Tumgik
venusredd · 4 years
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NOVO MODELO ESCOLAR
Post-resposta referente à atividade de Projeto de Vida
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Como você se vê aprendendo no momento atual?
O que você precisa aprender nesse momento para a construção do seu projeto de vida?
Eu nunca me imaginei estudando à distancia. Eu gosto das aulas presenciais, afinal. E claro, fora da escola eu geralmente estudava por conta própria, eu sempre fui bem autodidata, mas não era uma obrigação, sabe? Só que não tivemos opção esse ano.
A quarentena pegou todos de surpresa, e quem sabe eu faça um post falando só sobre ela e os sentimentos que trouxe, mas não agora (até porque eu to meio atrasada com as atividades né hihi)
A minha relação com os estudos deu algumas variadas desde o início disso tudo, explicá-las vai explicar também como tenho lidado com meu aprendizado.
Super motivação
Acho que foi um dos primeiros momentos. Eu ainda estava me adaptando ao ensino integral e estava um pouco cansada, até por ser aluna acolhedora e tudo mais, então quando as aulas pararam meu primeiro plano era descansar uma semana e colocar tudo em ordem nas outras.
Sempre fico empolgada quando vou começar algo, então comecei super bem, fiz uma rotina, baixei os currículos escolares e organizei meu cronograma. Peguei minhas canetas coloridas e lá vamos nós!
É... durante uma semana só, né?
Procrastinação e indisciplina
Esses são os nomes dos meus maiores problemas.
Sempre deixando para depois, adiando, adiando, até que eu não possa mais adiar (igual estou fazendo agora escrevendo no último dia do prazo kkkkk)
Não é algo que eu me orgulhe, para ser sincera. Estou trabalhando para mudar isso, já explico mais para frente.
O ponto aqui é que como nas primeiras quatro semanas de quarentena estavam sendo consideradas recessos adiantados, eu estava agindo como se fossem de fato férias, e ai que lascou tudo.
Dormia no mínimo 12 horas durante o dia, ficava jogando em call com amigos a madrugada inteira, nem olhava direito o grupo da escola. Só ladeira abaixo. Mas até ai tudo bem, eu não tinha atividades ainda, né?
O problema foi que não parou quando as aulas voltaram — agora em formato diferente.
Na verdade, apesar de tudo, eu até assistia as aulas e entregava todas as atividades no prazo, mesmo que custasse uma noite de sono.
No começo sempre dá tudo certo, no auge da motivação. O grande problema é manter a disciplina até criar um hábito.
Eu já não estava mais estudando por conta própria como o planejado e aos poucos trocava as aulas por chamadas de vídeos com amigos. Aí você pensa, isso deve ter se seguido por umas duas ou três semanas até eu me tocar né? Então... foram em torno de seis semanas
Seis semanas que eu só olhava os roteiros no último dia, que eu deixei de assistir as aulas. Comecei a deixar de entregar todas as atividades e fazer somente as que eu julgava mais fáceis e mais importantes, "o resto eu coloco em ordem no fim de semana" eu dizia a mim mesma. Eu simplesmente ignorei meus estudos.
Eu estava completamente (e confesso que ainda estou um pouco) desmotivada. Isso porque eu não tinha (nem tenho) um OBJETIVO.
Eu me sentia e me sinto um pouco mal por o meu rendimento ter caído. Inclusive, aos professores que talvez vejam isso, me desculpem! Mas eu não conseguia fazer nada porque sempre vinha em minha mente aquela perguntinha: "pra quê?"
Eu adoro estudar. Amo mesmo. Mas no meu tempo!
Detesto ser obrigada a fazer as coisas, ainda mais sem motivação. Geralmente a motivação das pessoas é "eu preciso estudar para entrar na faculdade que eu quero", "para ter a profissão dos meus sonhos", ou até mesmo só para "terminar o ensino médio".
Mas... eu não sei onde quero chegar
Eu nem sei o que vou fazer da vida depois do ensino médio, ja tive algumas crises em relação a isso. Nem vejo problema em repetir, e isso não é de agora, então, no fim... eu não tenho um objetivo para me esforçar e alcançá-lo, sabe? Então acabo não vendo sentido em fazer as coisas. "Você pode estudar só para agregar conhecimento, então", sim, mas como eu disse, isso eu amo fazer *no meu tempo*.
Na escola eu já estava no automático, afinal eu já estava lá para isso, e todo o ambiente influência, mas em casa tem sido bem mais complicado.
Essa falta de norte me paralisou por um tempo. Até semana passada, para ser mais exata. E o que me fez mudar isso?
Ainda não mudei
Ainda penso da mesma maneira, mas percebi que não posso mais ficar parada. Na verdade posso, mas não quero mais. Já me dei tempo demais. Tem sido uma luta interna todos os dias.
Regulei meu horário semana passada. Tive que abrir mão de coisas importantes para mim, como amanhecer conversando com amigos, já que eles não estão online durante o dia. Coloquei a agenda escolar em dia e tomei nota de todo o conteúdo atrasado. Refiz uma rotina de estudos e comecei, devagar, um dia de cada vez.
Ia voltar a assistir as aulas online a partir dessa segunda (20), mas por ser fim de bimestre, optei por começar no próximo. Houveram dias em que eu não estudei o quando gostaria ou que a procrastinação me venceu de novo, mas ao contrário das outras vezes, eu não desisti no primeiro deslize
Eu comecei de novo no dia seguinte
Sempre que penso porquê fazer algo, me refuto com "por quê não?". Da mesma forma que não faz sentido fazer algo, também não fez sentido não fazer. Confuso, mas é como minha cabeça tem funcionado.
