Tumgik
#metro de medellin
ficjoelispunk · 5 months
Text
Cap 06 - DOIS COELHOS. UMA TACADA.
Tumblr media
<< Capítuslos Anteriores | Próximos Capítulos >>
Finalmente você teve uma noite de sono descente. Chegava a ser ridículo a forma como seu corpo sucumbiu depois do tratamento que Javier lhe deu.
Entendendo o efeito Javier Peña. Ele definitivamente era alguém marcante. O corpo desenhado, musculoso, os ombros delineados, bíceps e peitoral. Mãos grandes e firmes. O cabelo. O rosto. O cheiro. O beijo. O sexo. Você teria memórias sexuais por um bom tempo, que te arrepiavam e te excitavam só com a lembrança, do tom de voz falando em seu ouvido, a sensação do pau de Javier te preenchendo como ninguém nunca havia preenchido, os sons que ele fazia enquanto afundava em você.
Jesus. Era imoral o efeito que ele causava. Você entendia as suas vítimas. As súplicas e a procura por um momento a mais com ele.
Agora você não sabia como proceder. Como deveria agir? Fingir que nada aconteceu? Deixar que seja algo que vocês lidem apenas nas quatro paredes da sala de arquivos? Era casual? Partindo do histórico de Javier Peña, era possível que ele nunca mais olhasse para você.
Infelizmente você trabalha com ele no mesmo setor, na mesma sala, e ele precisa de você. O que fazia você pensar em como ele deveria estar desesperado.
Mas em contrapartida você também lembrava das coisas que ele te disse enquanto vocês estavam tomados pelo desejo e tesão. Inclusive o fato que ele queria você desde o primeiro dia em que te viu, segundo palavras dele. Mas isso não significa que seja romanticamente, poderia ser apenas mais uma conquista. Da qual você dificultou para ele por 3 longos anos.
Você precisava ir à farmácia antes de iniciar seu dia, comprar uma pílula do dia seguinte.
Você não sabia se locomover direito em Medellin, mas sabia o básico. Mercado, farmácia, e os restaurantes que você gostava. Era o essencial.
Então você estacionou alguns metros antes da farmácia usual que você frequentava. Desceu do carro, caminhou para atravessar a rua, quando um carro preto se jogou na sua frente do nada.
Você parou. Deu alguns passos para trás, observando sem entender. Dois homens armados desceram do veículo vindo em sua direção, você começou a ter um mal pressentimento e tentou correr mas eles te alcançaram e seguraram.
"Não, não" você falava "me solta, me solta" você começou a gritar.
Os dois homens erguerem você do chão com facilidade. Você se debatia no ar.
"Cálmate" um deles falou.
Enquanto colocavam um saco sobre sua cabeça.
"Tranquilo" um outro repetia.
Você foi tomada pelo medo quando já estava sentada no banco de trás do veículo no meio desses dois homens.
Seu espanhol era péssimo, e eles falavam castelhano também, então você não entendia quase nada.
Você estava desesperada. Por que estavam levando você? Eles queriam informações? Você era apenas a assistente, não fazia sentido nenhum... As lágrimas desciam sobre seu rosto abafado em baixo do saco.
***
Era quase 9h da manhã e Javier ainda não havia te visto. O que era bizarro, já que as 6:30 da manhã você já estava martelando seus dedos nas máquinas de escrever. Os nervos do rosto dele começavam a repuxar.
Javier tem certeza, que você nunca se atrasou para nada na vida.
"O que está acontecendo?" Murphy pergunta para o colega, sentando-se em sua mesa em frente à Javier.
Ele não responde a princípio. Olhando para o seu lugar habitual.
Murphy segue o olhar de Javier, e entende.
"Talvez ela tenha ido para alguma reunião, ou tenha ido de última hora para Bogotá. Por que está preocupado com a pessoa que mais te da dor de cabeça?"
Peña olha para o companheiro, de canto se olho. E se levanta caminhando até a sua mesa.
Incrivelmente organizada. Completamente diferente da dele. Ele tateia alguns papéis em cima da mesa, abre uma das gavetas ao lado, encontra sua agenda. Folheia até a data de hoje.
"Você está maluco?" Murphy está ao lado dele agora, "Mexendo nas coisa dela, sem autorização, isso deve ser contudo confidencial. Se ela descobrir ela vai fazer da sua vida um inferno por uma semana"
Peña aperta os lábios em uma linha fina franzindo a sobrancelha. Ainda analisando as anotações da sua agenda. Ele passa uma das mãos sobre os bigodes.
Ele sabe que algo não está certo. Você estava com ele na madrugada passada. Não daria tempo de você ir até Bogotá. Nem haveria voo. Assim tão cedo. Não havia nada anotado em sua agenda que indicasse o motivo do sumisse.
Onde você estava?
Javier deixou sua agenda na gaveta, e alcançou seu telefone, ligando para a Embaixada.
"Agente Peña, preciso de uma informação"
"O que você está fazendo?" Murphy sussurrou em estado de choque.
Peña o ignorou.
"Preciso saber se a assistente do Embaixador tem alguma atividade programada para hoje na embaixada"
Murphy jogou as mãos no rosto. Balançando a cabeça.
"Certo. Obrigado." Ele colocou o telefone no gancho.
Os olhos agora apavorados.
"Alguma coisa aconteceu" Javier murmurou, mas para si do que para o parceiro, desceu correndo até a mesa dele, e pegou a jaqueta.
Murphy alcança o parceiro no meio do caminho, segurando seu braço.
"Onde você está indo? Ficou maluco, a garota deve estar em algum lugar"
Peña olha firmemente para onde as mãos de Murphy encontraram seu braço e puxa para si.
"Volto logo" Peña saiu.
Ele foi até seu dormitório, e você não estava lá. Ele ficou confuso, não sabia se você não tinha voltado desde a madrugada de ontem, ou se você era extremamente organizada. Porque sua cama estava feita, e os objetos da sua mesa de cabeceira estava impecavelmente distribuídos em distâncias iguais.
Javier escolheu a segunda opção. Você era extremamente metódica.
Ele foi até o estacionamento, seu carro não estava lá.
Javier caminhou até a guarita, e perguntou pra o guarda.
"Você viu um Chevrolet 78 saindo da base?"
"Sim, ela saiu as 7h e não voltou desde então"
Peña colocou as mãos na cintura. Caralho. Onde você tinha ido? Por que não tinha voltado ainda?
"Ela disse para onde estava indo?"
"Não, senhor."
Porra!
Javier sabia. Ele sentia que você não estava segura. Só de imaginar as coisas que os sicários ou cartéis são capazes de fazer, as mãos dele fechavam em um punho tão forte que ele sentia o gosto da carne.
Ele foi direto a sala do Coronel Garrillo. Explicou a situação.
"Se você verificou a agenda dela, pode ser que ela tenha tirado a manhã de folga" Carrillo sugeriu.
Peña balançou a cabeça.
"Não, ela nunca tira folga"
Carrillo ri, balançando a cabeça.
Javier se enrijece.
"Peña, Peña, Peña... você nunca muda"
Javier descruza a perna, e se inclina na direção do Coronel, não deixaria que a fama dele, resvalasse em você por conta dele. Não deixaria que duvidassem da sua índole e do seu caráter.
"Ela é uma boa mulher. Vive para esse trabalho desde que chegou aqui. Ela não sairia sem voltar a tempo de trabalhar. Eu a conheço. Estou com um mal pressentimento."
Carrillo levanta as sobrancelhas.
"Vamos esperar até depois do almoço, se ela não voltar, mandamos buscas pela cidade, combinado?"
Javier bate os dedos sobre a mesa no mesmo momento que assente para o coronel, levantando-se e saindo da sala.
Javier passa os dedos sob o maxilar. Enquanto está sentado fumando um cigarro em sua mesa.
Esperar.
