Tumgik
claireshenderson-blog · 11 years
Text
O pôr do sol já se manifestara. As mãos quentes da amada repudiou a frieza de sua corrente sanguínea, por um momento, apreciou aquele toque tão suave em sua face. Ele fechou os olhos. Por um minúsculo instante, a fome insaciável de querer preencher o vazio, o estava devorando aos poucos. A profunda escuridão de seu ser precisava de um preenchimento, qualquer um que fosse. A resposta mais objetiva seria retirar o sangue de algum ser vivo; banhar-se em um líquido viscoso vermelho fazia-o mordiscar seus lábios. Enquanto tentava controlar a sede repugnante de sangue, um minúsculo flash de imagens pairaram sobre seus olhos fechados. Cultuava imagens do futuro, da ardente paixão que cultivava com a garota posta à sua frente. Das mãos macias que tentavam imobilizar toda, e qualquer imprudência de Klaus, ele conseguia ver uma esperança para neutralizar seu anseio doentio. Abriu os olhos, finalmente. Ele atentou-se para o suave contorno da face da amante. Aquela visão deslumbrante de paraíso, Klaus viu sua expressão de desespero através do reflexo do olho da amada. Depois de tanto analisar os pequenos detalhes, contentou-se em respirar fundo. Selou sua raiva com um beijo. Puxando-a para perto de si, apalpou todos os lugares possíveis do delicado corpo de sua Julieta. Entrelaçaram-se em um beijo tão angustiante, que imediatamente ele a ajudou retirar suas vestimentas. E ali mesmo, naquela gramínea densa, no anoitecer, dois corpos foram sendo selados pela paixão irreverente. Ao tatear a coxa de sua querida, sobreviera um outro flash em sua mente. Parou. “Qual é o seu nome, bastarda?”
Antes de receber a resposta, riu para si, como poderia amar alguém sem ao menos saber seu nome? Tão patético e desconfortante. Automaticamente, Klaus, antes de ouvi-la, devolveu um sorriso ingênuo ao mesmo tempo perverso. Amava muito ela, só Deus e Lúcifer sabia o quanto. Ou será que era apenas uma paixão alimentada de maneira errada? Não saberia identificar. “Para jamais perdê-la nas mãos de outro homem, talvez matá-la seria um ato desse grandioso amor; porque quando você tem uma fraqueza denominada amor, isso significa que você está cavando sua própria cova.” o demônio aprisionado em Klaus falou baixinho em seus pensamentos. 
Seu beijo era firme e bom. Claire podia se afundar em seus lábios, fingir que o mundo não existia, mas isso não mudava o fato dele não ser aquele quem ela desejava mais do que tudo no mundo. Mas podia fingir, tanto para ele quanto para si mesma. Beijou-o, sentindo seus cabelos macios, descendo a mão para apoiá-la no ombro, permitindo a si mesma perde-se na essência do rapaz. Sua carícia era delicada, diferente comparada com sua personalidade, mas seu tom de voz e modo de falar lhe mostrava como ele era de verdade. Não podia culpar o demônio por ser como seu pecado o moldara. — Claire. — sorriu levemente, selando seus lábios juntos, em um beijo rápido. 
Mas não queria conversar. Queria esvaziar sua mente, da forma mais eficiente que conhecia. Trouxe seu corpo mais próximo ao dele, colocando uma mão em sua nuca e o beijando, mais profundamente do que a última vez, mais desesperadamente do que devia, colocando todos seus esforços para gradativamente apagar o mundo ao redor e se focar apenas em Klaus.
Blood on the floor. @Claire&Klaus
7 notes · View notes
claireshenderson-blog · 11 years
Text
A presença da jovem que chamara a sua atenção no bar não passou despercebida para Charlie, que sorriu de maneira felina ao perceber que seu convite havia sido não apenas percebido, como também aceito. Não fez nenhuma tentativa de se aproximar da outra logo, dando espaço para que ela entrasse no ritmo da batida pesada da música, que o DJ escolhia na intenção de excitar os ânimos daqueles que se movimentavam na pista de dança. E a morena podia sentir o quão quentes os ânimos se encontravam por ali, a presença de outros corpos ao seu redor por vezes tornando quase impossível escapar daqueles que tentavam se aproximar um pouco mais do que ela estava interessada em permitir. Só queria se aproximar de uma pessoa, no momento. E o seu caminho até ela foi sutil, embalado pela música eletrônica que, ensurdecedora em sua altura, impossibilitava qualquer tipo de diálogo. Melhor assim - não era como se Charlotte fosse até lugares como aquele para conversar, afinal. Um passo, dois, e elas estavam frente à frente, encarando-se pelo tempo que um pequeno sorriso demorou para nascer nos lábios da morena. Não deixou que o contato visual se prolongasse por muito tempo, porém, girando no próprio eixo e dando as costas para o alvo da sua atenção. Mas o que tinha em mente não era fingir descaso; ela não via sentido para aquele tipo de joguinho. Charlie manteve o corpo próximo, movendo o quadril ao ritmo da batida e não fazendo questão de evitar que a sua figura esguia roçasse contra a da outra. Encontrou as mãos de Claire, guiando as mesmas até o próprio quadril e fazendo com que ela a segurasse por ali. Agora elas atraíam muito mais atenção do que a morena fazia sozinha, mas não era nos outros que Charlie prestava atenção. Não tinha escolhido nenhum deles, e sim a garota atrás de si. Sem parar de dançar, ingeria grandes doses do drink em sua mão, não demorando a tomar mais da metade do copo enquanto tentava aplacar sua sede.
No começo dançaram uma próxima da outra, sem se encostar, e ela pode sentir alguns outros corpos se aproximarem dela mesma, mas os ignorou, focando sua atenção na morena à sua frente. Sempre que saia para dançar, um mundo que não fosse uma grande bagunça de suor, bebida e música lhe parecia errado. Por algumas horas, ela se esquecia do mundo real, seus problemas desapareciam, seja por causa do ambiente por do álcool, ela não sabia dizer. Não se importava, também. Acreditava que ali, ninguém se importava.
Retribuiu o sorriso da garota, dando um passo à frente, diminuindo ainda mais a distância entre as duas, agradecendo que não tinham que fazer a formalidade de perguntar os nomes, trocar confidências, antes de se dirigir à pista de dança. Desejava contato físico, não emocional. E aparentemente, a morena desejava o mesmo. Não teve nem tempo de se questionar o que a garota planejava quando essa virou de costas, pois logo ela estava realmente encostando nela, e sentiu suas mãos sendo guiadas para a sua cintura, e não se importou. Segurou-a firmemente, dançando junto com ela, a cada segundo que passava encostando mais e mais. Algumas pessoas lhe lançavam olhares, e Claire não pode evitar um sorriso se formar em seu rosto, apreciando a atenção que estava recebendo. Não era totalmente para si, e normalmente estaria incomodada com isso, mas agora não parecia realmente importar.��
Dance Of The Dope Hats @Hawkenson
5 notes · View notes
claireshenderson-blog · 11 years
Text
Os pingos de sangue derramados se estendiam pela imensa plantação de gramínea ali existente, o rapaz ainda de joelhos, coberto pelo líquido vermelho de seus inimigos, observou a moça. “Klaus Leroy, esse é meu nome, ou se preferir,” respondeu em um tom obscuro, “sou conhecido mais como Ira.” Por fim, concretizou sua sentença com um sorriso. Um sorriso sutil e doce, contrapondo com o fluído vermelho oscilante, que destacava ainda mais sua cicatriz. Antes de perguntar para aquele ser atraente qual é seu nome, o garoto adentrou em seus pensamentos. Ele não sabia o que de fato estava sentindo por aquela garota, com um corpo tão esbelto que o fazia mergulhar nas mais profundas fantasias, suas emoções entraram em estado de ebulição. Seu demônio interior gritava por carne, por prazer nem que seja momentâneo. Mas eis que surgiu um embate dentro de seu ser. Verdade seja dita, o amor parecia loucura aos olhos de Klaus, prometera a si mesmo que nunca mais amaria ninguém; farto de decepções fizera uma promessa tão fútil, tão quebrável. Ele se apaixonou. E o demônio da Ira bebeu o cálice da frustração. Uma guerra interna começou em seu ser quando flashbacks, de pessoas que amou, surgiram em sua mente. Uma faísca foi acessa em seu espírito que estava repleto de pólvora. Sua consciência o alertava: amar é tornar-se frágil, é vitimizar sua alma, amor é sinônimo de fraqueza. O demônio o pressionava com tremenda rigidez. Surgiu um sentimento misto, não nasceu para ser fraco, não quer ser submisso a essa força denominada amor. O suor começou a manisfestar nos poros de sua testa, completamente atordoado, levantou-se e saiu correndo, abandonou a menina ali mesmo. Conforme se movia para dentro da vasta relva, a voz distante da garota ecoou sobre o ambiente, soava que ela indagara alguma coisa. Seus pés se moviam com uma velocidade alucinante, em seu íntimo, Klaus precisava saciar uma necessidade, apenas este desejo tenebroso poderia provocar um alívio; ele quer um completo desvirtuamento desse sentimento que os homens chamam de amor, ele quer semear o oposto. “Preciso matar alguém.” 
