Tumgik
#parágrafo
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Cada onda traz de volta seu toque, e me leva pra longe. Fecho os olhos pra conseguir ver seus dedos na minha pele, seguindo cada marca e cada cicatriz, cada desenho feito tempos atrás sendo contornado novamente por você, em meus pensamentos. As ondas se afastam e voltam, esbarram contra mim como o peso do seu corpo sobre o meu, me envolvendo por completo e me cobrindo, escondendo do mundo tudo que não quero mostrar, o que só você é capaz de enxergar. A cada onda que quebra vejo o brilho de seus olhos, lendo os meus, vendo cada parte de mim como se fosse a primeira vez, me devorando com o brilho de um milhão de estrelas. A frieza da água traz aquele velho arrepio até a nuca, traz a energia e a sensação de estar me afogando em você novamente, quando seus lábios levavam embora toda incerteza e insegurança e deixavam apenas a sensação de flutuar e ir pra longe, como as ondas fazem agora. A maré vai e vem, mas o sentimento é sempre o mesmo, pois todas as ondas me levam de volta ao mesmo lugar. 
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jusdecisum · 2 years
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O descumprimento do prazo do parágrafo único do art. 316 do CPP acarreta automaticamente a liberdade do preso? Esse dispositivo se aplica também aos Tribunais?
O descumprimento do prazo do parágrafo único do art. 316 do CPP acarreta automaticamente a liberdade do preso? Esse dispositivo se aplica também aos Tribunais?
quinta-feira, 7 de abril de 2022   Revisão periódica da necessidade da prisão preventiva: o parágrafo único do art. 316 do CPP A prisão preventiva é decretada sem prazo determinado. Contudo, a Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime) alterou o CPP para impor a obrigação de que o juízo que ordenou a custódia, a cada 90 dias, profira uma nova decisão analisando se ainda está presente a…
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amethvysts · 11 days
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um cenário aki liv: escutando todas do churrasquinho do menos é mais enquanto amassava um pratão de churrasco na casa dos pais do simon 😉
(eu diva carioca amo me iludir, desculpa 😔😖😞)
te entendo, diva... não posso escutar um pagode que lembro desse grandessíssimo filho da puta, também
simplesmente porque os pais do simón iriam te adorar. mesmo se você for mais quietinha, introvertida, só o fato dele ter finalmente trazido uma namorada pra casa é o suficiente pra eles gostarem de você. e fazem de tudo pra te agradar, também!
o simón vai querer ficar do seu lado, agindo como se vocês estivessem sozinhos de bobeira na casa dele. senta do seu lado na cadeira de plástico, o braço rodeando seus ombros enquanto o rosto se cola ao seu, procurando um chamego. a conversa de vocês continua, enquanto ele faz questão de ignorar a fofoquinha das tias e os cochichos das primas, mas quando são interrompidos pela mãe, não tem como desconsiderar.
"vai lá colocar um prato de comida pra sua namorada," a mãe empurra o braço dele, fazendo-o levantar e andar até a mesa com as panelas de comida. aproveitando o lugar vago, a mulher senta ao seu lado, te oferecendo um sorrisinho cúmplice. "ele tá te tratando bem, meu amor? ou tá precisando de um puxão de orelha?" de relance, você consegue observar simón negando com a cabeça, enquanto grunhe um "pelo amor de deus, mãe", mas cumprindo exatamente o que ela tinha mandado.
pelo resto do dia, simón teria que competir com o resto da família pela sua atenção. ele até tenta se distrair, puxando o cavaquinho pra participar da roda de pagode com os tios e os primos, mas se pega te encarando enquanto você conversa com uma das tias, rindo enquanto acompanha o ritmo da batucada com a cabeça. o coitado chega até a errar a virada de uma das músicas, e, pego na admiração, é zoado até os ossos pelos familiares.
obviamente, vocês são incumbidos de organizar o quintal no pós-churrasco. e enquanto você vai coletando os pratinhos de plástico que sobraram por cima das mesas, simón chega por trás, envolvendo um dos braços por cima da sua barriga e se inclinando para deixar um beijo na sua bochecha. com um suspiro aliviado, ele murmura, contra a sua pele, "pensei que ia ficar o dia todo sem fazer isso," antes de colar os lábios nos seus.
