Tumgik
letterstovic · 5 days
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
[ 2024 ] meu bem, quero ser seu namorado.
janeiro
06/01: cheguei de seul hoje e separei só as coisas que trouxe de presente pra você, espero que goste porque tem muita coisa mesmo, incluindo doces que eu sei que você vai gostar. o jet-lag tá sendo meu maior inimigo por agora, mas tenho planos de ir te ver o mais breve possível.
08/04: como eu imaginava, você amou os presentes. e eu acho que te amo um pouco mais do que antes.
março
24/04: eu sonhei com você a semana passada inteira e hoje sonhei de novo, dessa vez estávamos viajando juntos como um casal. oficialmente como um casal. queria que fosse real.
abril
16/04: você me deu uma surra na sinuca ontem e eu sei que você mentiu sobre ser ruim, é impossível que você não seja, sei lá, secretamente uma jogadora profissional de sinuca (isso existe?). o bolo tava gostoso e eu gostei de ficar a tarde inteira contigo. e de dormir contigo. de conchinha. meu deus. você me olhou como se eu não fosse só seu amigo e não tenho medo de admitir que eu praticamente te comi com os olhos. espero que você tenha notado porque eu cansei de fingir.
maio
10/05: chegamos de viagem e já fomos nos arrumar pra festa, mal teve tempo de respirar. mas valeu a pena porque a gente se beijou. puta que pariu, maxine, a gente ficou. e eu quero de novo.
13/05: você bateu o carro ontem e eu tô me sentindo super culpado de não saber na hora… eu dormi tão cedo que acabei acordando só hoje. espero ter te deixado um pouquinho mais tranquila com o brunch e com o jantar. a sobremesa foi muito boa também.
junho
01/06: são 4 anos e meio que eu passo te admirando, decorando suas manias mais lindas, seus trejeitos, as suas expressões quando você se concentra em alguma coisa, a forma como fica emocionada com um romance bobo que você sempre escolhe pra gente assistir. de um tempo pra cá, me apaixonei mais ainda por você, mais do que um dia eu imaginei ser humanamente possível. eu sempre ouvi falar sobre o amor e vi o amor dos meus pais bem de perto, mas, para mim, nunca pensei que poderia acontecer comigo, até você aparecer. sinto que nós já estamos no nosso centésimo encontro por mais que tenha menos de um mês que estamos saindo oficialmente como mais do que amigos e eu amo essa nossa fase. amo cada minuto ao seu lado, amo sua risada, amo deitar ao seu lado nas noites frias, amo ver você se arrumando, amo nossas brincadeiras e, principalmente, eu amo você, max. eu quero ser seu namorado.
0 notes
letterstovic · 10 days
Text
Tumblr media
26 de maio, 21h20.
Existia movimentação ao redor de Victor, mas nenhuma que fosse suficientemente incômoda para o despertar de fato. Conseguia ouvir numa distância razoável as vozes abafadas, como quem conversa através de um vidro com outra pessoa do lado de fora, mas ao mesmo tempo era alto e sentia que era próximo... Também reconhecia duas em específico: Lucas e Jane. Apesar disso, não conseguia compreender nada do que era dito e sentia-se preso na maca por algo além dos fios. Ouviu passos e bipes, além da ponta incômoda da caneta escrevendo sobre uma prancheta, sentiu toques e um carinho no cabelo sutil demais para ser do irmão e nada familiar para ser de Maxine — mas era bom. Não conseguiu se mexer, nem mesmo abrir os olhos e encontrar a figura conhecida e desfocada de Jane se despedindo de Lucas e mexendo em alguma coisa que não conseguiu identificar. Piscou e a próxima cena foi o edredom de casa o cobrindo com cuidado, agora Jane estava mais perto. Victor era confortado por um semblante carinhoso e quase maternal. Queria falar algo, mas não conseguia. — Descansa, Vic. Estamos aqui. — A voz feminina acompanhou um novo afago delicado e a ordem foi acatada, se entregando de novo ao sono.
