Tumgik
#vaga urgente
jornalgrandeabc · 2 years
Text
Vagas Abertas na Camicado
Camicado: Auxiliar de Loja, Caixa, Vendedor e mais, incluindo PcD, em Santo André, São Bernardo, São Caetano e São Paulo #santoandre #saobernardo #saocaetano #grandeabc #saopaulo #vagas #empregos #oportunidade #vagasdeemprego #trabalho #jornalgrandeabc
As lojas da Camicado estão com vagas abertas, efetivas, para Auxiliar de Loja, Caixa, Vendedor e mais, em Santo André, São Bernardo, São Caetano e São Paulo Quais os requisitos? FUNÇÃOCIDADECamicado – Assistente de operações de lojaSanto AndreCamicado – Supervisor de lojaSanto André/SPSupervisor de Loja – Shopping ABCSanto André/SPGerente de Loja – Golden Square ShoppingSão Bernardo do…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
dinhastuff · 1 year
Video
youtube
🚨URGENTE! Empresa com Oportunidade de vagas home office/Seja contratado ...
0 notes
augwstf · 8 months
Text
escolha um, apague o outro.
obs: ele é um dentista, abriu uma clínica recentemente, mas precisa de um/a secretária/o.
01. "que dia horrível..." começou a reclamar assim que ocupou o lugar livre no balcão, sem se importar com quem o escutaria. "tentei divulgar uma vaga de secretária, pra mim, e..." fez uma pausa, só para pedir baixo uma bebida. "só veio um candidato e ele era a pessoa mais insistente de todas. ficava dando sugestões, falando como se a vaga já fosse dele... quem me dera ter toda essa confiança."
Tumblr media
02. "desculpe, já estou fechando a clínica..." começou a dizer assim que escutou o sininho alertando que alguém entrara no lugar. "a menos que seja urgente." parou, olhando para a pessoa. "ou você veio deixar seu currículo?"
Tumblr media
26 notes · View notes
arcobalengo · 9 months
Text
Tumblr media
Pietà per l'Ucraina
Siccome Richard Moore, il capo dell’MI6, i servizi segreti esteri britannici, vaga alla ricerca di un perché, vorrei chiedere gentilmente al Corriere della Sera di fargli pervenire questa mia missiva umanitaria mentre Odessa è sotto le bombe: “Caro Richard Moore, mi chiamo Alessandro Orsini, sono un pacifista italiano. Vorrei tranquillizzarla. Lei non ha nessuna possibilità di umiliare Putin. Se andasse allo scontro con la Russia, l’Inghilterra sarebbe rasa al suolo in un secondo giacché l’Inghilterra ha circa 200 testate nucleari e la Russia oltre 6000. Eliminati i complessi di superiorità del blocco occidentale, la realtà le apparirà evidente: il massimo che il re inglese possa fare a Putin è portargli la colazione a letto con Boris Johnson a spalmare pane e marmellata a profusione. Moore, amico mio, sveglia, non siamo nel settembre 1939. Questa è l'era nucleare. L’Ucraina si trova in questa tragica situazione a causa di una classe dirigente europea che nella testa ha un criceto che gira nella ruota. Il fatto che i leader inglesi abbiano pensato, senza un briciolo di umanità, di poter distruggere la Russia per mezzo dell’Ucraina fornisce una misura precisa di quanto sia urgente che l'Europa vada in super produzione di cervelli e non di proiettili".
Alessandro Orsini.
🔴 Per ricevere tutti gli aggiornamenti segui Giorgio Bianchi Photojournalist
7 notes · View notes
lisboaumretrato · 2 months
Text
Tumblr media
Três horas da madrugada Três horas da madrugada: onde está Lisboa? Este largo varrido do vento, iluminado por fantasmas de candeeiros, deserto de um lado a outro — ainda é o Rossio? E este chão liso, onde os passos ressoam como no interior de uma caverna, que tem que ver com o campo de feira da luz diurna? Em qualquer parte, enquanto eu descia a Rua do Carmo, uma janela batia e atroava o desfiladeiro da calçada. E à entrada da praça um remoinho erguia folhas e papéis no ar, enquanto no centro dele um pequeno duende invisível (assim mo disseram, pelo menos) repetia os jogos de uma infância nunca vivida.
Lisboa dorme. Dorme profundamente. Todas estas janelas fechadas protegem a escuridão das casas. E lá dentro estão as mulheres e os homens desta cidade, mais as personagens vagas dos sonhos e dos pesadelos. Por sobre os telhados faz-se uma grande permuta de figuras e imagens. Lisboa é uma rede de transmigrações. Ninguém está seguro dentro do seu corpo. Em um lugar da cidade, alguém que dorme chama alguém que dorme, e esta atmosfera que se move no vento frio é toda ela atravessada de apelos urgentes. Abrem-se as paredes deste dormitório de um milhão de almas, longa enfermaria ou camarata multiplicada até ao infinito por um efeito de espelhos. E as figuras dos sonhos juntam-se aos seres adormecidos, e Lisboa aparece-me irreal, como suspensa entre o ser e o não ser já.
Sem os prestígios da luz, os manequins são baços e indiferentes, quase sumidos sob as roupas e os adornos. Tudo parece insignificante e falso. Entre o vidro e o diamante não há diferença, e os perfumes são líquidos inertes que não acordarão nunca para a vida dos aromas. Dorme tanto a cidade.
Falo e oiço, e estas vozes são, de todas, as únicas que resistiram à letargia. Agora recusamos a porta falsa do sonho — e vamos pelas ruas subitamente intermináveis, onde só os nossos passos reconstituem Lisboa, pureza transparente e quase angustiante de paraíso perdido e achado, e achado e perdido, nesta hora tão breve que não poderemos deter, mas que não se perderá (que não se perderá) nunca.
Três horas da madrugada, talvez quatro. Não tarda que venha o dia. A noite ainda vai durar, mas há nela já uma suspeita de manhã. Sobre o rio começará a nascer a brancura indecisa que o sol manda adiante. Arrefeceu mais. Daqui, vêem-se as estrelas. Como elas brilham, nítidas, duras, e, para nós, eternas. Dorme a cidade ainda. O rio passa, escuro e profundo, vivo e profanado, com cintilações rápidas à superfície, como as arestas luminosas de um cristal negro. Sobre a muralha de pedra que defende a cidade, as nossas mãos seguram ardentemente o mundo.
José Saramago, Deste Mundo e do Outro, crónicas, 1997
2 notes · View notes
zbvagas1 · 8 months
Text
Você trabalha como motorista carreteiro? Deseja saber onde existem oportunidades de motorista carreteiro urgente para ser contratado com rapidez?
Então você precisa ficar ligadinho com a gente, pois hoje, conheceremos algumas empresas que estão realizando a contratação de motorista carreteiro.
