textos para tocar cicatrizes 🫀
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O Demônio
Eu sou aquele que escutavas
No silêncio da meia noite,
Cujo pensamento sussurrava à tua alma,
De quem a tristeza vagamente percebias,
Cuja imagem povoava os teus sonhos.
Eu sou o olhar que aniquila a esperança;
Eu sou aquele de quem ninguém gosta;
Sou o chicote de meus servos na terra,
Sou o príncipe do saber e da liberdade,
Sou o inimigo dos céus, a desgraça da natureza,
E, olha, estou aos teus pés!
A ti ofereço com ternura
Esta silenciosa oração de amor,
O meu primeiro tormento terrenal
E as minhas primeiras lágrimas.
Oh! Escuta, por piedade!
Ao bem e aos céus poderias
Devolver-me com tuas palavras.
Coberta pelo sagrado manto de teu amor,
Lá eu me apresentaria,
Como um anjo novo com um novo esplendor.
Oh! Somente escuta, suplico-te,
Sou o teu servo, eu te amo!
Assim que te vi,
Repentinamente comecei a odiar em segredo
A imortalidade e o meu poder.
Passei a muito invejar a meu pesar
As nunca plenas alegrias mundanas;
Não viver como tu deixa-me combalido,
E terrível seria viver separado de ti.
Em meu coração sem sangue um súbito raio
Fê-lo novamente pulsar,
E a tristeza no fundo de uma velha ferida
Começou a mover-se como uma serpente.
O que é, para mim, essa eternidade sem ti?
Minhas posses infinitas?
Vazias e estentóreas palavras,
Um templo amplo – sem uma deidade!
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o que você me faz sentir
ninguém é capaz de fazer
mas é aí que mora meu medo.
b.
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