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abeerwith · 5 years
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Beer #19: João Maria Rosa (amigos no Facebook desde Agosto 2013, 122 amigos em comum).
Encontrar pessoas com a vontade que o João tem em por o mundo a girar é difícil. Ainda para mais quando falamos de comida. Fogo, eu garanto. Tenho pena de me ter cruzado com ele na faculdade e desde então termos andado por aí. Voltei a encontrar o João num dia destes, entre trabalho. E que encontro do caraças.
Eu não sei há quanto tempo não me cruzava com alguém novo que conhecesse (e bem) as merdas do David Chang, que já tivesse provado todas as loucuras da Christina Tosi, ou sequer que achasse a comida bonita tal como ela é, seja ela feia ou sem forma, porque ela deve ser tão simples como a forma como é comida.
Este puto é daquelas pessoas com quem tens de falar sobre projectos, e eu vi isso quando cruzámos o que andávamos a fazer. Ele mostrou-me umas fotografias da micro-brewery que está a criar na garagem. Uma espécie de chinês clandestino das cervejas artesanais, ou das craft beers, se acham que assim tem mais pinta, e de tão leve que esta conversa foi, fez-me por em perspectiva o que andava a fazer e umas coisas que tinha na cabeça já há algum tempo. Se há dias em que precisamos de triggers, o dia em que me voltei a cruzar com o João foi um desses, e por isso embarcámos para o Cais do Sodré, de jola na mão, independentemente do que o Cais se está a tornar novamente. Falando de que a sorte só vem ter contigo, se tiveres a sorte de saires onde a sorte está. E a sorte está onde menos estiveres, basta saires. Meio capicua, é verdade, mas há um tempão que não encontrava alguem que acreditava e percebia um dos valores criativos em que acredito: a colaboração. Seja ela apenas na de dar um thumbs up ao que se vai fazendo por ai, porque as pessos ainda importam, acreditem. A colaboração no seu sentido mais puro: se eu preciso de limões, mas só tenho laranjas e tu tens laranjas,mas precisas de limões, vamos a isso.
O João era copywiter e, do nada, foi trabalhar num restaurante, onde se apaixonou por comida. E daí tem sido um dominó de ideias ligadas a coisas que realmente importam e que põem em perspectiva as 8 horas de trabalho num escritório em Lisboa. Eu tenho pena de não ter conhecido o Peixe-Porco do João (o nome é tão giro como o do peixe Candiru, mas nada a ver), um projecto piloto de tapas que surgiu durante os Santos Populares, bem numa das janelas de casa dele ali perto do Intendente, onde pôs mãos no fogão com um amigo e todos os outros amigos foram as cobaias de petiscos que misturam carne e peixe. É aqui que vi no João a vontade de por o mundo a girar à volta da comida.
O João é um verdadeiro Buzzfeed. Um Tasty, ou um Munchies. Um dia destes está na hora de cagarem no colesterol, porque um Smash Burger é delicioso e eu faço figas para que o joão volte à grelha e ponha isto em prática. E faço questão da próxima cerveja não ter de ser entre mitras do Cais do Sodré, mas na brewery do João, onde me parece que muita coisa vai acontecer. E por mim falo.
Ficámos pela Super Bock. Opção segura, pelo menos até surgirem novidades.
Um abraço, João. Que havemos de nos encontrar ainda este ano.
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abeerwith · 5 years
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Beer #18: Gabriel Batista (amigos no Facebook nem sei bem e o Facebook não diz, 0 amigos em comum).
Caralho. Eu tenho uma irmã. E depois o Gabriel. Que tem 2 irmãos. Mas o Gabriel é o meu irmão mais novo, da mãe italiana e do pai brasileiro que eu (ainda) nem conheci. E sabem a proximidade? Essa, de dar referências e saber o que vem de seguida. De aconselhar, dar abraço e dizer: 
“E onde a sorte há de te levar saiba o caminho e o fim mais que chegar E queira o dia ser gentil a tua mao aberta pra quem é” 
Isso, a música dos Little Joy que eu nem conhecia. Tão a ver as referências? O Gabi é a verdadeira definição de FOMO (olha quem fala). Lisboa, São Paulo ou Barcelona. Ou puramente nenhum dos dois. Porto Alegre é suficiente. Já viveu em Barcelona, agora em Lisboa, mas com uma saudade gigante e uma inveja branca do que São Paulo consegue oferecer numa unha de tempo. Lisboa é casa de amigos muitas vezes, mas já é casa do Gabriel, que com três anos cá, já conhece tantos sitios bacanos quanto um português tuga. O Gabriel é o brasileiro que não fala você, fala tu. Há uns tempos, abri a minha casa juntamente com um amigo meu a malta que nem sequer conhecia, com o Bendita Mãe, um supper club que desafiava mãe a cozinhar em minha casa e que as levava a contar histórias mirabolantes. Ainda foram umas fornadas de malta bonita que apareceu aqui em casa, uns foram, o Gabriel foi um dos que ficou. É talvez dos putos com mais referências culturais que eu conheço. Não sabe ler a mão, mas acredita que tudo está em movimento e que o mapa astral é quase um mapa do corpo. Não chegámos à conclusão de que as pessoas bonitas nascem com o céu nublado, mas é certo que nós nascemos em céu estrelado.
Com o Gabriel é sem planos. E é por isso que chegámos ao Cais do Sodré já às oito e saimos perto das três, sempre numa roleta russa de temas que fazem sempre ambos sacar do smartphone quando necessário, porque já não é época de andar com moleskin no bolso. E se este o meu português está a ficar, cada vez mais, brasileirado, deve ser culpa do “Saquinho de Lixo”, do “Galeras Humanas” ou do “Melted Vídeos”. 
Eu que nem sabia onde ficava Punta del Diablo ou Cabo Polonio, mais uma vez, tive de apontar no caderninho digital - eu nao disse, das referências? E por o Gabriel ser filho de mãe italiana que apostámos quem faz o melhor risotto. É justo. 
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Não foi fácil encontrarmos um poiso para manter a conversa - Água de Beber, fechado; MUSA, fechada; restou o Palheta, um ali no Cais do Sodré que nem sei bem, e o Lounge, a uma segunda-feira. O Gabriel é anti-bosonaro (quem não), e por isso falámos muito do estado atual do Brasil e do que é realmente a cultura. Eu vou querer ir ao hostel do Gabriel, no dia que ele abrir em Lisboa, mesmo que tenha 3 quartos, mas desde que haja festa. E, como ele me diz, “Mar calmo nunca fez bom Marinheiro”, faz-me pensar que o Mundo é grande, como a coragem deste meu amigo.