4 notes · View notes
sundazefestival · 8 months
Note
boa noite, mods! espero que isso não soe passivo agressivo mas como as dms e o twitter inteiro ainda bem instável, as asks não deveriam ser a chave de comunicação entre os players e a moderação? sei que fosse já alertaram sobre serem ausentes durante a semana, mas poderiam estabelecer um horário pra atividade na central pelo menos pra gente poder saber que vocês estão ativas? com a central assim inativa dá a entender que vocês já largaram o rp de mão
ô meu anjo, mas assim tu complica pra gente, vou nem mentir não.
acompanha aqui comigo: sexta tivemos a abertura da central e das reservas, sábado passamos o dia todo lidando com a quantidade massiva de interesse que recebemos (inclusive: muito obrigada mesmo, gente! deu trabalho, mas valeu a pena demais e estamos muito felizes!), domingo teve a primeira aceitação e abertura pra interações com direito a evento e plot drop, segunda teve toda a logística de primeiras reservas vencendo e vagas abrindo de novo, e ainda fizemos um eventinho (que teve até interação no perfil da rádio) pra compensar os chars em ic pela chegada caótica em daytona.
nesses quatro dias seguidos (sem nem contar os que vieram antes, com a gente terminando de preparar tudo do rp) tinha ao menos uma de nós quatro disponível aqui ou nas dms praticamente 24 horas por dia. ontem as páginas foram atualizadas cedo e de novo à noite, tivemos aceitação das fichas novas no twitter e estamos respondendo normalmente na dm por lá. de anti-ontem pra cá recebemos uma ou outra ask aqui, mas nada que fosse super urgente pra responder.
vocês tem que parar de achar que um dia sem postagem no tumblr significa que o rp já foi largado de mão, gente.
a gente combinou logo de manhã ontem que tudo bem ter um dia mais calmo, tanto pra respirarmos depois da maratona dos últimos quatro dias, quanto pros players não serem soterrados de coisas relevantes acontecendo sem nenhum intervalo. metade da moderação tinha eventos pra comparecer ontem, esta que vos fala precisava por o sono em dia, e a quarta manteve atualizada a parte essencial do rp (reservas, fichas e afins) mesmo estando ocupada também.
e mesmo decidindo que seria um dia calmo, ainda assim trabalhamos em coisas pro rp. organizamos o cronograma de eventos e tasks pro restante da semana, discutimos a possível abertura de novos grupos/bandas visto que nossas vagas praticamente acabaram, eu enfim consegui um tempo pra continuar estruturando o sistema do rp com calma - que será complexo pra nós criarmos do zero, mas estamos nos esforçando ao máximo pra ser simples pra vocês participarem.
tudo isso são "satisfações" e "justificativas" que a gente nem precisaria estar dando, muito menos no terceiro dia de rp aberto. já ter esse tipo de cobrança na nossa ask é, assim, absurdo, pra dizer o mínimo.
a chave de comunicação entre players e moderação ainda são as dms mesmo. o twitter tá meio instável, mas nem de longe tanto quanto esperávamos. a gente tá ativa lá praticamente o tempo todo, inclusive avisamos na timeline quando tomamos block de dm e estávamos no meio de algum assunto com player, e quase todo assunto é muito mais fácil ser resolvido por lá. não tem necessidade - passado o primeiro momento de abertura do rp, onde teria mais demanda pra isso - de estarmos disponíveis no tumblr 24 horas por dia, sete dias por semana também.
se lembrem que nem todo trabalho da moderação é visível em tempo real pra vocês, e que infelizmente não recebemos salário por isso pra termos como garantir que vamos bater ponto das 8h às 18h aqui na central. estabelecer um "horário de atividade" que não podemos dar certeza que vamos cumprir só geraria ainda mais frustração e estresse pra todos os lados. no mais, um pouquinho de empatia e paciência, por favor? a gente agradece de verdade o interesse, mas temos que alinhar as expectativas por aqui.
ah! e essa é a primeira e única vez que responderemos ask desse tipo, ok?
Tumblr media
2 notes · View notes
meiwindrunner · 1 year
Text
Capítulo 3. Comportamiento
El plan de Pete se había puesto en marcha al día siguiente, luego de repasarlo muchas veces, encontró a los candidatos perfectos para este plan.
Primero, buscó a Melvin. Claro maestro en los juegos de roles y especial habilidad creando detalladas e increíbles hojas de personaje. Pete le mencionó la falsificación de papeles para alguien importante, poniéndolo obviamente en alerta, hasta que se enteró que era una hermosa pelirroja aunque en esencia fuerte chica ligada a la familia Hopkins, quien por descuido había extraviado sus documentos de camino a Bullworth. Claramente y como era de esperar, Melvin no dudó en ayudar a la hermosa doncella en apuros, con la única recompensa de ser él quien le viera por primera vez entre sus camaradas.
La segunda persona era una mujer pelirroja que guardara algún rasco característico con Jimmy, encontró a la mujer perfecta en New Coventry, barbilla puntiaguda y ojos verdes. La verdad le recordaba vagamente a su amigo, esperaba funcionara bien para hacerse pasar por la tía de Jimmy, madre de… Jamie… Pete estaba feliz de que el soborno fuera destinado a alguien que en verdad lo necesitara, lo que fue un plus.
Con la cámara de Jimmy lograron tomarle una foto decente en el Faro, Pete la agregó a los papeles y de inmediato tomó la hoja que su amigo tenía en sus manos, este había falsificado la firma de su madre en la carta que Kowalski escribió, escusándose de un viaje sumamente urgente a Phoenix por motivos de salud, necesitando de su pequeño para unas pruebas de laboratorio. Algo exagerado, pero entre más urgente pareciera la carta, más creíble sería lo repentino de su desaparición.
Pete ya había guardado todo y se dirigía a Bullworth cuando Jimmy lo detuvo, sosteniendo una parte de su suéter.
- ¿Qué pasa Jimmy?
- Pete… necesito pedirte un favor extra.
- Lo que sea.
- Necesito que consigas un uniforme de chica para mí. – Con un leve sonrojo en su cara por lo tonto que sonaba, desvió la mirada ante la obvia respuesta que daría su amigo.
- ¿No puedes comprar el uniforme en la tienda Aquaberry? Si es por falta de dólares yo te doy no hay probl-
- No es eso… Arg dios esto es una mierda… pero, me da vergüenza comprar ropa en ese lugar así como estoy.
Pete le miró de pies a cabeza, no hallaba la fuente del problema. Aunque algo holgada, la ropa no lucía mal en él.
- No lo entiendo.
- Ayer cuando estuve paseando por aquí y por allá, reflexionaba en lo que pasó en lo que pasaría y claro, lo que estaba pasando en ese momento. Fue cuando noté que todas la personas alrededor me miraban como si fuese una especie de bicho raro. No sé porqué me importa, en otras circunstancias me daría igual. Si fuera… yo mismo ¿Entiendes?. Estar así de… descubierto me causa algo en el estomago y el pecho, tal vez es vergüenza… o no lo sé… tal vez es pura pendej-.
- De acuerdo. – Pete le sonrió comprensivo, sabía perfectamente como se sentía su amigo. – Traeré algo pronto, dejé tu desayuno en la barra, te veo más tarde.
- Gracias Pete… En serio.
- Aún no agradezcas, guárdalo para cuando el plan funcione.
Se sonrieron con complicidad, Pete se fue en su bicicleta y Jimmy se fue camino a la barra. Una deliciosa manzana roja, una soda y un sándwich de atún deleitaban su vista. Estaba comiendo tranquilamente cuando una idea vaga rodó por su mente.
- ¿Puede ser que… él podría-?
- Pete, Gary fue llevado a Happy Volt hace más de un mes. Por lo que dijo Crabblesnitch no saldrá hasta dentro de 2 años más cuando menos.
- Es la única persona que tiene motivos para hacerte miserable.
Pete tenía razón, en este momento no se le ocurría nadie en Bullworth con el afán de dañarlo o tomar venganza de alguna forma. Con Gary los motivos sobraban, pero ¿cómo le habría hecho para salir del asilo, si es que seguía ahí? ¿con que fin? ¿le gustaba aumentar días de encierro por mal comportamiento?
