Tumgik
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prolapso anal
cu revirado do avesso pega a bosta de dentro coloca pra fora mostra as entranhas nojento repulsivo pensamentos de domingo à noite
#1
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podia ter feito aquilo e aquilo e aquilo e aquilo la acabei ficando velha demais e fazendo igual meu pai
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é claro que a gente tem dobrinhas a gente existe tamo dobrando pra caber
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isso de querer se sentir especial o tempo todo etc é o que ta me matando é o que vai acabar matando todo mundo agora vou voltar a fazer as minhas coisas como se não tivesse pensado nisso
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don’t know if it’s the moon or another smile from alice’s cat
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às vezes eu fico tão cansada de sempre tentar me colocar num molde mais interessante, mas os moldes deixam os olhos dos outros menos pesados tenho coragem de ser tanta coisa menos eu mesma sou tão covarde que ao mesmo tempo que me busco estou o tempo todo fugindo de mim na verdade eu nem sou nada a gente não é nada de mais no fim das contas cheguei à conclusão que foda-se. todo mundo é mais da mesma coisa.
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não sabia direito quem me entregou mas isso não era meu eu não entendia o que era isso e o que eu poderia fazer com ele era redondo e muito agradável de olhar, cabia na minha mão de uma maneira confortável pus na boca e senti que se mastigasse quebraria meus dentes tive tanto desejo de engolir, mas talvez me engasgasse às vezes ficava muito gelado e às vezes era muito quente tinha gosto de vidro eu beijei de leve e fez com que eu tivesse vontade de chorar mas eu não sabia o motivo não sabia o que era não sabia o que eu estava fazendo com isso não fazia sentido continuar carregando aquilo comigo mas eu não conseguia simplesmente deixá-lo em qualquer lugar já tinha me apegado àquilo alguém poderia não cuidar tão bem quanto eu eu era boa em supervisionar as coisas e cabia na minha mão de uma maneira confortável e era muito agradável de olhar coloquei perto do meu ouvido e consegui escutar algo parecido com Ravel às vezes me perguntava se aquilo existia mesmo se alguém tinha me entregado ou se eu mesma construí eu não sabia quem tinha me dado isso talvez nem importasse no fim das contas
(sobre não saber o que fazer com um sentimento)
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SANTA MARIA MÃE DE DEUS SANTA MARIA MÃE DE DEUS SANTA MARIA MÃE DE DEUS SANTA MARIA MÃE DE DEUS SANTA MARIA MÃE DE DEUS SANTA MARIA MÃE DE DEUS SANTA MARIA MÃE DE DEUS COMO NÃO QUEREM QUE EU ME VEJA COMO CRISTO
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ser artista é isso vício em me despir para alimentar meu ego enfeito o lixo dentro de mim e me divirto assistindo ele ser comprado
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as memórias estão andando por debaixo da minha pele e me devorando lentamente minhas ideias constantemente mudando, estou constantemente odiando quem eu fui mãe, o que eu estou fazendo comigo a dor de me parir, mãe, será que valeu à pena mãe, o que os outros estão fazendo comigo desculpe se eu te machuquei, mãe os olhos dos outros estão me perseguindo e me devorando lentamente procurando nas pessoas vestígios de mim, obsessão com a minha própria tristeza desculpa, mãe, por aquela vez que você estava voltando da igreja encontrou a rede da janela cortada a tesoura na minha mão por que estou tendo todos esses pensamentos ruins? eu sou apenas uma criança parem de me consumir parem de me consumir
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first mushroom experience
#2
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a gente acha que ama o outro pra refletir em nós mesmos
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todo artista tem essa coisa de se achar o centro do mundo ninguém sofre mais que eu (e será que eu posso mesmo me chamar de artista? talvez eu seja só egocêntrica mesmo)
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terapia
em uma sessão de uma hora eu vou de 0 até 100 minha psicóloga me disse “você precisa se decidir se você é essa pessoa incrível, ou se é essa pessoa ridícula” com um sorriso eu respondi sem pensar duas vezes “eu sou incrivelmente ridícula”
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duas senhoras dividindo um apartamento (para a minha avó)
eu não gosto do barulho que você faz quando anda não gosto quando eu acabo de acordar e você insiste em conversar comigo eu não tenho um sexto da paciência que você teve com seis você gosta de falar mal dos outros às vezes e eu acho isso horrível só que todas as vezes que me senti rejeitada você me acolheu de várias formas toda vez que você me pergunta alguma coisa sua voz soa como “o que mudou no mundo?” e você acha que eu sei tanto sobre tudo (às vezes eu acho isso também) vó, eu sei que sou ingrata de novo você me pede para preencher um cheque por você as suas mãos trêmulas queriam escrever firmemente como as minhas tocar piano como as minhas desenhar como as minhas as suas pernas queriam correr como as minhas passamos todos os dias do mesmo jeito deitadas, sozinhas cada uma no seu canto com uma tela na frente separadas vó a gente tá muito cansada e em tantos sentidos você tá tão mais perto de deus do que eu mas às vezes eu me pego pedindo a ele “me coloca pra dormir logo, mas leva ela antes porque essa mocinha já viu demais”
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(para uma menina com mãos bonitas que não deixou eu me apaixonar por ela) I like the taste in my mouth when I say your name Your fingers entwining in mine – you’ve held my hand first The shape of the moon reminding me of your eyes – you telling me to look at it I like how easy I can read you sometimes – but it can also hurt me a little The pain you invite me to feel is somehow enticing When you scratch my skin it actually feels good – you’re here and I feel you When you embrace me sometimes it’s painful – goodbye
Even if we are just another passing connection I don’t think I’ll ever be able to forget you
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em dois anos nós tivemos a intimidade de 10 em 10 anos teremos a intimidade de um dia (sobre a falta de sentido nas relações humanas)
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