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#povo Africano
momaie · 2 years
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Sociedades tradicionais da África representadas no acervo do MAE: Dogon, por José Tiago Risi Leme
Sociedades tradicionais da África representadas no acervo do MAE: Dogon, por José Tiago Risi Leme
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pegasus-viagens · 8 months
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Não é sobre a beleza, mas a luta por trás
“Nossa, que serviço de preto!’, “Seu cabelo é tão ruim, por que não alisa?”
Infelizmente, essas frases são muito comuns e mostram como o racismo está enraizado na sociedade. Mas nem sempre foi assim. Até onde a história conta, na Grécia Antiga não havia racismo, apesar de (lamentável, Grécia) existirem escravizados, e essa condição imposta nada tinha a ver com a sua cor, pois os escravos eram prisioneiros de guerra ou pessoas condenadas por crimes. Então, como isso começou?
Avançando no tempo, no século XV, começaram as expansões marítimas, as Américas foram descobertas e se iniciou o massacre de povos indígenas e a escravização do continente africano, dando origem a esse preconceito com povos negros. E o resto da história todo mundo conhece. Quando falamos de viagens e pontos turísticos, a história e a presença da cultura afro é muito forte em diversos aspectos, especialmente no Brasil. Por isso, vou mostrar três cidades com forte influência das nossas origens.
Salvador, Bahia
Uma das capitais mais vibrantes, que expressa criatividade e originalidade, Salvador celebra sua cultura de forma única. Para quem gosta de curtir o carnaval, sem dúvida esse é o melhor lugar para curtir os bloquinhos e se divertir ao máximo. O principal gênero musical, o samba reggae, que une os ritmos mais presentes no Brasil e na Jamaica, atrai quase um milhão de pessoas por ano.
Mas não é só o carnaval que torna essa cidade tão ilustre não. O bairro Pelourinho costuma ser um palco de manifestações, ateliês e galerias, e tem diversos museus que nos levam a passeios históricos, como o Museu Nacional da Cultura Afro Brasileiro e a Cidade da Música da Bahia.
Serra da Barriga, Alagoas
Um dos mais importantes símbolos da luta contra a escravidão no Brasil foi sem dúvidas Zumbi dos Palmares, que até hoje é homenageado, tendo a data da sua morte (20 de novembro) como Dia da Consciência Negra. E é na Serra da Barriga que está o Quilombo dos Palmares, que foi liderado por ele durante 16 anos e era refúgio de mais de 20 mil negros escravizados na época.
Atualmente, o local é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional como um parque nacional. Lá a imersão é completa e existem pontos de áudio e textos para entender a realidade daquelas pessoas, sem falar que o próprio ambiente permite conhecer melhor a luta pela resistência negra no nosso país.
São Luís, Maranhão
Na música e nos museus, a identidade negra pode ser vista e apreciada de diversas formas, e também na dança acha seu espaço no Tambor de Crioula. Essa é uma dança típica do estado maranhense, de origem africana, que pode ser apreciada em quase todos os lugares da cidade durante o ano todo.
As paradas obrigatórias de quem passa pela cidade são o Museu Cafuá das Mercês, a Casa do Tambor de Crioula, o Mercado Casa das Tulhas e, claro, o centro histórico, todos pontos turísticos que preservam a cultura dessa cidade maravilhosa.
Espero que vocês tenham a oportunidade de ir nessas cidades incríveis que, com certeza, já estão na minha lista de viagens dos sonhos. Por hoje é isso, fica a reflexão da valorização da identidade negra no nosso país e semana que vem eu volto com mais lugares para dar um rolê.
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joaopinto · 1 year
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Veja "Mãe." no YouTube
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Quando a juventude Portuguesa era obrigada a cumprir serviço militar indo para uma guerra que matou muita juventude Portuguesa e o Povo Africano que se limitava a defender o que era deles. Esta canção foi uma homenagem as Mães desses Soldados. 🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏
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brasil-e-com-s · 1 year
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Grande Otelo, brasileiro raiz.
(Uberlândia, 18 de outubro de 1915 — Paris, 26 de novembro de 1993)
Sebastião Bernardes de Souza Prata, nome artístico, Grande Otelo, foi um ator, humorista, cantor, produtor e compositor brasileiro e um dos maiores atores e comediantes da história do cinema e da televisão no Brasil!
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Grande Otelo é brasileiro raiz!
Brasileiro Raiz é, em linhas gerais originárias do primeiro século, o brasileiro nascido no Brasil, com o histórico do indígena nativo, o ameríndio da América do Sul, e do branco europeu que o colonizou, do português, somado ao negro africano trazido pela corte portuguesa e vindo de um acordo que possuíam com o rei do Congo que escravizava outros negros não congoleses que tornacam-se seus serviçais. Os hispânicos europeus também estavam entre os do primeiro século.
Então, o brasileiro raiz, índígenas-brancos portugueses e negros africanos predominaram aos outros que imigraram mais tarde.
Brasileiro raiz é também denominado aquele que valoriza a sua identidade mestiça mas cheia de personalidade própria, essa maravilha de povo forte, composta de indígenas, brancos, negros, cafuzos, mamelucos e mulatos.
Divisões no Brasil? Racismo? Sai fora!
O Brasil é um estado de espírito: _ é o orgulho de ser o Brasil Brasileiro.
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saatmans · 11 months
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Quem aí tá de olho nas postagens sobre o #mermay?
Quem aí tá com ansiedade para a estreia do live action de A Pequena Sereia que estreia dia 25?
Aqui vai uma dica pra vocês: O Segredo do Oceano de Natasha Bowen pela editora Alt.
Esse livro é uma belíssima releitura do clássico de Hans Christian Andersen, sério mesmo é incrível. Natasha trouxe a cultura Iorubá através da Simidele, uma Mami Wata que tem por desígnio divino resgatar as almas daqueles que encontram o fim da vida nas águas do oceano e ajudá-los a fazerem a passagem de volta para o Deus Supremo, Olodumarê.
