Tumgik
broken2019 · 5 years
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- EU O QUE?!?!? Você é maluco!!! Meu chefe nao so suspeita de mim como me odeia! Se eu vacilar de novo eu estarei no olho da rua e- Ao ouvir a ameaçar ele bufou de indiferença, não acreditava estar sendo coagido por um maldito robô que ele mesmo tirou das ruas. - Pff..O que eu roubaria de voce? Suas baterias??!?!? Não, obrigado. E nem sei o que voce quer com uma nave, voce nao tem cara de quem sabe pra aonde vai ou ou sei la, eu acho que voce ta perdido. Andava pelo quarto nervoso e bastante arrependido por ter ido ajudar quem ele nem ao menos conhecia e agora estava preso nesta confusão. Tirou o celular do bolso ao ter uma ideia, apontou o aparelho para o AI e foi a sua vez de ameaçá-lo, se aproximava devagar com o celular erguido contra o outro. - Sabe o que eu devia fazer? Ligar pra sua maldita empresa multimilionaria e denunciar um AI perdido, e que esta sendo uma ameaça para os humanos. Voce sabe como eles querem abafar qualquer rumor ruim sobre suas maquinas "maravilhosas". Entao... vai saber o que farão com voce quando te recolherem. Abanou a mao com desdem, e começou a digitar no telefone, erguru o aparelho ate a orelha como se estivesse na linha de espera, lançou um ultimo olhar para o AI e sem dizer mais nada caminhou rápido para fora do proprio quarto. Ao sair fechou a porta com um click trancando-a por fora. Estava sem quarto e mantendo um robô como refem...Aquelia dia nao podia se tornar pior. Suspirou, seguindo pelo corredor, devolveu o celular para o bolso, nem ao menos tinha feito qualquer ligação, nao teria coragem de entregar alguem assim por mais que a pessoa fosse ingrata. - Fran... Hey. Parou o colega de trabalho no corredor, ele estava com parte da roupa rasgada e um olho roxo, "cliente violento" foi o que pensou. Fran respondeu com um resmungo baixo, tambem nao estava no seu melhor dia e tudo que queria era ir para o quarto descansar. "- O que voce quer?" - Perguntou rispidamente. Er.. voce ainda tem, sabe..aqueles tickets para ,bem, voce sabe. Fran arregalou os olhos, incredulo, puxou Leon pelo colarinho arrastando-o para um canto do corredor com medo de que fossem ouvidos e começava a falar baixo entre os dentes com um tom mais raivoso que antes. "- Eu nao acredito que voce quer fugir com a divida que tem e que ingratidao meu deus!!!!!! eles te prendem antes de conseguir chegar no transporte!!!!! Seu maluco!" - Ei,ei ei, calma..nao é pra mim ta legal? É para um conhecido que quer..sumir, seguir um rumo ou sei la pra onde ele pretende ir. "- Ok..... Espere ai." Soltou Leon e entrou no proprio quarto deixando-o sozinho esperando do lado de fora por alguns minutos. Ate a porta ranger e Fran reaparecer com um pequeno envelope, dentro do envelope tinha um microchip. Fran anteriormente trabalha como o que antigamente era chamado de "Coyote" ele conseguia identificaçao falsa e transporte oara fugitivos que queria sair do estado e ate do país, ele e seus comparsas tinham transportes proprios que fugiam das regras de transporte em geral, ele fazia acordo com qualquer pessoa sem julgamentos tudo que interessa era o pagamento adiantado para conseguir o microchip. Este microchip era um tipo denidentificaçao