dxddyprincess

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𝓶𝓮𝓻𝓻𝔂 𝓬𝓱𝓻𝓲𝓼𝓽𝓶𝓪𝓼, 𝓭𝓪𝓻𝓵𝓲𝓷𝓰

Estava um pouco nervosa para voltar para a Toca, não por apresentar @yaxleb​ para toda a sua família, mas sim por ser a primeira vez que os veria depois do funeral de seu pai. Sempre havia sido a menina mais doce e educada do mundo perto da sua família, e sabia que havia sido um choque quando ela se mostrou... Nada daquilo. A verdade era que não queria fingir mais ser alguém que não era, aquilo tudo não fazia mais nenhum sentido para a garota. Ela só queria ser livre para mostrar quem realmente era, pois no fundo sentia que as pessoas que mais amava eram as que ironicamente menos a conheciam. Mas... E se parassem de gostar dela?

Havia sido pega na estação por Fleur, Bill, Hermione e Ginny, que precisavam de muitos carros para levar todos aqueles adolescentes de volta para a toca. E agora, como se não bastasse ainda tinham os namorados para ocupar mais espaço, como disse seu tio. “Mom!” A garota exclamou, correndo para os braços da mãe e lhe dando um forte abraço. Sentiu vontade de chorar, mas segurou as lágrimas de modo firme. Aquele feriado já seria triste o suficiente para a mulher sem que ela precisasse ficar chorando perto dela.

Se afastou da ruiva aos poucos, segurando a mão de Caleb e o puxando para perto de si, com um sorriso enorme no rosto. “Mãe, esse é o Caleb. O garoto que eu te falei...” Apresentou o corvino, sabendo que a possibilidade de ouvir brincadeiras dele eram altas. “É um prazer conhecê-lo, Caleb, ouvi falar tanto de você que parece que já te conheço.” Ginny sorriu, deixando Lily da cor dos cabelos. “Mom!” Reclamou, completamente envergonhada. “O que foi? Você só fala dele, não estou mentindo. E eu sou sua mãe, é meu dever fazer você passar vergonha. Se fosse com seus irmãos você estaria rindo.” A mulher lembrou, colocando os malões no porta-malas com um aceno da varinha.

#❝i like shine things but i'd marry you with paper rings❞ #yaxleb

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yaxleb​:

ele riu baixo. não importava muito como a família dela era, sabia que já era bem melhor do que a dele -ou o que sobrara da dele… mas aí lily começou a comentar sobre os membros da família que provavelmente comentariam ou ficariam no pé de caleb, e isso o deixou ansioso. ❝ teddy e james ❞ ele sabia quem teddy era, e teddy era um auror formado. não soava bem aos ouvidos dele, ter um auror pegando no seu pé. ela falava nomes demais e apesar de saber mais ou menos alguns nomes, rostos as vezes não vinham a sua mente, o que lhe deixava confuso. ❝ ok, eu… ❞ começou, mas lily colou os lábios nos dele em um selinho demorado. ele riu baixo quando se afastaram. ❝ it’s gonna be that bad? ❞

“I don’t think so.” Negou com a cabeça. Sempre havia a possibilidade de Teddy querer bancar o “quais são as suas intenções com a minha garotinha?”, especialmente agora que Harry havia morrido e ele havia se tornado pai, por mais que bancar o sério não fosse mesmo a cara de Lupin. “Eu acho que James vai pegar no seu pé, a síndrome de irmão mais velho dele só aumentou desde que o papai morreu... Mas ele não vai fazer nada, provavelmente vai ficar emburrado e tentar impedir que a gente fique sozinhos a qualquer custo, mas Frank e Scorpius vão estar lá, passando pela mesma coisa que você. Não vai ficar sozinho e a atenção vai ser dividida para eles também.” Mesmo que os dois já fossem presenças antigas dentro da Toca, agora não estariam ali como meros amigos de infância, e sim como namorados das filhas de seus tios, e tinha uma grande diferença. Talvez Frank não fosse tão importunado, mas Scorpius seria, então Caleb não precisava se preocupar. “Se eles te incomodam então você faz parte da família, é assim que funciona. Eu tenho certeza que eles vão amar você, meu bem.”

Não pensou que estaria animada para passar o natal na casa dos avós, mas agora ela estava. Queria mostrar para aqueles que amava o garoto que havia roubado seu coração, e estava extremamente confiante de que todos iriam adorá-lo tanto quanto ela. Nem mesmo a possibilidade de James e Albus terem uma crise de ciúmes poderia lhe tirar aquela sensação, pois ela passaria o feriado cercada das pessoas que amava.

ENCERRADO

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yaxleb​:

ele riu com a resposta dela, e não era como se ele quisesse ter qualquer outra garota a quem treinar um “eu te amo”. lily era a única que rondava os seus pensamentos, então aquilo seria impossível, na visão dele. e era engraçado, também. logo ele, que dizia que nunca iria se apaixonar assim. que não se via dizendo “eu te amo” a ninguém, preso a alguém. parecia irônico o jeito que a vida decidiu esfregar na cara dele o quanto ele estava errado. ❝ poxa, quem perde são as outras garotas ❞ ele murmurou, revirando os olhos mas sorrindo em seguida. 

fofo não era exatamente uma qualidade que caleb gostaria de atrair, mas era engraçado como qualquer coisa que saísse da boca de lily potter direcionado a ele parecia um elogio. ele provavelmente agradeceria se ela o chamasse de idiota, e isso era ridículo, mas era uma coisa que ele não conseguia evitar, principalmente quando ela estava na sua frente, distribuindo beijos em seu rosto. ❝ lily eu não ligo para presentes ❞ ele desviou os olhos, puxando-a para um canto onde os dois puderam sentar-se, um do lado do outro. ❝ eu não quero deixar isso tudo mais melado do que já está mas… você já me deu tudo o que eu poderia pedir. inclusive um lugar para passar o meu… primeiro natal sozinho ❞ ele disse aquilo com pesar na voz, mas já era um alívio conseguir falar do que aconteceu sem explodir em lágrimas ou gritos de raiva.

