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A eletricidade gerada pela conversão da energia cinética do movimento de oscilação no nível das águas oceânicas (marés) recebe o nome de energia das marés ou maremotriz.

Pouquíssimo explorada, taxada como insignificante e absurdamente cara. Os verdadeiros impecílios para a geração desta energia renovável não se tratam disso, mas do que pode acontecer com quem sequer considerar mudar o sistema governamental.

Quem possui o conhecimento da extensão desta potente corrente impulsionada entenderia o motivo desta instalação se situar no oceano, tão profunda e fora de qualquer registro.

A base não era marinha apenas pela excelente camuflagem e facilidade de ser escondida - por mais que isso ajudasse, mas por que as atividades dentro da instalação submarina exigiam tamanha energia que em terra seria um alvo nas costas.

Toda estrutura estava, por óbvio, preparada para detectar movimentações elétricas nas proximidades, o que os levou à tentativa de pulverizar os jetskis.

Porém, como seu traje era justamente preparado com um emborrachado finíssimo aerodinâmico da gola à ponta dos dedos, não poderia ser detectada termicamente e muito menos eletrocutada.

Estava correndo quando a "estrutura" que a sustentava se desfez, então caiu de pé. Pernadas singelas, e submergiu, com os cabelos molhados grudados nas costas.

Sequer precisariam dar braçadas, flutuou com os indicadores unidos até a areia.

Teve de se erguer como uma barra, o que não era natural, pois normalmente as ilhas possuem costas com superfície rasa, exatamente como uma praia. Mas alí não, sem indício de borda alguma.

Dava os primeiros passos furtivos na superfície hostil.

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Por incrível que pareça, Yasmin conseguiu acompanhar o raciocínio não tão somente do que estava sendo feito, mas o embasamento "físico", por assim dizer.

Sentia que finalmente tudo estava como deveria, pronta para o que poderia ser uma das maiores missões de sua vida.

A força usada para seguir as diretrizes do agente foi considerável. Por sorte seu traje não trazia peso ao sair das águas.

Fez a típica posição de preparo para uma corrida intensa.

Tudo isso se passou em segundos. E então assentiu, estava pronta.

A velocidade com a qual disparou era a maior que conseguiria atingir, canalizando propositalmente toda a adrenalina de uma noite que estava apenas começando.

O que parecia ser distante demais para alcançar quando estavam a nadar, se aproximavam de maneira satisfatória.

Talvez fosse melhor que um jetski, pois sua mobilidade independente de qualquer automóvel era revigorante.

Batimentos antes propositalmente desacelerados agora soavam como um tambor dentro de si e pulsavam em seu pescoço - Nunca era disciplinada quando se tratava de velocidade.

Pareceu extremamente mais rápido do que realmente foi, já que se trataram de bons quilômetros (um percurso violento de quase meia hora) mas pôde enxergar a luz.

A extrema palidez ítalo-brasileira de seu rosto se tornou um vermelho vivo, o que demonstrava a distância percorrida por ambos.

Teriam de usar toda disciplina e a resistência que seu corpo fosse capaz para quando invadissem o local depois de tudo que passaram — seja lá o que fosse.

Algo sob uma minúscula ilha. Seria um farol? Uma base reforçada? Sabiam tão pouco que bem poderia ser alienígena.

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𝐋𝐨𝐜𝐚𝐥: Manhattan, NY, EUA. 200 Park Avenue (em reparos)(Torre Stark).

𝐂𝐨𝐧𝐭𝐞𝐱𝐭𝐨:

Chamou atenção dos vingadores quando todos os grandes heróis com seus poderes impressionantes eram torturados e presos ao solo por uma ameaça alienígena, mas a Harpia pôde conter sozinha os invasores pelo fato de não possui-los.

Harpia passou a manter diálogos secretos com Stark para definir o controle necessário com Visão - que se demonstrou capaz de manipular armas de grande potência, atômicas até mesmo.

Olhar para os céus esperando o caos era contraproducente sem olhar para si mesmos e ao redor.

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Mesmo ambos mortos em batalha, jamais considerou deixar de cumprir seu dever, especialmente pela memória do que a incumbiu.

Um vidro imenso e blindado pela S.H.I.E.L.D (sede pertencente à subdivisão S.W.O.R.D), poderia impedir um canhão.

Lá de cima, Harpia analisava as serras sendo destruídas e substituídas enquanto dissecavam o androide. Comandava cada manipulação de fios, garantindo que nenhum outro propósito fosse usado naquela milimétrica pesquisa.

Infelizmente, o vidro não foi o suficiente para conter a magia de Escarlate.

Wanda invadiu o laboratório na intenção de levar o corpo desmontado do amado, mas ao tocá-lo ela percebeu que não conseguia mais sentí-lo e decide ir embora.

 Hayward explicou, especialmente, que não poderia deixá-la sair dali com todo aquele vibranium.

Morse partiu pela própria segurança quando o vidro se estilhaçou com a magia hostil da viúva rubra. Se fosse desmascarada como comandante do experimento seria assassinada.

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Os heróis sobreviventes jamais saberiam do que fez parte. Mas, viram estar concluída a experiência quando obtiveram a certeza de que o humanoide já não era capaz de se reconstruir como era capaz. Costumava ser possível se regenerar a partir de um único átomo de nanites presentes de nos nanos-robôs que compõem seu corpo.

Visão se tornara uma merca casca de vibranium a ser trancafiada.

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Fechou os olhos. Não buscava trazer soluções rápidas para se sobrepor, como a maioria dos agentes parecem querer, mas por saber que seu brainstorm súbito era frutífero.

Por ser brasileira, seu pensamento inicial foi "caralho".

Tsunamis tendem a ter mais de uma onda, mas okay, já que não identificou movimentações ou repuxos, e ao mesmo tempo era o oposto de okay, pois NÃO HAVIA MOVIMENTO ALGUM NAS ÁGUAS. Era contra a natureza.

Até mesmo uma enchente leve trouxe jacarés para ruas em São Paulo. O que aconteceria em um arquipélago?

Tudo isso lhe cruzou veloz, até que abriu os olhos tão rápido que suas pupilas pareciam se dilatar.

— SEUS DIAMANTES!

Ecoou no silêncio absoluto, estavamos longe demais para sequer o som do vento os atrapalhar em qualquer diálogo.

— Consegue conjurar "coisinhas" para corrermos por cima da água? Tenho certeza, certeza mesmo que vamos chegar prontos.

Agora realmente precisava saber o que havia naquele local, parecia pequeno demais para tamanho reforço, secreto demais.

— Não importa como.