Sin lograr acabar con su sándwich, bebió el refresco y se acomodó su ropa lo mejor que pudo, tomó su gorra, montó su bicicleta (Amablemente entregada por Kowalski) y pedaleó lo más rápido que pudo a través de New Coventry y Blue Skies. Cuando finalmente estuvo frente al asilo mental Happy Volts, escondió la bicicleta en un arbusto y con mucha cautela escaló aquel árbol que había resistido tantas escabullidas en el pasado. Aún tenía algo de fuerza en su nuevo cuerpo, un gran alivio por ahora.
Esta vez, no pensaba ingresar al edificio, con chequear la celda por fuera, sería suficiente para su mente bastante sensible e insegura actualmente. Las ventanas estaban rotas a estas alturas, permitiendo entrar al frío pero negando la salida por los barrotes increíblemente gruesos. No tuvo que caminar mucho, lo encontró en el segundo anexo, Bloque B.
Ahí estaba, cabello castaño, levemente jorobado, con un atuendo en precarias condiciones y que sin embargo, en el lucía sumamente pulcro comparado a los demás pacientes del lugar. Aunque estaba dándole la espalda a Hopkins, la figura de Garrett Smith era simplemente imposible de confundir. Podía oír leves murmullos y rápidos golpes inquietos en el suelo con sus dedos. Quizás la abstención de medicamentos… o el cambio de estos. Como fuera, Smith estaba dentro, era todo lo que el pelirrojo necesitaba saber.
Jimmy soltó un suspiro de alivio y se preparaba para irse, sin embargo el sonido de la puerta metálica abriéndose acompañada de la voz desagradable de Theo frenó sus planes. Se agachó para esconderse, la curiosidad le negó marcharse. Gary se puso en pie de golpe, fue la primera vez que Jimmy lo vio actuar de esta forma.
- Bueno bueno, Gregory me informó sobre el incidente en la sala de recreo. ¿No has entendido la lección verdad? - Cerró la puerta y buscó una jeringa en su bolsillo delantero.
- Escucha Gorila ignorante, esta vez te mataré si vuelves a tocarme. - El chico retrocedía lentamente hacia la pared, sin embargo, no alcanzó a llegar a ella antes de que el enfermero lo tomara por los brazos, lo pusiera de rodillas entre quejas y gritos de Smith - No no, ALEJA ESA COSA D-
Jimmy sintió un horrible escalofrío en la espalda cuando Theo inyectó quien sabe qué cosa directo en el cuello de Gary, la sacó lentamente y en solo 2 segundos Smith perdió por completo la voz. ¿Qué demonios estaba pasando?
- Shhh, así está mejor…
Rápidamente Gary fue arrojado a la cama, siendo golpeado en reiteradas ocasiones, recibió puñetazos en la cara, donde con más ángulo, Jimmy observó que ya existían golpes previos. ¿Esto ocurre seguido? Gary intentaba alejarlo sin éxito, su cuerpo estaba demasiado débil y notaba que respondía con espasmos. Sus brazos finalmente cayeron, momento que el enfermero no tardó en aprovechar, volteó al castaño y cargó su mano derecha sobre las muñecas del chico inmovilizándolo.
Gary abrió la boca intentando gritar, sus gestos exagerados de desesperación no daban espacio a la imaginación, Jimmy captó rápidamente lo que estaba a punto de pasar…
Con su mano izquierda tomó su tirachinas, se puso de pie y con fuerza y gran precisión le dio en la cabeza a Theo, justo antes de que el desgraciado terminara de desabrochar sus pantalones, cayendo de espaldas contra el suelo. Gary trató de reponerse y ver a la persona que disparó aquella piedra, pero cayó victima de la droga y sus ojos fueron cerrándose lentamente, una silueta con un mechón pelirrojo se alejó del lugar, perdió el conocimiento cuando la encargada abrió la puerta.
Jimmy corrió a toda prisa hacia el arbusto más cercano, su corazón latía a mil por hora mientras escuchaba que la radio de Gregory solicitaba su presencia en la habitación 7 del Bloque B. Sin dudarlo y apenas el enfermero entró al recinto, se forzó a llegar a la entrada principal y alcanzar su bicicleta, pedaleando hasta que su cuerpo no diera más.
La adrenalina fue demasiada, no recuerda exactamente cómo llegó al faro, tiró la bicicleta en la arena entró a la casa y mientras se cerraba la puerta detrás de sí, dio tres pasos y se derrumbó, cayendo de rodillas y llorando desaforadamente.
Nadie, NADIE EN EL MUNDO, tenía que vivir algo así.
Gary fue un manipulador, egoísta, narcisista y mentiroso. Una rata cínica que lo utilizó y no dudó en pisotear cuando tuvo la oportunidad. Pero eso no justificaba para nada una violación, en ningún escenario posible.
La ira, la incomprensión y la profunda impotencia que tenía oprimían su pecho, se le dificultaba respirar, su llanto no se detiene, solo empeora los ahogos y gemidos abrasadores que dominaban su ser. El conflicto con su cuerpo también eran un factor intimidante para él, demasiadas emociones que se viven con mayor profundidad. Se recordaba a sí mismo, que si no fuera una mujer en este instante, no estaría aquí llorando como una niña indefensa, habría entrado y golpeado a todo aquel que se pusiera enfrente, habría derribado a cada enfermero y camillero que se hubiera topado, habría tomado a Gary y lo hubiera dejado lo más lejos posible de Bullworth para que escapara.
Ahora solo pudo actuar como su cuerpo le pidió que actuara, huir no era lo suyo, nunca lo fue, y de ahora en adelante, se aseguraría de eso.
Secó sus lágrimas, respiró profundamente y abrió la puerta. Caminó hacia el muelle, se quitó sus zapatos, chaqueta y gorra, tomó una gran bocanada de aire y salto al mar. El golpe de frío le alivió poco a poco, nadó hasta el pequeño barco pirata y de regreso, se hundía y volvía a subir una y otra vez. Cuando ya dejó que el escenario pasado quedara archivado por el momento, se dirigió de vuelta al faro. Cambió su ropa por el atuendo que podía definir como “su esencia”, aquel conjunto con el que llegó a Bullworth. La chaqueta, jeans y camisa interior blanca se sentían abrigadas y muy cómodas en su piel en este momento. Se abrazó a sí mismo, tal vez buscando algo que quedara de su antiguo yo… tal vez intentando “recuperar lo que perdió”.
Al meditarlo, odiaba sentirse débil, sensible y cobarde. Su Yo, Jimmy Hopkins, era una mole imparable, nadie le podía poner un alto, resolvía los conflictos a puñetazos de ser necesario, lágrimas, miedo y dudas no era algo que entrara en su sistema, o al menos no lo había experimentado nuevamente desde hace años atrás. Su nivel físico no estaba a tope, pero si gozaba de una buena cantidad de resistencia y fuerza. Ahora… Jamie Hopkins, su actual Yo.
Jenny, Jenna, Ginny… Francamente Jamie le gustaba más, siendo exactamente la comparación más Unisex para James. Aún así, no dejaba de ser una mujer… Una… mujer… UNA MUJER. Sin importar como lo viera, sentía que era alguien completamente distinto, como si este cuerpo fuera prestado. Su cuerpo ya era un tema tratado anteriormente, en teoría podía aprender a vivir con ello, pero nunca pensó que tendría que lidiar con la perdida de lo que le hacía sentir “Él mismo” más allá de la estructura corporal. Bien, el cuerpo es solo el caparazón, pero sus actitudes, expresiones y acciones eran el interior y lo más valioso que poseía. Actualmente era como un niño (o niña) que recién se abre al mundo, sintiendo cosas nuevas como el pudor, la vergüenza, el miedo y la duda. Aprendiendo de las capacidades que posee, paralizándose en los momentos menos oportunos y claro, corriendo como si hubiera sido culpable de algo muy malo. TODO estaba mal, necesitaba arreglarlo de alguna manera, debe recuperar a su antiguo yo… NO, SU VERDADERO YO.