Ao salvar a vida de Adekola, Simidele quebra o tratado e coloca em risco a existência das outras Mami Wata. Orientada pela grande Mãe das águas, Iemanjá, ela vai percorrer com fé um caminho para salvar a vida de todos.
Fé é sem dúvidas a palavra que rege esse livro. É por meio da fé que Simidele atravessa todas as lutas, dores e engodos que encontra pela frente. Uma personagem incrível.
Natasha conseguiu com maestria trazer os elementos principais do texto original escrito por Hans Christian Andersen, e trouxe mais ao dar voz para a beleza da cultura africana em um texto repleto de representatividade. Há no texto a carga dramática da narrativa que tanto amamos em A Pequena Sereia, com o adendo importante de nos lembrar dos horrores do processo de escravização de povos africanos, assim como nos trás a mente o fato de a história do povo negro não começa na escravização dessas civilização, pois elas já tinham suas histórias verdadeiras, sua cultura e riqueza espiritual.
Sem dúvidas se tornou uma história tão favorita quanto o texto no qual foi inspirado.
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destinoperfeito · 8 months
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Curiosidades sobre Países Africanos!
Trouxemos curiosidades sobre países africanos, em homenagem ao dia da consciência negra que está por vir nesse próximo mês
A África é o terceiro maior continente do mundo e um dos mais populosos. O continente, mesmo sendo rico em biodiversidade e multicultural, sofreu muito com o racismo no passado e hoje em dia.
E apesar de ser considerado o berço da humanidade, o continente foi colonizado por povos europeus e muitos africanos foram arrancados e levados para outras partes do mundo para serem escravizados.
Tudo isso acabou levando a um forte preconceito racial no mundo todo, e na luta por igualdade começaram diversos movimentos negros, que buscavam acabar com o racismo e dissipar a ideia de que todos merecem direitos iguais.
Então, para trazer maior visibilidade e conhecimento, vamos mostrar algumas curiosidades do continente africano. Pra começar, se você quer visitar algum país e não consegue aprender outro idioma, o Português é a língua oficial na Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe.
Os sul-africanos amam churrasco, que eles chamam de braai, então se você é brasileiro não se preocupe, porque o churras de domingo continua de pé. Mas claro que muitos vão para a África para fazerem safári e se você é aventureiro com certeza vai gostar de ter contato com os animais selvagens nas savanas.
Blog da Ane: @pegasus-viagens
E não é só leões e elefantes que se vê por lá, a praia de Boulders, na costa do sul do país tem pinguins e é uma das atrações turísticas mais procuradas, já que lá se encontram mais de 3.000 pinguins.
Curtiu saber mais sobre o continente mais antigo do mundo? Acesse os nossos blogs e veja mais sobre pontos turísticos ao redor do mundo. 
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Brasil: uma tapeçaria vibrante de cultura, natureza e história
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Introdução
O Brasil, o maior país da América https://brazilcasino.org do Sul e o quinto maior do mundo, é uma nação de diversidade surpreendente. Das suas paisagens naturais de tirar o fôlego ao seu rico patrimônio cultural, o Brasil é um país que cativa a imaginação de viajantes e estudiosos. Neste artigo, embarcaremos em uma viagem para explorar as muitas facetas do Brasil, desde suas exuberantes florestas tropicais amazônicas até o ritmo do samba e a fascinante tapeçaria de sua história.
Maravilhas naturai A beleza natural do Brasil é uma maravilha de se ver. A floresta amazônica, muitas vezes chamada de “pulmão da Terra”, cobre uma vasta porção do território do país. Esta extensão exuberante abriga uma incrível variedade de flora e fauna, incluindo onças, araras e inúmeras espécies de plantas ainda a serem descobertas. É um paraíso para o ecoturismo, oferecendo aos visitantes a oportunidade de explorar a incrível biodiversidade que abriga a Amazônia.O litoral do Brasil se estende por mais de 7.400 quilômetros, oferecendo algumas das praias mais deslumbrantes do mundo. Copacabana no Rio de Janeiro, Ipanema e Praia do Forte são apenas alguns dos muitos destinos costeiros onde você pode aproveitar o sol, vivenciar a vibrante cultura praiana e desfrutar das águas cristalinas do Oceano Atlântico.
Diversidade cultural
A rica tapeçaria cultural do Brasil é um reflexo da sua história, que está profundamente entrelaçada com as suas raízes indígenas, a herança colonial portuguesa, as influências africanas e as ondas de imigração da Europa, Ásia e Médio Oriente. Esta fusão cultural deu origem a uma mistura única de música, dança e culinária.Uma das exportações culturais mais icônicas do Brasil é o samba. Este gênero musical e forma de dança viva e contagiante originou-se nas comunidades afro-brasileiras e desde então se tornou um símbolo da identidade da nação. O Carnaval anual do Rio, com seus desfiles de samba e fantasias vibrantes, é uma celebração mundialmente famosa da cultura brasileira.A culinária brasileira é igualmente diversificada, com pratos regionais que refletem a vastidão do país. A feijoada, um farto ensopado de feijão preto e carne de porco, é um alimento básico em muitas regiões, enquanto o acarajé, uma bola frita de massa de feijão-fradinho recheada com camarão, é uma iguaria apreciada no nordeste da Bahia.
