prolapso anal
cu revirado do avesso
pega a bosta de dentro
coloca pra fora
mostra as entranhas
nojento
repulsivo
pensamentos de domingo à noite
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podia ter feito aquilo e aquilo e aquilo e aquilo la
acabei ficando velha demais e fazendo igual meu pai
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é claro que a gente tem dobrinhas
a gente existe
tamo dobrando pra caber
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isso de querer se sentir especial o tempo todo etc é o que ta me matando
é o que vai acabar matando todo mundo
agora vou voltar a fazer as minhas coisas como se não tivesse pensado nisso
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don’t know if it’s the moon or another smile from alice’s cat
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às vezes eu fico tão cansada de sempre tentar me colocar num molde mais interessante, mas os moldes deixam os olhos dos outros menos pesados
tenho coragem de ser tanta coisa menos eu mesma
sou tão covarde que ao mesmo tempo que me busco estou o tempo todo fugindo de mim
na verdade eu nem sou nada
a gente não é nada de mais
no fim das contas cheguei à conclusão que foda-se.
todo mundo é mais da mesma coisa.
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não sabia direito quem me entregou mas isso não era meu
eu não entendia o que era isso e o que eu poderia fazer com ele
era redondo e muito agradável de olhar, cabia na minha mão de uma maneira confortável
pus na boca e senti que se mastigasse quebraria meus dentes
tive tanto desejo de engolir, mas talvez me engasgasse
às vezes ficava muito gelado e às vezes era muito quente
tinha gosto de vidro
eu beijei de leve e fez com que eu tivesse vontade de chorar
mas eu não sabia o motivo
não sabia o que era
não sabia o que eu estava fazendo com isso
não fazia sentido continuar carregando aquilo comigo mas eu não conseguia simplesmente deixá-lo em qualquer lugar
já tinha me apegado àquilo
alguém poderia não cuidar tão bem quanto eu
eu era boa em supervisionar as coisas
e cabia na minha mão de uma maneira confortável
e era muito agradável de olhar
coloquei perto do meu ouvido e consegui escutar algo parecido com Ravel
às vezes me perguntava se aquilo existia mesmo
se alguém tinha me entregado ou se eu mesma construí
eu não sabia quem tinha me dado isso
talvez nem importasse no fim das contas
(sobre não saber o que fazer com um sentimento)
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SANTA MARIA MÃE DE DEUS
SANTA MARIA MÃE DE DEUS
SANTA MARIA MÃE DE DEUS
SANTA MARIA MÃE DE DEUS
SANTA MARIA MÃE DE DEUS
SANTA MARIA MÃE DE DEUS
SANTA MARIA MÃE DE DEUS
COMO NÃO QUEREM QUE EU ME VEJA COMO CRISTO
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ser artista é isso
vício em me despir para alimentar meu ego
enfeito o lixo dentro de mim e me divirto assistindo ele ser comprado
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as memórias estão andando por debaixo da minha pele e me devorando lentamente
minhas ideias constantemente mudando, estou constantemente odiando quem eu fui
mãe, o que eu estou fazendo comigo
a dor de me parir, mãe, será que valeu à pena
mãe, o que os outros estão fazendo comigo
desculpe se eu te machuquei, mãe
os olhos dos outros estão me perseguindo e me devorando lentamente
procurando nas pessoas vestígios de mim, obsessão com a minha própria tristeza
desculpa, mãe, por aquela vez que você estava voltando da igreja
encontrou a rede da janela cortada
a tesoura na minha mão
por que estou tendo todos esses pensamentos ruins? eu sou apenas uma criança
parem de me consumir
parem de me consumir
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a gente acha que ama o outro
pra refletir em nós mesmos
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todo artista tem essa coisa de se achar o centro do mundo
ninguém sofre mais que eu
(e será que eu posso mesmo me chamar de artista?
talvez eu seja só egocêntrica mesmo)
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terapia
em uma sessão de uma hora eu vou de 0 até 100
minha psicóloga me disse
“você precisa se decidir
se você é essa pessoa incrível, ou se é essa pessoa ridícula”
com um sorriso eu respondi sem pensar duas vezes
“eu sou incrivelmente ridícula”
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duas senhoras dividindo um apartamento (para a minha avó)
eu não gosto do barulho que você faz quando anda
não gosto quando eu acabo de acordar e você insiste em conversar comigo
eu não tenho um sexto da paciência que você teve com seis
você gosta de falar mal dos outros às vezes e eu acho isso horrível
só que todas as vezes que me senti rejeitada você me acolheu de várias formas
toda vez que você me pergunta alguma coisa sua voz soa como
“o que mudou no mundo?”
e você acha que eu sei tanto sobre tudo
(às vezes eu acho isso também)
vó, eu sei que sou ingrata
de novo você me pede para preencher um cheque por você
as suas mãos trêmulas queriam escrever firmemente como as minhas
tocar piano como as minhas
desenhar como as minhas
as suas pernas queriam correr como as minhas
passamos todos os dias do mesmo jeito
deitadas, sozinhas
cada uma no seu canto com uma tela na frente
separadas
vó a gente tá muito cansada
e em tantos sentidos você tá tão mais perto de deus do que eu
mas às vezes eu me pego pedindo a ele
“me coloca pra dormir logo, mas leva ela antes
porque essa mocinha já viu demais”
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(para uma menina com mãos bonitas que não deixou eu me apaixonar por ela)
I like the taste in my mouth when I say your name
Your fingers entwining in mine – you’ve held my hand first
The shape of the moon reminding me of your eyes – you telling me to look at it
I like how easy I can read you sometimes – but it can also hurt me a little
The pain you invite me to feel is somehow enticing
When you scratch my skin it actually feels good – you’re here and I feel you
When you embrace me sometimes it’s painful – goodbye
Even if we are just another passing connection
I don’t think I’ll ever be able to forget you
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em dois anos nós tivemos a intimidade de 10
em 10 anos teremos a intimidade de um dia
(sobre a falta de sentido nas relações humanas)
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