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⌚ enquanto você vê infindáveis conteúdos aleatórios nas redes sociais, algumas pessoas aprenderam a produzir conteúdo. . E com esse conteúdo, conhecimento compartilhado, problemas são solucionados e muito dinheiro é ganho! . E o tempo não para enquanto você só assiste através da tela. . Gostou da reflexão? Segue aqui pra sempre ver mais! ❤️ . . . . . #Montonia #Procrastinação #Postergação #PerdendoTempo #TempoPerdido #AVidaPassando #AVidaPassa #OTempoNãoPara #VivaAVida #VivaLaVida #RedesSociais #AVidaLaFora #Reflexão #ReflexãoDoDia #Pensamento #PensamentoDoDia (em São Paulo, Brazil) https://www.instagram.com/p/CUENUe0Ajt8/?utm_medium=tumblr
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A cada piscada de olho, é 1h que já se passou. Perder tempo, é perder momento. #ficaadica #segueadica #tempoperdido #tempoquenaovoltamais #corraatrás #vivendoeaprendendo #perdendotempo
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Oh yeahh :-P #crazyphoto #perdendotempo #yoyo #cappello #strayeah #totalcrazy #divertendomi #photooftheday #instagram #instalikes #likes #instraphoto #instame #besos
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"..."
“...”Nunca imaginei que minha história teria continuação depois daquele dia, nunca imaginei que alguém me recuperaria da minha morte tão súbita e de fato até agora estou morta. O ruim é que eu morri naquele dia, minha mente insiste em dizer que morri, por que minha vida estava programada só até aquele dia. Declarei minha última crise de 27 e continuei a viver, como viver com aquelas lembranças que não param de girar na sua cabeça? Como viver com aqueles olhares cheios de pena e culpa, banhados com medo de acontecer de novo, sem entender muito bem o porquê.
Acordo sonolenta me perguntando o porquê de não estar morta, pessoas ao meu redor. Lembro-me do abraço de minha tia e algumas de suas palavras "a tia te ama Vi" "Não faz mais isso não, a tia ta aqui" e lembro-me de suas lágrimas e seus beijos em minhas bochechas que agora provavelmente estavam mais rosadas desde a hora que me viu naquele estado. Lembro do meu pai conversando comigo, sentados na mesa estávamos. Lembro-me de suas lágrimas e uma frase "se você morrer meu mundo vai desabar" "eu te amo". Lembro que em todos meu quase 15 anos só vi meu pai chorar duas vezes, uma por Mikaelle e agora por mim. Não lembro muito mais do que os "te amos" de minha mãe. E lembro-me do meu tio me abraçando e dizendo "o tio ta aqui, o tio te ama". Segundo pensamento, lembro de algum comentário de "veneno de rato" e xinguei-me por ser tão burra ao ponto de não lembrar de que uma de suas amigas tinha um avô que havia cometido suicídio com veneno de rato, xinguei-me também por ter jogado os citaloprans fora, achando que apenas alprazolam com um energético resolveria minhas dores, e o porquê de não ter comprado uma bebida alcoólica. Terceiro pensamento, "preciso ficar boa pra ir no shopping, distrair a Aline e comprar veneno pra tentar de novo.