Nada fazia mais sentido do que o garoto ser um demônio da Ira. A forma como agia, parecendo sempre a beira de uma explosão, não era uma grande surpresa, afinal. Sentiu uma presença em sua mente, e franziu a sobrancelha, levemente irritada. Não lhe dera o direito. Não era uma humana qualquer que ele podia vasculhar as memórias quando e quanto bem entendesse. Aproveitando que ele estava focado demais em suas memórias, adentrou nas dele, e não pode evitar um leve sorriso se formar em seus lábios. Os sentimentos dele em relação à ela pareciam muito mais fortes do que os seus próprios. Alguém que se importasse com ela, a colocasse em primeiro lugar, com certeza faria bem ao seu ego. Não era da pessoa que queria, mas cada dia que passava, ela sentia que Leviathan era um alvo mais incansável, e ela não era idiota de fingir que não sabia que o demônio já estava apaixonado por alguém que não era ela. Mas apenas estar perto dele, ajudá-lo, parecia o suficiente para ela. E agora, aparentemente, tinha Klaus. 
O seguiu, com os passos apressados, mordendo o interior da boca, incerta se teria paciência de aguentar os ataques de raiva do demônio. Sabia que ela mesma era impulsiva, mas não tanto. Podia até sentir os problemas que se meteria por causa da morte dos shadowhunters, mesmo não tendo feito nada. Aproximou-se dele, devagar, envolvendo seu rosto com suas mãos. — Você não pode. — falou, o tom de voz de baixo. — Estamos tentando condenar as almas, e não simplesmente arrancá-las da Terra e enviá-las pro céu. — Não estava tentando mandar em Klaus. Mas sabia que ele podia se encrencar por sair matando todos que se colocavam em seu caminho. 
Blood on the floor. @Claire&Klaus
7 notes · View notes
claireshenderson-blog · 11 years
Text
Seu negócio era enganar, tanto aos outros quanto a si mesma. Quando decidia sair para encontrar as noites de New York, Charlie fazia questão de deixar para trás tudo o que desejava esquecer. As roupas dignas de uma prostituta realçavam o corpo da garota e escondiam o fato de ela ser, na verdade, uma jovem da alta sociedade. A maquiagem vulgar escondia olheiras e outros sinais de derrota e cansaço. O álcool, consumido em grandes doses, levava embora o mal humor rotineiro, e qualquer outra substância que lhe fosse oferecida era aceita, servindo para nublar qualquer pensamento e lhe transformar em uma criatura movida apenas por instinto. Assim Charlotte levava as suas noites na cidade, como um jogo no qual sua vida era colocada em aposta e entregue à sorte; e até então tivera sorte, sorte por não sofrer efeitos indesejados de alguma droga que tomasse das mãos de desconhecidos. E Charlie não aceitava que questionassem o seu comportamento: ela fazia o que lhe desse vontade, e no momento a sua vontade era a de dançar até os seus pés doerem, até que o seu corpo não aguentasse mais se movimentar. Ignorava a aproximação de homens, fossem eles velhos e jovens, bonitos ou feios; não que desgostasse das atenções do sexo oposto, mas por algum motivo, por aquela noite, sentia nojo deles. Retirou-se da pista somente quando a garganta, seca, pareceu gritar a demanda de algum líquido. Caminhou até o bar, consciente dos olhares que atraía mas só dando atenção para um em especial. Parou ao lado dela, debruçando-se no balcão e pedindo um Long Island. Sua idade não foi contestada, como nunca era, e Charlie aproveitou os instantes antes que a bebida viesse para lançar um olhar longo à outra garota. Havia algo de desafiador no brilho das suas íris escuras, e um convite implícito no modo como se virou a seguir, na intenção de voltar para a pista de dança, já com a sua bebida em mãos. Bastava saber se a outra decidiria vir ou se era o tipo que só observava de longe.
Observou com o canto do olho enquanto a garota se debruçava sobre o  balcão para pedir alguma bebida. Ela era bonita, não era a toa que atraia a atenção. Embora isso também pudesse ser por causa do comprimento das roupas que estava usando. Seguiu a garota com o olhar enquanto ela se dirigia à pista de dança. Era um convite, Claire sabia disso. A opção de continuar sentada foi a primeira que passou em sua mente. Mas estava ali para se divertir, e duas garotas dançando não chamaria tanta atenção, pelo menos não indesejada. Mordeu o lábio, considerando suas opções. Não tinha que conversar com a garota, não iria precisar ver ela novamente, e poderia usar um pouco da atenção que receberia. Levantou da cadeira, caminhando devagar até o lugar onde a garota se encontrava. 
Ficou próxima o suficiente para a garota entender que não tinha apenas ido dançar, e sim ido dançar com ela. Sorrindo, curvando os cantos dos lábios delicadamente, e começou a balançar o corpo, dançando ao ritmo da música, deixando as luzes, o som alto e o grande aglomerado de pessoas levarem seus pensamentos para longe.
Dance Of The Dope Hats @Hawkenson
5 notes · View notes
claireshenderson-blog · 11 years
Text
Dance Of The Dope Hats @Hawkenson
Claire estava precisando de uma distração. Sabia que era patético recorrer a humanos toda vez que se sentia levemente desanimada, mas não iria agir daquela forma perto de Leviathan. Confiava nele, com a sua vida, mas não queria que ele a visse como era na verdade. Sabia que no fundo, ele não dava a mínima para ela, mas preferia enganar a si mesma, fingindo que era importante, pelo menos para ele. 
Entrou no local, e a música, antes abafada pelas paredes, começou a ressoar em seus ouvidos. Observou todos que dançavam na pista, amigos, casais, solteiros, todos procurando por alguma forma de se distrair da dura realidade do mundo real. Não duvidava que mais da metade ali estaria bêbado ou até pior. Sentou-se em um banco próximo ao balcão, não interessada em dançar sozinha. Por mais que tentasse evitar, seu olhar sempre se voltava a uma garota em particular, que parecia atrair todos os olhares masculinos, e alguns femininos, do local. Mordeu o interior de sua boca, sentindo a tão familiar irritação se formar em seu peito. Odiava quando todos pareciam melhor que ela, mais felizes, recebendo mais atenção. Se fosse uma ocasião comum, levantaria para falar alguma coisa, qualquer coisa para a garota, apenas para fazê-la parar de atrair tanta atenção de todos no recinto. Mas desde do assassinato de um dos demônios, parecia perigoso demais. Era impulsiva, mais do que os outros demônios, mas valorizava sua estadia na terra, e não iria arriscá-la por uma simples besteira.
Mas mesmo tentando dizer isso a si mesma, seu olhar vagava sempre para a tal garota, olhando a por mais tempo do que deveria, e tinha a leve impressão que logo ela perceberia.
