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Fun Fact
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A última noite, a última vontade concedida, a última e primeira vida. Fiz como deveria, fiz como sempre foi feito:
-Olha, é uma Lua azul! Pode escrever tudo o que sentira esta noite?
Graças a minha também última e única fala desta noite, pude descobrir como aquele coração pararia de bater; eu lamentei por suas palavras durante o resto daquela noite...
"Era uma noite com um belo eclipse azul sobre a Lua, será por isso? Você me é realmente especial. Por que me enamorei de ti? Não sei, não és charmoso, apenas adorável. Poderíamos passar por tudo novamente; será que chegará aquele dia especial em que um brilho azul cobrirá a Lua? Onde ouvirei apenas seus doces gemidos, junto aos rugidos dos lobos. O dia em que o amor volta para preencher meu coração: a ponte da luz nos levará a um final feliz.
Algo atraente? Era apenas um garotinho, afinal. Somente meu garotinho. Eu te ataquei na noite, isto foi cruel? Não suportava a tentação de seus olhos-de-peixe, ou o pequeno botão que era seus lábios. O rosto pálido e macio lembrava-me de uma maçã; suas bochechas avermelhadas demonstravam o medo que sentira. Os fios lisos em cor branca. Fino e frágil como o azul, não te deixaria derreter, nem mesmo vazar em água.
Tu eras tão brilhante; uma luz escondida pelas sombras que aconchegavam outros seres. Apenas eu fui capaz de descobrir tudo o que escondia...
Somente pelo motivo de estar te machucando, aquilo te doía de verdade? Mas não deixaria que partisse, por isso, mantive-me ali. Uma gota escorria por teu rosto. Aquele sentimento tornou-se lágrimas... “Não chore, meu pequeno” - eu dizia - “Não deixarei com que te aconteça nenhum mal".
E então me abraçara: ... Não havia percebido mais nada. Por que estávamos com os corpos à mostra? Por que estava te forçando a fazer aquilo? Ou fazia por vontade própria? Questões sujas, que permaneceram sem resposta alguma, até que notasse a expressão facial que demonstrava... Era a única resposta. Uma criatura fraca, não aguentaria toda a dor, por isso havia choro junto aos sussurros? Seu corpo e alma antes puros já estão imundos pelo branco. A água que escorria por sua boca era uma das razões que me faziam querer te ver sofrendo. Aquele era nosso beijo.
-Olhe, é uma Lua azul! Pode escrever tudo o que sentira esta noite?
Desde que havíamos começado, era a primeira coisa que disseste, com uma voz rouca, sem perder sua serenidade. Enquanto estávamos de mãos dadas durante a escuridão da noite, apenas sua voz era capaz de transformar aquele momento em luz.”
“O reflexo da Lua em azul nos tingia; se eu pudesse renascer, adoraria observá-la com você novamente…”
[🇪🇸] Ellos son 🎼Revna🎼 y 🎼James Morley🎼, dos de los perdonajes de "El Canto de las Ruinas", de Costa Alcalá.
La historia está emplazada un año más o menos después de donde acaba "La Música de los Prodigios", solo que en Roma en vez de en el continente Americano (aunque cualquiera de los dos se puede leer independientemente).
Poco se puede decir de ellos dos sin destripar parte de la historia (a mi entender los más interesantes del libro), pero tal como yo los veo:
Revna es enigma y vientos norteños. Siempre un paso por delante. Me encanta ella, y su sonrisa amable. Me da que aún queda mucho por descubrir de ella... 🗡️🏔️
James es música, violín y pasado. De gesto serio y fondo de niño perdido. Me pilló desprevenida. El personaje más complejo del libro 🎻📜.
Si tenéis la oportunidad, leed el libro, os sacará mas de una sonrisa y es imposible que no os enamoreis de alguno de los personajes.
[🇬🇧] Character design for Revna and James, based in a fantasy book called "El Canto de las Ruinas" 💕
Eu sou litoral que se esbarrou em teu cais
Pensei que era praia de continente
Mal percebi
Quando dei por mim, estava te seguindo por desconhecidos mares, bailando na tua maresia, molhando tua areia nas cheias marés...
Tu é ilha mulher, livre, solta, navegando sem medo
Me enamorei
E no teu cais vagante eu fiz morada
Hoje sou onda teimosa que de hora em hora se esbarra em teu cais.