irrastreavel, o comprador apresentava o microchip no local marcado e seria transportado junto com outros compradores para onde quisesse ir.Fran abandonou o negocio parcialmente pois apesar de nao participar mais da equipe ele conseguiu roubar alguns microchips em sua saída, ele vendia sempre que precisava balancear o orçamento, a unica coisa que pedia alem da grana , um preço abaixo no mercado, era para que seus compradores nao revelassem de quem comprou. A verdade era ele foi expulso do negócio e teve que se virar se sustentando de outra maneira, ele nunca contou o motivo para Leon em todos aqueles anos de amizade. - Obrigado. Quanto te devo? "- Nada, eu é que estava te devendo, voce sabe, salvou minha pele aquela vez." Leon sorriu amarelo, e aliviado afinal nao teria mesmo dinheiro pra pagar, guardou o envole no bolso da calça retornando para o quarto. Destrancou a porta encontrando o AI quase na mesma posição. Entrou em silencio e jogou o envelope no colo alheio. Atras do envelope tinha um endereço e horario. - Ta aí sua fuga e sua nave. Mas voce nao vai ter a mordomia de viajar sozinho, vai dividir com nao sei quantas pessoas que nao estao a fim de saber quem voce é,todos ali so querem escapar mesmo. É so voce apresentar esse microchip e dizer o seu destino e puf! Feito! Nao esperava um agradecimento, puxou um segundo colchao de tras do seu armario e começou a arruma-lo para dormir, nao iria expulsar seu visitante, tinha um remorso enorme em abandonar pessoas ou qualquer ser vivo na rua. Ou maquina. - Boa noite. Espero que voce nao esteja aqui amanha.
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broken2019 · 5 years
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Estava mesmo sendo um pouco mal educado, mas sua necessidade de se hidratar estava falando muito mais alto. Jogou a latinha contra uma lixeira e graças a sua mira certeira não sujou o chão do maior. 
- Bom plano.. o que quer diz.. 
Não se assustou com o humano que batia a porta, afinal já havia escutado os seus passos antes mesmo que ele começasse a bater violentamente na porta, e sem entender muito bem o por que, se escondeu em baixo do cobertor, esperando aquele velho se ausentar do quarto. Quando as vozes finalmente cessavam sentia a coberta ser puxada, o maior não parecia muito contente após a bronca que havia acabado de receber.
- Me roubar..? 
 Os humanos adoravam fazer isso, se referirem as máquinas como objetos, como seres sem consciência. Aquilo o incomodava, mas já tinha aprendido a lidar com as besteiras que saíam da boca dos humanos, eles conseguiam ser burros o suficiente para sequer entender como suas palavras poderiam afetar as outras pessoas, o que era de certa maneira ilógico, pois achava os sentimentos humanos completamente previsíveis após algum tempo de convivência. 
- Esqueça isso, você pode me ajudar, conseguindo um transporte. Você tem alguma nave? Não poderia pegar o transporte público, é arriscado para mim. - 
Olhou pela janela do apartamento, dava acesso diretamente ao estacionamento do prédio. Uma das naves, claro, pertencia ao velho que tinha acabado de sair do quarto, era ideal para escapar dali, mas não conseguiria ir muito longe sem ajuda, precisava das chaves, e só uma pessoa podia conseguir. 