Fui impedida mais uma vez de tentar vencer minha batalha. Meu segundo pensamento até hoje, em primeiro a das palavras do meu pai, mais triste. Perguntei-lhe como eu tinha ficado quando estava inconsciente, ela começou falando da ligação de meu pai, pedindo para ir até o pensionato, pois eu tinha passado mal e eles estavam vindo até Campo Grande para me ver. Minha tia achando que não era nada sério até entregarem minha carta de suicídio lembro-me dela dizendo-me que perdeu o chão e minhas lágrimas assim como as delas e de minha irmã estavam a rolar sobre nossos rostos cansados e angustiados ao mesmo tempo. Lembro dela dizendo-me também que minhas colegas de pensionato estavam assustadas e que minha boca espumava, disse-me também que elas haviam me perguntado o que eu havia tomado, respondi-lhes que havia tomado "28 comprimidos de alprazolam" não sei se elas viram o energético no lixo ou se eu lhes forneci essa informação dopada também, além do nome do remédio. A quantidade surgiu em minha cabeça como a minha proteção "negar, negar, negar", 28 não chega nem perto dos 52 que contei da ultima vez. Ela também disse que eles me colocaram na ambulância e ela foi atrás, entramos pela emergência e ela foi correndo fazer minha ficha. Não lembro se fiquei um ou dois dias em coma, não lembro nada na verdade, minha tia havia me contado. Ela disse que me ver naquela situação foi horrível e que ela desbrio algumas coisas sobre mim, ela agora sabia dos meus cortes, expliquei-lhe que eram apenas cicatrizes antigas, eram tão antigas e continuavam ali, lembrando-me todo dia como eu era. Ela falou que em toda sua vida nunca havia visto meu pai daquele jeito, suas palavras foram "ele não tinha ação nem reação". E lembro-me de uma frase mencionada em minha carta "desculpe atrapalhar o final de semana de todos vocês" ela disse que não seria apenas o final de semana. Lembro-me de minha irmã chorando e depois dizendo "não faz mais isso Vi, se você morrer eu vou me matar também, por que eu não vou conseguir viver sem você" depois um abraço triplo e uma frase de minha tia que, desculpe-me dizer, tenho que discordar "você é uma guerreira", apenas um argumento, uma guerreira é quem ganha suas batalhas, tenta derrotar a tristeza e sair dessa como uma vencedora, pois bem, meu objetivo era morrer, essa era minha batalha, então automaticamente quando perco essas batalhas, sou uma perdedora. Minhas batalhas são resumidas na morte, cada dia viva é um dia que passo perdendo a batalha e quando chega o tão "sonhado" dia perco a guerra, não mereço o título de guerreira.
Terceiro dia em que estava acordada e já em casa, fui ao pensionato buscar minhas coisas, foi tão triste recolher minhas coisas da minha então "casa", que realmente já era considerado minha casa. Perto de ir embora as meninas chegam, então lhes dou minhas desculpas e um abraço, ganho sorrisos disfarçados escondendo o choque e o medo e olhares atentos e piedosos.
Nada mais importante, apenas dia dois que eles batizam como "meu aniversário", mas que pra mim continuava sendo apenas "cinco dias depois do dia 27" o dia em que eu costumava comemorar meu aniversário até morrer de alma e ter completado dois anos e cinco dias de morte. E desde o primeiro dois de maio depois do primeiro 27 eles me fizeram comemorar essa data. Não foi diferente dessa vez, só me lembro de me sentir desconfortável por ter que dar todos aqueles abraços e sorrisos falsos e receber todos aqueles parabéns, no final eu ainda queria morrer, mas os remédios de controlar meus impulsos de tentar novamente funcionavam perfeitamente, já os antidepressivos não.
Sou pressionada a ir à escola, mas não consigo me imaginar prestando atenção na aula, fazendo tarefas e prova depois do que aconteceu. Pra mim mesma estou morta, só programei minha vida até ali, demorarei um tempo até construir outros planos e futuros. Agora já não sei se quero morrer ou só sobreviver, as únicas coisas que estão à disposição ainda. Já não consigo mais dormir a noite, esses pensamentos rodam minha cabeça constantemente, não consigo esquecer o que ouve, assim como o luto que sentia, ainda estava aceitando que ainda estava viva e que ainda seria obrigada a "viver".
A única coisa que eu queria era morrer, você tiraram o meu direito de morrer, me tornaram uma perdedora de uma guerra tão fácil de ganhar. Eu não imaginei que alguém seria capaz de me impedir de buscar o que era melhor pra mim mesma, meu descanso que sei que preciso. Estou angustiada e com raiva de mim mesma, me culpando por de fato não ter acontecido o meu então pedido de aniversário, "morrer".
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Perca Seu Tempo (;
Tudo o que você quer saber sobre mim, ou não.