Deixou que ele a puxasse para outro lugar, sentando-se ao lado dele e passando as coxas por uma de suas pernas, podendo ficar mais próxima do rapaz. Não tinha como não sorrir quando Caleb falava aquelas coisas, como ela poderia não convidá-lo para passar o Natal na Toca? Aquilo não era apenas o desejo dela, mas também uma das últimas coisas que seu pai lhe pediu antes de morrer. Harry não poderia conhecer Yaxley, mas o resto da família conheceria. “Você vai desejar ter passado o feriado sozinho quando conhecer a maluquice da minha família.” Disse baixo, por estar próxima ao corvino. “Eu acho que no geral vão pegar leve com você, então não precisa ficar nervoso. Mamãe, o vovô e a vovó, a tia Hermione... Acho até que o tio Rony vai ser legal com você, ele vai ficar muito ocupado enchendo o saco do Scorpius.” Sabia que ter passado por uma experiência de quase morte não era nada para Ronald, ele continuaria infernizando Malfoy o quanto pudesse, pobre garoto. “Acho que você vai precisar se preocupar com Teddy e James, eles sim... Eu vou defender você, não que precise, provavelmente Victoire vai dar um basta nos dois, mas de qualquer maneira...” Sorriu com a expressão dele, segurando seu rosto com uma das mãos, lhe dando um selinho demorado. “É melhor aproveitar pra me beijar agora, meu bem, depois vai ser complicado.” 

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Can’t believe I could relate to a character this much

#❝good girls are bad girls that haven't been caught❞ — face #❝prom queen❞ — PERSONA

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goldngxl​:

[ FLASHBACK ] A Weasley mais velha deu de ombros, deixando que um sorriso tímido lhe iluminasse o rosto, como sempre acontecia quando alguém mencionava o Malfoy, era simplesmente inevitável. Tal sorriso porém não permaneceu, dando lugar a uma expressão de concordância enquanto ouvia o que a prima dizia. Concordava demais sobre treinar o ataque em forma animaga, pois definitivamente não era algo que os adversários esperariam, ou seja, elementos surpresas eram mais que bem vindos. ❝ Podemos fazer isso juntas. Acho que ser rápida não vai ser útil o suficiente numa luta. ❞ é claro que estavam falando sobre a hipótese de uma briga, mas ao ver de Rose era só uma questão de quando aconteceria. A cada dia que passava era como se fossem encurralados de pouco a pouco, e o olhar que deu a Lily transmitia isso. Era sempre assim ultimamente. Um pequeno silêncio pairou entre as duas primas, dando a Rose o tempo para chegar a virar nos calcanhares para sair do quarto até Lily se pronunciar. A mais velha suspirou e, ainda com as mãos nos bolsos, virou seu corpo para a Potter. Seus olhos estavam fixos nos pés como se fossem as coisas mais interessantes do mundo, mesmo que ela não tivesse demorado a olhar para a ruiva, mordendo o lábio inferior. ❝ Eu vim me desculpar. ❞ Rose disse rapidamente, agora encarando Lily nos olhos. ❝ Naquele dia… Eu não quis tentar dizer como você deveria se sentir ou agir, apesar de ter soado dessa forma. Sei que soei como a pessoa mais insensível do mundo, mas na verdade eu só queria ajudar de alguma forma e acabei atrapalhando mais quando deveria só ter calado a minha boca e ter estado lá para você, como sei que estaria para mim. Então me desculpa se eu fiz parecer que você tinha que se preocupar com a dor de alguém quando na verdade a que importava era sua, era você que estava sentindo. Eu não tinha direito de te dizer como sentir isso.❞ até porque ela mesma não sabia como reagiria se a situação fosse oposta. Tendo passado pelo terror de imaginar Ronald morto, Rose sentia todos os seus pelos se arrepiarem só de imaginar o que a prima havia sentido. ❝ Esse tempo que meu pai ficou sumido eu não conseguia dormir sem pensar que acordaria de madrugada recebendo a notícia que ele estava morto, e só o pensamento me fazia querer morrer. E você sentiu tudo, de verdade. Não entendo o que você sentiu… O que você sente. Não posso opinar sobre. Mas… Estamos prestes a entrar numa guerra. ❞ a voz dela falhou um pouquinho, mas as lágrimas que lhe encheram os olhos não escorreram quando ela se aproximou, sentando de frente para a prima. ❝ E o pensamento de que podemos perder mais alguém me assusta. Eu não quero ficar longe das pessoas que eu amo, e eu amo você. Você é minha melhor amiga. E esses dias que eu passei sem falar com você foram horríveis, então eu quero saber se você ainda me odeia ou se podemos ser amigas novamente porque eu não quero mais ter que ficar pensando que alguma coisa pode acontecer e nós ainda estaremos brigadas. ❞

Falar sobre a guerra iminente lhe deixava nervosa. Era uma boa duelista, mas nunca havia realmente brigado com alguém. Digamos que suas altercações houvessem sido físicas a maior parte de sua vida, a varinha não tinha nada a ver com aquilo, o que significava que ela sabia muito bem como dar um soco e pouco sobre como jogar feitiços contra alguém que realmente estava esperando um deslize seu para acabar com ela. 

Se surpreendeu um pouco quando ela disse que queria pedir desculpas, mas ao mesmo tempo se sentiu aliviada. Não queria que desse tudo errado e as duas acabassem brigadas, e aquela era uma possibilidade. Não queria que Rose chorasse, mas vê-la encher os olhos de lágrimas fez com que ela fizesse o mesmo. Odiava o pensamento de que a ruiva pensasse que as duas não eram mais amigas, pois mesmo brigadas a Weasley nunca deixou aquele posto para Lily. “Eu não odeio você, Rose, eu nunca odiei você. Continua sendo minha melhor amiga, sempre vai ser.” Assegurou, abraçando a garota com força. Acabou sentando na cama ao lado dela para conseguir fazê-lo, sendo capaz de conter as lágrimas por pouco. “Me desculpe por ter tratado você daquele jeito, eu sei que você só queria ajudar. Eu só estava... Eu não sei explicar direito.”