Não "tentou" lhe passar confiança, aquela firmeza era uma sólida garantia de lealdade e confiança absoluta no que eram capazes. Não o levou ali atoa.

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O mais complexo de início é diminuir exponencialmente os batimentos cardíacos enquanto bate seus pés, ainda que se impulsionando para a superfície.

Encher as bochechas de ar não ajuda em nada e ainda usa os músculos faciais, o que também gasta oxigênio. Deve-se relaxar e buscar a superfície, já que todos os afogamentos (inclusive de profissionais altamente treinados) era a exaustão.

Foi assim que conseguiu manter o fôlego por três minutos e sete segundos de subida, nadando com toda sua força e velocidade somente quando viu a lua, o que não levou mais de dez segundos.

Quando seu rosto saiu da água, aspirou tanto ar gelado que seus pulmões pareciam coçar fortemente por dentro. Teve de cuspir um pouco.

Tudo estava tão frio, a roupa térmica não protegia sua face ou cabelos, além de ter perdido seus óculos em algum momento.

Apertou os olhos por alguns segundos, já que teve de mantê-los abertos por um bom tempo no sal marinho. E não havia o que fazer de qualquer maneira, não nadaria até seus músculos relaxarem o bastante para não entrar em risco da exaustão (que seguia em sua mente por ser o maior perigo em situações assim).

Não se tratava de radioatividade como imaginou antes, graças a Deus. Não faria sentido algum, na verdade, porém teve de trabalhar a hipótese.

Raciocinou enquanto boiava, era um míssil.

Com a mais absoluta certeza, a movimentação da maré eram um risco, estavam em uma região de arquipélago localizado a leste da Austrália, o que significava um mar repleto de predadores noturnos.

Tentou avistar a ilha ou a costa, que provavelmente estaria tomada por lodo. Jamais imaginou que o mar era tão calmo após uma devastação.

Qualquer mínimo faiscar era um indicio de vida, afinal, não há como descrever a escuridão megalofóbica. Girava lentamente em torno de si mesma eventualmente, não se sabe por quanto tempo, até ver um brilho distante.

Torcia profundamente para ser o parceiro em seus diamantes.

Deu inicio às braçadas mais fortes e velozes que era capaz, pois não sabia a distância que teria de percorrer naquele afinco, já que seu recorde de capacidade era de  25 metros com 7 braçadas.

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01h13min.

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Mísseis, o projéctil com motor de propulsão, não pilotado, que se pode deslocar acima da superfície terrestre (ou marinha).

A Rússia foi precursora no uso de armas de curto alcance em campos de batalha ou no mar. A destruição depende de uma variedade de fatores, da possibilidade de partir embarcações em frotas até a obliteração de grandes metrópoles, como Nova York. Os nucleares possuíam graus entre a bola de fogo, a onda de explosão o magnético e a nuvem radioativa. Os marinhos por sua vez, desferem a mesma proporção de distância, porém, os da H.Y.D.R.A eram feitos para não desmascarar a região onde se situava a base.

Os que produziram eram silenciosos, de tecnologia sobre-humana, teleguiados para ser possível conduzir curvas para a esquerda ou direita.

Se ao menos soubesse.

Cortam os céus como fogo vivo, estrelas cadentes, explodindo silenciosamente no alvo, quase em uma implosão, danos se estendendo por quilômetros, deflagrando o terror nos três segundos em que o fulgor é lançado de forma a parecer prestes a cair diretamente em sua cabeça.

Até então haviam lutado somente contra as ondas ferozes e a chuva, confiantes para o combate.

Por coincidência, naquela região o mar estava consideravelmente mais calmo.

Eis que quando aquele pedaço de terra monótono tomado por vegetação sobre a superfície plácida.

Foi quando ouviu o parceiro que moveu a retina. Os óculos não serviam só para manter a visão nítida na água, apesar de ser antigo, uma de suas pouquíssimas funções era o "zoom", o que parecia inteligente para não terem de se aproximar de um terreno hostil, os mantendo a cerca de seis quilômetros.

Todo aquele nervosismo baixou sua guarda, era impossível, estava crente de que o lugar estaria repleto dos piores desafios de uma vida, noites sem dormir trêmula com a ideia de que poderiam haver complexos altos ou uma nave, criaturas... Qualquer coisa de perigo tão extremo que a própria S.H.I.E.L.D escondia de seus agentes.

Embasbacada, quieta demais sem se mover na maré - O oposto do que havia planejado, já que o transporte escolhido era justamente preparado para não ser detectado de tamanha velocidade com a qual percorreriam a região.

— Não... — Rezava para estar errada e não haverem motivos para todos os segredos da organização a respeito, mas por algum motivo naquele momento, estava perplexa pela possibilidade de estar errada.

Então aconteceu.

O treinamento da C.I.A para lidar em caso de guerras nucleares, ataques terroristas e misseis era tão exaustivo e milimétrico que agentes de alto escalão eram biologicamente forçados a agir em menos de um segundo.

"Os agentes recebem cerca de 30 minutos de aviso prévio, para encontrar abrigo e carregar o máximo de civís que sua capacidade corporal resistisse, anunciando os comandos."

Uma proteção ridícula e utópica em momentos como aquele.

Vozes de treinadores ecoaram em sua mente quando viu a centelha distante se tornar uma segunda lua:

"Procure abrigo, proteja os olhos, jogue-se no chão, mantenha a boca aberta para evitar o rompimento dos tímpanos com a pressão.  Fuja da direção do vento, que pode trazer trazer a nuvens radiativas. "

"FECHE OS OLHOS! AB-ABOCA!" — Gritou absurdamente alto para a sorte de ambos, já que a perplexidade poderia deixar a pessoa mais preparada em choque absoluto.

Todos ensinamentos absurdamente complexos que recebera desde tão jovem pareceram afluir àquele momento.

O fez de imediato, acelerando não para a frente, mas em mais um movimento puramente instintivo dobrou à esquerda com toda velocidade possível, apertando os pés e as mãos com tanta força que se sentisse algo além de adrenalina, seria a queimação excruciante com as de músculos se rompendo.

Desde que aprendeu sobre a curva Braquistócrona, corria e acelerava somente daquela maneira, era não uma reta, mas a maneira mais veloz para chegar em qualquer direção. O míssil funcionava em  24.000 km/h e suas motos a 300. Uma batalha injusta.

Amenizaria impactos com a técnica de fuga e proteção biológica, afinal, se preparou (em todas seus atos e diretrizes até então) como se fosse uma bomba atômica.

O jet-ski, como o explicou mais cedo, era especialmente feito para amortecer quedas, e ainda assim, (quando foi violentamente lançada para o alto em um ângulo capaz de lhe rachar ossos) teve o mínimo de sorte por estar montada na queda.