Provavelmente o que fez Victor despertar de vez foi o cheiro conhecido do ambiente hospitalar que o levou numa viagem horrível até o seu passado. O odor inebriante do éter enchia os pulmões em uma bagunça desconfortável de fios e cânulas em seu braço, junto de uma regata que reconhecia ser parte de um pijama seu, calças de moletom e um edredom que também se lembrava de ter comprado. Os apitos incômodos dos aparelhos medindo seus batimentos e a oxigenação estava quase o levando à loucura e, apesar de estar com sono demais, não conseguiria dormir de novo por conta disso. Não sendo suficiente para o incomodar, a cortina do quarto tinha uma única fresta aberta onde o sol das seis da tarde iluminava exatamente o seu rosto e, como era de se esperar, o tirava do sério também. 
Virou-se de costas para a janela pronto para chamar uma enfermeira, mas acabou dando de cara com o irmão sentado na poltrona ao seu lado, o queixo apoiado pela mão fechada em punho, torto no espaço limitado da poltrona. Estranhou não ser Jane ali, igual se lembrava, mas ainda bem porque se sentiria muito pior. A culpa o engoliu e rapidamente se tornou mais incômoda do que todos aqueles fios controlando suas necessidades fisiológicas. Respirou fundo ao perceber que as lágrimas molharam a pele ressecada e as mãos as secaram com rapidez, logo tapando a boca com a destra temendo que fosse visto e ouvido em prantos por qualquer pessoa que fosse. Odiava ser assim, odiava ser a pessoa que dava trabalho para a sua única família. Odiava saber que deixou Lucas preocupado e o fez ficar sentado naquela merda de quarto por sabe lá quanto tempo.
— Lucas. — Decidiu chamar o irmão, a garganta doendo por tanto tempo em silêncio e sem uma gota de água. — Lucas. — Chamou um pouco mais alto, finalmente sendo ouvido e precisando lidar com a feição cansada e irritada do mais velho que só aumentava a culpa de Victor em níveis estrondosos. — Desculpa. — O pedido foi meio que em vão, não obtendo uma resposta verbal além de um murmúrio em concordância e o aviso de que chamaria a enfermeira. Lucas saiu e voltou para o quarto em questão de dois minutos ou menos, o olhar nitidamente esgotado caindo em cima do Hwang mais novo antes que os cabelos de Victor recebessem um cafuné rápido do outro, o que trouxeram as lágrimas de volta à questão. 
— Eu fiquei preocupado, não precisa pedir desculpas. Só não faz isso de novo. — Lucas se afastou um pouco ao falar, pegando o celular no braço da poltrona e escrevendo alguma coisa que o mais novo não conseguiu decifrar, logo guardando o celular no bolso traseiro das calças. — A Jane tá lá na sala de espera porque não podia ficar mais de uma pessoa aqui e a Max tá vindo ficar com você, pedi pra ela pegar mais uma roupa limpa… Pensamos que você fosse acordar antes e não pegamos roupa o suficiente. Você só vai ser liberado amanhã. — Victor pensou em contestar, implorar pra que qualquer outra pessoa fosse ficar com ele, menos ela. Não sabia se o irmão tinha contado o motivo dele estar internado e, com certeza, nenhum dos dois sabia o motivo real. Lucas sabia que foi overdose, Max não tinha notícias dele desde o dia anterior. Ao menos era o que pensava. — Eu preciso descansar, tem quase dois dias que tô dormindo nessa poltrona. — Recebeu um beijo na testa antes do irmão se virar e sair do quarto e só aí Victor caiu na real. Dois dias? Ele podia jurar que ficou apagado por, sei lá, no máximo umas 10 horas.
Quando a enfermeira chegou, junto do médico responsável pelo seu caso, foi submetido à uns 10 exames rápidos só para checar se estava bem o suficiente para sair daquela cama, o que era verdade. Conseguiu se levantar, foi ao banheiro e até tomou banho sozinho, com direito a duas mãos de shampoo, mas sem condicionador, usando as mesmas calças de antes até a nova troca de roupas chegar, pelo menos, e uma camisola hospitalar azul bebê com bolinhas brancas. Dizem que essa era a maior tendência de moda do Centro Hospitalar Princesa Grace, mas acabou optando por ficar sem a camisola já que se enfiaria debaixo das cobertas. De volta na maca, Victor lembrou-se do celular que, provavelmente, estava na sua cama de volta no apartamento e a sua única saída seria assistir aos programas que a televisão pequena do quarto o proporcionava até que alguém chegasse. Não fazia a mínima ideia de quando receberia alta, mas provavelmente não seria naquele dia. 