- Preciso da nave do seu chefe, você sabe onde é o quarto, e parece-me que ele não desconfia de você, então.. ou você me consegue essas chaves, ou saio por aí gritando que você me “roubou”
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broken2019 · 5 years
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- EU POSSO EXPLICAR!!! Fechou os olhos temendo que fosse machucado pelo ventilador,ja podia imaginar a cema gore da sua linda face sendo dilacerada pelas lâminas porem nao aconteceu. Léon reabria os olhos devagar, voltava a si tentando assimilar as perguntas que o outro fazia, ao ouvir a definição promiscuo ele retrucou esquecendo de sua posição. - Espera aí, nada promiscuo. Minha profissão é Arte, nao vendo meu corpo, é uma nudez artistica. Respondia com o cenho franzido e um bico de desaprovação nos lábios, sempre rebatia essas criticas apesar dos julgamentos alheios ele nao se prostituia mas como era um ramo dificil nao era incomum que os dançarinos fizessem um "trabalho pessoal" para conseguir um dinheiro extra no fim do mes. Ao ser jogado no chao fazia uma careta massageando a bunda ao se levantar, estava quase arrependido por ter resgatado aquele maldito AI. -Você é mal educado, eu nao esperava agradecimento caloroso vindo de uma maquina mas tambem nao esperava tal grosseria. Hey,minha cerveja!!! Isso custa 3 pratas!! Iria tomar a lata dele mas este consumiu rapido demais, alem de m educado dava prejuizo, precisava encontrar o dono daquela coisa urgente. - Voce nao vem com informaçoes registradas sobre seu dono? Tipo..aqueles micro chips de rastreamento que colocam em mercadorias e animais.....Eu acho que voce deveria contata-lo e se tiver fugido, é bom ter uma boa justificativa ou um bom plano, porque logo será caçado. Pensava em inumeras possibilidades e como nao se encrencar por ajudar alguem como ele. Suspirou, reabrindo o frigobar tirava mais duas latas entregando uma para sua visita e ficando com a outra. Se jogou na cama enquanto conversava. - Sabe.. As pessoas sao intolerantes com os AI. Acho que é medo de serem superadas, sei la, mas eu nao tenho nada contra porque- Batidas na porta interromperam a sua frase, e tais batidas nao eram nem um pouco gentis. "- Leon!!!! LEON!! Abra agora!!!!" O rapaz arregalou os olhos ao identificar a voz de seu superior, começou a andar de um lado para o outro desesperadamente pelo quarto ate ter ail ideia de enfiar a sua visita proibida debaixo do cobertor, na sua propria cama. - Entre ai por favooorr!!!! Nao saia ate eu terminar! Sussurrava enquanto as batidas na porta aumentavam o tom, por sorte o outro obedeceu e Leom foi ate a porta abri-la. "- Eu deveria ter arrombado essa porra, a sua sorte é que esqueci minha chave hoje.....!" O homem de baixa estatura e meia idade entrava pelo quarto rodeando-o analisava tudo ate parar os passos diante a cama ao perceber que alguem estava ali, ele encarou o volume no cobertor e depois Léon. -Ora, é meu intervalo, eu so trabalho amanha, posso....me divertir ne..? O homem rolou os olhos, nao se importava com a vida intima dos empregados contato que cumpressem o horario de trabalho e que tais "hospedes" ficassem no quarto so uma noite. "- Tudo bem, eu so queria me certificar de que voce nao estava aprontando algo, houve uma outra briga la agora a pouco e pensei que voce estivesse envolvendo." -Eu? Imagina.. - fez uma cara mais cinica possivel e sorriu de canto. "- Palhaço." O homem deu meia volta e seguiu para a porta, antes de sair, ameaçou: "- Conhece as regras, nao quero bancar ninguem aqui alem dos empregados , ou seja, trepou cai fora, aqui nao é hotel." Bateu a porta com força, Léon suspirou de alivio e foi ate o outro puxar o cobertor. - Por um instante eu pensei que pudesse ser meu chefe junto a policia, vai que acham que te roubei.. - Deu de ombros. - Nao vai poder ficar aqui por muito tempo. Se eu puder te ajudar em algo...
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broken2019 · 5 years
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Despertava sentindo uma corrente fria de ar em seu corpo e um toque que era familiar. Seus olhos se abriram na esperança de estar em casa e tudo aquilo não ter passado de um sonho. Tudo bem, sonho era coisa de humanos, o mais próximo que esteve de um foi enquanto outra pessoa o descrevia, mas se era tão parecido com eles, por que algo assim também não lhe seria possível. De todo modo, se decepcionou ao perceber que sua esperança era vazia, a sua frente estava apenas um homem desconhecido protegendo o rosto com as mãos. Arqueou a sobrancelha, olhou para o corpo e percebeu que suas roupas haviam começado a serem retiradas. Se levantou da poltrona e segurou o homem pela camisa, erguendo-o com facilidade do chão. Sua cabeça ficava próxima ao ventilador de teto, em uma ameaça clara que não teria medo subir seu corpo mais alguns centímetros e ver a sua cabeça ser decepada.