Sua cabeça bateu tão forte onde pilotava que cortou profundamente, sendo derrubada do veículo por uma força indescritível, que a afundou por metros demais para ser capaz de compreender que se tratava da esmagadora e sufocante ação de repuxo.

O local onde o míssil atingiu formou um tsunami onde a pouco estavam (quebrando a crista relativamente longe de onde conseguiu chegar).

"Por sorte" só sentiu o poder de sucção que parecia lhe prender pelos pés de tamanha vaga volumosa. Poderia ser pior.

Engasgava, raspava as unhas em sua garganta, mas batia os pés. Era forte e determinada demais para ser subestimada como " uma mera humana", lutando sozinha contra a profundidade que a tsunami deixara no mar da Caldonia.

Para a população local, a sequência eventos geraria um terremoto nas cidades mais próximas e a enchente não seria nada leve.

O local não era grande, o que detectaram seria futuramente identificado como "apenas dois banhistas", e por isso sua proteção não estava tão reforçada naquele momento. Continuariam incógnitos ainda que o terremoto fosse superior e as ondas causassem estragos.

Mal se poderia imaginar o que fariam em caso de ataque iminente maior contra a "ilha" se o poder de fogo utilizado contra dois jet-skis era tão desproporcional. Estava certa, o que estava ali era importante demais para não estar registrado aos olhos do diretor.

Um minuto pareceu a eternidade diante de seus olhos, estava confiante de que logo conseguiria, afinal, o amortecimento da queda não permitiu que fosse sugada tempo o suficiente. Não era atoa que jamais precisou de armamento algum.

Dois minutos de pura força. Já enxergava a luz da lua.

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A performance inicial um sucesso, suas motos sincronizadas causavam estonteantes flashes no mar por agitarem o branco quase luminescente das ondas naquele horário.

E a agitação da maré agora correspondia ao que monitoraram nos hologramas durante todo o preparo, sem alterações na rota ou surpresas. Incerto o tempo que levaram até a região precisa.

A ronda infrutífera e incessante os cansou como nenhuma caminhada foi capaz de faze-lo, pois a exaustão era mental.

— O que é aquilo?

No exato ponto que monitorou a cada segundo por dezenas de dias continha agora um relevo, mas era incapaz até mesmo de avistar do que se tratava. Seria a ilha supostamente detectada?

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Yasmin já não ouvia uma palavra sequer, como se estivesse alienada ao objetivo.

Liberou o acesso para ambos com seu polegar, mostrando em seguida o básico como se estivesse ensinando uma criança a jogar videogame, presumindo o talento intelectual e físico do parceiro.

A moto aquática usa um mecanismo conhecido como sistema de propulsão a jato, que cria uma poderosa corrente de água. Neste caso, a velocidade absurda funcionava com uma estratégia, que era a maneira com a qual a água direcionada abaixo da superfície, e não para trás.

Foi o que explicou vagamente. Nada o prepararia para a prática de qualquer maneira.

A partida do veículo era similar a um foguete, com a impossibilidade de se erguer no ar como unica diferença. Só não mencionou como a velocidade também era equiparavel.

— Acelera, esquerda na descida! — Teve de gritar a plenos pulmões, já que se aproximavam da queda dágua segurando as motos.

Sem mais, fez o que instruiu, e seu corpo se tornou um vulto veloz quando se lançou à esquerda.

A cachoeira era tão intensa que chegava a parecer fumaça, e a agente se jogou em queda livre.

O ato suicida e absurdo foi feito em frente ao parceiro, o que era positivo, pois, pôde mostrar como a propulsão direcionada para baixo era capaz de amortecer quedas. Mas, ainda assim, a única coisa que qualquer pessoa normal iria focar seria sentir no momento a sensação capaz de gelar e sacolejar cada osso de um corpo, arrepiar uma espinha, que parece prestes a se partir.

Yasmin não sentia nada.

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O arquipélago é conhecido por suas praias com palmeiras, mas onde o levará estava longe de condizer com o cenário turistico.

Carros não podiam levá-los longe o bastante para o local onde Yasmin o conduzia, a caminhonete potente não era capaz de aproveitar suas trações no solo absurdamente irregular.

Onde tiveram de descer e abandonar qualquer transporte terrestre, a trilha levaria horas suficientes para exaurir uma pessoa desprovida de intensa capacidade física. Obstinada demais para parar ou trocar palavras.

O extenso rochedo escarpado, um precipício. Pedras negras imensas eram violentamente atingidas por ondas completamente diferentes das que o holograma havia lhes mostrado, ainda que a chuva fosse apenas em pancadas.

Breu, luar e a branca espuma do mar.

O solo vibrava, como se estivessem se aproximando de um trovão.

Cada pergunta a respeito de Yasmin seria contraproducente, ausente de respostas. Como havia conseguido este transporte altamente futurista que funcionavam apenas com sua digital? Como os levou até um local tão remoto?

Disse que o ponto se tratava de apenas uma descida para descerem até o mar com seus veículos.

Ao chegar ao lugar, ela exibiu a "rampa".

Era uma torrente de água que despencava em estrondos surreais, formando o cachão. O solo era afetado pela queda dágua de forma a parecer um terremoto.

Uma cachoeira que parecia a miniatura das cataratas do Niagra.

— Pronto?

Lá estavam, quase um quilômetro antes daquilo que parecia uma tsunami, prontos para serem montados, enormes e potentes, visivelmente ágeis e capazes de atingir velocidades inumanas.

Precisariam descer.

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Esboçou um sorriso de canto enquanto se sentava e esticava o braço até tocar o quadro milimetricamente organizado. A estatura tinha suas desvantagens.

— Se arruma logo que eu sou sapatão.

De costas para o parceiro, disse no tom mais perto do humor que poderia chegar sendo tão dedicada.

— "Porta" é um pensamento positivo, a gente não sabe nem se é uma criatura...Depois da batalha de Nova York eu nunca mais tive a mesma visão do mundo.

A proporção do sigilo de sua atuação no governo brasileiro era tamanha que parecia um crime sequer ter memórias a respeito, mas a batalha foi algo completamente novo.

Uma sensação estranha, como se ferro gelado estivesse em sua garganta. Sempre lhe disseram que a sensação de ansiedade disparava o coração, mas o de Yasmin parecia prestes a parar.

O vazio desconhecido, pela primeira vez, algo poderia amedronta-la. A brutalidade usual se tornou a vontade de fugir. Por que estava fazendo aquilo?

Não era mais a respeito de se provar, como refletiu após se vestir naquela manhã. Era o peso de desvelar uma possível ameaça à humanidade.

