Tumgik
#hot louis
tomlinsins · 1 year
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every time you think louis tomlinson couldn't possibly get any hotter, he proves you wrong!
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cutesoleil · 2 years
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Primeiro ato: “you should have held me like you held your pride”
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Como príncipe herdeiro e como primo ômega, Harry Styles sempre foi ensinado a ser grato pela sua posição, pelo privilégio de ser o próximo na linha de sucessão ao trono da Inglaterra, mas na verdade era um peso, um fardo a ser carregado. E encarar a parede branca do consultório de sua doula durante angustiantes trinta minutos para apenas receber a resposta que ele já esperava. Um grande negativo ao centro da folha, mais um exame para sua coleção que acumulou ao longo de quatro anos.
“Vossa alteza…” o silêncio de Lizzo dizia tudo. Se tivesse dado certo, ela teria o cuidado de mudar o pronome de tratamento com ele, mas aparentemente Harry conseguia falhar na tarefa mais instintiva que os ômegas de sua família tinham: engravidar.
“Está tudo bem, Liz, nós já sabíamos qual seria a resposta” uma mão segurava o envelope branco e bem dobrado, enquanto a outra descia para o ventre vazio, sem um filhote crescendo lá, sem estar gestando.
“Sinto muito que a estratégia anterior não tenha funcionado, vamos deixar seu corpo se recuperar, seu cio estará chegando em algumas semanas, talvez seja boa uma viagem para o campo ou conhecer alguém novo, Hazza. Desde o incidente com seu noivo não sai para bailes ou visitar o orfanato, isso não é saudável, Vossa Alteza.” preocupação e pesar, ela reconhecia aquela expressão cansada, Harry não era o mesmo depois de tantas tentativas falhas.
“Não tenho mais pique para isso, Lizzo.” desconversou, ele ficou mestre nisso ao passar dos anos.
“Você ao menos chegou na casa dos trinta, H, vá se arriscar um pouco, os deveres reais estão te matando aos poucos, não quero te ver definhando.” ofereceu um sorriso amigável, ele precisava ficar longe daquilo e de todos os protocolos envolvidos com a concepção de um herdeiro..
“Tudo bem, doutora Lizzo, vou tirar uns dias de folga com final só depois de todo meu período de cio, isso vai te deixar feliz?” o tom irônico e o sorriso de canto denunciavam o quanto gostava da ideia.
“Se isso te trouxer um sorriso da próxima vez que nos vermos, sim, Hazza”
🌹🗡
O aroma do jovem alfa de 19 anos com quem compartilhou sua cama parecia mais fraco, menos agressivo quanto antes, seu quarto voltava a ser seu quarto, sem alfas para passar duas semanas e ver se engravidou. Harry estava cansado da tentativa e erro, por quatro anos seguidos depois que seu noivo faleceu em meio a uma caçada em forma de lobo, isso era o que o ômega fazia além de governar um país com o termo ridículo de regência, apenas por não ter gerado herdeiros. Alfa após alfa, betas após betas e todos falharam no quesito básico pelo qual foram parar na cama de Harry, engravidá-lo.
E isso era um tormento, uma culpa que ele carregava, com 26 anos e ele não conseguiu um filhote quando deveria estar com o segundo, ou com mais esperança o terceiro no ventre. Era tudo uma grande sacanagem do destino, uma brincadeira de mau gosto com sua cara, mas não doía como antes, Harry não passava mais horas chorando com cada negativo tudo que recebia, agora era condescendência, apenas isso, a dolorosa condescendência.
“Vossa Alteza, deseja mais um pouco do aroma de erva-doce com canela?” a doce voz de uma de suas damas de companhia apareceu no cômodo para apagar todo e qualquer vestígio do alfa que esteve ali.
“Sim, Lucy, por gentileza. Depois chame Mitch para vir aqui.” pediu sutilmente, trocando as roupas pesadas pelo pijama macio, indo direto para seu ninho, perto da porta da varanda e do seu jardim privativo que se encontrava em uma estufa de vidro frente a seu quarto. Privilégios da realeza.
🌹🗡
E eventualmente Mitch chegou, com uma cesta de frutas e a expressão tranquila, roupas soltas no corpo, o alfa tinha se trocado rapidamente, deixou um beijo na esposa e voltou ao palácio para encontrar Harry em seu ninho com uma expressão que se mesclava entre o triste e relaxado.
“Hey, vossa alteza.” Sorriu pequeno, soltando um pouco de seus feromônios, carvalho com rosas, pois sabia que Harry gostava e se sentia seguro, eles sempre foram assim, sempre foram algo mais desde a infância, eles se entendiam e se completavam pela amizade.
O ômega estava entregue na comodidade do emaranhado de cobertores, roupas aromatizadas, travesseiros e roupas de neném espalhadas por ali, Harry estava chorando momentos antes. Mitch se abaixou até a altura do ninho, mostrando sua marca de ligação com Sarah, exibindo seu pescoço como forma de submissão a sua ômega e ao primeiro ômega, pedindo silenciosamente para entrar naquele cantinho, sempre respeitoso; primeiro ofereceu a cesta, mostrando o que era e recebeu um rosnado de consentimento. Era puro instinto, puro respeito à classe mais baixa, Harry gostava e Mitch era um grande apreciador disso.
“Eu encontrei isso no meio dessa bagunça.” Harry apontou para uma camisa de seda do alfa, ainda cheirando a ele, sorriu ao ver a expressão chocada do mais velho.
“Harry! Eu estava procurando essa camisa, semana passada fui sair com Sarah a um baile e não encontrei, você sabe que é minha preferida.” Cutucou o quadril do outro.
“Sei e por isso peguei, eu gosto dela também, você não pode brigar comigo, sou o ômega da Inglaterra” riu irônico com o título bobo que recebeu por ser o herdeiro direto do trono.
“Eu sei, eu sei. Você sabe como eu gosto das tradições envolvendo a exaltação dos ômegas, mas você está ficando abusadinho, Hazza.” Riu debochado, oferecendo o cacho de uvas para o outro.