- Suas intenções me são irrelevantes, para mim está claro o que aconteceu aqui. Eu apaguei e você me trouxe para esse buraco para cuidar de mim.. a pergunta é, por que..? E quem é..
Olhou mais atentamente para o seu rosto e suas memórias voltavam, se lembrava daquele cara, mesmo que agora não estivesse pintado com aquela luz extravagante. Talvez aquela descarga elétrica tivesse confundido os seus sistemas a ponto de afetar a sua memória repentinamente e fazê-lo apagar para reiniciar os sistemas. Na verdade, mal percebia que AINDA estava confuso e mais violento do que de costume. 
- Espera..  sei quem você é.. é um daqueles humanos que levam uma vida de promiscuidade, você esbarrou comigo na boate. 
O afastou do ventilador lentamente, mas não o soltou com muita delicadeza, na verdade abriu as mãos dali mesmo e deixou que o seu corpo despencasse de bunda no chão. Não dava para confiar em humanos, até o dado momento só havia sido manipulado, caçado ou espancado por eles. Qualquer aproximação lhe levantava a suspeita de que algo ruim estava reservado. Talvez aquele cara fosse até um oportunista que pensou que poderia ganhar uns trocados lhe vendendo no mercado negro.
- Sorte a sua não lutar tão bem quanto dança, não sinto ameaça vinda de você. Por enquanto... 
Olhou para o pequeno frigobar no quarto do rapaz, se aproximou e o abriu. Não tinha muita coisa ali além de bebida alcoólica e refrigerantes, o ideal era água, mas precisava se hidratar, então pegou uma garrafa de cerveja, retirou o lacre e começou a virar nos lábios, secando-a em questão de segundos. 
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broken2019 · 5 years
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A confusão foi pior que o esperado, ele engoliu a seco e fugiu abandonando o AI, afinal, era cada um por si e ele parecia saber se virar muito bem. Depois de levar outra bronca dos seus superiores e uma ultima ameaça de perder o emprego León foi para o seu cômodo. Era frustrante a vida que levava tendo que obedecer como um escravo as ordens superiores, apesar que essa vida regrada era bem melhor do que a vida la fora sem um teto ou um sustento. Refletia sobre os prós  e contras da sua própria vida ate se lembrar do AI e em como o marcou de neon, ele riu e pensando que uma criatura como aquela poderia facilmente arrebentar a sua cara e ate mesmo mata-lo como uma mosca e mesmo assim Léon ficava de gracinha com todo mundo, era um jeito meio suicida de viver, para nao dizer burro. As horas se passaram e a chuva aumentava a cada minuto,  Léon tinha sido dispensado pelo resto da noite depois daquela confusão toda. Ele acordava pela terceira vez, nao estava conseguindo dormir, os barulhos dos relampagos o perturbavam, alem dos barulhos a lembrança do AI tambem perturbava, nao saía de sua mente. Ele vestiu roupas de frio e pegou um guarda chuva, pediu permissão para sair e conseguiu, caminhava pelas ruas ao arredores, tinha a consciência de que nao era um passeio comum sair naquela chuva, ele tinha um objetivo, estava procurando aquela criatura. E para sua sorte ou destino, ele o encontrou, sentado, na chuva. Se aproximou devagar e o tampo com o seu guarda chuva encarando-o em silencio por alguns segundos ate finalmente falar. - Desculpe por mais cedo, aquele pessoal é muito estourado.... Ta fazendo o que na chuva hein? Seu dono deve ser um playboy muito bem de vida pra abandonar tal tecnologia assim no meio da rua. - Tocou em um ponto delicado, presumiu que se ele ainda estava ali é porque nao tinha dono ou sei la, o dono devia ser muito desleixado para deixa-lo no meio da rua sem ninguem. Engoliu a seco quando o outro quebrou seu guarda chuva pensando no que faria para fugir de um possível golpe e para seu alivio o AI despencou quase no chão, Léon por reflexo o agarrou para que nao caísse. - C-Céus! [...] Quando ele acordou ja estava dentro do quarto de León, foi fácil  enganar o  unico segurança daquele turno da noite que mal sabia da confusão de mais cedo e nao reconheceu o AI. Os dois seguiram para o quarto de Léon , que fez questão de deixa-lo sobre uma poltrona, ele começou a se despir no banheiro retirando as roupas molhadas de chuva , substituindo-as por roupas secas. Ele pensou se poderia fazer o mesmo com o outro que ainda estava apagado na poltrona. Ele se aproximou devagar e secou os cabelos alheios com uma toalha, enquanto secava os fios ficava espiando o corpo do outro doido para saber como era, em sua imaginação pensava se todas as partes eram iguais as humanas ou teriam partes mecanicas, ele nao aguentou se curiosidade e começou a despir o AI, desabotoando  a camisa e levantando-a ate que o mesmo acordou e lançou um olhar para León de gelar a espinha. - E-eu juro que nao é nada do que voce ta pensando!!!!!! AS INTENÇÕES FORAM AS MELHORES!!! - Cruzou os braços sobre o rosto e fechou as palpebras temendo levar um forte golpe.