5 notes · View notes
claireshenderson-blog · 11 years
Text
Claire perdera horas se arrumando, com medo que sua roupa não agradasse Leviathan. Queria impressioná-lo, mais do que tudo, ser mais do que uma simples serva para o demônio da Inveja. Sabia que provavelmente não passaria de uma leve amizade, mas não podia impedir sua mente de imaginar como seria se ele a tratasse como uma verdadeira companheira. Uma namorada, talvez. Mas sabia que era um pensamento infantil, e ela se contentava com os sorrisos e olhares que ele a lançava, isso já fazendo seu coração bater mais forte do que gostaria de admitir. Sorriu consigo mesma, pensando que em alguns minutos estaria perto dele, e provavelmente passariam horas juntos. Soava como uma adolescente apaixonada, mas não podia deixar de agir dessa forma quando pensava ou estava perto dele. Podia passar um dia inteiro ouvindo o timbre de sua voz, observando seu rosto, escutando seus planos. Só estar próximo à ele, depois de séculos procurando, já a fazia feliz. Ainda levando todo o tempo do mundo, teve que esperar alguns minutos para a chegada de Edgar. Imaginava que não iriam poder se teletransportar. Tinha o risco de algum humano avistá-lo, e sabia que não era apenas Lúcifer que estava colocando seus subordinados em Terra. Provavelmente Ele já devia ter seu pequeno exército de anjos, apenas esperando o comando para atacar.
Ele parecia ainda mais bonito de terno, e uma sensação de calor preencheu seu peito ao perceber o sorriso de satisfação dele, e ela sorriu em retorno. Ansiava pelo seu toque assim como um faminto anseia por comida, mas ele parecia lento demais, paciente demais. Claire o queria mais perto, abraçando-a, tocando-a. Queria sentir o calor de sua pele e a textura de sua roupa, escutar a rouquidão de sua voz contra seu ouvido, e a maciez de seu cabelo entre seus dedos. Abriu sua boca, pronta para retribuir o elogio, mas calou-se no momento que sentiu o em seus lábios. O encarou de volta, se perdendo na imensidão dos olhos, e seria feliz apenas com isso.
Claire jurou que nunca tinha se sentindo tão completa, com os lábios de Edgar contra os seus, em um beijo delicado, e por pouco ela não o aprofundou, desesperada por mais. Permitiu que suas pálpebras se abaixassem, apagando o resto do mundo, e se concentrando apenas na alma à sua frente, e como o coração da humana parecia bater mais forte do que deveria. Embora não tenha sido curto, o contato não fora longo o suficiente, e Claire não pode evitar um leve resmungo de escapar de sua garganta. Mas não pode deixar de ser submissiva, o seguindo até o carro. Tentou manter uma conversa inteligente, que não se baseasse em longas frases da parte de Leviathan, e apenas acenos de cabeça como resposta, mas sempre parecia perder o foco quando ele a tocava, sentindo um arrepio por toda sua coluna quando ele se aventurava por sua perna. Observou que estavam próximos ao Palace e colocou sua máscara, a ajeitando cuidadosamente. Virou sua cabeça para olhar o hospedeiro de Leviathan, e sorriu levemente para ele. — Bem, e agora? — perguntou, incerta sobre o que ele tinha planejado para a noite.
Are you satisfied, my dear? @Edgre
A cidade nunca dorme. Ao menos nunca New York, berço dos pecadores mais sórdidos. Os condenados à uma vida sob as luzes artificiais da megalópole banhada pelos crimes atrozes, culpada pelo sangue dos inocentes escorrendo em vielas escuras. Toda a alta sociedade iria se reunir para comemorar sabia-lá-o-quê. E o propósito não ganhava méritos, apenas o ato concretizado. Seriam tantas almas inocentes juntas que Leviathan sentia a garganta seca, os dedos trêmulos pelo anseio. Possuía diversas impressões sobre como seria o desenrolar da noite. Essa leva de conclusões invadia a mente do homem desprovido de alma enquanto seus dedos corriam pelo volante. No instante onde estacionou diante dos territórios da residência dos Henderson, cumprindo todas as formalidades ao sair do veículo e receber sua acompanhante. Assim que colocou os olhos nela, um sorriso satisfeito se apoderou do seu rosto. Ela estava linda, adorável. Não parecia em nada com uma garota saída do montante de cópias exatas que via aos montes pelas ruas; sabia apreciar isso em Claire. Sua singularidade.
— Está perfeita. — Flaharty segurou o riso charmoso conforme se aproximou, trazendo-a pela cintura num ritmo lento. Curioso fazer algo do tipo quando normalmente era dado à pressa, urgências e correrias. Talvez a noite guardasse algo especial, razões misteriosas. De qualquer modo, não deu tempo de tê-la respondendo nada. Assim que observou o mero movimento dos lábios finos, deixou que o dedo indicador repousasse nos mesmos. Logo os dígitos ergueram a estrutura óssea frágil do rosto feminino, num gesto sutil através do queixo. Não demorou para calar a garota com um beijo superficial, porém tomando seu tempo ao executar o gesto. Detectou o gosto doce dos lábios rosados, permitindo-se afundar o nariz nas altivas maçãs do rosto dela antes de se apartar em definitivo. — Infelizmente precisamos ir, tenho almas a conquistar. — Complementou numa fala quebrada, se dirigindo ao assento de motorista apenas depois de ter aberto a porta do carro para ela.
O restante do caminho foi marcado por uma conversa trivial, vez ou outra o demônio ardiloso brincava de deixar que sua mão viajasse para o corpo de Claire. Mas apenas em pontos específicos, como tocar os fios sedosos ou tocar pequenas notas de piano numa das pernas ao seu alcance. Arriscar uma entrada demoníaca por teletransporte estava fora dos seus planos, receando pela quantidade de anjos e shadowhunters que deveria invadir a cerimônia. Com sorte, chegaram no lugar em tempo tolerável. Logo se apossando da cintura alheia num abraço lateral, caminhando em passos despreocupados. Marcando seu território por ali. A noite estava apenas começando.
1 note · View note
claireshenderson-blog · 11 years
Text
Sua raiva foi bastante potencializada quando o cuspe de Claire a atingiu. Não tinha certeza se deveria sentia-se mais enojada porque era cuspe ou porque era dela. Gritou bem alto ao sentir a cotovelada na boca de seu estômago, logo em seguida soltando um grunhido e movendo-se para em cima da garota. Foi necessário que se esforçasse um pouco, e podia sentir algumas gotículas de suor se formando em sua testa, mas ignorou esse fato. Desde que Claire saísse dali mais machucada que ela, estava tudo bem. Ótimo na verdade. Era bom descarregar sua raiva daquele jeito. Especialmente em alguém que tinha conseguido cultivar seu ódio em tempo recorde, foram poucos minutos, se sua noção de tempo estava correta. Tinha sido uma verdadeira façanha.
Puxou a garota pelo cabelo, forçando-a a olhar pra ela. Inclinou-se um pouco, usando a barriga da outra como ponto de apoio. Tinha de admitir que usara mais pressão do que a que era realmente necessária, apenas para sentir um pouco mais de controle ali. Controle este que parecia estar em falta.  - Você é simplesmente ridícula. - Seu tom de voz era baixo, não só por não haver necessidade de gritar, mas também porque não queria que as outras pessoas ali presentes escutassem. Tinha certeza que aquilo era uma coisa que podiam deduzir sozinhos. Juntou um pouco de saliva na boca, e - ao contrário de Claire, que não parecia ter mirado em nenhum lugar - mirou bem na garganta da garota, errando por poucos centímetros. Agradeceu à imbecilidade dos funcionários daquela loja do Starbucks por ainda não terem sido interrompidas. Havia tanta coisa que desejava fazer antes que aquela briga tivesse um fim. Apenas lamentava que algumas delas estivessem acima de sua capacidade e que provavelmente só fosse conseguir realizar uma pequena parcela delas. Entretanto, as expressões que a garota mostrava eram recompensa suficiente para Amber, ao menos naquele momento.