O relógio marcava por volta das 21h02 da noite quando ouviu passos interromperem seu cochilo e, sabendo ser Max, se manteve de olhos fechados fingindo que não tinha ouvido. — Eu sei que você tá fingindo. — Victor suspirou derrotado, abrindo os olhos e abaixando a coberta que tapava metade de seu rosto, encarando a mais nova. O Hwang se sentou na cama pronto para responder, mas ela não esperou uma resposta para começar um interrogatório sobre as atitudes que tomara quase dois dias atrás e ele podia jurar que ela estava a beira de se desmanchar em lágrimas, assim como ele. Ainda enquanto despejava verdades no colo do mais velho, Max desferiu o primeiro tapa contra o rosto do rapaz e a sessão de surras com direito aos arranhões começou, atingindo-o no rosto e no peito principalmente. Conseguiu agarrar os punhos da mais nova e fazer com que ela parasse de o bater, também que a calasse e só então conseguiu se explicar, detalhando desde o momento em que saiu da casa dela, quando encontrou com Eunjin e o que ele o disse, até quando se encheu de drogas em casa e por isso não respondeu às mensagens dela. 
Se sentia um babaca, fraco e imaturo de não ter dado meia volta, usado o carregador de Max para avisar o irmão que se atrasaria um pouco porque precisava resolver algumas coisas. Também se arrependia de não ter dado um soco na cara de Eunjin e realizado o sonho que tinha há tempos. Odiava ver que, para Maxine o que deveria ter sido feito com uma enorme conversa antes e, ao invés disso, só estragou tudo. Odiava que a fizera chorar, odiava que passou 2 dias sem falar nada com ela e que ela precisou ouvir de Lucas que estava internado. Ali, prometeu em silêncio que não estragaria mais nada. Prometeu para Max, para Lucas, para Jane e para si mesmo. 
0 notes
letterstovic · 12 days
Text
Tumblr media
25 de maio, 12h02.
Os momentos da noite anterior eram vívidos na mente de Victor. Desde o momento em que os lábios tocaram casta e inocentemente a pele de Maxine até quando adormeceram um ao lado do outro. O percurso até chegarem naquele resultado foi demorado ao mesmo tempo que rápido demais e não esperava que o limite bem estabelecido na amizade deles fosse rompido, tampouco das formas que aconteceram na última semana. Apesar de ser do tipo que não liga no dia seguinte, ele não teria a cara se fazer isso com Max, então quando as 11 horas da manhã marcavam no celular, Victor se esgueirou para fora da cama sem coragem de acordar Maxine e se aprontou para ir embora da casa da mais nova. Torceu para que os 2% de bateria restantes no celular servissem para a enviar um aviso de que precisou ir embora sem a acordar porque tinha um compromisso com o irmão, mas foi a conta de apertar em "enviar" que a tela do aparelho ficou preta, torcendo para que ainda assim a mensagem chegasse nela. De qualquer forma, colocaria o celular para carregar assim que chegasse em casa. 
Como se não bastasse estar na faculdade, no clube e na confraria por Maxine, Victor também fez questão de alugar um apartamento próximo da casa dela, ou seja, gastaria no máximo 10 minutos se fosse andando bem devagar para ir de um ponto ao outro. Por mais curto que fosse o percurso, teve o desprazer de encontrar Eunjin e ouvir a provocação dele a respeito de estar com as mesmas roupas do dia anterior, além de algo mais baixo ainda de se dizer para alguém que você tem zero de afinidade. Victor parou no meio da calçada, impedido pelo próprio Eunjin de ignorar o que saiu da boca daquele merda. Só teve forças para olhar para trás e encarar o coreano se afastando. Não faltou vontade para voar no pescoço dele e causar uma cena em pleno horário de almoço de sábado, mas ao mesmo tempo se viu paralisado, o peito doendo com as palavras imundas de Eunjin ecoando nos pensamentos. Agora tudo fazia sentido, fazia sentido até demais. 