Unos golpes con el suave tono de voz de su amigo dio paso a una nueva idea, complicada por supuesto, pero necesitaba tomar cartas en el asunto, aunque al abrir la puerta se llevó un pequeño impacto.
Pete estaba en la puerta, pero un asustado Peanut Romano estaba a su lado, una suave lluvia que amenazaba una inminente tormenta en solo unos momentos, alertaba problemas.
- Jimmy, Necesitamos que nos acompañes a New Coventry… Johnny tiene el mismo problema que tú.
Bajo la mirada profunda y algo lujuriosa que le dedicaba Peanut, el pelirrojo solo pudo mirar abajo y notar que, la jodida camisa blanca se mojó y marcaba sus endurecidos pezones. La cara de Pete era un auténtico tomate al bajar la vista.
- Tienes que estar bromeando.
.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.
Por otra parte, las chicas tenían una pijamada en la residencia, gracias a dios y después de lo que pasó antes, la encargada de la residencia de chicas daba mayores permisos a cambio de un comportamiento impecable. Sin el constante control e inspección de habitación en habitación, las chicas podían hablar libremente y sin reservas.
- Estoy empezando a preocuparme… No lo extraño, debo aclarar, pero si es raro que Ted y los demás líderes hayan desaparecido sin rastro. – Sin duda, que Mandy comenzara la conversación captó la atención, si ya no la tenía por permitir que Beatrice descansara a su lado por esta noche.
- Efectivamente, Jimmy tampoco ha dado señales. ¿No creerán que él los haya… matado? – Trudeau soltó la última parte casi como un murmullo, estas desapariciones sumado a lo ocurrido con el vagabundo y los constantes rumores del conserje y el hoyo solo aumentaban las probabilidades de algo terrible en su cabeza.
- Bueno, chica Nerd… es alguien que tu deberías conocer mejor que cualquiera de nosotras, así que tu dinos. – Pinky aportó con un tono agrio en su voz, desgraciadamente la mención de Jimmy le afectó. Dudaba que las demás lo supieran y claro no lo diría, pero la última cita romántica que tuvo… fue con él. Obviamente no le regaló un simple osito marrón aquella vez, si cerraba los ojos, aún podía sentir el calor de sus manos alrededor de su cintura y deslizándose por su espalda bajo su blusa Aquaberry. Sus labios besando delicadamente los contrarios y devorando de cierta forma gentil su cuello. Sin duda, Derby jamás podría ofrecerle ni la mitad de lo que Jimmy le dio, incluso sabiendo que no era suyo… nunca lo sería.
- Este plan fue la peor decisión que pudimos tomar. – Las chicas guardaron silencio ante el comentario acertado de Lola, aunque vulgar, la chica no era estúpida. Tenia razón, cada una de ellas se dejó guiar por la rabia, por la venganza sin sentido. – Se que no solo estaba con mi Johnny, LO SÉ MALDITA SEA… pero eso no impide que lo extrañe todo el tiempo, cada noche.
- ¿Qué podemos hacer? – Mandy se abrazó mirando fijamente los pies de las chicas.
- Esperar… Odio decirlo, pero ya nos metimos en esto, solo queda ver que sigue y si… podemos solucionarlo. – Beatrice acomodó sus lentes, tomando una larga respiración en busca de un poco de regulación.
- ¿Deberíamos… Decirle a Zoe? – Pinky dudó, un frío recorrió su espalda en cuando dejó salir la pregunta.
- NO. – La respuesta de la porrista no se hizo esperar, dejó caer los brazos a sus costados y miró a todas las chicas a los ojos. – Este es un lío que debemos resolver nosotras, Zoe nos despedazará si se entera… y no quiero perder su amistad, no de nuevo.
La mano de Beatrice tomó la suya y la apretó con firmeza, una obvia y necesaria señal de contención.
- Bien, no haremos nada. – Lola abrió la ventana y se sentó al borde de la cornisa, mirando a la distancia mientras encendía un cigarrillo de mentol – Solo espero que los chicos estén bien.
2 notes · View notes
olheaoseuredorsinta · 2 years
Text
| Carta aberta |
14.08.2020
Nesse dia eu, definitivamente, não fazia ideia do que estava por vir. Mas, embora não soubesse, hoje sei e entendo que até para quebrar a cara é necessário um grande ato de coragem.
No auge dos meus 25 e poucos anos, eu já quebrei MUITO esse rostinho sem espinhas.
Após essa data, dia em que pedi demissão de um local que trabalhei 2 anos. Que, inclusive, foram dois anos que eu amava o que eu fazia: contratar pessoas, gerar emprego. Nossa, isso fazia muito sentido pra mim. Porém, eu estudo direito, e não RH. Precisava urgente ir atrás de prática na minha área, que sempre foi meu sonho.
Em agosto de 2020 entrei para o meu primeiro emprego na minha área, eu era da Controladoria ( choro, desespero e gritaria). Só quem já trabalhou em controladoria sabe o sentimento único que ela nos trás. Descobri o que era tomar calmante e ter pesadelo com processos. Passei um ano lá e logo após quis botar a cara no mundo para aprender a advogar. Eu queria saber o que tinha para além daquelas paredes. E descobri, tenho descoberto, mas antes de descobrir, tenho dado de cara com o chão incontáveis vezes, comido alguns quilos de terra.
Em um grande parêntese do âmbito profissional, reside em mim uma humana, que tem coração e sentimentos. A época eu era noiva, e em meio a um turbilhão de experiências e sensações, terminei. Logo após do término fui bombardeada com diversas pessoas me contando traições de todos os tipos, desde muito tempo. Claramente fui dilacerada. Morri infinitas vezes até conseguir viver novamente.
Mas, como todos sabem, a vida não para pra esperar você se curar do machucado. Se você não levanta, a manada passa por cima de você, e você acaba morrendo de verdade.
Dei de cara com uma vaga de controladoria de novo, não deu certo.
Até que fui contratada por um escritório onde fui, finalmente, tratada como estagiária. Até porque, até então, eram empregos, nunca tinha estagiado antes. Os valores de estágio não pagavam o suficiente, enfim. Mas esse, dava ótimo.
Começou a saga de fazer coisas que nunca tinha visto na vida, nomes estranhos, pessoas importantes, recursos infinitos, milhões de audiências…
A Thais de 2022 olha para a Thais de 2018, de 2020. Quanta coisa mudou…
Provavelmente essa não é uma história com o final feliz, depende dos olhos de quem lê.
A grande verdade é que as vezes que dão errado são bem maiores que as vezes que deram certo. Mas, Thaís, você foi forte para ver e viver todas as vezes que deram errado. A caminhada não tem sido uma linha tênue, e nem vai ser.
A Thaís de 2018 achava que ia ter um diploma sem a menor experiência de nada. Eu tinha certeza que não ia advogar. “Como?” Eu me perguntava.
Hoje, 17.08.2022, com alguns litros de lágrimas derramadas, já tenho uma boa bagagem. Não que seja muita coisa, mas com certeza não estou no mesmo lugar que ontem. Hoje a primeira fase da OAB já foi, e que venha a segunda.
Hoje é mais um dia difícil, mas qual a novidade ? Você já passou por tantos. Esse é mais um, é que você vai superar também, como todos os outros.