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broken2019 · 5 years
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  Era o  primeiro contato em muito tempo com um ser humano, sua forma de conversar era difícil de compreender, mas as suas intenções nem tanto. Um contato dessa magnitude com alguém além de seu proprietário era uma experiência nova , principalmente pelo fato de que ele sempre fora obcecado por limpeza e jamais lhe tocara sem antes colocar o seu par de luvas de couro, então os dedos gelados do rapaz atiçaram a sua curiosidade, sem que ao menos percebesse ou se importasse com a mancha de tinta neon no formato de dedos em sua bochecha. 
....
Ia virar o rosto, pensou em levantar e afastar-se o mais rápido possível daquele humano, mas outro se aproximou e ambos começaram a discutir. Era difícil se impor sobre humanos sem o uso de linguagem, seu cérebro estava programado para o modo silencioso, foi assim que Dante deixou antes de desaparecer e esse era um dos motivos pelo qual precisava encontrar o seu proprietário, pois seu cérebro era como uma prisão sem o controle mestre para “destravar” algumas de suas funções cerebrais. 
Após discutirem, um dos humanos se afastou e o rapaz “falante” com seu corpo pintado de Neon lhe estendeu a mão, sentiu vontade de estender e apertar mas percebeu alguns seguranças da boate se aproximando com tasers em suas mãos. A probabilidade de entrarem em um embate era alta, enquanto um deles se aproximou e afastou o rapaz, o outro lhe agarrou pelo pulso e levantou a sua franja. 
- .. Não queremos tipos como você aqui, é melhor você ir embora enquanto permitimos, ou usaremos violência. 
O homem pretendia lhe acertar com um soco no estômago, mas pôde parar o seu golpe com facilidade. Humanos eram previsíveis quando brigavam e como previa logo ele tentou usar o taser para lhe mobilizar, mas torceu o seu braço e o empurrou contra a mesa antes que pudesse fazer. O homem foi jogado com tanta força, que deslizou sobre a mesa, quebrando os enfeites de vidro antes de cair no chão. Ao perceber a confusão, a música da boate cessou e mais seguranças se aproximavam, enquanto as pessoas olhavam tensas para ele. Foi uma distração momentânea, mas o suficiente para que o outro segurança lhe acertasse com o taser. Odiava descargas elétricas, para um IA era como levar uma pancada bem forte na cabeça, tudo ao seu redor parecia estar girando, era torturante, como estar completamente bêbado. Os seguranças aproveitaram a sua confusão, para agarrá-lo e joga-lo para fora pelo fundo da boate. Foi jogado sobre uma poça de água no chão. Hoje os seres humanos tinham pleno controle sobre o clima, e podiam escolher exatamente o momento em que queriam que chovesse, ou fizesse calor. Particularmente, odiava aquelas chuvas, desde que foi deixado sem teto sempre era pego por elas. Jay decidiu se levantar do chão, se sentou na frente a lixeira no beco e abraçou os joelhos, estava começando a entrar em Pânico, se tivesse o seu controle poderia simplesmente apagar aquela sensação, mas hoje.. era obrigado a lidar com aqueles sentimentos que sempre buscou evitar. 