Tudo o que viveram na noite passada voltou no sentido mais negativo possível, evidenciando ao brasileiro que não teve uma única atitude correta vindo de si, mesmo que Maxine não tenha se oposto à nada. Não só isso, como todos os outros momentos em que esteve com Max foram muito intensos para alguém que não tinha experiência alguma e, óbvio, ele deveria ter perguntado. Victor sentiu vontade de chorar, sumir, voltar no tempo ao ponto de não ter conhecido a melhor amiga. Seus passos eram automáticos no caminho conhecido até o prédio que morava e o arrependimento atordoava-o ao ponto de fazê-lo subir mais de 10 andares pela escada porque o elevador demorou mais de dois segundos pra chegar ao térreo. As mãos suavam frio, sentia a garganta apertar pelo choro junto aos olhos queimando, tanto que teve dificuldades até para colocar a senha na fechadura do apartamento. A porra daquela semana já tinha enchido o saco e ainda faltava um dia para acabar de vez — definitivamente não sabia se conseguiria chegar vivo até lá. Primeiro a briga com Max, depois a ida na psiquiatra, o jogo que lhe rendeu um olho roxo até aquele dia e o ponto final precisava ser aquele. Não aguentaria mais nada. 
Sabia que o irmão chegaria a qualquer momento já que combinaram de se encontrar ali depois de meio dia, então Victor julgou que seria o tempo necessário para colocar o celular pra carregar, tomar banho, comer alguma coisa e fumar um pra se acalmar. No entanto, foi até a geladeira, pegou uma garrafa de vodka que estava aberta há sabe-se lá quanto tempo, seguiu até o quarto e se jogou na cama. Instantaneamente a memória recente de menos de 12 horas atrás vieram feito um soco no estômago. Decidiu beber pra tentar ao menos sumir com a ansiedade e a lembrança do que fizera na noite passada e o nervosismo de ter saído da casa de Max sem dar nem um tchau, nem mesmo teve coragem de colocar o telefone para carregar. 
O álcool parecia demorar horas para fazer efeito, por mais que não passassem de poucos minutos deitado na cama, então sua última alternativa era ir atrás de algo que o dopasse, sem se preocupar com o compromisso marcado com Lucas. O primeiro comprimido de Xanax desceu queimando junto da vodka, já o segundo e o terceiro não tiveram auxílio algum. Quando os efeitos começaram a aparecer, ainda sentia que não estava calmo. Chorava sem perceber graças ao arrependimento e as palavras de Eunjin ainda o machucavam. Não entendia como conseguiu ser tão cego diante de tudo. Na verdade, ele nem se esforçou para enxergar. Isso que o machucava. 
Victor perdeu a conta de quantos comprimidos engoliu e só deitou de lado na cama, deixou a garrafa virar sobre ele e o colchão e encarava a porta do quarto aberta na esperança que o irmão chegasse logo. Ele sabia que tinha feito merda e agora era tarde demais para pegar o celular e pedir socorro. Sempre que percebia passar dos limites, parava e buscava reverter os efeitos do que havia tomado, mas naquele momento não sabia o que fazer, era muito diferente. O formigamento, a pressão no peito, o suor frio e a tontura eram sintomas conhecidos, mas não intensos assim. Se forçava a ficar com os olhos abertos ainda que soubesse que sua resistência seria pouca. Torcia para que Lucas chegasse logo. 
Quando ouviu o nome ser chamado pelo irmão mais velho, Victor não conseguiu responder, mas permitiu que os olhos se fechassem e a resistência foi para os ares. Definitivamente viu a própria morte e no fundo a desejava. O estômago queimava e conseguiu ter uma visão rápida de Lucas se aproximando de si enquanto colocava pra fora uma parte de tudo o que havia engolido, em conjunto com o arrependimento da noite passada, antes de se entregar ao peso das pálpebras mais uma vez. 
0 notes
letterstovic · 16 days
Text
Tumblr media
21 de maio, 14h10. 
O horário marcava a consulta psiquiátrica de Victor depois de quase cinco meses sem visitar o consultório da doutora que o acompanhava desde que chegara em Mônaco e essa foi a primeira vez que ficou tanto tempo sem se consultar. Tinha consciência do quão errado estava em fazer isso, levando em consideração que o consultório ficava a menos de um quilômetro do seu apartamento, mas parecia muito mais fácil só pedir a receita para o irmão e substituir os calmantes receitados por maconha. 
Sentado na sala de espera, a ansiedade consumia um pouco do seu ser, provavelmente porque teria que abrir a boca a respeito do que estava fazendo com os remédios, já que seria impossível as duas receitas que ela dera para 60 dias durarem quase 150. Não gostava de mentir, mas acreditava que a única saída seria inventar qualquer lorota sobre fazer o desmame e, agora, não tomar nada, mesmo que tomasse um comprimido aqui e ali quando se sentia agitado e não conseguia dormir. 
