade de fazer uma coisa que quebraria essa conhanga O que quer que seja - amar a mulher errada, beber uma cerveja sabendo que não deve. Sabe o que você precisa fazer? Levantar a bunda de onde está sentado e levar suas filhas para a Disney com a mãe.” Não preciso comentar muito depois disso. ““Não tenho tolerância nenhuma para pessoas que não fazem valer a fé que os outros depositam nelas. Nenhuma consideração mesmo. Camila e eu prometemos colocar nosso casamento em primeiro lugar. Colocar nossa família em primeiro lugar. E prometemos confiar um no outro para que cada um fizesse isso do seu jeito.”” Isso aqui. Isso aqui se trata sobre repugnar ser como o pai dele a todo custo, sobre quebrar um comprometimento, uma promessa, uma missão que ele se resignou e ela também. Isso tudo em nome do padrão familiar que eles consideram o mais correto. Não é sobre partir um coração, é sobre seu papel, o papel que ele aceitou e não tolera que ngm descumpra, inclusive ele mesmo. É sobre ser fiel a sua honra e como ele tem abominação por quem quebra essa mesma honra.
"Às vezes, é difícil dizer o que eu sabia em determinada época…” (sabemos que você não sabia NADA) “as coisas se misturam na memória. Não dá para distinguir tudo certinho.
Quando cada acontecimento rolou e por que fiz o que fiz em cada momento. Saber o desfecho contamina tudo. (..)” - Indício perfeito do embaralhamento que ele fez com a realidade, seus reais pensamentos, o passado e o que falava na entrevista. “saber o desfecho contamina tudo”
“A gente dá mais valor para as coisas... Quer dizer... A gente dá mais valor para as pessoas quando elas vão embora, né? E acho que eu sentia que ela estava indo embora. Acho que sabia que ela estava de partida. Não sei como eu sabia. Mas parecia que sabia. Provavelmente não sabia. Era só uma sensação. Enfim, o que estou querendo dizer é que, quando começamos a tocar “'Honeycomb", eu sabia que estava perdendo Daisy, ou talvez não. E sabia que estava apaixonado por ela, ou talvez não. E valorizava tudo o que ela
significava para mim naquele momento... ou talvez não.” Indecisão, confusão, as barreiras que ele coloca começam a cair.
“Eu amava a minha esposa. E tinha sido fiel a ela desde o momento em que me recuperei. Fazia de tudo para não sentir nada por nenhuma outra mulher. Mas... (suspiro longo) Tudo o que movia Daisy me movia também. Tudo o que eu amava no mundo, a Daisy também amava. As minhas fraquezas eram as mesmas da Daisy. A gente era como duas metades de um todo. Uma coisa só. De um jeito que só acontece com pouquíssima gente. De um jeito que a gente nem precisa dizer o que está pensando, porque a outra pessoa também está. Como eu poderia conviver com Daisy Jones e não ficar encantado por ela? Não me apaixonar por ela? Eu não conseguia. Realmente, eu não conseguia.”
“Mas a Camila era mais importante. Essa é a verdade mais profunda. Minha família era mais importante. Camila era mais importante para mim. Talvez, por algum tempo, a Camila não tenha sido a pessoa por quem eu mais me sentia atraído. Ou… Acho que dá para dizer que a Camila não foi a minha maior paixão. Naquela época. Sei lá. Não dá para... Pode ser que ela não fosse. Mas eu sempre a amei mais. Sempre escolheria ela. Minha escolha é a Camila. Sempre foi.” E a razão dessa escolha e fala do mesmo sendo verídica ou não é dita logo em seguida:
“A paixão é... é fogo. E, pô, o fogo é uma coisa incrível. Mas a gente é feito de água. É a água que mantém a gente vivo. É da água que a gente precisa para sobreviver. Minha família era minha água. Eu escolhi a água. E sempre vou continuar escolhendo. Eu queria que a Daisy encontrasse sua água. Porque não podia ser eu.” Quando ele fala da água ele relaciona com sobrevivência, sua família era sua água pq mantem ele longe das drogas, mantém ele sóbrio e sem se tornar oq o pai dele foi, sem ser infiel e um pai ruim, e quando ele fala que não pode ser a água dela significa que ele é quebrado demais para salvar ela das drogas, que não vai conseguir se manter sóbrio e vai atingir o fundo do poço e vai se tornar o pai que nunca quis ser, um pai e um marido ruim, uma pessoa ruim.
Como ele mesmo disse logo depois "A questão aqui é o rock 'n' roll ou a minha vida, e não vou escolher o rock 'n' roll.”
3-Camila dunne: Fé patológica
"O mesmo vale para ela. De verdade. Camila gostava de ter um homem que compunha músicas sobre ela e de ser carregada até a cama.”
"Eu casei com um músico. E você vai continuar sendo um”
“Vocês dois pensam que são duas almas perdidas quando, na verdade, são o que todo mundo quer ser".
Lá em cima eu falei sobre a camila ser “um dos papéis de fã” desse livro e eu falei isso pensando nessas citações. Eu tive um insight absurdo quando li cada uma dessas frases. Camila ALMEJA ser a musa.
Camila quer que a vida dela seja interessante, e como ela mesma fala: “Billy tinha carisma, e foi por isso que me apaixonei. (…) eu queria estar com alguém que eu achasse fascinante.” Ela sabe que o máximo que vai conseguir de fascinação nela mesma é ser essa musa para alguém fora do comum, alguém “fascinante”.
“Você fez com que eu sentisse tudo aquilo de novo, um sentimento real e renovado. Escreveu uma música linda sobre querer o que não pode ter, mas continuar querendo mesmo assim.” (Fascinação que ela tb sentia por daisy jones)
Ela era fascinada pelas “estrelas” pq sabia que nunca seria uma, e o mais perto de que poderia ser fora da curva era se casando com um, com alguém que ela pudesse se preocupar com além de um jantar no final do dia, ela queria se preocupar com um jantar de um músico, de uma estrela, com os problemas complexos que ele tinha como ser viciado.
Esses indícios já começam quando ela aceita sair com billy pq ele ia escrever uma música sobre ela. E ela gosta disso.
Não se trata de rivalizar é a comparação de fatos mesmo, de como a base fundamental de daisy e camila eram diferentes. Cada um é diferente de cada um e tá tudo ok.
Daisy falou quando era jovem antes de ser famosa: “Eu queria estar perto desses homens - esses caras famosos porque não conhecia outra forma de me sentir importante.” Daisy descobriu mais tarde que para se sentir importante como ela queria ela tinha que ser “um desses caras famosos” e ela tinha poder para isso. Eu acho que quando ela fala isso é um foreshadowing assim como diversas pistas deixadas ao redor do livro. Eu acho que isso falava sobre a Camila recente. Ela se sentia importante assim agora.
Eu não vou fingir ser mais revolucionária do que eu já sou e sim eu sei que vou ser criticada pq estou sendo “progressista demais” mas primeiro tente ver como eu vejo: eu só pensava que não suporto a camila com todas as minhas forças kkkkk ENQUANTO LIA, logo ao passar do tempo e longe de sua cabeça e vida isso com certeza vai mudando, não gosto do que ela representa, mesmo entendendo que é algo digno de ser contado e era forte assim como daisy e karen acho a vida dela o meu pesadelo pessoal, completamente assustador. Acho as ações dela medíocres, acho as situações em que ela se submete a patéticas. E não consigo sentir nada além de repulsa por sua obsessão a esse pilar familiar que não significa muita coisa pra mim ou pra ngm como ela imagina. Agora ela ser repreendida por isso? Mesmo achando claustrofóbica sua vida. Assim como billy, assim como daisy, assim como karen e os demais: eu a compreendo. Não são suas escolhas que eu odeio e é ter que aguentar ver isso, é ter que aguentar o amor próprio inexistente por aceitação ou falta dela e o quanto isso é repulsivo de ler.
“Se eu dei uma impressão de que é fácil confiar - no seu marido, nos seus filhos, em qualquer pessoa que você ama -, se fiz parecer que é uma coisa fácil... então me expressei mal. É a coisa mais difícil que já fiz na vida. Mas sem isso você não tem nada. Nada que valha minimamente a pena. Foi por isso que fiz essa escolha. Todas as vezes em que isso foi necessário. Mesmo quando acabava me ferrando. E vou continuar fazendo
essa escolha até morrer.” Sua fé inabalável nessa esperança, nesse teatro de estabilidade que ela e billy criaram é tão horripilante mesmo que total compreensível, é primordial observar que eles são mais uma parceria que um casal antes de tudo, os dois falam do casamento e da vida que levam como uma “escolha” o tempo todo, quando ela fala que sem isso você não tem nada que valha minimamente a pena ela está aludindo a perfeita ilusão do casamento, que sem esse padrão familiar “perfeito” nada faria sentido na vida dela pq não teria nada mais para ela fazer na vida, ficaria sem função, logo ela tem que se esconder nesses padrões intrinsecamente impostos pq é isso que faz ela se convencer de que era uma grande história de amor assim como billy, não estou falando que para ela seja algo ruim de fazer, mesmo com as dificuldades ela sempre mostrou gratidão de ser uma mãe e dona de casa, estou apenas reverberando que ela se escondia atrás dessa função, de que isso se trata comodidade, estabilidade, desejo de pilar familiar e conformismo com oq tem do que amor mesmo como tentava proclamava.
É louco DEMAIS o desespero que ela e o billy de tentarem se convencer que eles estão ligados por amor e não por conveniência. Eu achava odioso e triste. Agora que a poeira da raiva abaixou eu entendo, pq a maioria dos seres humanos estão num relacionamento assim. E também não querem aceitar.
Antes de tudo: Camila é uma boa pessoa, ela era mais madura pq teve que amadurecer mais depressa que todos os personagens pq tinha responsabilidades reais ao contrário de todos e era comum e tinha que viver a vida como a maioria das pessoas, teve que levar nas costas essas mesmas responsabilidades pq se apaixonou. Tinha defeitos tb, como a teimosia e a manipulação velada. Tirando seu próprio casamento e seu amor próprio que no caso era quase nulo, ela era sensata com a grande maioria, ela era uma grande telespectadora. Guarde isso aqui, quando eu digo telespectadora é porque assim como nós, ela não entendia de verdade certas coisas, como ela demonstrou ser com a daisy. Foi como eu falei antes: Camila era uma mulher que sabia que era comum e não tinha nada de extraordinário, e queria viver um pouco de aventura fora normal pq no fundo ela sabia que seria boa em ser uma mãe de família e dona de casa, era isso que ela era boa e era isso que ela iria fazer.
“Todo mundo era bom em alguma coisa. Eu era uma boa mãe”
“Estou levando a vida que quero viver.”-Camila sabe que escolheu essa vida, sabe que era comum e que não era uma super estrela como daisy e billy, e aceitou seu papel, teve que aceitar seu destino de um jeito ou de outro pelas filhas. Pq sem esse compromisso ela não teria propósito.
“Pq estou reclamando? Adoro minha vida” - Assim como billy camila está em negação, ela ama billy, ela quer que o casamento dê certo. Não importa os seus desejos mais profundos. Ela simplesmente tem que aceitar para criar as filhas bem. É por esse motivo em especial, esse pequenoooo motivo em específico que eu senti tanto ódio desse livro, e eu demorei a compreender isso, pq assim como parte dos leitores eu levei como verdade tudo falado, ao invés de realmente analisar como uma entrevista. O que me faz odiar tanto essa situação é a ilusão. A falta de comunicação ao leitor de que isso tudo não é por amor, isso tudo é pra criar as filhas, isso tudo é pra fingir que tem a família que sempre quis, com boa estrutura. Essa troca de palavras o tempo toda é muito confusa.
Camila quer uma equipe. Ela quer uma parceria matrimonial. E quanto mais o tempo passa mais ela começa aceitar que se ela quiser um padrão de família tradicional vai ter que abrir mão de amor, sonhos e etc como ela desejava antes. Começou a recusar desejos para aceitar a mediocridade, e se deixa levar ou tentar ou se enganar a ficar satisfeita com o que construiu.
“Camila disse: "Você precisa entender que eu não vou desistir dele. Não vou deixar que ele me abandone. Vou conseguir fazer com que ele supere essa fase. E tudo mais que for preciso. Nós dois somos mais importantes que tudo isso. Mais importantes que você". Oq é importante aqui que ela está falando que diz “nós”? O "Nós" é a estrutura familiar, se manter casada, ter a criação dos dois pais como ela gostaria pras filhas, uma parceria para cuidar das filhas. Ela não vai desistir da sua aposta, mesmo com tantos percalços.
Camila me disse: "Seria melhor se Billy não fosse apaixonado por outra pessoa. Mas sabe o que eu decidi já faz um bom tempo? Decidi que não preciso de um amor perfeito, que não preciso de um marido perfeito, que não preciso de filhos perfeitos, nem de uma vida perfeita, nem nada disso. Quero só o que é meu. Quero meu amor, meu marido, meus filhos, minha vida. "Eu não sou perfeita. Nunca vou ser. E não espero que nada seja. As
coisas não precisam ser perfeitas para ser fortes. Então, se você estiver esperando alguém ceder, eu... Sou obrigada a dizer que não vou ser eu. E não vou deixar que seja o Billy. O que significa que vai ter que ser você". - Camila primeiro começou a aceitar que fidelidade não era tão importante assim num casamento, e nesse ponto final aqui da história temos a noção de que ela abriu mão do resto que era importante para ela, camila é teimosa, é tão teimosa que largou de tudo para ter oq queria, mesmo que oq ela quisesse tenha mudado e se tornado pouco, muito pouco, ela se adaptou, ela sentia que billy a pertencia e não iria abrir mão dele e nem do que construiu. Aqui percebemos que ela sucumbiu completamente ao comum, ela se acomoda com o que tem completamente.
Não me leve a mal temos que contestar um fato aq: camila é crucial para a história pq ela é a que busca a sobriedade de todos, ela é o choque de realidade cruel da vida comum. Karen costumava dizer que ela era ótima em manipular os outros da sua maneira para conseguir o seu objetivo, por exemplo quando se trata de billy e a sua estrutura familiar, que ela diz que “queria custe o custasse” essa família completa e com a criação que desejava, igual uma transação comercial, frio assim. É grande a sua força para lutar, lutar pela fachada da estabilidade e comodidade. É isso que faz com que billy sentir que devia a ela algo. Ela deu uma missão a ele que o trouxe a sobriedade, sua chance de continuar sobrevivendo e não se afundar ou morrer com o vício em drogas. E em troca ele tinha a missão de fazer o papel que ela gostaria e sonhava.
“"Não posso ficar aqui parada, vendo você e Billy se torturarem assim. Não quero isso para o homem que eu amo. Não quero isso para o pai das minhas filhas. E nem para você".
"Olha só, Daisy, acho melhor você sair da banda".