Era o que ele precisava fazer. Mas toda vez que ele olhava para a sua mesa sem você, o estômago dele dava um nó. Esperar era perder tempo.
O telefone tocou, e ele nem esperou terminar a primeira chamada.
"Peña" ele se apresentou.
"Agente Peña, aqui é Don Berna"
A respiração de Peña parou. Don Berna era um comparsa de Judy Moncado, uma das pequenas gangues que faziam parte do Cartel de Medellin.
"Tenho uma proposta que pode te interessar"
"Que surpresa"
Peña não deixaria a oportunidade de ser petulante.
Don Berna passou um endereço de uma lanchonete para que eles se encontrassem.
Peña não se atrasou.
A lanchonete era simples, havia poucas pessoas dentro. A música de fundo tocando, típica Colombiana.
Javier avistou Don Berna, ele nunca havia o visto pessoalmente, apenas por fotos, mas não era difícil de identificar.
"¿Que passa Peña? Esperando mais alguém?"
"¿No y tu?" Javier estava em pé ao lado da mesa, com as mãos na cintura.
"Não. Não é necessário, tenho amigos em todos os lugares" Don Berna mexia o açúcar em sua xícara de café.
Javier tentava não esboçar a ironia em seu rosto. Essa era uma conversa furada apenas para indicar intrinsicamente que ele poderia não estar com alguém ali, mas que se algo acontecesse com ele ali, saberiam que havia sido Javier e isso teria consequências.
"Pero, siéntate, sente-se para que você prove o melhor café de Medellin." Don Berna sobe um tom a voz "Ana Luz, prepare um café para o meu amigo."
Javier se senta.
"Você tem algo além de café pra me oferecer?" Os braços cruzados em frente ao corpo.
"Veja Agente, não sou um informante qualquer, e não estou atrás de nenhuma recompensa. Não."
"Então por que estamos aqui?" Javier da de ombros.
Don Berna se inclina sobre a mesa.
"Agente, você e eu somos como a serpente e o gato. Se a serpente tiver oportunidade matara o gato. Se o gato tiver oportunidade marata a serpente. Mas as vezes os dois veem um rato bem grande." Ele cantarolou a última palavra. "E as vezes os dois querem comer"
Javier estava perdendo a postura. Ele começou a entender onde Don Berna estava querendo chegar. Ele sabia que essa metáfora era sobre você. Ele entendeu que você estava com Don Berna, com os capangas dele.
"Onde ela está?"
"Tranquilo"
Javier descruzou as pernas e se inclinou sobre a mesa se aproximando de Don Berna.
"Onde. Ela. Está?" Javier disse entredentes.
Don Berna riu. E se encostou na cadeira.
"Ela está bem, não se preocupe"
Javier queria socar o rosto desse narco filho de uma mãe, até que ele falasse onde você estava mas ele precisava se controlar porque sua vida poderia estar em risco.
"O que você quer?" Javier perguntou.
"Preciso de sua ajuda, e a sua ajuda será beneficente para mim e para você também" ele fez uma pausa torturando o Agente "Se você me ajudar, eu devolvo sua garota, e você ainda conseguirá fazer uma grande apreensão."
"O que você precisa?"
"Preciso que você invada um laboratório. Te passo a localização, e você só precisa invadi-lo."
Peña franziu a testa. Ele jamais iria questionar se isso te trouxesse de volta para ele sã e salvo. Mas ele precisava explicar para os demais.
"Como isso irá te ajudar?"
"O laboratório era meu, mas Pablo tomou, e se vocês apreenderem, ele saíra no prejuízo."
Era tudo que ele precisava. Ele nem pensou muito. Apenas fez tudo que pode o mais rápido possível.
Peña voltou para a base na Academia o mais rápido que pode. E começou a sugerir a operação.
"É aqui." Ele apontou para a imagem retirada do satélite "vamos fazer um inventário depois, para sabermos o que foi apreendido"
"Como você sabe disso?" Murphy perguntou.
"Através de um informante" o tom de voz rouco.
"Vamos lá" Carrillo incentivou.
E vocês partiram. Para ele seria fácil entrar e te resgatar. Era isso que ele tinha mente. E quando te resgatasse, explicaria depois se fosse o caso a ligação entre a apreensão e você estar justamente nesse cativeiro.
De qualquer forma, os homens estavam posicionados, e vocês estavam prestes a invadir a casa.
Foi fácil render a equipe que trabalhava lá. O único problema era que você não estava lá.
Porra. Porra!
Javier entrou em todos os quartos da casa, no sótão, no porão, procurou do lado de fora, em todos os lugares, e você não estava lá.
Ele queria sair correndo de lá, e ficar plantado naquele café até que encontrasse com Don Berna, e fizesse ele dizer onde você estava.
Mas ele precisava ficar ali, e finalizar a operação. Javier passava as mãos pelo cabelo, suspirando com os olhos fechados.
"Seu informante é uma mina de ouro" Murphy falou, enquanto tragava o cigarro.
"Sim, ele é bom" Peña sorriu, observando as apreensões.
"Você não parece feliz" Murphy falou.
"Eu estou. Eu estou" Javier deu dois tapinhas nas costas do companheiro, e saiu.
***
Murphy e Peña voltaram a base, num clima nada agradável.
Murphy havia saído dar um "passeio" com o Coronel Carrillo, e um dos sicários de Pablo Escobar, e provavelmente nós já sabíamos onde isso tinha dado.
Javier tentava se distrair do fato que você não estava sob os olhos dele, mas sendo refém de narcotraficantes em Deus sabe onde. Rezando silenciosamente para que você estivesse segura. Pois ele mataria qualquer um que tivesse encostado em você.
***
Passou aquele dia. Você não voltou. Javier pensou que eventualmente depois de Don Berna saber que o ataque ao laboratório tinha sido bem sucedido ele te libertaria. Mas isso não aconteceu.
Então Javier juntou o útil ao agradável.
Carrillo montou uma operação de resgate para você. Javier contou sobre a possibilidade de você estar com algum cartel.
Carrillo aumentou os ataques em todas as bases de Pablo, matando cada sicário que aparecesse na frente. Mas passaram-se dias e não encontravam você.
Javier não dormia. Escutava todas as ligações das escutas. Atendia todos os telefonemas. Ele não parou de trabalhar e procurar por qualquer pista que levasse até você.
Ele não conseguia imaginar como você estava. Houve toda uma mobilização até mesmo em Bogotá para que as buscas ficassem mais intensas. Mas não havia um sinal de você.
"Vamos encontrá-la" Murphy falava quando percebia que Javier estava perdido em pensamentos.
Javier apenas assentia.
Não era justo com você. Você não merecia. Por que não sequestravam ele? Ou qualquer outra pessoa. Mas você? O coração dele apertava com a ideia de onde você poderia estar. Se estava se alimentando. Se com sua língua afiada iriam te respeitar e não bater em você. Se iriam aguentar não te matar.
Ele fechava os olhos balançando a cabeça.
Carrillo estava empenhado em te encontrar. Mas também estava empenhado em aproveitar a oportunidade para desfalcar Pablo Escobar.
Messina foi chamada a Bogotá, pra uma conversa com Crosby.
"Os agentes tem algo a ver com isso?" Crosby perguntou.
"Não que eu saiba" Messina era impassível.
"Se Peña e Murphy estiverem certos, eles são os únicos em quem o babaca confia" Crosby falava sobre o coronel.
"Acho difícil o coronel Carrillo se esquecer dela. Ela é agradável e competente em todos os âmbitos, e tem ajudado muito as operações, tem tido um papel fundamental"
"É exatamente o que ele quer, manter todos sob as asas dele, com a garantia de que são amigos e parceiros, assim ninguém questionara os meios que ele tem usado, mas advinha? As pessoas já estão começando a questionar como um departamento não consegue encontrar uma garota do governo dos Estados Unidos que está sumida há 7 dias"
Messina ficou em silêncio.
