acapelogaivota

[acapelogaivota]

29 de setembro de 2021. 2h05.

penso em cultivar

cultivar significa querer e cuidar

sabe o tamanho do amar?

nem eu

mas acima de tudo estar, inteira

qual é o valor do se entregar?

[acapelogaivota]

08 de junho 2021. 16h40.

eu to aqui na casa da vovó, cuidando do vô. nunca antes vivi uma situação tão difícil na minha vida. não consegui dormir nem 1h durante essa noite e dormi agora a tarde, de 15h as 16h30. acordei de um sonho maravilhoso, a gente tava num estádio, assistindo ao jogo do flamengo, juntas. acordei chorando. como eu sinto sua falta, leticia.

[acapelogaivota]

24 de maio de 2021. 04h57.

acordei de um sonho que eu não queria ter acordado. de jeito nenhum.

no final de abril você me desbloqueou, de tudo. e desde então minha vida tomou guinadas curiosas e intensas. além de eu me controlar, todos os dias, pra não te mandar mensagem, pra diminuir o número de vezes que entro nos perfis na rede...

eu to no hospital, com o meu avô. num dos momentos mais difíceis que já vivi na vida. e eu sonhei com nosso reencontro. sonhei com a gente se vendo outra vez.

você vestia a mesma roupa desse último vídeo que postou pro brechó, que você usa jaqueta jeans, shortinho preto colado, seu cabelo maravilhoso, maquiada, o cordaozinho que eu dei. *acho engraçado que quando você postou esse vídeo, eu mandei mensagem pras meninas com o print perguntando se eu tava doida ou você tinha feito preenchimento labial desesperada rs mas depois me toquei que era o filtro*

bom, mas o caso não é nada disso. o caso é que num dos momentos mais difíceis da minha vida, quem vem me consolar, depois de 3 noites em claro, é você. quem vem me cuidar é você. quem vem olhar dentro dos meus olhos e me passar segurança, me passar força, me dar carinho e colo é você. e putz, eu acordei agora com um choro entalado horrível, mas ao mesmo tempo grata demais por ter te encontrado nos meus sonhos assim. por ter podido te abraçar, te ver, te tocar...

foi engraçado porque as duas não sabiam o que fazer, estávamos acompanhadas de amigas, e tava na cara a nossa euforia por estar se vendo outra vez, por estar uma no mesmo ambiente que a outra. ah, não vou me estender muito mais não, só quero mesmo deixar isso registrado pra sempre aqui.

você que me cuida, você que mais olhou nos meus olhos e me ouviu. obrigada por isso, obrigada por tudo. te amo, laura.

[acapelogaivota]

11 de maio 2021, 23h48.

busque Amor novas artes, novo engenho

para matar-me, e novas esquivanças,

pois mal me tirara o que eu não tenho.

olhai de que esperanças me mantenho!

vede que perigosas seguranças!

pois não temo contrastes nem mudanças,

andando em bravo mar, perdido o lenho.

_ camões

[acapelogaivota]

seu aniversário. 12 de dezembro de 2020.

se tudo de mais lindo e feliz

o dia de hoje deve trazer

que seja com a leveza de ser

com o fervor de viver

e com a beleza de existir.

dia hoje é de luz

o sol nasce agora pra você.

[acapelogaivota]

manhã. 09 de dezembro de 2020.

o dia amanheceu cinza

será mesmo que amanheceu?

o sol na pele

por mais que se sinta

nem se compara ao amanhecer de vida

que era acordar do teu lado.

[acapelogaivota]

manhã. 20 de fevereiro de 2021.

hoje eu sonhei com o abraço

e acordei chorando

o abraço que meu coração entra em compasso com o teu

o abraço que é meu lugar e sempre vai ser

o abraço que me faz saber

o que é estar viva.

[acapelogaivota]

achados perdidos. 04 de julho de 2014.

Essa cíclica paixão

que se alimenta de nós,

nos mostra os caminhos

insensatos e nos leva

para frente, pra sempre,

para onde o tempo pára.

Pára. Pára pra nunca mais voltar.

O chão estremece

quando meus olhos se cansam de você

o céu escurece

quando tão cega estou pra perceber

que minhalma incoerente

sempre volta pro começo

de nós dois.

Aquele gosto amargo

ainda perdura em minha boca,

o café requentado

que te preparei

pro dia em que voltasse

ao nosso tenro jardim.

O chão estremece, querido,

meus olhos se cansam de você,

o céu escurece

e não posso perceber

que minhalma inocente

sempre volta pro começo

de nós dois.