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feracinefila · 20 days
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˛ * ⠀🎥 ( 𝐦𝐚𝐫𝐠𝐚𝐫𝐞𝐭 𝐪𝐮𝐚𝐥𝐥𝐞𝐲, 𝟐𝟔 𝐚𝐧𝐨𝐬, 𝐞𝐥𝐚/𝐝𝐞𝐥𝐚 )  era uma vez… uma pessoa comum, de um lugar sem graça nenhuma! HÁ, sim, estou falando de você 𝐑𝐄𝐘𝐍𝐀 𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑𝐒𝐄𝐍 𝐃'𝐀𝐍𝐆𝐄𝐋𝐈𝐒. você veio de 𝐋𝐎𝐍𝐃𝐑𝐄𝐒, 𝐈𝐍𝐆𝐋𝐀𝐓𝐄𝐑𝐑𝐀 e costumava ser uma 𝐂𝐈𝐍𝐄𝐀𝐒𝐓𝐀 𝐅𝐑𝐀𝐂𝐀𝐒𝐒𝐀𝐃𝐀 𝐄 𝐃𝐎𝐍𝐀 𝐃𝐄 𝐔𝐌 𝐁𝐀𝐑 por lá antes de ser enviada para o mundo das histórias. se eu fosse você, teria vergonha de contar isso por aí, porque enquanto você estava 𝐄𝐒𝐂𝐑𝐄𝐕𝐄𝐍𝐃𝐎 𝐑𝐄𝐕𝐈𝐄𝐖𝐒 𝐍𝐎 𝐋𝐄𝐓𝐓𝐄𝐑𝐁𝐎𝐗𝐃 𝐄 𝐅𝐀𝐙𝐄𝐍𝐃𝐎 𝐂𝐎𝐌𝐄́𝐃𝐈𝐀 𝐒𝐓𝐀𝐍𝐃 𝐔𝐏, tem gente aqui que estava salvando princesas das garras malignas de uma bruxa má! tem gente aqui que estava montando em dragões. tá vendo só? você pode até ser 𝐂𝐀𝐑𝐈𝐒𝐌𝐀́𝐓𝐈𝐂𝐀, mas você não deixa de ser uma baita de uma 𝐓𝐄𝐈𝐌𝐎𝐒𝐀… se, infelizmente, você tiver que ficar por aqui para estragar tudo, e acabar assumindo mesmo o papel de 𝐀 𝐏𝐑𝐈𝐍𝐂𝐄𝐒𝐀 𝐅𝐄𝐑𝐀 na história 𝐁𝐄𝐋𝐀 𝐄 𝐀 𝐅𝐄𝐑𝐀… bom, eu desejo boa sorte, porque você VAI precisar!
Filha de pais divorciados, Reyna não teve dificuldade em escolher quem seria o seu "favorito". A mãe não poderia se importar menos com os dois filhos que deixou para trás ao decidir fugir com o amante, mas mesmo antes disso, o seu pai, Timoteo, sempre foi a maior inspiração da garota. Ele era dono de uma locadora em um dos bairros baixos de Londres. Era muito frequentada no início dos anos 2000... até que deixou de ser graças aos serviços de streaming.
Ainda assim, o amor de Reyna pelo cinema criou-se a partir daqueles corredores com estantes cheias dos mais variados filmes. O seu pai era um cinéfilo antes desse termo sequer existir e era uma tradição da família Angelis assistir a um filme todas as noites. Reyna adorava! O irmão, Ronan, nem tanto; mas ele era bem mais novo e mais energético. Então as noites de filmes passaram a ser algo de Reyna e Timoteo. E eram as discussões sobre os longas que unia pai e filha.
Como quase toda criança, ela desejava ser atriz um dia. Reyna gostava muito dos filmes de comédia romântica e encenava suas cenas em seu quarto. Escrevia os seus próprios roteiros também com coisas que, na época, ela achava engraçadas, românticas ou assustadoras. Agora nem tanto, é claro, ela nem ousa abrir aqueles cadernos antigos... Essa vontade de atuar em grandes filmes se converteu na vontade de ser roteirista de grandes filmes... E então diretora. Reyna queria ser cineasta. Estava determinada e foi por isso que estudou muito para entrar na melhor faculdade inglesa para tal.
E ela estava prestes a lançar o seu primeiro curta-metragem, um romance, em um festival importante, ainda na faculdade, quando as notícias do acidente a levaram para um rumo completamente diferente. O pai e o irmão perderam a vida em uma viagem para verem a mãe de Ronan e Reyna, uma que ela se recusou a fazer.
Daí em diante, Reyna não conseguiu se manter na faculdade. Ela estava quase se formando, mas estava triste. Deprimida... E suas notas começaram a cair, o que resultou na perda de sua bolsa no último semestre. Teve que trancar e dar um jeito na própria vida, afinal, recusando todas as ligações da mãe, ela agora estava sozinha.
Tendo herdado a locadora do pai após a morte dele, Reyna viu uma funcionalidade diferente para o espaço. Ninguém mais precisava de locadoras com tantos serviços de streaming por aí, mas o local era... único. Vintage. Era o atrativo perfeito para um bar. De repente, a sua vida ganhou um sentido novo. Reyna investiu o seu dinheiro da herança no estabelecimento e, assim, abriu o Blockbuster Pub — um bar temático para os amantes de cinema... e de stand-up e poesia moderna nos Sábados, é claro! Porque apesar de ter desenvolvido maior apreço por dirigir dramas e terror na faculdade, ela ainda se dava muito bem com roteiros de comédias românticas e sempre os esboçava em seus cadernos; especialmente quando tinha alguma musa em mente para as grandes cenas de demonstrações românticas.
O pub passou a ser frequentado por londrinos e turistas que ficavam sabendo do lugar temático, decorado com alguns dos maiores sucessos ingleses e hollywoodianos de todos os tempos. Além disso, podiam sair de lá com um DVD ou uma fita cassete — era totalmente vintage.
Alguém esqueceu um livro no balcão do bar na noite em que Reyna fechou o Blockbuster mais cedo apenas para dar uns beijos na garota bonita que tinha dado em cima dela. Estava escorada contra o balcão de olhos fechados. Sons de prazer deixavam os seus lábios quando o maldito livro brilhou e Reyna surgiu no meio de um mundo mágico.
Será que ela tinha morrido durante um orgasmo?!