"Se Carrillo quer andar pelas ruas matando cada sicário que ele encontrar, Deus o abençoe. Mas nossa agente precisa estar de volta a base, e não quero que os ataques sejam vinculados aos nossos agentes. Eles não podem estar mais juntos nas operações"
***
Edward o responsável pelo Central Spike, convocou Javier, Murphy e Carrillo para passar novas informações.
"Estava tudo parado por esses dias. Mas houve um telefonema três vezes na mesma noite, todos na mesma vizinhança" ele terminou de explicar.
"Eles não se controlam" Murphy sorriu.
Javier estava desligado. Ele não conseguia mais lidar com essa situação. Ele precisava encontrar você. Nada mais passava pela cabeça dele. Se Pablo e você aparecessem na frente dele hoje, ele escolheria você um milhão de vezes.
Com o seu sequestro, vocês ficaram proibidos de sair da base. Mas Javier recebeu um telefonema de Gabriela, uma mulher que ele se encontrava antes de vocês terem transado aquele dia na sala de arquivos.
Gabriela chamou para que ele fosse até a casa dela, que estava com saudades.
"No puedo bebita, estoy trabajando"
Mas ela insistiu. E Javier cedeu.
"Messina também chamou a sua atenção por sair da base?" Murphy questionou.
"Sim"
Javier pegava sua jaqueta e um envelope na mesa, com pressa.
"Onde você vai?"
"Sair. Da base"
Murphy revirou os olhos balançando a cabeça.
Ainda bem que Javier cedeu. Gabriela teve contato com uma garota que passaria informações sobre onde Pablo estaria, e em que horário.
As informações batiam, as escutas de Central Spike apontavam uma conversa de Pablo pelo telefone.
Javier só pensava em como tudo era difícil sem você ali, e como seu trabalho era diferenciado. Coisas que eles levavam horas, você levaria minutos. E como ele gostaria que você estivesse ali, para participar desse momento. Nunca antes houve uma pista tão quente, que levasse a Escobar.
Em conjunto com isso, o ramal de Peña tocou.
Era Don Berna, com a promessa de que ele daria o endereço se onde você estava.
As coisas aconteceram muito rápidas.
Javier correu até Edward passando o endereço mencionado por Don Berna, para que ele mandasse o avião sobrevoar e verificar alguma pista.
Algumas horas depois, em meio as organizações e escutas para a operação de Pablo, Edward chamou Peña para escutar a gravação.
"Ela está bem, viva, só.. essa filha da puta não está comendo a alguns dias, mas está bem"
"É ela" O peito de Javier apertou.
Javier bateu nas costas de Edward e saiu correndo em direção a sala do coronel Carrillo. Vocês convocaram uma reunião.
Na sala estavam Javier, Carrillo, Messina, Murphy e Trujillo.
Javier repassou as duas gravações de Escobar e a ligação que indicava seu cativeiro.
"Os pontos são próximos podemos matar dois coelhos em uma tacada só" Javier estava ansioso.
"Temos que sair agora" Carrillo falou.
"Sim" Javier já foi seguindo para a porta.
"Vocês dois vão ficar aqui" Messina falou calmamente, para Javier e Murphy.
"Você está de brincadeira comigo?" Javier exclamou.
"Se Crosby descobrir, podemos ser mandados para casa" ela explicou.
"Crosby não precisa saber de merda nenhuma" Murphy falava indignado.
Messina se levantou pra falar.
"Isso é uma ordem"
Javier e Murphy ficaram chocados e paralisados.
Carrillo olhou para eles.
"Ficaremos em contato pelo rádio. Vou trazer ela pra casa." ele falou para Javier.
E saiu.
"Jesus!" Javier exclamou como um suspiro. Andando de um lado para o outro, passando as mãos pelo cabelo.
***
O que confortava Javier era que quem estaria la era Carrillo. Somente isso.
"Sairemos em 20 minutos"
Javier escutava Carrillo pelo rádio. Sentado com o corpo sobre a mesa, tão focado no rádio que não percebia Murphy andando de um lado para o outro atrás dele. Edward sintonizando as escutas, ou a presença de Messina na frente dele.
O comboio partiu em direção ao primeiro alvo. Você.
As viaturas faziam um caminho de minhoca por entre as ruas de Medellin.
"Estamos nos aproximando do alvo"
Javier escutou. Fechando os olhos, com o aparelho grudado no rosto.
Que ela esteja viva. Por favor.
Javier não se perdoaria se não conseguisse te salvar.
Carrillo estacionou, e posicionou os homens com vista pra sniper sobre outras casas e telhados próximos. E também alguns homens que o acompanharia pelas suas.
"Estamos na frente do endereço"
Carrillo não precisaria dar essa informação. Mas ele pensou em Peña.
Eles arrombaram a porta, e o tiroteio começou.
Você estava em um quarto no andar de cima, com os olhos vendados as mãos e pés amarrados. Fraca demais para conseguir se levantar, e sentar-se.
Você ouvia vozes, tiros e pés correndo. Algo no seu interior dizia que este era o seu fim. Existiam muitas possibilidades. Outro cartel invadir a boca. Os sicários brigarem entre si. Alguém vir te buscar, mas depois de sete dias, você não pensava mais nisso.
-
Os três primeiros dias foram aceitáveis. Ninguém te bateu. Traziam comidas aceitáveis, e te retiravam para ir ao banheiro. Mas no quarto dia alguns homens tentaram se aproveitar de você, bebados e drogados. Nessa altura você estava solta sem apresentar nenhum tipo de ameaça, apenas com os olhos vendados.
Mas quando os homens se aproximaram de você com intenções sujas, você lutou. Como se sua vida dependesse disso. Com unhas e dentes. Literalmente. Você arrancou um pedaço da orelha de um homem. E arranhou tão fundo o rosto se outro que você tinha certeza que ele jamais conseguiria olhar no espelho sem lembrar o motivo da cicatriz.
"No" um deles segurou o braço do que apontava a arma para você "No podemos matarla"
Mas isso te trouxe consequências. Eles não podiam te matar, mas podiam te punir de outras formas.  Bem você. Tapas. Socos. Chutes. Te amarraram. E não te soltavam para ir ao banheiro ou comer. Você estava sem banho, fedida, e fazendo xixi por dias em si mesma. O prato de comida sempre vinha com uma surpresa, cuspe, ou insetos.
E nessa altura, você já preferiria morrer do que continuar nessa situação desumana.
-
Quando a porta do quarto que você estava foi arrombada. Você escutou passos se aproximando de você, lentos.
Coronel Carrillo viu a situação que você estava. Uma garota como você nunca deveria ter sido submetida a isso.
"Jesus" ele exclamou.
O rádio ligado, o tempo todo. Peña do outro lado, respirava com dificuldade. O peito apertando.
"Não toque em mim" você falou, se movendo lentamente para ficar em um canto do quarto. Mas por algum motivo, a pessoa não respeitou.
Javier ouvindo sua voz no rádio, conseguiu relaxar, ele soltou o ar pela boca, e apoiou a cabeça com as mãos, ainda segurando o rádio próximo da testa.
Então você gritou.
"Sai. Não toque em mim"
"Shhhh"
"Me solta seu desgraçado" você se debatia como um peixe fora d'água usando suas últimas energias e força. "Por favor"
"Sou eu, Carrillo, está tudo bem, vim te tirar de daqui"
Ele tirou sua venda, seus olhos demorando para se adaptar.
"Você está bem? Está ferida? Consegue andar?"
Você não tinha reação. Estava com medo de ser uma alucinação.
Carrillo passou os braços por baixo das suas costas.
"Ela está aqui" ele gritou.
Trujillo entrou no cômodo. Franzindo a testa. Perturbado com sua situação.
"Como ela está?"
Você ouviu a voz de Peña pelo rádio, de Trujillo.
"Viva"
Ele respondeu.