De verdade? Acho filmes de luta muito idiotas, e não gosto de cores vivas, prefiro branco e preto. Não gosto de pessoas puxa saco, e nem que puxem meu saco. Não gosto muito de ser exclusiva, isso me faz pensar que estou excluindo os outros. Quando me elogiam, acho que estam tirando sarro da minha cara. Não gosto de ter 414554 amigos, prefiro ter 3, esses 3 pelo menos, são verdadeiros, tenho nojo de lesmas, minhocas e esses bichos ai , e odeio cachorros tambem , eu acho fofo e legal , maais longe de mim . Adoro não fazer nada. Odeio domingos e segundas. Quando vejo aqueles garotos empinando a bicicleta na rua, torço para eles cairem. Tenho medo de foguetes , na boa eu odeio. Não acredito em Deus. Odeio a escola. Não sei cantar, mas eu canto ,e acho minha voz horrivel. Acho que ter um twitter é uma perda de tempo. Eu ate gosto de pessoas que gostam de expor seus problemas, porque na boa eu amo , dá uma de pscicologa . Acho um saco ter que dividir meu refrigerante com alguém que eu mal converso. Sou sincera demais, chata demais, anormal demais, feia demais. Não gosto de futebol, acho um lixo um jogador ganhar mais que um bombeiro, por que tipo, um jogador fica correndo atrás de uma bola num campo, enquanto um bombeiro salva vida e ganha uma miséria. Eu gosto do Brasil, porque ate mesmo eu nunca sai dele ¬¬. Odeio pessoas que julgam uma a outra, de boa, vai julgar seu cu. Não gosta de mim? Ótimo, foda-se.
5 Fatos sobre mim:
1- Acho uma idiotice ter que arrumar a cama, se vamos deitar de novo á noite nela, então,pra que rumar ? mais eu arrumo , porque sou obrigada.
2- Sou muito preguiçosa, tem dia que tenho preguiça até para mastigar. Mais isso varia do dia , eu amo trabalhar , desde que nn seja rumando minha casa
3- Odeio que me manda calar a boca, por que na boa eu não calo pra ninguem , se ta achando ruim vaza , flw ? unica pessoa que me manda calar e minha mãe , e nem assim eu nn calo ! [/brink's]
4- Não quer passar vergonha, não ande comigo, não sei me comportar, não sei disfarçar, e não sei segurar o riso, e minha risada é horrível.
5- To com tanta preguiça de fazer esse 5º fato, então não vou fazer.
Se você leu isso até aqui, você realmente não tem nada para fazer, né ? k (:
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Fim
E chego à reta final aos pedaços, me arrastando, humilhando-me pra tentar terminar com êxito o que todos começaram. E eu quase caio aos pedaços na frente de alguém, por um fio segurei tudo, engoli com grande dificuldade e continuei. Faz tempo que não tenho uma semana dessas, que te deixa ruim de domingo a domingo, não deixando escapar um dia sequer, torturando-te cada segundo que for possível.
E esse emaranhado que se tornou meu ninho, tão confortável em sua confusão particular, já não luto mais, minhas forças que já estavam na reserva há muito tempo acabaram, esgotaram e até as forças que eu não possuía usei, acabei ficando na dívida. E eu já me cansei de esperar, os dias se tornam mais longos, o sol nunca nasce e as estreles nunca brilham pra mim.
Eu não quero mais amar, nem tentar nem desistir, não quero fazer diferença, lutar, insistir, já não quero mais se você não estiver aqui. Agora a vida é um "tanto faz", me torno isso, se esta bom ou ruim "tanto faz", se tomo chuva na volta pra casa, se perco minhas chaves, se esqueço meu casaco em alguma loja ou se perco minha agenda telefônica por bobeira, já não faz diferença. E digo, é tão ruim viver um "tanto faz", o sentido se perde no meio dessas coisas banais exigidas pelos humanos, tão tolos.
Eu queria tanto me salvar e tentei mais de uma vez por incrível que pareça, agora já não quero mais. Encolho-me e encubro-me com minha própria solidão, olhando o teto, pensando que agora já não faz diferença. Assim como não se ressuscita mortos, não se recupera almas perdidas. E é melhor desligar a bomba do que esperar ela explodir, e "desligar-me-ei" antes que exploda e com medo de incomodar adiei tantas vezes esse dia, tentando me livrar, mas agora já não me importo mais.
Com medo de incomodar não aviso ninguém, guardo meus planos só pra mim, ninguém merece explicações, ninguém ousou me escutar, pois não ouso explicar. Deixo um simples tchau, sem muito drama, aprendi assim, nada de drama garota estúpida! Engole esse choro que ninguém se importa se hoje você morreu por dentro. Afundem-se no meu absoluto silêncio e aproveitem, será a única coisa que conseguirão de mim.