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oque caralhos é uma ask
ent, aulinha de tumblr, um ask é uma pergunta q vc manda pra outro user do tumblr, e ele pode ser normal ou anônimo (vc marca isso na hora de fazer o ask, antes de enviar), ent a pessoa pode ir no seu perfil e te mandar uma msg ou outro ask pra responder (não anônimo), se n quiser publicar, ou ninguém sabe quem mandou (anônimo) e vc pode passar toda vergonha q quiser, ou se n tiver coragem de interagir c algum user sla. Esses asks vão pra pessoa q vc mandou o ask, e ela pode escolher responder ou n. Se ela responder, o ask vai ser publicado nesse formato aqui- com a pergunta (o ask) e o usuário ou “anônimo” em cima, e a resposta do user q recebeu o ask em baixo.
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godlyheathens · 5 months
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uma das coisas que me incomodam em the gilded age é a falta de informação sobre o background dos russells tipo ok eles são "new money" mas como eles chegaram a isso? teve o comentário sobre a bertha vim de uma "família de plantadores de batata" e ela comentou que a mãe morreu sem nada mas fora isso o que mais sabemos? e o george? a família dele tinha algum dinheiro ou ele começou do 0? como ele conseguiu isso? é um 0 mesmo ou um 0 tipo maluco elon que investiu em sei la o que mas o pai era podre de rico? sei que é normal gente que ganha dinheiro esquecer que algum dia foi pobre mas me deixa maluca ele não ter quase nenhum empatia com os trabalhadores porra poderia ser você? poderia ser sua esposa e seus filhos? inclusive será que eles ficaram ricos antes ou depois de ter os filhos? tantas perguntas e NINGUEM nesse muquifo quer responder elas pra mim sabe fica difícil! longe de querer defender rico mas eu só queria entender mais pois achei que no mínimo ele teria mais vergonha na cara porque na primeira temporada deu a entender que eles não tiveram um começo muito.
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nightmarefausto · 7 months
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💞 Pull my muse in for a messy/desperate kiss (@godfather-autumn)
[ TW! Light nsfw ]
"Afaste-se."
Uma frase foi capaz de parar Fausto, a varinha apontada para o espaço entre seus olhos e a sensação incômoda na pele ao sentir a magia prestes a derrubá-lo – porém, ambos sabiam que bastaria um aceno para que o ministro acabasse com aquilo em um piscar de olhos. Que aquilo não passava de diversão para o de cabelos negros, não importa o quanto estivessem em lados opostos da verdade. Deitando a face para o lado, o suficiente para desviar do tal objeto, mirou-o com os olhos verdes brilhando em pura ousadia e confiança inabalável, naquela certeza de que por mais que tentasse, não conseguiria ferir Fausto (e sem saber que o contrário também era real). Esticando o braço, subiu os dedos pelo peitoral que se agitava sob seu toque (raiva? Tensão, adrenalina) e segurou com firmeza em sua gola.
"Jamais." E assim, puxou Outono para seus lábios, sorrindo quando ouviu a varinha caindo no chão e seu corpo sendo encurralado contra a mesa, nos toques que subiam por seus lados e na mão que se firmou em sua nuca, proibindo-o de se afastar. E se pudesse ser sincero, sua ânsia não ficava para trás: finalmente pôde voltar a explorar o corpo de Outono, suspirando ao sentir a pinicação da barba alheia em seu rosto, língua movendo-se em busca de mais daquele gosto familiar e desligando-se para as etiquetas que diziam que era extremamente vulgar beijar alguém com tantos sons de saliva e pressa de alguém que estava prestes a se afogar.
Fausto só percebeu que estava se equilibrando na ponta dos pés quando Outono se afastou, o desejo nos olhos castanhos nublando qualquer senso de responsabilidade e os dedos fortes saindo de seus cabelos para sua mandíbula, acendendo um fogo que o mais velho achava ter morrido há muito tempo. Lambendo os lábios do outro feérico, provando-se neles, desceu as mãos pela sua frente até a parte que mais lhe interessava, fixando seus dedos ali. "Não ouse sair agora." Sussurrou, num ronronar quando suas bocas se aproximaram mais uma vez, dentes colidindo ao avançarem de novo um no outro.
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riostwsty · 1 year
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Tanta coisa pa fazer, quero escrever pra desestressar pera como é q escreve isso desestressar disestresstar que pera dizestressar
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waitwatt · 2 years
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Teve vontade de rir com a pergunta defensiva do semideus, ele parecia bem preocupado em ter sua sede de sangue novamente frustrada. No fundo, Asami não se importava verdadeiramente com o destino final daquela lâmina. Poderiam duelar até a morte, o rapaz e Jo, se assim desejassem – desde que fizessem isso longe das crianças. Só que ele começou a explicar, daquele jeito evasivo de quem não queria dar muitos detalhes, e a perspectiva de Asami girou cento e oitenta graus no segundo em que ouviu uma pequena palavrinha. Tinha até mesmo se empertigado na cadeira. E se o homem tivesse prestado atenção o suficiente, certamente teria notado o faiscar que cruzou brevemente seus olhos. — Ela traiu sua confiança? — repetiu, quase uma telespectadora surpresa com a reviravolta do resumo da novela. Sua maldição podia ser coisa do passado, mas Asami ainda via a lealdade como um dos traços de personalidade mais importantes que alguém poderia apresentar, e, em contrapartida, como a pior das falhas de caráter. — Nesse caso… — Colocou a mão em concha ao lado da boca teatralmente e estreitou os olhos. — Conheço alguém que consegue colocar qualquer veneno numa adaga. Posso apresentar você a ela algum dia. — Piscou, sorrindo-lhe cúmplice. 
