Tumgik
pre-liminares · 3 years
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Não tem pressa para acabar
Sexta-feira, 23:14 - Num barzinho da cidade #1
Como era o nosso primeiro encontro, acho que o nervosismo entre nós duas era nítido. A conversa ainda era meio travada, não conseguimos avançar muito além do básico de rotina, de trabalho, da chuva. E eu só conseguia pensar que se esse clima ali não melhorasse, não seria o clima lá de fora que iria me impedir de inventar uma desculpa esfarrapada para ir embora no primeiro Uber.
Os segundos de intervalo de silêncio se arrastavam com a sensação de minutos. Nos momentos caladas, a diversão das conversas ao redor contrastavam com nossa busca incessante de encontrar algum assunto, olhando para as paredes. Eu já estava prestes a ver o preço da corrida para casa, até que ela jogou aleatoriamente que o seu maior sonho era viajar pela América do Sul. 
Pronto. Puxou um assunto que eu domino. Viagem. Com tantas histórias bizarras, a risada nervosa deu lugar a gargalhadas leves. Fomos ficando cada vez mais descontraídas uma com a outra. Antes, a mesa parecia ter quatro metros que nos distanciava, mas o gelo derretendo me fez notar que a barreira era só imaginária. Na verdade, a mesa do bar era tão pequena que as nossas pernas chegavam a se esbarrar.
Agora de perto, pude perceber como os olhos dela eram de fato encantadores. E acho que ela se interessou pela minha boca, porque mesmo eu gesticulando bastante com as mãos enquanto falava, o olhar dela ficou fixo nos meus lábios. Em um certo ponto, nossas pernas se esbarrando já não parecia acidental. Quando sorri, ela feliz sorriu de volta. Então encarei como sinal verde para partir pro beijo.
Teria sido um lindo beijo, digno de Hollywood, se não fosse pelo deslize do garçom. Como o bar estava lotado, o empurra-empurra fez a bandeja desequilibrar e premiou minha companhia com um banho de metade de um copo de cerveja. Primeiro entrei em pânico por não saber como ela iria reagir. Em meio a tantas desculpas desesperadas do garçom, a risada dela fez tanto eu quanto ele relaxarmos.
Levantei, agarrei a mão dela sem cerimônia e fui abrindo caminho no meio da multidão. Ao fechar a porta do banheiro, a calma instantânea de deixar o caos para trás deixou eu me concentrar somente nela. De braços cruzados e encostada de lado na pia, ela estava esperando para ver o que eu iria fazer. Então é isso, o jogo começou.
Mesmo sem nenhuma das duas pronunciar uma palavra sequer, não dava para ignorar que estávamos prestes a nos beijar antes do incidente. Só que dessa vez, o silêncio era confortável. E ainda, como esse banheiro ficava na área externa, ninguém nem lembrava da existência dele. Eu bem submissa, fiz um rolinho de papel na mão para que eu pudesse ajudar a enxugar sua roupa.
Me aproximei, arrastei para o lado a alça da sua blusa e comecei pelo ombro. Enquanto fui passando a mão pelo seu corpo, nossos olhares se cruzavam de propósito. Do ombro ao pescoço, do pescoço ao rosto. Aproveitei para colocar uma mecha de cabelo dela atrás da orelha. Nossos corpos mais próximos, fiz menção que ia beijar, mas só queria mesmo atiçar.
Vi que seus peitos começaram a marcar na camisa, sinal de que eu não era a única ficando excitada. Estávamos ali sozinhas. Então estávamos indo bem devagar. Para que a pressa? Depois daquele início de conversa que parecia nunca chegar ao fim, agora cada segundo que passava só aumentava mais o tesão.
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Im no gynecologist but ill take a look
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Rebeka & Mencia
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