"Viver como uma boa agente ou morrer como uma boa pessoa".

— É isso aí, os jet-ski funcionam com biometria, pegamos os óculos. – Trajada, impermeável até mesmo em seus coturnos. Prática, nada mais era necessário.

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Levou sua pergunta a sério.

— Honestamente, ainda que a S.H.I.E.L.D nos treine, somos designados, sem mais. É claro que quando existem líderes em equipes, a organização é pré-planejada, mas em caso de serem apenas um ou dois agentes não tem preocupação, já confiam o suficiente para dispor recursos e, eventualmente, extração.

Ainda que os motivos da missão fossem obscuros, não havia motivo algum para agir sem sinceridade.

— Reuni tudo que pude, okay? — Cruzou os braços analisando o mapa vazio de uma região oceânica. Quando ergueu suas mãos em um gesto simples, aquele mapa consideravelmente bonito se tornou um holograma realista, exibindo as ondas naquele momento. Fortes, mas não violentas.

— Foi detectada uma ilha nesta região, mas, quando inspecionaram, não havia nada além disso...Ondas.

Pontualmente a questão principa.

E como não haviam registros a respeito do local (fora aquela sequencia numéricaa minúscula com as coordenadas), ninguém na organização sequer saberia deste fato completamente aleatório, que não esteve nem mesmo nos jornais de grande circulação.

— Jetskis, uma região completamente desconhecida e nossa experiência como único preparo. — O olhou diretamente nos olhos, completamente neutra. — Damos conta.

Lá fora, a chuva caia cada vez mais forte, agitando aquele mar no holograma. Sequer sabia por que o havia escolhido como parceiro, mas estava completamente certa de sua decisão.

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Dr. Barbara "Bobbi" Morse Nascida em San Diego, Califórnia. Mapa Astral: Gêmeos com ascendente em Sagitário (28 anos). Arma: Bastões acopláveis.

Já com um intelecto superdotado, seus poderes incluem (devido ao soro super soldado), uma força capaz de dobrar o aço, velocidade que é capaz de acompanhar alguns carros em combate. Além de também ter sua agilidade aprimorada. Sua velocidade de cura também foi acelerada, podendo após algumas horas curar todas as feridas catastróficas que a colocavam em estado comatoso.

Bobbi é especialista em bioquímica.

Especialista em múltiplas artes marciais e várias formas de combate corpo-a-corpo, incluindo Kung Fu e Tae Kwon Do. Ela é conhecida por ser extremamente perigosa quando luta em partes próximas. Ela também está familiarizada com uma ampla gama de armas.

A Harpia é conhecida por ser extremamente perigosa em lutas em ambientes mais fechados.

Dizem que Morse possui uma boa capacidade de memorização, que vem de seu lado humano, e não do soro em sí.

Fluente em espanhol, francês, russo e skrull. Tem se empenhado arduamente e em segredo no português, assistindo diversos vídeos até conseguir rir com todas as gírias e expressões, especialmente trabalhando qualquer resquício de sotaque (fator no qual sempre foi exemplar em todos os idiomas).

O ponto fraco mais "humano" em Morse está no fato de que o soro não foi capaz de melhorar sua visão, então costuma usar lentes de contato resistentes feitas especialmente para ela, bem como sua máscara em combate possui este reforço.

Em sua vida foi Agente da S.H.I.E.L.D., ex-Agente de Contra-Terrorismo, ex-Investigadora Particular, ex-Operativa do Governo, ex-Biológa 

Atuou e estudou na Cidade de Nova York, Nova York; The Mount, Nevada; antigamente Mansão dos Vingadores em Nova York; Compound, Los Angeles, California; Instituto de Tecnologia de Geórgia.

Barbara Morse desde nova sempre se destacou. Foi campeã de ginástica no colégio e se formou no Instituto de tecnologia de Geórgia com um Ph.D. em biologia, começou a trabalhar com a Dr. Wilma Calvin, sua professora num projeto governamental para achar uma maneira de recriar o soro do super soldado.

A ficha exemplar dela no governo chamou atenção da S.H.I.E.L.D. onde foi convidada a treinar para ser uma agente, ela se mostrou ser excelente tanto nos testes físicos como na espionagem. Seguindo ordens da SHIELD, se infiltra e se torna esposa de Paul Allen para investigá-lo.

Posteriormente decidiu utilizar um uniforme para expor as atividades corruptas de maus funcionários da SHIELD e, por pouco tempo, até o momento em que um colega pessoal acaba morrendo na missão.

Atuou com os Vingadores em momentos pontuais.

Sua reputação é de uma agente impiedosa em campo, precisa e objetiva. Não se sabe o que fará em seguida. Matar não é um problema, porém, algo tão grave aos seus olhos que evita o máximo possível. Jamais havia sido cruel ou brutal, até que um grande evento traumático a deixou em descontrole por certo tempo. Na primeira missão após a gravidade do ocorrido - quando jurou estar pronta - entrou em disfarce. Nick Furry sentiu que cometeu um grande erro no momento em que permitiu. Eis que se infiltrou entre os Skrulls, e tudo corria bem (a princípio). Porém, ao terceiro dia, ocorreu algo que jamais haviam presenciado ou esperado de uma agente de tamanho renome e confiança elevada.

Quando os Skrulls desmascararam seus propósitos, tentaram sequestrá-la, e em sua mente os fins eram imprevisíveis. Então aconteceu.

Em meio aos flashbacks que cortaram sua mente, Morse cometeu um genocídio indescritível, sem sequer usar armas. Equipes táticas foram acionadas em emergência, e o resgate se transformou em uma contensão complexa.

O que se sabe daquele dia são apenas boatos.

Levou-lhe aproximadamente dois anos até sua redenção, salvando incontáveis pessoas fora da agência, se submetendo a diversas terapeutas especializadas em assuntos sobre-humanos e se permitindo chorar. Usou parte de seus dons da biologia para salvar crianças imigrantes e mães, que por serem ilegais na America jamais poderiam ser atendidas em hospitais. Afinal, ainda que grande parte dos mortos por ela pertencessem realmente às forças de combate, haviam crianças da mesma idade daquelas que atendia.

Quando Nick Furry a procurou, entregou em mãos seu novo crachá. Não haviam mais lágrimas a caírem.

Se tornou uma agente ainda melhor e mais dedicada, apenas cumprindo seus objetivos de cabeça fria e imparcial, dissociando agora completamente as missões da vida pessoal.

Cerca de três anos depois, foi incumbida de treinar uma agente pela primeira vez em toda a sua carreira. Diziam ser uma garota preparada o suficiente para ser diretamente alocada em missões de alto risco, mas que jamais poderiam fazê-lo sem submetê-la a supostos treinamentos.