— O que você disse? — Algo na frase proferida por ele ressoou profundamente em Asami. Num segundo estava na forja. No outro, seus cabelos balançavam com a brisa fria da noite e os pés estavam ensopados e sujos de areia da praia. Havia alguém à sua frente, mas ela não conseguia distinguir suas feições. Tampouco teve tempo para gravá-las, vez que a imagem rapidamente se desfez em fumaça. Asami moveu a cabeça numa negativa, desviando o olhar e direcionando e ele um gesto de mão que pedia para ignorar aquele pequeno lapso. — Deixa pra lá. — riu, um pouco sem graça. — Sei que TDAH é coisa normal de semideus, mas ultimamente venho me superando. — A pontinha de sua língua ainda formigava. Ela umedeceu os lábios para se livrar daquela sensação. 
Colocou a adaga aparentemente perfeita sobre a bancada. Enquanto abria a gaveta anexa em busca de um bloquinho e uma caneta, foi escutando a explicação com um curvar sutil no canto dos lábios. Conhecia flertes quando os ouvia, e estava começando a desconfiar que talvez existisse intenções naquela visita à forja que iam além de um ajuste na arma. — Oh, então você é fluente em japonês? — Ergueu as sobrancelhas e partiu os lábios, divertindo-se com a ideia de pegá-lo no pulo. Asami estalou a língua nos dentes e fingiu ponderar. — Ou isso, ou andou pesquisando o significado do meu nome, e se foi o caso devo dizer que estou bem impressionada... Os outros clientes não costumam ir tão longe atrás das minhas referências profissionais. —  Ao fim, um sorrisinho metido pintava seus lábios. Ela respirou devagar e a expressão mudou para uma mais saudosa, como se perdida em boas memórias. — Mas sim, significa. Minha mãe passou um tempo em Tóquio na época da faculdade, estagiando numa das fábricas da Toyota. Ela sempre contava dessa época com um sorriso bem grande no rosto. Era fofo. — Na casa em Daytona Beach, havia um boné com o símbolo da empresa que ficava guardado no nicho mais alto do guarda roupa, numa caixa cheia de fotos antigas, cartinhas de amigos e pequenos objetos que um dia tinham pertencido a Emerald. Asami costumava vesti-lo enquanto desmontava os motores dos carros; quando ainda pensava que seus dotes para engenharia tinham vindo da mãe.
— Hemera… — Dando enfim a atenção que a lâmina merecia, a trouxe para perto dos olhos. — Sabe, algumas histórias contam que Hemera é, na verdade, filha do Caos. — Comentou absorta. O fato tinha simplesmente pipocado em sua mente, trazendo consigo a imagem do interior do chalé daquele mesmo deus. Estava repleto de mobílias vermelhas e uma música de The Weeknd tocava baixinho através do aparelho de som. Asami tentou em vão lembrar quando, ou por qual motivo, tinha sequer entrado naquele lugar. Estava vazio desde que se conhecia por semideusa. Piscou algumas vezes, precisava se concentrar ou, dali para o fim do dia, acabaria perdendo um dedo. — Fica à vontade. Um pouquinho a mais de fumaça não vai me incomodar. — respondeu bem humorada, ainda observando o dourado “luz do dia e ciclo da manhã” brilhar refletindo a iluminação artificial que vinha do teto. E foi quando algo estranho aconteceu.
Hefesto, seu pai, era o deus dos metais, e Asami tinha orgulho em afirmar que jamais se esquecia de uma arma na qual tinha posto as mãos. Era mais instintivo do que factual, na verdade. Cada lâmina emanava a própria assinatura energética, formigava lugares específicos da derme. E enquanto sentia o peso nas palmas, a Alcott soube, apenas soube, que já tinha visto aquela adaga antes. Que já a havia, em fato, a consertado antes. 
Mas quando? Olhou para frente, para o rapaz, a confusão estampada no rosto. Para piorar, foi justo na hora que o viu retirar o cigarro de uma caixinha delicada e antiga, sendo atingida pelo Déjà vu mais forte de toda a sua vida. Atordoada, dera até mesmo um passo para trás.
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Tão rápido quanto um raio, o homem à sua frente desapareceu e deu lugar a outro. Não, não era outro. Notou pelos traços que era o mesmo rapaz, só que… Jovem, não o daria mais que vinte e cinco anos. Seus olhos verdes a observavam com expectativa e um sorriso malandro pairava no rosto. Aquilo era uma lembrança? Na realidade, acho que eu posso sim te ajudar. Ela ouviu a própria voz ecoando pela forja. Está mais fresquinho agora?
Começou a ser puxada para longe daquela lembrança e fez seu máximo para agarrar-se a ela. Sentia como se tentasse segurar a mesma fumaça que, agora, saía pelos lábios do homem: a cada novo esforço, a massa gasosa simplesmente escorria pelos dedos e mudava de forma. Sua visão se tornou turva por um momento, embaralhada pelas diferentes memórias que vinham, desapareciam e reapareciam numa frequência digna de curto circuito. Asami fechou os olhos com força e levou a mão até as têmporas latejantes, arfando de dor. A adaga escorregou e foi amparada pela bancada, tilintando um som metálico.