A resposta de Trujillo não tranquilizou Javier. Ele sabia. Ele já viu muitos cativeiros. E ele teve medo da sua situação.
Carrillo percebeu que você não conseguiria se mover, e pegou você no colo.
Você murmurou. Com dores corporais.
"Está tudo bem, eu tenho você, é rápido" Passando a outra mão atrás dos seus joelhos.
Javi ouvia seus murmúrios. Ainda de olhos fechados imaginando toda a cena como se estivesse la com você.
Era a situação mais tensa e agonizante que Messina e Murphy tinham registrado. Nunca tinham visto o Agente Peña dessa forma. Murphy começava a dimensionar a seriedade do caso do amigo. E pensou se fosse Connie no lugar. O estômago dele revirou.
Murphy caminhou até Javier e apertou o ombro do parceiro num gesto tranquilizador.
"De um uniforme para ela vestir" Carrilho falou.
"Sim senhor" Trujillo, ajeitou uma camisa em você.
Suas roupas rasgadas e sujas demais.
Você não lembra se conseguiu dormir nesse lugar. E provavelmente não. Quando Carrillo colocou você sentada, no banco do carro, passando o cinto por você, seu corpo parecia ter sido tirado de baixo de um caminhão que pesava sobre você.
"Você está segura agora, vamos te levar para casa, me ouviu?"
Você assentiu.
Finalmente conseguindo respirar.
"Vamos buscar outra pessoa agora, descanse"
Carrillo passou a mão pelo seu cabelo. Fechou a porta. E entrou no banco da frente ao lado do motorista.
"Alvo 1 recuperado"
Peña abriu os olhos. Jogando a cabeça para trás.
Messina franzia a testa para ele.
"Desculpe" ela murmurou, sabendo agora como ele deveria e queria estar lá.
"Vamos por San Juan"
Voce estucou a voz de Trujillo no rádio.
"Entendido. Tomem cuidado rapazes"
Agora era Murphy quem falava.
"Como está a situação?”
"Tudo está tranquilo. Murphy, esta noite você paga a bebida"
Era a voz de Tujillo.
Você ouve Carrillo rindo no banco da frente. Cansada demais pra estar com olhos abertos.
"Não esqueça os charutos dos sicários pra mim e pra Peña"
Murphy parecia contente.
"Claro, bonito"
Trujillo foi interrompido com o barulho ensurdecedor de uma bomba, que explodiu no carro em frente ao dele.
Você se agarrou ao banco, vendo o veículo ir para os ares, e o amarelo claro do fogo explodindo em combustão com ar.
"Está pegando fogo!"
Javier e Murphy escutaram pelo rádio.
Carillo olhou para trás para você, que estava com os olhos estralados.
Um caminhão se posicionou na entrada da rua impedindo a passagem de vocês.
"De ré" ele gritou.
Mas outro caminhão parou atrás de vocês. Vocês estavam cercados.
"É uma emboscada"
Trujillo gritou no rádio.
E os tiros começaram.
"Carrillo responda. Carrillo! Trujillo! Estão ouvindo?"
Você ouvia a voz de Javier no rádio.
O barulho das automáticas te deixaria mais surda do que a bomba. Era o maior tiroteiro que você presenciou.
Javier e Murphy ouviam o tiroteio.
"Droga! Falem comigo!"
Murphy se virou para Messina
"Precisamos de reforços"
Javier estava debruçado sobre o rádio os olhos fechados.
"Carrillo?"
Ele chamava.
Os tiros acertando os vidros ao seu lado, quebrando-os sobre você. O sangue do motorista espirrou em você, após o tiro acertar em cheio na cabeça.
Você levou as mãos aos ouvidos, e se abaixou no banco de trás.
Houve mais uma explosão, do motor do carro atrás de vocês.
Você escutou Carrillo abrir a porta do veículo. Você se arrastou no banco de trás, para alcançar a pistola no coldre do agente que foi morto no banco do motorista.
Segurou a pistola, com as mãos trêmulas, abaixada, tão encolhida que você diminuiria duas vezes o seu tamanho.
Você escutava os disparos, e queria gritar pois sabia que Carrillo do lado de fora do carro, só tinha um fim, ele seria morto.
Houve um último disparo, e então você ouviu o som do corpo caindo no chão.
Peña estava com as duas mãos apertando os olhos.
"Porra!"
Ele saiu da sala de rádio. Caminhando sem rumo pela base. Você tinha morrido. Era o que ele pensava. Morrido.
Os olhos dele embaçaram. Ele estava desesperado. Se eles tivessem ido poderiam ter resgatado você e voltado para a base enquanto Carrillo ia atrás de Pablo.
Mas em contrapartida, Javier começou a se sentir culpado, pela emboscada que ele colocou todos vocês. Foi um contato dele. Foi uma informação dele. E agora você estava morta. Carrillo estava morto.
Era culpa dele.
Você escutou um caminhão se mover. Mas não tinha coragem de se levantar. Não conseguia se mover. Seu corpo tremia inteiro ao mesmo tempo que estava travado. Você não sabia o que fazer.
O barulho de passos sobre os vidros trincados, se aproximando do carro onde você estava. Você estava hiper consciente ouvindo tudo ao seu redor. O fogo estralando. O barulho do metal rangendo. E agora os passos. Sua cabeça se movia rápido, enquanto você procurava a direção da origem do som.
A silhueta de três homens invadiram as sombras que o fogo fazia queimando na sua frente, você conseguia saber que eles estavam atrás de você, na porta onde você estava encostada. Você fechou os olhos.
"Mire me" você escutou.
E automaticamente abriu os olhos, obedecendo através da adrenalina e medo que corriam nas suas veias. Mas não viu nada. Não era com você.
"Que me mire!" a voz era familiar.
"Le pediste a un niño que me diera esto"
Seu coração parou. Seria possível?
Você tentou se mover o mínimo possível, para olhar pelo vidro da janela da porta, acima de você.
Você sabia quem era. Era ele. Era Pablo Escobar. Ali na sua frente. Você parou de respirar.
Seus olhos estralaram quando você entendeu o que ia acontecer.
Pablo engatilhou a arma. E mirou na cabeça de Carrillo.
Você colocou uma mão na boca, para que continuasse fazendo o maior silêncio absoluto, possível.
"Te estoy devolviendo" Pablo falou. E atirou.
O som te fez saltar em susto no carro. Você fechou os olhos.
"Y esto es para mi primo Gustavo."
E você escutou mais 9 disparos em sequência.
Houve um silêncio.
Barulho de sirenes ao fundo.
Você ficou abaixada, encolhida, com a mão na boca, os olhos fechados, segurando a pistola inútil.
Você não sabe quanto tempo você ficou ali. Ouvia aos poucos mais próximo e mais próximo, o barulho de carros se aproximando. Sirenes. Pessoas falando e correndo. Mas não conseguia se mover.
Peña corria de carro em carro, até chegar no último, vendo Carrillo morto estirado no chão. Ele caminhou mais de vagar. Digerindo a imagem. Sabia que você estava próximo, você estava no carro com Carrillo. E então ele viu sua cabeça, atrás do banco do motorista.
Ele deu a volta rápido, e hesitou para abrir a porta. Suas costas caíram para trás. Ele te segurou.
"Ei ei ei" seu corpo nos braços de Javier, ele sentia o seu soluço, e todo o seu corpo tremer, "Sou eu, estou aqui, olhe para mim"
Você afundou sua cabeça no peito dele, o cheiro da colônia familiar. Só os seus braços se soltaram o suficiente do seu corpo, para afundar seus dedos na carne dos ombros dele.
"Preciso te ver cariño, olhe para mim" ele se ajoelhou no chão. "AJUDA!" Ele gritou.
Murphy avistou vocês dois, e saiu correndo chamar um socorrista.