Riquezas Históricas
A história do Brasil é marcada por uma narrativa complexa e multifacetada. Os povos indígenas habitavam a região muito antes da chegada dos exploradores portugueses no século XVI. A colonização portuguesa do Brasil foi um período decisivo na história do país, com a exploração do pau-brasil e o trabalho forçado dos povos indígenas lançando as bases para uma cultura brasileira única.O comércio transatlântico de escravos trouxe milhões de africanos para o Brasil, onde suas ricas tradições culturais influenciaram todos os aspectos da vida brasileira, desde a música e a dança até a religião e a culinária. A abolição da escravatura em 1888 marcou um ponto de viragem significativo, mas o legado da cultura afro-brasileira continua a moldar o país até hoje.No século 20, o Brasil viu uma onda de movimentos culturais e políticos. O gênero musical Bossa Nova, popularizado mundialmente por artistas como João Gilberto e Antonio Carlos Jobim, surgiu nas décadas de 1950 e 60, cativando o público com suas melodias suaves. O final do século XX trouxe um impulso à democracia, culminando com a eleição do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.
Desafios e oportunidades
Embora o Brasil seja uma terra de incrível beleza e riqueza cultural, ele também enfrenta sua cota de desafios. As preocupações ambientais, incluindo o desmatamento na Amazônia e a poluição dos rios do país, atraíram a atenção internacional. As disparidades sociais e económicas persistem, sendo a desigualdade de rendimentos e a pobreza questões persistentes.No entanto, o Brasil é uma terra de resiliência e oportunidades. Com o seu vasto potencial agrícola, um sector tecnológico em expansão e uma população diversificada e criativa, o país está bem posicionado para enfrentar estes desafios e continuar o seu caminho de crescimento e desenvolvimento.
Conclusão
O Brasil é uma nação que deixa uma impressão duradoura em todos que o visitam ou estudam. Suas maravilhas naturais, diversidade cultural e história complexa fazem dele um lugar de exploração e descoberta sem fim. À medida que o Brasil continua a evoluir e a enfrentar os seus desafios, continua a ser um país de potencial ilimitado, onde o espírito do samba, a beleza da Amazónia e a riqueza da sua cultura continuam a inspirar e cativar o mundo.
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shakahuquinho · 7 months
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Bem vindos ao mundo Zulu!
Olá pessoal, ou como dizem na língua zulu Sanibonani! Como vocês estão? Bem-vindos ao meu primeiro blog, o Shaka Huquinho. Bem, essa primeira postagem vou me apresentar para vocês e contar um pouquinho sobre o motivo da escolha temática do meu Tumblr...
Primeiramente, creio que poucas pessoas me conhecem, afinal minha família tem personagem BEM famosos por ai, como meu Tio Donald e meu Tio-avô Patinhas (sim o pato mais rico do mundo haha). Além disso tenho mais 2 irmãos, Zezinho e Luizinho. Abaixou deixo a "árvore patologica" da nossa família.
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Somos mais reconhecidos por ter participado dos Ducktales: Os caçadores de aventura, que era uma série animada sobre diversas histórias que vivemos com nossos icônicos tios (aconselho a verem nosso desenho, é MUITO divertido e com certeza irão memorizar a abertura de cada episódio haha).
Sem mais enrolação, meu blog irá tratar sobre uma rica e importante cultura africana: Os Zulus. Mas porquê sobre eles devem estar se perguntando, não é? Bom, era uma noite chuvosa e Tio Donald deixou eu e meus irmão em casa para ir ao caixa-forte do Tio Patinhas o ajudar a polir suas moedas da coleção de numismática, ele tem tantas moedas tem uma sala só para expo elas (Tio Donald ficou resmungando por horas, após saber que o pagamento era um sanduiche de sardinha...). Acontece que eu e meus irmãos não nos animamos a sair de casa por causa daquela chuva, e cada um foi para seu computador jogar ou ficar nas redes sociais até que... BOOM, a energia acabou haha e ficamos sem internet e tampouco eletricidade para fazer qualquer outra coisa. Estavamos super entediados e Luisinho estava até com medo da escuridão haha, bom até que EU tive uma ideia! De brincarmos de ser guerreiros e enfrentar aquele breu com poucas velas que achamos e distrair enquanto a energia não voltava e ajudar meu irmão a suportar aquele medo. A brincadeira era de fingirmos ser guerreiros de qualquer período da história e encararmos o personagem. Luisinho como é bem criativo quis ser um T-800 (eu sei, isso nem existe, mas deixamos ele ser o famoso robô de O exterminador do futuro) que segundo ele poderia enxergar no escuro assim haha.
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Zezinho por sua vez, sendo o mais aventureiro de nós, quis ser obviamente um soldado espartano! Quem nunca ouviu falar dos famosos guerreiro da cidade-estado de Esparta da Antiga Grécia.
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E finalmente eu, sendo taxado como nerd por meus irmãos, escolhi ser um guerreiro Zulu! Assim, cada um de nós pegou um objeto para fingir ser nossas armas (eu usei uma vassoura como lança e travesseiro de escudo) e assim brincamos até nosso Tio chegar e por coincidência a energia voltar.
Ah, eu me imaginei assim! haha.
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Agora vocês mais uma vez se perguntam, por que Huquinho quis ser um guerreiro Zulu? Bem, eu sou muito curioso, e acabo lendo muitos livros e vendo vários documentários sobre a cultura do planeta, e nesses estudos uma vez vi sobre como um Reino Africano resistiu ao Império Britânico no século XIX, estes eram os Zulus! A partir dai meu interesse por eles cresceu, afinal como guerreiros considerados “ultrapassados” enfrentavam um exército com armas de fogo?   
Assim, mês passado foi meu aniversário e de meus irmãos e Tio Patinhas por incrível que pareça nos disse para escolhermos uma viagem de presente! Eu como estava empolgado após nossa brincadeira naquele dia chuvoso, percebi que mal conhecia sobre os Zulus, a não ser que eram bons guerreiros. Então pedi para meu tio-avó uma viagem para à África do Sul na província de KwaZulu-Natal, consideram a terra natal dos Zulus.
Com isso, vocês já devem ter percebido o motivo do meu blog, em? Então, fiquei de olho nas próximas postagens onde irei contar sobre minha convivência com os Zulus e tudo o que aprendi com aquele povo. Até mais pessoal!