Quando perguntou o motivo, a resposta foi: "Por que ela me lembra muito você".

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IDEIA DE FUTURO POSSÍVEL (NÃO LER OU ULTILIZAR)

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Quando a S.H.I.E.L.D caiu, pouco demorou a se revelar uma farsa.

Se uniu a uma base distante, onde usou seu conhecimento avançado de biologia para trabalhar junto da organização.

Se tornou a primeira VÍBORA da H.Y.D.R.A.

Sua fidelidade ligada a uma agência de fundamentos nazistas foi uma decepção de grande peso para todos os seus antigos parceiros, ex-colegas, e até mesmo amigos. A decepção era tamanha que seu nome deixou de ser citado.

A paixão dela pela organização era tamanha que se tornou vergonhoso saber que um dia tantos civis admiraram a Harpia.

Porém, fato era que durante todo este tempo se comunicava com a Agente Hill.

Durante todos os dias naqueles locais, foi capaz de realizar a identificação de aliados, e centenas de infiltrados e seus planos. Morse foi essencial no combate, sabotando graves ameaças biológicas.

Com o material que uniu, foram capazes de desarmar o que seriam objetos de destruição em massa.

Após um ano retornou à resistência da S.H.I.E.L.D, para entregar os dados mais recentes que obteve, os mais importantes até então.

Como pessoa, Bobbi é muito amigável, costuma ser conhecida como engraçada. Apesar de ser sociável, não gosta de conversar com grupos. Também sabe quando deve ficar quieta. É extremamente atraente, e sabe disso, então eventualmente cria mistérios o seu redor e maneiras de prender atenções especificas. Não se prende emocionalmente, mas gosta de todos com que se envolve. Competitiva e ótima em jogos por ter uma expressão ilegível e comportamento imprevisível. Sente muita fome após missões e dias de treinamento em geral, então é especialista em lanches improvisados que parecem ser capazes de alimentar um exército. Em especial, ficou viciada quando aprendeu o que era um "x-tudo".

Em missões, ao contrário disso, seu foco é extremo, sem trocar uma palavra que não seja necessária. Gosta de "se separar" da equipe e costuma desligar as comunicações. Introspecção completa até mesmo quando está treinando junto de alguém. Mesmo quando está na noite anterior às missões, seu preparo mental e estratégico é a prioridade.

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Contexto: Uma solução química criada originalmente pelo doutor alemão Abraham Erskine, o Soro do Super Soldado foi formulado para aprimoramento de corpo e mente humanos, destinado originalmente a ser utilizado pelas Forças Armadas dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial para transformar soldados aliados em super soldados. Ao longo das décadas, várias pessoas e organizações tentaram recriá-lo, com graus de sucesso variados. E quando os nazistas chegaram ao poder, eles e HYDRA o forçaram a continuar desenvolvendo sua fórmula para seus propósitos.

Todas as vezes em que a S.H.I.E.L.D reproduziu estas tentativas, houveram consequências. Dezenas de mortos e poucos "resultados positivos", que levaram ao SUPOSTO encerramento da produção. O problema central esteve em informações e conteudos vazados, o que se tornou cada vez mais frequente. Exemplo disso esteve no Projeto Centopeia, que combinou os elementos do soro do super soldado, radiação gama, Extremis, DNA Inumano, sangue de um pirocinético, levando a duas combustões expontâneas.

Steve Rogers

Luke Cage

Barbara Morse

DOIS OUTROS RELATIVAMENTE POSITIVOS NÃO SÃO CONHECIDOS PUBLICAMENTE.

“O soro amplifica tudo o que está dentro, então o bom fica ótimo; o ruim fica pior”

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Por algum momento confiou em Morse? Definitivamente não. Porém, aquilo era demais até mesmo para uma agência como a S.H.I.E.L.D. ──────────────────────────────────────────── O Diretor da C.I.A à época, costumava segurar o saco de areia enquanto a aconselhava a canalizar a raiva - Mesmo usando um terno que provavelmente lhe custara uma quantidade vulgar de dinheiro. Sempre estava lá para conversar após uma missão, rindo com um whisky ou em uma chamada de vídeo quando estava fora da cidade.

Yasmin jamais saberia que todas as noites ele acariciava um porta-retratos com a foto de sua filha em um parque, uma criança de cabelos loiros claros a ponto de quase sumirem em fotos de dias ensolarados. Imagens ou desenhos de giz na porta da geladeira, cheiro do perfuminho fraco, porém doce, que fazia questão de borrifar eventualmente.

O tablet nunca mais vibrou. ────────────────────────────────────────────

E lá estava ela, com um saco de pancadas de 85kgs, peso que não era aconselhável para o material, mas ideal para Yasmin. Aquilo eventualmente balançava como se os punhos da garota (protegidos por uma faixa rosa pink), estivessem empurrando um mero balanço, o que a remetia ao que queimava suas têmporas e marejava seus olhos com lágrimas de puro ódio.

Haviam lhe oferecido uma vaga para indivíduo único no teste da variação do soro super soldado. Para a infelicidade da organização, Yasmin esteve na investigação do Projeto Centopéia. Então sabia que se tratavam de cinco resultados positivos desde a segunda guerra mundial. Em contraste deste numero, que a S.H.I.E.L.D considera maravilhoso, estão as centenas de agentes supostamente sortudos aos quais foram ofertados a mesma "chance" e agora jazem enterrados em alguma cova profunda demais para que arquivos os detectem. Seria o primeiro objeto de pesquisa em quinze anos, com uma melhora na composição previamente proposta pela H.Y.D.R.A.

Yasmin percebeu que Morse não estava compreendendo - Isso após horas de explosão interna e irracional. Sempre foi boa em ler pessoas, e acabara de perceber que uma das agentes de campo mais importantes e experientes estava sendo manipulada.

Ao redor dela, tudo parecia obscuro, a agência estava se contradizendo e reformulando métodos gradualmente, usando os próprios agentes um contra os outros.

Então, talvez sua amante eventual não quisesse lhe arriscar como um rato pronto para ser esmagado se não saísse de um labirinto.

Foi assim que parou de esmurrar o saco em sua frente, esfregando violentamente seu rosto com as faixas ásperas.

Eis que se lançou ao chão, de costas para o peso de 85kgs que agora parecia concreto maciço.

Passos fortes e femininos, em sua direção.

— Espero que essa violência seja por minha causa, por que se estiver treinando... — Seria impossível descontraí-la, mas não havia nada mais a se dizer sem causar uma explosão brutal.

Yasmin se pôs de pé, deixando o cômodo sem se dar o trabalho de olhá-la, simplesmente lhe tratando como algo completamente insignificante, sem emoção alguma. Estava sendo apenas casual, como se não a conhecesse.