Ele aceitou e comeu uma. “Lizzo, de certa forma receitou que eu deveria tirar férias, o estresse tem afetado meu corpo de formas muito negativas, ela realmente disse que eu deveria ficar longe daqui durante meu heat.” Confessou sem inibição, o alfa ouviu atento e concordou acenando a cabeça. Desde a morte do noivo, Harry não tirava férias, se afundando em trabalho e tentar compulsivamente engravidar, não era saudável, nem um pouco. Era natural que o corpo do ômega pedisse por um filhote, exigisse isso, mas Styles era tão apaixonado pela ideia, que deixou esse apreço dominar e degradar sua saúde. Ele estava um pouco mais magro que o comum, um pouco mais apático, os cachos longos hoje eram cortados frequentemente e não se via mais o príncipe usar seus vestidos pelo palácio. Ele mudou.
“Aliás, você merece tirar essas férias, Hazza, tem se esgotado ao máximo pelo reino, Lizzo está certa e sua mãe ainda tem maior poder para governar o reino.”
“Você acha mesmo, Mitch? Ainda tenho alguns projetos para aprovar, conversas com o Parlamento e alguns jogos de cintura com outras nações.” respirou fundo, se eu fosse um passarinho azul já estaria bem longe daqui'', pensou.
“Seria bom para você, meu bem, você precisa disso, de dias de paz durante seu heat, precisa aproveitar esse momento para ter orgasmos maravilhosos, não só pensar em filhotes. É necessário, mas pense um pouco em você, girassol.” Usou o apelido que deu ao ômega durante a infância, acariciou a mão alheia, a pequena, e única, tatuagem ali, uma cruz, um pequeno ato de rebeldia após um final de semana em Manchester durante a adolescência, o alfa tinha o mesmo desenho na mão direita. “E eu conheço alguém para te ajudar a desestressar.” Falou inocente.
A expressão cansada e pensativa pulou para o “olhar de gatinho bravo e manhoso” de Harry.
“Você arranjou alguém pra mim, não é? Eu deveria perguntar quem é dessa vez? Creio que esgotei todos os alfas solteiros e jovens desse condado, não me diga que agora vou me deitar com homens e mulheres casados, Mitch.” sorriu sacana, vendo a expressão sempre neutra e fechada do mais velho virar puro choque.
“Porra, Harry, somos amigos desde a infância, você é o herdeiro desse país e ainda me fala uma coisa dessas?! Você tem um humor estranho.” Riu descarado, com o sorriso mais aberto que Mitch Rowland poderia dar, o alfa bufou em descrença com o quanto Harry ainda conseguia ser ele mesmo após tanta ter se escondido em uma casca.
“Vamos, pare de enrolar, alfa, me conte. Ou a Sarah decidiu que era uma boa ideia você me comer?” Provocou mais um pouco e riu ao levar um tapa fraco, no braço, do amigo e conselheiro.
“Não dê essa ideia, Sarah tem um estranho desejo em ver nós dois em algo mais quente, aquela mulher me deixa doido. Mas falando do que interessa, esse alfa é bem famoso entre os ômegas nobres, ele é o “ombro amigo” na cama de quem está carente ou coisas do tipo. Ele se chama Louis Tomlinson e é um cortesão.”
“Mitch?!” gritou, ele não podia acreditar. “E por quê ele é famoso? Ele tem a boca suja? Ou tem feromônios fortes? Ou um nó gordo?” Perguntou debochado. “Aliás, ele está limpo?”
“Ele tem esses três atributos já que te interessa tanto, Hazza” provocou o melhor amigo. “Eu já entrei em contato com ele, bem, Louis está limpo e diz que não tem nenhum interesse no seu dinheiro ou na realeza.”
“Então o que ele quer em troca?” Juntou as sobrancelhas, cortesãos viviam pelo pagamento, era uma vida difícil e muitas vezes ingrata, o que o alfa Tomlinson desejava?
“Ele disse que você deveria encontrá-lo em sua casa para saber, vou com você amanhã pela tarde até a casa dele, não acho seguro te deixar com um alfa estranho.” Fechou o semblante só em imaginar seu melhor amigo em perigo.
“Obrigada, alfa. Você é o melhor, tá?” O ômega soou como uma criança, por alguns momentos eles voltaram aos velhos tempos, ambos abraçados e conversando barbaridades que um príncipe e um futuro ministro nunca poderiam conversar fora daquele cômodo.
🌹🗡
Era perto do horário do chá, o céu se manchava de laranja e o fraco roxo, declarando o final da tarde na capital britânica. O carro parou em frente a uma casa modesta, de dois andares, tijolinhos alaranjados na fachada, um portão fofo e preto junto a caixa de correio, era o tipo de casa que Harry moraria se não fosse da realeza, se ainda pudesse abdicar ao trono, esse era um direito o qual não podia mais recorrer.
Mitch desceu primeiro, logo abrindo a porta para sua alteza, oferecendo a mão em um ato de cortesia e gentileza. Harry aceitou o gesto, ele gostava das tradições, principalmente por elas colocarem os ômegas como prioridade. Eles eram os seres mais próximos da mãe Terra, possibilitando o nascimento das novas gerações, a fertilidade corria nas veias de cada um, responsáveis pela educação e manter seus filhotes seguros, ômegas eram lobos ferozes ao defender os frutos de seu ventre, até mais ferozes e perigosos que um alfa. Esses por outro lado, protegem os descendentes de Vênus, mantém o ninho a salvo e adoram seus ômegas, é contra a natureza de qualquer alfa puro machucar a classe oposta, não faz parte de quem eles são, ou deveria ser assim.
E ao chegar mais perto da residência, o cheiro acentuado de erva-doce e canela fazia Harry se sentir seguro, o lembrando das tardes com sua avó e irmã, os biscoitos de canela, as diferentes ervas de chá, o aroma gritava lar, chamando o ômega para ficar ali, que era um bom lugar para ficar e morar. O ômega mexeu nos brincos em diferentes pontos da sua orelha, o local era convidativo demais, familiar demais, um ninho seguro para ele e seus filhotes. Seu ômega interior gritava pedindo para ficar ali, ‘fique, nossos bebês vão se sentir bem aqui’. O instinto aspirava mais dos feromônios vindos da casa, marcando na memória tudo ali que lhe agradava.