Victória Santos
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Ela já me chama de meu bem
E digo mais meu amigo, eu morro semana que vem
Respiro a morte
Em cada grito, em cada suspiro, em cada corte
Faço disso meu viver
No compasso de cada passo
Levo a vida quase sem querer
Um dia me disseram pra dar um passo de cada vez
Levanta a cabeça, respira fundo e conta até três
Que a vida é mesmo desse jeito
Com quem tem coragem de enfrentá-la com peito
Suspiros do fim, Victória Santos
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Canso-me
E a palavra que mais tenho dito esses últimos dias é "estou cansada", mas sempre invento um ou outro motivo que não conduz ao verdadeiro significado. Só estou cansada e esgotada já nos últimos dias de apresentações da minha peça da vida.
Já estou cansada de ter que acordar e levantar da cama como se nada tivesse acontecido, criar meu futuro perante as pessoas que desconhecem meu desejo, o de acabar o quanto antes com tudo isso. Fingir não é meu forte, mas me esforço, é menos cansativo do que explicar o motivo de tudo. Dois anos assim é muito pra uma alma só, não vale a pena.
Canso-me de correr da verdade e me esconder nesses buracos profundos, cheio de amargura, corroendo-me, matando-me aos poucos. Um pouco cada dia, um pouco mais do que o normal. Procuro-me entre esses rostos tristes, mas já me conformo. Não luto, não brigo, não corro, não ligo. Já estou no fim, já não me importo com as obrigações e meus deveres, deixo tudo de lado, assim como fui deixada.
Penso demais, e por vezes chego a lugares onde tento me manter o mais longe possível. No auge da minha agonia minha garganta arranha pelos gritos e suplicas sufocados, ignorados, esquecidos. Conto cada dia esperando aquele marcado no calendário chegar. Não é uma coisa que se escolhe, somente neste caso escolhi viver eternamente nos meus gritos tão silencioso que imploram a morte
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Mar de infelicidades
Estou caindo aos pedaços, quem disse que da pra viver assim? Dias que não passam de uma longa escuridão, os raios de sol que invadem meu quarto refletindo na escuridão da minha face, amarga, cansada de tudo, de todos. Quem afirmou que da pra viver sem admirar o pôr-do sol, sem ver o céu sorrindo pra você ou sem conseguir amar nada mais que essa dor que insiste em ficar presa aqui. Sem querer acordar pela manha e passar o dia procurando um motivo pra tentar sorrir.
O cansaço na minha voz é extremamente notável, assim como as olheiras profundas que rodeiam meus olhos exclamando tristeza, procurando algo que não se encontra nesse mundo. E ainda existem aqueles dias que é difícil disfarçar, é difícil segurar todas as lágrimas que insistem em sair com precisão dos meus olhos.
E aos pouco vou desistindo do que, com força, tentava manter, e não consigo fazer mais nada além de olhar para o teto do quarto e perguntar "por que?" como se houvesse uma resposta plausível. Quem apostou que eu aguentaria dois anos, se já pensava em desistir desde os primeiros dias. Mas o cansaço da alma acumula, e pesa, e sente, e falta e fere.
Os dias parecem pesar mais ainda, e passam mais lento ainda. Tudo pesa, tudo dói, machuca. Como viver sem conseguir respirar direito, sem ver sentido em necessidades básica e até no culto ao belo. Não ver o caminho de nenhuma estrada acessível ou possibilidades de atravessar esses obstáculos, onde o imprevisível não te surpreende mais.
Estou tentando ver alguma coisa, ou simplesmente não ver mais nada, pois nada consegue suprir a falta que você me faz. Nem as melhores conversas, nem essas paixões que parecem melhorar, mas eu sempre volto pro ponto de partida, pro início, onde estou parada há um bom tempo, vivendo a monotonia dos dias sem seu sorriso.
Afundo-me dentro de meus casacos, aquece meu corpo, mas esfria minha alma. Respira fundo, conta até 10, não deixe que nenhuma lágrima escorra por esse rosto cansado. Como viver sem enxergar a beleza da lua e das estrelas, sem achar o sentido da existência, nenhum livro cita o que preciso saber, o que preciso ler para talvez acreditar. Vivo em minhas próprias filosofias e teorias e afundo-me cada vez mais em minha própria consciência. Amadureço com aquilo que chamo de dor, mas não passa.