"Se eu estiver errada, e se você já estiver no processo de superar essa fase e de permitir que ele saia dessa, então nem precisa me ouvir. Você não me deve nada, Mas se eu estiver certa, vai ser um favor enorme que você faz à todo mundo e a si mesma se conseguir parar de se drogar e seguir em frente com a sua vida sem ele. Quem mais sairia ganhando nessa história seria você. Facilitaria a vida dele também, é verdade. E também me ajudaria a cuidar das minhas filhas". Não diria que é uma manipulação negativa, mas ela sabe manipular os outros ao seu favor. E ela também teve tato de sentir a autodestruição acontecer, Daisy queria já desistir nesse ponto e esse foi um empurrão crucial de timing, assim como billy que estava desistindo da sobriedade se não tivesse encontrado aquele homem no bar e tivesse corrido para seus braços. De uma forma eu fico feliz com essa manipulação, nunca se sabe se billy e daisy teriam sobrevivido sendo tão quebrados naquele instante, mesmo se teddy não tivesse morrido e ela tivesse ficado sóbria.
É triste perceber que quanto mais os anos passam mais o amor próprio e desejos se desfaz, tudo em busca da estabilidade. De uma estrutura de sobrevivência. Mas é uma ilusão bem feita e que a mantém confortável.
“Não importa quem você escolher para compartilhar sua vida. Vai acabar se magoando: Isso está na essência de gostar de alguém. Não importa quem você ama, em algum momento vão partir seu coração. Billy Dunne me deixou de coração partido um monte de vezes. (...) naquela noite, vendo os dois no SNL. Foi um desses muitos momentos de cortar o coração. Mas eu continuei insistindo na confiança e na esperança. Porque
acreditava que ele merecia.” Novamente Fé cega nessa esperança, ela tem que se contentar com pouco pq escolheu viver com pouco, ela só quer sua estrutura familiar completa e como ela acha que deve. É sempre triste ver as pessoas se acomodarem, mas temos que respeitar essas escolhas.
“Sabe de uma coisa? Acho que Camila nasceu satisfeita, e não nasceu com essa vontade de provar alguma coisa para os outros, como alguns de nós. Eu costumava dizer que nasci quebrado e que ela nasceu inteira.”
Parafraseando oq eu disse no tópico do billy: “Uma coisa importante sobre billy dunne é o seguinte: assim como tudo não dito nesse livro, ele precisava ser salvo. E ao contrário de alguns billy dunne não conseguia se salvar, logo ele necessitava de alguem que o salvasse, que cuidasse do mesmo.” E a sua “Manic Pixie dream” apenas nesse sentido é a camila. Anita Sarkeesian, definiu esse termo assim “o raio brilhante de alegria quase infantil que irá rejuvenescer nosso herói caído; (…) uma personagem feminina escrita para ajudar o geralmente branco e definitivamente hétero protagonista a relaxar e aproveitar a vida. (…) A MPDG é uma personagem coadjuvante usada para desenvolver a narrativa do protagonista masculino. Ela, na verdade, não tem vida própria, não tem família, ou interesses, ou qualquer emprego que possamos ver.” Eu não colocaria camila nessa categoria pq a função dela na trama não é sobre isso, mas te parece familiar? Esse instinto salvador? Eu gosto de chamar oq ocorre com oq camila aceita e faz por billy de “vertente clementine”, clementine é uma personagem do filme “o brilho de uma mente sem lembranças” que critica esse estereótipo, uma das frases dela mais icônicas diz o seguinte: “Muitos caras pensam que sou um conceito, ou eu os completo, ou vou torná-los vivos. Mas eu sou apenas uma garota fodida que está procurando minha própria paz de espírito; não me atribua o seu.”
E o seu amado no filme mais a frente responde: “eu ainda acho que você vai salvar minha vida.”
Ela é a responsável pela sobrevivência, oq eh diferente de viver, porém quando vc eh destinado a ser refém de suas próprias tragédias como daisy e billy infelizmente são, não existe uma via de mão dupla, existe se afundar ou existe tentar sobreviver.
"Você entende porque eu amava tanto sua mãe? (…) Ela foi teimosa comigo. E só sou quem sou hoje por causa disso.”
Camila e billy são o resultado contrário, camila aceita esse papel de salvadora.
Camila aceita essa atribuição, de fazer seu homem ficar “inteiro”. Como já sabemos ela quer oq é dela por direito, uma família como ela quer, sendo criada como ela quer, já que não há mais como voltar atrás, ela já tem uma família. Logo ela aceita esse papel, ela sempre quis esse papel. Ela ama esse papel. No fundo ela sempre quis. Desde o começo. Mesmo quando ela lutou contra um resquício, ela acabou sucumbindo logo depois. Camila nem sempre foi assim:
““Era disso que eu gostava nela. Camila não era uma pessoa passiva, que aceitava tudo o que os outros queriam. Mas era preciso prestar atenção para perceber isso.”
Ela começou a tentar mudar sua realidade para caber no que ela queria, como oq ela desejava não era tangível ela mesma mudou seus interesses para se sentir satisfeita consigo mesma.
“As pessoas pensam que Camila passava o tempo todo atrás do Billy, cuidando dele e tudo mais, só que não era bem assim, sabe?” Essa era camila no começo da história, até ela começar a ceder.
“Ela era dura na queda. E sabia conseguir o que queria. Quase sempre, aliás. Era bem persuasiva e meio impositiva até, apesar de a gente nunca sentir que ela estava impondo nada. Mas Camila tinha uma personalidade forte, sabia fazer valer sua vontade.” Inicio.
Até quando ela sucumbe no final isso emana.
“Sabia exatamente o que queria dizer. Eu fiquei desnorteada. Me sentia fora de controle, enquanto Camila estava totalmente controlada.”
“Quando chegou na porta do quarto onde estavam dormindo, ela virou
para mim e pela primeira vez percebi que ela estava apreensiva. Com os
dedos trêmulos quando enfiou a chave na porta.” Final.
Como eu disse ela começou a reduzir esse lado da sua personalidade, sucumbindo ao que tinha na sua vida, essa imposição, é como essa tremedeira nas mãos no final, ela sabia exatamente oq estava tentando fazer, mesmo controlada ela estava em desespero profundo de perder oq ela achava que era dela por direito, por isso eu falo da manipulação indireta o tempo todo, sabemos que é difícil decifrar os personagens mas fico pensando até onde vai a índole de cada um em cada ação, é bem difícil tentar descobrir as reais intenções e o tom com os quais eles querem dizer cada coisa. Mas os desejos deles sabemos bem. (offzão: a mais psicopata do livro e ela nem cheirava kkk manipula y manipula, mas pra sobreviver né gata é oq temos que fazer pra não querer pular de um penhasco nessa realidade sua.)
Acho que a resiliência cega da Camila a manter o pilar familiar é uma certa homenagem a mulheres de casa que tiveram que abdicar de si mesmas para criar os filhos e que tem a mesma fé nessa esperança distante como muitas outras, eu acho isso legal e é bonito e é batalhador. Mas é triste. Muito triste para ela e vazio também.
4-Karen: A maternidade compulsória
Os comentários da Karen são uma contra resposta a camila, enquanto camila representa as donas de casa karen representa e contrapõe as mulheres que não querem isso. Ao mesmo tempo lança questionamentos tb para os dois lados pensarem. Nenhum desses tópicos é uma crítica a escolha de nenhuma das duas, é apenas uma análise da escolha de cada uma, ngm é pior por não querer ser mãe ou querer ser mãe e vice e versa.
Karen (e talvez graham?) falam com o leitor o tempo todo, trazendo na roda pensamentos sobre a maternidade compulsória é o amor moderno e líquido. Você só tem que se esforçar pra enxergar. Tudo está entrelaçado.
Existem diversas falas dela durante a entrevista que falam com o leitor como uma contra resposta para a reflexão e o melhor disso é que nenhuma é concreta, todas são uma faceta e resta a você levar a sério ou não, depende de como você interpreta, segue os exemplos que chamaram minha atenção:
“Eu costumava pensar que almas gêmeas eram iguais. Eu costumava pensar que deveria procurar alguém que fosse como eu. Não acredito mais em almas gêmeas e não procuro nada. Mas se eu acreditasse neles, acreditaria que sua alma gêmea era alguém que tinha todas as coisas que você não tinha, que precisava de todas as coisas que você tinha. Não alguém que sofre das mesmas coisas que você.”"
Tudo que a karen vem falando ao decorrer do livro mesmo falando sobre suas vivências casa com a situação de outros personagens mais especificamente sobre gravidez e daisy e billy, e tudo que ela diz tem correlação com o sistema patriarcal de família, quando ela fala isso sobre almas gêmeas eu discordo absolutamente na hora. E não galerinha, não é pq estou de birrinha querendo que o mundo seja como eu quero ao invés de analisar verdadeiramente as coisas e só “achar pq sim” pq queria que x pessoas fossem alma gêmeas pq são “iguais” mas pq na hora que ela fala isso eu percebo que faz parte de um discurso de complementação que as pessoas têm do amor, as pessoas não querem ser inteiras por si próprias, elas querem algo que as completem. Eu diria que é um dos grandes problemas de relacionamento, essa busca por completação irreal. Eu não acho que seja UMA NECESSIDADE pessoas serem iguais ou diferentes de você para encontrar esse tal “amor”, tudo é muito relativo. O próprio conceito de alma gêmea é relativo e pra mim meio balela, mas cada um é cada um. Pessoas não são para te completar e te salvar, elas são pessoas. Então oq ela queria dizer com isso? Ao meu ver é só você trocar alma gêmeas por parceria ou casamento, assim vcs vão entender, ela confunde os sentidos assim como todos desse livro. O conformismo da vida. Sucumbir com o sistema para não enlouquecer, é oq eu acho que todos fazem neste livro, correndo contra os desejos e aceitando a sobrevivencia.
“As pessoas pensam que Camila passava o tempo todo atrás do Billy, cuidando dele e tudo mais, só que não era bem assim, sabe? Ela era dura na queda. E sabia conseguir o que queria. Quase sempre, aliás. Era bem persuasiva e meio impositiva até, apesar de a gente nunca sentir que ela estava impondo nada. Mas Camila tinha uma personalidade forte, sabia fazer valer sua vontade(...) Era disso que eu gostava nela. Camila não era uma pessoa passiva, que aceitava tudo o que os outros queriam. Mas era preciso prestar atenção para perceber isso.”
A única que percebe e dialoga com o leitor sobre a determinação de Camila a obter sua família perfeita antes de ficar bemmmm mais passiva com o tempo(independente de ter mudado para caber na sua satisfação) e seus meios de manipulação para conseguir tal feito.
“Desde que me entendo por gente, sempre fui uma pessoa que gosta
de dormir sozinha. E Graham é um cara que gosta de acordar do lado de
alguém. Se as coisas tivessem sido como ele queria, eu teria que me con-
formar em ser como todo mundo, teria que me ajustar ao que as pessoas
esperam da vida. Mas não era isso que eu queria.
Talvez, se eu fosse de uma geração mais jovem, achasse o casamento
uma ideia mais interessante para mim. Vejo muitos casais mais novos
hoje em dia, e é uma relação igualitária, em que ninguém manda em
ninguém. Mas essa não era uma configuração viável para mim. Não era
uma configuração viável para a época. Ter um marido não combinava
com o que eu queria. Eu queria ser uma estrela do rock. E morar sozi-
nha. Numa casa nas montanhas. E foi isso o que fiz.
Mas se você chegar à minha idade e não se questionar sobre certas
escolhas quando olhar para trás... bom, então você não tem imaginação.”
Duas coisas aqui que ela taca como pista, a primeira sendo “as coisas tivessem sido como ele queria, eu teria que me conformar em ser como todo mundo, teria que me ajustar ao que as pessoas esperam da vida. Mas não era isso que eu queria.” Quem teve que se conformar? Quem era teimosa? Teimosa o suficiente pra não aceitar que não ia ter o que desejava? Mesmo não aceitando, teve que se ajustar para caber na sua vida nem que seja pra fingir? Camila.
Segunda coisa: “Vejo muitos casais mais novos hoje em dia, e é uma relação igualitária, em que ninguém manda em ninguém” Criticando os modos como os pilares na época eram construídos em cima da família padrão(e até hoje), conversando de uma forma com seu discurso sobre almas gêmeas de forma indireta
“Parecia que Daisy e Billy tinham uma língua secreta que só os dois compreendiam, um sacava o que o outro queria bem depressa.”
“Sabem quando as pessoas falam que tem gente que faz você se sentir a única pessoa que existe no mundo? Billy e Daisy são assim. E faziam isso também um com o outro. Quando estavam cantando, era como se fossem as únicas pessoas no mundo.”
Uma das senão a maior personagem que contrapõe as diferenças de interesse romântico, aqui ela nota a conexão, a coisa que milhares procuram no amor verdadeiro mesmo quando não sabem disso.
“Graham, talvez também quisesse ter filhos. Se eu soubesse que outra pessoa ia cuidar do bebê, que outra pessoa ia desistir dos seus sonhos, que outra pessoa ia sacrificar tudo enquanto eu continuaria fazendo meu lance e voltando só aos fins de semana… talvez eu também quisesse ter filhos.”
Novamente karen criticando os modelos impostos às mães na maternidade, mostrando tristeza pela forma de vida de forma indireta do casamento de billy e camila, camila sacrificando tudo, se afundando em fé enquanto billy corria atrás de seus sonhos.
Graham fala:
“São as pessoas que nunca te amaram que vêm à sua mente quando você deita para dormir. Você sempre se pergunta como teria sido, e não existe uma resposta.”
Assim como karen fala por camila, estaria graham falando por billy? ou por daisy?
“A melhor história de amor não dita.”
“Billy e Daisy sempre se acharam as pessoas mais interessantes do
mundo. E aquele disco só serviu para confirmar isso para os dois.” - e eles eram, para quem era obcecado por eles como telespectadores eles eram.
Harry Styles falou uma vez o seguinte sobre as músicas que Taylor Swift escreveu sobre ele: “É o melhor diálogo nunca dito antes”. Quando eu acabei o livro eu jurava que as palavras eram diferentes, mas vcs entenderam, é quase a mesma coisa, só que mais implícito. É basicamente isso que se trata daisy e billy, tudo que não foi dito foi retratado através das músicas, mesmo que eles não queiram, os sentimentos, os desejos e as fraquezas, tudo isso era aflorado quando eles compunham juntos. A música era o vínculo deles com o mundo e suas almas, a única capaz de transparecer e ultrapassar a negação e a repreenção.
“BILLY: Enfim, às vezes é bem difícil definir sobre o que é uma música. Às vezes você nem sabe por que escreveu determinado verso, ou como aquilo surgiu na sua cabeça, ou até o significado dele.
DAISY: As músicas que a gente estava compondo… (pausa) Comecei a sentir que muita coisa do que Billy escrevia era sobre o que ele sentia de verdade. Estava claro para mim que algumas coisas que ele ignorava começaram a vir” - billy sempre em negação, daisy captando a verdade.
“É estranho como o silêncio de uma pessoa, a insistência em afirmar que nada está acontecendo, pode ser sufocante. E pode mesmo. Sufocante é exatamente a palavra certa para definir isso. Parece que a gente não consegue nem respirar.” Sufocante também é algo que eu usaria para definir ler sobre a situação total também neste livro. Silêncio sufocante, o não dito nos sufoca.