Você chorava. E você nem tinha percebido que estava chorando. Era impossível controlar, você não conseguia parar. Não conseguia abrir os olhos. Queria se esconder pra sempre. Seus joelhos grudados em seu peito.
As mãos de Javier passavam pelo lado da sua bochecha.
"Meu bem, por favor, preciso que você abra os olhos" ele murmurou com os lábios encostados na sua cabeça.
Javier tentou te afastar para verificar seu corpo, mas você continuava na mesma posição que estava dentro do carro. Afundando ainda mais as mãos no ombro dele. Ele colocou você no colo dele enquanto estava sentado no chão, e te balançava lentamente.
Então ele alcançou a arma que estava nas duas mãos, que você segurava firmemente na mão.
"De para mim cariño, eu cuido disso agora" você soltou automaticamente.
"Você está ferida? Está machucada?" Ele apalpava suas costas, olhando as mãos procurando sangue. Encontrou quando apertou seu braço e você choramingou se encolhendo mais, as mãos dele manchada de sangue.
Ele levantou a manga com cuidado e viu que era apenas um ferimento de bala de raspão.
O socorrista se aproximou de vocês, com a maca.
Javier balançou a cabeça.
"Ela não vai deitar aí" Javier falou.
"Preciso que ela deite pra que eu examine e verifique os traumas" o homem falava.
"Tem alguma socorrista mulher?" Javier olhava por entre os carros enquanto ainda segurava o bolinho que você formava no colo dele.
O socorrista assentiu. Gritando o nome de uma mulher.
"Meu bem, vou levar você para cuidarem de você ok?" Ele falava calmamente, o tom de voz rouco e baixo. Javier foi se levantando, e você apertava mais ainda o ombro dele.
Ficariam as marcas das suas unhas cravadas na carne dele, mas ele não se importava, o que importava era que você estava viva. Ele caminhou com você até a ambulância móvel.
Sentou-se com você no colo dele.
Peña estudava você.
Você estava mais magra. Os olhos fundos. As bochechas menores. Seu olho direito estava roxo. Seus lábios estavam partidos em um corte no canto esquerdo.
Agrediram você.
Haviam marcas sobre seus pulsos, provavelmente de onde você estava amarrada. Suas roupas estavam rasgadas, e seus braços arranhados. Sinais de que você tentou se defender.
Tentaram abusar de você.
Ele segurou seu pulso, puxando suas mãos que se fecharam em volta dos dedos dele. Javier analisou, suas unhas estavam ensanguentadas.
Sinais de que alguém se feriu feio. Bom. Ele deu um beijo leve nos seus dedos.
Javier passava os dedos sobre seu cabelo.
A socorrista se aproximou.
"Preciso que você abra os olhos para mim"
Você ouviu. Mas você passou tanto tempo vendada, e agora você estava com tanto medo, que parecia certo continuar com os olhos fechados.
Peña fez um carinho passando os dedos sobre suas sobrancelhas. Você não parava de tremer.
Ele falou no seu tom favorito, os lábios roçando o topo da sua cabeça.
"Olhe para mim, cariño, por favor, vamos cuidar de você"
Você se esforçou. Única e exclusivamente porque queria muito ver Javier. Olhar para ele. Para os olhos mais bonitos que você já viu. Aos poucos você foi abrindo os olhos, tentando se adaptar a luz.
"Isso" ele continuava passando os dedos pelas suas sobrancelhas como se estivesse tentando te acalmar "é isso, você está indo bem"
A claridade te incomodava, mas você viu o rosto dele. Você engoliu em seco.
Javier assentiu para a socorrista.
Você estava com o rosto colado no peito dele, o encaixe perfeito da sua cabeça e o contorno do pescoço dele, como se pertencesse aquele lugar.
A socorrista passou a luz sobre seus olhos, para verificar traumatismo. Mas está tudo certo.
Ela ergueu a blusa do seu braço.
E você não desviou um minuto o olhar do rosto de Javier. Ele também te olhava, mas as vezes observava e falava com a socorrista.
Ela pressionou o produto para esterilizar o local onde a bala passou de raspão por você. Você se encolheu. Puxando o ar pela boca, franzindo o rosto em dor.
"Está tudo bem, vai passar, é rápido, prometo" Javier estava atento a você, tentando sempre te reconfortar.
Depois de um bom tempo. Você sentia seus músculos se destravando. E uma dor descomunal, em seu corpo, sua respiração saia estremecida. Aos poucos, você foi se sentando, Javier finalmente tirou você do colo dele, e te deitou na maca, onde a socorrista fez uma nova avaliação em você.
Javier estava abaixado na altura de sua cabeça, na maca, com as mãos na sua cabeça. A socorrista colocava um acesso em você, para soro. Você precisava se hidratar.
"Eles tocaram em você?" Javier perguntava com os olhos mais tristes que você já havia visto ele carregar.
Você balançou a cabeça em negativa.
Ele passava a mão pelo seu cabelo. Olhando para a socorrista, enquanto finalizava os primeiros socorros em você.
"Ela está bem? Como ela esta?" Ele perguntou para a moça.
"Está em choque, algumas lesões, mas nada grave"
Javier procurava seus olhos, que estavam vidrados  perdidos no nada, com algumas lágrimas persistentes ainda escorrendo pelo seu rosto.
"Você está bem, está tudo bem, estou aqui com você, vai ficar tudo bem..." ele falava enquanto te olhava, e procurava sua alma, que estava fora do corpo.
Você conseguia ouvir Javier, conseguia sentir o peso de sua mão quente e grande nos seus braços, o carinho que ele fazia em seus cabelos, conseguia sentir o cheiro de sua colônia, e o barulho do ranger do couro de sua jaqueta com seus movimentos, mas eu não conseguia sentir nada dentro de si, era um vazio oco, e cheio de medo.
Os barulhos dos milhares de tiros disparados pelas semi automáticas, ainda ecoando na sua cabeça fazendo um grande zunido no seu ouvido. A sensação do quente do sangue do motorista espirrando em você.  O som da bala perfurando a cabeça dele. Flashbacks que passavam pela sua cabeça.
Em algum momento sua boca se moveu. E Javier se mexeu para se aproximar mais de você.
"Eu ouvi eles..." sua voz saiu como um murmúrio, enquanto o socorrista mexia no seu braço.
Seus olhos ainda vidrados no nada.
"Ouviu quem?" Javier se sentou agora, ficando sobre você, dançando os olhos entre seus olhos, curioso, preocupado "quem você ouviu cariño?"
Ele se ajeitou se inclinando ficando mais próximo de você, talvez tentando ouvi-la melhor, já que sua voz não passava de um murmúrio.
"Eu ouvi Pablo se aproximando de Carrilho..." seus olhos marejaram você sentiu seu nariz arder, seu peito doendo puxando uma respiração errática, sua voz vacilou, "eu ouvi ele engatilhar a arma, e dizer que aquilo era por Gustavo" seus olhos finalmente encontraram os de Javier, suas lágrimas escorreram por seu rosto. "Foi ele"
Javier ficou em silêncio por um tempo, engoliu em seco. E finalmente segurou seu rosto. Seu lábio roxo, rachado com a ferida.
"Shhhh" ele passou o polegar limpando as lágrimas que escorriam "Está tudo bem"
"Eu não fiz nada..." suas palavras saiam com o ar da sua boca, "Eu podia tê-lo salvo, eu podia ter atirado em Pablo e acabado com aquilo ali" você balançava a cabeça freneticamente, enquanto as lágrimas escorriam.
"Não, querida, está tudo bem..." Javier acariciava seus cabelos, e puxou seu rosto para que suas testas estivessem unidas.
"Eu não fiz nada, eu não fiz porra nenhuma..." você estava chorando, sem conseguir se controlar, puxando o fôlego desesperadamente.
"Hey! Você está a salvo, querida. É tudo que importa, está tudo bem, respire para mim ok?" Javier falava baixo e grave, calmamente, ele inspirou para que você imitasse os movimentos dele.