Sorriu satisfeita com a expressão de nojo que Amber tinha feito quando sua saliva lhe atingiu, e se possível, se sentiu melhor ainda com o grito dela. Mas obviamente, a irritara mais ainda, e segurou seus braços quando a garota foi para cima dela. Grunhiu, desejando que o corpo delicado de Claire tivesse mais força. Fez o melhor que pode, acertando seu joelho no corpo da garota, mas não a tirou de cima dela. Bufou de raiva, tentando empurrá-la para longe. Não iria gritar, não como ela fizera. Estava preparando mais um chute, quando sentiu uma mão firme em seu cabelo, puxando com mais força do que ela esperava, mas manteve seu rosto em uma expressão de raiva, não de dor. Encarou a fundo nos olhos de Amber, usando todo seu auto-controle para não deixar a sua essência demoníaca mostrar. Sabia que Lúcifer iria querer matá-la se deixasse alguma humana saber sobre a existência dos demônios, pois podia chegar ao ouvido de Michael. Embora, o diretor que na verdade era um arcanjo já devia saber. Deixou seus lábios formarem um sorriso maldoso. — Eu vou matar você. — falou, o tom igualmente baixo e a voz surpreendentemente calma. Era uma promessa. Logo, o mundo estaria em caos, e Claire não iria deixar a vadiazinha escapar sã e salva.
Sentiu a saliva da garota em sua garganta, e isso foi o suficiente para resolver agir. Não podia acabar com a vida de Amber agora, mas podia machucá-la feio o suficiente. Avançou com a mão para o seu rosto, o arranhando, esperando que ficasse alguma marca horrível, que a garotinha fútil não pudesse esconder com maquiagem.
That girl, she's such a bitch @claer
26 notes · View notes
claireshenderson-blog · 11 years
Text
Manter sua influência em humanos sempre foi uma decisão um tanto divertida, perceber toda a fraqueza de um sistema suscetível a toda e qualquer ordem pronunciada. Caso enviasse-os para a morte, iriam de bom grado. Contudo, nos demônios menores sob sua influência, as coisas ganhavam um parâmetro diferente. Um novo quadro dotado de pinceladas bem diferentes das anteriores. De praxe, iria tratá-la mal igualmente faria com seus outros subordinados. Mas daquela vez conseguia captar na atmosfera algo diferente, um tipo de adoração que não sentia há muito tempo. Respirou fundo, levando aos pulmões do receptáculo todo o oxigênio que pôde capturar de uma só vez. Para em seguida abrir um sorriso satisfeito, arriscou dizer que mais descontraído e relaxado também. A diferença de alturas lhe fez envolver a garota com um dos braços ao redor dos ombros dela, trazendo a mesma para si bem devagar. Se comportar em tamanha calmaria estava bem fora dos seus padrões, mas para que tortura uma alma que lhe seria fiel? Não conseguiu enxergar motivo satisfatório algum.
— Não tem porque se preocupar com isso, não por enquanto. - Pronunciou ainda envolvendo-a num abraço parcial. Estava confortável o suficiente para pretender não largar a menina pelos próximos minutos. Claire era bonita, muito bonita. Seu rosto possuía traços marcantes, diferentes da beleza delicada na grande maioria feminina. E ele apreciava isso como ninguém. Sorte a sua que ela não tinha olhos azuis… Olhos que o faziam lembrar de outra pessoa. Pressionou bem as pálpebras, espantando tal pensamento de volta para o inferno. — Me pergunto quanto tempo você esperou por mim. E se tem a menor ideia da recompensa que vai receber por isso. - Decidiu brincar agora esboçando um sorriso mais ardiloso nos lábios, que se desfez por não saber exatamente a forma de proceder. Sua primeira missão era a de vê-la mais solta, para então saber em que tipo de terreno começaria a pisar. — Algum problema em ir ao baile comigo? Um namorado nervoso, seus pais… Algo que eu precise saber? De agora em diante espero que confie completamente em mim, Claire. 
Não sabia como reagir. Passará tanto tempo, séculos, milênios até, esperando pelo tão almejado encontro, e agora que se encontrava ali, os dois alojados em corpos humanos cuja almas aprisionaram, dois humanos que já tinham uma história de tempos atrás, ela não sabia o que fazer. Queria falar algo, mas sabia que iria apenas gaguejar, então manteve sua boca fechada. Deu um pequeno passo para frente, o permitindo envolvê-la em um abraço, enquanto pensava que não podia evitar o quanto se preocupava. Não podia suportar a ideia de decepcioná-lo. Ela não era como os outros. Tinha encontrado outros demônios da Inveja em todo seu tempo no inferno, é claro. Mas nenhum era dedicado como ela. Todos falavam coisas horríveis sobre ele, ninguém o entendia como ela. Riam dela, falando que ele iria tratá-la como o lixo que era. Mas ela não acreditara, nem uma vez sequer. Continuava a procura dele, mas agora ele se encontrava parado à sua frente, a abraçando delicadamente, e sua mente corria de felicidade e admiração à medo e insegurança. Queria ser boa o suficiente, pelo menos nisso, ela tinha de ser. Levantou o olhar para o rosto de Edgar, e percebeu que este estava com os olhos fechados. Lentamente, seus olhos focaram em seu peito, que estava em sua linha de visão. Tomando coragem, avançou levemente e apoiou sua cabeça lá, tornando o abraço deles mais próximo. Inspirou o aroma dele, ainda não conseguindo processar que finalmente achara quem tanto procurava. Não ligava para Lúcifer, Asmodeus, ou qualquer outro dos principais demônios. Para ela, Leviathan devia ser o líder, e seu peito se enchia de raiva quando algum outro demônio o desprezava. Ela o seguiria até o fim, disso tinha certeza.
— Não tenho ninguém. — falou, a voz baixa, ainda em transe por conta da situação. — Ninguém que se importe, quero dizer. —  Sim, Claire tinha pais, que nem sequer olhavam duas vezes para ela, demasiados interessados na própria vida para cuidar da filha problemática. E com certeza ela não tinha namorado. — Seria uma honra ir com você. — sussurrou.
where were you when everything was falling apart? @edgre
9 notes · View notes
claireshenderson-blog · 11 years
Text
Percebeu que a garota tinha ficado tão feliz ao notar sua expressão surpresa. Suspeitava que tivesse sentido o mesmo que ela mesma, e sentia-se idiota por permitir que aquilo acontecesse. Devia ter-se contido. Para falar a verdade, sempre tinha achado Claire um pouquinho esquisita. Não tinha nada contra a garota - ao menos não até aquele momento -, mas era estranho o quão isolada e retraída a outra parecia ser. Não costumava lidar com pessoas daquele tipo, preferia evitá-las, fingir que não existiam e que o mundo era composto apenas por pessoas mais parecidas com ela. Só que, naquele momento, ela e a outra não pareciam tão diferentes assim. Apenas esperava que sua platéia não pensassem que eram apenas duas garotas riquinhas envolvidas em uma briguinha idiota. Mesmo que boa parte disso, senão tudo, fosse verdade. Odiava-se por estar fazendo aquilo, mas odiava Claire mais ainda, pois aquilo tudo era culpa dela.
Sabia que devia ter previsto o que aconteceu em seguida. Era tão previsível quanto o puxão de cabelo que recebeu logo em seguida. - Ai! - Gritou, permitindo por um momento que o alívio por não estar usando um vestido ou uma saia passasse preenchesse seus pensamentos, logo sendo substituído pela pequena discussão interior sobre o que poderia fazer para dar o troco. Levou uma de suas mãos para a própria cabeça, a fim de tentar remover a mão de Claire de lá. Puxou o cabelo da mesma com a outra mão ao mesmo tempo e deu uma joelhada na perna dela. Seu lado violento não costumava aflorar muito, mas Amber sabia aproveitar quando isso acontecia. Se bem que aproveitar não definia muito bem o que estava fazendo ali.
Sondou os pensamentos de Amber, e sentiu uma vontade maior ainda de batê-la depois de ver o que pensava sobre ela. Estranha, ah, sim. Claire era estranha por não se importar com roupas, ou maquiagens, ou sei lá o que passasse na pequena mente da garota quando essa não estava borbulhando de raiva. Sabia que a humana que possuíra era diferente das outras. Oprimida, fechada em seu pequeno mundo repleto por solidão. De um modo ou de outro, ela mesma e Claire eram muito parecidas. Mas diferente da garota, ela não costumava manter a boca fechada quando os demônios decidiam fazer seu dia, literalmente, um inferno. E estava aplicando isso na vida da humana, não importava o quanto a alma aprisionada implorava para ela apenas ficar quieta. Achava, na verdade, humanos como Amber estranhos. Tão preocupados com a própria aparência e reputação, embora, ela percebeu, Lúcifer era idêntico à eles. Sabia que nunca poderia falar isso em voz alta, ou sequer deixar o pensamento cruzar sua mente quando estivesse perto dele. 