E é isso que eu tenho trabalhado em aprender para a construção do meu projeto de vida, ainda que eu não tenha um muito claro;
Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve – Cheshire
O show tem que continuar - Freddie Mercury
Está tudo bem não estar bem. Apenas seja verdadeiro com quem você é - Jesse J
Daqui a um ano você vai desejar ter começado hoje - frase motivacional clichê
Tem sido importante para mim, mesmo que ainda não faça sentido.
Por consequência de toda essa jornada, tenho algumas atividades acumuladas, parece até que hibernei e acordei cheia de coisas para fazer. Acredito que minha nota caia em várias matérias nesse bimestre kkkkkkk mas tá tudo bem.
Não sei quanto isso vai durar. Não sei se eu vou conseguir me manter ou vou largar tudo de mão de novo, mas estou mais confiante dessa vez, até porque agora tenho feito diferente. Um dia de cada vez. O importante é tentar.
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venusredd · 4 years
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CYBERBULLYING E ÉTICA
Post-resposta referente à atividade da disciplina eletiva
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Qual a melhor maneira de conscientizar as pessoas sobre os malefícios que o Cyberbullying causa?
Bom, o primeiro passo é entender o que é isso.
Cyberbullying é um bullying virtual.
Desde uma reação de risada em uma foto para diminuir a autoestima de alguém até ameaças através de comentários, publicações, páginas maldosas e chat particular, esse tipo de violência está presente em todo lugar e é expresso de várias maneiras diferentes.
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Qual a diferença do cyberbullying para o bullying?
Resumidamente, a grande diferença é o lugar em que é praticado. Isso muda tudo.
O bullying é praticado em ambientes específicos, como a escola, cursos, trabalho, enfim. Ao sair daquele ambiente a vitima se sente melhor, afinal, mesmo que a violência a abale profundamente, fora dali isso "acaba" e ela pode se sentir segura em casa, por exemplo. No entanto, como dizem, a internet é uma terra de ninguém.
A violência cometida na internet persegue a vitima em todos os lugares e a expõe para todas as pessoas.
As consequências disso são pessoas que se sentem violadas, inseguras e desprotegidas em todos os lugares, principalmente atualmente — e ainda mais na situação de quarentena que estamos vivendo — onde muitos passam mais parte do tempo no mundo virtual do que no real. O agressor está ali, a acompanhando o tempo todo.
Apesar de denúncias existirem, dificilmente resultam em alguma providência, principalmente nos meios digitais, onde as leis não protegem o suficiente e as pessoas se escondem através de perfis fake e outros meios. Essa falta de medidas desprotege ainda mais a vítima, que sente não ter para onde recorrer.
Ansiedade, depressão e síndrome do pânico são algumas das doenças que podem ser desenvolvidas em decorrência disso. Isolamento, timidez ou até a prática sobre outra pessoa são comuns mecanismos de defesa observados.
A internet é o palco, agressor e vítima viram os atores principais, mas se não houvesse platéia, não haveria show.
Em uma live sobre o tema, que participei quarta-feira (22) juntamente com a coordenadora de onde estudo e meu professor de filosofia que também é psicanalista, reforcei algumas ideias que eu já havia observado em pesquisas e coisas assim.
O agressor se sente mal consigo e quer reduzir a vítima ao seu nível, descontando suas frustrações em terceiros;
Grande parte dos praticantes de bullying e cyberbullying já foram vítimas do mal que causam.
O agressor quer chamar atenção!
Pode parecer sem sentido alguém que já sofreu com isso e sabe a dificuldade fazer outra pessoa passar o mesmo, mas eles sentem que como ninguém se importou com o sofrimento deles, eles também não precisam se importar com outros.
Se você observar, na maioria dos casos a violência é cometida em público, porque o ofensor quer chamar atenção. Isso da a ele uma certa sensação de poder, afinal, as pessoas estão rindo de algo que *ele* disse, ou estão ridicularizando algo que *ele* começou. *Ele* é o líder daquilo.
A sua violência só faz sentido se tiver alguém para dar suporte, por isso, outra forma de combater é deixar de ser platéia — Apoiar, rir ou mesmo se calar diante dessa situação te torna tão ruim quanto quem começou.
Os dois precisam de ajuda: agressor e vítima!
As pessoas não ofendem outras sem nenhuma razão, por isso, entender o porquê do ódio depositado sobre outro e ajudar a conscientizar o mal causado é fundamental. Mas isso não tira a culpa do bully.
A melhor maneira de conscientização dos malefícios é a informação e disposição a ajudar!
Acredito que ao longo de todo o post eu tenha respondido a pergunta e até me estendi mais do que pretendia kkkk.
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Entender o que é o cyberbullying, o que ele pode causar, porquê acontece e a quem pedir ajuda são as melhores maneiras de conscientizar.
Ver/ouvir relatos de vítimas e agressores, conversar com essas pessoas e conversar com quem trabalha com essas pessoas, como psicológos e psiquiatras, ver filmes, ler livros e artigos sobre, até mesmo abrir os comentários de algum post em alguma rede e observar, estar aberto a entender todo o mal que pode ser ocasionado também.
Ou seja, falar sobre isso!
Enquanto nos calamos em meio a tantos casos próximos a nós — que nós sabemos e vemos que existem — fazemos isso parecer normal. Não agir sobre isso faz parecer comum e não-importante.
Precisamos falar sobre para que as vítimas não tenham vergonha ou se sintam isoladas, que possam compartilhar experiências e que a sensação de impunidade do agressor acabe. Para que a culpa e o peso na consciência esteja do lado de quem pratica, e não de quem foi atacado.
Para que as pessoas parem de normalizar isso e façam algo a respeito.
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