Tumgik
aka-yani · 4 years
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pra que tanta Razão face à compreensão do mundo visto que também é possível entender o próprio mundo através do nosso próprio corpo?… a racionalização excessiva dos afetos os impede de se arrebatarem no nosso âmago, nas profundas raias do sensível… — no contexto em que os sentidos estão totalmente racionalizados, eles, tais afetos, podem (como não?) nos alcançar a pele, podem, sobretudo, nos atingir os interiores da própria pele!, mas não nos “flamam”, não nos “ardem”, não nos “arrepiam”, não seduzem…
pois: por que SEMPRE querer traduzir aquilo que nem sempre tem tradução? o corpo e as sensações do corpo igualmente dão conta das compreensões relacionadas aos fenômenos afetivos.
yani
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aka-yani · 4 years
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com asas e alma face às inevitabilidades da existência, eu faço do imprevisível lapidação do percalço.
do instante do deslize nasce o salto.
yani
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aka-yani · 4 years
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na medida das reciprocidades, o sexo, enquanto manifestação de Potência, assemelha-se ao Sagrado dos mundos.
pois o que é o orgasmo senão uma oração? uma oração ao que é encantatório e expansivo, a exemplo...
yani
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aka-yani · 4 years
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na relação com o Outro, miro-lhe a face como quem desvela, entre máculas e matizes, o próprio reflexo.
yani
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aka-yani · 4 years
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— te quero na mensura das possibilidades, Yani. ladeio sempre o abismo da dúvida.
yani
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aka-yani · 4 years
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corpos: pontes, vias pelas quais atravessa a vida — vida: tanto quanto pontes, passagens, igualmente.
nós, inteiros: atados ao que move; atravessamentos.
yani
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aka-yani · 4 years
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o vento rijo que nos derruba também poliniza flores, ante uma estranha e extrema sutileza.
sejamos flores, então…? naveguemos com as tempestades?… face ao exposto, o que se conclui?
yani
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aka-yani · 4 years
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ai, corpo que partilha junto ao meu o que há de mais honesto nos desejos — desejos despidos das amarras morais!
em horas iguais, sulcamos de tal concórdia o que se chama Paixão. Paixão, minha quista, em seu mais alto valor e movimento.
yani
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aka-yani · 4 years
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o que quero com estas experiências, em verdade, a não ser elevar-me à mais elevada estrela que no colo da escuridão sideral ainda cintila e afeta?… pois as estrelas, sim, ainda cintilam e afetam. de matéria obscurecida na morte — repito — elas ainda cintilam e afetam…
yani
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aka-yani · 4 years
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desta força dionisíaca que em mim se sobressai em relação a qualquer sentimento de estabilidade, desta força dionisíaca em destroçar a "falta de sentido" a favor de uma cátedra emocional na qual eu assente, ENQUANTO FOR NECESSÁRIO E CABÍVEL!, as minhas ideias, o meu corpo também emocional ou o meu próprio corpo físico... desta força que quer recriar e criar efetivamente nasço e renasço, pondero tudo em volta, meço o que está ao meu alcance e vou além, adiante no que a prudência e o desejo desejam — visto que minha natureza me quer assim. e de tal modo, pois, eu continuo o meu porvir interminável, a minha sede por mudanças que me comprazem a alma e a carne e que, ao mesmo tempo, me são providenciais igualmente à carne, à alma.
yani
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aka-yani · 4 years
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as almas que à distância reciprocam vigorosas paixões reviram o mundo a favor do encontro dos corpos.
não há pedra que lhes dificulte os caminhos.
yani
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aka-yani · 4 years
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te calam as palavras, e sob o impulso das verdades do corpo toda a alma se traduz em gestos.
reforço, através de uma outra perspectiva, ao último texto…
yani
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aka-yani · 4 years
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os gestos pronunciam o que os lábios velam sob o silêncio.
óbvio, não?
yani
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aka-yani · 4 years
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concreto à vista; uma espécie de referência em quadro ao expressionismo alemão; minimalismo.
eu ouço o ressonar sussurrado de Frank Ocean do outro lado da casa.
a piscina é escura, e a pele dela é muito branca — alvura no que tange também aos seus gestos, enquanto coisa metafórica; alvura, neste caso, tal qual o que quer que tenha em si poesia. e a situação em questão igualmente é poética, a valer.
da cozinha de concreto à vista com extensão à área da própria piscina assisto, sob o canto “mareado” de Frank, ao desfiar da Beleza referida, ao desencadear de um instante já preservado na memória…
somos duas figuras em alinho às convenções de uma noite tranquila e molhada.
— eu não sei onde está a toalha. fica assim… tá linda.
yani
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aka-yani · 4 years
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peles. ao final desta matemática humana, aferrada, em contrapartida, às subjetividades das relações entre as gentes, o que se percebe é isto: peles, cujos calores têm causa também no invisível; peles, cujo destino, sob a perspectiva do mundano, é se atar às peles de outros ou, de modo mais profundo, à pele da própria alma. compreende? ou atesto agora a intraduzível poesia das minhas ideias…?
yani
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aka-yani · 4 years
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luzes todas que alumbram o recanto, flashs registrando em suposta perenidade o efêmero — pensa-se que é possível, de modo imagético, resgatar qualquer instante, digo, resgatar a possibilidade de vida de um instante qualquer…
matéria e tempo alinhados ao queimo em questão: porque tais luzes parecem mesmo queimar o que por ora existe e é sensível.
foco, meus amigos, foco…
yani
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aka-yani · 4 years
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o que é a ficção senão os sonhos talhados em pedra, calcário da existência? a ficção, esta obra da qual também resgatamos a própria vida, os abismos e os cimos da vida — monte.
yani
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