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#sven kristofferson
cinema-em-foco · 5 months
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Fantástico Senhor Raposo
Produção
Com um casting de peso, o filme “O Fantástico Senhor Raposo” se baseia no livro de mesmo nome de Roald Dahl, que é, por sua vez, baseado na vida do autor, pode-se dizer que Senhor Raposo é a versão animal de Dahl.
Wes Anderson, o diretor, utiliza da animação em stop-motion para dar vida à história, sendo extremamente cuidadoso tanto na pesquisa e preparação, quanto na produção do longa-metragem. O diretor utiliza das habilidades de artistas visuais tanto para a criação dos personagens quanto para as animações utilizadas como base para as gravações finais.
Anderson mergulhou na obra original e, junto de sua equipe, estudou a casa e o escritório do autor, passando tempo dentro da casa vivendo o que o filme poderia vir a ser. O filme inteiro possui inúmeros detalhes iguais aos da casa do autor do livro e de seu escritório, desde os objetos até as cores das lâmpadas. Também foi atrás do ilustrador da primeira edição do livro, conseguindo concepts do mesmo e usando suas ilustrações como guia para as visualidades da obra.
Mesmo sendo sua primeira animação em stop-motion, Anderson conseguiu criar uma espécie de familiaridade e conforto em seu longa, utilizando de 126 sets unicos, diversos objetos meticulosamente detalhados e inúmeras marionetes. Na criação da casa Fox buscaram que o local tivesse muitas texturas, objetos e estampas para que a casa parecesse mais vivida, íntima, única e diferente. O filme apresenta tratamento especial com o cenário, especialmente em cenas escuras e em locais fechados, tendo muito cuidado com a iluminação buscando uma visualidade orgânica e complexa com a ajuda de artistas extremamente habilidosos.
As marionetes fizeram com que a produção tivesse de solucionar o problema de como fazê-las aparecerem sem destoar do resto. As mesmas foram produzidas meticulosamente, primeiro esculpidas, tiradas moldes, e, finalmente, montadas com um esqueleto mecânico de metal que possibilita movimentos diversos, desde os braços, até os dedos, bochechas e nariz. Seus esqueletos cobertos por silicone ou látex e pelo animal. Eram, também, feitas em diversos tamanhos para se adequarem aos shots, podendo ser desde mini micro, micro, half ou full scale, variando conforme a necessidade.
As gravações eram feitas, em parte, com uso de tela verde, o que possibilitava maior experimentação durante as gravações (principalmente das expressões). Muitas gravações feitas eram apenas testes de movimentos, como danças, e de composições.
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Dublagem
Dublagem e atuação
Os dubladores do longa-metragem entregavam uma voz muito condizente com a atuação original, até melhor talvez por conta de serem menos suaves. Na dublagem original, os atores não gravaram em estúdio boa parte das cenas, elas foram gravadas em ambiente real para cada cena, que variam em muitos lugares, desde campos abertos até um esgoto. Os sons animalescos também foram feitos pelos atores nos mesmo lugares em que ocorriam as cenas.
Sr Raposo, por exemplo, tem uma voz calma e suave de George Clooney, que encaixou perfeitamente com o personagem; em português, o dublador Armando Tiraboschi (vozes de Jeremy Wade-Monstros do Rio/ Shang Tsung-MK11 de 2019-MK 1 de 2023-Narrador Jojo Bizarre Adventures de 2021) entregou uma voz mais agitada para ele, acompanhando o ritmo acelerado do filme e com a personalidade do personagem (raposa muito inteligente trapaceira ágil e arrogante).
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Elenco
Sr Raposo [George Clooney/Armando Tiraboschi] Texugo [Bill Murray/Flávio Dias], Ash [Jason Schwartzmann/Fábio Lucindo], Srª Raposo [Meryl Streep/Cristina Rodrigues], Rato [Willem Dafoe/Guilherme Lopes], Kristofferson [Eric Chase Anderson, Marco Aurélio campos] Franklin Bean [Michael Gambon/Luis Carlos de Moraes], Walter Boggis [Robin Hurlstone/Antônio Moreno], Kylie Sven Opossum [Wallace Wolodarsky/Roberto Leite], Doninha [Wes Anderson/Felipe Grinnan], Linda Otter [Karen Duffy/Rosa Barcellos], Nathan Bunce [Hugo Guinness/Carlos Silveira], Agnes [Juman Malouf Tatiane Keplmair], Filho do Castor e Filho do Bean [Jeremy Dawson, Garth Jennings/Rodrigo Moreno], Sra. Bean [Helen McCrory/Mirna Rodrigues], Castor [Steven M. Rales/Mauro Eduardo Lima], Coelha [Molly Cooper/Rosa Barcellos], Coelho [Mario Batali/Cássius Romero], Técnico Skip [Owen Wilson/Alfredo Rollo].
Os atores fizeram as gravações e recordações das vozes com objetos de cena que auxiliavam no contexto do momento, não separando o corpo da voz.
A atuação lembra muito o teatro da crueldade de Artaud, por conta das onomatopeias e sons animais, porém também remete ao Teatro Realista de Stanislavski, onde os personagens têm um aprofundamento por parte dos atores e ficam tentando deixar eles os mais reais possíveis e vivenciando as situações deles, como num trecho do filme onde os fazendeiros recebem uma mensagem de volta do Sr Raposo que foi escrita de forma estranha e Franklin Bean questiona o porquê disso, sendo que ele mesmo fez do mesmo jeito. assim como os dubladores fizeram a sobreposição de voz corretamente e sem descartar fatores visíveis dos personagens como falar com um cigarro na boca ou falando enquanto come.