A consulta foi esquisita para Victor, talvez a ideia de passar todos esses dias sem nem lembrar da existência da médica — mesmo com as mensagens que ela mesma enviava lembrando-o de marcar os horários — tenha sido não tão boa assim. Ele não sabia muito bem o que falar e se sentiu mais estranho ainda quando tocou no assunto dos seus pais. Victor demorou uns 2 anos pra conseguir contar com detalhes o que aconteceu com eles para a nova médica por medo de precisar encerrar o tratamento com ela assim que se tornasse confortável para falar, assim como aconteceu com os outros médicos. O brasileiro fugiu do assunto, passando por cima com apenas a resposta básica de que ainda tinha alguns sonhos e pesadelos, mas nada que atrapalhasse seu sono. Mentira. Na última semana, todas as suas noites de sono foram perturbadas pela lembrança dos pais. Ao invés de falar sobre esse tópico, falou sobre Maxine. 
Adeline conhecia muito bem a relação de Victor com Max e sempre comentou sobre como a amizade deles fazia bem ao Hwang e que o via feliz quando falava dela. Apesar do incidente do fim de semana, Victor contou para a médica que estavam ficando, como um casal mesmo, e que ele finalmente podia dizer que estava apaixonado por Maxine nem nenhum peso na consciência. Contou até mesmo da briga por falta de comunicação de ambas as partes e que fugiu num trem para a Itália, voltando de noite para a casa de Max com três quilos de queijo, um cacto de um metro e meio e uma garrafa de vinho. Ah, claro, quase uns 30 chaveiros que comprou de presente para os amigos. 
Ao fim da consulta aquela sensação de leveza pouco conhecida para si, (principalmente após uma sessão de 50 minutos com a psiquiatra) o dominou inteiro de um jeito tão esquisito com um adicional de ansiedade que pensou em voltar até o consultório e pedir um calmante porque tudo era estranho demais. Então era isso? Essa era a sensação de contar para as pessoas que estava apaixonado pela melhor amiga? Tipo, pessoas exceto aquelas próximas com quem desabafou sobre Maxine. Caminhava pelas ruas de Mônaco com um sorriso muito idiota no rosto, lembrando de cada flash dos dias anteriores, até os momentos ruins, com Maxine e na evolução do que eles tinham.
No entanto, não demorou a ser assolado pela tristeza ao entrar no apartamento vazio onde ele, e nada além dele, morava. Enquanto a euforia mascarava a solidão, Victor se esqueceu que não tinha mais os pais para contar sobre sua futura namorada. A foto dos quatro juntos no quintal da casa em Belo Horizonte era quem o recepcionava naquela hora, os sorrisos calorosos deixavam claro o quanto eram felizes como uma família. Não que a família de hoje — ele, Lucas e os tios — não fosse feliz, porque sim, era; tinham um grupo de conversa e sempre que podiam conversavam, sem contar que Lucas era o seu melhor amigo e sabia absolutamente tudo de sua vida. Mas não era a mesma coisa. Percebeu que chorava apenas quando precisou puxar o fôlego fujão dos pulmões e só então entrou no apartamento e fechou a porta, o clique da fechadura eletrônica acompanhando o soluço do choro pesado ao encarar a foto. Era a primeira vez em muito tempo que sentia saudade deles e que se permitiu sofrer por isso.
Seus pais faziam muita falta. 
1 note · View note
letterstovic · 23 days
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
[ 2023 ] she loves me, she loves me not.
março
04/03: a gente dormiu juntos hoje na sua cama e eu acordei com você no meu peito. eu tava meio sem ar, mas deixei você lá quietinha e dormi de novo. queria muito que você me amasse.
junho
02/06: acho que você percebeu que estou te evitando. desculpa por isso.
setembro
30/09: eu não devia ter te ouvido e deixado coisas na sua casa, sinto que a gente poderia sim ser alguma coisa. é desesperador.
0 notes
letterstovic · 23 days
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
[ 2022 ] do you think about me now?
janeiro
04/01: chegamos ontem e desde ontem eu não paro de me sentir péssimo por ter me sentido péssimo vendo você com outra pessoa (fez sentido essa frase?). me dói não ter a coragem necessária de me abrir contigo e falar o que eu sinto, mas eu não quero perder o que a gente tem
março
18/03: hoje é a primeira vez em muito tempo que eu penso em você sem ser como a minha melhor amiga. escrever e reler que nossa relação não vai deixar de ser só amizade me tranquiliza um pouco.