— Logo estamos aterrissando, melhor se arrumar.

Quando o imenso avião pousasse, Morse teria de deixar a base.

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Lhe jogou um óculos espelhado réplica da coleção de Kim Kardashian, modelo de esqui, o que achava um luxo.

— Jetski — Anunciou no momento em que ouviu a palavra "S.H.I.E.L.D", buscando interromper qualquer frase em seguida. Parecia genuinamente animada, talvez realmente estivesse, já não sabia mais o que sentir.

Se voltou ao espelho lindíssimo na parede oposta, fixado em uma moldura surpreendentemente trabalhada para um quarto tão moderno. Passou alguns segundos observando o dourado estilo "rainha má".

— Barcos são lentos, não importa o tamanho, não dão mobilidade de um corpo para desviar de qualquer coisa — Andava enquanto dissertava, gostava de se sentir inteligente. — Helicóptero jamais né meu...Chamar mais atenção que isso é impossível, ele é facilmente detectado em radares mesmo quando são camuflados.

Voltou-se a ele quando percebeu algo. — Amigue...Não sabemos se o que buscamos está na superfíce, muito abaixo dela, se é algo pairando no ar ou uma estrutura fisica de prédio ou a porra de um bicho— Se sentou na cama, sua mente trabalhava tão rápido que era dificil acompanhar seus monólogos — No jetski podemos desviar na velocidade de nossos corpos e até mais, por isso eu tenho especificamente os meus, sabe? São rápidos demais, alvos dificeis para qualquer arma.

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Capítulo 2 ────────────────────────────────────────────────────

Os passos de Yasmin eram fortes demais para alguém de sua altura. 

– Sabe como o Capitão conseguiu separar as peças do Omelégion? Por que….. 

A piada idiota foi interrompida quando se deparou com toda aquela organização. Havia trazido consigo apenas seu traje preto absurdamente justo, onde o relevo nas costas escondia um paraquedas e os óculos pendurados no cinto. Sempre que indagada a respeito de sua falta de preparo, a resposta era: ‘’Se precisar de uma arma, eu pego uma”.

Não é preciso um arsenal quando se está equipada com segredos.

Tudo aquilo parecia impressionante ao parceiro, então apenas cruzou os braços analisando o quarto e completou baixinho: “...é por que a América já está acostumada em separar raças…..” ────────────────────────────────────────────

DEZESSEIS DIAS ANTES

Era estranho ninguém ter percebido até então.

Por algum motivo os arquivos estavam tão escondidos dentro da organização que era como se a própria S.H.I.E.L.D buscasse esconde-los de seus agentes. Pensou ser mais um sistema falho. Não importava.

Esta leva específica de documentos possuíam números na borda inferior da capa. Uma criança da quarta série identificaria como coordenadas.

Compulsivamente batia informações, tentava junta-las com as de conhecimento geral. Todas eram de locais importantes pertencentes à HYDRA, das mais remotas às mais desprotegidas, uma gama tão vasta que sua pesquisa durou uma noite inteira, levando Yasmin aos tempos da guerra fria e objetos tão antigos quanto.

Ali haviam bases, objetos, cargas, frotas, pessoas e até mesmo casas. 

Porém, algo fez seu o olhar da agente se iluminar. Algo incrível demais para ser compartilhado com qualquer equipe, líder ou diretor. 

Dez novas noites de exaustão fisica e mental.

Haveria de ser uma missão onde o bom agente jamais desconfiaria que não era a organização lhe passando as ordens e seus materiais estéticamente deslumbrantes. Era a menina ao seu lado, o induzindo a acompanhá-la.

Uma confiança cega poderia existir dentro de uma grande farsa.

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Apenas um arquivo de páginas em branco, onde as coordenadas na capa não pertenciam a lugar algum, levando seus hologramas a exibirem o oceano, nada mais. Uma vasta extensão do vazio abissal, e uma superfície desinteressantemente nula de qualquer movimentação humana.

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[ Presente]

— Não faço idéia como eles esperam que a gente descubra o que tem lá, ou o que temos que fazer… Me diz o que pensou, depois eu digo e já era, jogo rápido.

Essa frase era, até então, a única não articulada ou dissimulada por Yasmin. Ela realmente não sabia.

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𝐋𝐨𝐜𝐚𝐥: Washington, DC - Estados Unidos da America.

𝐃𝐚𝐭𝐚: 03.12.2010 [passado]

𝐂𝐨𝐧𝐭𝐞𝐱𝐭𝐨:

Sua próxima parada era a Academia da S.H.I.E.L.D. Porém, para a Yasmin, não estava indo a um treinamento, mas a um teste, um local onde teria de se provar. O que estava longe de ser verdade. Estava acostumada a ser querida e admirada onde atuava desde que ingressou nesta vida, era de confiança e ocupava os cargos com os quais sempre sonhou. Especialmente, sempre havia sido chamada como um recurso essencial. Nada era assim agora. Sentia que estava sendo ofertada como um objeto de diplomacia.

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Fim de tarde. A vidraça da imensa sala de espera dava vista para os aviões enfileirados. Segurava contra sí seu travesseiro, a mala preta de ombro em seus pés. Não estava cheia, pois sentia que não ficaria tempo o suficiente para levar tantas roupas. Moletom, mascara, calça larga. Deveria ter separado seu óculos, já que estava exatamente no horário de pôr-do-sol em Washington. O céu laranja não parecia bonito, mesmo com as pequenas nuvens cinzentas. Aquele cheiro de batata-frita da lanchonete a encheu de fome, a deixando com um desejo absurdo de ir ao balcão e pedir um café passado super doce. Para sua infelicidade, o relógio enorme e caro de pulso dizia que sequer havia tempo restante para ir ao banheiro. O pensamento de "pelo menos poderiam ter me buscado" foi interrompido, pois lembrou do detalhe mais importante: Não era especial para a S.H.I.E.L.D. ────────────────────────────────────────────

É claro que amava aviões, mas estava fazendo um esforço para ficar incomodada. Não estava funcionando. Seus fones de ouvido explodiam com "Starboy", enquanto lia uma revista sobre aeronaves. Tudo aquilo a deixava nostálgica de momentos como quando pilotou em rasante no mar e ativou o modo automático para usar metralhadoras contra os de terroristas em fuga com seus hidrojatos. Se entupiu de salgadinhos e assistiu "Uma linda mulher". Estava quase dormindo quando ouviu o microfone infernal que mesmo com a modernidade continuava soando como áudio do whatsapp de um samsung que caiu na piscina. Se prepararam para a aterrisagem.