Visual
O filme foi dirigido por Wes Anderson, que é conhecido por sua maneira única e até mesmo considerada “esquisita”. Anderson tem muitas características marcantes em seus filmes, que aparecem diversas vezes em “O Fantástico Sr. Raposo”.
Uma das características que é constante no filme é o enquadramento das cenas, que segue a regra dos terços, onde a regra consiste em separar a cena em três seções de tamanhos proporcionais, tanto na vertical quanto na horizontal, dentro existem pontos de interesse, que é usado para que o olhar da audiência vá primeiro nele e depois em outros pontos e a câmera sempre se movimentando no sentido horizontal. Também, várias cenas apresentam um zoom no rosto de um dos personagens, que foi usado em momentos cômicos ou dramáticos.
O filme, por não haver muitas mudanças de ângulos ou zoom nos rostos de personagens, por muitos movimentos exagerados e títulos do que está acontecendo na cena ou para mostrar a passagem de tempo, dá uma sensação de estar assistindo uma peça de teatro.
Todo o visual do filme foi inspirado em livros infantis, com uma paleta de cores limitada a tons quentes, simulando uma tarde de outono, que traz uma sensação de conforto e familiaridade.
Personagens animadas com características visuais marcantes, com roupas e traços faciais icônicos e detalhados. As personagens, por a maioria ser animal, apresentavam muita textura, que se movimentavam junto com as ações das personagens, suas roupas, que eram feitas de tecido de verdade também se moviam. E cada uma das personagens, foi realizada com muitos detalhes excepcionais e com diferença entre cada. Os cenários também apresentavam essas singularidades.
Os movimentos, principalmente das raposas, acontecem muito rápido, pode ter sido uma decisão para deixar mais fácil a animação, pois movimentos rápidos igual a menos quadros sendo mais simples e práticos de animar ou para mostrar a agilidade das raposas e como suas vidas são curtas e corridas, essa informação é relembrada no filme diversas vezes, então a animação pode ser um reflexo disso.
“O Fantástico Sr. Raposo” é um longa-metragem com características únicas, fazendo com que seu visual seja marcante e trazendo conforto para sua audiência.
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cinemgc · 5 years
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Fantastic Mr. Fox (Wes Anderson, 2009, Estados Unidos)
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baebeenam · 2 years
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jazzfunkdid · 7 years
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(via https://www.youtube.com/watch?v=tQUfuJFWswQ)
Hendrix Music Production ‎– NSLP 51 - Released in 1973. Stardust International & Tayfun ‎– Stardust International & Tayfun. Baritone Saxophone, Flute Solo – Bo Tedner. Bass – Mike Watson. Brass – Björn Hallin, Gösta Nilsson, Jan Allan, Rolf Andersson, Sven Larson, Weine Renliden. Choir – Anette Lindgren, Birgitta Kristofferson, Lena Eriksson, Ulla Källbeck, Ute Tedner. Drums, Percussion – Tony Walter. Guitar – Johnny Lundin. Vocals, Congas – Tayfun Karatekin. Organ – Frederik Grimm. Piano, Flute, Bass – Dick Major. Strings – Stockholm Phil. Orc. Trumpet – Christer Lindahl. Vocals – Dick Major, Frederik Grimm. Woodwind – Göran Larsén, Ingvar Holst, Jürgen Linder, Lars Stark.
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forkanna · 10 years
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Jesus Fuck That last chapter, where to begin? Okay, first, I was like, SHIT, ARE THEY BREAKING UP?! HOW DARE YOU DO THIS TO ME, YOU-YOU-YOU STALE CORNFLAKE! Then I kept on reading, soon to be pouring my heart out in sympathy to Froiland as she tries to maintains her dignity like the Queen she is (And Kristofferson is such a sweetheart, awwww) Oh, and I totally agree with Anna; can't abide half the shit they're blaring out on the radio nowadays don't get me started on the lyrics
CONTINUING ON BECAUSE TUMBLR IS A BITCH THAT WON'T LET ME USE PERIODS LIKE AN ENGLISH NATIVE AND I CAN'T SEND FAN-MAIL BECAUSE APPARENTLY, I HAVEN'T FOLLOWED YOU LONG ENOUGH HAPPY JOY YOU HAVE TO ENDURE MY STALKING FOR A FEW WEEKS, *cough*, I read about Ariel and this is where shit REALLY goes down and if my heart felt like cracking before, it is now in a million fuckin' pieces getting picked off one by one like a carcass by your writing that's manifested in razor-sharp beaks and cruel talons
In short, thank you for writing and I hope whatever personal issues you have are resolved soon! (Excuse my rabid rant, I'm currently pumped up on an obscene amount of caffeine, hahahahhaahaha)
HAHA, I love that you caught my little commentary on the nature of popular music; I postulate that by the non-specific point in the future when Freeze Out takes place, they'll be listening to New Age music with dubstep undertones (which is a truly horrific concept to my musical sensibilities).
But yes, thanks for reading and rambling through your caffeine-induced intensity! I do my best!
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forkanna · 10 years
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Can this really be you? Talking about, y’know... stepping down?
Sven Kristofferson, Freeze Out, chapter 12 (coming SOON)
[AO3 LINK]
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forkanna · 10 years
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[hellyeahpuckentine submitted:] I’M SORRY THIS IS ALL I SEE WHEN I READ FREEZE OUT 
...Puck, some days I don't know if you're one of the best friends I've ever had, or the mortal enemy I shall one day have to vanquish.
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