"Encheram a terra de fronteiras,
Carregando o céu de bandeiras,
Mas só há duas nações.
A dos vivos e a dos mortos..."
(Mia Couto, in "Um rio chamado Tempo, uma casa chamada Terra".)
31 notes
·
View notes
"O amor não é a semente...
o amor é o semear."
~Mia Couto
23 notes
·
View notes
Lo que en mí envejece
se paró en el espejo
tratando de demostrar que soy yo.
Los otros de mí,
fingiendo ignorar la imagen,
me dejaron solo, perplejo,
con mi reflejo repentino.
La edad es esto: el peso de la luz
con la que nos vemos a nosotros mismos.
Mia Couto ( Edades Ciudades Divinidades).
14 notes
·
View notes
-Todos tenemos dos sombras. Una es visible. Sin embargo, hay quienes conversan con su segunda sombra. Y esos son los poetas. Usted es uno de ellos, uno de los que hablan con las sombras.
Todo esto me lo dice el portero... [...]
Estoy de visita en Beira, mi ciudad natal. Desde que he llegado aquí, he hablado del tema que más me interesa: la poesía. Soy profesor de Literatura, mi universo es pequeño pero infinito. La poesía no es un género literario, es un idioma anterior a cualquier palabra.
En estos días he recorrido los lugares de mi infancia como quien camina por una ciénega: pisando el suelo de puntillas. Si daba un paso en falso, corría el riesgo de hundirme en oscuros abismos. Esta es mi enfermedad: no me quedan recuerdos. Soy un inventor de olvidos.
Mia Couto, "El mapeador de ausencias" (2020). Traducción de Rosa Martínez-Alfaro.
15 notes
·
View notes
Um lenço branco
apaga o céu.
A fala da asa
vai traduzindo chuvas:
não há adeus
no idioma das aves.
O mundo voa
e apenas o poeta
faz companhia ao chão.
Tradutor de chuvas, Mia Couto
In: Tradutor de chuvas (2011)
32 notes
·
View notes
E quando nos beijávamos
E eu perdia a respiração e, entre suspiros, perguntava:
Em que dia nasceste?
E me respondias com voz tremula:
Estou nascendo agora
Mia Couto
51 notes
·
View notes
8 notes
·
View notes
7 notes
·
View notes
"[...]
Agora sei:
apenas o amor nos rouba o tempo.
E ainda hoje
estico os lençóis
antes de adormecer."
— Mudança de idade (in Tradutor de Chuvas), Mia Couto
23 notes
·
View notes
Entre a asa e o voo
nos trocámos
como a doçura e o fruto
nos unimos
num mesmo corpo de cinza
nos consumimos
e por isso
quando te recordo
percorro a imperceptível
fronteira do meu corpo
e sangro
nos teus flancos doloridos
Tu és o encoberto lado
da palavra que desnudo
Mia Couto
3 notes
·
View notes
Mia Couto
10 notes
·
View notes
Mia Couto is one of the most iconic East African authors, and Sea Loves Me, with translation from the Portuguese by David Brookshaw with Eric MB Becker, brings together dozens of his short stories, including ones not previously translated into English. The secret police make big mistakes, ruining lives; men and women struggle with relationships, sex, and revenge; people grapple with ironic turns of fate (sometimes light-hearted, sometimes brutal).
Many of the stories are folkloric or told in the format of old stories passed around at parties or around campfires—love stories, fairytales, moral tales, rumor-mill driven comedies—while others are cutting social commentaries wrapped in irony, dry humor, and that small spark of bleak, black humor.
For more books in translation from Eastern Africa, see my list over at Book Riot!
Content warnings for ableism, fatphobia, and violence, as well as domestic abuse, sexual assault, animal death, racism, and suicide
8 notes
·
View notes
📝: Mia Couto, "Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra."
32 notes
·
View notes
Só tenho palavras
para o indizível.
Só tenho voz
para emudecer.
Só trago nome
para o que nunca nasceu.
Uma única certeza
demora em mim:
o que em nós já foi menino
não envelhecerá nunca.
Mia Couto. Declaração de bens
13 notes
·
View notes
"Se temos voz é para vazar sentimento. Contudo, sentimento demasiado nos rouba a voz."
- Mia Couto, O último voo do flamingo
2 notes
·
View notes
Não quero o primeiro beijo:
basta-me
O instante antes do beijo.
Quero-me
corpo ante o abismo,
terra no rasgão do sismo.
O lábio ardendo
entre tremor e temor,
o escurecer da luz
no desaguar dos corpos:
o amor
não tem depois.
Quero o vulcão
que na terra não toca:
o beijo antes de ser boca.
O instante antes do beijo, Mia Couto
In: Tradutor de chuvas (2011)
22 notes
·
View notes