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yaxleb​:

caleb ficou o que ele pensou ser tempo demais analisando as feições de lily -e sinceramente, ele poderia fazer isso a noite toda. os olhos escuro nos dele, os lábios sempre bem delineados e as maças altas do rosto, parecendo sempre coradas contra a pele clara, contrastando com a dele. os dois ficavam muito bem juntos, e esse pensamento o fez soltar um sorriso, antes dela falar com ele. 

a voz dela dizendo aquela frase o atingiu com força, fazendo ele parar de sorrir e fitá-la em surpresa. ❝ what did you just say? ❞ ele disse, quase que imediatamente. e ela continuou, falando aquelas palavras bonitas que se qualquer outra garota tivesse dito, ele não acreditaria, e não teriam tanto impacto quanto naquele momento. ele sentiu seus olhos marejados, e apesar de tentar disfarçar, claramente não conseguira. ele voltou a sorrir quando ela o chamou de “wolfie”, e negou com a cabeça, puxando-a contra si e abraçando-a, deixando os dois aninhados um contra o outro. 

❝ acredita em confirmações do universo? ❞ ele riu com a própria pergunta, completamente fora de contexto. ❝ quando eu te dei o colar, você disse a mesma coisa que minha mãe me disse quando ela me deu ❞ ele se afastou um pouco, e colou os lábios aos dela em um selinho rápido. ❝ mas saiba que a minha resposta não tem nada a ver com a minha mãe, ok? ❞ ele quis explicar. não queria simplesmente que ela pensasse que ele só estava retribuindo o carinho por um apego emocional ao colar e ao momento que o recebeu. ❝ tem a ver com a gente. e como eu me sinto quando eu estou com você. e com o fato que eu nunca me senti assim com mais ninguém antes ❞ os olhos dele ficavam nos dela e o sorriso reinava em seus lábios. ❝ eu amo você. e você é a primeira garota que eu digo isso, então… ❞ ele riu baixo, uma das mãos ainda no rosto dela, mantendo-a por perto. ❝ droga, você me deixou todo emotivo ❞

Quase soltou um “awn” quando viu os olhos de Caleb ficarem marejados, achando a coisa mais fofa do mundo que ele se emocionasse com a pequena declaração dela. Era claro que ela acreditava em confirmações do universo, visto que o mesmo estava quase gritando na sua cara o nome do garoto. Quando ele disse que ela havia dito o mesmo que a mãe dele falou quando lhe deu o colar, Lily não pode deixar de sorrir genuinamente. Não podia deixar de pensar que se a mãe do rapaz estivesse viva as duas teriam muitas coisas em comum.

Sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo quando ele começou a falar sobre como nunca havia sentido por ninguém o que sentia por ela, e como ela era a primeira garota que ele dizia que amava. Não conseguia se lembrar de alguma vez que tivesse ouvido aquilo de um “namorado” e tivesse soado tão verdadeiro como ele soava agora. “Bem, você não vai ter muito mais garotas para treinar o seu ‘eu te amo’, wolfie, cause you’re stuck with me.” Sorriu, seu tom era de brincadeira, mas ela não estava realmente brincando. “Eu gosto de ver você assim, você fica tão fofo...” Disse baixo, segurando o seu rosto nas mãos e lhe distribuindo beijos pelo rosto. Felizmente seu batom não manchava, caso contrário o corvino estaria completamente marcado dos lábios da Potter. “Eu nem sei o que eu posso dar pra você que chegue perto desse presente, você me fodeu.”

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yaxleb​:

ele ficou observando os olhos de lily enquanto ela abria o presente, e seu estômago estava se revirando, com a possibilidade dela achar simples demais ou não gostar. porém a reação dela fez todas as suas dúvidas se quebrarem ao meio, especialmente quando ela se esticou para beijá-lo, na frente de todo mundo. nunca haviam feito isso tão publicamente -na verdade, os dois não eram exatamente públicos. era inevitável, porém, o sentimento de conforto. caleb definitivamente havia gostado do gesto dela e era reconfortante saber que ela não tinha vergonha dele, nem nenhuma intenção de esconder aquele relacionamento.

caleb retribuiu o beijo dela na mesma intensidade, sem mais pensar nas pessoas a sua volta e no que pensariam de si. caleb e lily haviam vivido demais naquele pouco tempo juntos, e haviam sofrido demais também, para deixar que olhares estranhos sobre si os impedissem de fazer qualquer coisa. ❝ eu confio ❞ ele reafirmou, quando se separaram do beijo e ela começou a falar. ela perguntou se ele tinha certeza se queria lhe dar o medalhão da mãe, e ele suspirou, os pensamentos sobre madison, sua mãe. ele levantou uma das mãos e a pousou no rosto de lily, deixando que o dedão acariciasse aquele pedacinho corado de pele. ❝ a minha mãe morreu em uma cama, lily. ela tinha uma doença, que tirou dela o último sopro de ar, mesmo nova. e antes disso, ela tirou o colar no pescoço e me deu. e disse que meu pai deu a ela aquele colar, quando ele passou por um momento muito ruim, e ela foi a única que ficou do lado dele. e é isso que o colar representa para mim. e é exatamente isso que você representa para mim. e é o que eu quero representar para você também. eu quero que toda vez que veja esse colar, que você saiba que eu sempre vou estar do seu lado. mesmo nos momentos ruins ❞ seus olhos vacilaram para os olhos avermelhados de lily, e ele se inclinou para lhe dar um beijo rápido, sem resistir a eles. ❝ assim como eu quero que esteja do meu lado também ❞

Lily poderia parecer uma garota fútil e mimada, e não ia negar, aquilo também fazia parte da sua personalidade, mas preferia receber presentes com um significado sentimental das pessoas que se importava acima de quaisquer outros bens materiais. Prestou toda a atenção do mundo quando ele falou sobre a mãe, não evitando os olhos marejados com a história que ele contava. A mulher havia dado ao filho aquele colar no leito de morte, provavelmente era uma das únicas coisas que ele tinha dela, e ainda sim ele havia escolhido presentear a Potter com aquilo. Aquele gesto havia despertado algo em Lílian que ela não sabia identificar de primeira: seu coração acelerou feito louco, as bochechas esquentaram e ela quis soluçar de chorar, mas ao mesmo tempo agarrar o garoto e beijá-lo até não poder mais.