A cerveja foi a portuguesa, normal. Pouco interessa se é Super Bock, Sagres ou outra merda qualquer. Gabriel, sejas sempre, livre. Isso importa. 
Abraço.
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abeerwith · 5 years
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Beer #17: Jaqueline Arashida (amigos no Facebook nem sei bem e o Facebook não diz, 74 amigos em comum).
Caraças. Falar da Jaq é ter na cabeça o reportório de Cansei de Ser Sexy, uma das bandas mais conhecidas de pop e electrónica ali de São Paulo, em 2008. Banda sonora do FIFA12 e dos The Sims. Incrível. A Jaq é tão CSS porque é tão descomprometida como esta banda. Foram do Fotolog à Folha de São Paulo e daí para o Mundo, num momento em que, pelo menos eu, era um maluquinho do MySpace (e a Jaqueline também!). Já a Jaq, estratega, agora na ComOn, saltou logo de SAMPA para Lisboa, e até foi há poucos dias que comemorou 3 anos de Lisboa, descomprometidamente, mas com o comprometimento de que deve ser difícil querer voltar para de onde veio. Digo que ela é CSS porque um dos gajos de uma das bandas que mais ouvi na adolescência é amigo dela, o Adriano, compositor principal, e está em Lisboa também (o mundo é pequeno, ya). E a minha pergunta é onde anda ainda a LoveFoxXx, crl. Era maluco pela vocalista desta cena cheia de ácidos. Mas vá, isto é sobre a Jaq. Em frente.
Eu nem sei como conheci a Jaq. Ela também não se lembra. Talvez num espectáculo de magia do Henry no Young Lions, numa varanda cheia de malta boa. Sabemos lá, por ai. A Jaqueline é Paulista, estratega e há uns tempos que andávamos para combinar beber uma cerveja. Eu cá, deixei este Tumblr morrer, ultrapassei isto com outras coisas, algumas delas menos relevantes até. Também andei por aí meio perdido, sem saber bem o que isto era, mas confesso que senti muita falta disto. É por isso que uma cerveja com a Jaq foi um bom motivo para voltar a pegar na máquina, no copo e escrever sobre quem é esta pessoa e o que ela anda a fazer por Lisboa. 
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A Jaq sabe da minha vontade de conhecer São Paulo, ou de lá abancar um dia que faça mais calor do que o que tem feito este Verão (dizem que as temperaturas vão subir), e ela quis-me ouvir. E eu que tinha tantas perguntas para ela. Uma das coisas que partilhámos, foi mesmo a visão sobre o que é importante na publicidade e como o caótico consegue criar coisas brilhantes. Já o monótono não leva a lado nenhum. Falámos que, embora eternos insatisfeitos, a nossa satisfação será sempre trabalhar em projectos que contribuam com alguma coisa - do lado da agência ou do cliente (nem que seja para nós próprios).
Não há nenhum sítio melhor para falar de projectos do que na nova MUSA da Bica. E por isso, para além da grande vontade da Jaq de investir em Lisboa, o maior investimento dela tem sido no VI ZI NHO S ali em Alcântara, no Lx Fatory. Esta tem sido a casa da Jaq no último ano, onde tem sonhado, tem tido saudades e, acima de tudo, juntado num só espaço com boa gente, workshops, música, mostras de artes e por aí, num ambiente intimista, mas algo que Lisboa já tinha falta. Um studio et galeria, como eles lhe chamam, ou um espaço para beber jolas com amigos. Eu até acho que a nossa jola devia ter sido lá, mas o que importa? Conheci melhor a Jaq e levei uma injecção de adrenalina, vontade e de cerveja artesanal para um dia destes me por à estrada, que casa vai ser sempre casa.
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A Jaqueline ficou pela Mick Lager da MUSA, eu atirei-me à Red Zepplin. Nunca desilude. 2 das grandes e já sais torto.
Obrigado, Jaq. A tua casa é mesmo aqui. 
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abeerwith · 6 years
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Beer #16: Gonçalo Nunes das Neves (amigos no Facebook desde Setembro 2010, 58 amigos em comum).
Se a vida nos prega partidas, pois fiquem desde já sabendo que a tecnologia também. Esta é a décima sexta cerveja aqui relatada, mas não pensem que tenho andando a fazer jejum. Há dias que me esqueço da polaroid, outros em que me a esqueço de tirar do bolso, outros em que não há nem pode haver fotografias. A minha fotografia com o Gonçalo foi tirada, ali no Miradouro da Graça, mas só revelou automaticamente quando cheguei a casa. E sim, por mais imperiais que beba com o Gonçalo, percebi que ele tinha que entrar aqui. 
O Gonçalo é meu amigo no Facebook desde 2010. Sinceramente não percebo porquê, e também não percebo o porquê deste gajo não ter entrado mais cedo no meu círculo de amigos. O Gonçalo foi uma das primeiras pessoas a descobrir o #ABeerWith, e mal sabia eu que meses depois iria partilhar uma vida de trabalho quase siamesa com ele.
O Gonçalo talvez seja uma das melhores pessoas que conheço, e é por isso que as nossas cervejas não têm fim. Eu sei que esta, se não fosse o frio do final de Março, ainda lá estaríamos a partilhar merdas, mesmo que sem sentido, ou saltando de assunto em assunto. Uma espécie de jogo do buzz, mas que em cada assunto que tocamos temos sempre uma opinião, certeira ou não. 
Confesso que há assuntos em que nunca perdi muito tempo a pensar, mas que o Gonçalo já lá andou perto e tem uma opinião sobre tudo. É talvez por isso que eu goste bastante de falar com este amigo e perceba que cada vez mais a troca de likes e comentários aqui no Pequeno Mundo de Zuckerberg faça cada vez menos sentido.