Sabia como chocar uma garota como ela. Juntou um pouco de saliva e cuspiu, sem se preocupar onde atingira, e gritou quando sentiu uma mão em seu cabelo, mas realmente, esperava que Amber tivesse pelo menos aprendido que ela não era a que dava o braço a torcer, e com certeza não iria soltar o cabelo da garota apenas para ter o próprio livre. Seu rosto formou uma careta com a joelhada que levara, mas rapidamente se recuperou, dando com seu cotovelo na barriga de Amber com o seu braço livre.
That girl, she's such a bitch @claer
26 notes · View notes
claireshenderson-blog · 11 years
Audio
Rootless - Marina And The Diamonds
169 notes · View notes
claireshenderson-blog · 11 years
Text
Edgar conseguia praticamente tocar a solidão envolvendo a bela garota de olhos intensos, como vidros transparentes que permitem a leitura de tudo que está do outro lado. Sua dor era palpável, deliciosa. Um banquete para um demônio tão descentrado quanto Leviatã. Nada conseguia colocá-lo na linha, nem mesmo a inveja que nutria do autocontrole de determinados colegas. Sempre havia sido baixo, leviano, conturbado. Mesmo que recentemente viesse observando alguém em específico de longe, e tal observação o fez refletir que existiam diversas maneiras de seduzir os outros. Claire Henderson era sua, conseguia ler isso imerso em cada pensamento feminino. Ela esperava por sua chegada havia um longo tempo, disso não possuía dúvida alguma. Mesmo a confiança conseguia sentir, tocar, apalpar. Era como se tudo nela gritasse pelo controlador da Inveja, e isso o deixava pleno. Pelo menos uma vez precisava de uma pessoa enaltecendo seu ego, admitia isso. Logo ratificou o enlace dos dígitos, permitindo-se acariciar a tez feminina bem devagar. Suas íris azuladas foram ao encontro dos alheios, queimando-os perante o encontro.
— Eu sei que não vai. - Pronunciou em tom embargado, o mistério por trás de cada sílaba. Existiam uma série de motivos pelos quais sabia que não seria traído por ela, e no topo de todos eles estaria o bem estar da mesma. Desafiar um dos grandes demônios nunca soou uma decisão acertada, e ela parecia do tipo que compreenderia isso. Afinal de contas, era sua subordinada. Uma das mais bonitas delas. — Tenho meus métodos para saber se vai trair ou não, ele consegue… Ler a sua alma. - Finalizou com um singelo beijo nas costas da mão macia, prolongando-se no ato, e por mais que o gesto fosse cortês existia uma ameaça implícita.
Foi o suficiente para se erguer, trazendo-a consiga enquanto os dedos permaneciam unidos. Uma vez onde se encontrou postado em pé, finalizou os centímetros de distância ao afastar uma mecha teimosa que caía no rosto atraente, escondendo a mesma por trás da curvinha da orelha dela. Novamente seus dedos ergueram o rosto da outrora conhecida de Edgar Flaharty, e quando as íris se encontraram de novo, ele soube exatamente o que dizer. — Você vai ao baile comigo que vai acontecer essa semana comigo. - Pontuou, sem dar cabimento para muitas opções, mas acabou se arrependendo logo em seguida. — Digo, se você aceitar o meu convite. E nessa noite você vai conhecê-lo. Se é que ainda não conseguiu… Reconhecer nada. Não me desaponte, Claire. - Brincou um pouco ao relaxar o tom de voz, depositando um beijo no topo da vasta cabeleira feminina. 
Continuou a encarar os olhos de Edgar, desesperada por uma resposta. Ansiava pelo momento que encontrasse Leviathan, era justamente por esse motivo que sairia do inferno, sabendo que nunca teria uma chance de encontrá-lo no lugar de onde ambos vieram. A irritação preencheu seu peito quando ele demorou mais e mais para abrir a boca. Apertou inconsequentemente a mão do rapaz que estava ajoelhado em sua frente, ansiosa, sem se preocupar em manter a compostura que costumava sempre ter. Gostava de fazer o outro quebrar, se exaltar, gritar com ela, até mesmo chegar a bater nela, gostava de arrancar reações das pessoas, e ela sempre a que sorria delicada e debochadamente para os outros, mas Edgar conseguiria fazê-la expressar sua ansiedade apenas a mencionar o demônio que ela tanto procurava, sem nem ao menos precisar falar o nome.
Foi o beijo que iluminara sua mente. Não era algo que os garotos desse lugar costumavam fazer, e com certeza não era apenas um carinho. Sentiu a ameaça em sua voz, disfarçada atrás do charme e gentileza. Era ele. Tinha certeza. Abriu a boca, pronto para acusá-lo, falar que finalmente o achara, que procurara por tanto tempo, mas a torrente de emoções que cruzou sua cabeça a fez fechar a boca novamente. Não sabia como reagir ao fato que ele, Leviathan, se encontrava em sua frente, sendo provavelmente a pessoa que fora mais gentil com Claire à anos. Em poucos segundos, fez o melhor para melhorar sua expressão, a deixando controlada novamente. Deixou um leve sorriso espalhar-se pelo seu rosto, e ergue seu corpo junto ao dele, apreciando o contato delicado de seus dedos em seu próprio rosto. Estava pronta a concordar com a frase que ele falara,  mas antes que ela pudesse acenar com a cabeça ou confirmar com sua voz, ele se corrigiu. Agora que tinha o espaço, concordou com um leve aceno de cabeça. — Nunca irei decepcioná-lo. — disse, a voz calma e plena, colocando toda sua sinceridade na pequena frase. Era a única coisa que tinha certeza em sua vida. Preferia morrer a desapontar o demônio em sua frente.
where were you when everything was falling apart? @edgre
9 notes · View notes
claireshenderson-blog · 11 years
Text
Soltou um suave riso dissimulado. Guardou a pequena faca que estava em sua mão, colocando-a em seu bolso. Sua percepção apontava que aquela garota com aspecto tão angelical e charmoso era um demônio em busca de aventuras. Atentou-se principalmente em seu corpo esbelto, e rapidamente passou a língua ao redor da boca. Virou-se para os demais comparsas, apontou para o ser humano acorrentado, deslizou seus dedos sobre o seu próprio pescoço sinalizando para executarem o infeliz. Klaus saiu do local, logo atrás a garota saiu balançando sua saia enquanto ouvia-se gritos angustiantes abafados.
Os dois caminharam pela enorme área da escola sem se falar, a comunicação entre eles era dada através de olhares singelos e despretensiosos. Ao chegarem no calçadão da rua, perto de um estabelecimento comercial. LeRoy pegou-a entre os braços e roubou-lhe um beijo. Ambos começaram a dançar com suas respectivas línguas no meio da rua. Um beijo picante repleto de afeição ao prazer. Mas o contentamento da ocasião fora tremendamente passageiro. O casal pressentiu dois ShadowHunters, um menino e uma menina, vindo ao seu encontro na calçada ao lado. “Venha!” Klaus falou ao ouvido da mulher, puxando-a pelos braços e correram sem conhecimento algum para onde iriam. Adentraram em algum lugar deserto, repleto de árvores, uma mata densa e coberta por relva. Klaus olhou friamente para trás, com a esperança de que os ShadowHunters não os viram ou não conseguiram acompanhá-los. Rapidamente LeRoy, se entrelaçou aos beijos, afundando a respectiva ardente boca contra a sua amante. Ouviu-se um estalo. O badboy empurrou os doces lábios da mulher. O ruído tremeluzente de duas espadas transpassaram próximo a cabeça de ambos. A garota foi atirada ao chão por um Hunter, e lá ficou desacordada, debruçada sobre a úmida relva.