Nunca havia sido alguém muito vulnerável, sempre havia sido aconselhada por sua família a abrir o olho com as pessoas que era amiga ou tinha algo a mais, pois não era difícil que atraísse interesseiros sobre sua fama e todo o resto, portanto haviam sido poucas as vezes que se apaixonou. Mesmo assim era a maior fã de romances clichês, e achava incrível a forma como sua mãe era apaixonada pelo seu pai desde o início, como os dois eram tão feitos um para o outro que no final de tudo ficaram juntos e formaram uma família tão bonita. Como podiam falar tudo um para o outro, como apoiavam um ao outro, como se dedicavam um ao outro sem qualquer ressentimento. Ginevra e Harry Potter eram o maior exemplo de almas gêmeas que Lily já havia visto, e eram eles que sempre lhe fizeram acreditar em amor verdadeiro. Agora Caleb também reforçava aquela crença.

“Eu amo você.” Confessou baixo, assim que ele separou os lábios dos dela. Algumas lágrimas caíam pelas bochechas rosadas, mas ela não estava chorando. Ao menos não estava triste. “Eu sei que é cedo demais pra falar isso e eu não espero que diga de volta, eu não ligo, eu só quero que saiba que eu te amo. Eu não sei o que vai acontecer nessa guerra, mas eu não quero que aconteça o pior e você nunca saiba o quanto eu sou apaixonada por você.” Se sentia um milhão de vezes mais leve em ter dito aquilo, pois agora parecia que não havia mais nada a ser “escondido” dele. Ela se perguntava se era assim que a mãe se sentia em relação ao pai, e se fosse... Merlin, Ginevra era sem dúvidas a mulher mais forte do mundo por não ter morrido junto ao marido. “Eu vou estar sempre do seu lado, wolfie. Sempre.”

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@yaxleb

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mollyuoli​:

Molly olhou para a prima, processando a expressão triste que ela tinha no rosto. Num segundo, o sorriso da lufana desapareceu. “Eu… Eu pensei que…” gaguejou. Queria dizer que tinha pensado que, como não havia pressão alguma para ser boa ou acertar, Lily conseguiria curtir alguns minutos de paz e diversão em cima da vassoura, ainda mais porque ele estaria lá para assegurar que nenhum acidente acontecesse. “Eu…” tentou novamente, e, em seguida, caiu no choro. “Eu estraguei tudo, né? Fiz você se sentir pior ainda!” lamentou-se, chorosa.

FLASHBACK

Acabou se assustando quando viu a prima cair no choro, sem saber muito o que dizer. Ela não estava mais triste por culpa de Molly nem nada do tipo, apenas não queria se sentir pior subindo em uma vassoura. “Molly, tá tudo bem, você não estragou nada.” Assegurou, abraçando a garota. “Eu tô bem, você não precisa chorar por causa disso.”

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astronolys​:

O sorriso no canto dos lábios de Lysander não esmoreceu diante do que considerava como um conselho muito válido por parte de Lily. Ele sabia, é claro, que diferentemente de seu gêmeo poucas coisas o tiravam verdadeiramente do sério, algo que tinha em comum com a mãe. Entretanto, assim como Luna, também possuía seu limite o que pelas últimas semanas tornara-se muito mais aparente. ❛ ━ Certamente vai, Lilu! Contudo, mais que o presente e o conselho, que considero bem do valioso, fico feliz pelo carinho e pela lembrança.❜ e realmente ficava, especialmente considerando o momento turbulento na vida da mais jovem. Colocando o suéter sobre o ombro Lysander carinhosamente a puxou para um abraço caloroso coroado com outro beijo no topo da cabeleira ruiva. Lily era como sua irmã caçula e como uma era obrigada a aturar algumas de suas efusivas demonstrações de afeto. Ao devolver a ela o próprio espaço pessoal ele mantinha um sorriso arteiro no canto dos lábios. Sorriso que transformou-se em um pressionar de lábios acompanhado pelo arquear de suas sobrancelhas ao ouvi-la falar da relação com Yaxley. ❛ ━ Bom, posso começar a treinar essa firmeza colocando Caleb contra a parede.❜ disse em um timbre que indicava uma seriedade que não existia realmente em si. Embora ainda mantivesse certas ressalvas com Yaxley não possuía qualquer intenção de se meter na relação da mais nova. ❛ ━ Como de costume tu tais bem dá certa. Não facilite a vida de Yaxley e me faça feliz por tabela.❜ disse, meneando a cabeça em concordância enquanto liberava uma risadinha nasalada que foi seguida de uma respiração profunda no instante que a mais jovem citou sua ex-namorada. O corvino levou a mão direita aos cabelos bagunçando-os como sempre fazia quando não tinha certeza de suas reais emoções. O relacionamento com Mailyn havia findado a tempo suficiente, mas, ainda assim, a grifana seguira sendo alguém por quem prezava demasiadamente. A ausência seria sempre sentida. ❛ ━ É deprimente saber que não irei encontrá-la pelos corredores ou nas aulas, para falar a verdade. Antes de ser minha namorada e minha ex-namorada ela sempre foi minha amiga. Melhor amiga. Então não tenho certeza de como me sinto em níveis pessoais, mas ao menos não preciso me preocupar com a segurança dela. Entendo a decisão da mãe dela e faria o mesmo se tivesse filhos aqui.❜ e tinha a impressão de que encontraria um cenário similar em casa com Rolf inclinado a transferi-los de escola enquanto Luna afirmaria que como maiores de idade eles tinham o direito de escolha. ❛ ━ Nós ainda nos falamos por carta. Toda semana.❜ jamais perderia a chance de fazer parte da vida de Mailyn. ❛ ━ Mas, como tudo na vida tem um lado bom, veja só, agora minhas chances de inflar a ira de Pucey diminuíram consideravelmente. Posso respirar em paz em meu próprio dormitório.❜

Achava engraçado a ressalva que os Scamander ainda tinham com Caleb, pois mais parecia algo feito para implicar com a garota do que realmente por que pensavam que ela precisava de proteção dele. Era reconfortante saber que haviam tantas pessoas dispostas a lhe apoiarem se algo desse errado, mas ela estava bem segura de que as coisas acabariam bem. “Eu aposto que você adoraria que eu entortasse o nariz dele um pouquinho, mas espero não precisar fazer.” Brincou, com um pequeno sorriso.

