Sim. Medo de morrer no parto. Medo de não formar um bebê perfeito e saudável. Medo de não ter paciência com a criança. Medo do cansaço. Medo das manchas não saírem da pele. Medo das estrias. Medo de nunca mais dormir. Medo das roupas nunca mais caberem, medo de esfriar o casamento. Medo das dores nas costas nunca passarem. Medo dos amigos me esquecerem. Medo do pai não ser presente. Medo de surtar e entregar o bebê na rua pra um estranho. Medo de ser mãe.
Medo de colocar uma vida inocente em uma sociedade como esta, um mundo como este, um caos, um desgoverno. Medo de educar um homem em um mundo que não da voz para mulheres.
Medo de existir.
Medo de não ser o melhor que posso ser, ou desse melhor não ser suficiente.
Falta pouco pra ele chegar e virar meu mundo do avesso e eu tenho tanta coisa pra dizer. Coisas que ele pode levar mais de uma década pra entender.
Coisas que talvez eu leve uma vida pra aprender. E mesmo sem esperar ou planejar, estou aqui, redonda e marcada, assustada e ansiosa, amando e imaginando cada detalhe de quem eu nem conheço e já tenho certeza que é o maior amor da minha vida.
Paciência comigo também, eis que tem uma mãe e um filho nascendo.
Eram exatamente as 4h da manhã, quando ela voltou eu achei que tinha superado ela, que tinha finalmente acabado tudo aquele inferno que ela fazia da minha vida. Era 4h da manhã e eu não conseguia dormir, meu coração parecia que ia sair fora do peito, meus pés e minhas mãos soavam frio, e no meu rosto lágrimas, sim lágrimas. Ela tava de volta mais forte que nunca revirando meus pensamentos, bagunçando tudo o que eu arrumei quando ela estava fora, ela tá acabando comigo de novo, fazia 1 semana que ela não vinha, 7 dias, achei que ela não fosse voltar, mas depois de uma noite de sono perdida e várias lágrimas derramadas eu percebo que ela nunca vai me deixar.
Eu vou ter que aprender a lidar com ela porque ela sempre me perseguirá.
“As pessoas me assustam. Eles mudam de ideia tão rápido. Um momento é “eu te amo” e “você me faz feliz” e o próximo é “Não tenho mais certeza” e “isso não é o que eu quero”.”
“Então ele apareceu. Foi uma mudança tectônica, em que tudo que pensei saber sobre mim, fosse modificado. Era como se eu finalmente estivesse apaixonada de verdade. Todas as rachaduras e peças faltando, se uniram. Eu me senti completa. Havia encontrado minha alma gêmea.”
— American Horror Story.
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