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Carros negros que a buscaram em segurança, a monitora animada que a levou para conhecer o campus junto de dois futuros agentes com no máximo dezessete anos, o quarto privado, a grama, a estrutura que lhe remetia a um shopping. Nada daquilo parecia certo.

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SHIELD FILES - CLASSIFIED INFORMATION ON FIELD AGENT No.A0842567

ACESS LEVEL 10 PERMITION DOCUMENT

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INFORMAÇÕES DE PERICULOSIDADE E PREVENÇÕES - DOCUMENTO 9 DE 1237 DO INDIVIDUO A0842567.

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O ABAIXO TEM COMO BASE: OS TESTES DE POLIGRAFO 1 - 21, COM TODAS AS 1551 PERGUNTAS. RELATA-SE O CONFIRMADO POR FONTES ESPECIAIS Nº1 - Nº 27. PESQUISAS E NOTAS REALIZADAS E AVALIADAS PELOS AGENTES DE NÍVEL 9. IMAGENS COLETADAS PELAS VIAS DE PROCEDMENTO PADRÃO Nº 7723; CURRÍCULO E HISTÓRICO ACADÊMICO; ATUALIZAÇÕES DESTE ATRAVÉS DAS VARIAVEIS E TREINAMENTOS AO LONGO DA ATUALIZAÇÃO DIÁRIA DOS RELATÓRIOS DO INDIVIDUO.

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Espécie: Humana. Poderes ou habilidades sobre-humanas: Não possui. Lateralidade: Destra. Idiomas: Alemão, inglês, russo, português, espanhol, mandarim, árabe. Sérias dificuldades com o francês. Artes marciais: Não segue um padrão, mas apresenta muito uso dos punhos e técnicas frequentes para quebrar ossos propositalmente - meio mais eficaz de incapacitar oponentes. Algumas das brutalidades aplicadas são ouvidas, porém aplicadas apenas quando não há agentes próximos, parece esconder suas habilidades marciais para emergências. QI: 135 pontos. Mente: O que desequilibra suas características mentais é a ausência de empatia em missões. Inquieta demais para atuar em tocaia. Seria uma boa detetive se tivesse interesse de atuar somente na área, mas sua mente está sempre voltada ao ataque. Irônica com muita frequência, parece se divertir em todas as missões. Sua autoconfiança não parece ser um risco, mas um estimulante.

Força: 52kgs de força imposta, o que corresponde a mais da média masculina, tornando socos mais eficazes, aumentando sua capacidade de erguer o próprio corpo apenas com as mãos quando necessário (estilo “barra”). É capaz de carregar objetos muito pesados e arrastar companheiros de equipe com frequência, bem como praticar arremessos.

Velocidade: 14km/h, o que é realmente bom, mas nada que a destaque. Correr é algo que ama como mecanismo de canalização do stress, mas também um artificio quando há a necessidade de perseguição por terra.

──────────────────────────────────────────────────── Adendo dos psicólogos durante esta avaliação: Parece sentir a necessidade de ultrapassar limites, provar seu valor através de números. Sua motivação é diferente da comum dentre a média predominante dos objetos de análise. Portanto, exercer funções de segurança publica é a satisfação pessoal que encontra na área. Seus instintos parecem estar intimamente ligados a como viveu em sua primeira infância. O que leva-nos a crer que seu pai é uma fonte de motivação quando busca relevância. Suas posições anteriores (não identificadas) foram altas. Portanto, o resultado de seu "raio-x" não demonstrou motivos para desclassificações ou desconfianças iniciais. ────────────────────────────────────────────────────

A confiança inicial se deu alta devido à sua experiência anterior.

Transferida diretamente pelo Diretor David Petraeus, que a cedeu para a organização após a batalha de NYC, na qual se destacou mais do que qualquer outro agente humano que operava sob sua supervisão.

───��──────────────────────────────────────────────── DESDE OS QUATRO ANOS DE IDADE FOI TREINADA. O PAI A ENSINOU HABILIDADES IMPORTANTES PARA O CAMPO PELO QUE É VISIVEL, DADO SEUS INSTINTOS E A FACILIDADE QUE DEMONSTROU NAS OPERAÇÕES DE ALTO RISCO. COM 15, ATÉ SEUS 16 ANOS, FOI ESTAGIÁRIA DE ENSINO MÉDIO NA POLICIA CIVIL. NÃO SÃO SATISFATÓRIAS AS BUSCAS PELAS TAREFAS QUE REALMENTE EXECUTAVA, POIS NÃO EXISTEM ASSINATURAS ADMINISTRATIVAS O SUFICIENTE PARA QUE OPERASSE APENAS NA ÁREA ADMINISTRATIVA. SE EMANCIPOU AOS 17 ANOS PARA SE TORNAR POLICIAL CIVIL QUANDO PASSOU EM PRIMEIRO LUGAR PARA O CONCURSO. RECEBEU O TREINAMENTO DE 810 HORAS-AULA. FOI RELATADO QUE SURPREENDEU TODOS QUE TRABALHARAM, SUAS RESPONSABILIDADES REDOBRARAM, SENDO CONVOCADAS PARA TAREFAS EXTREAMAMENTE ACIMA DO QUE SUA POSIÇÃO AUTORIZARIA. [SUAS FUNÇÕES E PATRULHAS, DO CONTRÁRIO AO CONVENCIONAL, NÃO ESTÃO REGISTRADAS. APENAS DOZE DIAS NAS RUAS EM TODO O PERÍODO NA CORPORAÇÃO. DEMAIS INFORMAÇÕES FORAM NEGADAS EM OFICIO PELO MINISTÉRIO DA SEGURANÇA] DAS IMAGENS ENCONTRADAS COM O RECONHECIMENTO FACIAL DESTE PERÍODO, É VISIVEL SUA OPERAÇÃO EM TRÊS IMINÊNCIAS DE SEVERO ATAQUE TERRORISMO CLASSIFICADAS COMO ALTAMENTE CONFIDENCIAIS. DUAS DELAS DE ORIGEM NÃO-HUMANA, O QUE COMPROVA QUE SEU ENVOLVIMENTO COMO POLICIAL CIVIL TRATA-SE DE UMA FAIXADA APÓS UM PERIODO DE TEMPO NÃO-DETERMINADO. [A BUSCA APURADA DE SUAS MISSÕES FORAM IMPEDIDAS PELO GOVERNO BRASILEIRO EM INTIMAÇÃO AO PRÓPRIO DIRETOR DA S.H.I.E.L.D] SEGUIU NESTE CAMPO ATÉ OS 22 ANOS. COM UMA MEDIDA DE SEGURANÇA, TOMOU POSSE NA POLICIA FEDERAL TRÊS MESES ANTES DE SUA FORMATURA. [FATO QUE TORNA, NOVAMENTE, DUVIDOSA A CONVOCAÇÃO NESTES CONCURSOS] SE MANTEVE NA POLICIA FEDERAL POR UM ANO, SENDO COLOCADA EM MISSÕES DE ALTA COMPLEXIDADE DESDE O INICIO DO SEU SUPOSTO TREINAMENTO OBRIGATÓRIO, AO QUAL JAMAIS TEVE DE COMPARECER, APESAR DOS REGISTROS ALEGAREM O CONTRÁRIO. JÁ ESTAVA ALOCADA NO CHAMADO "GOE", A GERÊNCIA DE OPERAÇÕES ESPECIAIS. [AS OPERAÇÕES SÃO CONFIDENCIAIS, INTIMAÇÃO FINAL ENTREGUE AO DIRETOR DA S.H.I.E.L.D SOB PENA DE CONSIDERAR AS INVESTIGAÇÕES COMO PERIGO À PATRIA] SE TORNOU AGENTE DA C.I.A AOS 23 ANOS, TENDO PASSADO POR AVALIAÇÕES FISICAS E DE OPERAÇÕES QUE DISPENSARAM SEU TREINAMENTO FORMAL. [TESTES E MOTIVOS NÃO RELATADOS NAS FICHAS DE AVALIAÇÃO] SUAS NOTAS NA AVALIAÇÃO DA C.I.A É CONFIDENCIAL, PORÉM PELOS RELATOS DA INFORMAÇÃO (FORA DOS REGISTROS) É DE QUE PARA UM HUMANO SUAS NOTAS FORAM ASSUSTADORAMENTE ALTAS, FORA DO QUE HAVIA VISTO EM SEUS XXXXX XXXX ANOS COMO AVALIADOR. [COMO DE PRAXE, NÃO É POSSIVEL COLETAR INFORMAÇÕES DAS OPERAÇÕES DA C.I.A]