“Vamos, Hazza. Louis deve estar nos esperando.” Despertou ao ouvir a voz intensa do alfa a seu lado, aceitando dar o braço a ele. Tocaram a campainha e esperaram, as trancas fizeram um ‘clic’ característico, revelando uma alfa, de cabelos louros, olhos azuis, brilhosos que arregalaram levemente ao ver as figuras à sua frente. Ela sabia da visita, mas isso não impedia a surpresa em receber pessoas influentes politicamente em sua casa.
“Olá, me chamo Taylor Swift, imagino que vieram para ter uma conversa com Louis.” sorriu pequeno, mas gentil, agradando ao ômega com o aroma mais suave de baunilha que vinha da alfa a sua frente. “ Por gentileza, entrem e se sintam confortáveis.”
Eles entraram, recebendo uma reverência leve da alfa, a sala de estar era composta por tons amarelados, fairy lights bem distribuídas pelas janelas e alguns girassóis espalhados perto de retratos de família e em vasos transparentes simples. Uma vitrola ao canto do cômodo agradava ao ômega, dois sofás estavam dispostos no espaço apertado, um de frente para o outro. O príncipe sentou-se ao lado do melhor amigo, esse ofereceu a mão
“Muito obrigada, senhorita Swift, desculpe incomodá-los com nossa presença, mas é de real urgência minha conversa com o senhor Tomlinson.”o príncipe sorriu educado, expressando certo desconforto com o teor da conversa.
“Por favor, não se desculpe, Vossa Alteza, é uma honra tê-los aqui, mesmo que nessas circunstâncias. Aliás, sou a gestora dos bens e dos contratos de Louis, então vou ficar aqui para ajustar um acordo justo entre ambas as partes. Espero que não se incomode, vossa alteza.” soou polida aos ouvidos dos presentes, sentando em uma poltrona perto de um corredor que dava direto para as escadas.
O cômodo inteiro era preenchido pelo cheiro do cortesão, tão forte que parecia ser de um alfa puro, assim como Mitch, esse que estava incomodado pelo ambiente opressor a seus sentidos, a única razão pela qual ele ficava ali era Harry, o ômega era sua prioridade naquele instante. Falando no príncipe, ele estava se deliciando no aroma que o levava a sua infância, o sentimento de conforto pairando pelo ar e o fazendo quase ronronar em satisfação, sua loba clamava pela presença do tal alfa com cheiro reconfortante, ela pedia incessantemente. “Harry, chame ele, peça que ele venha até você, ele vai nos encontrar”.
E quase num timing perfeito, Louis apareceu em roupas formais, calças de linho, camisa social sem botões e as botas bem engraxadas nos pés. Era de se perder o ar por alguns segundos, que na verdade pareciam horas; o alfa era deslumbrante, com olhos azuis intensos, intensos demais, a boca fina e rosada, a postura afinada e o porte atlético, mas ainda delicado dele. Harry não disfarçou, foi o primeiro a levantar para cumprimentar o outro, permanecendo travado; a combinação do cabelo acobreado longo com as pontas que faziam uma curvinha — adorável, mas que seria um ótimo apoio para puxar quando aquele rosto bonito estivesse entre suas pernas… Qual seria a sensação da barba levemente ruiva raspando em suas coxas? Harry tensionou seus músculos para tentar parecer mais digno que um ômega desesperado, desesperado por aquele alfa.
“ Vossa alteza” a voz rouca apareceu, uma leve reverência e o sorriso de canto. Esses seriam os motivos da morte de Harry, ele ainda tinha uma reputação a zelar e manteve uma postura principesca, um sorriso, — que o ômega treinou ao longo dos anos— as mãos frente ao corpo e os olhos pouco expressivos, era isso que ele deveria transparecer, sempre calmo e equilibrado. Argh. “ Senhor Rowland, é um prazer conhecer o futuro do parlamento inglês.” Louis ofereceu uma mão para o cumprimento, sendo firme no movimento e oferecendo um sorriso tão treinado para agradar quanto o de Styles, interessante.
“Obrigado por nos receber em sua casa, senhor Tomlinson, e pode me chamar pelo primeiro nome, espero que essa conversa seja agradável para todos nós.” Mitch soou gentil, mas aquela fala era defensiva, seu instinto aparecendo um pouco mais forte em proteção a Harry. O único ômega da sala deu um leve tapa no amigo, o repreendendo, aquilo não era para virar uma disputa de alfas.
“Tenho certeza que todos estaremos satisfeitos com nosso acordo, Mitch.” Testou o nome, sorrindo provocativo ao ver a expressão do outro fechar um pouco. Todos se sentaram, o clima pesou com o atrito de orgulho entre os alfas. Maldito instinto.
“Bem, vamos ao que interessa, senhores. Em algumas semanas terei meu heat, gostaria que o senhor Tomlinson ficasse na semana de pré-heat e uma semana após para minha recuperação. Tudo ficará em sigilo e nesse momento nós estaremos em minha residência particular com nenhum funcionário por perto, no máximo minha doula estará em minha casa.” O ômega explicou, sentindo as bochechas corarem um pouco e viu as sobrancelhas do alfa se fecharem. “Eu pago o quanto for necessário.” disse por fim, pouco se importando se parecia desesperado.
“Alteza, eu não me importo com o dinheiro ou se em troca desse heat vou ganhar um título de nobreza, não estou interessado nesse tipo de coisa.” Foi sincero, aquilo era fútil e tirava ainda a pouca dignidade que era possível ter em seu trabalho.
“O que você quer, senhor Tomlinson?”
“Nada, mas por que você me procuraria, ômega?” usou um pronome de tratamento que era usado apenas entre amigos e almas gêmeas, Louis atravessou um limite, um que Harry não se importou de ter sido rompido. A voz rouca estava mais forte, era a voz de alfa, mas não impondo uma ordem ao ômega, mas como um pedido suplicante e expondo submissão ao outro.
