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Escorpião

Pensei inúmeras vezes no que escrever e de nada adiantaria, não há palavras ou melodias que a ti descreveria, tampouco esculturas ou pinturas que sequer próximo a ti chegaria, a cada traço único e minucioso que só a ti pertenceria, e ate então, tens um aglomerado de sentimentos que te moldam de tamanha e tão grande avalia, que nada no mundo explicaria ou até a ti descreveria.

És doce, de um coração dos mais belos e puros que já tive o prazer de vislumbrar, Passou por dores e desamores que por vezes é difícil de concordar ou perdoar, foi quebrada e desvalorizada por vezes desmerecíeis que da historia não há de apagar, mas, nunca a vi se questionar e pela vida olhar e decidir parar, para a vida e a quem queira te derrubar e desmotivar, põe o mais belo sorriso em seu rosto e pela vida decidi lutar, mostra ao mundo a beleza que paira em seu olhar, da janela de sua alma mostra o mais belo sorriso devoto de seu orgulho de ainda amar, de ainda acreditar que por vezes em que foi alvo a se magoar, foi inteira e real a quem decidiu se entregar, e como todo conto mal contado, encontrou o caminho de volta a trilhar, para fora de uma historia que não era sua e não é de orgulho contar, talvez assim, mostrando a mim e a quem quer que deseje a ti chegar, mostrar o quão real há de ser se teu caminho decidir trilhar.

Arrancada de si, arrastada para as ficções de outros, se encontrou perdida, abandonada e até então por si, tomou desgosto. Se quebrou em vários cacos, tentando se encaixar aonde não havia espaços, se alimentou de pouco, do resto, do que sobrava e por vezes migalhas do que eram pra outros, e mesmo assim sobressaiu e em meio a todo inferno, a toda calamidade de um falso mistério, se viu descoberto, livre e adepto de sua própria vida com teu próprio mérito. Animação de criança e força de mulher, não esperou que a salvassem, que de teu inferno a tirassem, tomou forças de si e a ti resgataste.

Mereces o amor mais belo e puro do mundo, daqueles que vem e te acolhe, que desejas e envolve, que cuidas e o mundo por ti move, trata de suas feridas e que não te esgote.

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Minha ultima hora.

       Eu servi uma vez e servirei novamente.

       São 11 da manhã e me encontro no primeiro gole,

       prometi ao médico só beber ao escurecer,

       como explicar que a escuridão é tudo que vejo?

       Mais um dia começa, menos um dia na conta,

       entediado com tudo, queimando cigarros até a ponta.

       Nem mesmo a musica me salva,

       o calor da alma já não mais me aquece,

       o brilho dos olhos alheios não me clareiam nada,

       a minha alma em constância padece.

       Eu servi uma vez e servirei novamente.

       Hoje seria meu ultimo dia,

       ouvir o canto dos pássaros, o vento em meu rosto, o suspiro de vida.

       Devo entregar os pontos ao meio-dia,

       menos cruel que em meio a madrugada fria,

       O que será que minha mãe diria?

      Ao ver meu corpo, a prole negarias?

       Seria minha toda essa covardia,

       adiar minha morte por vários dias,

       em busca de motivos pra ficar,

       ou de algo que de fato me partiria?

       acabaria?

       Como saberia?

       Caso desse certo, a mim a morte desperto,

       pouca importância teria,

       de nada adiantaria.

       Eu servi uma vez e servirei novamente,

       o sol já está com seu aroma ardente,

       acredito que eu nem mesmo tente,

       contra minha vida eu não atente,

       arrastemos mais um dia com a falsa face contente,

       quem sabe amanhã eu não me atente e por fim,

       sigo em frente e encerro esse teatro,

       asqueroso e entristecente.

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Farias A Bela Irias.

       Pensei em você,

       no quanto desejo te conhecer,

       no quanto te desejo,

       em meio a madrugada,

       durante dias corriqueiros.

       Hoje eu quis você,

       como quem deseja e espera acontecer,

       como quem sonhas com o amanhecer,

       e seu toque receber,

       desejo em mim farás florescer.