Suspirou quando ele começou a falar de Mailyn, no entanto, sentindo um pouco de pena do garoto, assim como sentia de Lucy. Deveria ser difícil ter sua melhor amiga tão longe, mas naquele momento parecia menos uma coisa para se preoucupar, na verdade. Uma certeza era que ela estava segura, e aquilo retiraria um pouco do peso de todos que mantinham algum tipo de relacionamento com ela. “Bom, ao menos não é para sempre. Depois que tudo isso acabar e vocês estiverem formados... Bem, eu duvido que ela continue onde está, seja lá onde for. E se continuar ao menos você vai poder visitá-la, talvez seja até melhor, ela está segura.” Afagou o braço do rapaz, tentando transmitir algum tipo de tranquilidade para ele, mas acabando por rir quando ele citou Sebastian. “É verdade! Agora você pode ter mais um amiguinho para a sua lista além do Caleb, que fofo.” Brincou. “Vão poder chorar um no ombro do outro.”

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yaxleb​:

caleb nunca tinha passado o natal em hogwarts. geralmente não haviam festas assim na escola, e não que em sua casa fosse um mar de alegria e presentes. por isso os olhos escuros passeavam pelos detalhes da decoração das mesas e do teto, e também passava pelas pessoas, encarando os sorrisos e os comprimentos amistosos que só essa época do ano parecia reviver. ele estava inspirado pelo natal, mas ainda sim, sentia-se ansioso para dar o presente dele  a lily. 

quando a viu, começou a atravessar o mar de pessoas no salão, até se aproximar de onde ela estava. ❝ hey, darling ❞ a tempos não a chamava assim, o que o fez sorrir mais abertamente com a liberdade que pareciam ter um com o outro. ❝ eu não aguento mais guardar segredo ❞ e assim, tirou uma pequena caixinha vermelha do bolso, mostrando a ela. ❝ na verdade eu não sei como eu pude guardar isso por tanto tempo ❞ disse, ele, revelando ser ela a sua amiga secreta. ❝ abre ❞ ele deu a caixinha a ela e deixou que abrisse, revelando um medalhão redondo e dourado, com o desenho de um lírio. 

caleb suspirou fitando o presente. de canto de olho, enquanto via as pessoas trocando presentes, e era coisas incríveis. mas aqueles tempos haviam sido bem complicados, e ele estava fazendo o que podia. ❝ era da minha mãe. ela levava para todo lado, é muito especial para mim ❞ ele voltou a atenção a lily, e pegou o medalhão, segurando os ombros de lily para virara de costas, colocando o colar nela e depois virando-a delicadamente para si novamente. ❝ eu queria te dar um presente melhor… eu sei que o pingente é simples, mas… eu acho que é como eu vejo você ❞ seus olhos escuros encararam os dela. ❝ você é simplesmente você. não precisa de nenhuma pedra preciosa para se destacar, porque tem esse brilho próprio que me atrai. assim como o colar ❞ mas caleb sendo caleb, não conseguia manter as mãos longe de lily, então se aproximou dela, uma mão se apoiando no rosto dela, fazendo-a olhar para cima, para os seus olhos. a outra mão começou passando pelos ombros da lily, passeando pela clavícula e subindo pelo pescoço. ❝ e assim como você, quando eu toco-o, o pingente me deixa extremamente inebriado ❞ e assim ele tocou o pingente, e um doce perfume de lírios invadiu o redor dos dois, o colar liberando o seu feitiço. o olhar de lily para ele, o jeito que seus sentimentos se enbolavam e a certeza que havia em seu peito o faziam querer gritar que amava a ruiva, e que queria a chamar de namorada, e queria ser somente dela.

A presença dele foi percebida pelo tom de voz que já era tão familiar para a ruiva, um sorriso imediatamente lhe iluminando a face como só ele sabia fazer naquelas ultimas semanas. Quando Caleb revelou que ela era a sua amiga secreta, tudo que Lily fez foi rir, pois agora fazia sentido que ele fosse tão paranoico em não deixá-la descobrir quem havia tirado. Também parecia muita coincidência, e não podia deixar de pensar como aquele momento seria diferente se ocorresse há alguns meses atrás, quando os dois não se suportavam.

Pegou a caixinha nas mãos e a abriu, ficando surpresa com o colar que estava dentro dela. Ela conhecia aquela flor, era óbvio, mas o que havia a surpreendido mais era que a pequena joia fosse da mãe do garoto. Como uma leve coincidência, uma brincadeira do destino que esfregava na cara da Potter “viu? era pra ser”, enquanto algumas semanas atrás ela conversava com Rose sobre a veracidade dos sentimentos do corvino sobre ela. Ainda procurando palavras para se expressar, virou de costas para Yaxley e deixou que ele colocasse o colar em si, sentindo as bochechas arderem enquanto ouvia todas as palavras do moreno, sem fazer ideia de como poderia retribuir um presente tão bonito.