Estava ali sentado a algumas horas, já nem se incomodava com a chuva despencando sobre o seu corpo. Em um momento sentiu que as gotas não caíam mais, porém não por que a chuva tinha cessado, mas um homem estranho segurava um guarda-chuva por cima de sua cabeça. Demorou um pouco a perceber de quem se tratava, ele estava sem toda aquela tinta neon em seu corpo, e com roupas normais. Era um rapaz bonito, mas aprendeu que deveria evitar esse tipo de pessoa. Se levantou,ignorando a mão que ele estendia, lhe encarava com seriedade, enquanto levava a mão até o cabo de seu guarda chuva e o partia como um graveto. Normalmente teria feito aquilo com facilidade, mas os efeitos da descarga elétrica não desapareciam tão facilmente, e agora que se mexia voltava a sentir o seu cérebro zonzo, por um instante tudo apagou, o seu corpo caiu para frente, se segurou no rapaz para evitar que caísse no chão, mas sua visão logo se tornava escura e seu corpo caia inconsciente. 
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broken2019 · 5 years
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Olha, eu nem sei por onde eu começo…
- Comece ganhando dinheiro, as suas desculpas não me interessam!
- …Sim senhor.
Após o climão com o chefe que saiu do quarto pisando duro e com cara furiosa, ele começava a pintar todo o seu corpo. A tematica da noite era nu e neon, onde todos os dançarinos strippers exibiriam sua performance, com nudez corporal seja seu corpo natural ou robótico.
A Night Club era o lugar favorito de León, ele cresceu ali e quando era apenas um fedelho limpava os banheiros e corredores sonhando com o dia em que pudesse ser um dançarino do local. Ele precisou partir de casa muito cedo e ganhar sua vida ja cidade, pegou o primeiro emprego que encontrou,servindo como um lacaio ao longo de quase dois anos ate mostrar por acidente suas habilidades artisticas. León era um humano puro em uma época onde tudo era aritificial, desde o nascimento projetado de bebês ate a fase adulta e o estilo de vida. O novo milênio veio com muitas novidades,tecnologia avançada e diminuição da humanidade. As maquinas tomaram o lugar de muita gente e serviços,praticamente se podia fazer de TUDO online. A realidade virtual tomou proporções enormes, o contato físico era raro e por conta de tais mudanças a Night Club garantia o seu sucesso e clientes. Era uma boate centenaria,peculiar e muito atraente. A primeira coisa estranha era que eletronicos nao funcionavam naquele local, em nenhuma area, ainda é segredo como a estrutura da boate consegue desligar e pifar os eletronicos. Na entrada ja tem o aviso de advertencia , uma placa de metal a moda antiga e nao uma tela digital, escrita “Proibido eletronicos” , ninguem de fora sabe o que se passa la dentro e para descobrir voce precisa frequentar. As apresentaçoes e temas tentavam resgatar performances antigas de um tempo onde de nao havia realidade virtual ou efeitos especiais. Muitas vezes peças de teatro centenaria eram apresentadas ali atraves de dança, em resumo o local vendia bebidas,beleza, nudez e arte ultrapassada. Havia um enorme palco central rodeado por mesas e cadeiras,os dançarinos as vezes apresentavam sozinhos ou em grupos, eles moraram no andar de cima da boate onde havia dormitorios. Os dançarinos variavam entre humanos e os famosos “hibridos” era o apelido daqueles que possuiam corpo humano com membros roboticos. O chefe do local chamado Borges, era um homem de meia idade, otimo negociador ,ele podia ser violento as vezes mas nao admitia mentiras ou uma injustiça. Borges pagava a todos diariamente e aqueles que se destacavam e era mais pedidos pelo publico ganhavam uma comissao a mais. O homem impunha regras de convivencia,trabalho e consumo e era bastante respeitado fora e dentro do seu ambiente de trabalho. A boate funcionava quinta, sexta e sabado no periodo da noite ate a madrugada, servia apenas bebidas,vinhos,whisks e vodkas antigas, marcas que ninguem nunca ouviu falar ,nao faziam parte dos produtos atuais e parecia ser um estoque infinito. A night club tem muitas curiosidades que citaremos no decorrer da historia, mas vamos voltar ao Léon, se lembram dele? Não? É porque ainda nao o viu se apresentar, pois aquele corpo é inesquecivel….