       Imaginei como seria,

       minhas mão pelo seu corpo,

       e como elas deslizaria,

       por sua cintura me envolveria,

       a mim te trarias,

       entre suas coxas acariciaria,

       em seu olhos encararia,

       sua boca beijarias,

       seus seios deleitaria,

       teu corpo devoraria.

       Não canso de imaginar como seria,

       tê-la a mim por uma noite,

       sentir de seu cheiro,

       provar de teus sabores,

       sua pele junto a minha,

       em meu colo sentaria,

       a mim dançaria,

       e eu a enalteceria,

       desejaria e a ti iria,

       com delicadeza faria,

       com meu toque teria,

       o prazer em teu corpo,

       o paraíso em mim terias.

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Anjo da criação

       Meu nome é Jax, estas serão minhas ultimas palavras...

           Qual o preço da vida?            Caminhando por ai, sem ida ou vinda,            Viajando pelo mundo esperando minha gestuosa saída,            Sem saber o que esperar em cada esquina, clamo a ti senhor,            Não me abandone ainda.

           Vi um senhor falar sobre o amor,            me entristece saber que no seu olhar pairava a dor,            não me recordo do quanto me entristeci, mas peço a ti            óh pai, me tira daqui.

           Conheci um de seu anjos da criação,            cabelo ondulado, pele que brilha, luz em meio a minha escuridão.            Me diz senhor, devo fazer por merecer?            Sinto a chama em meu peito que apelidam de amor mas ela não parece ver.            Temo que o vazio grite mais forte que minha vontade de viver,            clamo a ti, ó pai, ajuda-me a renascer.

           Por onde esse belo anjo passa, sinto o toque de vida,            a luz que emite de seu sorriso filosofo algum explica.            A doce melodia de sua voz meu peito atravessa,            se ainda posso pedir, caso tenha de ir, por favor, sem pressa.

           Seu toque me traz calma, sinto que acaricia minha alma            como quem diz "Não corra, quero uma vida contigo, então por favor tenha calma!"            Como laminas, atravessa-me com ternura,            quebrando correntes em minha vida como quem me traz cura,            tirando-me de meu vazio constante,            decorando minha vida com marcas de carinho incessante.

           Se isso for um sonho, por favor não me acorde,            vejo beleza nesta vida, não me encanto com a morte.            Se estas palavras a ti chegar, por favor não corra,            Eu desejo a vida, então que seu "amor",            Por favor, não morra.

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Meu último clamor

Meu nome é jax, essas serão minhas ultimas palavras;

           Deus, sei que está ai,            Sei que olha por mim e ainda pode me ouvir.            Então peço a ti,            envie um sinal pra mim,            se realmente toda essa merda foi designada a mim,            Vai por mim,            Diz pra mim, por que tanto ódio e caos sem previsão de fim?            isso não é normal.

           Ajuda-me!            ...            cala-te.

           Porra...            Dia após dia e só vejo sangue e morte,            Pessoas vem e vão e sentem prazer nos cortes.            Aumenta o ibope, parede de corpos, e os holofotes?            perguntei a conta do ceifeiro            ele passou meu numero pra morte.

           Isso vai me acabar,            A vida cobra de mim, oque não posso dar,            Agora diz pra mim, como isso vai acabar?            Vai me acabar?

           pera lá....            assim não dá.

           Eu felizmente ou não, não sei oque devo fazer,            a morte me encanta mas sei que ainda quero viver.            por que?...            Eu não quero mansões, putas, droga ou arma,            quero conhecer o amor que pregas na tua palavra.            quero entender a vida e o porque da minha vinda,            quero saber se é mais do que minha retina me ensina.

           Não sei se ainda posso pedir,            Mas diz pra mim, ainda pode me ouvir?            Não sei como vou suportar, a partir daqui,            Mas te peço pai, ainda olhe por mim,            acalma-me...

           Vai, fala comigo, por que o mundo é assim?            Por que tanta religião pregando coisa ruim?            O fim é assim?            Responde ai?            será que o teatro acaba e o roteiro se encerra assim?

           Será que o mundo se tornou inútil pra você,            tanta merda acontecendo e você não parece ver.            Por que?            tá ocupado produzindo um genêsis melhor,            talvez sem homicídio, abandono ou crianças vendendo pó.