Meu coração já palpitou

e deu palpites de amor

"não quedais tão triste

quando se pôr o sol".

O chão estremece

e meus olhos se cansaram de você.

Eles se fecham e não querem mais te ver.

Lágrimas não são em vão

nem os teus tristes sorrisos,

insensatos e oprimidos.

[acapelogaivota]

15 de outubro 2020, 01h41.

deito na cama

teu cheiro

desejo teu abraço

calor que do teu corpo emana

encontro da minha pele na tua

sera que hoje eu sonho contigo

nua?

difícil conter

as horas passam e eu só projeto quando vou te rever

medo me assolava

mas por estar

e sentir

já não mais me amendrontava.

[acapelogaivota]

02 de setembro 2020, 01h40.

tem um tempo que eu já não escrevo sobre o que sinto em relação a você. todos os dias você faz falta, todos os dias eu tento saber algo sobre você, crio expectativas, coisas que na verdade não levam a nada.

hoje especialmente to aqui no sítio do d, última vez que dormi nessa cama estava acompanhada de você. sei lá, só é difícil lidar com lembrancas, sempre. lidar com a saudade machuca. lidar com sua ausência machuca. não saber o que fazer doi.

[acapelogaivota]

22 de agosto, 2020.

acordei as 10h15 da manhã, de um sonho que eu não queria ter acordado.

você estava nele, todo o tempo. éramos casadas, tínhamos uma vida linda. eu não sou de lembrar muito bem meus sonhos, com muita riqueza de detalhes.

mas eu lembro bem do seu rosto, das suas feições e de quanta felicidade você transparecia ao sorrir.

felicidade que eu não vejo em seu rosto há muito tempo, desde que estávamos juntas inclusive.

no sonho você ajudava a vovó a cozinhar. vocês faziam o almoço de família juntas, na nossa casinha na roça. acordei chorando, mas tudo bem. só gratidão por ter tido um sonho tão lindo, e sentir, mesmo que um pouco e de forma diferente, uma felicidade tão grande, vislumbrar algo que sempre almejei pra nós duas. uma vida juntas, pra sempre.

[acapelogaivota]

1 da manhã, terça feira, 18 de agosto.

hoje fazem exatos 2 meses da última vez que convivemos juntas de maneira a celebrar o que a gente sente.

2 meses que sentir teu toque, 2 meses dos nossos cheiros se misturando, da gente fazendo um monte de comidinha do jeito que a gente ama.

da gente burlando as reuniões de supervisão, uma em cada quarto. da gente acordando juntas. da gente passando horas vendo um filme, ou chapadas rindo, ou tomando um banho gostoso, ou se amando da forma mais linda que só a gente consegue fazer.

eu morro de saudade, todos os dias. hoje a gente teve uma reunião com lore. ontem né, na verdade. em 3 momentos eu achei que não conseguiria aguentar, que iria desabar na frente da chamada. eu lembrei do dia que ela foi lá em casa, e a gente dançou, ensinou ela sambar, bebemos muitos e depois transamos a noite toda, e foi tudo tão lindo.

lembrei do dia da despedida dela, que mesmo loucas, a gente se amou de uma maneira absurda, uma noite que transbordava saudade e amor.

estava vendo fotos nossas. eu não consigo deletar tudo do meu celular, não consigo. por mais que eu tente, não vai. porque a verdade é que eu não quero.

me doi muito, muito mesmo, rever muitas coisas. mas mesmo assim, eu não quero não poder rever quando eu quiser, quando eu quiser chorar de saudade por horas como to fazendo agora.

amanhã eu vou acordar com a cara toda inchada, mas não tem problema.

eu te amo, meu amor. eu sempre vou te amar. sempre!

[acapelogaivota]

24 de junho

04h23.

ontem foi seu aniversário. virou a última madrugada e não me aguentei em escrever pra você. em te falar coisas que estavam transbordando em mim já, que do fundo do coração que queria que você soubesse no seu dia. e foi ótimo ter falado.

porém, como nem tudo são flores ou, eu poderia ter parado por ali, te mandei o poema. um dos poemas mais tristes que eu já escrevi na vida. cada vez que eu o leio quase consigo reviver a dor que sentia ao escrever. lembro que o fiz de supetão, uma só vez. meus dedos bem davam conta de digitar de tão rápido que vieram. e dilacerando o peito, cada uma delas. lembro que naquele dia, eu já não sabia mais o que fazer pra doer menos. pra respirar um pouquinho mais aliviada, pra me sentir viva de alguma forma, pra tirar de mim que fosse uma lasquinha de tanta dor e mágoa através das palavras que ali colocava.