Ah, vou deixar com aqui um videozinho bem legal, só para vocês sentir um gostinho sobre a cultura Zulu.
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keliv1 · 10 months
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FestA! Festival do Aprender - Sesc Belenzinho - 08.07.23
Peguei o sabadão para ir (mais uma vez) ao Sesc, desta vez para ter uma vivência de joalheria afrodiaspórica , algo que busco ainda mais depois que escrevi "Alguns verbos para o jardim de J."
A professora e estilista Cynthia Mariah foi ultrapaciente e divertida com a gente e tirei esse dia mesmo para aprender, nem peguei no celular para fazer as "famosas fotos jornalísticas", rs!
Foram três horas de conversas, trocas, sonhos, histórias.
Olha, aprendi muito e tô aprendendo.
Como sempre escrevo por aqui, muitas vezes me sinto culpada por não ter tantas redes, não ter whatsapp, mas acho que nessa existência, não importa a quantidade de pessoas e de atividades que faça, mas sim o que você deixa para os outros.
Como diz um ditado do Povo Bambara, do oeste africano: "As pessoas da pessoa são múltiplas na pessoa”.
Que sejamos mais múltiplos não online, mas offline.
Gratidão, professora!
Se conseguir fotos, postarei aqui!
Sigamos!
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miscigenacaonobrasild · 8 months
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Cordel
No dia primeiro de setembro de 2023, a aluna Alicia Clara, da Escola Projeto Lápis de Cor, criou um cordel sobre a miscigenação do Brasil, em uma aula de produção de texto.
Veja a seguir:
O solo brasileiro, uma mistura a brilhar,
A miscigenação, nossa história pra contar,
Neste cordel, vou rimar e declamar,
Sobre a diversidade que faz o Brasil vibrar.
Indígenas nativos, com sua cultura ancestral,
Guardiões da terra, na mata tropical,
Com suas línguas e rituais tão especiais,
São parte da miscigenação, as mais essenciais.
Portugueses chegaram, chegaram causando
Com suas histórias, vieram colonizando.
Na terra tupiniquim, foram se estabelecer,
A mistura já começava, sem ninguém perceber.
Negros africanos, na força do trabalho,
Foram trazidos forçados, e foram escravizados,
Na cultura brasileira, deixaram seu legado.
A miscigenação avançou, com mudanças pra afirmar
Mulatos, indígenas, um povo a se formar,
Com sua língua, sua dança, seu cantar,
O Brasil se tornou um mundo pra se morar.
Samba, capoeira, feijoada a mostrar,
Expressões da cultura, a todos encantar,
No sertão, no litoral, no nosso caminhar,
A miscigenação brasileira nos guiará.
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miscigenacaonobrasila · 8 months
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Afinal, o que é o brasileiro? - As migrações como projeto de nação
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Dois conceitos problemáticos – assimilação e aculturação –, mas cuja compreensão histórica é importante para pensarmos nas discussões relacionadas às migrações e como o migrante é interpretado no que diz respeito à uma identidade nacional. A transformação do Brasil em um estado independente no início do século XIX gerou diversas inquietações e debates entre aqueles que governavam a nova nação. Esse povo não era somente aquele que já se constituía no país. A política inicial do Império Brasileiro visava migrantes dispostos a ocupar regiões de fronteiras do país, especialmente no sul, e em pequenas propriedades rurais.
Decorrem desse exemplo observações acerca da busca pelo branqueamento da população brasileira, pensando ainda nos debates relativos ao fim da escravidão no país. A ideia essencial era ver o migrante estrangeiro, branco e europeu como o responsável por melhorar ou civilizar o Brasil, ou seja, aqueles que aperfeiçoariam uma nação imperfeita e «desafricanizariam» o Brasil. Em meados do século XIX, podemos utilizar como exemplo a atração de sulistas estadunidenses, derrotados na Guerra Civil americana, que receberam subsídios e terras no interior do estado de São Paulo e a visão negativa sobre a migração chinesa.
Segundo o fazendeiro de café Luis Peixoto de Lacerda Werneck
"Os protestantes alemães eram moralizados, pacíficos e trabalhadores, enquanto os chineses eram homens-animais cujo caráter é apresentado por todos os viajantes com cores desfavoráveis e terríveis. Seu torpe egoísmo, o orgulho, uma insensibilidade bárbara alimentada pela prática do abandono ou trucidamento dos filhos. A cultura chinesa iria degenerar a população brasileira, que já havia sofrido a disformidade do indígena e do africano."
No final do século XIX, as migrações para o Brasil se transformam em um fenômeno de massa e se destacam as chegadas de migrantes provenientes de países do sul da Europa, como Itália, Espanha e Portugal.  Ao mesmo tempo, as migrações desses povos eram importantes para o Brasil em um contexto de recrudescimento e até proibição da migração subsidiada de alemães. É ainda nesse cenário que se intensificam no Brasil as teorias raciais vinculadas ao darwinismo social e que buscavam uma solução para o processo de miscigenação no país. Essa solução era teoria do branqueamento, ou seja, a entrada de milhares de migrantes europeus em território brasileiro resultaria, em algumas gerações, na transformação/branquidão da população do país e, por consequência, em uma pretensa nação mais civilizada .
Jeffrey Lesser aponta que essa sociedade pluralista colocava a branquidão no topo e a negritude na base e que a fluidez desses termos e dos seus significados fizeram com que o Brasil se tornasse uma nação multicultural. As elites japonesas costumavam também promover o Japão como o país «branco» da Ásia, o que pode ter contribuído nas negociações para a promoção da migração japonesa para o Brasil. J. Amândio Sobral, inspetor da agricultura do estado de São Paulo, na ocasião de sua visita ao Kasato Maru, navio que trouxe o primeiro grupo oficial de migrantes japoneses ao Brasil, disse que «a raça é muito diferente, mas não inferior». Conseguimos observar, por meio desses exemplos, como as teorias raciais e, particularmente, a ideia de transformar o Brasil em uma nação mais branca estavam diretamente relacionadas a um projeto político que entendia a migração como uma forma de civilizar o país.