“Bem, porque se você passar o heat comigo e me der um filhote, eu te deixo em paz e faço qualquer outra coisa que você pedir, alfa.” Usou o mesmo artifício, a voz lenta dele estava mais forte pelo tom— voz— de ômega, que foi herdado da evolução de sua espécie, uma forma de impor sua presença ao alfa, mas dessa vez Harry usava-o para convencimento, para o alfa confiar em si.
“Se eu te der um filhote, quero participar da vida dele e da gravidez, quero ser presente e um pai decente.” Foi incisivo e sincero, aquela era sua única exigência, o ômega lhe trazia curiosidade pelo pedido, mas sabia que uma pessoa como Harry não estaria pedindo algo para uma pessoa como ele, era uma situação interessante, então a única coisa que lhe interessava era sinceridade.
“Tudo bem, eu concordo.” O ômega sorriu tímido, mas um pouco mais tranquilo sobre aquilo. Mitch o questionaria sobre aquilo, até porque as férias eram para Harry relaxar e não tentar novamente ter um filhote. Rowland suspirou quieto em seu canto.
“Então, vou preparar os contratos já que o acordo satisfaz ambas as partes, isso foi inesperado, mas vai ser interessante.” Taylor se levantou e indo em direção ao escritório da casa, era realmente uma situação estranha aos olhos de quem estava ali presente e de quem estava de fora, era incomum, mas estava acontecendo. E parecia obra do destino.
🗡🌹
Semana pré heat
Duas semanas se passaram desde que alfa e ômega assinaram o contrato, agora eles estavam longe de Londres, viajando para a casa do príncipe ômega.
Louis não esperava que a residência particular do príncipe da Inglaterra fosse uma propriedade com poucos hectares, um jardim e uma estufa, além da casa principal no estilo clássico da arquitetura britânica e o que parecia uma pequena casa para hóspedes. Visualmente não era um terreno pequeno, mas era discreto, parecia uma fazenda de um pequeno produtor, uma propriedade longe de todo o estresse da cidade. Fazia sentido Harry ter escolhido aquele pequeno paraíso para passar algumas estações.
De alguma forma —e Louis estava surpreso por essa ação do príncipe— eles estavam viajando juntos, no mesmo carro, compartilhando o mesmo espaço e o único pedido de Harry para aquela viagem era segurar a mão dele durante o trajeto. O alfa fez de bom grado, acariciando a pele macia e observando a tatuagem de cruz entre o indicador e o polegar, ele guardou mais um fato interessante sobre o príncipe para perguntar sobre ou apenas deixar em sua memória.
Eles pararam em frente ao casarão principal, agora a construção não parecia mais tão pequena, mas ainda era simples, com no máximo três andares, estilo semelhante a construções inglesas e francesas, era uma bela mistura. Bonito, com muitas plantas ao redor, todo aquele verde da casa o fazia lembrar dos olhos de Harry.
“Vou te apresentar os cômodos principais, ao longo dos dias você vai poder descobrir mais da propriedade se quiser, claro.” O ômega disse tímido assim que desceram do carro, Harry dirigiu o trajeto todo, por três horas e nem estava cansado. Louis estava apenas querendo se jogar em uma cama macia, mas não faria desfeita com a gentileza que o mais novo estava fazendo, ele era um príncipe diferente, estava carregando as próprias malas, dispensou os funcionários que viriam para sua casa e os deu férias, nem Mitch estava ali, Styles era aparentemente mais do que Tomlinson esperava.
“Você realmente não quer ajuda para levar suas malas, ômega?”
“Alfa, eu não faço ioga e musculação a toa, agradeço sua ajuda, mas posso me virar bem. Você já está lidando com sua própria bagagem.” Sorriu, com direito a covinhas e olhos verdes quase fechados, lindo. Louis sorriu bobo, em menos de um dia ele já tinha feito uma lista de coisas que gostava em Harry:
Ele sempre tinha um sorriso nos lábios, mesmo que pequeno ou tímido;
Covinhas grandes e que guardavam o universo ali;
A voz arrastada junto ao sotaque —mais fraco que o seu próprio, mas lindo de se escutar quando o ômega esquecia da presença do alfa e cantava alguma música de Lana del Rey;
Os lábios rosados, sempre rosados e levemente inchados;
As roupas largas que —agora ele sabia— escondiam o corpo que a ioga deu ao ômega;
O bumbum marcado pela legging preta, junto ao moletom, Harry ficava adorável assim.
O príncipe contava algumas histórias sobre algumas obras de arte ali nas paredes claras, ou como a cozinha era linda e seu lugar favorito da casa ou até mesmo como Harry escolheu convenientemente um quarto no andar de baixo para ser o seu apenas para montar um pequeno jardim para si. Louis honestamente não estava prestando atenção completamente, os quadris larguinhos rebolando e a voz lenta e rouca aos seus ouvidos pareciam mais convidativos que algumas informações sobre a casa. Droga, aquele ômega era bonito demais.
“Louis, vou te mostrar seu quarto durante essa semana, ele fica no terceiro andar. Vem, alfa!” Harry pegou sutilmente na mão áspera do outro e puxou, ele não veio, o ômega fez um biquinho manhoso.
“Ômega, eu não vou ficar com você? No seu quarto?” A voz de Louis parecia quase choramingar para ficar com o mais novo, esse que sorriu sapeca, ele queria desde o início que o alfa ficasse consigo, mas bem, sua mente dizia que Tomlinson não desejaria ficar por perto até que o heat começasse realmente.
“Então vamos para meu quarto.”