Klaus imediatamente rebateu o casal de Hunters com alavancados golpes, pegou seu precioso cutelo que estava no seu grande bolso direito do seu jeans, e arremessou em direção a um dos seus caçadores. Provocou um corte profundo em um deles. O sangue jorrava sem pudor sobre a mandíbula de sua inimiga, em prantos, ela caiu de joelhos sobre a grama fina; em contrapartida, o amigo da menina elevou uma espada em direção as costelas de Klaus. O ágil demônio defendeu-se com inusitadas manobras, e pressionou o cutelo contra o pescoço de seu oponente. Seu inimigo tentou repelir a lâmina, porém era fútil a tentativa; sem hesitar, LeRoy degolou bruscamente a garganta de seu adversário, fazendo com que o sangue respingasse por toda sua pele como se fosse uma obra de arte abstrata. Deixara o corpo do Hunter ali mesmo. Encharcado com o líquido vermelho, encarou a outra ShadowHunter agachada tentando ativar sua runa Iratze. Correu serenamente até a sua rival, escondeu-se na moita próxima, avistou a menina que estava de costas para os ramos. Observou que a garota conseguira obter uma regeneração rápida no seu machucado. “É agora ou agora,” pensou consigo ao pular sobre a adversária. O cutelo se mantivera levantado e instintivamente fincou a arma sobre a cabeça da Hunter. Todo o espesso sangue preencheu a face de LeRoy, o inesperado golpe causou uma doentia morte para a jovem ShadowHunter. “Provavelmente, esses caçadores eram novatos. Foi fácil demais,” pensou em alta voz ao ver os corpos dilacerados sobre o gramado. Guardou o cutelo úmido no bolso. 
Avistou a sua amante desacordada em alguns metros de distância. Ao correr para o encontro dela, o sangue coloria a grama com um vermelho nauseante. Klaus pegou a face da dama, selou um beijo com gosto metálico. “Acorde, sua bastarda, acorde,” falou baixinho aos ouvidos dela.
Sorriu delicadamente ao som da risada do rapaz, ignorando os amigos dele que estavam reunidos no local. Observou, sem se preocupar, sua ordem silenciosa, e o seguiu prontamente quando ele se dirigiu para a porta. Não se importou com seu nome, ou para onde estavam indo, apenas seguiu seus passos, imersas em seus próprios pensamentos. Andava mais estressada que o normal, mais do que jamais estivera quando estava no inferno. Sentia falta do lugar, mas sabia que sua presença era necessária nesse mundo, mesmo que tivesse que lidar com humanos todos os dias. Humanos que pareciam ter mais sorte que ela, em todo detalhe de suas vidas infelizes. Ela mal podia esperar para ver todos queimando no fogo de sua casa.
Lançou alguns olhares para o corpo do garoto que o demônio havia se apossado, saíram do terreno do colégio, e caminharam um pouco rua abaixo. Quase continuou a andar quando o rapaz parou, sem notar que ele havia o feito. Não reclamou do abraço que ele lhe deu, e rapidamente subiu suas mãos para a sua nuca, aprofundando o beijo, tentando apagar o mundo ao seu redor e pensar somente no garoto em sua frente, ou melhor, em seu beijo. Mas o contato foi quebrado, e Claire viu duas pessoas se aproximando do local. Mal teve tempo de notar que os dois eram Shadowhunters, pois ele já estava a segurando pela mão e a puxando para longe. Seguiu-o, correndo a sua máxima velocidade, mas as pernas de Claire não ajudavam. Ainda estava olhando para trás quando ele novamente a puxou para um beijo. Franziu o cenho, ainda preocupada com a dupla que viram antes, mas ele parecia não ligar. O beijo era profundo, quente, e ele a beijava com força e ferocidade, e a vez pensar que talvez isso lhe desse tanto prazer quanto matar. Novamente, ele se afastou, e quando estava pronta para olhar em volta e procurar por seus perseguidores, sua visão foi lentamente se tornando preta por conta de pequenos pontos que logo se tornaram a escuridão total.
Sentiu algo em sua face, e escutou um sussurro no pé de seu ouvido, e suas pálpebras lentamente abriram. Fez uma careta, amaldiçoando os humanos por terem corpos tão fracos. Levou a mão a sua testa, e sentiu um pequeno machucado onde seu rosto batera, e sua cabeça latejava levemente. Bufou, irritada, pensando se essa saída não tinha sido uma perda de tempo. Olhou o rapaz ao seu lado, e limpou a garganta, tentando recompor sua dignidade. — Qual é seu nome, aliás? — perguntou, se levantando sem a sua ajuda, e limpando a sujeira de sua roupa com as mãos, fingindo que nada demais havia acontecido.  
Blood on the floor. @Claire&Klaus
7 notes · View notes
claireshenderson-blog · 11 years
Note
you're my fav bitch xoxoxooxoxox
i do my best (:
0 notes
claireshenderson-blog · 11 years
Text
Claire andava pelos corredores da escola dos garotos, mesmo sabendo que não deveria estar ali. Seu salto alto estalava no chão, fazendo o som ecoar, mas ela não se importou. Estava entediada e sozinha, e as garotas não eram exatamente uma companhia que ela gostava, então resolveu achar algum garoto para passar o tempo. Não que estivesse exatamente interessada em sexo, mas sabia que nenhum garoto - ou pessoa - gostaria de passar tempo com ela por causa de quem ela verdadeiramente era. Nem mesmo quando era uma humana idiota que costumava deixar os outros a humilharem, na esperança que a deixassem em paz, ou no mínimo a tratassem bem. Agora sabia que era inútil. Claire Henderson não tinha amigos. Tivera um, uma vez, mas fazia anos que não se falavam, e ele provavelmente já cansara dela. Balançou a cabeça, afastando seus pensamentos disso. Não adiantava nada ficar sentindo pena de si mesma, e não era como se ela realmente precisasse de alguém fora o demônio principal de seu pecado. Estava em busca de uma diversão rápida, e não se lembraria do rosto do rapaz na manhã seguinte, e duvidava que o garoto lembraria do seu. Sentiu uma presença demoníaca em algum lugar perto, e sorriu, se encaminhando para o local, seguindo seu instinto. Demorou um pouco para conseguir achar a entrada, mas logo o conseguiu, fazendo um pouco de barulho e entrando no lugar calmamente. Levantou uma sobrancelha ao ver o humano acorrentado, mas não se preocupou. Se o demônio queria acabar com a vida de um aluno, isso não era problema dela. Sorriu ao avistar o garoto mais bonito no recinto, e se encaminhou até ele. A cicatriz em seu rosto lhe dava uma beleza diferente. Parou em sua frente, e fez um leve bico. Não ligava para o nome do garoto, ou para que pecado ele estava voltado para. Precisava tirar algumas coisas de sua cabeça, e não se importava quem usaria para fazer tal coisa. — Prefere perder seu precioso tempo com um humano inútil ou se divertir comigo? — perguntou, inocentemente.
Blood on the floor. @Claire&Klaus
O demônio e seu hospedeiro mantém uma ligação serena e sem devaneios. Seus passos eram consistentes, rígidos e disformes pelo corredor. Seu punho se retorcia graças a raiva que o amordaçava. Seus olhos carregados de furor transbordava singelas faíscas. Sua cicatriz localizada no canto direito de sua face tinha um efeito assustador sob a luz do sol que transpassava nas janelas. Corria pelo longo e estreito corredor da escola St. Judes. Estava a procura da pessoa responsável que conseguiu inflamar sua Ira. Esta pobre alma que LeRoy persegue é um garoto com cabelos negros, ingênuo, novato e com nenhuma má intenção, porém mal ele sabia do temperamento do veterano Klaus. O garoto novato, Chris Carmeloni, criou sua própria cova ao mencionar abertamente sobre a mãe já falecida de Klaus na sala de aula; a aula fora visada para o tema que aborda problemas psicológicos, e o inocente Chris comentou sobre o que uma perda de um ente querido pode ser um catalisador na transformação de uma personalidade. Aquilo foi o decreto para a formulação do certificado de óbito de Carmeloni. As veias saltaram da testa de LeRoy, seu corpo começou a sentir uma sede insaciável de sangue, o badboy gritou pegando a carteira e a jogou contra o seu alvo. Chris se desviou da sua preminente morte, adentrou pelo corredor à busca da sala do diretor ou até mesmo da porta de saída. Todos que se encontravam na sala, inclusive o professor, gritaram assustados e sem fôlego algum. Klaus fez sinal aos seus comparsas para que começassem a vasculhar pelo corredor, estavam à caça de carne fresca. Todos em Upper East Side sabiam da fama desgraçada e tenebrosa que Klaus LeRoy havia. O desaventurado Carmeloni viera de uma cidade distante localizada próxima de Califórnia, sendo assim, desconhecia a fama sombria que cercava a personificação da Ira. Vozes se amontoavam no ar ao passo de verem um garoto de cabelos negros movendo-se rapidamente. A porta de saída foi drasticamente aberta pelos finos braços de Chris. Klaus no meio do percurso, viu a fuga de sua presa. Sorriu sarcasticamente. O sinal batera. Eis que a aula foi finalizada para o 3º ano.
