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dezoito meses
Engraçado como te conheço melhor do que mim mesmo; como sei do teu café amargo, da tua meia amarela e daquela playlist estranha que toca no carro. Engraçado como te conheço e te reconheço a cada manhã, naqueles lençóis brancos e frios, do nosso quarto pequeno; no nosso mini mundo, onde quem governa tudo é você.
Num texto sem rima, sem prosa, eu enrolo pra dizer que lembrei de você; sei que já fazem dias, talvez semanas, - meu calendário diz que foi há um ano e meio - mas eu pensei que, talvez, você gostaria de um chá? Na quinta rua, depois da praça, sei lá, quem sabe, na mesa de sempre, perto da janela que dá vista pra rua. Porque eu sei que ‘cê gosta de ver gente, movimento, um povo diferente, enquanto eu, tolo, me derreto, por você.
Na verdade, estou enrolando pra te perguntar se por acaso não ficou alguma blusa minha, ai? Quem sabe, as vezes em baixo da cama, no chão do seu carro, procura na tua bolsa...
Eu sei que ficou óbvio, mas eu tentei, queria só uma chance de ouvir rua voz antes de ir embora, mesmo que eu já tenha ido embora há dezoito meses, eu pensei, sei lá, quem sabe uma visita pra um café.
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cura
eu espero
que alguém te ame
e ache a cura
para esse teu coração
quebrado
que mais me parece
um quebra-cabeça
não terminado
talvez alguém
tenha levado uma peça
no bolso do casaco
por engano
em uma noite
que tu tenha ficado
aos pedaços
nesse teu quarto
largado
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pais
eu juro que queria
te fazer um texto com palavras bonitas
de recordações boas
de momentos que você talvez não se lembre
mas eu
perdido
não sei o que dizer
olhando nesses teus olhos verdes
que carregam dores e tristezas
das marcas da tua alma
de uma luta difícil
que talvez você nem saiba
que enfrenta
não é um soneto
dos que vi com camões
nem dramaturgias
de shakespeare
é apenas um poema
meio sem pé
nem cabeça
sem planejamento nenhum
é meu poço de despejo
descarrego de palavras
que precisavam ser ditas
já fazem horas
naquele sofá
meio duro, devo ressaltar
com um filme banal na tevê
eu percebi
meu coração calmo
tímido, eu posso dizer
vi
talvez
um sorriso nesse teu roto
sincero, eu espero
que não aparecia
há tempos chuvosos
eu espero que entenda
minhas ações meio tortas
e minhas palavras curtas
eu só
ainda
não achei outra forma
de te dizer aquelas três palavras simples
que tu me dizias todas as noites
antes de dormir
mas saiba
da verdade
aquela meio escura
dentro do peito
não é o que os outros dizem
tua mente sabe a razão
desse teu jeito aflito
e tu sabe
que aqui
ou ali
sempre
seremos
tu
e
eu
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eu só
eu nem sei porque ainda escrevo
na realidade, nem mesmo para quem escrevo
pode ser que não exista um motivo
ou um alguém
apenas um eu
um eu solitário no mundo
que só consiga conversar com as palavras
soltas e rabiscadas em um papel
um papel velho e sujo
perdido no mundo
assim como
meu eu
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ari.
no chuveiro de água vermelha
eu chamei seu nome
na mesa do café amargo
do carro gelado
do chão macio
na rua movimentada
eu gritei
nadei nos espinhos de rosas
dos mares teus
na brasa do fogo vivo
da tua alma
mergulhei no oceano
das tuas angustias
eu afundei em ti
e me perdi
mas, o engraçado
foi que eu
me curei
das tuas tristeza
aquelas perdidas
que um dia
talvez
eu te mostre
o fim.
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cair.
era estranho pensar que,
ao abrir meus olhos, naquela manhã
eu vi o que não queria ver.
naquela cama
nos lençóis
nas minhas roupas
eu não te vi.
achei luxuria
meu medo
meu anseio
o meu medo
que amparou a alma
e me levou
em cheio
até
que
eu
caísse
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