Mas você simplesmente não conseguia buscar o ar para os meus pulmões. Tudo era lágrimas, embaçado, e dor.
"Eu não..." saiu entre suspiros desesperados.
Javier olhou para a socorrista, e ela assentiu para Javier, que te levantou um pouco da maca envolvendo você em um abraço, apertado. Acariciando sua nuca, os dedos entrelaçados entre seus cabelos.
"Está tudo bem agora, estou aqui, vamos pega-los, prometo." A voz rouca e baixa de Javier entre seus cabelos.
Aos poucos o calor dele, foi te confortando, e te deixando amortecida. O cheiro dele, te acalmando.
A socorrista, mostrou para ele sobre suas costas, um calmante, e ele assentiu. Se afastando de você o suficiente para que a socorrista alcançasse seu braço, para aplicar em você.
"Não..." você balançou a cabeça freneticamente com os olhos arregalados.
Javier segurou seu rosto firme com as mãos nas suas bochechas.
"Vai ajudar, vou cuidar de você, confie em mim" ele disse olhando fundo em seus olhos, limpando as lágrimas.
Olhando para ele e para o socorrista, você piscou algumas vezes, e acabou cedendo, você assentiu.
A socorrista aplicou em você. E em poucos minutos, o zumbido em seu ouvido foi se dissipando lentamente, seus olhos ficando pesados.
Javier foi sentindo seu corpo cedendo. Ele foi te deitando novamente na maca gentilmente.
"Está tudo bem, estou aqui" a voz de Javier foi ficando distante.
"Fique comigo" você segurou o braço dele.
"Não vou a lugar nenhum" ele murmurou.
Sentindo a mão quente dele envolver seus dedos frios, os seus olhos fecharam e tudo ficou em silêncio.
Paz.
5 notes · View notes
Text
Ver "METRO DE MEDELLIN SISTEMA METRO 2023" en YouTube
youtube
5 notes · View notes
sonneundmondreisen · 1 year
Text
Kolumbien, Teil 3
Am Tag nach dem Ende unseres Sierra Nevada Abenteuers geht es weiter ins Landesinnere nach Medellin. Die Paisa Region ist wesentlich kühler und anders an der Küste ziemlich weiß. Medellin erleben wir wie viele lateinamerikanische Metropolen als eine Stadt der Gegensätze. Das Stadtbild ist geprägt von unverputzten rostroten Häusern mit Wellblechdach und der Seilbahn, die die dezentral liegenden Stadtteile an das Zentrum anbindet. Wer sein Haus verputzt, hat damit den Hausbau offiziell abgeschlossen und muss höhere Steuern zahlen, deshalb lassen die meisten ihre Häuser absichtlich im „unfertigen“ Zustand. Der Kessel, in dem die Stadt liegt, erinnert an Marburg oder La Paz. Es gibt eine sehr moderne Metro, die Menschen sind unheimlich freundlich und hilfsbereit. Während im Viertel San Javier (Comuna 13) in den 90ern noch bürgerkriegsähnliche Zustände herrschten, ist der Stadtteil heute ein Touristenmagnet. Durch den Ausbau der Infrastruktur, Investitionen in Bildung und natürlich die Zerschlagung des Medellin-Kartells wurde Medellin zu einem relativ sicheren Ort. Seit der Pandemie ist die Anzahl von Tötungsdelikten so niedrig wie nie. Auf den Straßen im Stadtzentrum sieht man jedoch weiterhin sehr viel Armut, Menschen mit prekären Jobs, Prostitution und eben auch Drogen. Wir sind ganz dankbar, im recht bürgerlichen Stadtteil Laureles zu leben.
Weiter geht es von Medellin in die Kleinstadt Guatapé. Die Regenzeit hat nun endgültig begonnen und es kommt ganz schön was runter. Wir sind dankbar für die dicken Decken und eine Katze, die sich zu uns ins Bett gesellt und ein wenig Wärme spendet. Guatapé ist kühl, gemütlich und provinziell, es gibt viele bunte Häuser zu bestaunen und an jeder Hauswand schmückt ein Relief die Holzfassade. Die farbenfrohen Sockeln (zócalos) zeigen Objekte des täglichen Lebens, ob aus der Vergangenheit (Viehzucht) oder der Gegenwart (Zahnarztpraxen). Das Städtchen liegt an einer Lagune, auf der wir in einem wackeligen Kajak ein paar Stunden herumpaddeln. Am Ufer der Lagune befindet sich der Fels von Guatapé, zu dem wir eine Wanderung unternehmen. So spannend ist er aber dann doch nicht, deshalb sind wir zu geizig für den Eintritt. Auf der Wanderung treffen wir mehrere Kühe und satte grüne Wiesen. Da kommt fast ein alpenähnlicher Flair auf! Am Tag unserer Abreise erhalte ich die traurige Nachricht über den Tod meiner Oma. Das zieht mir erstmal komplett den Stecker raus. Ab diesem Zeitpunkt kippt die Stimmung.
Wir machen für eine Nacht einen Zwischenstopp in Medellin und fahren anschließend nach Salento im Kaffeedreieck. Salento ist ähnlich wie Guatapé- kleine bunte Häuser, Kopfsteinpflaster, gemütliche Stimmung. Unser Hostel ist nett und es gibt sechs Katzen, die mich abwechselnd trösten und in unserem Bett schlafen. Und doch ist die große Reiseeuphorie erst mal vorbei. Wir haben seit langem das erste Mal wieder richtig doll Heimweh. Das Leben unserer Liebsten findet in einer Parallelwelt statt , auf einem anderen Kontinent, um 7 Stunden versetzt, da drüben sprießen die Krokusse, hier fühlen wir uns wie im tiefen Herbst. Wir sind so weit weg von allen und allem, was uns ein Gefühl von Heimat gegeben hat. Wir wollen nicht mit Fremden im Hostel kostenloses Bier trinken und Oberflächlichkeiten austauschen, wir wollen keine Backpacker Abenteuer erleben, wir wollen Tagesschau schauen, Rittersport essen und uns in unserer Sehnsucht nach Vetrautem suhlen.
Aus dieser Laune heraus verkriechen wir uns statt bei prasselndem Regen den Herstellungsprozess von Kaffee kennenzulernen. Die beeindruckenden Wachspalmen nehmen wir noch mit und zugegeben, die frische Luft und die Bewegung tut auch ganz gut. (Mama hat es schon immer gesagt..)
Nach ein paar Tagen ziehen wir weiter nach Cali, einer Großstadt weiter südlich. Dort wollten wir ursprünglich den Nachtbus rüber nach Ecuador nehmen, doch auf der Strecke gibts bloqueos (Straßenblockaden), wodurch sich die ungefähre Reisedauer auf 37 Stunden verlängert. Außerdem muss der Bus dadurch eine kleine Bergstraße nehmen, auf der die FARC nachts öfter mal ein paar Handys und Portemonnaies von Touris einsammelt. Wir müssen kurzerhand umplanen und buchen dann doch einen Flug am nächsten Tag. Dadurch bleiben wir einen Tag länger in Cali und können abends die legendären Salsa Bars der Stadt erkunden und bisschen die Hüften schwingen. Aber so richtig Stimmung kommt dann doch nicht auf, wir haben beide einen Hänger. So schön die ganzen neuen Eindrücke sind, es wird gerade einfach zu viel. Die ständigen Ortswechsel strengen an, das Gefühl, nie zu Hause zu sein, nirgends einen sicheren Hafen zu haben, dazu das ständige Planen und die erforderliche Spontaneität, die man bei Reisen in Südamerika einfach mitbringen muss.
Trotz aller Dankbarkeit für die schönen Erfahrungen im wunderbaren Kolumbien verlassen wir das Land mit gedrückter Stimmung und einer tiefen Müdigkeit. In Ecuador schwören wir, wird erstmal entspannt und tranquilo gemacht.