O Gonçalo tem um moto: #YOLO, e tem-me ensinado muito sobre ele. Podia ser matéria de um extenso livro, mas é fácil aprender. Ou é como aqueles livros, vais lendo as partes que fazem sentido. Eu tenho lido algumas, e o primeiro capítulo foi o de que não devemos levar a vida demasiado a sério. Confesso que há vezes que sofro disso, pelo foco e pressão que ponho nas coisas, pelo perfeccionismo, mas o Gonçalo ensinou-me que tudo isto é uma brincadeira. 
7 meses de trabalho com o Gonçalo reforçaram aquilo que eu tenho vindo a descobrir: que as pessoas e as imperiais são sempre mais importantes do que qualquer outra coisa. No segundo capítulo, ele ensinou-me que há decisões que precisamos de fazer na vida, urgentemente, para que ela não pare, não desacelere, o que seja. E que existe sempre um caminho. Se estás a ler isto, é bem provável que estejas a pensar que o Gonçalo pertence ao Clube de Leitura do Gustavo Santos, mas na verdade ele tem é uma história que lhe permite acreditar que isto passa demasiado rápido e que é necessário rodear-mo-nos de pessoas boas e que, aos bocadinhos, o mundo fica melhor.
O Gonçalo está de partida para uma viagem e para uma viragem daquilo que tem andando a fazer. Esta cerveja serviu também para sacar dos meus conselhos de bolso a pedido dele, porque esta cena da amizade é recíproca.
Eu gosto bastante deste cromo que faltava na minha caderneta de amigos, e mesmo que ele venha da sua viagem com a ideia de criar cabras anãs, é na boa.
Antes do Miradouro da Graça, andámos ali pelo Satélite, só a beber canecas Sagres.
Boa viagem, puto.
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abeerwith · 6 years
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Beer #15: Marta Baeta (amigos no Facebook desde Junho 2011, 365 amigos em comum)
Eu nunca tinha avistado o Barreiro para além daquele quiosquezinho ali no Terreiro do Paço, mas ontem dei uma oportunidade ao Barreiro, e a mim, pois claro, que não é só Lisboa que tem sítios bacanos para beber imperiais. 
Quando eu disse que a vida precisa de menos WhatsApp e mais visitas inesperadas não estava a brincar aos teólogos da ciberciência. A Marta foi para o Quénia em 2014 e desde então que não lhe pus a vista em cima. Nas duas vezes que vem a Portugal durante o ano é difícil encontrá-la, e depois de combinarmos vezes sem conta, desta vez não quis deixar de beber as imperiais que não bebemos nestes últimos quatro anos. 
A Marta poderia ser a Madre Teresa de Calcutá, mas mais moderna. Mas sinceramente, quem a conhece sabe que com elas as coisas são um bocadinho diferentes, pela medida de arrogância que usa no dia-a-dia, com quem não a conhece ou duvida do seu trabalho. Ainda bem que a conheço, e deu para perceber isso ainda melhor, porque depois de quatro anos, a fluidez das nossas ideias e da nossa conversa ali na zona ribeirinha do Barreiro era a mesma do que há uns anos em Benfica. 
A Marta foi fazer voluntariado para a Kibera e nunca mais voltou. Com o voluntariado cresceu o amor por mais de 80 crianças, surgiu a vontade de mudança na maior favela do Mundo que deu origem ao From Kibera With Love. Um projeto que passou recentemente do Facebook a uma Organização Não Governamental, já com 11 empregados, mais de 100 voluntários e um trabalho do caraças que nunca mais acaba. 
A Marta diz-me que a vida no Quénia não é assim tão diferente, dentro da medida dos possíveis, e que está-se pouco a lixar para aquilo que são as novas tendências, os sitios da moda e o capitalismo desenfreado, que corre nas veias de quem não se cansa de trabalhar das 9 às 9 sem questionar o sentido das coisas, nomeadamente o sentido que a vida é demasiado curta para, de vez em quando, não atravessarmos o Tejo e irmos beber uma imperial ao Barreiro. Ou dedicar um pouco de nós à Kibera, ou ao próprio From Kibera With Love, porque projetos destes são capazes de mudar o Mundo, nem que seja em 2% na escala de 0 a 100, mas isso já é suficiente. 
Aqui não existiram telemóveis, foi ponto assente. Excepto o momento em que tive de tocar no iphone para recusar uma chamada, mas de resto, a conversa foi tão boa que fiquei com menos cabelos brancos. Quer dizer, ou pelo menos o número não aumentou. 
A Marta nunca disse que o mundo não era interessante, mas questiona quem não questiona até o brilhar do sol. Se isto não é sinónimo de inteligência e capacidade de carregar o Mundo às costas, então eu não sei o que é. Eu tinha e continuo a ter muitas questões para fazer a Marta, mas estas três horas de conversa não foram suficientes. 
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Este vídeo é a Marta. Não por completo, mas é um grande bocado dela e ela já tem saudades de não ser só isto, mas é assim que ela é feliz e com jeito ainda vai tendo tempo para ela, que também merece. Como é um dever nosso fazer os nossos amigos felizes, eu deixo-vos aqui como apadrinhar uma criança do projecto. Normalmente, o apadrinhamento é relativo ao ano civil e funciona de Janeiro a Dezembro. A Marta ou a sua equipa podem-te dizer quais as crianças que precisam, e com urgencia, de um padrinho ou de uma madrinha, basta que enviem email para [email protected]. Normalmente, o apadrinhamento contempla as despesas escolares, uma atividade extracurricular, alimentação e despesas de saúde. Sem merdas, porque isto é mesmo pelas crianças.
Sinceramente, não me lembro do nome do local onde estivemos. Foi numa hamburgueria que estava fechada e que nos serviu duas mãos cheias de imperiais Sagres.
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abeerwith · 6 years
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Beer #14: Rita Pinto (amigos no Facebook desde Setembro 2012, 160 amigos em comum)
Desculpem lá, mas isto já começa a ser tradição: depois da multa do Iñigo, vem a multa da Ritinha, depois de termos estado umas duas horas à volta de uma mesa e imperiais para começar o ano.
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Acabado de chegar a casa, recebo esta Insta Story da Rita - carro quase rebocado e uma multa que lhe valeu o dinheiro recebido no Natal. Eu acredito que isto seja porque a Rita já não sabe estacionar. A Rita passou os últimos 3 meses no Equador - por isso vamos lá desculpá-la, pois é normal que o Código da Estrada tenha ficado, pelo menos nestes primeiros tempos, por aí guardado num sítio qualquer.