Agora, neste instante que acaba de passar — e também no próximo que virá, coexistem a mim muito mais de sete bilhões de outros humanos.
Agora, justo neste momento que me abriga, nesta minha vida de tão múltiplas veredas, guardo tantas belas pessoas que me falharia a contagem se eu a tentasse.
Tantos olhos flagrei com minha própria retina. Quantos ares respirei, quantos sabores provei. Em muitas coisas toquei, por muitos chãos pisei. Experienciei malditas intempéries e belíssimos transtornos; assisti a colorífica passagem de deuses, senti a desgraça de muitos demônios. Já gozei de alguns corpos, por tantos rostos já me enamorei; múltiplos encantos tive eu. Ri de vulcânicas felicidades, deitei em rios de primavera; pois bem, em profusos paraísos já morei. Foram tantas emoções que acometeram-me até aqui!; tanta sentimental bagagem que vejo-me a ponto de explodir. Entretanto, meu amor, neste oceano infinito de possibilidades vitais, a despeito de uma existência de infinidade, neste plano e nos outros, não houve nada como você. Nada que me fizesse tão eufórica e conquistada, nada que me enchesse te tanta emoção. Tornaste nulo a todos e a tudo: doutros amores esqueci, outras coisas não mais quis. Abdiquei de todo o resto e quis que o mundo fosse nulo; quis que o Big Bang houvesse, na verdade, parido a mim e a ti — seríamos nós o próprio universo, num enleio atômico que mal começa e nunca acaba...
Memórias das empanadas salteñas feitas à mão por uma familía de nativos. As empanadas eram feitas, uma por uma, rendadas com uma dobra em sua borda, recheadas com os sabores típicos do Noroeste argentino,marcado por uma história peculiar e de pessoas muito,muito humanas e repletas de cultura. O fogo à lenha era movido por carvão seco retirado das próprias fazendas locais. Eu sai dessa viagem sendo outra pessoa. Me emocionei com a gastronomia, cultura e artes de uma cidade que supostamente era o fim do mundo. Muito obrigado Salta, enamorei-me por ti e por seus vales e serras. Até mais, voltarei!
Começo a chorar
do que não finjo
porque me enamorei
de caminhos
por onde não fui
e regressei
sem ter nunca partido
para o norte aceso
no arremesso da esperança.
Nessas noites
em que de sombra
me disfarcei
e incitei os objectos
na procura de outra cor
encorajei-me
a um luar sem pausa
e vencendo o tempo que se fez tarde
disse: o meu corpo começa aqui
e apontei para nada
porque me havia convertido ao sonho
de ser igual
aos que não são nunca iguais.
Faltou-me viver onde estava
mas ensinei-me
a não estar completamente onde estive
e a cidade dormindo em mim
não me viu entrar
na cidade que em mim despertava.
Houve lágrimas que não matei
porque me fiz
de gestos que não prometi
e na noite abrindo-se
como toalha generosa
servi-me do meu desassossego
e assim me acrescentei
aos que sendo toda a gente
não foram nunca como toda a gente.
Mia Couto, Raiz de orvalho e outros poemas
setembro 1982
É essa minha mania maldita de te idealizar... Eu não te amo. Amo a imagem louca e irreal que criei de você, que meu sonho alimentou... Há tanto tempo vejo tudo que vc poderia ser e nunca optou... Ao invés de respeitar tua opção me enamorei da tua possibilidade... Você nunca quis o mesmo que eu. E eu... Eu não amo você, amo aquele ser inexistente, tua cópia.
A minha história é vulgar
Mas algo fica provado
Nem sempre o primeiro amor
É o primeiro namorado
Lhe adorar e lhe adoro
A flor do meu bairro
Tinha o lirismo da lua
Morava na minha rua
Num chalé fronteiro ao meu
Eu conheci o seu primeiro amor
A sua primeira dor
E o primeiro erro seu
Lembro-me ainda
O bairro inteiro sentiu
A flor ingênua sumiu
Com seu amor, o seu rei
E eu que era seu primeiro namorado
De tão triste e apaixonado
Nunca mais me enamorei
Hoje depois de alguns anos
Eu encontrei-me com ela
Na rua dos desenganos
Menos ingênua e mais bela
Ela fingindo desejo
A boca me ofereceu
E eu paguei por um beijo
Que no passado foi meu
A minha história é vulgar
Mas algo fica provado
Nem sempre o primeiro amor
É o primeiro namorado (2x)