O que precisamos entender sobre daisy e billy é que o não diálogo falado é oq fazem eles serem eles, proferir que ele a amava, que ele estava tentando ser o homem certo que ele gostaria, que ele não queria quebrar a confiança que sua esposa botou nele, que a escolher seria letal tornaria seus sentimentos mais profundos real, e os tornando real acabaria com a farsa que lutava todos os dias a manter. Ele sabia que dialogar com isso tornaria tudo real, e acho que no fundo ele sabia que não tinha forças para voltar atrás se chegasse a esse ponto.
“Aquela mentira que ele estava tentando colocar entre nós. Prefiro ter
alguém gritando comigo do que parado do meu lado, imóvel e tenso.”
“Daisy: É um álbum sobre precisar de alguém que ama outra pessoa.
BILLY: É um álbum sobre a queda de braço entre a estabilidade e a instabilidade é sobre a minha luta quase diária para não cometer nenhuma estupidez. É sobre o amor? Sim, claro. Mas só porque é bem fácil esconder quase qualquer coisa por trás de uma canção de amor.” Os dois atribuem o mesmo significado para as músicas só que de modos completamente diferentes, daisy não tinha nenhuma obrigação moral com ngm e com nada logo ela era direta, billy ao contrário precisa manter a farsa do seu equilíbrio moral e troca mais uma vez o significado das palavras. Estabilidade por outro lado é a palavra certa, uma guerra entre a vida estável e o sentimento de algo real e raro e de descontrole e nesse caso mais letal e fervente.
Nem mesmo Billy Dunne com a maior resiliência já vista e mesmo com seu histórico, conseguia rejeitar a daisy constantemente com sucesso, o magnetismo entre os dois não deixava essa barreira ser completa. O comodismo dele representa para mim a força que todos nós fazemos para sobreviver dentro das engrenagens que a sociedade quer para cada um.
“Aquele talvez tenha sido o primeiro homem na minha vida que me via como eu realmente era, que me entendia de verdade, com quem eu tinha tanto em comum... e que mesmo assim não me amava. Quando você encontra uma pessoa que te entende de verdade e mesmo assim ela não te ama...Eu estava morrendo de raiva.” Logo depois ele foge em negação novamente. Essa cena é importante pq faz correlação com o final, quando camila achava que daisy valia a pena, essa validação era importante pra daisy, se sentir amada, se sentir adorada, esse é um dos motivos no qual ela se auto destruiu tanto, ngm tinha um interesse completo nela como ela gostaria que fosse.
Uma das coisas que faz esse livro ser tão bom é o seu esforço para aprofundar a confecção musical dos the six, mesmo que não de forma completa e muito mais profunda é incrível fazer parte de como a produção das músicas dos mesmo são feitas. Quem ama música como eu fica difícil não se apaixonar.
“KAREN: Sabem quando as pessoas falam que tem gente que faz você se sentir a única pessoa que existe no mundo? Billy e Daisy são assim. E faziam isso também um com o outro. Quando estavam cantando, era como se fossem as únicas pessoas no mundo. Era como ver duas pessoas que nem se davam conta de que tinha uma plateia assistindo.” - quem não quer esse nível de Conexão que transparece a todos?
“KAREN: Encerramos o show tocando “Around to You”. Daisy acompanhou o Billy no vocal a música toda. A gente nunca tinha feito uma harmonia vocal de verdade numa música antes. Ficou bom. Parecia que Daisy e Billy tinham uma língua secreta que só os dois compreendiam, um sacava o que o outro queria bem depressa.” - sintonia, semelhença, compreensão e amor.
“JONAH BERG: Eles eram magnéticos. Essa é a palavra para o que eles tinham. Magnetismo.”
“BILLY: Quando a presença de uma pessoa traz uma energia, isso mexe com você — Daisy fazia isso comigo —, e essa energia pode se transformar em tesão, amor ou ódio. Eu me sentia mais à vontade sentindo ódio dela. Não havia outra escolha.” - billy era inteligente, quando sóbrio e no controle e ele sabia como controlar as coisas exatamente como um viciado em controle faria. Direcionar essa grandeza de energia para ódio era o mais fácil a se fazer para se manter no caminho que ele trilhou e manter a negação. O problema é que ódio é uma chama intensa também.
“Se você quiser confrontar alguém como Daisy, vai ter motivo de sobra para se irritar. Mas se ela estiver do seu lado… uau. Era uma potência.”
“Eu falei: “Às vezes parece que alguns de nós estão correndo atrás de nossos pesadelos da mesma forma que as outras pessoas correm atrás dos seus sonhos”. A identificação da linguagem secreta que apenas eles entendem entre si.
"Ela escreveu uma coisa que eu gostaria de ter escrito, mas não sabia como. Não teria sido capaz de criar uma letra assim. É isso o que todo mundo quer da arte, não? Ver alguém expor os sentimentos que existem dentro de nós. Arrancar um pedaço do seu coração e mostrar para você. É como ser apresentado a uma nova faceta sua. E foi isso que Daisy fez nessa letra. Pelo menos para mim.” A admiração artística, a demonstração que ela o vê, verdadeiramente o enxerga, como ninguém mais, até mesmo mais que ele próprio.
“Em algum momento, você precisa que outra pessoa veja isso também. A aprovação, o reconhecimento das pessoas que você admira muda a forma como a pessoa enxerga a si mesma. E Billy me via como eu queria ser vista. Não existe nenhuma sensação mais poderosa que essa. Taí uma coisa em que eu acredito. Todo mundo quer alguém que segure um espelho que mostre a imagem certa de você.” A admiração artística novamente mútua, a comprovação que ele a vê verdadeiramente também, a enxerga, como ninguém mais conseguiria, sabe de todos os seus defeitos e partes sombrias e ainda sim amplifica todas suas partes luminosas e a exaltava.
”Eles estavam no mesmo enquadramento e tinha uma... a negatividade entre os dois parecia.... sei lá, uma coisa viva. Elétrica. Existia um bom motivo para eles não quererem tocar. né? Dava para sentir olhando pela lente da câmera.” Alcançar o real iria desmoronar o teatro bem montado de suas vidas.
“Além de serem explosivos, os dois eram... difíceis de entender. Enigmáticos. Cantavam muito bem juntos, mas raramente dividiam o mesmo microfone. Às vezes, trocavam
olhares no palco, mas quando isso acontecia não dava para entender muito bem o que estava rolando.” Isso me faz lembrar quando o billy ligou para o irmão na tentativa de fazer ele querer com que daisy saisse da banda, o irmão disse não e ele desligou. Billy dunne. O controlador. Aceitou um simples não. Por que ele sabia que ela respirava os the six. Por que ele sabia que ela era perigosa. Por que ele sabia que não conseguia ficar longe dela.
Ele sabe que não pode andar com ela pois representa tudo de perigoso a ele.
“Mas não dá para fazer isso. É impossível controlar alguém dessa maneira. Por mais que você ame a pessoa, seu amor não vai deixar ninguém saudável e seu ódio também não. E, não importa o quanto você esteja certa, isso não vai fazer ninguém mudar de ideia. Eu ensaiava discursos e intervenções, pensava em viajar até onde a banda estava e arrancar a Daisy do palco - como se, dizendo as palavras certas, ela pudesse se convencer a ficar sóbria. Você fica louca, tentando arrumar uma combinação mágica de palavras capaz de ativar a sanidade da outra pessoa. E, quando não dá certo, você pensa: Eu não fiz tudo o que era possível. Não deixei as coisas claras como deveria.”’ - Deixar as coisas claras, outra evidência que só o amor não é suficiente para fazer alguém continuar sobrevivendo e vivo. Não importa o quão profundo seja.
Daisy e billy são pessoas muito parecidas, e não se trata sobre quem ficou com quem, nunca vamos saber se iria dar certo entre eles ou se deu certo no final depois de velhos, essa história não é sobre isso, é sobre conexão, é sobre encontrar alguém que te entende e te lê e não precisa te completar pq vcs duas são pessoas inteiras de uma maneira destrutiva e quebrada, mas inteiras. Algo raro e único na vida. Algo que todos almejam, uma intensidade de conexão que eles tinham, pelas suas visões de mundo e por sua arte que somente eles compreendiam da maneira deles. Todos querem ser ouvidos e entendidos como eles se entendiam, sem o menor esforço e sem julgamentos, eles compreendem tão intrinsecamente o outro que bastava um olhar para um dos dois mergulhar em seu mundo e em seu coração. Essa história é sobre duas almas perdidas, danificadas, que por acaso ou por algo destinado se encontraram e viveram o épico, foram achadas no meio do caos por uma a outra e tiveram a grande sorte de serem sentidas como verdadeiramente são, de corpo e alma. Mas que não podem permanecer juntas, que estavam com os dias contatos, pois se encontraram no tempo errado, se encontraram quando sua junção completa significava auto destruição mútua, ao mesmo tempo que traziam vida um ao outro poderia trazer morte.
“Daisy, ele te ama. Você sabe que ele te ama. Eu sei que ele te ama. Mas ele não vai me abandonar". Ele não vai se tornar oq jurou não ser. É sobre isso que isso se trata essa fala, e camila quer sua parceira de criação e de vida.
“Toda noite passou a ser uma tortura. Uma coisa era cantar com o Bily quando eu estava casada, quando não sabia como me sentia, quando podia me esconder atrás de mentiras. A negação é meio que um cobertor velho que eu adorava usar para me esconder, fugir de tudo e dormir. Mas depois que larguei o Nicky e que cantei aquela música com o Billy ao viro na TV, depois que falei que queria parar com as drogas... Eu tinha arrancado meu cobertor de cima de mim. E não tinha como pôr de volta.” - a gente nunca sabe oq teria rolado, essa é a verdade, eles não só são vítimas das consequências como são do acaso, vítimas do destino, nunca saberíamos se daisy iria ficar sóbria se teddy não tivesse morrido, e não sabemos se quando ela ficasse sóbria ou não, se billy iria desistir de sua honra, não sabemos se daisy ia sair da banda ou não se não fosse por camila suplicando silenciosamente, não sabemos se aquele cara do bar não tivesse aparecido se billy iria voltar com os vícios e iria sucumbir a daisy ou não, se iria sair da banda ou não. Assim como não sabemos se no final eles escreveram uma música juntas ou não, se ficaram juntos ou não. Como eu disse antes, não é relevante, o livro não é sobre isso. Não é sobre finais felizes ou não. É sobre o caminho da perdição quando se encontra algo tão especial que você respira a isso, e o caminho que foi percorrido durante.
“Eu amava a minha esposa. E tinha sido fiel a ela desde o momento em que me recuperei. Fazia de tudo para não sentir nada por nenhuma outra mulher. Mas... (suspiro longo) Tudo o que movia Daisy me movia também. Tudo o que eu amava no mundo, a Daisy também amava. As minhas fraquezas eram as mesmas da Daisy. A gente era como duas metades de um todo. Uma coisa só. De um jeito que só acontece com pouquíssima gente. De um jeito que a gente nem precisa dizer o que está pensando, porque a outra pessoa também está. Como eu poderia conviver com Daisy Jones e não ficar encantado por ela? Não me apaixonar por ela? Eu não conseguia. Realmente, eu não conseguia.” Três coisas esse trecho deixa claro novamente, a primeira era o esforço que o mesmo fazia novamente a tratar o casamento como uma negociação comercial, assim como camila muitas vezes fazia, tudo em nome da promessa e da sua ilusão montada. A segunda é sobre a potência da conexão dos dois, pessoas completamente quebradas e perdidas que se encontraram e se sentiam inteira juntas, almas que se moviam pela mesma correnteza pq enxergavam tudo nas mesmas colorações, o quão mágico é achar esse tipo de companhia? O quão isso destrói a solidão mais profunda? E em terceiro o quanto ele sabia que isso era raro, e que ele ter tido forças para ignorar deveria ter sido muito doloroso.
“BILL: Quando eu ouvi a Daisy cantando os versos do jeito como eu tinha
escrito, sobre o meu futuro com a Camila... Meu coração estava cheio de
dúvidas. Eu estava duvidando demais que fosse conseguir continuar no
bom caminho que estava trilhando. E... (suspiro) Aqueles versos. Aquele
pequeno gesto. Por um momento, Daisy não duvidou que eu fosse conseguir. Cantou como se tivesse certeza de que eu não ia fracassar. Daisy
fez isso. Daisy. Só percebi o quanto precisava disso quando aconteceu. E
fiquei me sentindo melhor, mas foi doloroso também.
Porque se eu fosse o homem que queria ser - se pudesse dar a Camila
o que tinha prometido -, então... tinha uma perda incluída nisso também.
DAiSy: Me apaixonei pelo cara errado que na verdade era o cara certo. E
tomei um monte de decisões que só pioravam as coisas, e nunca alguma
que melhorasse a situação. E, no fim, aquilo se tornou mais do que eu
podia suportar.
BILLY: Quando a gente saiu do palco, virei para Daisy e fiquei sem palavras. Ela sorriu, mas foi um daqueles sorrisos que não convencem ninguém. E aí ela foi embora. E fiquei com o coração apertado. Nesse momento, ficou perfeitamente claro para mim que eu estava me agarrando a uma possibilidade. Uma possibilidade com Daisy.
E estava com muita dificuldade de aceitar a ideia de abrir mão daquilo. De dizer: "Nunca vai acontecer". -Eu já comentei aqui que billy dunne antes de tudo precisa ser salvo, salvo de si mesmo, e como o mesmo não consegue fazer isso sozinho ele precisa de uma salvadora nesse caso específico, quando daisy traçou essa luz de esperança em seu coração ele começou a ser tentado em deixar sua honra de lado pois sentia esse empurrão que antes necessitava da esposa ali, o de tornar ele um homem digno, fazer ele se sentir um homem digno. Billy dunne precisava disso para sobreviver. E para viver.
“Simplesmente existi. Por três minutos.
Cantando para o homem que eu amava.
BILLY: A música certa, na hora certa, com a pessoa certa…”
Como eu já disse umas 10 vezes já kkkk, a confusão de mistura entre as palavras, eles trocam o significado da palavra amor com estabilidade e filhos e obrigações e querem que a gente acredite nisso, por que? Pq é mais fácil viver acreditando e fazendo todos ao seu redor acreditarem que você está vivendo a vida que quer completamente. Ninguém quer se conformar com uma mentira, ngm quer ter conhecimento que vive uma vida pela metade.
“Mas a Camila era mais importante. Essa é a verdade mais profunda. Minha família era mais importante. Camila era mais importante para mim. Talvez, por algum tempo, a Camila não tenha sido a pessoa por quem eu mais me sentia atraído. Ou...Acho que dá para dizer que a Camila não foi a minha maior paixão. Naquela época. Sei lá. Não dá para... Pode ser que ela não fosse. Mas eu sempre a amei mais. Sempre escolheria ela. Minha escolha é a Camila. Sempre foi. A paixão é... é fogo. E, pô, fogo é uma coisa incrível. Mas a gente é feito de água. É a água que mantém a gente vivo. É da água que a gente precisa para sobreviver. Minha família era minha água. Eu escolhi a água. E sempre vou continuar escolhendo. Eu queria que a Daisy encontrasse sua água. Porque não podia ser eu.” Água para billy é a estabilidade, é aceitar o comum em nome de não se perder, é saber que não vai sucumbir aos vícios que podem te matar. É ser decente. Ele sabia que daisy não poderia fazer isso por ele, fazer dele alguém não amargurado com as próprias escolhas, ele necessitava se sentir salvo e sabia que eles dois não poderiam se salvar, que ele não poderia salva-la pq sofria da mesma enfermidade que ela.