A Rita é a miúda dos 80s e das chanatas. Odeia discotecas, mas adora uma boa noite no Liverpool (e eu já ouvi esta história em algum lado). Quer isto dizer que a Rita não é de modas e está-se pouco a lixar, muitas das vezes, para o que Lisboa tem para oferecer, porque o lugar dela não é aqui. Se eu já desconfiava, agora tenho a certeza, mas já lá vamos.
A nossa amizade virtual vem de 2012, isto porque nos cruzámos na faculdade, mas a nossa amizade em carne e osso remota a Março do ano passado. Desde aí, esta jornada tem sido engraçada. 
Quando eu disse que o lugar da Rita não era aqui, não estava a brincar. A Rita despediu-se e rumou à Amazónia à boleia dos Worldpackers e durante esse período foi contando tudo à SIC Notícias. Na verdade, o sorriso que ela sempre fala nos seus textos, foi o mesmo com que eu a encontrei, embora um bocadinho mais saudoso, já com vontade de voltar.  
Tive a possibilidade de conhecer todas as peripécias da Rita, e porque falamos de cerveja, fiquei a saber que do lado de lá, mesmo que às 8 da amanhã, é falta de educação recusares uma bebida alcoólica. Se estás de ressaca, a tendência é piorar, porque junto ao equador, as saídas à noite duram 3 dias consecutivos. Não é por isto que a Rita quer voltar, é pelas pessoas que a acolheram e pelo que há para fazer do lado de lá - um fazer que dá prazer porque a retribuição é imediata, sem merdas, tal como deveria ser a felicidade, ou tal como é a Ritinha.
Vai lá na tua caminhada, mas lembra-te que o pessoal também gosta de ti, aqui. 
Eu e a rita ficámos pela Heineken, ali no Café da Montana. 
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abeerwith · 6 years
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Beer #13: Carolina Vazquez (amigos no Facebook desde Outubro 2010, 2 amigos em comum)
Eu e a Carolina conhecemo-nos em Lisboa. 2010. Ela acabada de chegar ao Instituto Superior Técnico para mestrado, eu ainda sem barba, acabadinho de chegar à faculdade e de casa às costas para morar num quarto ali na Praça de Londres com o Ricardo e com o Jorge. Na verdade, não poderíamos ter arranjado melhor companhia.
Cada serão era mesmo uma comédia, pelo que a a Carolina chegou a suspeitar que eu cantava bem, numa das noites em que sai do seu quarto a dar-me os parabéns. A verdade é que eu não acerto uma nota, mas obrigado, Carolina!
A Carolina era difícil de perceber, principalmente quando seguia em sexta no seu catalão. O português apanhou-o logo, e foi por isso que durante esta imperial ela preferiu falar a nossa língua, enquanto eu queria praticar o meu espanhol.
Isto é ridículo, mas a Carolina em Portugal é uma das maiores compradoras da revista Hola! - eu desconfiei, e foi por isso que pesquisei o seu nome no google para perceber se ela era uma celebridade catalã. Com isto só descobri que ela era uma das melhores alunas da faculdade.
As últimas vezes que estive em Barcelona foi extremamente difícil combinar algo com a Carolina - porque tinha chegado de viagem (a Carolina é uma das pessoas que conheço que mais viajou). Desta vez, combinámos um bocado antes de eu seguir para o aeroporto, no bairro La Bordeta.
Sinceramente, ainda bem que deu tempo para visitar a Carolina. É que para além de recordarmos em retrospectiva a fase em que vivemos juntos e o que se passa em Lisboa nos dias de hoje, ganhei um plano cultural de Barcelona para a minha próxima viagem e a promessa de puder andar de bike durante um fim-de-semana inteiro sem pagar um tusto.
A Carolina é a responsável por todos os visitantes espanhóis aqui no #ABeerWith, acreditem. Já o partilhou por meia-Barcelona e é a responsável pelos próximos conteúdos começarem a ser também em inglês - não por querer internacionalizar isto, mas para que mais pessoas tenham vontade de partilhar as histórias das pessoas com quem se vão cruzando.
Eu fico sempre rendido às histórias da Carolina - não só às histórias de erasmus, mas às histórias de boa vontade da Carolina, que, quando dá por conta está nos maiores enredos da sua vida. Se falámos de festivais, foi no meio de uma destas histórias loucas em que a Carolina teve acesso ao SXSW, depois de beber uma cerveja e trocar três palavras num pub nos States.
Demos o kick off com cerveja, mas não podia vir embora sem beber um vermouth. A cerveja já me cansava, depois de uma festa da Cerveja, um workshop, duas visitas a fábricas e duas noites de Razzmatazz.
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Eu e a Carolina começamos pela Moritz, acabamos no Vermouth. Bonito, não é?
Carolina, foi bom rever-te. 
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abeerwith · 7 years
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Beer #12: João Varela (amigos no Facebook desde Janeiro 2010, 181 amigos em comum)
O João é um gajo que ouve Jefferson Airplaine, mas também ouve uma boa música electrónica. Mas já vamos. O João está em Barcelona há cerca de 4 anos e eu fui ter com ele no dia em que fui à fábrica da Estrella Damm. Combinámos uma cerveja. Despretensiosa. Mas eu percebi logo que uma não chegava para o número de perguntas que tinha para o João.
Eu comecei cedo, porque não me lembrei que a hora de jantar espanhola é a hora da ceia portuguesa. 19H30, banho tomado depois do calor de Barcelona, agarro o metro para Sant Antoni e sento-me na esplanada da Fábrica Moritz a pensar no vazio. Confesso-vos, o meu sentido de orientação à noite é mau (já me perdi em Vila Nova de Mil Fontes com um dos meus melhores amigos, e isto deveu-se a várias cervejas), e foi dificil, no meio do El Born encontrar o João lá para as 22 horas como combinado. Como eu disse, a nossa cerveja era despretensiosa. Tão despretensiosa que nem marcámos restaurante e quase que tivemos de esperar uma hora na fila, mas lembrei-me que um dos sitios mais fixes que eu descobri em Barcelona, a Blacklab, tinha comida e cerveja, que também é um assunto que toca ao João - incrível, o João não conhecia, e é um gajo que bebe spots, musica e cultura de Barcelona como quem bebe cerveja.