2 notes · View notes
daniivelezz · 1 year
Photo
Tumblr media
No tienes la necesidad de dar explicaciones ✍🏻✨ #daniivelezz #valientessoñadores #crecimientopersonal #motivacion #amorpropio #saludmental #pazmental #consejos #frases #escritos #amor (en Metro De Medellin) https://www.instagram.com/p/CpctD1qO6wN/?igshid=NGJjMDIxMWI=
5 notes · View notes
nedsecondline · 1 month
Text
Streetart – Kiki @ Medellin, Colombia
Title: AZOTE – GRAVITY Location: Cali, Colombia Artist: Kiki For: Medellín Street Art Festival, Metro de Medellín At: Estación del tranvía Alejandro …Streetart – Kiki @ Medellin, Colombia
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
barbarapicci · 1 month
Text
Tumblr media
Streetart by Kiki @ Medellin, Colombia, for Medellín Street Art Festival, Metro de Medellín
More pics at: https://barbarapicci.com/2024/03/21/streetart-kiki-medellin-colombia/
1 note · View note
admirat1 · 2 months
Video
youtube
METRO CABLE DE MEDELLIN-COLOMBIA--ADMIRAT1 Lo selecto!!
0 notes
columnavipcolombia · 5 months
Video
youtube
Tomás Elejalde ovacionado por el personal del Metro de Medellin
Una ovación prolongada, calle de honor recibió el gerente del Metro de Medellín Tomás Elejalde Escobar, a su regreso de Ecuador, donde se puso en marcha el Metro de Quito, operado por el consorcio integrado por la organización multinacional francesa Transdev y el Metro de Medellín. Visiblemente emocionado se le vio llorar frente a centenares de funcionarios, muchos de ellos con los que ha trabajado en el Metro en sus 28 años en este sistema de transporte, que ahora sumó "La línea 13 de Metro subterráneo que opera en Quito, Ecuador" desde esta semana. https://youtu.be/INO0y7E6xWI
0 notes
fabioperes · 7 months
Text
youtube
Mini Casa de 15 Metros Quadrados Somos viajantes/nômades digitais e estamos saindo em busca de aventuras pela América do Sul, escolhemos a Colômbia para começar. No vídeo de hoje mostraremos nosso micro-apartamento na Colômbia, fica no Bairro Campo Amor - Medellin. A casa que escolhemos para morar dessa vez, só tem 15 metros quadrados. quer saber como detalhes como é essa casa? Então assista ao vídeo. E acompanhe nosso canal, que em nossos vídeos mostramos como é a vida na estrada, como trabalhar remoto conhecendo os lugares, os costumes e as comidas de todos os lugar em que passamos. Último vídeo: https://youtu.be/ArcFnkkgKWA via YouTube https://www.youtube.com/watch?v=tnOFBVXyhqI
0 notes
yudicere · 11 months
Text
Tumblr media
visitando el centro de medellin y paseando en esa belleza de metro
0 notes
laceless01 · 1 year
Text
Escorts Universitarias Cartagena | Lacelestina.co
Tumblr media
Generalmente no le compro tragos a las chicas, aunque es un clásico, pero es un recurso cursi, especialmente debido a su trasfondo desagradable. Escorts Universitarias Cartagena Estás comprando una bebida, no pagas compañía, así que, si decides hacerlo, es importante que no esperes nada a cambio de la bebida; muchos hombres creen que, si compran una bebida, empiezan a hablar e incluso acosar a la persona. Si acepta una invitación, hazlo siempre con un gesto desinteresado, nada más que un "gracias". Sugirió mi asesor de coqueteo.
Las miradas personales y las sonrisas fugaces funcionan aún mejor. Prepagos Con Ojos Verdes Bogotá Hay opciones mucho mejores que pueden salvarte de ese momento incómodo cuando tienes que hablar con una extraña que parece que te solo se acerca a ti porque estas pagando; una chica me comento lo siguiente cuando le pregunté acerca de que opinaba acerca de que un hombre le invite una copa sin conocerlo y me contesto lo siguiente "Cuando un chico me pregunta si quiero un trago, Escorts De Ojos Verdes Bogotá a veces le digo por qué no me pidió una canción". Es gratis, fácil y una excelente manera de aprender sobre esa persona, incluso si es solo la música que le gusta. Ten en cuenta estas situaciones para cuando quieras ligar en un bar.
Yo sabía lo que iba suceder, no estaba de ánimo para seguir los consejos de mi amigo y además quería algo más fuerte así que salí a la calle, Putas Con Ojos Verdes Bogotá estaba en la zona rosa de Cajicá, bulliciosa y concurrida, había que dar paso a las motos donde se veía a muchos de estos chicos tanto como durante el día y casi siempre hay una linda chica sentada en la parte de atrás. Algunas des estos intrépidos motociclistas ponen sus velocípedos en la llanta trasera para lucirse y dejar que el motor ruja como un caballo. Prepagos Con Ojos Verdes Medellin A la hora de buscar unos tragos me acompañó mi amigo Juan, dimos unas vueltas ingresamos a un bar que nos recomendaron después de indagar con los que reparten papelitos en la calle que dicen chicas desnudas, entramos a un negocio muy concurrido donde, había luces exóticas, tragos costosos y mujeres semidesnudas que animaban el ambiente. Pedimos aguardiente para entrar en calor, y bueno, empiezas a "hablar" con cualquier mujer que se nos acerca, con conversaciones intranscendentes y con chistes flojos como con el clásico "¿estudias o trabajas" o “¿vienes mucho por aquí?", en el escenario las chicas además de realizar otras piruetas atrevidas en el pole dance bailaban solas al lado de la mesa para llamar la atención.
El sexo era provocador, un mesero se acercó y nos ofreció perico, queríamos algo fuerte, pero nada de drogas. El ambiente empezó a calentarse más y el DJ anuncia un "show lésbico". Escorts De Ojos Verdes Medellin El escenario era sin paredes, como un escenario de circo, puedes ver lo que está pasando desde todos los lados. En el medio hay una plataforma a un metro del suelo. A su alrededor se disponen sillas como si fuera un auditorio, y más adelante, en otro lugar, largas mesas con botellas dividen el espacio, alrededor muchas personas departiendo alegremente. Putas Con Ojos Verdes Medellin Veo dos tipos de personas diferentes entre los clientes; por un lado, los “turistas” habían hombres y mujeres, todos curiosos, por otro lado, los clientes extranjeros, atraídos por el show, pero todos, sedientos, interesados en hacer de ese momento el comienzo de un largo día de aventuras.
La "única agua" se congela lo suficiente como para detener el primer ataque del enjambre. Pedir agua en un bar es sospechoso en todo el mundo, sin excepción. Prepagos Con Ojos Verdes Cali Pero dos o tres mujeres, entusiastas, desesperadas o desesperadas, se me acercaron, me sonrieron y me dijeron algo que pensé: "¿Debería ir contigo?" A lo que respondí cada vez, con un apasionado "no, gracias". En medio del escenario se encontraba una joven que bailaba quitándose la escasa ropa, casi sin sensualidad y sin sentido del ritmo. Un detalle interesante es que cuando se quitó la tanga corta, no la puso en el piso, sino que tuvo la previsión de anudarla alrededor de un muslo antes de continuar con el espectáculo. Escorts De Ojos Verdes Cali Después de algunos movimientos de su pelvis, comenzó a mordisquear entre sus piernas y sacar de ellas el primer trozo de cuerda, que me pareció interminable. Es uno de esos materiales que brilla con poca luz, como los collares o las pulseras que llevan los jóvenes cuando enloquecen en las discotecas. La actuación duró unos cinco minutos, los movimientos se repitieron más o menos y la artista se abrió para que todos pudieran ver su actuación desde todos los ángulos. 