Obviamente, quando todos de sua turma foram embora, LeRoy teve que ouvir sermões provenientes da boca insensata de seu professor. Pacientemente Klaus compreendeu e articulou uma pontada de cinismo ao falar “Entendo perfeitamente, não se repetirá, lamento. Levei como uma ofensa o que Chris falou, me perdoe, não me leve para o diretor. Prometo que tentarei dosar minha raiva.” terminou com um sorriso fingido no rosto. O professor se levantou e deu-lhe um olhar de aprovação. Sorte gigantesca de que o seu instrutor era também um ser possuído por um demônio. Eles se entendiam perfeitamente quando o tema envolvia manipulação. Ambos se retiraram e foram caminhando lentamente até a porta. O professor acenou e seguiu seu próprio rumo ao descer as escadas. Klaus em contrapartida viu a sombra de seu instrutor desaparecer, para depois se virar e encontrar seus companheiros nos fundos da instituição. Ao chegar no ambiente, olhou discretamente ao seu redor para ver se havia ali alguma alma viva observando-o, sinal negativo, feito isso, adentrou por uma passagem secreta. Ao dar o primeiro passo no local insalubre, deu de cara com seus colegas bastardos prendendo com correntes o indefeso Chris Carmeloni. “Mãos à obra.” Klaus disse enquanto entrelaçava suas mãos. Os gritos de sua vítima foram rapidamente abafados com um pano úmido providenciado por um de seus capangas. O líder se aproximou, agachando-se e saboreou a aflição de Chris. “Relaxe, nós não vamos te matar, apenas iremos nos divertir.” falou sorrateiramente com uma voz serena e ao mesmo tempo maléfica; segurou fortemente os cabelos de sua presa, pegou uma lâmina afiada que estava em seu bolso e suavemente pressionou na pele de sua vítima. “Bem, talvez, se eu tiver animado, talvez, eu o mate no final para aliviar sua dor.” Riu secamente. No instante, um estrondo estranhamente familiar surgiu no lado de fora.
7 notes · View notes
claireshenderson-blog · 11 years
Text
O ar de surpresa que assumiu o rosto da outra após o tapa a deixou incrivelmente satisfeita. Mais satisfeita do que tinha se sentido antes de bater nela. Mas sua satisfação logo foi eclipsada quando se lembrou de quem era a vadiazinha em questão. Claire Henderson era seu nome, tinha certeza. Ela tinha algum parentesco com a namorada de Philip, talvez fosse uma prima, quanto a isso não tinha certeza. A garota definitivamente nunca fizera o tipo que se destacava, talvez por isso Amber tivesse demorado tanto tempo para se lembrar dela. O fato de só terem se visto algumas poucas vezes também tinha ajudado. Aquele fato a surpreendeu, pois a garota era uma das últimas pessoas que imaginaria serem capazes de fazer aquilo. Mal teve tempo de assimilar sua descoberta quando percebeu a mão da outra se movimentando em direção ao seu rosto e logo em seguida sentiu a queimação bem no lugar onde a mão de Claire havia acertado. Quase sentiu sua pele se tornar vermelha, pelo tapa e também pela sua raiva. Podia contar nos dedos de uma mão as vezes em que arranjou brigas, e a maioria delas tinha acontecido no jardim de infância. As com Luke não contavam, é claro. Parecia surreal que aquilo estivesse acontecendo, como se fosse um sonho horrível. Mas dor no lado direito de seu rosto dizia que tudo era real, e muito.
As risadas agora haviam se cessado e com o canto do olho conseguiu captar alguns dos clientes boquiabertos. Realmente não era todo dia que duas garotas começavam uma briga no meio do Starbucks. Bem, ainda não era uma briga, mas se dependesse da loira se tornaria em breve. E muito breve, pois precisava agir antes que algum funcionário resolvesse parar de observar e fosse separá-las. Tinha que ser rápida. - Filha da puta! - Exclamou logo antes de empurrar a garota com força suficiente para fazê-la cair no chão. Deixou sua bolsa escorregar para a mesa, a pobre coitada não merecia sofrer por causa daquilo. As outras pessoas que estavam ali já começavam a sacar seus próprios celulares, preparando-os para filmar aquele pequeno show. Uma exibição únicas, esperava. Não achava que seus pais aprovariam que um vídeo seu estapeando alguém fosse parar no youtube, imagine só se acontecesse mais de uma vez. Ah, Amber, olha só no que você foi se meter, pensou consigo mesma. 
Sorriu com o choque no olhar na garota, não assimilando que ele aparecera antes de sua mão entrar em contato com o rosto de Amber. Sentiu uma sensação estranha em seu peito, de raiva misturada com orgulho e ansiedade. Não queria acabar a briga agora, depois de apenas uma troca de tapas. Queria mais, muito mais. Machucar a garota, fazer ela gastar quilos de maquiagens para esconder o machucado em seu rosto. A maioria dos demônios preferia passar a noite com um humano ao seu lado do que brigar com eles, optando normalmente por dar as costas e sair. Mas não era a toa que era uma seguidora de Leviathan, impulsiva do jeito que era, não podia ser de mais ninguém. Ele faria isso, não deixaria uma humana qualquer simplesmente pegar o que era seu. 
Olhou com o canto de olho em volta do estabelecimento, e sentiu um sorriso se formando em seu rosto com a platéia que as observavam. E não ligou se fosse expulsa para sempre do lugar, e não deu a mínima se Lúcifer ficaria bravo, só se importou com a garota que estava indo em sua direção. Caiu no chão com a força do impacto do corpo pequeno da garota com o seu, mas aproveitou para puxá-la junto. O corpo de Claire não era ideal para brigas, então fez o melhor que pode com o que tinha, puxando com força o cabelo de Amber, seu corpo borbulhando de raiva. Teve a leve impressão que finalmente a invisível Claire conseguira seu post no Gossip Girl.
That girl, she's such a bitch @claer
26 notes · View notes
claireshenderson-blog · 11 years
Text
Não precisou de mais do que três minutos para desvendar alguns mistérios escondidos por trás da garota em sua frente. Se você olhasse com maior cuidado, eles nem chegavam a ser segredos. Estava na superfície da face delicada, estampada para quem quisesse ver. Ali morava uma antiga insegurança que foi desfeita pelo demônio a possuindo, as íris femininas demonstravam mais do que certamente ela gostaria de falar. Leviathan nunca foi um dos mais atenciosos no geral, mas tratando-se dos seus, seu comportamento era inquestionável. Prezava a lealdade e conseguia detectar tal qualidade correndo pelas veias da figura que lhe acompanhava, portanto, decidiu que a entregaria uma chance de provar-se útil. Ou pelo menos uma companhia que conseguiria tolerar. Vasculhou a memória do humano no qual habitava para confirmar as especulações sobre ela ter sido um dia alguém mais frágil; para sua sorte, o Flaharty viera de um bom histórico com ela.