31/03: estou fazendo as pazes com minha paixão por ti, max. não sei ainda se me sinto feliz ou triste com isso.
julho
22/07: às vezes parece que você sente o mesmo, mas não vou arriscar.
dezembro
10/12: passei três dias inteiros chorando e nem quis te ver, max, desculpa por isso. é só a sensação de saudade dos meus pais e eu ainda não tô pronto pra te contar o que aconteceu. sinto sua falta.
0 notes
letterstovic · 23 days
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
[ 2021 ] i'll love you like you need me to.
janeiro
29/01: puta merda, max, você é a melhor amiga que eu poderia ter.
fevereiro
15/02: ontem foi meu aniversário e eu achei bonitinho que você tenha feito questão de comemorar, mesmo que só nós dois. obrigado por isso e desculpa não contar porque eu não gosto de comemorar. talvez um dia você saiba.
junho
18/06: acho que se não fosse por você eu já teria batido no professor e ido preso, eu odeio cálculo.
30/06: eu passei graças a você, marie. obrigado por me acalmar antes das provas.
agosto
01/08: vi você olhando uns sapatos quando a gente foi dormir e acho que vou comprar de aniversário, não sei qual cor ainda… acho que todas ficariam bonitas em você.
08/08: escolhi o vermelho e parece que acertei em cheio, ficou lindo. ver que você gostou me deixou mais feliz ainda.
setembro
12/09: hoje você veio aqui no apartamento me ajudar a montar a cama do quarto de hóspedes e a gente passou a maior parte do tempo rindo que você conseguiu seguir as instruções e eu não
16/08: você conheceu meus tios rapidinho antes deles irem embora, depois me mandaram mensagem falando que você parecia ser super legal e comentaram sobre o jeito que eu te olho… acho que só você não percebe
0 notes
letterstovic · 23 days
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
[ 2020 ] you're like the only thing that i see, maxine.
agosto
22/08: max, hoje eu acordei com a certeza de que eu te amo, e não só na amizade. eu sei que ainda é muito cedo, a gente se conhece tem quatro meses (ou menos), mas é a primeira vez que eu sinto isso por alguém e é muito desesperador sentir isso pela minha melhor amiga. essa forma foi a que eu encontrei para colocar esses sentimentos para fora um pouco, porque eu sei que você não tá na mesma sintonia que eu
outubro
07/12: eu estava perto demais de te contar que eu gosto de ti, mas acho que estou sofrendo as consequências de ter ficado com um cara bem na sua frente porque você veio me contar que se sentia “acolhida” por eu também gostar de homens, e aí você não sofre por eles sozinha. claro que depois disso eu não tive coragem de falar que não sou gay
novembro
15/11: sonhei com você essa noite… sonhei com a gente, para especificar. sonhei que eu tinha deixado de ser um bundão e contei que te amava, mas você não sentia o mesmo por mim. no sonho, nossa amizade não mudou, só que eu sei que mudaria se eu contasse de verdade.
dezembro
10/12: você decidiu decorar sua casa pro natal e pediu que eu te acompanhasse nas compras e depois fomos comer. não sei o que deu na gente, mas saímos sem pagar. foi divertido, sua risada é gostosa de ouvir.
0 notes
letterstovic · 1 month
Text
Tumblr media
ooc: oi, galera! esse tumblr é mais uma extensão sobre o passado do vic onde estarão todos os diários dele e as informações, junto com conexões e o plot completo. mesmo assim, aqui vai um resumo sobre ele (com tw de assassinato, abuso de drogas/álcool e overdose):
o victor nasceu no brasil, em bh, e os pais foram brutalmente assassinados no aniversário de 16 anos dele, o que levou ele e o irmão a fugirem para a coreia do sul e depois europa, primeiramente em londres, com novos nomes e documentos porque estavam sendo procurados pelas mesmas pessoas que mataram seus pais. o plot completo você pode encontrar aqui e logo abaixo vou deixar linkado os diários dele para quem quiser ver e estiver no celular + trivia e connections. siga aqui!
diários: 2016, 2017, 2018, 2019, 2020, 2021, 2022, 2023, 2024.
full nav & mob nav: diários, trivia, cnn.
0 notes