Léon subia ao palco com seu olhar sério, penetrante, ele estava absorvido pelo personagem que ele mesmo inventava a cada noite. Quase todo o seu corpo estava pintando de cores neons,vibrantes, destacando cada musculo do corpo bem definido em contraste com a pele dourada. Ele era um jovem rapaz na casa dos vinte anos, alto, atletico, corpo natural, sem peças robóticas, seu cabelo era curto descolorido manchado com as tintas que usou no corpo. No momento ele usava lentes de contato negras que tampavam todo o olho, era verdade que nao enxergava um palmo na frente do nariz pelas lentes baratas mas a coreografia foi tao bem ensaiada que ele sabia os movimentos de cor. Dançava no pole dance e fora dele, os movimentos eram hipnotizantes ,contavam uma historia. No fim da apressntaçao em meio aos aplausos ele agradeceu com um aceno e desceu do palco dando lugar a outros dançarinos, e seguiu para o balco indo tomar uma bebida como se fosse qualquer cliente da boate. Ele recebia bastantes olhares mas ninguem chegava perto, a boate nao era um local de prostituição mas de entretenimento visual, se quisesse se envolver com alguem era da porta para fora. León pedia o drink de sempre e era logo atendido, ele fez questao de se sentar perto de um rapaz que nunca tinja visto por ali, ele parecia meio perdido e meio emburrado, León sentar logo ao seu lado causou estranheza, primeiramente porque ele estava nu coberto de tinta e segundo porque todos os bancos estavam vazios e ele sentou logo ao seu lado, como eu disse anteriormente contaro fisico e intimidade nao eram comuns da epoca.
- Que foi? Cansou do proprietario e veio tomar uns drinks sozinho?
León ja perguntava descaradamente sem nenhum tato, so de observar o rapaz foi possivel ver a marca que todo IA possuía.
- Meu nome é Léon. Prazer.
….
O outro nao parecia ser de muita conversa, ao perceber o olhar discreto e timido sobre seu corpo Léon sorriu de canto.
- Não se preocupe, a tinta é removível. Heheh
Sem avisar ele aproximou a mao do rosto alheio encostando na bochecha esquerda, deixou uma marca verde neon e afastou a mao depressa com receio se receber algum golpe.
- Pronto, agora voce tem um segundo proprietario!!! Hahahahah!
- EI! Para de incomodar o cliente , deixe-o em paz!
O barman protestava contra as açoes de Léon, sempre implicou com o rapaz pois o achava invasivo e convencido, e estava certo.
- Eu nao fiz nada!!! Se eu tivesse incomodando ele falava algo, nao falou, ou nao incomodo ou ele ta estragado sei la.
O barman rolou os olhos e saiu de tras do balcão, do quadril para baixo ele possuía uma grande esfera que o ajudava a se locomoverais rapido ja que havia perdido as pernas.
- Eu vou notificar para o Borges.
- E-EI!!
León engolia a seco e terminava o seu drink bebendo rapidamente, ate um pouco do drink escorreu pelo canto da boca e ele limpou com a mao.
- Vem comigo! - dizia para o rapaz a sua frente, estendendo sua mao. - É serio! Ele nao vai notificar so a mim mas a voce tambem, sabe como é, um AI sem proprietario por aqui é proibido , sabe, é como um caozinho de coleira solto na rua roubado por outra pessoa..er desculpe a comparaçao mas nao consegui pensar em outra.