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filosofiaconciencia · 1 month
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jusdecisum · 2 years
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O réu tem um mandado de prisão preventiva contra si expedido. Ele está foragido. Mesmo assim o juiz é obrigado a fazer a revisão periódica da necessidade da prisão (art. 316, parágrafo único, do CPP)?
O réu tem um mandado de prisão preventiva contra si expedido. Ele está foragido. Mesmo assim o juiz é obrigado a fazer a revisão periódica da necessidade da prisão (art. 316, parágrafo único, do CPP)?
quarta-feira, 25 de maio de 2022 Revisão periódica da necessidade da prisão preventiva: o parágrafo único do art. 316 do CPP A prisão preventiva é decretada sem prazo determinado. Contudo, a Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime) alterou o CPP para impor a obrigação de que o juízo que ordenou a custódia, a cada 90 dias, profira uma nova decisão analisando se ainda está presente a necessidade da…
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klimtjardin · 2 months
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Pois é.
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cacaitos · 4 months
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TOO MUCB INFO I DONT EANNA KNWO YOU LIKE THAT DUDE CUT TO THE CHASE
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jinwooseo · 5 months
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falling asleep in each other's arms ( hyuk / @hyukminho )
geralmente quando cuidava da filha ficava com a garota em casa, era mais fácil. sentava com ela no tapete e brincavam. mas naquele dia ela não parecia particularmente animada. por mais que fosse confiante em todos os aspectos da vida, a única pessoa que o podia deixar diferente era a menor. decidiu sair com ela sem rumo quando lembrou que poderia deixá-la brincar com o filho de hyuk. bateu na porta do amigo sem ter certeza como ele reagiria depois do que aconteceu entre eles. — ei, eles podem brincar? — empurrou de leve a filha para dentro do apartamento.
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[...]
o tempo passou rápido, no anoitecer deixaram com que assistissem filmes na sala até pegar no sono. jinwoo, sentado no sofá ao lado de hyuk, sorria satisfeito. — eu provavelmente deveria ir. — comentou mais para si mesmo, mas não mexeu um músculo. estava cansado. quando virou o pescoço para o lado percebendo que o amigo também estava sonolento, quase chegando no nível das crianças, passou o braço por trás dele. — vem cá. — puxou a camiseta alheia com a mão livre para que o corpo dele caísse contra o seu. virou seu pescoço também descansando contra a cabeça alheia. — daqui a pouco eu vou. — foi a última coisa que falou antes de pegar no sono.
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imninahchan · 1 month
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𓏲 ๋࣭ ࣪ ˖ 𐙚 ⌜ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: swann!namoradinho e o último romântico do mundo, literatura brasileira (escolhi dom casmurro mesmo pq foi o que eu lembrava passagens de cor), bebida alcoólica, dirty talk (elogios, dumbification), masturbação fem + fingering, spit kink, muita saliva, finger sucking, tapinhas, pegada no pescoço, daddy kink implícito(?). Termos em francês ou inglês —  belle, astucieuse et correcte (bela, astuciosa e correta), french kiss (beijo francês), oui (sim), ça va e d'accord (tudo bem, beleza, okay, etc), bijou (joia) ⁞ ♡ ̆̈ ꒰ 𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨 ꒱ tive um final de semana de merda, queria algo romântico e safadinho, então me deixei levar. revi aquela minissérie capitu, recomendo pra quem nunca viu ─ Ꮺ !
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⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀───── 𓍢ִ໋🀦
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VOCÊ GUARDA O EXEMPLAR DE ‘CANÇÃO PARA NINAR MENINO GRANDE’  no canto da mesa. Volta os dedos na direção da taça, levando um gole à boca, ao passo que os olhos recaem na figura do homem que folheia a última obra lida nesse pequeno ‘clube do livro’ que vocês criaram. Está sendo assim por meses, desde a primeira edição, quando deram partida com a literatura do país dele; Les Misérables.
“Ahm”, o vinho lhe escorrega goela abaixo, coloca a taça de volta onde estava, “o que achou?”, quer saber. Swann une o sobrolho, o foco dos olhos claros perpassa por todas as palavras que as páginas vão revelando. É impossível ignorar as anotações em letras miúdas feitas de lápis nos cantinhos dos parágrafos, algumas frases sendo destacadas com o marca-texto fluorescente, post it colados pra todo canto. Te arranca um sorriso, até murmura um nossa, olha como ele estudou…
“Ainda bem que me deixou marcar”, te olha, a expressão de confusão desaparecendo por míseros segundos pra dar espaço para um alívio, mas logo retornando ao cenho enrugado quando torna-se para o livro já marcado pelo tempo, “Esse foi muito mais difícil que o outro… Eh… Muitas palavras… Olha, marquei muitas palavras”, vai explicando, apontando para as próprias anotações, “Li com um dicionário na mão, e ainda não foi o suficiente. Muita coisa eu ainda não entendi.”
Você apoia o cotovelo na beirada da mesa, o corpo tombando de canto para que possa observá-lo melhor, “É porque a Conceição Evaristo é desse século, o Machado escreveu ‘Dom Casmurro’ no século dezenove”. Descansa a lateral da face no punho cerrado. “O que você não entendeu?”