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selektakoletiva · 9 months
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8 DISCOS DE ROCK AFRICANO
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Em pleno mês do Rock, trazemos aqui pérolas do mesmo - aquele que já fora o gênero mais ouvido do mundo. Dito isso, trouxemos pérolas negras como Melodia. Mas não qualquer pérola ou Rock. Hoje é uma listinha pra descentralizar e ampliar discussões. E pra sempre lembrar: O Rock é original y genuinamente preto.
Geralmente lembra-se, quase quei instantaneamente, de bandas norte-americanas e/ou europeias, sobretudo em homenagens nessa merma data Então por isso mermo, trouxemos artistas diretamente da África Mãe, pra exemplificar e agregar a essa data. Alguns nomes emblemáticos, outros novos talentos, e assim segue a listinha selekta de Oito Discos Preciosos pra você curtir, conhecer ou relembrar. 
OSIBISA [1971]
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Osibisa é um grupo dos anos 70, composto por quatro ganenses e três caribenhos. O nascimento da Osibisa (que traduzindo, seria algo como "dança de rua") se inicia em 1962, quando Teddy Osei viaja para Inglaterra para estudar música. Ali conhece o batera Sol Amarfio. Sete anos depois, juntamente com outros amigos e músicos que foram trombando no caminhar, resolvem criar a banda, mesclando ritmos africanos e caribenhos, jazz, rock e r&b. "OSIBISA" é o primeiro disco da banda, homônimo lançado pela Decca Records. Tem 7 faixas com bastante influências do Soul Psicodélico e também do highlife, no qual boa parte da banda foi altamente atuante no movimento, do início para o meio da década de 60, ainda em Gana. Obra prima!
MOVING WORLD [1974]
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Em 1974, um jovem e audacioso designer chamado Augustus Kerry Taylor teve uma ideia brilhante. Ele decidiu reunir os músicos mais brabo de Gana, do highlife ao afrobeat, jazz e funks. Mas desta vez, ele não se contentaria apenas em criar a arte da capa, como havia feito para Fela Kuti, por exemplo. Ele lançaria o álbum em sua própria gravadora, a Emporium. As lendas de Accra, capital ganense; Joe Wellington, Jagger Botchway, Leslie Addy, Officer Toro, Oko Ringo, Soldier e Steve, responderam ao chamado. Eles foram batizados como a Kelenkye Band e se conectaram imediatamente. Infelizmente, a Kelenkye Band nunca gravou outro álbum. Augustus Kerry Taylor fechou a Emporium e voltou a focar em criar capas de álbuns. No entanto, com "Moving World", eles entregaram um momento perfeito de alquimia do funk, que se tornou, com razão, o Santo Graal do groove ganense dos anos 70.
LAZY BONES!! [1975]
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Terceiro e mais famoso disco do lendário grupo WITCH, líderada por Emmanuel 'Jagari', um dos percussores do Zamrock - movimento criado na década de 70, em meio a crise socioeconômica na Zambia, antes mesmo da primeira década de independência do território. disco, assim como a própria premissa do Zamrock, traz batidas mescladas e pesadas com guitarras sujas, elementos do rock psicodélico e do heavy metal, de meados de 60, ao 'meiar' da década de 70, além da presença dos vocais. Há também batidas e timidas aparições de ritmos ou cadências da região costeira de Zambeze, fronteira do Zimbábue com Zambia. Entretanto, em especial esse disco do WITCH (que é sigla para We Intend To Cause Havoc), o "Lazy Bones!!", é considerado o mais ocidentalizado dentre os discos da banda, traz consigo um par de riffs, efeitos e letras sobre luta de classes, política e desigualdade racial.
DARK SUNRISE/WINGS OF AFRICA [1975]
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Mais um exemplo de Zamrock, dessa vez o genuíno. Não que WITCH, não seja, já que em sua essência de resistência e pela subversão lírica e harmônica, faz por si só ser o que é, mas Rikki Ililonga & Musi-O-Tunya, eram os chamados transgressores do ritmo. E era em meio ao caos político e social citamos, que Zâmbia mais precisava da transgressão do Zamrock.
Alinhando sax, teclado com o power trio de qualquer grupo de rock (bateria, baixo e guitarra), Rikki Ililonga seu lendário grupo Musi-O-Tunya - nome dado a uma das maiores cachoeiras da África e do mundo, que traduzindo do idioma do povo Tonga, "Smokes That Thunders", ou que em português seria O Fumo que Trovoa, em livre tradução - faria o Zamrock ultrapassar barreiras, inclusive na união popular de Gana, por via de rádios e gravações e distribuição dos seus próprios sons da melhor e mais pura forma 'faça você mesmo'. Influenciado por bandas europeias, sul africanas e nigerianas, e adaptando a realidade caótica a qual Zambia vivia, Dark Sunrise (também popularmente conhecido como The Wings of Africa), foi um dos discos mais importantes do movimento e traz, além do rock, o funk e os elementos da música tradicional africana, com instrumentos como Kalimba e violões improvisados, com muitas distorções.
