Come gli occhi della civetta, ci sono pensieri che non sopportano la luce piena. Non possono nascere che di notte, dove la loro funzione è la stessa della luna, necessaria a smuovere maree di senso in qualche invisibile altrove dell'anima.
Aqui no quarto escuro só a ele, parado no canto da porta, observando mais uma noite de insônia, mais horas de olhos abertos esperando passar… ele não fala, não diz nada, só me olha.
“Acho que ele não gosta de conversar, ou talvez não possa falar”
Sempre parado, soprando no meu rosto, me vendo enlouquecer com o buraco negro no estômago, secando minhas lágrimas, mas não diz nada. Nenhuma palavra de conforto. Nenhuma condenação se quer, só me olha e eu o encaro de volta, observo seu jeito quieto de fazer as coisas, seu jeito simples de me encarar… abraço o travesseiro e viro para o outro lado.
Aqui não está a simples liberdade de abrir as vísceras para os mil enxames de ditames e regras gerais de uma mente filantrópica e bem despontada em contento? Eu vou olhá-la como vítima (digo, eu), mas se me coloco neste estado, me sinto péssima. Quero sempre ganhar nesta parte, sempre ser forte, mas quero que sintam pena de mim! Oh, Não! Não quero isto, quando olho de fora, não desejo. Desejo sempre ser imponente, desejo ser sempre poderosa, dona de mim. Mas pobrezinha de mim, misericórdia eu grito Senhor! Não tenho eu defraudado a dor de alguém? Tenho eu menosprezado os desejos mais afeiçoados? Tenho eu virado as costas aos necessitados de ombro amigo? Arranjei eu desembaraço com raiva e pudor aqueles que me trataram mal? Por isso digo que não adianta! NÃO VALE A PENA SER ASSIM! NÃO VALE A PENA SER EU! Tenho muito me corrigido, guardado e em vão, para água que fora!
Terminei nesta noite solitária e vazia, terminei neste vão putrefato, neste lixo inaudito e nesta miséria. Pobre de mim! Ninguém liga, nem mesmo o Senhor! E daí? Se aos porcos fui lançada e porca me encontro… e daí? Do que adianta toda esta pompa, todo este linguajar, todo este folheto de bom mocismo? Não me serviu de nada, não há nenhuma diferença para lá ou para cá, não há nenhuma recompensa, não há nenhuma paz! À aqueles que nasceram em um lugar bem-apessoado desejo meus sinceros sentimentos, queria e muito, vocês parecem ter das melhores dádivas, do cumprimento da estima. Queria eu também poder receber destes bons benefícios, mas meu lugar é ao lado dos porcos. Sorvendo dos vômitos dos felizes e infelizes, não há felicidade alta ou tristeza que me leve daqui para a morte(finalmente). Me sobrou o meio-termo e me mandaram saciar daqui. Gritam felicidade! E eu não sei, pra quem é que estão pronunciando isso? Aqui é como na divisão da classe da Índia, e Tim Maia estava certo, tem gente que nasce para ser feliz enquanto outros vivem para chorar. Isto, sim, é escolher (sem escolher) ser infeliz.
¿En qué tiempo sin tiempo van tus horas
desgranándose plenas? ¿Nunca el grito
humano dolor quiebra el bendito
silencio que te envuelve? ¿Nos ignoras?
Partículas de ti fueron llegando;
mi mar inquieto se convierte en río;
hay trinos en el aire, canta el viento.
Ese demonio que atiza la impaciencia con dudas. Todo se mueve al interior sin sentido mientras el exterior palpable permanece pacífico. La quietud se hace insoportable bajo su influencia. No hay una explicación posible. Ni siquiera es posible saber qué se espera o si se espera algo en absoluto. Lo único que existe es la incomodidad. Un bucle de tormentos fue activado. La paz ha sido arrebatada. El conflicto es inminente. Un lobo acecha con sed de sangre.