Se você chegou até aqui, saiba que :
“Uma jornada de mil milhas começa com um passo”
-tfb
8 notes · View notes
mgdriveroficial · 1 year
Photo
Tumblr media
"Muitos anos atrás, quando tudo estava iniciando em minha vida, eu andava de porta em porta nos comércios procurando emprego. Ninguém queria me contratar, então falei: vou até a lanchonete do #Roque . Chegando em frente à lanchonete, havia uma placa: (PRECISA-SE DE ATENDENTE) Meus olhos brilharam de felicidade, pois naquele momento meus pensamentos eram os melhores, é claro. Roque era meu amigo, uma vaga eu tinha certeza de que iria conseguir. Chamei ele em um canto e falei: AMIGO , PRECISO DESSA VAGA DE ATENDENTE . Você sabe da minha situação, vou me empenhar o máximo, pode ter certeza, só preciso da vaga, é URGENTE. Então ele olhou pra mim e disse: AMIGO , NÃO ME LEVA A MAL , MAS EU PRECISO DE UMA MOÇA BONITA E CHEIROSA PRA TRAZER FREGUESIA' . Naquele momento, as lagrimas caíram e eu disse: tudo bem, meu amigo, sucesso pra você. Então decidi vender minha bicicleta e comprei balas, canetas e doces pra vender na praia. As coisas foram dando certo, comprei uma banca, fiz faculdade, trabalhei em uma embarcação, ganhei um programa, virei dono da #SBT. Anos depois, quando eu já era dono do SBT, após apresentar o programa minha assessoria disse: TEM UM HOMEM BAIXINHO e moreno chamando o senhor, disse que é seu amigo de infância e que precisava muito lhe falar'. Fui até a portaria e era o Roque: 'Silvio, desculpa por aquele dia. Faz anos que não nos falamos'. Naquele momento, vendo a situação dele, eu disse: não precisa falar nada, amigo, aquele NÃO foi a melhor coisa que eu recebi na minha vida, foi a partir daquele não que eu corri atrás dos objetivos que eu realmente queria para minha vida. OBRIGADO, AMIGO! E disse mais para ele, naquele momento: O Mundopode fechar 1, 2 milhares de portas, mas Deus sempre vai reservar uma porta certa pra você; entre comigo, sei do que precisa, vamos até o meu camarim, coma alguma coisa e vamos até o RH, a partir de hoje você vai trabalhar comigo. Hoje faz mais de 30 anos que Roque trabalha comigo no SBT. Deixo para todos vocês: não desistam! Mesmo que a porta se feche, coloquem em suas mentes que vocês vão vencer, lutem com garra, não desistam, nunca pensem em desistir, pois a vitória é sua. (em Foco no Futuro) https://www.instagram.com/p/CpKkaA1OWXn/?igshid=NGJjMDIxMWI=
2 notes · View notes
historiamedieval · 1 year
Photo
Tumblr media
João IV nasceu por volta de 587. Ele não nasceu na Itália. Em vez disso, ele era natural da Dalmácia. A Dalmácia foi uma das quatro regiões históricas da Croácia. Ele nasceu em Iadera, que é a atual Zadar. A cidade fica no mar Adriático, em frente a Veneza. O futuro papa era filho de Venantitus, que era um advogado habilidoso. Só com essa informação, muitos historiadores acreditam que a família de D. João IV era de classe social elevada. João IV ingressou na Igreja Romana e rapidamente subiu na hierarquia. Em 636, foi nomeado arquidiácono. No mesmo ano, ele também foi elevado ao cargo de cardeal. Após a morte do papa anterior, o papa Severino , houve uma vaga de quatro meses para o cargo. O Papa João IV foi finalmente consagrado em 24 de dezembro de 640. Ele tinha cerca de 40 anos na época. Antes mesmo de sua consagração ocorrer, João IV começou a exercer as funções do papa. Ele escreveu ao clero da Irlanda e da Escócia, informando-os de sua oposição à data da Páscoa. Depois de assumir o cargo de papa, João IV também se posicionou contra a heresia. Ele encorajou o clero irlandês e escocês a se proteger contra a heresia pelagiana. O Papa também condenou o monotelismo como heresia. Essa ação fez com que o imperador bizantino Heráclio repudiasse imediatamente os documentos monotelitas. Durante seu mandato, o Papa João IV concentrou sua atenção em assuntos urgentes em casa. Sua terra natal, a Dalmácia, foi invadida por eslavos. Em resposta, o Papa enviou o abade Martin à Dalmácia para resgatar os cativos. Enquanto estava lá, Martin também enviou muitas relíquias importantes de santos dálmatas de volta a Roma. O Papa João IV ergueu então uma pequena capela para honrar aquelas relíquias. Depois disso, ele começou a converter os eslavos que invadiram a Dalmácia ao cristianismo. Ele fez isso enviando professores cristãos para a área antes de sua morte. _______ Fonte - Rudolf Fischer, Léxico dos Papas Nicolas Cheetham, A History of the Popes #idademedia #medieval #middleages #papa #pope #historiamedieval #historia #curitiba #igrejacatolica https://www.instagram.com/p/CmjXaPLusrj/?igshid=NGJjMDIxMWI=
2 notes · View notes
jornalgrandeabc · 2 years
Text
Vagas Abertas na Vtal em São Paulo
A Vtal, empresa de tecnologia parceira de operadoras, provedoras e demais empresas do ramo, está com vagas abertas em São Paulo. #tecnologia #saopaulo #grandeabc #vagas #empregos #oportunidade #vagasdeemprego #trabalho #jornalgrandeabc
A Vtal, empresa de tecnologia parceira de operadoras, provedoras e demais empresas do ramo, está com vagas abertas em São Paulo. Quais os requisitos? FUNÇÃOCONTRATAÇÃOAnalista de Comunicação Pleno V.Tal São PauloEfetivoEspecialista FP&A V.Tal São PauloEfetivoEspecialista Funcional V.talEfetivo[V.tal] – Agile Coach – BrasíliaEfetivo[V.tal] – Analista de Remuneração PlenoEfetivo[V.tal] – Analista…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
Text
Tumblr media
Avisos: bullying, palavrões, e adolescentes sendo adolescentes insuportáveis e cruéis.
2 B A D D I E S
ANTES
Um rastro de fogo e ódio é deixado por Alexandra desde o momento em que deixou a propriedade da academia, e dirigiu até o outro lado da cidade até o Conservatório Montgomery. As chaves do carro em uma mão, e a autorização de Damian na outra, a qual ela já tinha assinado e assegurado ele que tudo bem, dar as costas pra própria mãe e desconsiderar todo o cuidado que aquela decisão carregava, ele podia, sim, ir pra escola rival e brincar de estrela no palco sob o selo deles.
Sem problemas, imagina, se ele quisesse, ela até ergueria um banner com a cara dele e a da cadela da Ji Montgomery no centro, e ela não ia se importar. Ele era seu filho, e não podia controlá-lo, mas tinha outra pessoa que ela podia atacar, e nada ia impedir ela.
— A senhora marcou hora com a Sra. Montgomery?
Nem a porra da secretaria do lado de fora daquela sala de vidro fosco, brega pra cacete, diga-se de passagem.
— Não, mas agora sou mãe de aluno, e tenho certeza que essa vadia-... que a Sra. Montgomery pode me atender, se você disser que é urgente.
Alexandra espera pacientemente a garota colocar o telefone no ouvido, e sabe que ela não está ligando de verdade, mas ainda assim finge não perceber, porque sabe que vai acabar pegando a cabeça dela e acertando contra aquela mesa.
— A Sra. Montgomery…
— É uma mulher morta, então já pode chamar a polícia.