“DAISY: Eu sentia que entendia o Billy. E achava que ele me entendia também. E sabe como são essas coisas, esse tipo de ligação com as pessoas, é meio como que brincar com fogo. Porque é bom ser compreendida. Se sentir em sintonia com alguém, num nível em que ninguém mais está.”
"Saber que você fez a coisa certa não significa que você está feliz com isso."
"Para todo mundo que é fissurado em alguém ou em alguma coisa" ah daisy eu te entendo. Eu te entendo.
Ps. Estou ciente da minha psicopatia de ter
escrito 23 páginas falando sobre um livro...
E EU ACHO LINDO 😎
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letterstobojack · 1 year
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Caro Bojack Horseman, soube que você vai dar um tempo dessa vida de holofotes que tanto iluminaram o seu caminho durante a sua vida de estrela. Isso é verdade? Se sim, saiba que estou muito feliz por você.
Durante o pouco tempo que acompanhei sua trajetória, sempre me perguntei se você conseguiria mesmo sair dessa caverna e enxergar a vida real como ela realmente é, e agora que estou te vendo sair dela, posso dizer que eu também me vejo saindo da minha. 
Você sempre foi um mau exemplo pras pessoas a sua volta, uma espécie de buraco negro que sugava a energia de todos ao seu redor e retribuia dos outros com ingratidão, um completo imbecil! Manipulador, mentiroso, irresponsável, imaturo, inconsequente... Você era você, e esse sempre foi é o pior dos seus defeitos.
Nem mesmo a morte de alguém conseguiu frear a sua arrogância, não é?! Nunca se responsabilizou por nada, sempre transferindo a culpa pra fulano ou pra ciclano, quando na verdade, a culpa era sua. Isso aliviava a sua dor do seu peito, mas fazia arder o peito dos outros.
Mas não me admira alguém não gostar de você, porque você é aquela parte feia de nós mesmos, que a gente insiste em ignorar e fingir que não existe. Esperar uma mudança vinda de você, exigiria também esperar uma mudança de mim mesmo, e isso é desconfortável pra caralho.
Eu deixei de te odiar e procurei te entender. Vi que seu passado te deixou torto, e que você ainda insiste em se punir por causa dele. Mas a gente sabe que se auto-flagelar não vai arrumar a bagunça que fizeram ou que fizemos no passado.
Talvez a ideia de se manter chapado o tempo todo tenha te feito esquecer de que a gente só existe no presente. O ontem já era e o amanhã ainda nem existe. Pra bem ou pra mal, o presente é a nossa única forma de nos mantermos sóbrios.
Hoje, passado muito tempo, consigo entender melhor o que você sentia, e o que você esperava conseguir de si mesmo. Você sentia que a vida te devia um final feliz, assim como nos finais felizes que a gente vê na TV. Não só um final, mas um início e um meio felizes também, afinal, a sua vida sempre foi um drama. Talvez, mas só talvez, você tenha sido levado pela falsa ilusão de que aquilo tudo era verdade, e então começou a levar a vida como um talk-show onde você era sempre o mocinho, e o resto do mundo, o vilão.
Hoje te vejo mais maduro, mais disposto e mais aberto à vida que te cerca. Cara, demorou, mas você conseguiu chegar lá. Não digo que voce venceu na vida, nem que você vai ganhar um óscar por ser o melhor cavalo do mundo, mas você realmente conseguiu sair da sua bolha de ilusões, e começou a viver de verdade como alguém que se importa com os outros. 
Eu fico feliz por cada evolução alcançada, cada passo dado, e por cada momento que pude acompanhar dessa sua vida. Saiba que aprendi muito mais sobre mim mesmo, do que sobre você, enquanto te acompanhava. Obrigado por existir, cara.
Você vai embora, todos já sabiam que uma hora isso ia rolar, mas bem que você poderia ficar por um tempinho a mais por aqui...
Obrigado por ser o melhor cavalo que já conheci em toda a minha vida. Você não vai ganhar um óscar por ser o melhor cavalo do mundo, mas quem se importa com o óscar? O óscar que se foda! 
Te entender, me fez perdoar quem eu fui, e melhorar dia após dia pra não ser uma cópia do ontem. Você mudou a minha vida!
Obrigado, Bojack Horseman. 
Max Kelvin Silva Nare - Vilhena/Rondônia/Brasil
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cherrykindness · 3 years
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gabyyyy, faz um imagine que o harry está concorrendo ao prêmio de melhor ator, e ele ganha, aí ele dedica para s/n (que também é atriz), ninguém sabia oficialmente que eles estavam namorando, ela fica toda tímida/boba com ele fazendo uma pequena declaração pra ela, e todos olhando e aplaudindo eles, aí ele desce e vem dar um beijinho nela. 🥺
COM AMOR, AO MEU AMOR
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“Harry Styles e S/N/C estão vindo em minha direção nesse exato momento.” Liza Koshy disse em um tom estridente, fazendo poses para a câmera enquanto “ajeitava” o vestido brilhante e os cabelos escuros presos em um coque firme, tudo exatamente em seu devido lugar, impecável assim como estivera no começo da noite. “Eu estou bem? Vocês podem confirmar se estou bonita o suficiente para dividir o mesmo espaço que aqueles dois? Digo, vocês os viram juntos em A Medida do Amor?! Eles são tão fofos, imaginem só se fossem um casal na vida re- Olá, Sr. Styles e Srta. S/S, é um prazer intrevistá-los nessa adorável noite.”
“Ei, Liza.” S/N abraçou Koshy, acenando para a câmera enquanto Harry repetia os cumprimentos à comentarista da noite. “Você está deslumbrante.”
“Pare, você vai me fazer corar.” A comediante brincou, arrancando risadinhas do casal de atores que a acompanhava. “O que estamos vestindo hoje?”
“É Gucci.” Responderam em uníssono, se entreolhando instantaneamente.
“Harry me arrastou para isso.”
“Acredite em mim, todos estão pirando ao ver o ship queridinho do cinema com roupas correspondentes em um dos eventos mais aguardados do ano.” A estadunidense comentou beirando a falsa inocência, mexendo as sobrancelhas. “Vocês tiveram uma ótima recepção do público e da crítica em A Medida do Amor. O filme segue com o melhor desempenho de comédias românticas originais da Netflix e nem preciso dizer sobre todos os comentários ao redor da química que vocês exalam dentro e fora da tela. Vocês treinaram para isso? Como foi receber tantas indicações e elogios nessa primeira atuação como casal?”
“Estávamos muito nervosos, na verdade.” S/N admitiu, Harry concordando veemente ao lado. “Apesar de nosso diretor sempre oferecer feedbacks sobre como estava sendo o desempenho dentro do set, eu e Harry nunca havíamos trabalhado juntos antes. Era impossível controlar a ansiedade quando sabíamos que tantas pessoas estavam ansiosas para essa adaptação. Foi uma pressão tensa e excitante ao mesmo tempo.”
“Bom, acredito que seja desnecessário dizer isso após tantas reações positivas, mas vocês desempenharam os papéis perfeitamente. Assistir Harry Styles e S/N/C dando vida àquele casal foi como- eu não sei, me senti como uma adolescente apaixonada novamente.”
S/N sorriu, agradecendo ao elogio da youtuber, Harry acolhendo a co-estrela em um abraço lateral enquanto mostrava às câmeras todo o orgulho que sentia pela mulher que tinha ao lado e pela prestigiosa longa-metragem que havia unificado aquela relação, amada e glorificada dentro e fora das grandes telas. O mundo ainda não sabia que algo bonito e real estava acontecendo ali, mas aquilo não o impedia de exibir o amor que passara a ter pela atriz desde que os laços entre o que deveria ser apenas algo entre dois personagens, se tornara o mais sincero dos sentimentos.
“O que posso dizer?! Acho que somos o casal perfeito.”
A frase, juntamente àquela piscadinha maliciosa que Styles oferecera aos telespectadores, seria o principal foco das machetes no dia seguinte, ou aquilo foi o que Liza pensara.
-
“Você ainda não disse nada sobre o seu discurso, estou ansiosa para ouvi-lo de cima do palco.”
“Ainda não sabemos se irei ganhar, babe.” Harry respondeu divertido, se acomodando à cadeira ao lado da namorada. “Não importa qual seja o vencedor, estou feliz em compartilhar essa noite com você.”
“Você é modesto o suficiente para nós dois, Styles.” S/N brincou. “Eu sei o nome e o sobrenome do vencedor: Harry Styles, incrivelmente merecedor de uma das estatuetas mais importantes da premiação e meu namorado.”
Por mais que Harry apreciasse o otimismo da atriz e almejasse beijá-la bem ali, na frente de todos, apenas uma risada fraca escapou dos lábios do britânico, conversas paralelas em torno da mesa capturando a atenção do casal antes que as luzes douradas e cintilantes se tornassem cada vez mais fracas, marcando o início da premiação mais aguardada do ano.
DiCaprio era o apresentador da categoria na qual Styles concorria, e o indicado da noite não escondia o nervosismo enquanto trechos específicos de A Medida do Amor passavam pelo telão, todos destacando a incrível performance do ator ao lado de sua ainda secreta namorada.
Sob a toalha branca que forrava a mesa, Harry sentia a mão de S/N o acalentar em um aperto cada vez mais firme, a inquietação explícita em seus lábios tensos e sobrancelhas comprimidas. Talvez ela estivesse ainda mais nervosa do que ele, e ouvir o nome pronunciado por Leonardo foi o que o impediu de se inclinar em direção ao ouvido da atriz e sussurrar (novamente) que estar ali e segurar a mão dela, mesmo que por debaixo dos panos, já era especial o suficiente.
Harry havia ganhado. Ele estava em modo automático, retribuindo aos cumprimentos de seus companheiros de elenco enquanto palmas e assobios preenchiam o salão lotado. S/N o abraçou, sussurrando um “eu disse que você ganharia” antes de deixá-lo subir ao palco, a estrela de Titanic o aguardando com um sorriso no rosto e a tão desejada estatueta em mãos.
Após abraços e parabenizações entre os dois atores, Harry se aproximou do microfone, deixando o ar em uma lufada enquanto encarava a multidão atenta e ansiosa, a expectativa brilhando em cada um dos olhares enquanto o jovem ganhador se mostrava cada vez mais deslumbrado em encará-los sob aquela perspectiva.
“Eu sei que todos estão esperando por um discurso emocionante e motivador, mas eu não tenho nada preparado, desculpe.” Harry meio que brincou, sorrindo quando ouviu algumas risadas espalhadas pela plateia. Por mais que houvesse um pouco de verdade escondida naquela afirmação descontraída, ele não queria demonstrar o quão nervoso estava por dividir o mesmo espaço que tantas pessoas importantes para a indústria cinematográfica. Por Deus, ele ainda não havia superado o fato de que o próprio Leonardo DiCaprio havia lhe estendido o prêmio da noite. “É impossível estar aqui agora e não me lembrar do meu passado, sobre quantas pessoas foram essenciais para que tudo isso se tornasse possível. É claro que minha família teve uma enorme influência nisso, em tudo o que fui e em tudo o que me tornei. Minha mãe e minha irmã passavam boa parte do tempo passando e repassando textos comigo, e por mais cansativo e entediante que isso seja para quem não está acostumado a essa rotina, eu não ouvia sequer uma reclamação das duas mulheres que me criaram pra vida. A chance de atuar em A Medida do Amor foi- eu não sei como descrever, honestamente, mas foi a melhor coisa que poderia me acontecer.” Ele sorriu. “Tenho orgulho de todos os trabalhos que me trouxeram até esse palco, eu não estaria aqui sem minhas pequenas participações ou sem aqueles três segundos de tela que nos oferecem quando somos apenas pessoas anônimas em busca de um sonho em Hollywood.” Exprimiu divertido, assistindo dezenas de pessoas concordarem fervorosamente com aquilo, pessoas que com certeza experienciaram a mesma situação. “Desde que a oportunidade de atuar em algo escrito pela prestigiosa e extraordinária Melissa McCan batera em minha porta, eu sabia que essa adaptação mudaria minha vida para sempre. S/N/C seria Anne Coleman, pelo amor de Deus! Vocês têm noção de que essa mulher tem sido minha paixão incurável desde a adolescência?!”
O salão se irrompeu em gritos e aplausos a partir daquela declaração, e S/N esperava estar camuflando toda a paixão e timidez com maestria, mandando um beijinho para o ator mesmo que soubesse que se tornara o principal foco das pessoas e das câmeras, seus olhinhos de coraçõezinhos sendo capturados para todo o mundo — não tão surpreendentemente, ela não se importava.
“A história de Anne e Philip começa de maneira bastante inesperada e divertida- prometo não dar muitos spoilers. Apesar compartilharem fortes sentimentos um pelo outro, eles precisam lutar contra algumas diferenças, grandes diferenças, para construírem algo sólido e inquebrável, algo que realmente esteja próximo aos ideais de Anne no que diz respeito ao “relacionamento de conto de fadas”. Anne é uma romântica irremediável, uma escritora ávida, mas Philip está muito longe da realidade da garota pela qual se apaixonara. Eu sabia que dar vida a um casal tão incompatível, mas tão perfeito de sua própria maneira, seria um grande desafio para mim e para a atriz que estaria ao meu lado; desempenhar os papéis principais de um Best Seller, uma das adaptações mais aguardadas dos últimos anos, exigiria mais do que bons diretores e um roteiro bem elaborado, era necessário uma paixão que excedesse os limites da tela. Eu nunca havia feito parte de um romance antes, mas quando Oliver, nosso incrível diretor, pediu para que eu e S/N fizéssemos o teste juntos, senti que- por mais bobo e juvenil que isso possa parecer, ela seria o par perfeito para mim.”
Oliver Morgan, sentado ao lado esquerdo de S/N, brincou, dizendo um “eu sempre estou certo”, enquanto os outros colegas que compartilhavam a mesa com o casal de atores a cutucavam divertidamente, contribuindo ainda mais para a coloração avermelhada nas bochechas da mulher. Assim como acontecia na mídia e na internet, é claro que dentro do set todos também torciam para que Harry e S/N acabassem juntos assim como Anne e Philip, Morgan sendo o único a saber que o romance também havia vingado fora de cena.
“S/N já esteve aqui em cima algumas vezes, então acredito que seja dispensável dizer o quão incrivelmente talentosa ela é. Quando nos encontramos pela primeira vez no set, me lembro de ouvir todas as recomendações de Oliver em segundo plano, ainda aéreo por estar revisando o roteiro ao lado de alguém como ela... Sim, eu estava falando sério sobre minha paixonite infantil.” Riu, sendo acompanhado pela multidão. “Nós estudamos a obra durante toda a parte da manhã, e chegando próximo ao meio-dia, eu disse a ela: “ei, deveríamos almoçar juntos para construir uma boa química entre os personagens, faço isso com grande parte das minhas co-estrelas e posso garantir que é uma boa técnica.” Acho que nem preciso dizer que essa técnica nunca havia passado pela minha cabeça antes.”