escrevi esse poema após 5 dias de uma briga muito doída que tivemos. depois de ouvir palavras de você que eu realmente não pensei que ouviria, apesar de tudo. de ser tratada de uma maneira que eu sei que eu não merecia. de sentir uma vergonha de mim mesma absurda, por estar naquela situação. de deparar-me comigo a me humilhar, e nem assim receber um resquício de carinho e compreensão da sua parte. e tudo bem, sabe? talvez você não me devesse nada dessas coisas mesmo e de fato procedeu como bem entendeu. escolhas. mas pouquíssimas vezes, depois de tantas coisas que já ouvi, vi, e vivi, eu me senti tão esculachada. e me culpo mesmo, por ter me posto naquele lugar.

o poema foi um questionamento na tentativa de botar pra fora coisas que eu tenho convicção que de pouco importa eu falar pra ti, que você não acredita. mas era pra eu ver o quanto eu estava certa em acreditar e cuidar do que sinto. e botar pra fora, extravasar a revolta.

como você podia duvidar, sabe? como você podia questionar, como você conseguia depois de menos de um mês estar num lugar, com outra pessoa, e fingir não me conhecer. como você podia questionar e menosprezar tanto tudo que a gente viveu, sentiu, construiu... ah, não tem sentido me prolongar nisso.

o fato é que, o poema é maravilhoso. eu o amo. uma obra prima que traz momentos incríveis a memória outra vez, conforme se lê. que ressalta detalhes e especificidades que só a gente sabe o que sente ao ler. bom, eu sei de mim na verdade, né rs. mandei ele pra ti ontem, após perguntar se podia, e parece que não leu, ou se leu, não me deixou saber disso ainda. e nem é frustrante não, eu já esperava.

o triste mesmo é eu ter ficado acordada até 7h da manhã na esperança de que você o leria, e deixaria uma mensagem pra mim pra quando eu acordasse no dia seguinte. ou que só falasse “eu li o que você escreveu, tá?”. estaria perfeito.

mas eu não posso cobrar isso de você, isso não é cobrável de ninguem na real. uma reação, independente da que seja. e então, eu fiquei lutando contra o arrependimento de ter mandado. essa parte foi terrível porque, uma coisa tão linda, uma coisa tão importante pra mim, que diz tanto sobre o mundo de sentimentos que eu carrego comigo, e sobre meu coração totalmente descompassado por você e por qualquer vislumbre teu na minha vida. ah, tão valioso, tão propriedade da minha alma e do meu ser...

eu não devia me arrepender, esse é o ponto. não devia, e lutei quanto a isso. já faz mais de 24h e to melhor nesse ponto. talvez conformismo mesmo. talvez isso não represente nada pra você, e ok. o que eu posso fazer mais, entende? eu te respeito acima de tudo, tudo mesmo! é uma promessa que eu faço pra mim TODO SANTO DIA ao acordar. o compromisso com o respeito e zelo a você.

eu aprendi, e jamais na minha vida eu vou me sentir o lixo que me senti ao me dar conta do quanto te magoei. enfim, chega juliana. você é patética. só chega.

eu vou deixar o exato e-mail aqui, pra eu lembrar do quão insegura eu sou, e tentar melhorar isso, a cada dia que ler. tentar ver que a verdade é a coisa mais linda de todas e que a gente deve se arrepender de gritar ela sempre que tem vontade. a verdade tá dentro de mim, e é isso. coloquei muitas em palavras aqui, mas o que são palavras frente a um tsunamis que alastra tudo que vê pela frente a partir do momento que eu abro meus olhos?

é rir pra não chorar. mas no caso meu travesseiro tá molhado mesmo.

-sent via iPhone

23/06/2020 - 03h52

“23 de abril - 4h47

quantas vezes nosso amor assim se deu?

deitar entre tua clavícula e teu seio

e teu braço a me aninhar

olhar pra cima e te ver sorrir

quantas vezes nosso amor assim se deu?

um beijo na testa ganhar

te puxar pra junto de mim

pra sentir seu calor junto ao meu

quantas vezes nosso amor assim se deu?

com meu braço direito à te abraçar

teu cheiro a me penetrar

enquanto as batidas de meu coração

se compassam junto ao teu

quantas vezes nosso amor assim se deu?

você me chamando pra junto de ti

quer deitar aqui, meu amor? vem

e como num passe de mágica é só isso que me faz bem

quantas vezes nosso amor assim se deu?