**
O som de “Mamma Mia!” estava pelo quarto todo, preenchendo cada canto e ajudando a iluminar a luz baixa e amarelada do cômodo. Harry estava concentrado em seu musical favorito, cantarolando sua segunda música favorita do filme, “S.O.S”. Louis perdeu um pouco de sua atenção do filme para perceber como o ômega estava agarrado a seu corpo, o calor compartilhado entre seus corpos era da mesma intensidade da intimidade que ambos pareciam dividir. Em meio a duas semanas antes do pré-heat do príncipe, eles trocaram telegramas, decidindo regras durante o período compartilhado, fazendo perguntas bobas e conhecendo um ao outro, mesmo que parecessem dois adolescentes flertando com sua primeira paixão. Tomlinson cantou um pouco da música que ainda tocava na tela, olhos verdes brilhantes voltaram para si, curiosos e com as pupilas um pouco mais dilatadas que antes.
“Você canta muito bem, alfa.” sorriu sincero e cutucou o nariz de botão do outro. “Você sabe as músicas de ‘Mamma mia!’, agora pode admitir que esse é o melhor musical de todos e que ‘Grease’ é apenas legal e contagiante?” provocou, subindo um pouco no colo do alfa para deixar um beijinho no cangote cheiroso. Abusado e sexy.
“Eu agradeço o elogio, mas nunca vou admitir que esse seu musical é melhor que ‘Grease’! Eu fui o Danny na peça de teatro na minha adolescência, não ouse tentar me convencer, Harry!” contrariou o príncipe, esse que aproximou os rostos e conectou o verde florestal com o azul da cor do céu, eles eram uma mistura de natureza e modernidade.
“Nem se eu te der um beijo assim?” deixou a pergunta no ar, aproximando seus lábios dos do alfa e selando um beijo, longo e que misturou sensações em ambos. O atrito das línguas mostrava a luta por dominância, Harry deixou uma mão no rosto de seu amante enquanto a outra parou na barriga macia e durinha do outro.
Aquele momento durou dias, talvez algumas horas, mas foram apenas alguns minutos, com algumas pausas em busca de ar, mordidinhas na boca e Louis estava extasiado, beijando o pescoço do ômega, acariciando a cintura fofa e bem trabalhada. Harry desceu o quadril, se acomodando no pau marcado do alfa, rebolou um pouco, os beijos e mordidas na pele sensível não ajudavam. Eles estavam à flor da pele, o cheiro de ambos ficando mais intenso e quente, o filme foi esquecido por mais uma troca de beijos, eles pareciam pertencer a aquele lugar, a aquele momento que eles compartilhavam. Cada carícia foi ficando mais afoita, um pouco mais selvagem com chupões e arranhões leves nas costas do cortesão. O príncipe desfez o nó do próprio robe, exibindo a pele pálida com o tecido de seda percorrendo o corpo bonito, Tomlinson perdeu um pouco da sua sobriedade ao ver aquele anjo – e diabo entre os lençóis– a sua frente, ele queria foder o ômega, mas também queria ver ele usando seu pau de dildo ao cavalgar em si.
Tudo era intenso, os toques, a maneira que o cheiro dos dois se mesclava, o quadril de Harry se esfregando no moletom – e no pau marcado– de Louis, eles estavam cruzando uma barreira que não tinham criado, mas sabiam que não deviam. Que se dane as regras. Styles foi logo tentando arrancar o moletom grosso que cobria o tronco do alfa, ele precisava de um nó dentro de si, precisava daquele homem o fodendo da forma mais suja que podia, assim como queria que Tomlinson também soubesse fazer amor lento e gostoso. Louis o parou, antes que o desejo cegasse os instintos do ômega.
“Harry, certeza que você quer isso? Eu não vou parar assim que disser sim.” o alfa lambeu os próprios lábios, acariciando as coxas em torno de seu quadril, acalmando o ômega, as íris do outro se mesclava entre o verde intenso e o dourado –cor dos olhos de sua loba–, Harry estava beirando o instinto do pré-heat. Mal Louis sabia que seus próprios olhos mesclavam o azul com lilás, a mistura de cor explicitava a luta entre o alfa e seu lobo.
“Eu quero, alfa, me faça seu, mesmo que por pouco tempo.”
Louis não se segurou depois dessa fala, arrancando seu próprio moletom e experimentando a sensação de poder tocar Harry, as coxas escondidas pelo longo tecido de seda. Beijou delicadamente cada ponto do pescoço do ômega, apertando as coxas macias no processo e sentiu o príncipe ceder o corpo lentamente, sendo levado pelo desejo, murmurando baixo o nome do alfa, a pele macia em seus dedos, o cheiro ficando mais forte, a canela se misturando ao cravo. Harry, que sempre escondia seu aroma, cheirava a cravo-da-índia e caramelo, doce e de presença marcante, forte como um ômega deve ser.
Harry tinha as bochechas vermelhas pelo calor entre eles, seus pensamentos nublando, ele nunca sentiu isso, droga, Louis era inebriante. Os olhos verdes e selvagens cobertos pela escuridão da pupila, a respiração sem fôlego, ele estava molhada, encharcada apenas por alguns beijos quentes de Tomlinson, sentia seu cuzinho pulsar por um nó, dormir cheio da porra do alfa, ele precisava, era uma necessidade maior que sua razão. Sua ômega pedia isso, era instinto, Louis era conforto e um bom parceiro.
As mãos fortes do alfa deslizaram pelo interno das coxas do ômega, sentia o corpo derretido e entregue a si, seu pau estava doendo ao pensar em foder aquele anjo, era demais, estava se segurando, porque Harry era sua prioridade. Ele sentiu a umidade e calor, o pau duro do príncipe, o quanto ele estava molhado, um dedo escorregou por entre as paredes internas, tão bom, tão preparado para receber o nó gordo de seu alfa.
“Você é um ômega tão bom, Hazza, tão aberto pra mim. Sua bucetinha vai engolir meu pau tão bem” mexeu o dedo, sentindo resistência, a lubrificação correndo aos montes e cheirando a cravo, forte, sufocante, mas mantinha Louis com olhos apenas para seu parceiro.