S/N o encarava com olhos brilhantes, e Harry tinha certeza de que a namorada estava prestes a ceder às lágrimas. Diferentemente da maioria de seus papéis, muitos deles a trazendo como uma valente e mordaz super-heroína, a atriz era como uma manteiga derretida na vida real, principalmente quando se tratava de assuntos do coração. Principalmente quando se tratava dele.
“O prêmio está em minhas mãos agora, mas eu não poderia dedicá-lo a outra pessoa senão à mulher que esteve ao meu lado durante todos esses meses. S/N, obrigado por segurar minha mão durante os dias estressantes e por não oferecer nada além de palavras doces quando minha ansiedade nos obrigava a regravar as mesmas cenas por várias e várias vezes. Em suma, obrigado por ter sido a Anne que Philip sempre esperou e obrigado por ser a mulher pela qual sempre esperei. Oliver, obrigado por me oferecer a oportunidade de atuar em um filme tão incrível, me aproximar de um elenco fantástico e, além de tudo, me apresenta aquela que seria minha alma gêmea. Por fim, obrigado a todos aqueles que ouviram pacientemente o meu monólogo apaixonado durante essa noite.”
Harry desceu do palco ovacionado por aplausos, flashes e gritos comemorativos de seus companheiros de elenco, todos parecendo chocados demais com a reviravolta da noite; para ele, entretanto, nada importava mais do que a mulher que o aguardava à beira da escada com um sorriso no rosto e bochechas molhadas, pronta para o beijo que seria a cereja do bolo, o assunto dos principais portais de notícias na manhã seguinte e a razão por trás de todas as teorias que afirmavam que sim, Harry Styles e S/N/C realmente formavam o melhor casal de todos os tempos dentro e fora de cena.
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yizhansupport · 3 years
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Artigo e entrevista da Portrait com Xiao Zhan sobre a infância, a vida antes do debut e o trabalho.
CN/ENG: xzhan1005 (Twitter) | PTBR: yizhansupport (Twitter) - Gixx - Jess. >> NÃO REPOSTE NOSSAS TRADUÇÕES <<
Tendo trabalhado como designer no passado, Xiao Zhan tem uma consciência profundamente arraigada da relação entre a Parte A e a Parte B. “Até o CEO de uma empresa tem suas contrapartes. Nas relações sociais, cada círculo é controlado por outro; ninguém pode ser ele mesmo livremente.” Se ele não fosse um ator, ele poderia ter pressões de vida ainda maiores. “Talvez eu estivesse chorando em um trem neste exato momento.”
A produtora de “The Untamed”, Yang Xia, às vezes fica chocada com as habilidades de comunicação de Xiao Zhan, ele tem uma espécie de autoconsciência que vem de suas ricas experiências.
Ele foi derrotado pela sociedade. Na universidade, ele estudou design. Ele tinha muito tempo para atividades extracurriculares e fez muitas coisas desde o primeiro ano. Ele abriu um estúdio fotográfico com seus amigos, seus pais lhe deram apenas um pequeno fundo inicial e disseram a ele: “Se você se arrepender disso e vier chorando para nós, não vamos ajudá-lo”, então o deixaram por si só. Para economizar nas despesas, ele e seus amigos foram ao mercado atacadista e escolheram pisos, mesas, compraram encanamentos de água, discutiram sobre fiação elétrica com o técnico e foram obter suas licenças de operação. Então, eles finalmente começaram o estúdio.
Era difícil gerar lucro apenas com clientes individuais, então eles pensaram em um sistema de associação. Para conseguir que os clientes virassem membros, Xiao Zhan disse que era capaz de se desfazer de seu orgulho. Seu lema de trabalho era: “Posso trazer chá e água para você, quando você está em minha loja, você é meu cliente e é meu trabalho atendê-lo, é meu trabalho deixá-lo satisfeito”. Mais tarde, ele abriu um estúdio de design e passou a trabalhar todos os dias, muitas vezes ficando acordado a noite toda. Além de criar mapas desenhados à mão para mansões e desenhar layouts para cafés, o que ele mais fez foi criar logotipos corporativos. O cliente fazia um pedido e ele fazia três logotipos disponíveis para escolha. Seu objetivo na época era claro: “ser a proposta vencedora”.
“Tenho que ser a proposta vencedora, tenho que fazer com que os clientes vejam o meu logotipo, acho que todo mundo precisa ter esse tipo de ambição. Isso não significa que você fará algo ruim, mas sim que, se você vir alguém fazendo um efeito 3D, você também fará um e adicionará uma animação em cima disso. É se recusar a perder. Todo mundo está estudando arte, e vou fazer isso da melhor maneira.” Essa mentalidade clara de ser a proposta vencedora permaneceu com ele ao longo de sua carreira como ator. O papel de Wei Wuxian em “The Untamed” foi um em que ele lutou por si mesmo. No processo de seleção dos papéis, Yang Xia conheceu muitas pessoas; algumas pessoas disseram que leram a obra original, mas assim que ela perguntou a eles sobre ela, a mentira deles ficou óbvia. Xiao Zhan foi honesto, ele não teve tempo de ler o livro, então ele disse que não o leu.
Mas ele memorizou o roteiro como a palma da mão e escreveu incontáveis estudos de personagens. “Análises diretas, gráficos de relacionamento, cheios de anotações dele, ele fazia muito isso; ele estava preparado para o melhor de sua capacidade.” Essa sinceridade e profissionalismo tocaram Yang Xia. “Desde o momento em que ele entrou, nunca me preocupei com Xiao Zhan. Ele é uma pessoa muito lúcida, não preciso falar muito com ele."
Ele não vai fazer se não quiser, nunca pensou nisso. Antes, como a Parte B, ele fazia seu trabalho de design em camadas e salvava seu trabalho regularmente. No fim, ele assistia enquanto o nome do arquivo se tornava numerado em 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08 e ele continuava a salvar, porque os clientes sempre pediam para ele editar e seu computador também ficava morrendo.
Ele precisava salvar as fontes, os recursos e os links, “Minha cabeça dói”. O que mais assustava Xiao Zhan era abrir seu arquivo e descobrir que o link sumiu, que as camadas da imagem estavam bagunçadas ou que o texto estava distorcido. Enquanto falava sobre isso, ele colocou a cabeça entre as mãos e disse: "Uau, isso me deixava louco."
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Sua verdadeira experiência de trabalho foi passada a ele por um gerente de Hong Kong. Soa como uma história de “O Diabo Veste Prada”; a exibição eficiente, profissional e fria, mas precisa das capacidades de trabalho do chefe, causou um grande choque em Xiao Zhan.
Anteriormente, este gerente de Hong Kong “forçou” 3 estagiários a irem embora. Você precisa atender às ligações dele das 3 às 4 da manhã, deve responder aos e-mails dentro de 10 minutos e não há espaço para o menor erro. Se o pôster promocional no shopping for rasgado por crianças, mesmo que seja apenas um pedacinho do tamanho de uma unha, ele notaria e exigiria que você o trocasse imediatamente. O fornecedor não viria por causa de um pequeno problema como esse, no entanto, o gerente não se importou e apenas disse a Xiao Zhan: “Não me importa como você vai fazer isso, você deve trocar hoje”. Frequentemente, ele não conseguia convencer seu gerente do contrário e acabava indo ele mesmo até a fábrica pegar o pôster e colocá-lo de volta.
Uma vez, Xiao Zhan cometeu um grande erro. Foi para a promoção de verão de um shopping, eles imprimiram 4 mil panfletos e ele foi o responsável pela revisão da imagem. No dia da entrega dos panfletos, ele esperou na empresa a partir das 8h. Quando ele abriu a primeira página, seu cérebro fez um “boom”, havia uma pequena imagem desalinhada na primeira página, e metade dela estava em branco. Ele começou a suar, pensou que tudo estava acabado para ele; afinal, essa era uma equipe tão rígida que eles iriam imprimir novamente se um sinal de pontuação estivesse errado.
Até hoje, ele ainda se lembra daquele incidente. Ele foi até seu gerente, desculpou-se e explicou a situação. Seu gerente abriu o panfleto e disse: "Ah, aqui." Ele ficou parado enquanto seu gerente ficou ali sentado, e eles caíram em um longo silêncio. Por fim, seu gerente, aquele homem rígido de meia-idade, acenou com a mão e disse: "Tudo bem". Então ele começou a ligar para várias pessoas, contatou o editor para reimprimir 4.000 cópias e confirmou que eles chegariam no dia seguinte. Depois de lidar com tudo, o gerente disse algo para Xiao Zhan que ele ainda carrega até hoje: quando tiver um problema, não reclame, o importante é resolver o problema, consertar agora, imediatamente, na hora, usando o mínimo de tempo possível.
Essa é a fonte do forte senso de profissionalismo que Xiao Zhan tem demonstrado desde que se tornou uma celebridade. Em um show de audição, ele não tinha aprendido dança antes, e ele praticou dança até que sua unha caiu. Quando o diretor perguntou se ele ainda ia dançar, ele disse: “Vou dançar amanhã, depois de amanhã e no dia seguinte. Eu tenho que dançar."
Quando um grupo deles foi para a aula de atuação, o que quer que o professor lhe dissesse para fazer, ele faria seriamente. Como eles não estavam usando figurinos, era mais casual, e outras pessoas costumavam rir, mas ele nunca. “Você sente que ele tem a atitude certa.” Essa é a impressão que ele deu às pessoas ao seu redor. Lü Ying ainda se lembra que Yang Zi costumava provocar sobre a seriedade de Xiao Zhan. Ela disse que você não pode brincar com ele no set de filmagem, porque ele vai te levar a sério.
Todos que entrevistamos reconheceram seu senso de profissionalismo. Eles vêm de diferentes linhas de trabalho, trabalham em diferentes ocupações e nos contam sobre diferentes detalhes: Ele poderia ter se hospedado no melhor hotel de Xiangshan, mas em vez disso escolheu ficar junto com a equipe de maquiagem e produção, para poder economizar cerca de uma hora na estrada todos os dias. Ele queria usar essa hora economizada em maquiagem para memorizar suas falas. Ao filmar em um dia frio, ele desligou o ar condicionado de seu trailer para se acostumar com o frio, para que pudesse ficar focado e não congelar ao começar a filmar do lado de fora.
Esse senso de profissionalismo não desapareceu com o tempo. Sua primeira experiência como o segundo ator principal veio com Ji Chong em “The Wolf”. Em todas as 300 cenas, ele nunca saiu uma vez e permaneceu no set por 4 meses para encontrar o "humor" em que os atores deveriam estar.
Ano passado foi seu terceiro ano como ator. O diretor de “Joy of Life”, Sun Hao, ficou chocado. “Ele ficava lá mesmo durante a verificação da iluminação.” Muitos atores usam substitutos e só fazem ajustes quando é sua parte, mas Xiao Zhan não tinha medo do sol batendo nele e ele esperava em seu lugar não importa quanto tempo demorasse.
Para Xiao Zhan, não há diferença real entre audição, filmagem e design. É tudo trabalho e não há espaço para relaxar. Ele pode aceitar ficar acordado a noite toda, pode aceitar fazer horas extras, é tudo escolha pessoal dele, e ele não vai sentir que está sofrendo por causa disso. A única coisa que o magoa ou o deixa louco é: “Por que não posso fazer isso tão bem quanto as outras pessoas? Como eles são capazes de pensar isso? ”
Até hoje, ele ainda se lembra de seus dias antes de entrar nesta indústria. Sentado em uma fileira ao lado de outros jovens designers em um espaço apertado. Os computadores de todos estavam lado a lado e todos podiam ver o que os outros estavam fazendo. Tudo estava exposto e eles competiam com base puramente em habilidade, senso estético e ideias. Todos estavam superando as dificuldades na frente das telas dos computadores, até que seus rostos estivessem todos oleosos. No final, quando eles viram seus designs exibidos na tela grande, aquela foi, ao mesmo tempo, a sensação mais pura e complicada, talvez essa seja a verdadeira natureza da sociedade.
Xiao Zhan não é uma pessoa enérgica por natureza, mas não é como se ele também não fosse. Ao entrevistá-lo, você pode ver o esforço que ele faz para tentar animar o ambiente. Sua boa amiga Zang Hongna observou que, até certo ponto, ele costuma ficar um pouco indisposto em festas barulhentas e animadas.
Na verdade, ele gosta de ficar sozinho e de ter seu próprio espaço pessoal. Ele também tem uma percepção única da vida e dos dias.
Este menino de Chongqing gosta do mundanismo, gosta do sentimento de base que a vida lhe dá. Por exemplo, o que sua avó disse a ele quando ela estava saindo, que ele pode voltar para casa se estiver cansado.
Ele também dizia: “Os dias são apenas dias, não são doces, mas também não são amargos”. Ao falar sobre a indústria do entretenimento, ele ainda gosta de usar palavras como fantástico e absurdo, que parecem vir de um observador distante. Como disse uma vez um veterano da indústria ao redor dele, quando se trata de ser uma estrela de topo, ele ainda está se acostumando. “Ele ainda está insistindo e dizendo a si mesmo que nada mudou, mas o problema é que toda a essência disso mudou, você não tem escolha.”
Mas essa familiaridade com uma vida comum permitirá que ele não fique inquieto nesse caminho.
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Nos primeiros 25 anos de sua vida, Xiao Zhan viveu em uma família de estilo tradicional chinês. Seu pai trabalhava e sua mãe era dona de casa. Ele ocasionalmente discutia com seus pais, mas era uma família calorosa. Seu pai é uma pessoa razoável, ele não é rigoroso sem motivos, e nunca mima. Ele sempre ensinou Xiao Zhan a pensar pelos outros e liderar pela virtude. “Todas essas coisas, era bem ao estilo chinês.” Ele recebeu sua cota de surras, especialmente no ensino médio, por causa de “alguns eventos pequenos e aleatórios” como quando ele se saiu mal em uma prova, quando voltou para casa tarde depois da escola, quando errou uma pergunta e o professor fez uma “ reclamação ”, ou quando brigava com os colegas. Se ele realmente fizesse algo ruim, nem sua mãe nem seu pai o defenderiam, e às vezes ele recebe o tratamento “duplo”.
Seu pai fazia as coisas de maneira ordenada e estruturada e tinha os mesmos requisitos para ele. Desde o ensino fundamental, ele já sabia o que era uma “universidade de peso”, e sabia que tinha que entrar em uma universidade de peso. Ele ficou sabendo da Universidade de Pequim e da Universidade de Tsinghua desde muito cedo, porque essas duas escolas importantes realizavam acampamentos de verão, que seu pai exigia que ele frequentasse.
Mesmo se ele não fosse ao acampamento de verão, ele não poderia simplesmente ficar deitado, como seu pai disse: “Crianças não podem apenas ter notas”. Ele foi matriculado em várias aulas extracurriculares de violino, go [N/T: jogo de tabuleiro chinês], caligrafia, caligrafia com pincel, desenho... às vezes isso arrancava uma retaliação de sua mãe: Você se inscreveu em tantas aulas, consegue aprender tudo?
Até hoje, seu pai ainda mantém esse estilo ortodoxo e rígido de educação. Há algum tempo, um amigo enviou a apresentação de "Night at a Naval Port" de Xiao Zhan e Naying para seu pai, e seu pai respondeu: "Xiao Zhan melhorou muito sob a orientação de artistas experientes."