O homem estica o braço para alcançar os óculos de armação redondinhas, veste. O indicador desliza pela página levemente amarelada, procurando por uma passagem em específico, “Olha, essa parte…”, finalmente se localiza com o primeiro exemplo. Aperta os olhos para recitar: “‘Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca.’”, te encara com clara incompreensão, “Vá?”, repete o termo lido, “‘Vá’ de ir? Não entendi.” E você ri, o que o faz repuxar um sorriso também, e tem mais, te garantindo enquanto procura por outro trecho. “Aqui.”, se prepara pra ler, com um pigarreio, “‘Capitu era Capitu, isto é, uma criatura mui particular, mais mulher do que eu era homem.’”, no automático olha pra ti de novo e admite outra vez não entendi. “Quer dizer, eu entendi”, começa a especificar depois que você desatina a rir, “tipo, eu entendo as palavras, mas não consigo assimilar… entende? Me sinto muito burro.”
Você faz que sim, se recuperando do riso. “É uma linguagem complexa mesmo, relaxa”, tranquiliza, “Nesse que você leu agora”, até aponta para o exemplar nas mãos dele, “dá pra notar como o Bentinho era tão fissurado na Capitu que até mesmo se comparava a ela, e que se via menor dentro da própria categoria de gênero que ele se identificava… Tem toda uma visão de masculinidade aí, e o fato do Machado trazer uma personagem feminina que foge do Romantismo que rolava antes, porque ele é do Realismo, né? Mas não quero ser palestrinha”, sorri, e ele exibe um pequenino, quase que te acompanhando, a atenção totalmente moldada às tuas palavras. “Mas a gente pode compreender essa parte também como uma das explicações raiz pro ciúmes doentio dele por ela. Às vezes, pra mim”, a palma da mão recosta no peito, “ao mesmo tempo que se pode até recortá-lo como muito apaixonado ao ponto de ser obsessivo, também dá pra entendê-lo como meio que incomodado pela presença dela. Já que ele se sente inferior, achar um defeito, um desvio de caráter, tipo o adultério, seria uma forma dele se sentir melhor.” E, quando você termina, ele ainda está te encarando. Melhor então, contemplando.
O pescoço alongado de leve na sua direção, como se quisesse fisicamente ouvir as suas palavras. Os olhos detendo de um brilho especial, os lábios repartidos para respirar mas está puxando o ar pelo nariz mesmo, de respiração serena. Se tivesse que classificar, é um olhar de admiração praticamente, somado a um quê de perdido no mar de informações que vazaram da sua boca. Para, bobo, você dá um tapinha no ombro dele, ao que o francês agarra o seu pulso, rindo, captura para beijar nem que seja a ponta dos seus dedos antes que possa fugir do bote masculino.
“Você é de muito intelecto”, ele pende a cabeça pro lado, o riso se reduz a uma linha estendida nos lábios finos, enrugando o canto da boca sem mostrar os dentes, “É lindo esse teu cérebro… Me dá tesão”, e você faz careta, rebaixando a postura, os ombros, sobre a cadeira, os olhinhos revirando feito não estivesse contendo um sorriso tolo de se propagar na sua face. Minha namoradinha inteligente, te sussurra, se inclinando pra beijar bem na bordinha do seus lábios, e ser empurrado de volta pra encostar as costas no assento.
“Mas, vai”, você vem pra mudar de assunto, “quero saber sua opinião sobre o maior debate da literatura brasileira… Acha que ela traiu ele ou não? Justifique a sua resposta.”
Swann suspira, o foco dos olhos clarinhos dissipando do seu rosto para os objetos na mesa de jantar. Toma o garfo em mãos, enrolando no macarrão gourmet à la francesa que fizeram pra finalizar o dia. Bota a sua coxa por cima da perna dele, de tão próximos que costumam estar sentados pras refeições em conjunto. Dividindo o mesmo prato, tal qual um só corpo, leva a comida à sua boca, a qual você recebe, hm?, reforça num murmuro, porque mastiga. Ele dá de ombros, “O que você acha? Eu acho o que você acha.”
Você umedece os lábios, sorvendo, “Não vale, quero ouvir você.”
E o homem expira o ar dos pulmões, os dedos esfregando os olhos por baixo da armação dos óculos, em clara frustração. Corre a mão pelos cabelos grisalhos, bagunça as mechas mais curtinhas de uma forma que você julga adorável a desordem. “Eh, esse livro comeu todos os meus neurônios pensantes”, quando esmorecido assim, o sotaque francês sobressai na entonação, “Não consigo pensar nada, quero pensar o que você pensa”, te olha, a palma da mão tocando a sua coxa, “você está sempre certa mesmo”, enumera com os dedos conforme te adjetiva belle, astucieuse et correcte.
O seu sorriso vem fácil, se abrindo pela face. Por que, se já acostumada a ouvir adjetivos parecidos no cotidiano, ainda se deixa abater ao ponto de sentir as bochechas quentes? Aham, sei, resmungando só pelo charme de manter uma pose quando por dentro está derretida. Fingindo não curtir a aproximação alheia, o roçar da pontinha do nariz dele na sua, num beijinho de esquimó. Ou da maneira com que apoia ambas as mãos nos seus joelhos, por cima da calça de linho, e dedica as íris turquesa a te apreciar.