Ji tinha ouvido toda a comoção do outro lado da porta, e quando Alexandra invadiu sua sala, o dedo já estava em cima do botão do pânico debaixo da mesa, mas ela devia saber que aquela mulher tinha parte com o demônio.
— Tira sua mão daí, agora mesmo, e vamos conversar sobre você ter sequestrado o meu filho pro seu conservatório idiota!
— Eu não sequestrei ele! Foi você quem trancou a bolsa dele e deixou ele disponível, se não fosse eu, qualquer outro lugar ia ter acolhido ele.
— Qualquer outro lugar, mas por que precisava ser você?
A rixa entre as duas era tão antiga que às vezes, quando questionadas, elas fingiam nem se lembrar, mas dava pra ver e sentir na maneira em que as duas já pareciam estar entrando em combustão em menos de cinco minutos de conversa. Não era só sobre Damian, muito menos sobre Ji ter praticamente o procurado quando soube que ele tinha sido desligado da academia. Tinha muito mais.
— Ele é bom, muito bom, e você sabe que depois que o Day e a Ianthe foram pra faculdade, eu fiquei limitada com as minhas opções e… Ando passando por uma crise de alunos nas últimas audições. Eles vão embora, com honras, mas não consigo achar pessoas suficientes pra completar os lugares. — O tom de Ji era sincero, enquanto se acomodava mais na própria cadeira e observava a mulher, ainda com todas as veias do corpo saltadas e pronta pra avançar nela, em sua frente. — O Damian vai ser uma adição muito, muito expressiva, e vai pelo menos garantir nossos solos masculinos, ele acha que dá conta de fazer sozinho, então entramos em um acordo.
— Tranquei a bolsa dele por um motivo. Ele não sabe mais separar o que ele gosta do que é competitivo, e está usando isso pra mascarar a dor dele e machucando ele mesmo no processo. Ele não precisa sentir que é o líder ou que pode conseguir vencer competições agora, ele precisa de uma pausa, precisa pensar. Ele precisa descansar. — Alexandra então toma o lugar de uma das cadeiras, suspirando ao escolher se queria ter essa conversa ou não com Ji Montgomery. — Tem sido um ano difícil, tanto pra família quanto pra Academia, e eu esperava que o conselho e todos vocês, em volta, fossem mais compreensivos e não saíssem por aí coagindo meus alunos a deixar aquele lugar!
— Foi, literalmente, um aluno!
— Você não está sendo justa e sabe disso!
A secretária de Ji para na porta quando as duas ficam exaltadas de novo, então Alexandra escolhe não a matar. Hoje.
— Eu sinto muito pelas suas perdas e as vagas que não consegue preencher, mas, Ji… Eu te imploro. Competir agora não vai ajudar ele, e nem você, e por mais injusto que essa balança pareça, estamos falando de crianças. Da minha criança. — Alexandra apoia a papelada em cima da mesa, sentindo a mão tremer enquanto Ji a olha de maneira quase inexpressiva.
— E eu sinto pela sua mãe, e pela Jamie, e sei que a Academia Moon tem passado por esse luto duplo e doloroso sozinha, mas aqui, nossos alunos são os únicos que podem dizer o que acham melhor pra si mesmos, e eu não mando no Damian. Ele fez um teste, ele fez uma prova, ele teve a única pontuação máxima da temporada de audições e ganhou uma vaga por mérito dele. Ele trabalhou duro, ele merece. — Montgomery explica pra ela, as mãos juntas em cima da mesa, mantendo o tom firme a postura reta, como se, nem vinte minutos atrás, estivesse pensando que ia ser melhor se jogar da janela do que apanhar daquela mulher. — Como mãe, eu não julgo você, então a decisão de não assinar como a responsável legal dele, é sua.
— Não vou fazer isso com ele.
— Então nossa conversa termina aqui. As aulas dele começam na segunda, certifique-se que ele esteja aqui com a lista de pertences obrigatórios que mandamos por e-mail. — Ji tomba a cabeça pro lado, sorrindo pra Alexandra, quando os seguranças aparecem na porta afim de escoltar ela pra fora. — Foi um prazer recebê-la, Sra. Donovan. O Conservatório Montgomery agradece sua colaboração.
DEPOIS
Na frente da sala, Alexandra expõe todas as fotos de ID dos alunos num holograma enorme, pra toda classe conferir as próprias pontuações. O sistema era muito simples, se você conseguisse um bom rendimento na parte teórica, prática e ainda mantivesse seu compromisso quanto às regras da Academia, tinha mais chances de ter autonomia pra opinar onde ia ser ativo na próxima competição. Solos eram conversados, duplas e grupos também, mas você tinha que ter uma ficha azul e limpa pra se tornar um Royal e poder escolher a própria rotina, e onde quer estar, fim de semana pós fim de semana, até o nacional.
— Ela nem disfarça mais o fato de você ser o único com uma pontuação dessas. — Mia murmura ao lado do irmão, soltando um suspiro ao ver o rosto de seu gêmeo estampado no topo da lista de pessoas que atribuíam ao mesmo estilo dele, já que a separação de gênero não existia. — Ela colocou até uma faixa dourada.
— Ela acha que não promove violência assim, mas tô sentindo pelo menos seis pares de olhos fumegante, bem atrás das minhas costas. — Harvey responde, com um sorriso forçado, mas quando a mais jovem se vira discretamente pra trás, a única pessoa com buracos nas costas era ela. C.J Han a olha como se fosse capaz de explodir ela com a força do pensamento, e Mia só entende quando Harvey a cutuca de lado, e ela se depara com o próprio rosto, no topo do ballet contemporâneo e jazz, com uma faixa igual a de Harvey. — Bom, parece que somos todos dourados agora, não é? Os merdinhas dourados e favoritos pro próximo fim de semana.
Quando Mia sai da sala, Harvey já estava muito na frente dela, sorrindo pro próprio telefone a deixando sozinha no corredor enorme, e por mais que ela conhecesse todos ali e fosse querida pela maior parte dos colegas e professores, ainda se sente absolutamente solitário andar em linha reta com a bolsa pendurada no ombro, e ainda tendo que ouvir a voz irritante de C.J Han num comentário tão maldoso que a fez querer vomitar.
— Todos nós sabemos que eu sou a melhor, não importa o estilo, mas tudo bem, porque não vai ser difícil pisar naquela porca gorda e surda do conservatório. — A loira dizia em um tom quase alegre, com as amigas, pelo menos meia dúzia de cada lado, soltando risadinha e a incentivando a armar um palco pra si mesma. — Porque é isso que ela é. Uma surda lenta e burra.
Mia sente as mãos se fechando em punhos quando vira o corredor, mas pela primeira vez em quase dois meses, ela é a solista da rotina, e não quer jogar isso fora com desperdícios de tempo e projetos de pessoas como C.J Han.
Um dia. Ela promete pra si mesma. Um dia.
Damian acha que já está cinco minutos chamando por Hana na porta da sala de ensaio, e a maneira como ela parece despreocupada fazendo o dever de casa, faz ele acreditar que nem em um milhão de anos ela o escutaria.
Ela não quer, e ela escolhe não escutar, e é uma das coisas que ele mais ama sobre ela, e o que tinha conectado os dois como os melhores amigos. Por isso, quando ele fica na frente dela e aponta pro aparelho auditivo, ela sorri ao cruzar os braços, dando de ombros como se perguntasse o que ele quer, e ele solta uma risada, procurando no fundo da mente todas as aulas de libras que teve na vida pra conseguir falar com ela.