“Ah, alfa, mais… eu quero seu pau tão fundo em mim, quero me sentir tão bem com você me comendo, comendo minha bucetinha tão bem. Hoje sou sua princesa, Louis.” sussurrou entre os gemidos, ah, os gemidos que escapavam dos lábios inchados, as mãos dela agarravam os ombros do outro, arranhando o que podia, sentindo suas presas formigarem para fincar sua marca naquela glândula aromática que gritava lar para seu âmago. Ela só queria mais, mais e mais do alfa bonito entre suas pernas.
Louis colocou mais um dedo, com calma, com doçura ao experimentar um pouco do tesouro que havia entre as pernas de sua princesa, tão bom, caramelo, doce e viciante, experimentou direto da fonte, lambeu os resquícios das coxas bonitas e grossas, descendo um pouco mais para aquele pequeno pontinho rosado e úmido, o cuzinho transbordando lubrificação natural, brilhando aos olhos do alfa, a abundância evidenciava a sensibilidade e como Harry era um ômega necessitado, ele precisava ser fodido como merecia.
Louis experimentou como seus dedos ficavam apertados, as juntas espremidas pelo calor do ômega, estocando os dígitos, procurando um ponto em específico, beijou os os seios de Harry por cima da seda da camisola e continuou indo mais e mais fundo quando esbarrou em um cantinho macio que fez a princesa curvar as costas em prazer e engasgar, os olhos verdes estavam com lágrimas brilhando ao redor, as pernas abraçavam Tomlinson com toda a força de seu ser, os dedos amassavam o lençol em busca de alívio. Era demas.
“Lou, me fode, por favor, alfa.”
Louis continuou o movimento com seus dedos, brincando com o prazer de Harry, beijando o pescoço e aromatizando o ambiente com seu cheiro, se livrou das calças de moletom e sincronizou sua masturbação com o vai e vem dentro do ômega.
Styles ficou impaciente, bufando com o alfa que apenas continuou a lhe estimular, quase beirando o orgasmo, ele queria gozar se sentindo cheio do pau de Louis! Poxa, era tão difícil de entender. O ômega empurrou o alfa em direção a cabeceira da cama, tomou a ereção do outro em suas mãos, acariciando-a e chegando até as bolas pesadas, se aproximou, passando cada perna ao lado do quadril de Tomlinson e se apoiou nos ombros dele para guiar o membro pesado e grosso até seu cuzinho. O pau do alfa estava tão bonito e parecia quase chamativo quando Harry olhou, pesado e com algumas veias saltadas, era do tamanho ideal e sabia que aquilo lhe levaria até o paraíso, o que importa é como Louis usava aquela maravilha entre as pernas e que com certeza ele sabia usar, já que não era à toa sua fama na corte. Estava com água na boca, mas teria tantas outras oportunidades para chupar e engasgar naquele parte do corpo pecaminoso do outro. Foi descendo devagar, sentindo cada centímetro, se apertando em volta a cada sensação de calor que aparecia em seu corpo, ‘tão bom alfa, me preenchendo tão bem, vai me encher com todos os seus filhotes’ sua loba disse, tomando o lugar de Harry por alguns segundos, ela era impossível e o ômega não reclamaria, porque era aquilo que ele sentia mesmo. Se encaixou completamente, eles eram um só.
O alfa beijou o pescoço do ômega e deixou suas mãos caírem nos quadris largos, estava se apaixonando pela maciez da pele, pelas curvas e o calor de Harry, ‘me recebe tão bem dentro de você, ômega, deixa meu nó tão perto para encher você, vou dar todos os meus filhotes’, o alfa de Louis respondeu quando apareceu. Aquilo era inusitado para os dois, íris em tons de amarelo e roxo —cores dos lobos, os cheiros se misturando e ambos se aromatizando, marcando território, como se gritassem ‘ele é meu’ e ‘ela é minha’, tão possessivos. O príncipe começou a se movimentar, ondulando os quadris e subindo e descendo, iniciou calmo e conhecendo, descobrindo a sensação que aquela alfa em específico lhe trazia, era profundo, acertando sua próstata tão fácil, que fazia o mais novo derreter nos braços do parceiro. Os movimentos foram de calmos para fortes e mais rápidos, desesperados quando o prazer se acumulou dentro de seu corpo, ele— ela precisava de alívio, do orgasmo que beirava seu ventre, coçar a coceirinha do prazer que lhe fez perder o rumo. Mais forte, mais fundo, mais rápido, era tudo que aparecia na cabeça cacheada de Harry, ele não parava e usava o pau de Louis a seu bel prazer naquele momento, arranhou de leve as costas bronzeadas e se deixou levar pela sensação avassaladora do orgasmo que estava chegando, Louis estava tão perto quanto, afundo os quadris do outro contra os seus, controlando as presas para não cometer uma loucura, loucura essa que o ômega esqueceu que não podia fazer, suas presas estavam coçando tanto, sua loba o pedia tanto e seu ápice chegou apenas no exato momento que o nó do alfa estalou dentro de si e quando suas presas cravaram —mesmo que superficialmente— no pescoço do cortesão.
Eles estavam sujos, suados e tinha ainda um filme tocando na televisão, mas não se importaram com isso quando suas visões embaçaram e desmaiaram de cansaço em cima um do outro. As íris voltaram ao normal, nada de rosnados, mordidas e afins, mas as consequências apareceriam no dia seguinte para Louis, assim como Harry teria suas próprias surpresas.
O encontro de duas almas gêmeas era avassalador, instintivo, desafiava leis naturais e mesmo sendo tão forte, nem todos percebiam quando isso acontecia.
**
Louis acordou, sentindo um peso em cima de seu peito e o calor em volta seu pau. Harry estava dormindo sereno, os lábios entreabertos, sussurrando algo que ele não conseguia entender, os cabelos desgrenhados e as orelhas ainda com os brincos. A estranha sensação de paz estava em seu peito, não existia agonia, nem arrependimento, só paz e um carinho, coisas boas. A dor repentina no pescoço o fez resmungar, estava roxo, não era profundo e nem lembrava como aquilo foi parar ali, seu lobo tomou conta de si por algum tempo e aparentemente aquele princípio de marca aconteceu quando ele não estava ali. O ômega também não deveria estar consciente quando fez aquilo, mas ainda tinha plantado o início de uma ligação eterna entre eles, uma que não desaparecia em alguns dias, talvez meses ou um ano sem contato direto, essa ideia o fez rosnar em descontentamento.