se minha respiração se funde a tua

se meu ritmo se funde ao teu

o que mais vou querer, a não ser te pertencer?

quantas vezes nosso amor assim se deu?

na cama a mistura de nossos cheiros

nossos corpos suados

tesao que escorre a nossa vista

você me deixando cada vez mais molhada

me come outra/toda vez?

quantas vezes nosso amor assim se deu?

no desespero de uma batida forte e acelerada

o medo de uma mente descompassada

e o acalento de um abraço profundo e que sempre foi minha morada

quantas vezes nosso amor assim se deu?

o teu cabelo caindo ao meu rosto

sendo esse o único sufoco

de que eu jamais quero me esquecer

quantas vezes nosso amor assim se deu?

que passageira e longínqua podia ser essa entrega

e ao mesmo tempo uma espera

de que nunca tivesse fim

quanta vezes nosso amor assim se deu?

deitada em teu peito sempre ouvia seu coração

acima de qualquer outra canção

o mais lindo e puro tocar que pra mim era só meu

quantas vezes nosso amor assim se deu?

se quando te olho o brilho que emana

ofusca qualquer medo e solidão

se tudo que de ti transborda

me inunda da mais forte paixão

quantas vezes nosso amor assim se deu?

se a cada reencontro

após uma despedida que parece toda vez levar um pedaço de mim

o único erro é quando o relogio mostra que nosso tempo está no fim

quantas vezes nosso amor assim se deu?

--eu escrevi isso há exatos 2 meses atrás, numa madrugada que não conseguia parar de chorar de saudade e dor por sua ausência. e é pra você, sempre é pra você.

sei que é seu dia, e que talvez esse poema diga mais de mim do que de você. presente egoista esse meu ne? perdão se errei em mandar. mas eu não queria deixar ele só numa conversa imaginaria onde eu mando msg pra mim mesma. queria que você o tivesse de fato. “

é esse o e-mail. é isso. já tô há 22min escrevendo. chega.

[acapelogaivota]

[acapelogaivota]

20 de maio

18h02.

você postou 4 fotos no twitter. essa rede social é a única de que tenho acesso de alguma maneira, depois que você me desbloqueou, é claro.

e todo santo dia eu to lá, entrando. as vezes é a primeira coisa que eu faço no meu dia, assim que abro meus olhos, pra tentar saber um pouquinho de você. como você ta, se você ta bem, ri de coisas que cê curtiu é que a gente iria facilmente rir juntas, ver se você postou alguma piada que só você sabe fazer, um trocadilho besta que eu gosto tanto de ouvir e rir contg. ou então puta xingando e eu imaginando como você fica linda brava.

você postou 4 fotos, maravilhosas. e desde que eu vi eu to aqui, chorando, sem conseguir parar. chorando de saudade, chorando olhando pro desenho perfeito da tua boca, pro seu queixinho lindo marcado quando você faz pose, pra tua sobrancelha perfeita, pros teus olhos marcados e mirando a câmera, entrando em mim como só você consegue.

eu abri as fotos e cheguei a ficar sem ar, literalmente, e meu olho já tá inchado de tanto chorar. queria sentir teu cheiro, queria colocar meus olhos no teu cangote, queria beijar sua bochecha tão macia, tua boca na minha, encaixe perfeito.

eu sinto sua falta, todos os dias da minha vida. todos os minutos.

eu salvei as fotos, e isso é torturante demais. mas eu não consigo, não consigo sair dessa, e nem sei se tem um lugar pra sair de fato. mas a dor tá grande, muito. desde aquele dia 11 de janeiro. sinto sua falta, minha gostosa. todos os dias.

[acapelogaivota]

pensando em você

no futuro que nos escapou

e que eu sempre estive certa

de que aconteceria

Ironia?

Não sei

Mas de quantas ironias eu preciso

Pra pensar

“E se eu tentasse

Mais uma vez?”

de nenhuma

essa resposta eu sei

a pergunta ecoa na minha cabeça

por 24 horas

7 dias da semana

eu sonhei

mas na semana que vem

eu sei

porque hoje já é sábado

e por 7 semanas

24 horas por dia eu já sonhei

ou será que sempre

foi assim?

essa resposta eu também sei.

[acapelogaivota]

Então, vem cá me dá a sua língua

Então vem, eu quero abraçar você

Seu poder vem do sol

Minha medida

Meu bem, vamos viver a vida

Então vem, senão eu vou perder quem sou

Vou querer me mudar para uma life on mars