Vai passar quando estiver no descanso que mereço, no refúgio que aguardo chegar, no sossego da alma, no lado oculto da lua, na vila dos condenados, onde só descanso em minha própria racionalidade. Diziam que do chão eu não passava e veja só, já não consigo sair do subsolo, quanta alegria estampada em uma tristeza aparente, tornando meus dias tornados, mais longos que o normal, pior que o anormal. Em minha racionalidade adormeço, procurando uma saída desse labirinto sem saída, tentando lembrar do esquecido, procurando o perdido, vivendo o que já não pode mais ser vivido e morrendo antes mesmo de já ter adormecido.
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1° de abril
E eu consegui enganar a todos, vivendo em um 1° de abril constante, programando meu futuro, mas sabendo que o mesmo não existe. E quem acredita é bobo ou não percebe? Eu vivo todo dia um fim do mundo, minha alma suplica para que o tempo passe logo para chegar o tão esperado dia.
Cada dia que passa fica mais difícil fingir, tentar, enganar a todos que esta tudo bem, mas eu tento e às vezes tenho êxito e digo, é tentador querer viver o futuro, mas qual a certeza que tenho de que ele vai ser como planejo? E se continuar nesse quase que nunca melhora e nunca piora, sempre equilibrado e essa dúvida de não saber se sinto alegria ou tristeza, riso ou lágrimas, me corrói até mais do que saber que talvez eu esteja pior, quem dera se eu soubesse...
Mas uma coisa é certa, não importa que caminho eu siga, estou partindo para o desconhecido, o imprevisível, o que não pode ser estudado ou definido. E talvez isso me atraia ainda mais, a enorme imensidão do desconhecido. Caminho em pastos verdes, sobre nuvens limpas, tentando te encontrar, mas e se eu passar por tudo isso pra não te encontrar?
Já estou cansada de encenar nessa peça da vida, cansei de atuar, pois a cada frase que digo sobre meu futuro é mentira, falta tão pouco tempo pra tudo acabar e estou suplicando pra que venha o mais rápido possível, é pouco tempo que passa lento, como se quisessem me torturar até o último segundo e depois "cabum" tudo acaba, se explode, se acalma, se cansa e morre.
E realmente eu não me interesso em terminar todas as séries que assistia, nem ler os livros que desejava, pois tudo cansa, tudo para pela metade, como continuar uma coisa que não será mais necessária? Então que tudo se exploda e que eu tampe meus ouvido fingindo que não escuto mais ninguém, pois não quero mais escutar suas mentiras sujas e hipócritas. Em minha súbita vida morro todos os dias e em minha morte vivo eternamente.
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Lose Myself
E eu pulei todos esses parágrafos da minha vida tentando adiar a explicação mais difícil que tive que dar. Explicar para mim o porquê disso tudo e só consigo chegar a uma conclusão. Estou perdendo a mim mesma, ou já me perdi. Mas digo, só me perdi porque antes de tudo eu perdi você.
Perdi sem dizer adeus ou tchau, sem um beijo de despedida ou aquele abraço apertado que eu clamo de volta todos os dias. Sem entregar lhe um sorriso e dizer que tudo iria ficar bem, mesmo não estando, te perdi antes de dizer “eu te amo” e de fato ainda te amo, e se antes não pude dizer, não será agora que acontecerá.
Agora eu só acordo todos os dias esperando a campainha tocar, mas nunca será você. Só queria arranjar um jeito de te trazer para essa vida novamente, para poder me despedir e nunca mais te deixar ir embora. O ruim de te perder foi que eu me perdi. Perdi o chão, o ar, perdi aquelas bochechas rosadas, aqueles sorrisos que surgiam com facilidade, perdi o dom de amar, abraçar e é incrível que nunca mais fui capaz de dizer um ”eu te amo” .
Convenhamos que perder duas coisas tão importantes ao mesmo tempo não é tão fácil assim, é horrível, pois ninguém parece ouvir meus lábios tão calados que grita por socorro, ninguém enxerga nos meus olhos que lutam para não derrubar uma lágrima, ninguém enxerga na minha expressão tão acabada que eu só preciso de um abraço agora.