Completamente entregue aos toques dele, era como se tudo ao redor da garota parasse no tempo, um estado congelado onde só ela e Caleb existiam, e por Merlin, como ela gostaria de poder ficar o resto da vida ali. Mesmo com todas as dificuldades, era tudo tão fácil com ele. O cheio de lírios a invadiu e a ruiva não conseguiu fazer nada que não fosse colar os lábios nos dele, não dando a mínima sobre quem veria ou o que diriam, pois se havia uma coisa que a morte de seu pai havia lhe ensinado era sobre colocar as coisas em perspectiva. Nunca deixava de demonstrar o amor que sentia pelo homem, mas ainda sim haviam tantas coisas sobre ela que ele não fazia ideia... Ela não queria ter aquele sentimento com mais ninguém, não queria ter a sensação de que poderia ter feito muito mais para que o outro se sentisse amado.

Os braços o abraçavam enquanto o beijava de forma lenta, tão carinhosa quanto poderia e inevitavelmente de uma forma mais íntima e envolvente do que jamais houvesse feito antes. Estava sentindo tantas coisas dentro de si, ele não fazia ideia. “Você não faz ideia do quão importante é que confie em mim desse jeito. Esse medalhão é tão bonito, meu anjo, é o melhor presente que você poderia ter me dado.” Disse baixo, após um bom tempo o beijando. Nunca seria o suficiente, no final das contas. “Você tem certeza que quer me dar algo da sua mãe?” A insegurança não era sobre ele, mas sobre ela. Lily se amava mais do que qualquer coisa, mas mesmo confiante ainda tinha sentimentos profundos de insuficiência que se manifestavam em todos os seus relacionamentos, fossem esses namoros, amizades ou até familiares. Ela não podia deixar de pensar que sempre esperavam mais dela do que ela poderia oferecer, e que então sempre decepcionaria a todos. Aquilo só aumentava quando se tratava de alguém como Caleb, que na visão dela era tão incrível que poderia ter (e teve) qualquer outra garota dentro do castelo, então por quê ela?

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𝓪𝓵𝓵 𝓲 𝔀𝓪𝓷𝓽 𝓯𝓸𝓻 𝓬𝓱𝓻𝓲𝓼𝓽𝓶𝓪𝓼 𝓲𝓼 𝔂𝓸𝓾

Não estava em seus planos ir à uma festa de natal dentro de Hogwarts, ela não tinha nem vontade de ir celebrar em casa, na verdade. Tudo parecia sombrio demais, e ela tinha certeza de que aqueles poucos momentos de paz seriam a calmaria antes da tempestade. No entanto, ela poderia ficar no seu quarto se lamuriando ou aparecer e tentar sorrir pelo menos uma vez com outras pessoas que não fossem seus amigos ou familiares. Além disso tinha o amigo secreto, e se não saísse azarada depois de dar e receber o seu presente, estava no lucro.

Era o início da noite e a garota parecia muito ocupada com um copo de ponche na mão, que mais parecia álcool puro do que qualquer outra coisa, e as costas contra a parede fria do local. Não estava tão afastada das pessoas, apenas um pouco fora de onde todos pareciam se reunir, por mais que tivessem alunos espalhados por todo o salão. Estava tão distraída carregando suas baterias sociais que nem percebeu direito quando @yaxleb​ começou a se aproximar.

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astronolys​:

Poucas coisas aconteciam com maior facilidade do que Lysander de alguma maneira encontrar-se desatento. Graças ao TDAH a mente dele sempre funcionava a mil por hora vagando de um canto a outro sem qualquer linearidade. Foi em um desses momentos, enquanto observava o ir e vir de pessoas no salão principal, que sobressaltou-se ao sentir braços o enlaçando na altura da cintura. Ele era um grande distraído e com os acontecimentos recentes tornara-se também paranoico, entretanto, qualquer susto por sua parte esvaiu-se na velocidade que reconheceu o timbre de Lily Potter. Um sorrisinho travesso pontuou o canto dos lábios do Scamander que no instante em que a mais nova entrou em seu campo de visão tratou de passar o braço por sobre os ombros dela a puxando para um abraço que fora complementado por um beijo no topo da cabeleira ruiva.  ❛ ━ Tu não precisa expor para geral que sou um grande frouxo, né, Lilu?!❜ brincou lançando uma piscadela cumplice em direção a mais nova. ❛ ━ Pois veja bem, o chapéu seletor sabia o que estava fazendo quando me entregou nos braços de Rowena! Conte comigo para expertise, para qualquer outra coisa mando Lorcan no meu lugar. Não é à toa que o Universo mandou dois de nós para esse mundo.❜ o tom zombeteiro era novamente evidente em sua fala e era ressaltado pela expressão em seu rosto. Expressão que logo tornou-se de surpresa porque, levando em conta todo o momento difícil vivido pelos Potter jamais esperou que Lily encontrasse ânimo para pensar em presenteá-lo. O sorriso de Lysander prontamente alargou-se tal qual o de uma criança prestes a ganhar um brinquedo muito desejado. Prontamente abriu a sacola, desfazendo-se do embrulho para deparar-se com um bonito suéter da Corvinal onde atrás lia-se “Capitão”. Embora ainda resguardasse certa dúvida se fora uma boa ideia assumir tão posição o presente de Lily fora recebido com muito entusiasmo. ❛ ━ Rapaz tu expôs minha frouxisse para em seguida inflar o balão do meu ego? Bom, tática aprovada, pode continuar!❜ disse, animado, ciente de que usaria aquele suéter para encher o saco do irmão gêmeo por boa parte do feriado. ❛ ━ Valeu, Lilu! Depois dessa prometo passar uma semana sem implicar com teu namoro.❜ disse em timbre jocoso uma vez que já não implicava com a relação entre ela e Caleb. 

Deu pulinhos animados quando ele gostou do presente, se sentindo um pouco mais feliz do que estava antes. Poderia simplesmente não presentear ninguém com tudo que estava acontecendo, mas achava também que aquele era o momento em que sua família e os seus amigos precisavam mais, então não podia deixá-los na mão. A faria bem ver um sorriso no rosto das pessoas que ela gostava, e ainda tinha uma pequena vantagem de que ninguém poderia reclamar se não tivesse gostado do que ela havia comprado. “Eu espero que isso te deixe mais confiante nas suas habilidades de capitão. Eu realmente acho que você vai se sair bem, se aprender a ser um pouco mais firme e menos... Você sabe... Quebra gelo.” Geralmente quem ficava com a parte da tensão era Lorcan, mas os dois não eram duas metades de uma pessoa só, eram pessoas inteiras. O garoto precisaria aprender a ser mais firme enquanto o outro precisaria aprender a ser mais tranquilo.