Houve uma movimentação em seu colo, logo sentindo o ômega despertar devagar, ajustando a pupila de seus olhos a iluminação e pulando do conforto dos braços de Louis para reparar no pequeno estrago que fez no pescoço do outro.
“Ah” essa foi a primeira reação dele, olhos começando a lacrimejar e o arrependimento aparecendo no peito dos dois,Harry sentia o que Louis sentia, mas não vice-versa. O ômega parecia desesperado, tanto que caçou seu robe no meio das cobertas e correu para seu refúgio pessoal, seu jardim e o caminho que o levava até a estufa principal da casa, Tomlinson deveria o odiar, chamaria o príncipe de louco e não teria mais aquilo que construíram em tão pouco tempo, eles eram bons amigos, conhecidos ou seja lá o que fossem e ele não queria perder, mas uma marca— ou o início de uma— era suficiente para gerar instabilidade entre eles, entre qualquer casal que não tivesse conversado sobre isso, imagine na situação deles. Styles sentou em um banco de mármore que tinha por ali e se deixou desabar em choro, era um choro sentido, de chateação e culpa, um choro que ele não se permitiu ter em quatro anos, convenientemente no bolso interno e seu robe tinha uma roupinha de neném, a primeira que ganhou quando tinha vinte dois anos e quando todo diziam para o príncipe que era a idade ideal para começar a ter filhos, ele acreditou e bem, vocês sabem, ele não tem filhotes e pode perder o prestígio do povo com isso. A pressão e a marca superficial que fez em Louis foram gatilho o suficiente para Harry.
O ômega chorava baixo e sentido, abraçando a roupinha contra seu peito, sentindo o cheiro de canela impregnado em seu corpo, maldito seja Louis e seu aroma, ele se sentia mais calmo, mas tão envergonhado pela marca, por fugir do alfa, por estragar tudo, não era para ser assim, ele só queria paz por algumas semanas. Apenas paz.
Seus sentidos se tornaram atentos ao ouvir o som de patas correndo, próximo a sua direção, só havia uma pessoa na propriedade e tinha que ser o cortesão. Um lobo de pelos acobreados apareceu com uma calça de moletom e um cobertor em sua boca, os olhos transpareciam calma, mas tinha aflição batendo no peito do alfa, a mesma aflição que Harry sentia. O barulho de estalar de ossos não era agradável de se ouvir ou de ver a transmutação, mas o ômega assistiu esperando o outro sentar a seu lado vestindo a calça, Louis mostrou o cobertor e ofereceu para cobrir o príncipe, ele girou o corpo maleável do mais novo para encaixar entre suas pernas e os cobrir com o tecido quente.
“Me desculpa” a voz soou baixa, rouca, mostrava arrependimento. O príncipe afundou o rosto entre suas mãos, evitando qualquer contato com o alfa.
“Pelo que você está se desculpando? Você não fez nada de errado, Harry.” Falou calmo, acariciando as coxas macias.
“Não quero que você me odeie mais se eu te contar.”
“Me conte, não se esconda de mim, Hazza, eu preciso te entender para cuidar de você.” Louis girou o corpo de Harry, agora eles estavam cara a cara, verde no azul.
O mais novo tentou se esconder do outro, juntando seus joelhos e virando o rosto para encarar os girassóis que estavam a poucos metros deles. “Ômega…” houve mais uma fungada e ele buscou a mão de Louis para segurar.
“Quando eu completei vinte e dois anos, meus presentes de aniversário foram roupinhas de bebê, eu tinha um alfa, o casamento estava marcado e no meu heat tentaríamos ter um filhote. Na semana do meu pré-heat, eu marquei ele e ele me marcou bem aqui.” Trouxe a mão de Louis onde tinha uma cicatriz bem profunda e tão clara que não dava para ver. “No início da outra semana, iríamos começar o cortejo, estava tudo preparado e pela tradição ele iria caçar uma presa para mim, mostrando todo seu valor de alfa, toda essa coisa de orgulho alfa…” Harry riu, o nariz avermelhado e os olhos lacrimejaram mais um pouco. “Eu soube quando senti a dor, minha marca sangrava e estava roxa, foi horrível, só acreditei quando alguns guardas acharam o corpo, ainda em forma de lobo todo ensanguentado. Mitch foi o primeiro a chegar, ele buscou por alcateias próximas, buscou por contrários a monarquia e tudo que ele achou foi um bando de coiotes caçando na mesma área, ele também quase foi atacado como lobo e voltou machucado. William morreu por instinto.” Fungou, chorando mais, pensando mais nas coincidências que existiam ali. “Não saia para caçar, não me deixe sozinho, por favor. Eu tenho tentado ter um filho por quatro anos e falhado, minha saúde é boa, mas não consigo, eu só não consigo, já ouvi ser uma falha da minha família, que eu não deveria assumir e que tudo isso era consequência de quando minha irmã abdicou, é tanta coisa.” Chorou mais e mais, ele já tinha falado tudo isso a Mitch, sua psicóloga, mas contar aquilo a Louis parecia um alívio, um peso tirado das costas. O alfa puxou o ômega para perto, abraçando e aromatizando o ambiente, tudo remetia a conforto e alívio.
“Eu não planejei te dar uma marca, minha loba assumiu o controle e aconteceu, assim como foi com William, as lendas falam que isso só acontece com almas gêmeas, mas isso é tão bobo.” Suspirou, o peso parecia menor, seu peito parecia mais tranquilo e o abraço quente lhe trazia paz.
“Talvez as lendas sejam verdade e eu sinto muito por tudo isso. Você merece tanto amor, Hazza, tanto carinho e se você deixar, eu posso tentar fazer isso.” Beijou o rosto quente do ômega.
“Você não deveria me oferecer isso, alfa.” sorriu um pouco.