           Sei que o som atravessa sua paredes de ouro,            ao pé do trono, um mesclado de discórdia e nojo,            o ranger de dentes que escuta ainda parece é pouco,            talvez seja a canção de ninar do seu 7º dia que usou pra repouso.

           sei que pra atingir a paz é preciso a guerra,            então, por que não veste sua armadura e desce aqui nessa terra?            Em meio a multidão, eu sou só mais,            fraco, atípico e covarde, fruto da falta de senso comum.            Condena o auto extermínio e diz não ser digno teu,            então me diga, quando fui estuprado aos 7,            onde tu se meteu?

           Por que entendo mais sobre a dor que o amor?            Por que minha vida és tão cinza enquanto o senhor prega cor?            Por que não posso sentir o carinho na alma,            a única coisa que escuto é "Por favor tenha calma",            será que me tornei tão horrível assim,            que o amor por ser tão puro não faz parte de mim?

           Eu acredito em você, sei que está ai,            também sinto que que se esforça pra não me ouvir,            "vinde a mim os cansados e aflitos", porra nenhuma            quando me prosto a ti, tu não faz coisa alguma, ASSUMA.            Qual o seu papel em meio a sua criação?            E aquela palavra sobre dividir o pão?            haha, tem não.            Ver crianças todo dia morrendo de desnutrição.            vai me desculpando, mas isso eu não perdoo não.

           Com a face colada ao chão,            encerro aqui minha oração.            Eu ainda o reverencio sem entender sobre sua direção,            peço a ti perdão pelas palavras de baixo calão,            mas acho que já estou cansado de tanta enrolação,            o destino da minha vida se dá pela minha ação,            errado ou não,            dirijo a ti minha ultima indagação.            Sou imagem e semelhança de seu filho,            isso faz de Jesus meu irmão,            Devo considerar a ti um mau pai ou eu o fruto de uma má adoção?            

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Nômade

Como és belo sua silhueta desenhada aos feixes de luz da lua,

   que ultrapassam pelas brechas da cortina que nos cerca,

   mediante a ternura de uma noite ardente levada a caos e luxuria.

   Como és instigante causando-me confusões mentais em meio a leveza de seu toque,

   guiando-me nesta dança de quem não sabe se fica ou se porta mediante a que não volte.

   Como és má empurrando a mim em meio ao abismo da incógnita que a ti descreve,

   o doce amargo de seu beijo que sela-me em meio a tamanha escuridão,

   há de ferir meu coração com tanta ternura com sua tortuosa consolação,

   ~devias fugir, de mim partir, por mim fugir em meio a intensa maré de sentimentos

   que há de me afogar.

   Não queres se ver livre de mim?

   Escarra em mim por tamanha desleixa ao me ver sair e nem a mim se portar a ir,

   és homem de aventuras, de pouca ternura, exala imoralidade ao gestuoso toque de luxuria,

   há noite pertence, na madrugada és saliente, pela manhã és ninguém.

   passar bem;

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Void

Há de chegar o dia em que não mais sentirei pena alguma de mim

Que o solo tocará a pele de meu rosto  

Que todo medo e insegurança há de se esvair por cada poro em meu corpo

Que o vazio e o resquício de tudo que um dia senti se tornaram um só

Logo, se tornaram nada resumido a pó.

No dia em que o sol ou a lua se tornarão um mesclado em meio a uma penumbra fria

Que a dor será a única lembrança do que um dia chamei de vida

E que a vida será a lembrança de como tive anseio pela morte

Que a morte torne significativo tudo aquilo que pra mim teve importância

Que no olhar avulso, era descartável

Que torne importante tudo aquilo que gritei ao mundo e me calaste  

Que torne notável tudo aquilo que quis e fiz mas nunca fora reconhecido

Que traga uma vírgula há vida de quem diferente a mim, ainda anseia por um motivo

Me encontro apenas caminhando

Pelo pleno vazio do inferno mundano

Bancando algo que faça algum sentido ou não

Buscando por aquilo que não perdi mas nunca tive

Procurando a realidade em meio a tormenta de minha mente

Bancando prazer ou semelhança em meio ao meu tortuoso ranger...

De dentes.