Riu com a sua fala sobre o tal namoro, ficando com as bochechas levemente vermelhas de vergonha. O lado bom de ficar ao lado de Lysander era que o garoto nunca ficava quieto, então tinha sempre várias besteiras a dizer que a fariam rir, sempre, sem exceção. “Que namoro?” Perguntou, empurrando levemente o corvino pelo ombro. “Por mais que eu queira muito, eu não vou facilitar pro Yaxley só porque gosto dele. Vai poder me chamar de namorada quando fizer o pedido.” Respondeu, decidida. Rose e Dominique haviam sido pedidas em namoro e apenas ela ainda apresentaria Caleb como um “amigo” para os avós de um jeito desconfortável, afinal todos sabiam o tipo de “amizade” que rolava ali, mas ela não podia fazer muita coisa. Não se importava tanto assim, também, sabia que os dois tinham o seu jeitinho próprio de fazer as coisas, e gostava daquilo. “Por falar em namoro... Como você está, agora que a Mailyn foi embora?” Não era próxima da garota, então havia ouvido apenas pelos corredores sobre a transferência da garota, por causa de Lucy também. “Ela não era sua namorada, mas você entendeu.”

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[dxddyprincess]

pvrisblvnkcy​:

🎼 Foi impossível para Paris não reparar no sorriso que sumiu no rosto da amiga e principalmente nas suas palavras, acabando por ficar séria no mesmo instante fitando-a de maneira preocupada. Sabia tudo o que tinha acontecido com a amiga, mas esperava que ao menos um pouco ela conseguisse se animar. — Ah Lil… odeio ver você desse jeito e não saber como fazer você melhorar. — soltou um suspiro pesado, passando o braço pelo da ruiva, puxando-a para caminhar um pouco consigo. — Vou para os Estados Unidos, ficar com meus avós e vou para o parque trouxa de lá, que eu amo demais. A Disney. Um dia eu te levo — esperava que aquelas palavras animassem a amiga, ainda que um pouco.

Acabou sorrindo com pesar quando ela disse que não sabia o que fazer para a garota melhorar, pois não sabia se realmente havia algo a ser feito. Ela não ficaria arrasada daquele jeito para o resto da vida, mas a dor sempre estaria ali, não importa quanto tempo se passasse. “Você vai pra Disney no Natal?” Perguntou, um pouco mais humorada, aquilo era a cara de Paris. Seu pai sempre havia feito questão de deixar os filhos em contato com o mundo trouxa, ainda mais que aquilo também fazia parte do mundo deles, estava em seu sangue, era o lugar de onde sua vó havia vindo. “Você pode me trazer alguma coisa da Pequena Sereia? Por favor, eu sempre quis o Linguado.” Pediu, fazendo um leve beicinho na tentativa de convencer a amiga.

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[dxddyprincess]

howtobeme​:

“Então tudo isso é por causa daquela idiota? Ela explodiu os meus pulmões e ainda assim você acha que eu sou a vilã por cortar o cabelo dela?” perguntou um tanto sem ar pelo enjoo que começava a surgir. “E se você não sabe, eu falei para Caleb que ele ser lobo não mudaria nada no que sinto por ele. Mas ele preferiu me dar as costas e ouvir só o que quer… Eu cuidaria de vocês…” falou um tanto baixo, Amélie conhecia os efeitos de um objeto amaldiçoado e em momentos como aquele ela dava graças por ser filha de quem era, tão bem que o sorriso apareceu em seu rosto assim que as intenções dela iam se revelando.

“Acha mesmo que isso daqui iria me afetar Lily?” ela nisso pegou o colar que usava o ‘ativando’ e da mesma forma que o brasão apareceu ele sumiu. O veneno voltou exatamente por onde veio e começou a escorrer pelo anel e era tanto que chegava a pingar “Acha mesmo que eu, que cresci em meio de objetos amaldiçoados não ia ter alguma coisa para impedir que eu acabe morta?” perguntou retoricamente chacoalhando a mão fazendo que o veneno amarelo pingasse nas roupas dela  “Quer que eu prove?” perguntou com um olhar de desafio. “Todos ouçam! A amada Lily Potter, a queridinha ruiva acabou de me dar um item amaldiçoado! E o que prova maior que o item? Até deixo que algum professor faça o teste nele parra essa hipócrita mal caráter aprender.” falou em alto e bom som para todos a sua volta ouvirem. Não tinha vergonha de nada na vida, muito menos de provar seu ponto “Hipócrita! Isso que você é Potter! Acha que é boazinha, mas é tão ruim quanto todos que fala mal! Seu pai teria vergonha de você se te visse agora” falou séria já pegando a varinha para se defender, mas nem precisaria, afinal os seus já estavam ao seu lado. O melhor de tudo era ver a cara do diretor Longbottom que nem defender a Potter poderia, aquele momento estava sendo impagável. “Você e seu lobinho tiveram sua chance, mas quando a hora chegar vai ser a minha piedade que vai implorar.”  avisou 

Molly poderia ter causado dano permanente à Amélie, mas ela deveria ser uma idiota de não ver que havia sido um acidente, a garota nunca faria aquilo de propósito, enquanto ser deliberadamente preconceituosa e má com todos os lufanos que encontrava era uma escolha consciente de Burke, e a troco de quê? Quanto a Caleb... Na cabeça dela ela poderia ter soado tolerante, claro, era sangue-puro, nunca havia precisado escutar nenhuma ofensa relacionada a aquilo, seu privilégio não a deixava perceber o quão ofensiva havia sido a todo momento. “Eu pagaria pra ver você ‘cuidando’ da gente, Amélie, puta que pariu.” Riu baixo, completamente desacreditada.