“Mas eu estou e desejo uma resposta.” Esfregou as pontinhas dos narizes, um beijinho de esquimó.
“Devo pensar melhor, mas posso dizer que sua ideia me agrada.” Disse olhando as mãos deles se encaixando “e eu deveria pintar suas unhas” comentou ao reparar esse detalhe.
“Eu deixo, mas vamos comer um pouco e também quero conhecer sua forma lupina.” Encostou testa com testa.
“Você está muito exigente, alfa.”
“Eu quero você por inteiro, ômega, me permita entrar no seu mundo.” Beijou os lábios bonitos e sorriu ao ver o rosto corado do mais novo.
🗡🌹
Heat
Calor, estava muito quente, seus seios coçavam só pelo leve roçar com o tecido macio de sua camiseta. Sentiu a cama afundar e beijos serem distribuídos por sua clavícula, ele sentia tudo aquilo, tão bom, tão carinhoso e que atiçava seus sentidos. Seus caninos coçavam e tudo que lembrava era o alfa entre suas pernas para lhe foder como gostava, ele chegou ao ápice algumas vezes e o nó de Louis era tudo que ele precisava para cair no sono.
Eles dormiram agarrados, Harry entre os braços de Louis. Ambos com marcas superficiais em seus pescoços, mãos entrelaçadas e o peito calmo pelo conforto compartilhado, doméstico e cômodo.
**
Era o último dia do heat de Harry.
Ele tinha algumas lembranças memoráveis, transar em sua estufa foi uma experiência única e inesperadamente sexy, eles deixaram seus cheiros por todo o andar principal da casa e no quarto do ômega eles montaram um ninho que compartilhavam as noites, dois colchões como base e um monte de mantas e cobertores, travesseiros, roupas de ambos e uma peça ou outra de bebê, era um conforto extremo ficarem por ali e maravilhoso para os sentidos maternos de Harry, já que se sentia totalmente protegido ali.
Seu corpo estava voltando ao completo normal, sem momentos de calor, sem ser alimentado na boca, sem Louis para abraçar a todo momento. No quarto dia eles saíram em um passeio em suas formas lupinas, ficaram próximos a propriedade e viram a noite cair, o pôr do sol longe da grande Londres era lindo, ameno, o quente que ia esfriando aos poucos. Naquela noite, eles dormiram após mais um calor de Harry, mas com sorrisos no rosto e mais intimidade que antes. Eles estavam felizes, mas tudo que é doce e bom acaba.
Harry deveria voltar ao palácio e Louis a sua vida antiga, mas eles não queriam.
O carinho que criaram, a intimidade e paixão que compartilhavam não poderia ser deixada de lado, não quando eles estavam tão bem com isso, não quando eles se sentiam tão confortáveis e em um lar um com o outro.
Louis estava indo embora por causa de uma emergência familiar e Harry segurava o choro, a emoção que aquele aperto no peito lhe trazia. A marca superficial que compartilhavam ainda permitia que sentissem o que o outro sentia, mas lá estava o ômega ajudando o alfa a organizar sua mala para deixarem a casa.
Harry levaria Louis até Londres, até uma estação de metrô. O alfa partiria para o norte, pois sua família precisava dele e por um acaso ele também precisava conversar com sua mãe. O príncipe voltaria a seus afazeres, esperaria algumas semanas para fazer o teste e bem, ele não sabia o que esperar dessa vez.
**
O caminho de volta foi tão silencioso quanto o da ida, mas dessa vez eles sorriam um para o outro. Harry soluçou baixo e Louis acariciou sua coxa em conforto, eles sentiriam tanta falta daquilo.
O tempo passou rápido demais. A estação parecia que estava mais perto de quando Harry se lembrava que era, eles estavam escapando um ao outro, segurando um bilhete de ida, sem saber a volta de Louis. Ele se agarrou ao alfa, respirando tudo que podia do cheiro de erva doce com canela para si, marcando em sua mente e impregnando em sua roupa, não queria deixar o alfa ir, ele não podia, mas estava deixando.
Louis se agarrou ao conforto que Harry trazia, fungou no pescoço cheiroso. Guardou em sua memória tudo que podia, todo o carinho, os dias juntos, as conversas, eles ainda seriam eles, mas tão longe um do outro.
“Prometa que vai me enviar telegramas, vou fazer o exame em algumas semanas e irei te contatar.” Beijou a bochecha de Louis, Harry estava chorando baixo.
“Prometa que vai ficar bem, princesa.” Testa com testa e verde no azul. “E não me esqueça”
“Eu vou.” Sorriu “eu vou lembrar de tudo, eu me lembro de tudo muito bem, alfa.”
Eles se beijaram mais uma vez, como se fosse a última e também como se fosse a primeira vez. Alfa e ômega, as almas deles se pertenciam, eles sentiam isso, mas não queriam admitir. Agora era tarde.
Harry queria dizer que adorava Louis, mas não disse. O alfa embarcou no trem, o coração na mão e a mala na outra, tinha tanto a dizer ao ômega, mas nada disse.
Eles preferiam seus orgulhos do que falarem a verdade.
“You held your pride, like you should have held me”
🌹🗡
1ª parte de “Don’t want no other shade of blue, but you”
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leftloverangelvoid · 2 years
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He looks just like a dream
The prettiest boy I’ve ever seen
Something About You by Eyedress & Dent May
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sunshinebinx · 2 years
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🥵
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Vienna 11/04/22
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hottest-capricorn · 2 years
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he's so hot
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hrrytits · 2 years
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just let me lick and touch and run my hands over the biceps pls and thanks 🙏🏼🙏🏼 hes so yummy
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whore4louis · 1 year
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the feminine urge to be his mic🥵
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happy-xy · 1 month
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Louis Partridge ARGYLLE (2024) Directed by Matthew Vaughn
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ayo-edebiri · 1 year
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#I think the narrator is unreliable <3
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mrsdulac · 5 months
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iwtv + text post part 42
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gayrotic · 4 months
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silverskinsrepository · 8 months
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Louis Rees-Zammit
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