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Carismática em seus prévios ambientes profissionais. O objeto de sondagem é muito querido pelos que passam por sua vida. Indivíduos masculinos ouvidos parecem se incomodar com o sucesso e habilidades da Agente, fato detectado por micro expressões. [O governo brasileiro não autoriza contato com membros das forças onde a Agente atuou, apenas seu meio pessoal, enquanto a C.I.A se prontificou.]

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Pericias:

- Manuseio de armas de fogo. - Direção defensiva. - Capaz de dirigir/pilotar/conduzir basicamente todos os meios de transporte terrestres, aéreos e aquáticos. - Perita em combate corpo-a-corpo. - Notável atleta a nível olímpico. - Parkour - Mestre em Combato (habilidade ainda não registrada em outros agentes).

Habilidades especificas:

Devido ao seu treinamento, ela possui velocidade, resistência, flexibilidade, agilidade, destreza, reflexos, reações, coordenação e equilíbrio no nível máximo de um ser humano. Capaz de fazer uso de duas armas consideravelmente pesadas simultaneamente. Pode atirar em ângulos complexos em longa distância, treinada como sniper. Ótima nadadora. Poliglota. Capacidade de memória desenvolvida. Boa mentirosa, o equipamento poligrafo deve ser muito elaborado e preciso, bem como as perguntas devem extremamente objetivas. [ Parece ter sido intensamente treinada ] Excelência na arte da furtividade.

Se destaca quando se trata de armas brancas, porém nada acima do nível que já lhe era esperado.

É proficiente em múltiplos estilos de lutas [Bokator, Muay Thai, boxe, Judô,  Krav Magá, Karatê, Shippalgi, Keysi e Sambo]

Combato:

A técnica da qual é intima (não se sabe de qual maneira), é uma rara arte macial que se chama "combato". Criado por Bill Underwood no início de 1900, foi mais utilizado pelas forças armadas canadenses durante a Segunda Guerra Mundial. Como era muito violento, Bill decidiu não passar adiante os conhecimentos necessários para que a técnica viesse a se proliferar. Conhecimentos/habilidades extra: Diferir joias originais de falsas. Excelente em conteúdos de exatas e geografia. Habilidades em danças brasileiras. Toca guitarra e violão com maestria.

Fraquezas físicas em campo: Nada especifico detectado.

Falhas reportadas no treinamento: Não foi capaz de se esquivar de dois golpes na luta prática contra a treinadora (Agente Morse) na prova de múltiplas modalidades de combate por 45 minutos. O que a atingiu no treino em questão foi ter se desorientado momentaneamente por um golpe de porrete em sua têmpora, abrindo margem para ser atingida novamente. Nada que tenha a impedido de seguir a luta. O problema que levou a esta falha foi o único a ser trabalhado em seu treinamento. Trata-se de uma abordagem exageradamente agressiva. Sua falta de limites feriou superficialmente sua treinadora e lesionou seriamente alguns dos responsáveis pelo treinamento prático [sete de quinze]. Falta de autocontrole.

Psicologia em campo: Violenta e fria.

Vantagens: Furtiva, facilidade em invasões.

Interrogatório: Falta de autocontrole.

Capacidade de matar: Confirmada.

Responsável pelo treinamento: Barbara Morse.

Não foi possível até o presente momento obter informações a respeito de: Sua relação e envolvimento com a segurança nacional do Brasil, quais suas operações à época e objetivos. Meio de acesso à forma de combate desconhecida. Atuação na C.I.A abordada em partes devido ao sigilo nacional. A extensão de seu envolvimento com a Agente Barbara Morse fora das seções de treinamento.

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Comportamento durante a seleção: Engajada na academia desde o primeiro momento em que foi convocada, se demonstrou interessada na nova atuação, porém visivelmente não estava deixando a C.I.A por vontade própria. A descrição de seu novo oficio a fez se sentir ansiosa para dar inicio ao processo no mesmo dia, porém, após os primeiro quarenta e cinco minutos do "raio-x" se demonstrou entediada [nas 2:03:23 restantes]. Aparentemente não está acostumada a ser sondada, sempre de extrema confiança e alto patamar de acesso. O poligrafo teve de ser trocado para acompanhar suas respostas com maior precisão, porém, a margem de erro se seguiu em 96,0293% [Fator preocupante] Logo, teve de ser trocado novamente para o criado especialmente para o interrogatório de Natasha Romanov. Margem de erro: 0.003%

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Instruções específicas: Cuidado com as redes sociais e informações dadas à sua irmã. Chamar menos atenção no local onde a base estiver em solo. Diminuir sua "sociabilidade" em dias de trabalho. Sem álcool ou substancias ilícitas durante operações.