AURA [1984]
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King Sunny Adé é um dos gênios da cultura da Nigéria, e talvez um dos mais influentes da música africana, juntamente de Fela Kuti, Manu Dibango, entre outros no qual teve parcerias entre outras particularidades. Músico de sonidos populares da Nigéria, King Sunny Adegeye juntou-se aos seus African Beats, posteriormente conhecidos como The Green Spots, e lançaram seguidos discos juntando o melhor do pop africano e da Juju Music, ritmo tradicional nigeriano, com o rock, soul, funk e elementos globais como grooves, soul, batidas eletrônicas, efeitos e reverbs. O que lhe rendeu algumas nomeações ao Emmy e outros prêmios internacionais, continentais e afins. Falando de "Aura" em específico, apesar de ainda estar na época mais comercial de King Sunny, sucedendo o cultuado Synchro System (73'), talvez seja um disco um tanto quanto experimental, e com combinações um pouco mais viajantes, digamos assim... Uma mistura pura do juju, highlife e o o pop africano, pegando rock e a música preta americana como uma base poética de inspiração e estética sonora. Pra finalizar, o disco ainda conta com participações de Stevie Wonder e Tonny Allen, no qual suingam em músicas do melhor da música africana e da world music, que pegando uma visãozinha agora e lançando a tese pra vocês que leem (tudo hipotética, óbvio) vem me parecendo muito algo que tenha influenciado Gilberto Gil e ter se inspirado ao compor muitas das músicas do (Re)favela.
AWO [2016]
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uKanDanZ é um quinteto intercontinental (Etiópia e França), sitiada e radicada entre Lyon e Addis que incorpora a cultura local com outras texturas do mundo. AWO é o segundo disco dos Franco-Etíopes. O álbum liquidifica as escalas e improvisos do jazz, psicodelias com overdrivers, música tradicional da Etiópia com o mundo das guitarras distorcidas, efeitos, e coisas do tipo muito extraído do space e prog rock da década de 70, assim como o krautrock alemão da mesma década. Neste disco em especial, as guitarras e o sax são o ponto alto do trabalho, que juntamente com os efeitos e filtros nos vocais e instrumentos em meio as longas sessões de experimentações e descarrego.
DJINE BORA [2022]
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BKO é um quinteto oriundo do Mali. A sigla inclusive é a abreviação internacional de Bakamo, capital onde os malienses cresceram e acompanharam as quedas, glórias e crises da metrópole africana. Com dez anos de banda e dois discos na bagagem, além de mais de 25 países no seu mapa de tours pelo mundão, o quinteto lançou ano passado (2022) seu terceiro e mais recente trabalho DJINE BORA.
O álbum soa como algo mais experimental, sendo a primeira vez que junta elementos africanos e a cultura mandingo com gêneros como rock e pop, além de incorporar instrumentos tradicionais como o violão Djeli N'goni (que nesse caso ainda foi amplificado), do  griot Mamoutou Diabaté e o alaúde de seis cordas de um dos membros de caçadores secretos de Bambara, amigo pessoal do grupo e referência na comunidade maliana. Pra finalizar, com o combo tradição/raiz e tecnologia, o disco é selado em uma psicodelia cremosa, com pitadas de texturas e captação de áudio perfeita de cada um dos instrumentos. Preparado e embalado pra viagem.
AGADEZ [2022]
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Outro disco do ano passado, terceiro dos Nigerenses do Etran de L'Aïr, que poderia ser traduzido livremente como "estrelas no ar".
Com pouco mais de 5 anos de grupo de forma jurídica, porém mais de 50 de forma física e familiar. Assim que foi a lida do grupo mais promissor dos ultimo anos duma cidade-comércio na região mais alta, com vista para o Rio Níger. Com a aclamada estreia pela crítica em 2018, Etran de L'aïr veio difundindo o canto de um povo aguerrido que respira música. O álbum sucessor é a prova viva disso. Marcado pelo já conhecido desert blues que a banda propaga por aí em festas, casamentos e rituais - tradição e negócio da família há anos - em áreas do Saara, inclusive em Agadez, município que leva o nome do disco e da cidade para o mundo, dando voz e disseminando a sonoridade das guitarras e dedilhados tuaregs e quebrando as barreiras do rock ocidental, trazendo a tona os sonidos especiais que saem das dunas do norte do Níger.
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Espero que tenham curtido. dêem um salve, aquela fortalecida e espalhem! kelafé!
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pegasus-viagens · 8 months
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[CONTEÚDO BÔNUS]
Curiosidades sobre Países Africanos!
Trouxemos curiosidades sobre países africanos, em homenagem ao dia da consciência negra que está por vir nesse próximo mês.
A África é o terceiro maior continente do mundo e um dos mais populosos. O continente, mesmo sendo rico em biodiversidade e multicultural, sofreu muito com o racismo no passado e hoje em dia.
E apesar de ser considerado o berço da humanidade, o continente foi colonizado por povos europeus e muitos africanos foram arrancados e levados para outras partes do mundo para serem escravizados.
Tudo isso acabou levando a um forte preconceito racial no mundo todo, e na luta por igualdade começaram diversos movimentos negros, que buscavam acabar com o racismo e dissipar a ideia de que todos merecem direitos iguais.
Então, para trazer maior visibilidade e conhecimento, vamos mostrar algumas curiosidades do continente africano. Pra começar, se você quer visitar algum país e não consegue aprender outro idioma, o Português é a língua oficial na Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe.
Os sul-africanos amam churrasco, que eles chamam de braai, então se você é brasileiro não se preocupe, porque o churras de domingo continua de pé. Mas claro que muitos vão para a África para fazerem safári e se você é aventureiro com certeza vai gostar de ter contato com os animais selvagens nas savanas.
E não é só leões e elefantes que se vê por lá, a praia de Boulders, na costa do sul do país tem pinguins e é uma das atrações turísticas mais procuradas, já que lá se encontram mais de 3.000 pinguins.
Curtiu saber mais sobre o continente mais antigo do mundo? Acesse os nossos blogs e veja mais sobre pontos turísticos ao redor do mundo. 
Esse post foi feito em parceria com o blog @destinoperfeito.