Estou me acabando aos poucos, estou me despedaçando como uma flor mal cuidada à beira da morte, suplicando por um vaso cheio d’água. Tudo que eu quis dizer ninguém nunca esteve disposto a escutar, agora já não faço mais questão de falar o motivo da minha dor, das minhas lágrimas, da minha revolta que poucos são capazes de entender. Estou tentando me concertar, creio eu que estou indo bem para quem há alguns meses havia declarado caso perdido, encerrado, esquecido em meio às páginas dos livros que passam desesperadamente pelos meus olhos procurando uma saída ou um remédio pra isso.
Às vezes pergunto-me o que estou fazendo aqui ainda, estou por estar, talvez por merecer todo esse castigo, mas que ser humano em sua vida toda merece carregar um fardo tão pesado e sofrido assim? Eu só estou muito cansada dessa rotina incansável de tentar não sentir sua falta. De acordar pela manhã e ter que sorrir e dizer bom dia para as pessoas sem que elas percebam que hoje talvez eu tenha acordado pior que ontem, de ter que chorar pelas ruas à noite, mas me preocupar em chegar em casa como se nada tivesse acontecido e sem que notem que eu chorei. Estou cada vez mais cansada de fingir que eu já esqueci ou que não me importo mais e que estou completamente bem e feliz.
Parei de tentar lutar pelos outros sem antes tentar lutar por mim. O escuro me acolhe a morte me chama, pra quem carrega um coração morto dentro do peito isso não importa mais. A vida se torna páginas vazias de um livro esquecido pelo escritor, inacabado, com uma história fraca e sem final. A vida fica assim, sem continuidade, travada no mesmo parágrafo de sempre, o ruim é que não podemos apagar aquela parte e escrever outra melhor.
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A penúltima crise
Depressão pré 27, quando o calendário insiste em mostrar a todo momento que o dia se aproxima, o dia em que os pesadelos vêm a tona, em que acordo no meio da madrugada gritando seu nome, o dia em que viver se torna incrivelmente mais difícil, e o dia em que guardo minha dor em uma caixinha com mais segurança, para que ninguém possa notar que esse é o dia.
Reviro na cama, de um lado pro outro, dormir nesse dia pode não ser a melhor opção, onde nem em meus sonhos sou capaz de escapar dos efeitos do tão esperado dia. Apenas me acalmo e repito a mim mesma "falta pouco pra acabar, aguente!", mas esse tão pouco que nunca chega e nunca tem previsão de chegar, essa nuvem que se instala sobre meus olhos, fazendo-me desacreditar que o futuro, o meu quase inexistente futuro, não existe.
Mais um mês e talvez eu possa te encontrar, onde os campos são mais verdes e o céu mais azul, no descanso da alma, minha alma que chora. Eu não me importo de deixar aquela série que eu tanto gosto pela metade, nem de esquecer de tirar minhas roupas do varal, não me importo de deixar aquele livro pela metade, nem de deixar minha coleção de cds incompleta. De incompleta já basta eu sem você.
Tenho medo de melhorar e perceber que talvez lá no fundo viver sem você seja suportável, mas até agora não foi, nesses quase dois anos não teve um dia que foi suportável viver sabendo que você não estava mais aqui e eu choro ainda como se fosse o primeiro dia, pois ainda dói como no primeiro dia. Talvez eu não queria encontrar uma solução, e queira apenas ficar assim até o dia em que eu não aguentar mais.
Deixo tudo arrumado, pronta para com sorte minha última crise de 27, o alívio do desespero que corre com tamanha intensidade em minhas veias que chegam a saltar sobre minha pele. Esse veneno que corrói cada parte do meu corpo. Talvez um dia eu pare de lembrar-te, pare de chorar e de escrever sobre a mesma coisa de sempre, talvez essa dor cesse e o sofrimento enfim acabe, talvez não é minha certeza, mas já é um pingo de esperança para o alívio que tanto clamo silenciosamente todos os dias.
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Morro em mim, mas renasço em ti
Olho, grito, suplico, insisto tanto
Seus olhos, boca, pedidos negados
Esqueça o que eu digo, estou te odiando
Não se esqueça de olhar para os lados antes de atravessar a rua
Só te peço que não abaixe meu porta-retrato
E não esqueça o que eu digo, estou te amando
Pode ir, mas volte
Pode voltar que eu deixo, eu espero e como te espero!