Sentamo-nos ali, à conversa, num sítio onde a cerveja era maior (e melhor, a sério) que o prato de comida, onde o João me contou à cerca da viagem dele à Indonésia semanas antes. O João é Director de Marketing da Uterque, e eu percebi que a vontade de voltar para Lisboa é nula. Tão nula que a conversa passou para um bar bacano ali no El Born, um dos sitios que o João frequenta, e eu percebi o porquê da pouca vontade do João em voltar para casa. 
A noite foi meio caricata: sem restaurante marcado, fomos barrados na entrada de um bar (nós e mais 5 pessoas), porque o bar tinha 3 pessoas e excedia a capacidade do bar. Chamámos o Inspector Max e fomos perceber que este segurança era maluco. Eu sei que não é isto que faz o João voltar para casa, porque simplesmente Barcelona gira ao contrário dos ponteiros do relógio no que toca a tudo o que é cultura - uma das cenas que mais gosto na cidade.
A nossa polaroid foi recusada, porque a pessoa a quem pedimos que nos fotografasse identificou um sem abrigo no enquandramento e não quis seguir. Não subornámos, mas podiamos ter feito. 
Acabámos a noite no Razzmatazz, de pista em pista, ambandonámos a cerveja e andamos de gin em gin. O João seguiu a pé para casa. Eu pus o meu espanhol em prática com o taxista que era contra a Independência da Catalunha e ainda me enviou um video por Whatsapp para partilhar com os meus amigos. 
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Eu e o João começámos pela Blacklab e acabámos na Moritz. Uma cerveja catalã que tinha muita curiosidade em conhecer.
E João, não voltes para casa. 
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abeerwith · 7 years
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Beer #11: Carolina Valentim (amigos no Facebook desde Janeiro 2015, 105 amigos em comum)
A Carolina tem samba no pé - e foi por isso que escolhemos o Rio Maravilha para nos encontrarmos. Porque ao Domingo, a playlist é do Tim Maia, Rosalia de Souza e da Luisa Maita. Há um par de anos que não via a Carolina - conheci-a quando ambos estávamos no Shifter, trocámos contactos, acabámos por trabalhar no mesmo sítio, e começamos a seguir o trabalho um do outro. Mesmo longe: a Carol em São Paulo e eu aqui em Lisboa.
A Carolina já não dá dois beijinhos, e olhem que a maior parte das palavras dela soam a um Brasil despegado, leve, que eu gostava de conhecer (espero que seja desta agora que a Carolina vai ter uma casa só dela para receber os amigos). Na verdade, ela tem andado a fazer coisas giras - acreditem que ela não cabia em si de tanta alegria por ter recebido a notícia de ser uma das finalistas no Mira Mobile Prize, na categoria de Street Photography BW, depois de ter sido considerada uma das Líderes do Futuro. E é aqui que a nossa conversa puxou por duas imperiais bem frescas, não muitas, porque confesso que estava de ressaca.
Na verdade, tanto eu como a Carolina temos tido a sorte de trabalhar com pessoal que é capaz de inspirar os jovens como nós e lutar por aquilo que acreditam no trabalho. E olhem que não nos gostamos de fechar em caixas, porque a Publicidade é criatividade, é partilha de ideias, de referências, de experiências, de músicas e de visões diferentes. A publicidade não é modular, não deve seguir um fluxo onde o briefing é recebido pelo account, vai para o planner, segue para o criativo e aí fica. A publicidade não é mais offline, nem é mais digital. Nem é mais Mad Man, de todo. 
Perdemos muito tempo a contemplar Lisboa, e a contemplar a geração cheia de garra que vive nela. Acho que deixei a Carolina cheia de saudades de Lisboa e ela deixou-me com a vontade de conhecer os projectos colaborativos da malta que lá anda. Fizemos um acordo: a Carolina envia-me as boas referencias que lá andam e eu conto com ela no que for fazendo por aqui, porque a distância entre o Brasil e Lisboa é de um skype.
Eu bebi Heineken e a Carolina já tinha saudades da Sagres.
Vai alto, Carolina. E não deixes cair a vontade de fotografar o Mundo.
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abeerwith · 7 years
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Beer #10: Filipe Macedo (amigos no Facebook desde Janeiro 2016, 73 amigos em comum)
Lisboa é tão pequena e o Filipe (ou Mad Mac, como quiserem) é uma das pessoas que eu ainda não tinha tido a oportunidade de conhecer pessoalmente. Já nos cruzámos em algumas situações, mas estamos sempre tão bem na nossa zona de conforto que ficamos ali pelo feed do Facebook. Ainda que a dois ou três toques de distância do Messenger de outra pessoa (porque o Zuckerberg privilegia a User Experience), as coisas acabam por não acontecer. Esta é a décima vez que não acontece dessa forma.
O Filipe deu-me os parabéns pelo projecto, eu convidei-o para uma imperial. Não veio sozinho - à conversa juntou-se o João, o Diogo e a Susana (que podem ver na nossa bonita fotografia) -, porque depois das nossas imperiais o Filipe ia tocar no Musicbox. 
Uma das ideias que inspirou o #ABeerWith foi o #30MadWeeks do Macedo, onde para celebrar os seus 30 anos criou 30 formas de celebração que o preenchessem e quem o desafiassem a ser melhor. True Story. E eu tinha curiosidade sobre algumas delas, nomeadamente a visita à Mesquita Central de Lisboa (a forma do Filipe celebrar a Diversidade Cultural). 
Este foi o ponto que conduziu a nossa conversa - não sei se por gostarmos bastante de pessoas e da forma como elas se comportam - mas rapidamente saímos de Lisboa e fomos até à última viagem a Nova Iorque feita pelo Filipe onde andámos a falar nas diferenças, não só entre a religião, como as diferenças comportamentais entre pessoas de países diferentes. Não debatemos a Teoria Darwinista, nem Freud. Nem é a nossa cena, por isso não se assustem. Eu tive a oportunidade de agradecer ao Filipe por me ter inspirado e aqui agradeço aos amigos que foram com ele por me fazerem voltar atrás no tempo para me recordar que a Escola Superior de Comunicação Social poderia ser uma série de humor melhor que a Porta dos Fundos.
Já era tarde, e pedimos a alguém que nos tirasse uma fotografia. No entanto, o fotógrafo contratado, freelancer por dois minutos, para além de ser mais velho do que a Polaroid, não fazia a mínima como se domava tal dinossauro.