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p4zeequilibrio · 2 years
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BAOBÁ: UMA ÁRVORE EXUBERANTE Pertencente à família das malváceas, parente dos hibiscos e da malva, o baobá é uma árvore nativa da África que pode viver por mais de 1000 anos. Seu tronco, em forma de cone, pode chegar a 9 metros de diâmetro e a 30 metros de altura. As folhas jovens do baobá são comestíveis e medicinais. De uma beleza ímpar, o baobá - além de ser uma das árvores mais exuberantes da Terra - representa a resistência do povo africano. Siga 👉 @pazeequilibrio https://www.instagram.com/p/Cj6Cs8wpvkT/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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miscigenacaonobrasilb · 10 months
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Miscigenação no Brasil
O povo brasileiro é resultado da miscigenação de vários povos.
Os indígenas, os portugueses e os africanos são os principais grupos.
No entanto, há vários imigrantes europeus e asiáticos que vieram para o Brasil, especialmente a partir do século XIX, que também formaram o povo brasileiro.
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planetabio · 10 months
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A visão do colonizador que se transformou (sem querer) em uma linda história de amor
Quem nunca ouviu falar na história de Tarzan e Jane?
É, mas a história parece ter nascido no "mar de lamas" da visão do supremacista branco europeu.
Em 1912, o estadunidense Edgar Rice Burroughs (1875-1950) publicou a primeira série do romance de sucesso Tarzan of the Apes (Tarzan, o filho das Selvas) na All-Story Magazine. A história de Tarzan é tão surpreendente que desde aquela época diversas versões foram publicadas em quadrinhos, revistas, séries de TV, animações e cinema.
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No romance original de Burroughs, Tarzan é o filho de John Clayton e Alice Clayton, um casal britânico que naufragou na costa oeste da África e que passou a tentar sobreviver às condições locais. Mas em certo dia, os pais de Tarzan foram atacados e mortos por Kerchak, o líder dos "grandes macacos". O bebê Tarzan foi adotado e criado por Kala, uma macaca que lhe ensinou habilidades físicas sobre-humanas.
Graças à Kala e aos outros macacos do grupo, Tarzan aprendeu a se mover rapidamente pelas árvores, a se comunicar com outros animais selvagens e a lutar contra poderosos predadores.
Certa vez, supostamente já adulto, Tarzan encontrou Jane Porter, uma exploradora estadunidense que pesquisa a vida na selva africana, junto com o seu pai, o Professor Archimedes Q. Porter. No romance original de Burroughs, Jane é retratada como uma personagem compassiva e empática.
Um momento marcante do romance original, é quando Jane vê Tarzan pela primeira vez na selva. Ela foi capaz de superar o choque inicial de encontrar um homem selvagem e desconhecido e se aproximou dele com curiosidade e empatia.
Mas em qual contexto geopolítico nasceu a história de Tarzan idealizada por Burroughs?
É importante observar que na época em que o romance original de Tarzan foi escrito (1912), havia uma prevalência de atitudes e crenças colonialistas que sustentavam a ideia de superioridade europeia sobre os povos africanos e outras culturas consideradas "não ocidentais". Essas visões coloniais frequentemente retratavam os europeus como civilizados, avançados e superiores, ao mesmo tempo que descreviam os povos indígenas e africanos como selvagens, primitivos e inferiores. Essa mentalidade estava enraizada em noções de supremacia racial e cultural.
Embora Tarzan seja um personagem excepcional que se destaca tanto entre os europeus quanto entre os nativos da selva, a narrativa original de Burroughs mostra-se impregnada de percepções coloniais da época. O protagonismo de Tarzan e sua habilidade superior na selva podem ser interpretados como uma reafirmação dessas noções de superioridade europeia, apesar de ele ter sido criado por macacos.
Alguns romancistas afirmam que Burroughs não descreveu com tanta ênfase o amores improváveis entre uma mãe-macaca e um bebê humano, ou entre uma mulher civilizada e um homem notadamente selvagem.
O foco da história original foi outro!
Burroughs talvez tenha sido mais enfático na descrição das incríveis habilidades de um homem branco e de como ele conseguiu superar seus problemas, em um cenário selvagem, impregnado de nativos primitivos. Vale ressaltar que nas primeiras décadas do século XX (época em que as diversas histórias de Tarzan "bombavam" nas livrarias e até nos cinemas) algumas representações literais e culturais traziam traços racistas como:
Salvagismo e primitivismo: muitas vezes, os povos africanos eram retratados como selvagens, primitivos e menos desenvolvidos em comparação aos europeus. Eles eram frequentemente mostrados como sendo mais próximos da natureza e menos "civilizados" do que os europeus.
Exotismo: os povos africanos eram frequentemente retratados como exóticos e diferentes. Suas culturas, aparência física, tradições e costumes eram muitas vezes apresentados como estranhos ou curiosos para os europeus.
Inferioridade: visões raciais prevalentes na época afirmavam a suposta superioridade dos europeus sobre os povos africanos. Isso incluía a crença de que os europeus eram mais inteligentes, avançados e superiores em termos de civilização e cultura.
White Savior Complex (Complexo do Salvador Branco): ideia de que um personagem branco, como Tarzan, poderia ser visto como superior e capaz de salvar ou "civilizar" os povos africanos nativos.
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Filme: A Companheira de Tarzan (1934)
Mas o tempo passa, o mundo se transforma, os hábitos também.
Esse Tarzan "gostosão" branco não cola mais e passa um ideia racista que não tem mais cabimento no mundo de hoje (nunca teve em tempo nenhum).
Elementos éticos, ambientalistas e científicos transformaram o romance entre Tarzan e Jane em uma das histórias mais belas de amor. A relação maternal entre a gorila Kala e o bebê Tarzan transmite um sentimento gostoso de respeito à vida selvagem.
Em 1999, a Disney lançou a animação Tarzan que se tornou um estrondoso sucesso de cinema (US$ 448,2 milhões no mundo, tornando-se a quinta maior bilheteria daquele ano).
Ora, vai dizer que você nunca ouviu a canção tema de Tarzan, interpretada por Phil Collins?