Ela já esperava que a morena tivesse alguma coisa que a protegesse de objetos amaldiçoados, era óbvio. O pai dela era dono da maior loja que os comercializava, seria um idiota se não tivesse dado para a filha alguma coisa que a protegesse. Portanto tudo que fez com o anel foi extremamente bem calculado, e a prova de que o veneno estava nela era o fato de que o que havia escorrido pelo seu braço era mel, e a marca do brasão da Lufa-Lufa ainda estava no peito da garota. Ela poderia se livrar facilmente do enjoo, honestamente aquela era a menor das preocupações de Lily, sabia que aquela era a mais básica das maldições e qualquer um poderia resolver se fosse no médico, por exemplo. A Potter havia tomado cuidado de ir atrás de alguém que sabia o que estava fazendo, e que tinha todas as informações possíveis para fazer um excelente trabalho, Amélie teria que engolir que havia perdido aquela.

“Se você quiser eu posso usar, já que é tão ingrata do presente. Isso é mel, Amélie, é um encantamento pra ver se você fica mais simpática e aberta ao diferente.” Respondeu, no mesmo tom que a garota quando ela começou a fazer uma cena. “Por favor, qualquer um pode pegar o anel e vai ver que não tem maldição nenhuma.” Já estava dentro dela, de qualquer jeito, sem nenhum resquício no objeto. Quando ela falou sobre seu pai, no entanto, um fogo descomunal tomou conta de si, forte o suficiente para quebrar a tigela de ponche ao lado das duas com um estouro. Sempre havia sido muito contida em suas emoções e nada daquilo acontecia desde que ela era criança e não sabia controlar sua magia, mas o momento que estava era difícil o suficiente para que ela mantivesse a cabeça no lugar. Poderia partir para cima da garota e arrebentá-la como tinha vontade desde que ouviu sobre a sua conversa com Sebastian, mas não o fez. Pegaria uma detenção ou perderia seu cargo, então simplesmente decidiu liberar as emoções por uma outra rota: os olhos se encheram de lágrimas, aproveitando que todos os presentes já estavam de olho no espetáculo das duas. “Why would you say that to me?” Perguntou, a voz trêmula. “Como você tem coragem de dizer na minha cara que a morte do meu pai não importa, Amélie? Que você não liga?” Já conseguia ouvir os sons escandalizados das pessoas ao seu redor, afinal aquilo era uma coisa extremamente cruel de se dizer para alguém que havia acabado de perder o pai a menos de um mês. “E ainda está me ameaçando? Que quando chegar a hora eu vou implorar pela sua piedade? Que hora você tá falando? Como você tem coragem de me ameaçar, de ameaçar a minha família, depois de tudo que a gente passou?” Sentiu James segurá-la pelo braço, tentando tirá-la daquela situação. “Você é horrível, Amélie, mas eu perdoo você. Você não sabe o que está falando, eu tenho certeza que o meu pai te perdoaria também.” Finalizou, antes que deixasse que o irmão a afastasse completamente para o mais longe que conseguisse, enquanto os olhares de reprovação e julgamento caíam sobre Burke, que havia sido tão “descomunalmente” cruel com a ruiva.

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[dxddyprincess]

howtobeme​:

A resposta seca da ruiva apenas fez que a Burke soltasse o ar de seus pulmões “Não podem falar que eu não tentei ser legal” falou baixo, mais para si mesma do que para ela. Porém, Amélie ainda assim colocou a caixa sobre a mesa pegando a cobra com cuidado antes de colocar no pulso vendo a cobra começou a se enrolar fazendo que o sorriso de Amélie crescesse “Ela é linda Lily, obrigada. Eu adorei” falou levando a mão até a pulseira para ajeitá-la. “Até que tem bom gosto en”

Sorriu pela primeira vez durante toda aquela interação, simplesmente por saber que seu plano havia funcionado. Ela não podia realmente achar que depois de tudo Lily lhe daria um presente de verdade, não é? Ainda mais um presente lindo como aquele anel era. A verdade era que sim, aquele era um objeto amaldiçoado, ou melhor, um acessório amaldiçoado, que só era ativado quando a cobra se enrolava na mão de sua vítima. “Eu tenho um ótimo gosto.” Concordou, se aproximando da garota lentamente, com o mesmo sorriso satisfeito no rosto. “Eu ouvi que você está noiva, meus parabéns. Acho que vai ser uma grande prova de amor por parte do seu noivo se ele conseguir continuar com você depois de te ver passando mal o resto da semana.” Abaixou o olhar levemente para a mão dela, observando a cobra brilhar em um tom amarelo “lufa-lufa” e deixando claro que era tudo culpa do objeto. “But again, todo mundo fica doente, não é? O ruim mesmo vai ser quando as suas sobrancelhas caírem. Eu pensei em fazer algo com o seu cabelo como você fez com o da Molly, mas te deixar sem sobrancelhas é muito pior e demora muito mais pra crescer, não existe corte que disfarce.”

Não podia estar mais orgulhosa de seu feito, e o melhor era saber que Amélie poderia até achar um jeito de reverter o enjoo, mas com certeza não conseguiria fazer nada a respeito das sobrancelhas ou do grande brasão da Lufa-Lufa que crescia em seu peito. “Fico tão feliz que tenha mudado de ideia quanto aos lufanos, eles realmente são adoráveis.” Aproximou o rosto do dela, a fitando nos olhos. “Você só se importa com os seus, não é? Os que tem sangue-puro, claro. Well, guess what? Eu só me importo com os meus, também. E se você não parar de infernizar a vida deles não vai ser nenhum objeto amaldiçoado que vai fazer o meu trabalho, da próxima vez.” Disse baixo, piscando para a garota antes de se afastar. “Ah, e pode se queixar pra quem você quiser, todos me viram segurar o seu presente, você não pode provar que eu fiz alguma coisa. Todo o veneno da cobra tá em você, agora é só um anel comum. Ainda fui legal e realmente te dei um acessório legal pra você usar ao invés das suas joias cafonas.”

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