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Eu e o Filipe andamos pela Super Bock, e eu tenho bebido demasiadas vezes esta receita dos 90 anos que espero que se mantenha mais um tempo.
E estava a brincar. O fotografo contratado lá se ajeitou - mas preferiu tirar a fotografia na horizontal. Para ter mais estilo.
Obrigado, Filipe! E aos teus amigos também.
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abeerwith · 7 years
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Beer #9: João Ribeiro (amigos no Facebook desde Janeiro 2011, 184 amigos em comum)
Epa, pode não ser um facto importante para vocês, mas escrevi isto a ouvir My Pink Dream dos My Cubic Emotions (uma banda de Pombal) e reparei que ainda sei a letra de uma ponta à outra. Isto é importante para aqui porque esta música data da altura em que conheci o João (e de muitos outros que falo lá em baixo).
Conheci o João em 2008, quando a internet ainda não era isto. Isto porque não se limitava às ideias do Mark Zuckerberg, o instagram não era uma trend. Para perceberem, nem Twitter havia. Ao contrário, já haviam influencers, para quem acha que isto é uma novidade. O MySpace enchia-se de grupos de adolescentes que tinham de provar que eram reais para entrarem em comunidades, mostrando o seu proof id através de um vídeo.
Eu e o João conhecemo-nos por via do Gonçalo, um amigo virtual nosso que ainda hoje seguimos nas redes sociais, e o MSN era o Ponto de Encontro, sem querer tirar o mérito ao programa do Henrique Mendes. Conhecemo-nos porque ambos queríamos seguir design, kitavamos os nossos perfis sociais com DIVS e imagens feitas quando o Photoshop ainda custava a correr no Windows e a par disto ouviamos Cansei de Ser Sexy, Devil Wears Prada, Tara Perdida, More Than a Thousand e My Cubic Emotion (fodasse, que saudades, estou arrepiado!).
A minha imperial com o João estendeu-se, porque eu já cheguei atrasado e ele já ia a meio de uma Super Bock das grandes. 1-0, mas eu recupero fácil. E recuperei, e lamentámos a vida cibernética agarrados aos nossos copos, como quem tem saudades do país da Maria Vieira de 2008, onde o reddit era um mito, mas o yahoo answers era resposta para todas as questões (ya, isto porque nem Youtube havia).
Acabei por me cruzar com o João em Lisboa, na mesma faculdade e na mesma turma no meu último ano. E foi ai que ele me convidou para integrar a equipa do Shifter - obvio que a nossa conversa também tinha de andar por aí. Eu as vezes gostava que os meus dias tivessem 48 Horas, tal como gostava de voltar ao Shifter com o João, mas num pacto selado por imperiais, ficou a promessa de juntármos em algum lado a geração que temos saudades e que fazia parte do MySpace Portugal.
Tanto pode ser num meeting no Colombo (daqueles bem podres, com gangs à mistura), ou num bom artigo do Shifter. Eu tenho saudades de trocar comentários com muitos deles, uns tive a oportunidade de conhecer pessoalmente, outros ainda aqui tenho no Facebook e fica a promessa de ir beber uma imperial com todos eles. Tantos nomes: Gone Disney, Lara, Catarina Horror, Cheese, Joana, Sofia Ferreira, Inês Jorge, Nokas, Cabral, Mário, Adriana Jaulino, Rita Ferreira, Rita La Valerie, Sara Ferreira, epa, tantos...
Ambos bebemos Super Bock, ali numa das espalanadas do Largo de São Paulo.
Obrigado, man! Vamos a isto mais vezes.
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abeerwith · 7 years
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Beer #8: Inês Carvalho (amigos no Facebook desde Junho 2015, 76 amigos em comum)
Eu e a Inês já tivemos uma outra tentativa de beber uma cerveja. Aliás, várias. Na última, combinámos uma caracolada ali bem perto do Regueirão dos Anjos, mas eu esqueci-me da máquina fotográfica, a Tasca do Domingos estava fechada e eu quase fui ao chão de mota - tudo pretexto para acabarmos na marisqueira de Alcântara a viver la vida loca. Somos tão sóbrios, tão consistentes e coesos como o carro ou o gosto musical da Inês: uma vez Moderat não nos sai da cabeça, outra vez a cabeça não para de cantar o dia inteiro “Na Pele” de Elza Soares & Pitty. 
A Inês diz que se tornou inconstitucional o facto de eu ainda não ter escrito aqui sobre as imperiais que bebo com ela, mas a verdade é que ela tem quota-parte no número de imperiais que tenho bebido nos últimos tempos. Servidas sempre com tremoços e um prato de conselhos dados por ela, porque sou um puto. Quanto à Inês, eu não sei bem se ela parou nos 17 ou já passou os 27. Mas sinceramente, estou-me completamente a cagar. Nos últimos 2 anos, foi, talvez, uma das pessoas que mais me ensinou sobre o Mundo em geral. E é por isso que escrever sobre uma conversa com a Inês é difícil. 
Todas as conversas, a cada imperial, são diferentes (o que é óptimo). É como se cada nova imperial assinalasse um knockout, mandando o tema ao chão, e gerando outro assunto de conversa (eu disse, somos muito consistentes, malta). O melhor disto? É que todas as conversas tresandam a Nina Simone. Ou a Elza Soares. E eu trollo sempre, apontando o telemóvel contra ela e gravando aquilo que ela acha orgânico: cantar (como se Darwin tivesse escrito que esta é uma capacidade de todos os humanos).
youtube
Se fosse sexta-feira, era bem provável que a noite passasse pelo Liverpool, mas ficámos no novo Stupido 1/1. Vamos deixar esse ponto de paragem para a vinda de Jeff Mills a Lisboa.
Ambos bebemos Super Bock, várias.
Obrigado, Inês!
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abeerwith · 7 years
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Beer #7: Joana Gândara (amigos no Facebook desde Setembro 2010, 128 amigos em comum)
Eu e a Joana pertencemos ao mesmo habitat. E isto não é por ambos termos uma forte ligação ao Alentejo, mas porque sobrevivemos sempre (e com distinção) ao pó dos moches de Fita Cola. Aliás, podia ter sido a cantar o Desafio Principal que conheci a Joana, como aconteceu depois da viagem de carro que fizemos depois desta imperial, mas foi mesmo na faculdade. 