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broken2019 · 5 years
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Seus ouvidos ainda não eram familiarizados com o som, Neon club era a maior boate da cidade, talvez o lugar mais barulhento também,mas o lugar tinha certo estilo, dominado por uma forte coloração Neon que se estendia desde quadros eróticos estampados nas paredes até os corpos “nus” de homens que eram cobiçados por clientes que vinham do mundo inteiro atrás de seus serviços. As luzes eram fortes, tantas cores que não conseguiria citar todas com clareza. Ainda não entendia como todos os cérebros humanos não pifavam enquanto se entupiam por horas com drogas enquanto seus ouvidos e olhos eram fuzilados pela boate. Seu ex-proprietário gostava de dizer que os humanos eram tolos, e que gostavam de se auto-destruir  com drogas que influenciavam os seus sentimentos, mas por sorte o tinha, alguém que podia controlar remotamente. Jay ( assim era chamado pelo seu ex proprietário ) é um humano criado artificialmente no mercado negro, batizado de IA. A tecnologia havia surgido durante meados de 2050, quando criava-se soldados para guerra, clonados através de DNA humano, com um nano-cérebro artificial que podia ser controlado remotamente, transformando-os em soldados perfeitos, afinal, não havia sacrifício, até então eram considerados seres humanos sem alma e não tinham a mesma importância de alguém gerado naturalmente. Com o fim das guerras, os IA perderam a sua importância, e uma decisão dos líderes mundiais decretou que todos fossem exterminados ou desligados, pois sua inteligência acima da média era uma ameaça para a raça humana, sendo uma tecnologia falha. Claro, nem todos foram exterminados, alguns milionários contrabandearam ilegalmente IAs para vendê-los no mercado negro, como servos ou seja lá o que os multimilionários tivessem em mente.
O IA17456 foi vendido para uma familia milionária com o sobrenome baratheon, ainda era criança na época. Foi um presente de aniversário para o filho único da familia, Dante. Por muito tempo, Jay foi o seu melhor amigo. Mas o amor dos seres humanos é tão limitado quanto eles. Jay começou a demonstrar defeitos e desobedecer as suas diretrizes, a trinta dias atrás ele e dante foram naquela mesma boate e foi a ultima que o viu. Por algum motivo não se lembrava de casa, estava perdido, no dia se perdeu nas ruas, onde passou muito tempo antes de finalmente conseguir dinheiro para entrar no ultimo lugar que tinha lembranças, na esperança de encontrar Dante e dizer que ainda estava vivo, o que podia dizer? Seu dono foi a única pessoa com quem teve alguma relação de verdade, estar sem ele, tirava um pouco de sentido de sua vida.
Jay tinha uma boa aparência, seu cabelo era negro e um pouco rebelde, com uma pequena franja caída acima de olho direito, que exibia orbes amarelas. Vestia uma regata branca, calça Jeans e uma jaqueta de couro já um tanto desgastada, eram roupas de pano, um tecido primitivo que havia roubado de um sem teto. Sua expressão era apática e levemente ameaçadora, tinha a aparência de um homem de 23 anos, o que para um IA equivalia a aproximadamente 42. Se Dante estivesse ali, seria difícil encontrá-lo, mas talvez estivesse esperançoso demais e simplesmente tivesse sido descartado por não servir mais o seu propósito. Enquanto andava, alguns humanos riam, como se Jay fosse uma atração turistica. Talvez fossem suas roupas ultrapassadas. Ao se aproximar do palco, percebeu que alguma apresentação ia começar, as pessoas se aglomeravam enquanto um homem completamente pintado de luz neon exibia o seu corpo. Nunca havia visto tanta precisão em um movimento de dança, ele era sensual e lhe deixava duro. Em um momento percebeu que ele o encarava fixamente, talvez estivesse se perguntando o que alguem vestido daquela forma fazia ali, Jay ficou vermelho se afastou entre a multidão e procurou uma mesa onde pudesse se sentar, não podia desviar-se de seu objetivo principal, encontrar o seu proprietário.
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