Pensando em retrospecto, parece que desde aquela época Xiao Zhan havia sido criado como uma criança muito competitiva, ou melhor, como uma criança que tinha padrões elevados para si mesma. Gostava de desenhar e traçava metas para si mesmo, sentia que tinha que ganhar prêmios, porque “ganhar prêmios é realização de orgulho” e se ele fez alguma coisa, tinha que “gerar repercussão”.
Ele tem dificuldade em aceitar esforço sem resultados. Durante seu vestibular, ele queria entrar no Instituto de Belas Artes de Sichuan e continuar a desenhar, mas falhou na prova e tirou nota baixa em sua melhor matéria de desenho; até hoje, ele não consegue esquecer o constrangimento. Ele desligou o telefone, tirou o cartão SIM, não comeu e apenas ficou deitado na cama, atordoado, olhando para o teto. Ele passou pelo primeiro “colapso” de sua vida.
Mas esse “colapso” acabou passando, ele aceitou o resultado com calma e foi para a universidade. Como muitos jovens adultos na casa dos 20 anos, aqueles dias eram animados e vibrantes. Frequentemente ia a festas na casa dos amigos, chamava as mães dos amigos de “outra mãe”, ficava deitado no sofá em todas as posições. Eles assistiam a filmes, jogavam videogame e jogos de tabuleiro. Quando seus dois amigos que estavam em um relacionamento brigavam, ele segurava a vela e fazia as pazes entre eles.
 Conversa com Xiao Zhan
Você disse que cresceu em uma família tradicional chinesa, o que te fez sentir que ela é tradicional?
Meu pai era muito autoritário e tinha requisitos rígidos. Desde jovem ele me ensinou a pensar pelos outros, a liderar pela virtude, tudo isso, era bem ao estilo chinês. Minha mãe era muito doméstica e dependia muito do meu pai. Eu praticamente cresci apanhando, eles faziam dupla, todos os tipos de surras. Se minha mãe voltasse cedo, ela o faria, até que meu pai voltasse; quando minha mãe se cansava de me bater, meu pai assumia.
Qual foi o confronto mais intenso que você teve com seus pais?
Somos pessoas de Chongqing, então falamos muito alto quando discutimos. Cada vez que discuto com minha mãe, chamamos a atenção das pessoas ao nosso redor. Acho que discutimos com bastante frequência. O mais intenso, deixe-me pensar, nem me lembro sobre o que discutimos, na verdade não foi nada grande, provavelmente foi só que eu não fiz meu dever de casa e queria jogar no computador, ou assistir TV. Discutimos muito, a ponto de minha mãe jogar coisas e depois chorar. Naquela época, eu apenas pensei, ah, agora que penso nisso, penso como nós discutimos tanto sobre algo tão pequeno? E eu me arrependo.
Quando você mudou e sentiu que tinha crescido ou amadurecido?
Na universidade, minha primeira vez nos dormitórios. Antes eu caminhava para a escola, eram 15 minutos da escola até minha casa, via meus pais todos os dias, é claro que viveria um conflito assim. Quando meus pais me mandaram para a universidade, ainda me lembro agora, meu pai que me levou. Pela primeira vez, vivi as emoções do artigo “A Visão das Costas do Meu Pai” e finalmente pude entender o que ele estava tentando expressar. Eles me levaram e disseram, pode ir, sua mãe e eu vamos embora agora. Enquanto caminhavam em direção ao estacionamento, olhei para as costas deles e eu senti que havia crescido, mas a sensação que dá é que estão realmente envelhecendo. Naquele momento, eu disse, preciso ser bom, não posso mais irritá-los.
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Muitas pessoas mencionaram que gostam de você porque você viveu o mundo profissional e podem se identificar com você.
As pessoas podem ter encontrado uma sombra de si mesmas em mim, porque sou apenas uma pessoa muito real vivendo a vida. Eu já fiz design antes, trabalhei, tive uma experiência comum na sociedade, então agora se você me pedir para retratar um funcionário de escritório, provavelmente seria natural para mim (risos), porque entendo os sentimentos de um funcionário de escritório que se espreme para o metrô, tentando vencer o relógio e chegar na hora certa para bater cartão, eu entendo muito bem. E agora, como artista, acho que esse processo foi mágico, nunca havia pensando sobre isso, e se você me pedir para pensar como cheguei a esse ponto, também não sei; logo que a oportunidade surgiu, agarrei-me a ela. Eu acho que não se limita apenas ao meu trabalho atual, mas é o que você precisa fazer em qualquer trabalho, quando a oportunidade surge, você tem que agarrá-la.
Quando você estava no mundo profissional, o que você mais queria?
O que eu mais queria na época, e estou falando de forma totalmente honesta e realista, era ser a proposta vencedora. Tenho que ser a proposta vencedora, tenho que fazer com que os clientes vejam o meu logotipo, acho que todo mundo precisa ter esse tipo de ambição. É claro que esse tipo de ambição não significa que farei algo ruim, apenas farei meu trabalho bem.
Até agora eu lembro, naquela época, todos nós amiguinhos designers sentávamos em fila, todos podiam ver o que os outros estavam fazendo, havia uma competição positiva. Éramos todos jovens que nos recusávamos a perder e tentávamos fazer o melhor trabalho. Acredito que uma pessoa e uma empresa só podem ter um bom desempenho se todos tiverem essa mentalidade.
Como havia competição, vocês se continham na hora de se comunicar?
Não, é por isso que acho que um ambiente bom é muito importante. Todo mundo está competindo com sua habilidade pura, porque quando você está fazendo algo, a tela está bem ali, como você a esconde? Quando você vem, eu vou minimizar a tela? Claro que não. Todos estão abertos e é uma questão de capacidade, de estética e de ideias. Os gostos e as opiniões de cada um são diferentes, se os clientes gostam, gostam, se não gostam, não importa o quão bem você faça, eles não vão gostar.
Então você é uma pessoa muito competitiva?
Quando eu era jovem e desenhava, tinha que ganhar prêmios, se ganhasse um prêmio seria uma realização com orgulho, e quando vejo meus pais ficarem orgulhosos, eu também me sentiria orgulhoso, isso é competitividade, e existe. Minha competitividade vinha do fato de que, se eu conseguia gerar repercussão fazendo alguma coisa, ficaria orgulhoso de mim mesmo. No mundo do trabalho, esse orgulho seria, um logotipo vale uma certa quantia de dinheiro, esse tipo de orgulho é semelhante na indústria do entretenimento; o orgulho que você sente quando seu trabalho é reconhecido e a confiança que você sente.
Você já pensou no que estaria fazendo se nunca tivesse entrado para a indústria do entretenimento?
Às vezes eu penso nisso também, se o tempo voltar, e talvez eu fosse para a escola que eu queria, o caminho da minha vida seria o mesmo? Pode ser diferente, talvez eu ainda estaria na indústria do design e provavelmente estaria chorando no metrô. É bem possível, não é mesmo? As pessoas hoje sofrem muita pressão no trabalho, os preços de casa, moradia e educação dos filhos são muito altos.
Talvez você tivesse sido um escravo corporativo.
E talvez eu tivesse sido um escravo corporativo de ponta. Seria uma vida diferente, então acho que o destino tem um acordo para tudo, agora que estou aqui eu irei tirar o melhor proveito disso.
Você está satisfeito com sua situação atual?
Estou muito satisfeito, o que há para não ficar satisfeito? Estou muito satisfeito com minha situação atual, mas acho que posso melhorar. Ainda há muitas áreas para as quais não me aventurei, seja atuando ou cantando, em várias áreas, ainda posso me desenvolver mais.
A opinião de muitas pessoas sobre você é que você não se perdeu depois de disparar para a fama.
Acho que pode estar relacionado às minhas experiências. Eu vivi a sociedade real, então não preciso dessas coisas falsas. Todos os dias eu digo a mim mesmo: não fui bem hoje, não fui bem aqui, ou ali, e as pessoas às vezes me consolam dizendo, foi bom, e coisa e tal, mas eu diria que sei que não foi. Eu estou ciente, e como dissemos antes, das pessoas ao seu redor que te bajulam, elas existindo ou não, não acho que isso importe; o que é importante é você mesmo.
Depois de entrar nesta indústria, você sente que se tornou uma pessoa mais complexa?
Tornar-se uma pessoa complexa não é uma coisa ruim. Para mim, tenho 29 anos, acho que para uma pessoa crescer continuamente e sobreviver nesta sociedade, é preciso aprender a ser uma pessoa complexa. Se você é apenas ingênuo e precipitado, não acho que isso seja adequado. Complexidade não é a antítese da bondade. Uma pessoa complexa pode levar muitas coisas em consideração. Para mim, me preocupo muito com o que as outras pessoas sentem. Antes de dizer algo, considerarei como isso pode fazer as outras pessoas se sentirem, se as deixará desconfortáveis ou se estou apontando diretamente uma área em que elas tem uma pendência, se isso as deixará constrangidas. Essas são perguntas sobre as quais uma pessoa complexa pensará, multifacetada e em várias camadas, mas isso não significa que essa pessoa não seja gentil ou inocente. Todas as pessoas têm múltiplos lados, não acho que haja nada de errado nisso, mas você precisa sempre manter aquela pureza e bondade iniciais.
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messier45-suporte · 3 years
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"(...)os dragões, lagartos e alienígenas negativos que pensávamos serem monstros de ficção da literatura infantil de fato são reais, na realidade são as verdadeiras forças controladoras por trás..."
Os 9 véus colocados em cada alma humana
Quase uma década atrás, antes da morte prematura de um querido amigo e colega meu chamado Don Harkins autor de uma peça maravilhosamente instigante intitulada “A escravidão e os Oito Véus” discutimos essa “teoria dos oito véus” por literalmente horas e no final, Don me pediu para escrever um artigo sobre isso para o seu jornal, ele fez isso, porque no “O Observador de Idaho” eu tinha compartilhado muito de minha pesquisa com Don, e juntos chegamos à conclusão de que na realidade, havia realmente NOVE véus colocados sobre a alma humana (ou seja, a inteligência), e que a progressão espiritual e, portanto, um pleno conhecimento da VERDADE exigiria a perfuração destes nove Véus.
Eu brinquei com Don que para este tema seria necessário uma edição inteira de “O Observador de Idaho”, e mesmo assim estaria apenas arranhando a superfície. Esse foi um dos talentos editoriais do Don, pegando uma história complexa e comprimindo-a para um formato mais legível. Em memória à Don Harkins, aqui está o texto que discutimos, em um formato o mais comprimido possível.
Porque Nove Véus em Vez de Oito.
Qualquer candidato dedicado a verdade em algum momento se depara com a simetria incrível e a estrutura da matemática, o que é especialmente verdadeiro na geometria fractal envolvendo os números inteiros de 1 a 9. Para um exemplo mais básico, basta dar uma olhada nestas nove equações:
(1 x 8) + 1 = 9
(12 x 8) + 2 = 98
(123 x 8) 3 + = 987
(1234 x 8) + 4 = 9876
(12345 x 8) + 5 = 98765
(123456 x 8) + 6 = 987654
(1234567 x 8) + 7 = 9876543
(12345678 x 8) + 8 = 98765432
(123456789 x 8) + 9 = 987654321
Incrível, não é ? Acho que é muito interessante, além disso, todos os grandes filósofos da história, como Arquimedes, Copérnico, Sócrates e Leonardo Da Vinci eram matemáticos em primeiro lugar. Sugerindo que tudo, desde a profecia bíblica das fitas de DNA são construídos com base em padrões e fórmulas matemáticas bastante simples, mas eu estou me adiantando a história, a compreensão do papel da matemática é em si mesmo um dos nove véus ocultos.
Considere também as chamadas “escolas de mistério” da antiguidade. Nos templos sombrios na Suméria e Babilônia, a Kabbalah mostrou o caminho para o “Santo dos Santos” final, as re-véu-la-ções (revelação, ou seja, a separação dos véus) da vida, da criação, de Deus, e quando abraçado na honra e na verdade das próprias origens do ser humano. Isto envolve a perfuração de forma sistemática e abraçar os 9 níveis de compreensão ou “Platôs da Verdade” antes de finalmente entrar no “Nirvana” (ou a última unidade com Deus).
Como um tabuleiro gigante do quebra cabeça Sudoku, a experiência humana que chamamos de vida verdadeiramente gira em torno dos números 1 a 9 de maneiras notáveis. Tudo tem um lugar no sistema, tudo se encaixa perfeitamente e precisamente na grade eterna do tempo e do espaço. Isto então é apenas uma definição da verdade, conhecimento arcano escondido que se encaixa completamente na grade da matemática chamada lógica. Yeshua (Jesus de Nazaré) declarou aos seus discípulos: “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará”.
Por Que as Pessoas Não Conseguem Enxergar a Verdade?
Esta questão é melhor respondida pelas palavras sábias de Don Harkins escritas em 2001:
Ao longo dos últimos anos, tenho evoluído e descartado diversas teorias na tentativa de explicar porque a maioria das pessoas não consegue ver a verdade, mesmo quando elas estão cheirando-a em frente do seu rosto. Aqueles de nós que conseguem ver a “conspiração“, participaram de inúmeras conversas ou pesquisas que abordam a frustração da incapacidade da maioria dos povos compreenderem os argumentos extremamente bem documentados usados para descrever o processo da nossa escravidão e à exploração coletiva. A explicação mais comum a ser alcançada é que a maioria das pessoas apenas “Não querem ver” o que realmente está acontecendo. Homens e mulheres extremamente maus que compõem a chamada “elite no poder” têm habilmente cultivado um pasto virtual com uma grama verde onde poucas pessoas raramente, ou nunca, se deram ao trabalho de olhar para cima de onde eles estão pastando por um tempo suficiente para perceberem as etiquetas coloridas grampeadas nas suas orelhas. As mesmas pessoas que não conseguem ver sua escravidão ao pastarem o capim têm uma tendência de considerar como insanos os “teóricos da conspiração” aqueles de nós que conseguem ver o pasto da fazenda e a sala de estar no castelo feudal dos senhores das “ovelhas”.
Finalmente, Eu Entendo o Porquê.
Não é que eles não percebem que a sua liberdade está desaparecendo sob a liderança da elite no poder, eles “não conseguem ver”, eles simplesmente não podem ver o que está acontecendo com eles por causa dos véus não perfurados que bloqueiam a sua visão.
Todos os empreendimentos humanos são um processo de filtragem. O esporte é um dos melhores exemplos. Nós praticamos esportes específicos, desde o início no parque infantil. Os atletas profissionais que pagamos muito dinheiro para assistir apenas nunca foram expulsos do parque infantil. Onde milhões de “crianças” brincam um pouco nos campeonatos a cada temporada, elas são filtradas até que restem poucas que vão para a série mundial.
Atrás do primeiro véu existem mais de 7 bilhões de pessoas no planeta. A maioria delas vive e morre sem ter contemplado a sério qualquer coisa que não seja o que for preciso para manter sua vida comum. Noventa por cento de toda a humanidade vai viver e morrer sem ter perfurado o primeiro véu“.
