arthurwentz

[arthurwentz]

morrer por amor, a de se morrer por amor. [1] romeu e julieta. shakespeare. 1597. [2] romeu e julieta. franco zeffirelli. 1968.

[arthurwentz]

energia: herança genética

ora mistério, ora energia

ora gritos no corredor, ora silêncio no interior

na simbiose de energias,

herdei de ti - dançante:

teu jeito leve de levar a vida

teus apaixonantes olhos verdes

e teu sorriso-lar

(por favor, mantenha-o ao me ver chegar)

(12.05.2024)

[arthurwentz]

nada nos separa (bólica). brasília-formosa: 2024.

[arthurwentz]

godard. alphaville. itália: 1965.

[arthurwentz]

jão. maria. in: super. superturnê. brasília: 2024.

[arthurwentz]

jão: superturnê. brasília: 2024.

[arthurwentz]

Los tratos de la soledad

No tenemos tanto tiempo.

Por supuesto, quería decirte unas pocas palabras:

Lo siento. Lo siento mucho.

Lo siento por cerrar la puerta,

Pero no puedo amar a alguien como tú,

Alguien dispuesto a matarme

Con tu cuchilla de realidad.

Lo siento. Lo siento mucho por amarte.

(23.04.2024)

[arthurwentz]

há de ser

há de ser natural, há de ser narrativo

há de ser corpo livre nos cantos brasileiros

onde sendo, haverá o canto forasteiro

dos equinócios gritantes do coração nativo

ass: vasilha suja

(20.04.2024)

[arthurwentz]

Canteiro de obras antes da construção de Brasília — Foto: Arquivo Público-DF

[arthurwentz]

Operários tomam café da manhã em Brasília — Foto: Arquivo Público do DF

[arthurwentz]

Cara Brasília,

Terra que há um ano me chamou pra viver a experiência urbana gritante de sua arquitetura modernista. Espantado - eu admirava afastado de tuas curvas, hoje posso dizer que sou parte dessa mão candanga que, diaspórica, constrói a boa novidade. Uma novidade em que trabalhadores deste país vivenciem um socialismo com nossa cara, com nosso aparato léxico, enfim … com nossa identidade. Brasília, a verdadeira terra que pulsou a rebeldia de Honestino e que segue escorrendo pelas veias deste povo: democracia.

Perdido em “dáblius” e “eles” eu entendi que a cidade, por ora tida como sem alma, era a cidade do amanhã, dos sonhos e consequentemente da transformação de vidas. Que os egos e vaidades gritantes nos canteiros de tua paisagem jamais te façam menor. Te amo, quadradinho.

Doce senhora do amanhã, nos guie no caminho de justiça dos nossos.

(21.04.2024)

[arthurwentz]

valiosa validade: tratado sobre vaidade

uma das coisas mais tristes que não te contam ao crescer é que amar é um serviço e que - consequentemente - exige pagamento caro, ao que insistem chamar de altos investimentos.

eu (afogado em meus intensos sonhos de princesa) me via em busca de algo que completasse. menos carnal, mais almal. uma pena! nossos corações estão submetidos a latência líquida e volátil daqueles que não nos olham com os mesmos olhos que gostaríamos e ter.

num simples checklist do que oferecemos para a tese do amor está: as pernas torneadas, a face limpa, os dentes retos e consequentemente todo o discurso do homem teso-padrão-atraente na liquidez do século.

ao mesmo tempo que não buscava por corpos descuidados, afastados da lógica vaidosa, também era fato que não me importava com as horas de academia e os minutos deixados nas fotos de outros corpos mais atraentes que o meu.

como o rato de skynner, fomos jogados em um teste. primeiro para entender se seriamos capazes de vences a sociedade cheia de obstáculos para pessoas como eu, homens rijos por outros homens. depois, os bravos cavalheiros eram enviados para compreender se existe amor entre homens e se o desejo é puro-carne ou pura-conexão.

acontece que este rato cansou. vencer a primeira etapa foi fácil, quando suportar ser desprezado pela busca de corpos melhores.

queria me vencer, mas para isso preciso renascer. de mim, para mim.

(20/04/2024)

[arthurwentz]

🇧🇷 Salvador, BA

Awzer

[arthurwentz]

desaprendi a escrever

desde o dia em que me apaixonei

- pela primeira vez.

vivo sempre apaixonado

como uma bússola no espaço,

jogado nos cantos.

desaprendi a escrever

“oi, tudo bem”

me parece seco.

intenso, prefiro falar de amor

prefiro destilar afeto

prefiro entregar minhalma na tua

prefiro o teso, rígido.

na verdade, reaprendi a escrever

porque este, não deveria ser monótono

deveria ser apaixonante

e nos levar pelo delirio cantante.

no pretérito: eu estava cego

no presente: sigo apaixonado

e o futuro.

ah, espero entregar-me a ti

numa noite quente

com nossos corpos aquecidos

presos e apaixonados,

sem ligar para o calor

sem ligar que desaprendi a escrever

sem ligar para mim

pois ali estará você.

(14.04.2024)

[arthurwentz]

a cidade. anne eloi. brasília: 2024.

abismo no porão

no âmago - há de ser tensão

(cavalete do não dorme, sina de cidade)

[arthurwentz]

calvário-corpo, solitude fresca

caminhava solto sob o calvário.

denso, fresco e refrescante era o lugar.

havia sutilieza.

havia medo.

havia meu corpo.

rodeado de pedras,

a frieza me levava aos romanos.

julgadores da carne e do espirito

penetrados de ego.

mas havia meu corpo.

sozinho.

deveras cansado, deveras junto da morte.

sentei-me. desesperei-me.

era essa a posição esperada?

me diga, autor. era essa a posição?

(28/03/2024)

[arthurwentz]

pare de se punir, estais na américa do sul. brasília: 2024.