You can also check these services :-
Putas Con Ojos Verdes Cali
Prepagos Con Ojos Verdes Cartagena
Escorts De Ojos Verdes Cartagena
Putas Con Ojos Verdes Cartagena
Prepagos Con Ojos Azules Bogotá
Escorts De Ojos Azules Bogotá
Putas Con Ojos Azules Bogotá
Prepagos Con Ojos Azules Medellin
Escorts De Ojos Azules Medellin
Putas Con Ojos Azules Medellin
0 notes
life-sport-travel · 1 year
Text
Best of Lleras Park Medellin Colombia 2023: The Ultimate Guide
https://lifesporttravel.com/?p=1696 Best of Lleras Park Medellin Colombia 2023: The Ultimate Guide - https://lifesporttravel.com/?p=1696 Table of Contents Lleras Park Medellin Colombia 2023: The Ultimate GuideIntroduction to Lleras ParkHistory of Lleras ParkExploring Lleras Park’s AttractionsCulinary DelightsVibrant Nightlife- lleras park medellin colombiaShopping Galore – lleras park medellin colombiaAccommodation Options near Lleras ParkSafety Tips for Visitors for lleras park medellin colombiaGetting to Lleras ParkExploring Medellin Beyond Lleras ParkComuna 13 Graffiti TourMuseo de AntioquiaArvi ParkPueblito PaisaConclusion: Lleras Park Medellin Colombia 2023 Lleras Park Medellin Colombia 2023: The Ultimate Guide Introduction to Lleras Park Lleras Park is a vibrant and bustling hotspot located in the heart of Medellin, Colombia. This renowned park has become the epicenter of the city’s social scene, attracting locals and tourists alike with its unique blend of restaurants, bars, cafes, and shops. In 2023, Lleras Park continues to evolve, offering visitors an unforgettable experience that perfectly encapsulates the spirit of Medellin. History of Lleras Park The park is named after Carlos E. Lleras Restrepo, a prominent Colombian political figure who served as the 22nd President of Colombia from 1966 to 1970. Originally designed as a tranquil, green space for residents to enjoy, Lleras Park has transformed into a lively hub for entertainment and socializing over the years. Exploring Lleras Park’s Attractions Culinary Delights Lleras Park is a food lover’s paradise, boasting a diverse range of dining options. From traditional Colombian cuisine at Mondongo’s to the mouthwatering fusion dishes at Carmen, there is something for everyone’s taste buds. Don’t miss the chance to try popular local street food, such as arepas and empanadas, from the numerous food carts and vendors scattered throughout the park. Vibrant Nightlife- lleras park medellin colombia As the sun sets, Lleras Park comes alive with its bustling nightlife scene. Home to a myriad of bars, clubs, and lounges, the park offers an unparalleled experience for those looking to dance the night away. Head to Bolivar Club for an electrifying mix of salsa and electronic beats, or enjoy a more laid-back atmosphere at Sixttina, a rooftop bar with stunning panoramic views of Medellin. Shopping Galore – lleras park medellin colombia Shopaholics will be delighted to find a plethora of boutiques and stores surrounding Lleras Park. Browse through the latest Colombian fashion trends at Velez, or search for unique souvenirs at one of the many artisanal shops in the area. For a more immersive shopping experience, visit the nearby Centro Comercial Santafé – one of the largest malls in Medellin. Accommodation Options near Lleras Park There is no shortage of lodging options in the vicinity of Lleras Park, catering to a variety of budgets and preferences. For luxury seekers, the Charlee Hotel offers upscale amenities and stunning views, while the Art Hotel Boutique provides a stylish and cozy atmosphere. Budget-conscious travelers can find affordable hostels like Los Patios Hostel and Happy Buddha Boutique Hostel within walking distance of the park. Safety Tips for Visitors for lleras park medellin colombia While Medellin has made significant strides in improving safety for residents and tourists, it’s essential to remain vigilant and follow general safety guidelines. Keep your belongings secure, avoid displaying valuable items, and be cautious when using ATMs. It’s also recommended to use registered taxis or ridesharing apps like Uber or Didi for transportation. Getting to Lleras Park Lleras Park is easily accessible via Medellin’s efficient public transportation system. The closest metro station is Poblado Station, which is a 20-minute walk or a short taxi ride away from the park. Alternatively, you can take one of the many buses that pass through the area. Exploring Medellin Beyond Lleras Park While Lleras Park is undoubtedly a must-visit destination in Medellin, the city has much more to offer. Here are some other attractions you shouldn’t miss during your stay: Comuna 13 Graffiti Tour The once-infamous Comuna 13 neighborhood has transformed into a symbol of resilience and hope, thanks to its vibrant street art scene. Embark on a guided graffiti tour to discover the area’s captivating murals and learn about the inspiring stories behind them. Museo de Antioquia Art enthusiasts should pay a visit to the Museo de Antioquia, which houses an impressive collection of contemporary and historical artworks. The museum is especially renowned for its extensive display of Fernando Botero’s sculptures and paintings. Arvi Park Escape the city’s hustle and bustle by spending a day at Arvi Park, a vast ecological reserve boasting stunning landscapes and a variety of outdoor activities. Accessible via the Medellin Metrocable, the park offers hiking trails, picnic areas, and the chance to spot local wildlife. Pueblito Paisa Get a taste of traditional Colombian village life by visiting Pueblito Paisa, a charming replica of a typical Antioquian village. Perched atop Cerro Nutibara, this attraction offers picturesque views of Medellin and an opportunity to sample authentic Colombian food at its quaint restaurants. Conclusion: Lleras Park Medellin Colombia 2023 Lleras Park is an essential destination for anyone visiting Medellin in 2023. Its lively atmosphere, diverse dining options, and pulsating nightlife make it a perfect representation of the city’s dynamic spirit. Additionally, its proximity to other attractions and accommodation options make it an ideal base for exploring the rest of Medellin. Whether you’re a foodie, a partygoer, or simply looking to experience the local culture, Lleras Park has something for everyone. Mike Izzo https://lifesporttravel.com/?p=1696
0 notes
aenga2000 · 1 year
Photo
Tumblr media
El encanto de esta plaza radica en las 300 columnas de luz, cada una con 24 metros de altura. Juntas, suman un total de 2 mil 100 luces simulando las fases de la luna. Está ubicado en la antigua Plaza Cisneros, al lado de la Biblioteca EPM, el Centro Administrativo La Alpujarra y la Estación del Ferrocarril de Antioquia. Anteriormente era un simple mercado cubierto. Este lugar se ha convertido en un ambiente idóneo para los amantes de la fotografía, pues la arquitectura y la cultura se combinan para obtener la toma perfecta. (en Parque de Las Luces Medellin) https://www.instagram.com/p/CpwOXFEs7JD/?igshid=NGJjMDIxMWI=
0 notes
daniivelezz · 1 year
Photo
Tumblr media
No tienes la necesidad de dar explicaciones ✍🏻✨ #daniivelezz #valientessoñadores #crecimientopersonal #motivacion #amorpropio #saludmental #pazmental #consejos #frases #escritos #amor (en Metro De Medellin) https://www.instagram.com/p/Cpcs4XGOyqn/?igshid=NGJjMDIxMWI=
0 notes
nedsecondline · 1 month
Text
Streetart – Takir Vortex @ Medellin, Colombia – Barbara Picci
Title: TRAVESÍA Location: Medellin, Colombia Artist: Takir Vortex For: Medellín Street Art Festival, Metro de Medellín At: Estación del tranvía Buenos Aires Year: 2024 Photo Credits: Sebas Moreno Source: Streetart – Takir Vortex @ Medellin, Colombia – Barbara Picci
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
barbarapicci · 1 month
Text
Tumblr media
Streetart by Takir Vortex @ Medellin, Colombia, for Medellín Street Art Festival, Metro de Medellín
More pics at: https://barbarapicci.com/2024/03/15/streetart-takir-vortex-medellin-colombia/
0 notes