Você devolve a mirada, porém com pouco crédito, a sobrancelha arqueando. Pega nas mãos do homem, no intuito de movê-las para longe e retornar à discussão, mas as dele enroscam nas suas e te confiscam os pulsos. “Vai ficar me encarando assim, ou o quê?”
Ele pisca, como se se libertasse de um feitiço, “perdão, perdão”, diz, “é que eu me perco nos seus olhos de cigana oblíqua e dissimulada”, e o seu sorriso dobra de tamanho, rindo, ao acenar negativo com a cabeça, tentando se soltar do aperto para cutucá-lo, não acredito que você meteu essa, mas presa à força do outro, refém do jeito que ele chega pertinho, pertinho do seu rosto, exibindo aquele sorriso em linha, contido. Parece sondar a sua face outra vez, entretanto em busca de um ângulo de ligação. Os olhos se movem para a sua boca, deixa óbvias as intenções, entreabrindo os próprios lábios toda vez que ameaça contato.
Vira um joguinho instigante. Assim que você acha que vai colar nos dele, Swann apenas passa a língua no lábio e alterna o enfoque, pendendo a cabeça pra cá e pra lá. A boca fica a milímetros perigosos, se abre mais, igual fosse dar o bote, mas tudo que vem é um sorriso cafajeste. Você tenta empurrá-lo, externar a sua ‘falta de paciência’, só que falha novamente, e ainda recebe uma mordidinha mal dada no queixo.
Ele ri, o som de uma risadinha doce que expele ar através dos lábios entreabertos, a postura recuando um pouco e retornando pra perto de novo, feito um menino atentado. Beija pelo seu pescoço, soprando ar contra a sua pele quando está rindo, ao te notar desviando o rosto, o olhar. “Você fica, eh…”, ri uma vez mais, a mente se esforçando pra se lembrar do termo em português a que tanto gosta de te associar, ao que você saca na hora, bicuda, e ele repete que nem aluno, “...bicuda.”, o bom humor tão contagiante que não te permite manter a marra por muito tempo, desmanchando-se no riso, no flagra da face alheia ruborizada. Toca com o indicador pelo caminho do seu nariz até a ponta, se inclina no espontâneo para beijar no cantinho da sua boca enrugada pelo sorriso. A proximidade permanecendo essa, enquanto te assiste recuperar a seriedade. O olhar dele, agora, aparenta mais cobiçoso, igualmente encantado contigo, porém carregado de um bocadinho de luxúria, como se o cérebro fantasiasse no meio-tempo em que você se recompõe.
O seu olhar também tempera, o foco viaja dos dele para os lábios finos, para a armação redondinha dos óculos que tanto o favorece visualmente. Pega nas bordas onde ficam as charneiras, retirando pra fazer graça com as lentes na frente das suas próprias vistas — uma brincadeirinha que até pode fazê-lo rir, mas a melhor reação é a de dar um tapinha na sua bochecha e desviar da sua repreensão.
Você atua tal qual quem leva como ofensa, e rapidamente o teatro se desvai ao tê-lo pertinho para outra provocação de um beijo. Os lábios dele se separando conforme os seus se descolam também, a sua língua empurrando os dentes, a atenção oscilando entre aquilo que é demasiado objeto de desejo e a imensidão turquesa. O nariz masculino resvala no teu, a língua até toca na sua quando esticada indecentemente, o chupar dela, no entanto sem nunca de fato te prendar o ósculo. Beija eu, você sussurra, no que ele responde te beijar? Pra quê?, cínico, a mão fechando no seu pescoço e a saliva vazando pra cair na ponta da sua língua e ser sorvida.
As bocas se encostam, a respiração falhando, antes de dançar a língua na tua de novo, devasso, e, por fim, estalar os lábios. Pega na sua mandíbula, te devora profundo. Um tipo de beijo que você, na sua vida toda, só trocou com ele, que impecavelmente gosta de chamar de ‘french kiss’. A troca hipnotizante de sorrisos, os estalidos úmidos. Tão babadinho que, ao se afastar, um fiozinho de saliva ainda resiste ao máximo até desaparecer.
Te desconcerta, deixa boba, porque mantém os olhos cerrados por mais um pouco, os beicinhos meio inchadinhos e visivelmente molhados. A sua rendição, claro, não passa despercebida, te rende outro tapinha na bochecha, ao qual dessa vez você consegue apanhar a mão dele ainda no ar e, embora sorria e desfrute internamente, repreende com um ‘não’ somente pra cortar o regozijo alheio. “Oui, ça va, ça va”, ele ecoa, com a voz caramelo, arrastada, como quem compreende, “d'accord”, mas só com as palavras porque o riso denuncia o dissimulação e a mão livre também te acerta na bochecha.
Você explode os sentimentos, uma mistura intoxicante de libido e irritabilidade que resulta no seu levantar da cadeira para segurar nos cantos do rosto dele e prendê-lo em outro beijo. Ele paira as mãos na sua cintura, puxa seu corpo para mais perto. Poderia te acomodar no colo, feito seu joelho se apoiando na coxa masculina parece pedir, mas a ideia libidinosa que vem alugando um espaço na mente desde que a temperatura do ambiente começou a subir requer que te prenda contra a mesa da sala de jantar. Que, sem quebrar o ósculo cheio de apetite, empurre os objetos sobre a madeira pra qualquer canto — a taça tombando, vinho respinga no chão de taco; o barulho das louças se chocando, os óculos parando não se importa onde. Tem que haver espaço suficiente para que você possa deitar as costas na superfície, que ele consiga desabotoar a sua calça e te ajudar a se livrar da peça o mais rápido possível, sem nem mesmo ter tempo de prestar a atenção na cor da calcinha ao levar tudo junto.