Na verdade, pode-se dizer que menos de 1% da população mundial de 7 bilhões de seres humanos perfurou todos os nove véus, e parece que mesmo esta pequena minoria é cada vez menor. A fim de manter o “pasto virtual” verde, a elite global também suborna com sucesso muitos que perfuraram vários véus, a fim de desviar os outros que podem estar se aproximando da verdade em muitas áreas. Eu chamo isso simplesmente de prostituição intelectual, vender o direito de primogenitura da Verdade Universal por um prato de caldo inútil. O brilho dourado da riqueza, fama e elevação social têm seduzido muitos intelectuais talentosos. Com todo o crédito dado a Don Harkins, aqui estão agora os recém-atualizados “Nove Véus”.
O primeiro véu. Dez por cento vai perfurar o primeiro véu e encontrar o mundo da política. Vamos votar, nos tornar ativos e elaborar um parecer. Nossas opiniões serão moldadas pelo mundo físico que nos rodeia, vamos estar “condicionados” pelos nossos dias no ensino de educacional “emburrecedor” aceitando que os funcionários do governo, personalidades da mídia e outros “especialistas” são as vozes principais de autoridade. Noventa por cento das pessoas deste grupo vão viver e morrer sem ter perfurado o terceiro véu.
O segundo véu. Dez por cento também vai perfurar o segundo véu para explorar o mundo da história, a relação entre o homem e o governo e o sentido do auto-governo através do direito comum e constitucional. Noventa por cento das pessoas deste grupo vão viver e morrer sem ter perfurado o terceiro véu.
O terceiro véu. Dez por cento dos que perfuraram o segundo véu, acabarão por perfurar o terceiro véu para descobrir conclusivamente que os recursos do mundo, incluindo as pessoas, são controlados por famílias extremamente ricas e poderosas cujos bens foram roubados já no velho mundo, com modernas estratégias de extorsão, tornando-se o alicerce sobre o qual toda a economia mundial está endividada. Noventa por cento das pessoas deste grupo vão viver e morrer sem ter perfurado o quarto véu.
O quarto véu. Dez por cento vão perfurar o quarto véu para descobrir os illuminati/cabala, a maçonaria e outras sociedades secretas. Essas sociedades usam símbolos e realizam cerimônias que perpetuam a transferência de conhecimentos arcanos entre as gerações que são usados para manter as pessoas comuns em cativeiro político, econômico e espiritual para as linhagens mais antigas da Terra. Noventa por cento das pessoas deste grupo vão viver e morrer sem ter perfurado o quinto véu.
O quinto véu. Dez por cento vai progredir para perfurar o quinto véu e descobrir que as sociedades secretas são tão avançadas tecnologicamente que fazem viagens no tempo, utilizam comunicação interestelar sem fronteiras, controlam até mesmo os pensamentos e as ações das pessoas, o que seus membros fazem é a mesma coisa quando nós dizemos a nossos filhos para eles irem para a cama. Desde os tempos de Noé esta tecnologia ainda está criando formas de vida sintéticas, com o homem tentando imitar Deus. Noventa por cento das pessoas deste grupo vão viver e morrer sem ter perfurado o sexto véu.
O sexto véu. Dez por cento vão progredir para perfurar o sexto véu onde aprendemos que os dragões, lagartos e alienígenas negativos que pensávamos serem monstros de ficção da literatura infantil de fato são reais, na realidade são as verdadeiras forças controladoras por trás das sociedades secretas descobertas no quarto véu. Noventa por cento das pessoas deste grupo vai viver e morrer sem perfurar o sétimo véu.
O sétimo véu. Dez Por Cento vão progredir para perfurar o sétimo véu, onde o incrível mundo da geometria fractal e da lei universal dos números será plenamente compreendido e abraçado. A força criativa do Universo inteiro será mostrada que é ligada a fórmulas numéricas de código e sequências, todos os “mistérios”, incluindo o próprio tecido do espaço tempo, Universos paralelos e acesso a ele é desbloqueado. Aqueles cujos intelectos lhes permitem perfurar o sétimo véu muitas vezes sucumbem à sedução e promessa de uma enorme riqueza oferecida pela elite dominante, e, portanto, mais de noventa por cento das pessoas deste grupo vão viver e morrer sem perfurar o oitavo véu.
O oitavo véu. Perfurar o oitavo véu revela Deus e a energia pura conhecida como AMOR, que é a força da vida em todos os seres vivos, que são UMA e a MESMA coisa. Humildade profundamente arraigada é necessária, a fim de romper para sempre este véu.
O nono véu. Perfurar o nono véu é a maneira de aperfeiçoar a energia pura conhecida como AMOR e tornar-se assim verdadeiramente UM com Deus e as formulações dele/dela. Aperfeiçoar essa energia pura é abraçar totalmente a caridade e nela adquirir conhecimento integral do plano universal de sacrifício, morte e redenção, a própria vida torna-se então perfeita e surge um círculo verdadeiramente completo, olhando o mundo através dos olhos de uma criança inocente, mas com a mais profunda sabedoria que nasce do amor puro a partir do oitavo véu.
Considere o seguinte: Se essa teoria estiver correta, existem apenas cerca de 60.000 pessoas no planeta que perfuraram com sucesso o sexto véu. A ironia aqui é muito grande, aqueles que estão presos entre os véus de um a cinco têm pouca escolha, mas as pessoas que perfuraram os véus além deles são consideradas perigosamente insanas. Com cada véu perfurado, números exponencialmente reduzidos de pessoas cada vez mais esclarecidas são consideradas insanas por aumentar exponencialmente a massa de pessoas menos esclarecidas.
Somando-se a esta ironia, o mais difícil a partir do “sexto véu” é tentar explicar o que ele é capaz de ver para aqueles que não conseguem ver, por mais insano que ele pareça para os outros. Esta verdade é auto evidente. Além disso, instituições como a venerável “Southern Poverty Law Center” são formadas e financiadas pela elite dominante para rotular efetivamente muitos destes indivíduos despertos como “negociantes do ódio” e “terroristas”.
Nosso Inimigo, O Estado.
Atrás dos dois primeiros véus encontramos a grande maioria das pessoas no planeta. Elas são ferramentas do estado. Até o segundo véu são os eleitores ingênuos cuja ignorância justifica e aceita as ações dos políticos que enviam milhões de pessoas que estão nos primeiros véus para morrer em terras estrangeiras como bucha de canhão, sua existência na vida é simplesmente para acreditar que as maquinações de auto-serviço da elite no poder são questões de segurança nacional pela qual vale a pena morrer.
Terceiro, quarto, quinto e sexto véus aumentam cada vez mais a responsabilidade para o estado devido à sua capacidade reduzida de serem utilizados como ferramentas para consolidar o poder e a riqueza de muitos nas mãos de poucos da elite no poder. É comum também, estas pessoas sacrificarem mais de seus relacionamentos com amigos e familiares, suas carreiras profissionais e liberdade pessoal a cada véu que perfuram.
Albert Jay Nock (1870-1945), autor de “Nosso inimigo, o Estado” (1935), explicou o que acontece com aqueles que encontram e abraçam os dois véus finais: “O que foi que o estado fez quando encontrou Sócrates e Jesus quando eles apareceram ? Simplesmente envenenou um e crucificou o outro, sem razão, porque eles eram insuportavelmente embaraçosos para a elite dominante”.
Conclusões: Como Don Harkins escreveu: “Agora sabemos que a maioria das pessoas é tão comprometida com suas vidas que “elas não querem ver” os mecanismos de sua escravidão e exploração. Elas simplesmente “não podem vê-los”, tão certo como eu não posso ver as notícias do outro lado de uma cortina fechada”.
O objetivo deste ensaio é triplo:
1. Ajudar as pessoas nos últimos véus a entenderem por que as massas têm pouca escolha e porque eles interpretam a sua clareza como insanidade.
2. Ajudar as pessoas por trás dos dois primeiros véus a entender que respiração e pensamento são apenas o começo da vida e:
3. Mostrar às pessoas que a maior aventura da nossa vida está por trás do próximo véu porque ele é um véu a menos entre nós e Deus também conhecido como ‘A vibração superior”.
Tradução: https://mirabelkrause.com.br/blog/?p=620
Autor: ©A. True Ott, PhD Fonte: https://in5d.com/the-9-veils-placed-on-every-human-soul/
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Desabafo eldarya
Eu não ia falar nada sobre o assunto. Pra ser sincera eu já havia desistido de eldarya no ep 28 quando eu percebi que eles não iam terminar o arco do Ezarel e muito menos tentar terminar a série sem matar mais ninguém por preguiça de desenvolver as histórias dos personagens (Ykhar, Ethra e agora Valkyon, Ezarel, Kero...) só continuei acompanhando o jogo pelo meu amor Valkyon e por ter me apegado no mundo que foi apresentado no começo do jogo antes de começarem a cavar todos esses buracos na história. O que me deixou mais irritada não foi tirarem meu namorado sem explicação nem a falta de vergonha na cara da beemoov com o sistema de maana dizendo que é para melhorar o jogo para as guardiãs e todas as suas outras coisas que eu prefiro não comentar, meu problema é com os personagens que foram deixados. O leiftan matou sem piedade duas mulheres inocentes incluindo a Ykhar mas sei lá quantos além de ser responsável por outras muitas pela quebra do cristal, redimi-lo exigiria um nível de habilidade que os roteiristas de Eldarya não tem, o arco dele só faria sentido se tivessem investido mais tempo no relacionamento dele e da Erika deixando ele como paquera mais cedo no jogo e terminado com ele se sacrificando. Mas o Ezarel?? Ele ainda tinha muita história pra cobrir com os crimes de guerra mais todo o relacionamento dele com a Mary Anne e possivelmente com o elfo que ensinou ela. Tirar ele é deixar o leiftan foi burrice porque eles não vão saber desenvolver o daemon e o lance nesse mundo sem a história ficar forçada e não realista. Não ligo se as jogadoras querem passar pano para essas coisas eu mesma já passei muito pano pra beemoov mas respeitaria a empresa muito mais se eles fossem sinceros e admitissem que simplesmente não planejam por nenhum tipo de trabalho na construção da história e dos personagens ao invés de inventar desculpas e dizer que tudo isso é pra fazer o jogo realista.
Foi mal foi longo mas eu realmente precisava desabafar e se vc leu até aqui desculpa por qualquer erro de escrita.🙇
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luizaaschiavo · 3 years
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Enquanto ela, sentada no sofá pequeno e amarelado, bordava no bastidor um buquê de magnólias e gardênias, ele a devorava com os olhos, mesclados em admiração e repulsa. Ela movia com agilidade a agulha, como se fosse incapaz de furar-lhe os dedos, a cada movimento da linha bege adicionava contornos, pétalas e dobras à imagem que gradativamente ganhava singularidade. Ele mantinha o máximo de distância que podia, o que não era mais do que cinco passos. Estavam na sala-cozinha daquele apartamento de setenta metros quadrados, que encolhia todos os dias um metro a mais. Quanto menor ficava, menos ela percebia a presença dele, invisível se não por um pigarro que a enojava e pelos pés pesados, que ela jurava que iriam atravessar o chão e fazê-los, ambos, caírem do décimo primeiro andar, destruindo todos os lares que estavam no caminho até o subsolo. Gostava quando conseguia esquecer, mesmo que por um segundo, que moravam na mesma casa, nesse fragmento de amnésia residia toda a tranquilidade e espaço para ser.
Ele olhava para ela enquanto lia o jornal, o incomodava a serenidade catatônica com que ela performava a própria existência. Nos olhos dele, ela já não parecia sentir tesão algum pelo viver, não dava lambidinhas na borda do copo quando bebiam juntos, não colocava o cabelo atrás das orelhas enquanto lia, não sorria com o mesmo gosto ao provar o café feito especialmente por ele todos os dias de manhã. Transitava pelos cômodos sem dizer coisa alguma, exceto pelo ocasional olhar de repreensão quanto a forma bruta e equivocada com que ele realizava ações cotidianas. Achava-a absolutamente entediante, mas havia desenvolvido particular obsessão na forma como ela o desprezava.
— Sabe, estive pensando num passarinho que tive quando criança. Já te contei dele?
Sem tirar os olhos do bastidor, ela fez que sim com a cabeça e atravessou o algodão com a agulha mais uma vez, contornava uma das pétalas de gardênia e fazia pequenos zigue-zagues para construir a perfeita irregularidade das bordas.
— Acho que está enganada, nunca te contei. Quando tinha nove anos ganhei do meu avô um Sanhaço Azul, conhece esse tipo de pássaro? É pequeno, tem um azul mais claro na parte da barriga e mais escuro nas asas, é um dos passarinhos mais bonitos que já vi.
Não conhecia, mas pensou poder convencê-lo a encerrar por ali o assunto, sequer tentava lembrar-se de ter ou não escutado aquela história. Já tinha ouvido muitas histórias sobre a vida de Antônio, com o tempo todas haviam se juntado em um novelo de narrativas que se sobrepunham e iam lentamente desfiando em sua memória. Sem interromper o movimento serpentino dos pulsos ela levantou o queixo na direção dele e murmurou:
— Conheço sim, lembro de quando você me contou.
— Você não lembra, Bárbara. Nunca ouviu. O fato é que eu tinha acabado de ganhar um Sanhaço Azul, devia ser março, porque ganhei de aniversário e os dias estavam quentes. Nos primeiros dias ele cantava sempre nos mesmos horários, era um canto tranquilo, sabe? Gostava de ouvir ele cantar, fazia as tarefas ao lado da gaiola para ficar admirando. Com o tempo, fui gostando tanto mais que fazia tudo o que podia ao lado da gaiola, que não era grande, então conseguia deslocá-la com facilidade caso quisesse que ele me fizesse companhia na sala, ou no meu quarto. Gostava da companhia dele, entende? Mas com o tempo ele não gostava mais da minha. Podia ver nos olhos minúsculos e vazios dele o desdém, de dentro de sua gaiola não via meus olhares afetuosos, o sorriso ao ouvir seu canto ou o zelo com que eu mantinha sua segurança. Será que me via assustador? Um gigante a observá-lo, monitorá-lo, decorando os horários de cada um de seus cantos.
Ela agora fazia movimentos mais longos com a linha marrom, construía com cerimônia o início de um caule. Oscilava o olhar entre o tecido e os pés de Antônio, verificando que ele ainda segurava o jornal. O interrompeu:
— É importante ter um animal na infância, companhia, né? Tenho certeza que ele gostava de você. Boa história.