Lembro-me dela, “meio-estilo” Sandi Thom, com a I wish I was a Punk Rocker na ponta da língua e, é verdade, ela confessou-me que ainda canta isto no banho. Mas ok, vamos às imperiais.
A imperial da Joana foi daquelas que nos últimos 4 anos ficou perdida no Messenger do Facebook, mas quando nos encontramos - não sei se isto são as influências do pó e do punk rock -, varremos mais do que uma, do que duas ou do que três, e a nossa conversa foi assim, ali em Carcavelos, um frio de arrepiar, ainda que o Verão ande a querer aparecer novamente (dizem eles). 
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As nossas conversas são sempre difíceis de resumir porque falamos de TUDO: da vida, da vida dos outros (vá, atirem a primeira pedra), enquanto costurámos uma boa malhinha para o frio, mas desta vez, como num bom tutorial da Dona Margarida, discutimos os benefícios e malefícios do Tinder. 
A decisão final foi consensual - assinalada com o bater martelo de O juiz decide, está decidido -, depois de debatermos vários e variados pontos associados às relações. E vá lá, calma que não iremos tirar o lugar à Marta Crawford.
As imperiais com a Joana nunca são de mais e combinámos haver espaço para isto muitas mais vezes. Eu voto sim. À conversa. E às imperiais, claro.
Beijo, Joana!
Ambos bebemos aqueeela(s) Super Bock básica.
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abeerwith · 7 years
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Beer #6: Carolina Caldeira (amigos no Facebook desde Abril 2017, 30 amigos em comum)
Fodasse, que boost de energia. E isto foi graças à Carolina. A Carolina é tão orgânica quanto a Praça de São Paulo, e a nossa conversa foi assim. Não no Arco da Velha, não no Castro Beer como combinado, mas ali bem onde Lisboa sabe ser ela própria, à espera que o Jorge viesse trazer uma bóia vinda do Milhões de Festa. O Jorge não apareceu e nós perdemos conta às imperiais e ao tempo, que para aqui não foi importante, acreditem.
Conheci a Carolina na minha última semana na Wunderman, mas temo-nos cruzado por aí nuns posts de Facebook e nuns plays de Youtube que vou dando aos YBB, a antiga banda da Carolina, que não é difícil gostar.
A Carolina começou a trabalhar em comunicação num Hostel (embora não soubesse bem o que estava a fazer, começou por conjugar todas as ideias que tinha com a função de governanta). E embora tenha chegado à publicidade há pouco tempo, eu não consegui deixar de ouvir com atenção os planos que ela tinha ali bem à mão na mochila. A mochila já pronta, para em Dezembro ir rumo a Amesterdão, porque a vida lhe tem dado sinais para isso. A Carolina não é vidente, embora lhe tenham lido as cartas no Being Gathering, e posto isto, facilmente conseguiu ver também o número infindável de pistas que o universo me anda a dar, possivelmente para trocar Lisboa por um par de meses. Não sei se assim será. Talvez. Mas este post é sobre a Carolina. Adiante.
A Carolina não é só a vontade de fazer algo, mas também a força de concretizar aquilo que sonha. E são poucas as pessoas que conheci até hoje que o têm feito. O Bathstage nasceu assim: parido com um orgulho imenso e com tantos planos na cabeça da Carolina que eu não tenho dedos para os contar. Claro que cada projecto tem as suas vulnerabilidades, mas é certo que a Carolina ainda não desistiu disto. O que interessa é que Setembro está bem perto e que, se uma das coisas que nos liga para além das imperiais é a vontade de fazer coisas, eu estarei aqui para a ajudar.
Este post poderia ter bem as fotografias da Carolina numa viajem feita pelo Norte de Espanha com início num swipe de Tinder (e agora imaginem a boa loucura da Carolina) ou um conjunto de músicas que ela já cantou com o Salvador Sobral. Sou sincero, numa percebi bem o que Palma de Mallorca tinha de tão bom, mas a Carolina viveu lá e disse que sim, por isso eu acredito. E acredito ainda que esta foi a primeira imperial com a Carolina, porque tal como ela abordou o Bernardo dizendo que precisa dele na sua vida, eu preciso da boa energia que a Carolina me injectou.
Carolina, vai. Amesterdão ou outra parte do mundo. Eu trouxe um bocado da força de mudança que tinhas na tua mochila. E eu sei que não te importas.
Ambos bebemos Sagres, ali bem na Praça de São Paulo.
Obrigado, vou ficar a ouvir isto enquanto não o trazes novamente para a rua.
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abeerwith · 7 years
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Beer #5: Patrícia Cadete (amigos no Facebook desde Outubro 2010, 89 amigos em comum)
Este post, não é só importante para mim, como marca o início de um novo cíclo para a Patrícia. E confesso: esta imperial já devia ter acontecido há mais tempo. 
Conheci a Patrícia na faculdade (conhecer não é bem o termo, porque nunca trocámos mais do que 3 palavras, mas lembro-me bem dela). Depois de duas boas imperiais na Cerveteca, percebi que há por aí demasiadas pessoas que vale a pena conhecer. A Patrícia é uma delas.
Depois de 3 anos a fazer jornalismo, a Patrícia virou do avesso o seu percurso na RTP, tal como as pessoas que viraram do avesso as suas vidas na sua última reportagem que passou no domingo. E eu sinto-me no meio da loucura da Patrícia, não só desde a conversa da nossa imperial, como desde o dia em que ela me ligou para perguntar o quão fácil é largar aquilo que se gosta mais de fazer, quando se tem vontade de experimentar o Mundo. Este telefonema fez-me sair da secretária e demorou uns 30 minutos. Só por isso, sabia que esta conversa com a Patrícia ia ser boa.
Não é fácil. Nem é o caminho mais fácil. Também o fiz há uns meses. Não pode haver margem para arrependimentos nem barreiras para os desafios - ou porque a idade não permite (e olhem-me a Patrícia, o que ela já construiu), ou porque somos demasiados ambiciosos e a vontade de agarrar o Mundo é ainda maior.