— Verdade… Muito tempo. Nada que não possa ser recuperado, espero eu. - Sentiu cada músculo do corpo relaxar, um por um fazendo seu dorso escorregar pelo banco que dividiam, e sem pedir licença deixou que um dos braços se apoiasse na superfície por trás da garota. Aquela atitude mais intimista não conseguiu disfaçar nem por um instante a sua personalidade nada discreta, mas o fez tomando a delicadeza necessária para não espantá-la. — Você cresceu, alguém já te falou isso? Está…  - permaneceu em silêncio, parecendo escolher a palavra mais apropriada para utilizar no momento. Acabou que a honestidade lhe veio à tona mais rápido. — Linda. Imagino quantos garotos se arrependeram de ter te dado um fora. Não deve ter esse problema atualmente. - A conversa se enveredou por temas cotidianos, dado sua necessidade de preparar o terreno. Ser discreto ou qualquer coisa do tipo.
— Te chamei aqui porque quero ajudar. - Finalmente mudou o tom, abandonando o assento onde estavam para deslizar o corpo para frente. Instantes depois, Leviatã se encontrava com o joelho flexionado diante da garota, que continuava sentada no mesmo lugar de outrora. Permaneceu um tanto ajoelhado, mas seus mais de um metro e noventa do receptáculo davam garantia de conseguir encará-la diretamente nos olhos. Seus dedos longilíneos buscaram pelos de Claire, entrelaçando-os sutilmente conforme as palavras saíam roucas de seus lábios vermelhos. — Ouvi dizer que está procurando por alguém, e talvez eu saiba como te ajudar nisso. - E assim ergueu o rosto, aproximando-se perigosamente da jovem. — Mas ouvi dizer que quem você procura não tolera infiéis, então preciso que me convença de que posso confiar em te levar até ele. - A carícia depositada nas costas da mão feminina veio numa sutileza incomum para o tão rude demônio, mas estava de acordo com o momento. Tinha de seguir em frente, e não podia dizer que ela era do seu desagrado. Não mesmo.
Manteu sua postura ereta, em uma batalha contra si mesma, querendo relaxar ao estar ao lado de Edgar mas se sentindo levemente desconfiada. Viu o rapaz colocar o braço atrás de seu próprio corpo, mas não fez nenhum movimento para retirá-lo. O deixaria fazer o que quisesse, contanto que não a incomodasse. Passaria a tarde com ele, se ele quisesse. Não tinha nada melhor para fazer, e a tarefa de procurar por alguém que nem mesmo sabia que rosto ele poderia ter era exaustiva, não que ela fosse desistir de achar Leviathan, mas uma tarde com alguém que gostara dela mesmo quando ela era patética parecia um bom plano. Andava se sentindo solitária, e talvez velhas amizades podiam se desenvolver novamente. — Claro. — respondeu, curvando seus lábios para cima em um sorriso delicado. Vasculhou sua mente por alguma memória dos dois que lhe fosse útil. — Afinal, éramos melhores amigos. — Não sabia sobre os sentimentos de Edgar em relação a Claire, mas a alguns anos atrás, Claire o considerava seu melhor amigo, provavelmente porque era o único. Quando você não tem nada, acha que o que tem é a melhor coisa do mundo. 
Se mexeu com o elogio dele, sorrindo internamente. Gostava de ter seu ego afagado, principalmente por alguém bonito como ele. Mas não recebia muitos elogios, não era popular como as outras garotas, bonitas como elas, não importava o quanto se esforçava para ser, todos pareciam preferir as outras. A parte humana de Claire já sentia isso, e para o demônio vir e transformar a inveja em raiva e ressentimento não fora difícil. — Obrigada. — Não, os garotos não lhe ignoravam agora. A fodiam e depois de alguns minutos estavam indo embora, sem nem lhe perguntar seu nome.
Franziu a sobrancelha com a mudança de posição de Edgar, quando ele se ajoelhou em sua frente. Encarou-o dentro dos olhos, assim como ele fez com ela e os barulhos do mundo pareciam ter ficado abafados quando focou-se nas íris profundas do homem à sua frente. Deixou-lhe entrelaçar seus dedos nos seus próprios, e queria reclamar que não precisava de ajuda de um humano, mas por um momento não teve certeza que ele era um. — Sabe? — perguntou, ansiosa pela resposta, não se atrevendo a piscar nem por um segundo. Iria pergunta-lhe como, mas parou quando viu o rosto dele se aproximando do seu, tão próximo que podiam se encostar. — Não irei traí-lo. — sussurrou, a urgência em sua voz fazendo-a soar levemente desesperada. — Nunca, eu juro. 
where were you when everything was falling apart? @edgre
9 notes · View notes
claireshenderson-blog · 11 years
Text
O período de silêncio que se seguiu após seu incrível lançamento de muffin a deixou extremamente tensa. Não porque estava ansiosa pela reação da garota, mas porque não aguentava ficar ali parada. Tinha bastante raiva dentro de si naquele momento, e precisava colocar tudo para fora. Rapidamente, de preferência. Quando a outra finalmente parou de enrolar e falou, Amber revirou os olhos, com os braços cruzados firmemente na altura do peito. - É claro, não foi mesmo maduro da minha parte. Até porque ficar toda revoltadinha por causa da merda de uma mesa é algo realmente maduro que merecia uma resposta madura! - Seu tom descarregava toda a insatisfação que até aquele momento tinha segurado. Não se preocupou com a reação que receberia da garota, nem com toda a plateia que tinham ali. Daquele momento em diante, tudo que importava era descarregar seu descontentamento na outra. De qualquer maneira que fosse possível e sem ligar para as consequências. Suas mãos automaticamente foram parar na sua barriga após o comentário da outra sobre nunca comer. Não tinha a mínima ideia de porque qualquer pessoa diria aquilo. Então sentiu seu estômago se revirando e soube que não aguentaria mais nenhum segundo daquilo sem perder a compostura. - Eu não nasci para aguentar isso. - Colocou todo o desprezo que sentia por aquela idiota em sua voz enquanto falava aquela frase. Em seguida pegou sua bolsa e andou na direção da saída, quase como se fosse mesmo ir embora dali batendo os pés. Mas parou na frente da garota e respirou profundamente, tomando coragem. Nenhuma palavra saiu de sua boca. Amber apenas levantou a mão e, com toda a força que tinha, deu um tapa no rosto daquela ignorante que tinha transformado seu dia de comemoração em um completo inferno.
— Bem, pelo menos eu não saio jogando muffins nas cabeças das pessoas. — respondeu Claire, rindo da expressão da garota. A voz dela estava em um tom alto, diferente do de Claire, que mantinha sua voz neutra, se não debochada. Notou que ela começara a xingar e a repetir palavras, provocando a Claire que finalmente ela tinha conseguido. Não sobrava nem um pingo de paciência no corpo daquela humana. Não se importou com os olhares que os clientes e empregados estavam lhes lançando, alguns curiosos, outros irritados, mas a maioria parecendo achar graça.
Embora tentou segurá-lo, um lampejo demoníaco surgiu em seus olhos quando viu a garota pousando a mão em seu próprio estômago, lhe mostrando uma de suas fraquezas. Se deixou relaxar quando viu ela estendendo a mão para segurar a alça de sua bolsa, feliz que finalmente ela iria deixá-la sozinha em seu lugar. Olhou para a janela, sem vontade de sorrir falsamente para acenar tchau para a garota. Depois de alguns segundos, olhou para o lado, e viu Amber ainda parada ao seu lado. Levantou uma sobrancelha, pronta para atirar mais um comentário venenoso, quando sentiu a palma de sua mão em seu próprio rosto. Sentiu sua face esquentando, não sabendo se pela dor ou pela raiva. Quem ela pensava que era? Se levantou rapidamente, encarando a garota com os olhos queimando de raiva. Nunca planejara levar um tapa. Obviamente, queria fazer a garota gritar com ela, ou algo do gênero, mas que a expulsassem da loja antes dela chegar a tocar em Claire. Mas se uma humana ridícula achava que podia simplesmente lhe dar um tapa e sair impune disso estava muito enganada. O demônio em seu corpo queria quebrar-lhe o pescoço, a perna, o braço, qualquer coisa que infligisse mais dor do que um tapa na cara, mas sabia que a força de Henderson era pequena demais para fazer tal ato. Então se contentou com o que as garotas humanas mais gostavam, além de compras e garotos. Levantou sua mão, em uma mímica do gesto que antes fora executado, e acertou a bochecha de Amber, igualmente forte.
That girl, she's such a bitch @claer
26 notes · View notes