Só desgrudam quando o peito dói, a busca por fôlego vence a ganância. Mas é incapaz de deixar a sua boca sozinha, o que é um alívio porque saliva, inquieta, só com a visão dos dedos se aproximando. Nem precisa se esforçar para detê-los, Swann os afoga no seu calor, é chupado, lambuzado, a pontinha da sua língua desenhando em um ou outro, bem obscenozinho mesmo. Da mesma forma, os olhares não se apartam. Está encarando-o passar a própria língua nos dedos da outra mão para poder te tocar entre as pernas.
Você desprende os lábios num protesto mudo, o cenho se franzindo conforme a atenção segue para acompanhar o movimento do pulso alheio lá embaixo. Flagra, de canto de olho, o homem parodiar a sua expressão, caçoando, o som da risadinha soprada atravessando os seus ouvidos quando só consegue ter forças para se escorar na gola da camisa dele. Parece dobrar a intensidade do toque só pra te desnortear mais ainda. O polegar pressionadinho no seu clitóris, em círculos ritmados, estimulando. E, daí, quando fica gostoso, o compasso se perde pra que ele possa estalar um tapinha na sua buceta.
Você sobressalta, desprevenida, a boca indica que você quer retrucar, provavelmente alguma frase terrivelmente agramatical de tão alucinadinha, mas nem para isso Swann dá corda, cobrando silêncio com o indicador parado rente aos próprios lábios, fingido, como se nem tivesse sido ele mesmo que te causou uma reação dessas.
Pega no seu pescoço, tornando a te masturbar como antes, para em poucos segundos o barulhinho úmido, por mais sutil, denunciar o estrago melado que está causando entre as suas pernas. Não te beija, apesar de próximo o suficiente para isso, a mão larga a sua garganta para escorregar pelo canto do seu rosto. Contornar na volta do seu ombro, namorando a alça da sua blusa de decote em ‘v’ até, finalmente, deslocá-la e trazer o seu seio para fora. Vem com a boca de imediato, ao que você se contrai, o dedo à meia altura para demandar não morde, querendo muito estar séria para dar a ordem, mas está sorrindo, tola, e na primeira oportunidade que ele tem de abocanhar é pra rodear o biquinho duro com os dentes e sugar forte, pra te ouvir choramingando, com os fios dos cabelos dele presos entre a palma da sua mão.
E piora, acredite. É deliciosamente cruel ao ponto de enfiar dois dedinhos de uma vez bem fundo, lá em cima, e socá-los feito nem tivesse entrenhado num deslize só. Ah, papa–, você começa, abatida demais para somente se lembrar do bom senso quando já está quase por terminar a palavra, engolindo a tempo o finalzinho da última sílaba.
Swann ergue o olhar, te mira. A expressão vai de uma surpresa fictícia pra um sorriso que se estica praticamente em câmera lenta ao se dar conta do que ia ouvir se você finalizasse o termo. “O que ia dizer, hm?”, não deixa de alfinetar, “fala”, e você faz que não, sorrindo também, travessa. Os olhos dele se afiam, falso, “não esperava isso de você, bijou. Ah, que suja…”, estalando a língua, feito desapontado, “você dizendo uma coisa dessas…”
“Mas eu não disse.”
“Mas pensou”, rebate, no timing ideal. “Sabe o que isso significa? Hm?”, e você murmura de volta hm. Ele aponta com o dedo na sua têmpora, “que essa cabecinha da minha namorada tão inteligente na verdade guarda um cerebrozinho que se derrete fácil, fácil depois de um mísero carinho, neném”. A fala depreciativa te esquenta mais, lê verdade nas palavras alheias e isso torna a sensação ainda mais instigante. “Olha”, o tom masculino é de puro deboche disfarçado de cuidado, “se não parar de se comportar assim, meu amor, eu vou começar a pensar que é o papa…”, e corta propositalmente no final da última sílaba, canalha, o que te arrebata, pois se agarra à camisa do homem, lamuriando feito uma cadelinha no cio, me fode, fode, me come, reprisando a vontade imensa de ser consumida ali mesmo, em cima daquela mesa bagunçada na sala de jantar.
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conjugames · 3 months
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João, te esqueço como quem apaga uma conversa antiga, queima velhas cartas ou tira algum livro da estante. Já não faz sentido te ler mais. Não me encontro em nenhuma de nossas linhas, acho até que tal caso tenha se estendido demais. O mau uso da gramática traz a tona esses equívocos de usar virgulas em locais que se deve fazer uso do ponto final. Foram muitos erros e nem me refiro mais aos gramaticais, foi um conto rápido e diria até que bonito. Mas não cativante, e sim daqueles que nos deixa melancólicos e cansados ao fim da leitura. E talvez por isso eu não tenha motivos para me escrever em parágrafos seus, eu prefiro seguir minha própria narrativa.
l.
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