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APENAS PARA QUEM SABE QUE O BRASIL É A NOVA ROMA

"A narrativa de que "no Brasil o ano só começa depois do Carnaval" pode até ser verdadeira, mas se o for não há problema algum.

Ao contrário, é uma herança espiritual romana. O ano romano começava em março, com a primavera, de modo que o ano terminava em fevereiro.

Nesse sentido, as festividades carnavalescas da Lupercalia e da Liberalia eram rituais caóticos nos quais os romanos se purgavam, deixavam transbordar as energias remanescentes da Roda do Ano, e se permitiam renovar para iniciar novamente o ano com a primavera, em março.

Ou seja, ao se comportar de modo a "levar o ano a sério" apenas a partir do Carnaval, o brasileiro está seguindo fielmente os passos e humores dos romanos.

Nova Roma confirmada novamente."

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Caos não é sinônimo de desordem ou desequilíbrio, Caos na verdade em diversas tradições mitológicas, principalmente na mitologia grega, é o vazio primordial, o nada e o todo simultaneamente. A desordem ou a ordem são apenas possibilidades dentre as infinitas possibilidades contidas dentro do Caos. Isso serviria muito bem para refutar qualquer ideia da necessidade da existência de um ser ou de uma força para ser chamada de Deus, pois seria desnecessário um criador para criar ou organizar o nosso universo ou realidade, já que tudo é fruto do Caos primordial. Portanto, tudo é Caos e a dicotomia ordem-desordem é apenas uma ilusão criada pela mente humana.

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Sons of soldiers who were martyred for Iran during the Iran-Iraq war recreate picture of their fathers together

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Quando LaVey disse que existe uma besta no homem que precisa ser exercitada e não exorcizada, presumo que ele estava se referindo aos bons homens, isto é, aos sensíveis, aos visionários, aos sonhadores.

Boa gente nesse mundo só se fode porque são os filhos da puta que estão com a mãos nas rédeas e é preciso, mais do que nunca, tirá-la das mãos deles. Só exercitando a tal besta que isso se tornará possível.

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Zizek tocou na ferida quando apontou as incongruências do tal combate ao "marxismo cultural" por parte dos neo-conservadores.

Os neo-conservadores só acusam o "marxismo cultural" de ter diluído a unidade familiar, por exemplo, porque eles erroneamente creem que os maluco da new-left são marxistas, quando, na verdade, são tão liberais quanto. Os neo-conservadores parecem não perceber que quando a esquerda perde tempo defendendo pautas superestruturais como liberdades sexuais, culturais, sociais, etc. ela está oferecendo somente uma nova forma de se abordar o liberalismo.

Em suma, esquerda e direita são lados de uma mesma moeda e, portanto, esse binarismo político besta deve ser rechaçado o mais rápido possível.

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Yukio Mishima and Yasunari Kawabata, October 1968. Mishima had gone to Kawabata’s home to congratulate him after winning the Nobel.

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Existe toda uma metafísica do amor transmitida através dos séculos por contos dos Deuses. Apolo, o Deus mais belo do Olimpo, foi castigado por Eros. Apolo matou com o seu arco uma grande serpente que atormentava a Terra, logo após debochou de Eros que possuía arco semelhante mas foi incapaz de matar o monstro. Eros enfurecido, flechou Apolo com a flecha do amor e flechou Dafne com a outra flecha, a de afugentar. E assim Apolo correu atrás de Dafne esperançoso, e ela corria com medo, até virar um loureiro do qual o Deus continuou à prestar homenagens ornamentando a própria cabeça, suas armas e a sua cítara com as folhas de louro, folhas que se tornaram símbolo dos vitoriosos pois Apolo nunca se acovardou em negar o que sentia.

Atena transformou Medusa, a mais bela e dedicada de suas próprias sacerdotisas do seu próprio templo, em um monstro, por ciúmes de Poseidon. Por sua vez a lenda indígena da noite, diz que um índio mergulhou ao fundo do rio e roubou um pote com a noite da Cobra Grande para agradar sua esposa, que não conseguia dormir com a claridade do sol. Psiquê amou Eros na escuridão da noite, mas duvidou que fosse correspondida pelo Deus devido insinuações de suas irmãs, e em uma madrugada jogou a luz de uma vela em cima de suas asas e do seu rosto, por isso foi castigada por Afrodite tendo que passar por uma série de provas, tendo que descer perto do Tártaro onde fora tentada pela beleza divina e quis pegar um pouco para si, quase fora desgraçada completamente se não fosse sido salva por Eros que ainda a amava.

  Tudo bem pra você se não acredita nos Deuses, entretanto eles tinham virtudes e defeitos tipicamente humanos, e todas essas lendas foram feitas para compreendermos um pouco do que somos capazes de fazer quando nossas emoções pulsam com força lá dentro. Afinal se um Deus não tem controle sobre isso, nós temos muito menos. A metafísica do amor consiste em superar o próprio ego. Não existe comedor, puta ou frieza mais forte que o fogo do amor. Covarde é aquele que nega o sofrimento do amor, aquele que se acha melhor que os Deuses, inabalável, que na verdade não se permite sentir amor. Escrevam poemas, chorem e sejam bebedores de vinho! Pois Nietszche em sua sabedoria diz: "Viver é sofrer, e sobreviver é encontrar um significado no sofrimento." Ernst Jünger também fala: "Quando dois indivíduos amam um ao outro eles se tornam livres do Leviatã; eles criam um espaço que ele não pode controlar. Eros sempre triunfará, como verdadeiro mensageiro dos Deuses, sobre todas as criações titânicas". Com tudo isso concluo: apaixonar-se e prender-se à alguém não é fraqueza, mas sim força para continuar a amá-la todos os dias.