¿Cómo escapar del ciclo? Hablando, quizás. Es preciso purgar al cuerpo de los susurros demoniacos. Todo parte del sentimiento y es allí donde debe terminar. Comprender qué es. Escuchar lo que dice. Amansar a la bestia. Cazar al demonio. Quemar lo que deba pasar por el fuego. Regar lo que se está secando. Reconocer. El demonio también puede ser un amigo.
Quando vou ser escolhida? Eu sei que essa frase torna tudo subjetivo, mas... Em que momento irá chegar essa minha vez?
Antes de deixar tudo de lado, como em todo horário fixado da noite, onde o sono é a desculpa perfeita para largar as tarefas (julgando que você tenha insônia), mas uma espécie de inquietação da mente mesmo. É hora de encerrar o tempo produtivo, você ouve o alarme ecoar. Também é certo que a dor não é de toda improdutiva, mas o tipo que minero vai além do transbordamento. Está ligado em minhas juntas e veia, lado a lado com meu sangue, se esvaindo por meus ossos.
Igualmente, conheço que não devo ficar aqui ou assim, mas a ventania que vem depressa me traz essa dúvida irredutível. E o desejo nem é mais por querer tanto assim ser notada, nem por querer tanto alcançar do topo do amor. Não somos mais tão adolescentes de mente, nem tampouco maturados como Piaget desejaria para ilustrar suas solidificações desse conceito abstrato desta nossa dúvida. Você não a conhece. Se sabe e tem tanta certeza assim, então me diga seu nome?
Pois é, eu também não sei. Não sei por certo qual é essa sede, sei que provém de um desejo. Repito, quando chegará a minha vez?
― Mas a vez de quê?
Às vezes quando tenho coragem me retruco. É que são jogados em meu ser tantos artifícios de planos que nem sabia estarem guardados ali dentro, local que deixei como nome oculto. “Eu não preciso disso agora, a vida é outra coisa e além”. São terra, são panos para me redimir de meus desejos, para encobri-los sobre uma frase corajosa e bem feita.
Você já a escutou, normal? Mas quando bate o relógio e eu já não consigo me sustentar, sei que é a hora da dor bater. Por que nunca fui eu? (ou ainda não e, por quê?) Se sei que não é tão necessário, por que então penso tanto nisso?
― Ora isso! Constate o ambiente, ele transforma o sujeito.
Certo consciente racionalista, mas já tirei tudo, fiz crise de abstinência. Nada de redes sociais, filmes e séries, qualquer outro meio de instigação banal, sem aderência. E isto tudo pra deixar um mês ou mais como alguém realmente vencedor e produtivo, um monopólio único de sentimento, do bom e que faz sentido. Tudo isso para estar encoberto de novo, sobre terra enterrado, sobre panos escondido.
Eu sei que está lá. Não importa o quanto me enganem e eu me deixe enganar. Não importa o quanto eu minta. Nós distribuímos isto em nossos posts, nós deixamos isto extravasar em nossas canções independentes e autoproclamadas, promocionais de uma singularidade solitária e sólida. Mas só por hoje eu não terei medo de falar. Quando serei eu? Quando chegará a minha vez? Ó Deus e Pai que estás no céu! Sabes que isto não é um completo arrombo da minha mente, sabe melhor que eu que meus sentimentos são sinceros (só não sei ainda se são seguros).
Quando chegará o que tanto espero, a minha maturação prevista? Nesta parte Vygotsky que quero, quem sabe uma interação me perpasse esta resposta, o sentido da minha dúvida raiz.
Un giro d’inquieto
nei contrasti di facciate
orme di dinamismi
opportuni e ingannevoli.
Bocche di vento vibrano
in un cielo senza stormi
ch’imbarca batteri
in platani senza verde.
Personaggi alieni
a zonzo nella tenuta deserta
cercano riposte
fuori del manuale d’uso…
@Silvia De Angelis