— Ji soltou a lista de solistas, e eu sei que você já sabe o resultado, mas queria avisar mesmo assim. — Ele acha que troca pelo menos dois gestos por cachorro, ou biscoito, mas a expressão no rosto de Hana é de pura admiração e respeito por ele ter tentado e não insistido pra ela ligar os aparelhos auditivos, mas ela faz mesmo assim, erguendo as mãos pro alto logo depois, pedindo silenciosamente pra que ele a ajudasse a levantar.
— Você está melhorando, mas da próxima vez que chamar minha mãe de cadela…
— Eu o que?
Ela aperta as mãos dele nas suas, segurando uma risada quando ele parece atordoado, e se deixa sorrir ao pegar a mochila e os pertences espalhados no chão.
— É brincadeira. — Hana se volta pra ele, que respira aliviado, incapaz de ficar bravo com ela. — Mas eu já te falei pra ser mais articulado, parece uma porta, e se não usar suas expressões faciais, não tenho como saber o que você quer mesmo.
Damian faz anotações mentais quando ela liga os braços dos dois e os guia pra fora da sala, e a sente recuar contra ele quando o barulho do corredor recebe os dois. Alunos super animados com as pontuações e professores compartilhando ideias pras próximas rotinas, e ele só entendia porque Hana preferia mil vezes desligar os aparelhos e ficar alheia mesmo que por um tempo.
Era tudo demais, confusão demais, e incomodava muito, e o único jeito que encontrava de acolher ela naqueles momentos era a segurando perto e andando rápido pra passar por toda aquela onda de pessoas existindo ao mesmo tempo.
Ele sente cada notificação vibrando no celular no bolso de trás, mesmo sabendo quem era, mas escolhe ignorar enquanto tira a melhor amiga dali e guia os dois pra janela enorme no último andar do prédio, a que dava vista pra cidade toda, é um monte de alunos podia jurar que conseguia ver as outras academias e conservatórios dali. Era tranquilo, silencioso, o sol conseguia passar pelo vidro sem dificuldade e Hana amava grudar o nariz sob a superfície e o incentivar a fazer o mesmo.
— Como um mundo tão bonito pode ser tão caótico e cheio de pessoas barulhentas assim? — A mais baixa pergunta com um beicinho, as mãos abertas em cada lado da cabeça.
— Eu não sei, mas também queria saber. — Ele responde, imitando a posição dela, e não precisa olhar pro lado e saber que ela estava fazendo careta. Sua avó ia amar ela, e concordar com tudo também. Mas não tinha tempo pra pensar nisso agora.
Mais uma temporada tinha começado, e pelas próximas semanas, seu único foco era trazer um troféu por final de semana, e não estava disposto a se contentar com segundos lugares.
2 notes · View notes
contadorpj · 1 month
Text
No mundo acelerado da Tecnologia da Informação, gerenciar o tempo não é apenas uma habilidade; é uma superpotência! 🦸‍♂🦸‍♀ Aqui estão algumas dicas rápidas para transformar sua rotina:
1 Priorize suas tarefas 🎯: Identifique o que realmente precisa ser feito primeiro. Use o método Eisenhower (importante vs. urgente) para organizar suas atividades.
2 Técnica Pomodoro 🍅: Divida seu trabalho em blocos de 25 minutos com pausas de 5 minutos. Isso aumenta a concentração e diminui a fadiga.
3 Evite Multitarefas 🚫🧠: Focar em uma tarefa de cada vez aumenta a eficiência e a qualidade do trabalho.
4 Ferramentas de Gestão de Projetos 💻📊: Utilize softwares como Trello, Asana ou JIRA para organizar suas tarefas e colaborar melhor em equipe.
5 Aprenda a dizer não 🙅♂🙅♀: Não sobrecarregue sua agenda. Avalie a importância e a urgência antes de assumir novos compromissos.
6 Cuide de você 🧘♂💤: Não esqueça de incluir pausas e cuidados pessoais na sua agenda. A saúde mental e física é crucial para a produtividade.
Implementar essas estratégias não só otimizará seu tempo mas também melhorará sua qualidade de vida e satisfação no trabalho. Lembre-se, gerenciar o tempo é também gerenciar sua energia e bem-estar. 🌟
🔗Para mais informações, nos chame no Whatsapp (11) 97305-3545
✨ou visite nosso Site: recrute.tech
#recrute #tech #ti #dev #europe #exterior #vagas #followforfollowback #instalike #like #instagram
0 notes
petrosolgas · 1 month
Text
Atacadão divulga 1.108 vagas de emprego URGENTES para candidatos de nível médio, técnico e superior
O Atacadão, rede brasileira de supermercados atacado-varejista e integrante do grupo Carrefour, está em processo de expansão e busca preencher milhares de vagas de emprego em todo o país. Com a previsão de atingir a marca de 470 lojas até 2026, a empresa está ampliando suas operações e oferecendo oportunidades em uma variedade de setores. O Atacadão está contratando milhares de profissionais As…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
diario-vespertino · 1 month
Text
Las ollas vaciadas
Tumblr media
¿Planeras o heroínas? Las cocineras comunitarias, dispuestas a llenar los platos para que ningún niñx quede con hambre, son quienes están bancando la olla ante un gobierno indolente y una ministra incompetente. En los barrios, el relato libertario termina cuando la panza ruge de hambre.  La ministra de Capital Humano, Sandra Pettovello, sigue sin aparecer en los barrios humildes de Argentina. Uno se imaginaría que, ante tanto “curro de la pobreza” y el odio a los intermediarios, el Gobierno iría personalmente a los comedores y merenderos. Pero no, la visita al Papa Francisco tampoco les ablandó el corazón. Claro que los convenios y la asistencia son selectivas para los cercanos a su ideología, como las entidades evangélicas. Sin embargo, otra vez una crisis es enfrentada por mujeres pobres quienes ponen el cuerpo y otra vez, posiblemente, no quedarán en la historia más que como las “vagas de la sociedad” o “las planeras”. Una radiografía de la situación, a tan solo dos meses de la gestión libertaria, nos permite comprender qué pasa en las ollas de lxs que menos tenemos. En los 80, postdictadura, nacieron las primeras ollas populares debido al terror en forma de hambre que nos heredaron los milicos. Uno diría que en el uno a uno todo estaba maravilloso pero Rosa, a quien entrevistamos en la Villa 21-24, no dice lo mismo. En 2001, las mujeres empobrecidas de los barrios rastreaban los huesos de carnicería en carnicería y cirujeaban verduras podridas para alimentar barrios enteros. Luego han visto, por ejemplo en plena crisis financiera mundial de 2008, cómo el campo rico en alimentos decidía tirar cientos de miles de litros de leche y congelaban la llegada de carnes, cereales, panificados y otros productos a las principales ciudades de nuestro país. Todo ante los ojos de ellas, mujeres pobres que hacían malabares en los comedores y merenderos donde muchos comíamos.Yo era y soy uno de ellos. No es caprichoso hacer una lectura histórica de cómo las villeras, las marginadas por la televisión pautera del gobierno de turno, combatieron con sus vidas la falta de comida en los hogares de las y los trabajadores. En la pandemia, hace muy poquito, eran las “esenciales”. Eran las que no podían parar porque sostenían a 10 millones de personas siendo 134 mil trabajadores y trabajadoras, según Renacom, las que cocinaban a fuego lento. Todo para calmar los estómagos vaciados por el FMI. Alguien que pisa el barrio sabe que son un montón más, pero esos son los números registrados en los 44 mil comedores que hay. Muchas murieron, ¿se acuerdan de Ramona Medina? Básicamente no tuvo agua potable por medio mes, se contagió de COVID19 y murió en la Villa 31. Hoy no son esenciales, volvieron a ser las “parásitos”. Irónicamente, en un giro discursivo y material, resulta que son la casta a quien no hay que mandar más alimentos. 