Se na conversa houve espaço para falar de compra e venda de animais (um freestyle no meio de tudo aquilo que trocámos) e avaliar os prós e contras de tudo isto, como dois dealers na Praça das Flores, mas ali de copo na mão (e vá, não nos interpretem mal), mais importante ainda foi a ideia que trocámos sobre o tipo de conteúdo que as televisões portuguesas andam a criar. E sinceramente, não é estar tudo mal. É haver tanto para fazer. No entanto, nós estamos aqui, cheios de vontade para criar, fazer acontecer (e é verdade, nós também nos culpamos por ainda acharmos que conseguimos mudar o Mundo, mas que assim seja).
A cerveja desapareceu e a conversa nem ficou a meio, por isso ficou a promessa de uma jantarada, cheio de Nana, um vinho que a Patrícia foi descobrir no 150 Gramas em Vila Franca de Xira (apanhem esta, porque é um dos melhores restaurantes de tapas que aí anda e não é assim tão longe de Lisboa). 
São apenas suposições, mas eu acho que para além deste novo desafio, a Patricia vai perceber aquilo que realmente quer - seja no jornalismo, na publicidade, ou a escrever um livro. Porque há tanta margem para fazer e ainda tanto para criar. O tempo é que é curto para tudo isto.
Vai Patricia, sem medo. E se não der, muda o caminho. Sem perderes tempo onde queres chegar.
Eu bebi uma Brewsky Tree Fourteen (isto é óptimo) e uma Rosa Viçosa da Dois Corvos, a Patricia ficou pela Weihenstephaner.
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abeerwith · 7 years
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Beer #4: Beatriz Louro Martins (amigos no Facebook desde Fevereiro 2015, 38 amigos em comum)
Confesso que este post seria um insulto à Beatriz se aqui não falasse de Chico Buarque, Cícero ou Elza Soares. A Bea é das miúdas com mais bom gosto que conheço e, se ela aqui aparece de casacão apertado, é só porque a noite estava fria, porque ela é menina de Daniela Ponto Final. E isso é reconhecivel pelo seu portfólio de design (não está nem um nadinha actualizado, para quem sabe o que ela anda a fazer). Conheci-a em 2015, altura em que nos tornámos amigos no Facebook, a altura em que voltei para a Leo Burnett Lisboa. 
As conversas com a Bea são daquelas em que apenas tocas no smartphone para mostrar algo do que te lembraste, que acrescenta valor ou que te vai fazer agarrar à barriga e morrer a rir. Fora isso, o smartphone fica à parte, e isto era uma das coisas que gostava de levar para todas estas cervejas aqui.
A nossa cerveja não permitiu .gifs, trocas de músicas do capítulo “conheces isto?” ou “provavelmente não conheces”, artistas ou vídeos com gatinhos tal como nas nossas conversas de Facebook, mas confesso que deu para passarmos muito tempo a falar sobre o novo álbum dos Arcade Fire (e eu estou meio obcecado com esse assunto) e, principalmente, porque eu enchi-me de curiosidade, sobre o Cosmo Jazz Festival, em Chamonix, que fez parte da última viagem da Bea. Uma cerveja ali bem debaixo da Ponte 25 de Abril, onde para além de dizermos que tem que acontecer mais vezes e que fiz bem em ir com isto para a frente, é uma forma de juntar pessoas de quem já tinha saudades, e de juntar novas pessoas para que tenha saudades no futuro. Confesso que já tinha saudades da Bea. 
Desta vez, o tempo foi escasso - embora uma esplanada esteja a abarrotar de turistas, não significa que amanhã, pelo menos para nós, não seja dia de trabalho. Possivelmente a escassez não seria assim tanta se a Bea não tivesse de atravessar o IC19, no seu beta-smart, isto porque os “Millenials estão a optar por casas mais pequenas”,  e não porque a tentativa de procurar casa em Lisboa seja como procurar uma agulha num palheiro. 
Espero que a próxima cerveja seja mais uma litrosa, num sitio que a Bea me apresentou, lá para os lados da Peninha e que consegue ter uma vista ainda melhor do que o Rio Maravilha. Isto justifica o facto de deixarmos os smartphones de parte logo no inicio da conversa, ou de muitas das vezes falarmos sobre a facilidade que ambos temos em viver na pacatez, num moinho em Sintra ou ali mesmo em Porto-Covo, mas vá, não descurando uma vinda a Lisboa, porque os artistas precisam de estar inspirados, quelarooo.
Ambos bebemos uma Sagres, o clássico.
Obrigado, Bea!
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abeerwith · 7 years
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Beer #3: Irina Simões (amigos no Facebook desde Setembro 2010, 172 amigos em comum)
Eu cheguei há 7 anos a Lisboa e a Irina foi das primeiras pessoas que conheci na faculdade. Uma bondade do tamanho do Mundo, e eu já tinha saudades da presença e da energia dela. A nossa última mensagem para marcar um café foi em 2013 (como o tempo passa), ainda antes de ela ir viver para Abu Dhabi, com a sua gana de puder conhecer e mudar o Mundo. O que é certo é que só nos juntamos em clima de mudança, e ela neste momento está prestes a levar malas e bagagens para Moçambique. Tenho pena, porque uma cerveja não chegou para partilhamos o passado, o presente, o futuro e os projectos que temos em mente. Na verdade, todos deviam ter uma Irina destas nas vossas vidas - alguém que conseguiu conhecer mais de 40 países, retirar o melhor deles, afastar-se do que não lhe interessa e guardar tudo isso numa caixinha para se tornar ainda melhor.
A Irina fez-me entender que Moçambique não é assim tão longe, ainda para mais quando há tanto para fazer. A nossa cerveja, à medida que o gelo ia desaparecendo (e não foi fácil com este calor dos diabos), foi-se rodeando dos nosso planos a curto prazo, de memórias da faculdade e dos receios que temos quando achamos que Lisboa já não nos enche e é melhor irmos uns tempos daqui para fora. Perdemos muito tempo a contemplar Lisboa, da vista magnifica do TOPO Martim Moniz, enquanto comprovámos que Lisboa também consegue ser uma cidade maravilhosa.
O tempo não chegou, e ficou a promessa de uma segunda cerveja ali para os lados do Beato, numa dessas cervejarias artesanais toda da moda. 
Ambos bebemos uma Heineken, mas o calor era tanto que rapidamente passamos para um cocktail (mas isso agora não interessa).
Obrigada, Irina e uma boa viajem!
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