— Se ele gostasse as coisas teriam ocorrido de outra forma, não acha? Ou está dizendo que eu fui o culpado? Sabia que você não tinha ouvido essa história ainda, está vendo? Não sabe do que fala. De qualquer forma, o sanhaço já não gostava mais de mim. A pior parte não eram seus olhos: conforme passaram as semanas, seu canto, antes sereno, tornou-se uma cacofonia de sua angústia estridente e desatinada. Já não sabia mais o que fazer, porque comecei a gostar de ver o sanhaço voando de ponta a outra da gaiola, cantando esganiçado até que cansasse e repousasse atônito sobre uma fina barra de aço. Ouvi-lo no entanto, como você deve imaginar, era insuportável. Meu desejo era mutar a cena, vê-lo voar naquela pequena porção de ar que lhe havia sido reservada para toda sua curta existência. Se o que dizem sobre “não se poder guardar o voo de um pássaro” for verdade, posso dizer que desempenho milagres desde a infância. Aquele passarinho com os tons do céu, com suas asas bonitas, mesmo que pequenas enquanto ele voava, e seu miúdo bico eram uma existência inteira sob minha observação. Toda a debilidade e inocência do seu pequeno existir estavam a cargo dos meus cuidados. Mas o imenso apreço que sentia pelo sanhaço não era o bastante para tornar tolerável a agudeza sofrida de seu canto, não restava o que fazer. Em uma noite ele estava no ápice de seu brado infernal, sem me deixar dormir, então fui até o quintal e peguei cinco pedrinhas: pequenas o bastante para atravessarem sem problema todo o organismo do pequeno pássaro, exceto por suas cordas vocais. Misturei em sua comida e me deitei novamente para dormir, esperando a ingenuidade do pobre bicho resolver a situação. Quando acordei, vi o passarinho em seu ânimo-angústia cotidiano, voando nos tão familiares 50 cm³ de ar, esgoelava-se mas saia apenas um som rouco e baixo. Ele viveu muito tempo ao meu lado depois disso, morreu apenas aos quatro anos, fez-me boa companhia e acho que conseguiu entender quando ficou mais velho que eu lhe era uma boa companhia também, que estaria sempre vigiando por seu bem estar.
As mãos dela moviam-se ainda mais rápidas do que antes, os olhos compenetrados no algodão, contornava os últimos detalhes. Ele aguardou qualquer resposta que nunca chegou. Ela temia olhar para ele e confrontar-se com uma besta hedionda, desprezava o desalinhamento de seu bigode e o jeito que lambia os lábios depois de falar, odiava seus fundamentos, valores e ideais. Se irritava com o jeito que preparava seu banho sempre da mesma forma, que cozinhava sempre os mesmos pratos sem gosto e que vestia a mesma camisa marrom-alaranjada toda segunda-feira. Lembrava de quando o via charmoso, moderno, politizado e culto; sabia que o homem que encontraria se erguesse o rosto seria apenas um retrato da mediocridade e das muitas coisas que não foram; sabia que teria nojo do resto de molho no canto da sua boca e não teria o mínimo ímpeto em avisá-lo. Gostaria de nunca mais vê-lo, não queria sequer dar-lhe o gosto do divórcio, pois exigiria muita negociação burocrática e longas reuniões onde ambos teriam que entrar em alguma espécie de diálogo. Barbara desejava que, de um dia para o outro, ele evaporasse. Não ouvir mais seus sapatos batendo contra o chão de madeira, não tolerar a forma como lambia seus dedos para virar as folhas do jornal e nem encontrar seus objetos prepotentemente espalhados pela casa. Quis que ele morresse e se deu conta disso.
A agulha caiu de seus dedos e, por reflexo, ela ergueu os olhos para ver se ele havia percebido. Ele não havia tirado os olhos dela sequer por um segundo e fitava como se os pensamentos dela fossem enviados a ele antes de chegarem a sua mente. Ela se encolheu, tão pequena quanto inseto, deixou-o examiná-la enquanto olhava para baixo, torcendo para que ele não soubesse no que havia lhe cruzado a mente.
— Bom, eu vou me deitar, Bárbara. Você já não ouve mais nada do que eu digo, não se importa com a minha vida e nem comigo, não parece se importar sequer com as memórias da minha infância, que guardo em um espaço tão íntimo.
Ela balançou a cabeça em negação e articulou serena e silenciosa:
— Triste você ter tomado decisões tão difíceis, fico feliz que com o tempo vocês tenham passado a gostar novamente da companhia um do outro.
Nesse momento ele já não estava mais olhando para ela, recolhia as coisas que levaria para o quarto. Não respondeu, apenas a olhou e adentrou o pequeno corredor. Barbara colheu a agulha do colo e voltou a cruzar o algodão, concentrava-se em esquecer por absoluto que Antônio estava no cômodo ao lado e tudo aquilo que ela detestava, mas não conseguia. Por isso, lhe custou muito adormecer e terminou por descansar breves horas em cima do bastidor, onde havia, agora, começado a construir a imagem de uma garça. Pela manhã, quando acordou, não sentiu o cheiro queimado e amargo do café de Antônio, com o qual já havia se acostumado mesmo sem nunca aprender a gostar. Passou seu próprio café e começou a aproveitar o sono demorado dele, olhando pela janela: entretinha-se com a existência alheia, concatenando histórias sobre as cenas de cotidiano que via dentro dos outros apartamentos. Percebeu, contudo, que a serenidade durava tempo demais, passou alguns minutos contemplando a decisão de acordá-lo ou não. Quase metade de hora mais tarde, decidiu ir até o quarto, pois já beirava o meio dia e, caso o deixasse dormir muito mais, ele se sentiria frustrado e até traído, como se ela rompesse o acordo de garantir-lhe o bem-viver.
Abriu a porta e rapidamente percebeu, Antônio não acordaria. Toda a culpa que há no mundo invadiu seu âmago em um rasante, temia que sua autópsia declarasse que a causa da morte foi a maldição lançada sobre ele na noite anterior. Temia a si mesma e àquilo que cruzava seu pensamento, observava tudo em que pensava como quem encara os olhos da Medusa na tentativa de petrificar. Tinha certeza que os vizinhos a apontariam como suspeita do crime, que a polícia investigaria cada canto até encontrar dentro dela a memória da praga lançada.
Desceu onze lances de escada, tentando evitar a angústia de aguardar estática no elevador sua fatídica punição, abriu a porta do prédio delicadamente para evitar qualquer suspeita e começou a caminhar. Conseguia ver o apartamento sendo gradativamente preenchido com o cheiro da podridão até que não coubesse mais nos setenta metros quadrados e começasse a vazar pelas rachaduras, invadindo outros apartamentos, outros andares e, finalmente, toda a rua teria o cheiro do cadáver de Antônio sendo devorado pelo tempo e pelo esquecimento. Enquanto cruzava a rua atormentada por seu crime, como se ele ainda a vigiasse e pudesse puni-la caso não fornecesse alguma dignidade ao seu óbito, decidiu chamar assistência médica. Antes que tivesse tempo, um feixe iluminado branco e vermelho veio em sua direção. Depois, mais nada.
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A vida
Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO, mesmo eu sabendo que as rosas não falam.
Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre.
Que eu não perca a vontade de VIVER, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa...
Que eu não perca a vontade de ter grandes AMIGOS, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles acabam indo embora de nossas vidas...
Que eu não perca a vontade de AJUDAR as pessoas, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda.
Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia.
Que eu não perca a VONTADE de amar, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não sentir o mesmo sentimento por mim...
Que eu não perca a LUZ e o BRILHO no olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo, escurecerão meus olhos...
Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos.
Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas.
Que eu não perca o sentimento de JUSTIÇA, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu.
Que eu não perca o meu forte ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos...
Que eu não perca a BELEZA e a ALEGRIA de ver, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...
Que eu não perca o AMOR por minha família, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia.
Que eu não perca a vontade de doar este enorme AMOR que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado.
Que eu não perca a vontade de ser GRANDE, mesmo sabendo que o mundo é pequeno... E acima de tudo...
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente, que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois.... a vida é construída nos sonhos e concretizada no amor! Chico Xavier
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parad1sekiss · 4 years
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ALEC HALE : BANDA ➛ RICHIE ➛ GALERA
Estou preparado para Talk Dirty to Me, mas não o que escuto. Levo alguns segundos num embaraço mental antes de entender o que de fato estava acontecendo e reconhecer a melodia prontamente engatada pelos demais. Gonna Make You Taste. Arregalo os olhos de ímpeto numa atitude extremamente amadora porque sou pego de surpresa, mas a exteriorização desse choque para por ali, tenho que ser rápido e improvisar. Estou confuso. Entramos em consenso sobre aquela música em específico, acerca da necessidade de pequenos ajustes e creio que concordamos com o seguinte: ela ainda não estava pronta para ser mostrada ao mundo. Não daquela forma. Mas já estou tocando, minha guitarra dando a base a de Richard ao mesmo tempo que a minha voz, já um tanto rouca, flui de forma natural e o microfone a amplifica. O show não pode parar, e, de todo modo, isso nem fazia parte dos meus planos. À essa altura demonstro confiança, aquela que fui adquirindo gradativamente durante a performance porque é a única coisa que eu tenho a fazer no momento, afinal, eu não ia dar uma de Marilyn Manson e sair no soco com meu guitarrista. A plateia está ensandecida, eles nos aprovam e eu gosto disso. Cometo alguns erros imperceptíveis aos olhos do público, visto que se tratava de uma de nossas inéditas, mas o dom do improviso - com o qual felizmente fui agraciado - me salva mais uma vez e os aplausos preenchem o ambiente ao final. Eu não sei se pela experiência pretérita ou pelo sucesso que executaremos a seguir, já velho conhecido de qualquer roqueiro que se preze.
O suor escorre pelo meu rosto e o barulho ambiente soa abafado em meus ouvidos devido ao estado de euforia no qual me encontro. A sensação que estar ali me proporciona é melhor que qualquer droga. Retiro a alça da guitarra de meus ombros com destreza e apoio o instrumento em um canto estratégico. Tudo premeditado, vez que Talk Dirty to Me não exigiria a minha base. Enfim eu posso explorar o palco, após ter o microfone em mãos e derrubar sua base de forma teatral. Ando de um lado para outro, hora ou outra dando evidência aos meus companheiros de banda ao melhor estilo Bret Michaels que consigo. E eu sei que somos bons, até porque é isso que o público transmite em seus gestos, dessa vez com uma opinião livre de vícios - não era como os comentários de Ace, Adam e Catrina, por exemplo, que muito embora fossem válidos, tinham lá sua parcialidade. E apesar de ser a última música cada um de nós se entrega de corpo e alma. Suspeito que por motivos diferentes, mas particularmente falando, quero deixar aqueles filhos da mãe pedindo por mais. Volta e meia divido o microfone com um Richard deveras empolgado, e a despeito de suspeitar que nossas motivações não são as mesmas, ele não deixa a desejar em termos técnicos. Joshua, logo atrás de nós, permanece alheio ao que se passa, porque o cara parece se transportar para uma dimensão particular enquanto batuca a bateria estrondosa, e Oliver, ainda que deveras reservado, consegue impor sua presença. 
Deixamos o palco em meio aos aplausos e gritos de um público que nos aclama. Me sinto embriagado, embora longe de álcool por pelo menos uma hora e alguns minutos. Abro alguns botões da camisa branca encharcada de suor e cumprimento os caras da banda com animação. É como se um raio corresse por minhas veias e incendiasse o meu sangue. Não quero parar de sentir, mas de modo gradativo meu coração descompassado retoma o seu ritmo costumeiro e coloco o juízo no lugar. Consigo uma garrafa de cerveja no backstage e a bebo como se fosse água, porque a sensação é de que eu estava no deserto e aquele era o primeiro líquido que eu via há dias. Fico meio tonto, passando amigavelmente os braços em volta dos ombros de Parrish e Oliver. — Richard, seu filho da mãe. Eu só ensaiei essa porra completa cinco vezes! Se vai pegar alguém de surpresa eu sugiro que seja a plateia, não seu vocalista. — Meu tom não é de acusação, ou eu penso não ser, vez que ainda estou vagamente ofendido. — Gonna Make You Taste deixou essa galera ensandecida. — Dou de ombros por fim, na tentativa de evitar animosidades. Seguimos com uma troca de comentários intensa sobre tudo que aconteceu. E assim como fora no palco, sinto que ali estamos na mais perfeita sincronia. Stryder fala algo sobre pegar um whisky decente, mas, verdade seja dita, penso que é só uma desculpa para ir ver a irmã. Ou a amiga dela, sei lá. — Vai lá ô babysitter. — Cutuco, recebendo o típico dedo do meio e um comentário grosseiro em resposta. Isso me faz rir, mas não por muito tempo porque Parrish permanece ao meu lado e eu sei que preciso jogar as cartas na mesa.
— Eu não sabia que você era adepto à serenatas, Richie. — Provoco ao colocar uma garrafa em suas mãos, estudando a feição alheia. Nunca fui de me meter em assuntos que não me diziam respeito, era bem verdade, mas aquele em específico poderia respingar em mim, e vejam só, eu não estou afim de me sujar. — Não faço ideia do que tá rolando entre você e a Catrina, mas se forem esconder isso do Josh eu sugiro que se empenhem um pouco mais. — Ainda que o Stryder tenha desaparecido por entre aquele mar de gente, meu tom de voz é controlado. — O cara é uma bomba relógio, ‘cê sabe disso melhor que eu. E bomba quando estoura... Sobra pra muita gente. — Concluo um tanto pensativo. Acho à essa altura que a banda significa para mim um pouco mais que um mero hobby adolescente, porque vejo do que somos capazes e não quero que nada catastrófico arruíne a coisa toda. — Quer dizer, não vou contar nada, então não precisa se preocupar comigo. — Tenho que tranquilizá-lo, afinal, Richard podia entender aquilo erroneamente - e isso era tudo que eu precisava evitar no momento. — Agora, Romeu, eu vou procurar uma coisa decente pra beber. — E aponto para o balcão, que é para onde me dirijo naquele instante.
Quando finalmente alcanço o que interessa - no caso, bebida alcoólica - sou surpreendido por ninguém menos que o coroa calvo sobre o qual meus contatos me alertaram, que conversa com um Joshua deveras desconfortável. Minha feição muda de imediato porque quero parecer profissional, me aproximando com casualidade forjada. Jason Baker se apresenta e, após alguns comentários aleatórios sobre nada em especial, ele sugere que façamos audições para tocar no Willamette Rock Festival, que ocorreria dali uns quatro ou cinco meses. Preciso fazer um esforço tremendo para não deixar transparecer meu estado de espírito real e soltar um simples “É, a gente pode ver isso aí.” naturalmente. Após algumas bebidas o desconhecido se despede e eu cutuco Josh. — A gente acabou de receber um convite pra audição. — Digo ao outro quando o careca se afasta o bastante para não conseguir distinguir minhas palavras. Ele franze o cenho ao perguntar se eu já estava bêbado e sou obrigado a gargalhar quando ele afirma ser apenas uma sugestão. — Não mano, foi um convite. Aquele cara trabalha pra uns caras e você já entendeu onde eu quero chegar. — Explico e, dessa vez, sou recebido com uma conduta animada do baterista, que parece quase tão incrédulo e extasiado como eu. Só precisaria convencer os outros, mas suspeito que isso não seria lá tão difícil. 
É preciso muito esforço do acaso para que eu note uma aglomeração familiar à poucos metros e vá abrindo caminho. Estudo a cena com respeito estampado na cara porque Adam certamente não perdia oportunidades. — E aí, o que eu perdi? — Indago Ace, ainda que soubesse o que estava acontecendo ali. Era muito óbvio, como um mais um são dois. Seis copos enfileirados, duas notas de cinquenta dólares no balcão. Isso porque a noite estava só começando. Infelizmente Jonathan pegou a primeira vaga, e se eu quisesse descolar uma grana extra deveria esperar a próxima rodada. 
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