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Em um cenário que enfatiza a importância da vida selvagem (e de sua preservação), temperada com uma trilha espetacular, Tarzan (da Disney) emociona crianças e adultos com ingredientes que fazem bem para a alma. Ao contrário da obra original, essa versão de Tarzan trabalha muito bem o amor maternal demonstrado pela gorila Kala, assim como enfatiza o inusitado amor entre duas pessoas pertencentes a mundos e hábitos tão diferentes. Que bela animação!
Ainda bem que a história Tarzan mudou!
Mas a história de Tarzan não foi a primeira a descrever bebês humanos criados por outras espécies de animais. Há histórias semelhantes na mitologia e no folclore de diversas culturas.
Uma das mais conhecidas é a lenda de Rômulo e Remo, história mitológica que descreve a fundação da cidade de Roma. Segundo a lenda, Rômulo e Remo eram irmãos gêmeos e filhos do deus Marte (ou Marte) com a princesa Reia Silvia. A história foi registrada por vários escritores antigos, incluindo Tito Lívio, Plutarco e Virgílio, cada um com algumas variações nos detalhes. A narrativa tradicional relata que, após o nascimento, os gêmeos foram abandonados às margens do rio Tibre, onde foram encontrados e amamentados por uma loba. Mais tarde, foram adotados por um pastor chamado Fáustulo e cresceram como pastores. Quando os irmãos se tornaram adultos, eles descobriram sua verdadeira linhagem e decidiram fundar uma cidade no local onde foram encontrados e criados pela loba. No entanto, surgiu um desentendimento entre eles sobre quem seria o governante da cidade. Rômulo matou Remo durante uma disputa, tornando-se assim o primeiro rei de Roma.
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Ok, mas e na vida real? Algum bebê humano já foi criado por um animal de outra espécie"?
Bem, existem relatos de casos excepcionais em que bebês humanos foram cuidados por fêmeas de outras espécies. No entanto, essas situações são extremamente raras e geralmente ocorrem em circunstâncias extraordinárias. Talvez o exemplo mais conhecido é o caso de Marina Chapman, uma mulher colombiana que alega ter sido criada por macacos depois de ter sido abandonada na selva quando criança. Segundo seu relato, ela foi acolhida e cuidada por um grupo de macacos, aprendendo a viver e se comunicar com eles até ser encontrada por caçadores e reintegrada à sociedade humana.
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Capa do Livro "La niña sin nombre: La increíble historia de una mujer criada por monos (Spanish Edition)"
Outro exemplo envolve a história de uma menina russa chamada Natasha, que supostamente foi cuidada por uma matilha de cães de rua em 2008. Ela teria passado vários anos vivendo com os cães antes de ser resgatada.
Embora esses relatos sejam fascinantes e tenham recebido alguma atenção midiática, é importante observar que eles são casos isolados e muitas vezes carecem de evidências científicas sólidas. O cuidado e a sobrevivência de bebês humanos por outras espécies animais são eventos extremamente raros e não são uma ocorrência comum na vida real.
Por outro lado, embora muito raros, no Reino Animal já foram observados diversos casos de mamães adotando bebês de outra espécie não humanos. Aqui estão alguns exemplos notáveis:
Cães adotando filhotes de outras espécies: os cães têm mostrado comportamento de adoção em relação a filhotes de outras espécies, como gatos, coelhos e até mesmo filhotes de animais selvagens. Em alguns casos, cães têm sido conhecidos por fornecer cuidados maternais e amamentação a filhotes órfãos.
Macacas Rhesus adotando filhotes de outras espécies: em alguns estudos, macacas Rhesus foram observadas adotando filhotes de outras espécies, como cães, gatos e ratos. Esses comportamentos podem ocorrer quando as macacas estão privadas de seus próprios filhotes ou quando têm uma forte motivação materna.
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Golfinhos adotando filhotes de outras espécies: há relatos de golfinhos adotando filhotes de baleias órfãs. Os golfinhos demonstram comportamento de proteção e cuidado em relação a esses filhotes desamparados, oferecendo-lhes companhia e apoio social.
Gatos adotando filhotes de outras espécies: gatas domésticas às vezes adotam filhotes de outras espécies, como coelhos, pintinhos ou ratos. Esses casos podem ocorrer quando a gata está em um estado de maternidade e exibe comportamentos de cuidado e proteção.
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Gata 'adotou' filhotes de coelhos órfãos em Cuiabá. (Foto: Anne Caroline da Costa)
Mas por que essas adoções interespecíficas raras ocorrem?
Os animais têm instintos maternais direcionados principalmente aos membros de sua própria espécie, porém circunstâncias específicas, como a ausência de seus próprios filhotes, a presença de estímulos maternais fortes e a liberação de hormônios ligados à maternidade (como a oxitocina) podem ocasionar esses comportamentos adotivos em relação a outras espécies.
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Galinha que "adotou" os filhotes de cachorro em Jaraguá do Sul (SC) — Foto: (Maristela Klutckowski)
Claro que não podemos "romantizar" esses comportamentos inusitados que eventualmente ocorrem no Reino Animal, mas nós somos humanos e é natural pensar que talvez gestos de amor e empatia observados em muitas espécies, inclusive a nossa, não são apenas resultados de uma sequência de bases nitrogenadas e das reações metabólicas decorrentes, não é mesmo?
Para saber mais:
1-https://vidadebicho.globo.com/comportamento/noticia/2022/05/entenda-como-funciona-o-instinto-materno-no-mundo-animal.ghtml
2-https://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2017/01/gata-adota-filhotes-de-coelho-que-perderam-mae-em-cuiaba.html
3-Livro Tarzan gratuito: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://livrogratuitosja.com/wp-content/uploads/2022/04/Tarzan.pdf
4-https://www.independent.co.uk/news/science/dolphin-adopts-whale-bottlenose-melon-headed-calf-french-polynesia-a9029276.html
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