Mas tenha cuidado ao sair de casa
As palavras fogem, assim como você
Só te peço que espere mais 10 minutos que eu te faço ficar
Victória Santos
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Suicídio, heroísmo ou covardia?
E depois de todo esse tempo elas ainda me chama, sussurram ao meu ouvido o incrédulo, ninguém pediu pra nascer, mas peço gentilmente que alguém me mate. Na arte da dor passei de nível, quanto maior o nível maior o sofrimento, mas quem se importa?
O carteiro não vai notar que existe um destinatário a menos nesse mundão egoísta, a moça da padaria não perceberá que tem um cliente a menos, quem perceberá logo esquecerá. Meus gritos se tornam um sussurro inaudível, incapaz de ser decifrado nessa língua tão minha e dessas pessoas que sofrem, que choram, que morrem todos os dias e ainda são obrigadas a "viver".
Viver ou só existir? Eis a questão, me pego morrendo afogada nesse mar de perguntas em minha cabeça. O que cometo todos os dias silenciosamente seria heroísmo ou covardia? Seria descanso, paz, conforto, longe dessa corrente de ar fria que tomou conta da minha mente.
O que escrever quando não consegue dizer nada sem derramar uma lágrima? Suplico em cada olhar, cada passo, cada sorriso que alguém me tire daqui, cada palavra grita entrelinhas um socorro, mas dessa língua poucos falam, poucos entendem.
O que me resta é morrer a cada manha com o pôr-do-sol e dizer "quem disse que morrer é uma coisa ruim?" Morrer é a glória dos derrotados, o alívio dos fracos, o suspiro aliviado dos sofridos, ou dos heróis disfarçados de covardes. Mas quem disse que viver sem um propósito é atraente? Mas morrerei apenas pra te encontrar, um dia eu não volto e pra quem entende esta língua tão indecifrável, este talvez seja meu dia de "sorte".
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Boa em nada
Talvez eu esteja enganada, mas pensando bem eu realmente não sou boa em nada. Em nada que eu goste, nada que eu me esforce, percebo que não sou boa até em coisas que antigamente ocupava o posto de "melhor". O pior de tudo é saber que eu não consigo nem ser boa naquilo que eu gosto, ou que eu tento.
Sentimento de ser uma pessoa inútil, que esta ali apenas por estar, que não faz 1% de diferença no mundo. Talvez eu esteja ocupada demais pensando em meus fúteis problemas e esquecendo que o mundo nunca para. O tempo passa depressa, fazendo-me lembrar que mesmo que eu esteja paralisada no tempo, ele ainda passa depressa, fazendo com que eu perca todas as oportunidades de tentar ser alguém.
Eu que pensava que era boa em sentir sua falta encontrei no caminho outras pessoas melhores que eu nesse aspecto. Talvez eu não seja a melhor, mesmo assim dói tanto. Será que eu já posso desistir ou ainda tenho que viver nessa tortura chamada realidade?
Mesmo não sendo a melhor em sentir sua falta eu ainda sofro, choro, grito, suplico. Ainda busco nas páginas velhas dos livros que eu leio incansavelmente tentando achar uma solução, rápida, fácil e que não venha acompanhada com uma bandeja de dor.
Vida ou morte? Lutar ou desistir? Continuar ou parar? As segundas opções sempre foram mais atraentes aos meus olhos. Tento ser uma pessoa melhor, mas como posso tentar se não sou boa nisso?
Talvez eu ainda seja boa em sentir sua falta pela manhã e tentar te encontrar no pôr-do-sol, não conseguir dormir a noite, mas ser incapaz de levantar da cama pela manhã. Não conseguir andar pelas ruas a noite sem lembrar de cada vestígio seu. Não sou boa em tentar te esquecer, ou tentar viver com isso mutilando meu coração, corroendo cada pedaço que ainda resta da minha alma, minha cansada alma. Sou boa em sentir sua falta, não a melhor, mas não adianta nada, eles não dão prêmios ou reconhecimento para pessoas assim, apenas felicidade industrializada e um julgamento. Prefiro não ser boa em nada, ao ter que admitir que talvez lá no fundo eu seja boa em sentir sua falta.
Victória Santos
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