Tumblr media
La nueva crisis contemporánea, que ya podríamos bautizar “la era Milei”, es otra más que encuentra a cientos de miles de mujeres revolviendo con sus cucharones. La Universidad Católica Argentina dijo recientemente que la indigencia escaló del 14% en diciembre al 15% en enero. Mientras que la pobreza estaba en 49,5% en diciembre y escaló a 57,4% en enero. La saña es total y las guerreras del barrio, invisibles, no tienen tiempo para vacaciones o tuitear. Anotaciones urgentes Aprendí que por acá nuestro mayor Indec está en la cotidianeidad. No podés aumentar el pan, el aceite, la leche, la garrafa, los pasajes de los colectivos, los útiles, el alquiler y dejar el mismo sueldo precario. Sin ser economista uno podría deducir que no está bien administrar un país de ese modo, es políticamente erróneo y matemáticamente dudoso. Ya las vecinas que limpian casas tienen cada vez menos empleo, limpiar por hora tiene un pago que es un chiste y se esfuma con el viático. Muchos albañiles que iban de sol a sol para concretar las obras públicas también tienen menos laburo. Nos están estrangulando. “¡No hay!”. “¿No hay qué?”, le pregunté a mi vieja a los gritos. “No, que no hay merienda hoy. Se lo decía al chico”.  Mi mamá es trabajadora en un merendero de la Villa 21-24. Vienen seguido a casa a hacernos preguntas. A veces son abuelas, otras veces niños. Consultan cómo registrar la Sube, si tenemos un lugar para alquilar, si podemos decirle el horario del merendero o directamente a pedirnos un paquete de esto o lo otro. Me animaría a decir que pasa todos los días. Esa tarde cerraron porque no tenían gas ni azúcar. Es decir, cien raciones no fueron repartidas. La misma semana caminé por la “Caacupé” donde el Padre Toto abrió un “Comedor de Emergencia”. Una olla popular que muchos queremos que sea transitoria pero que parece crecer peligrosamente. “Repartimos lo que podemos. A veces conseguimos yogurt o frutas. Los pibes sonríen, se ponen felices por comer”, dice Paola Romero, una vecina que ayuda en ese espacio. Y remata: “Eso me preocupa, me entristece. Debería ser común comer, tener un postre. Pero cuando hay comida, los pibes se ponen contentos”.  Hay espacios que, al no poder comprar el gas que aumentó un 200% en dos meses, reparten los “secos” que tienen. Las cocinas se están vaciando y a este ritmo no podrán aguantar hasta abril. Paola está ahí desde diciembre con utensilios prestados para cocinar: “no hay más cupos en los comedores”, dice.  A las tres de la tarde, sobre la calle Osvaldo Cruz casi Luna, ya pueden verse los chicos con sus bolsitas esperando que sean las 19hs para recibir la cena. Paola nos contó que solo ahí, en ese rincón, asisten unas 130 familias que llevan “unas 800 raciones diarias en total”. Es decir ella y sus compañeras, de lunes a sábados, cocinan para llenar más de 4000 platos. Las ollas como trincheras "El déficit cero no se negocia", tuiteó el ministro que fugó plata y fue parte del endeudamiento con el FMI bajo el gobierno de Macri. Hoy Luis Caputo tiene nuevamente en su poder la billetera de nuestro país a pesar de sus crímenes en la función pública que nunca pagó y pareciera nunca pagará. El festejo se debía a un "superávit financiero" de más de 500 mil millones de pesos. Milei, claro, lo retuiteó y después subió memes. Doña Rosa sabe que en el uno a uno las cosas no andaban bien en la villa: "Si eras migrante como yo, una mujer peruana, podrían contratarte y no pagarte. Era difícil ese tiempo". Doña Emi, Rosa, Sebastiana, Martina, son nombres que labraron con sus manos un horno de barro, unas piedras con leña para cocinar en los tiempos urgentes. "Pedíamos huesos en los negocios hacia 2001 y también íbamos con los niños al Mercado de Avellaneda para meterlos en los contenedores y sacar verduras picadas". Así fue el inicio del comedor Padre Daniel de la Sierra que se levanta justito atrás de la Iglesia Caacupé en la Villa 21-24, en la Manzana 24, Casa 30. Es un día soleado. Desde las ocho de la mañana que tres de las seis cocineras de este comedor hacen ensalada de arroz con milanesas. Alba es una de ellas, trabaja hace 13 años ahí para garantizar 520 raciones. Hoy la garrafa es un tema, está a 10 mil pesos por envase pero también lo es la falta de comida: "Hay mucha gente que viene, que está en calle, y les damos. Lo que más aumentó es la carne, está todo jodido. Es difícil", dice.  Afuera, cerca de las once, la fila tomaba forma mientras un hombre con su hijo preguntaba cómo ser parte de la lista de espera. Ahí estaba "Muñeca" quien lleva 11 raciones, para dos familias: "Mucha gente se preocupa por la clase media. ¿Y nosotros qué vendríamos a ser?¿No formamos parte de este mundo? Los pobres jamás llegamos a la clase media. Pero me pregunto, ¿quién limpiará las casas?¿Quién limpiará las calles?". Enfatiza en la falta de agua potable en varios puntos del barrio, que tiene dos niños con discapacidad y con remedios muy caros: "Uno debería tomar hormonas de crecimiento que no te lo dan los hospitales", cuenta. Y antes de irse redondea: "¿De dónde uno puede sacar plata para los pasajes hoy? Yo trabajé toda mi vida, me hubiese encantado tener las oportunidades o la suerte de llegar a ser, no sé, diputada... pero es lo que soy, es lo que tengo". Eva Alarcón es hija de “Ña Emi”, hoy integra el comedor y asegura que tienen otras actividades contra la violencia de géneros y de asesoría social para diferentes trámites de DNI, títulos para extranjeros y el ANSES: “Para el gobierno los pobres somos los culpables, pero los verdaderos chorros, el FMI y el empresariado, son intocables", resalta. Ella, descendiente de quienes pusieron el pecho al 2001, lee la coyuntura como algo intencional: “Es apropósito, quieren cagarnos de hambre. La ministra Sandra Pettovello dijo que iba a recibirnos pero en lugar de eso reprimió con gases”. Con más de 23 años de autogestión, aunque el Padre Daniel de la Sierra sea un comedor oficializado, hay un sujeto político no valorado y profundamente estigmatizado: las vecinas de los barrios populares. "Lo que se observa en la historia es que las mujeres son las que se ponen al hombro las problemáticas integrales no solo de las cuestiones alimenticias sino también las de organización comunitaria como apoyo escolar, espacios de género, salud y urbanización". Cada año que pasa, cada gobierno que pasa, deja un rastro de mayor desigualdad. La desilusión, la desesperanza, lleva a mayores tristezas, pero también incrementa la violencia dentro de estos territorios donde las cuatro comidas diarias parecen un sueño y es más barato comprar drogas que un kilo de carne. El flujo de trabajos informales no cesa y pareciera que, cada vez más, las crisis se vuelven una coyuntura estructural en las villas. Acá, sin dudas, el rol de las mujeres, muchas de ellas migrantes, son fundamentales para comprender en clave política y social cómo los Derechos Humanos en democracia son hilvanados por las manos pobres. El futuro entonces no se cocina en las bancas de los tres poderes de la Nación. Es por acá, con ellas, codo a codo y pisando nuestros suelos. :::Nelson Santacruz para Revista Citrica::: Read the full article
0 notes