Tumgik
encontroraro · 1 month
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a lua será na terra um lugar com você.
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encontroraro · 7 months
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nos despimos juntas
de corpo, alma, batidas descompassadas e um devagar quase parando.
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encontroraro · 7 months
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encontroraro · 7 months
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Quando ervas daninha cresceram em meu jardim, involuntariamente, desarrumei os quadros, lavei cada canto com água salgada, e deixei as cortinas fechadas para que o sol não entrasse. E por muito tempo não houve luz. Apenas deixei tudo empoeirar.
Até que em uma manhã de outono, alguém bateu na porta. Espiei pelo olho mágico, e me intriguei. Era a boba da corte. O que ela fazia em minha porta?
Abri uma pequena fresta, e ela me estendeu um livro. Não havia porquê de ler, eu ja o tinha em minha estante. Mas caramba, era um dos meus favoritos!
Tirei a poeira da estante.
Na tarde seguinte, ela voltou e deu-me um poema. Frente e Verso. Nesse momento, um raio de sol iluminou a sala.
Tirei a poeira da gaveta para que pudesse guardá-lo com cuidado.
Na manhã seguinte, ela bateu a porta novamente. Desta vez, trouxe-me café.
- Me acompanha?
Sua voz acordou o som das batidas em meu peito. Nesse momento, senti vontade de abrir mais que uma fresta.
A deixei entrar. E ela entrou sem me questionar sobre a bagunça.
A verdade é que apesar dos sorrisos, danças e belos poemas, de Boba não tinha nada. Ela entretia a plateia, mas quando as cortinas se fechavam, ela estava lá. Só. No lugar dos aplausos, vem o silêncio. Junto ao silêncio, incertezas. Essas que nos fazem dúvidas até de nós mesmos.
Ela entendia muito bem do caos. O conhecia de perto.
Afinal, todos passamos pelo sufoco da guilhotina em algum momento. Onde ao invés do pescoço, são colocados nossos corações. Somos condenados a dor, pela corte de pessoas que deviam nos amar. E resta a tristeza em nossos olhares somente por lembrar. Nesse momento a maré calma dentro de si, se transforma em vendaval. Desses que escorrem por seus olhos, e fortes ondas batem em seu peito. Dor. Ainda sim, ela sorri.
Após a guilhotina, precisamos nos reencontrar, reinventar, reexistir, recomeçar. Passo a passo, caminhar.
Espero meu jardim, um dia à ela mostrar. Quem sabe se encantar, haja vontade de ficar. Talvez se eu plantar girassóis, quem sabe..
E quanto a minha bagunça, bom...
Nessa manhã, lavei todo canto com carinho, arrumei os quadros e enfim, abri as cortinas. Tirei a poeira, arrumei os móveis, e novas cores pintam minhas paredes. Bordô, turquesa, azul, branco, uma paleta infinita. Não estou mais presa somente à tons escuros. A luz entrou. Os raios de sol aquecem a sala cada vez mais, e eu me sinto viva outra vez.
Ei! Boba da corte!
Se vá ou fique, espero que sempre ilumine. Reconheço tuas dores, elas irão cicatrizar, mesmo que um tempo possa levar. Se vá ou fique, te agradeço. Minha sala tem mais luz, poemas e café fresco.
Ainda serei sua garota. Se não agora, talvez depois. Ou outra vida quem sabe.
De qualquer forma, teu retrato vai estar na minha estante. Meus ouvidos a espera da tua risada (e gemidos). E nossas xícaras sempre a espera da sua voz novamente.
- Me acompanha?
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encontroraro · 7 months
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Momentos...
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encontroraro · 7 months
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I keep talking to your ghost waiting for us to go back to the old way.
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encontroraro · 8 months
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A Boba ouviu batidas na porta, que a tiraram de seu devaneio. Era tarde da noite, e não conseguia imaginar quem poderia ser aquele horário.
Levantou sem pressa de sua cama, afinal, se estava batendo tarde assim para lhe incomodar, que esperasse. Quando abriu a porta ficou surpresa.
- Angel.. - disse a olhando.
De imediato percebeu que ela estava usando o colar com o pingente de Asa que deu a ela dias atrás. Além do colar, os cabelos estavam preso em uma trança lateral, usava uma camisola branca e tinha uma manta verde a cobrindo, como se tivesse saído sem pensar, suas mãos segurava alguns livros e um candelabro.
- Espero não ter atrapalhado. Eu vi esses livros em minha estante e me lembrei da nossa conversa sobre esse escritor na noite do baile. Já estavam criando teia - disse rindo levemente, então olhou para os livros. - Pensei que talvez pudesse gostar.
Levantou os olhos para a Boba, que permanecia a observando em silêncio. Tantos pensamentos.
Ela lembrou do que eu disse sobre Frederic. Atravessou o castelo para me entregar alguns de seus livros. Está aqui em minha porta tarde da noite só porque pensou que eu pudesse gostar.
A Boba já havia lido aqueles livros. Mas não falaria, leria como se fosse a primeira vez de novo, pois sentia como se apenas por ser dela, fosse algo novo, com novas palavras, poesias ou textos que te fazem refletir sobre tudo que há.
O Anjo se irritou com o silêncio sentindo-se uma boba por ter aparecido assim na porta dela. E se estivesse dormindo? Ou acompanhada? Céus! . Empurrou os livros contra a Boba.
- Você podia simplesmente agradecer. - disse em tom irritado se virando para ir embora.
- Ai! Espera! - disse a Boba sentindo uma leve dor pelo impacto da ponta no livro em sua barriga - Calma Liao, só fiquei surpresa de vê-la aqui.
O Anjo virou a olhando. A viu passar a mão no local dolorido.
- Me desculpa, não foi proposital... - disse e soltou um suspiro.
- Está tudo bem, eu estava pensando em levantar mesmo. - a Boba disse e viu o Anjo assentir.
- Certo. Eu já vou indo então, está tarde. Tenha uma boa noite, Boba. - disse se virando, sentia seu peito estranho, talvez frustrado.
- Espera, eu estava pensando em cometer um crime.
O Anjo se virou assustado.
- O que?!
- Sim, isso mesmo que você ouviu. - respondeu a Boba segurando a vontade de rir diante da expressão do Anjo. - Quero cometer um assalto a cozinha real, talvez um café. Me acompanha?
O Anjo aliviou a expressão, e balançou a cabeça.
- Você é... - parou para suspirar enquanto ouvia a risada da Boba. - Não é atoa que é a Boba da Corte.
- O que foi? Não achou que eu cometeria de fato um crime não é? - fingiu uma expressão incrédula - Já fui condenada uma vez Angel, para onde me mandariam agora?
- Há sete províncias Boba. Cuidado. - disse em tom sínico.
- Tomarei senhorita. Vamos? - disse dando o braço para que entrelaçasse.
- Vamos. - disse começando a caminhar na frente - Vai ficar no escuro Boba.
A Boba balançou a cabeça, fechou a porta de seus aposentos e a seguiu, pegando o candelabro de sua mão.
- Ao menos nisso serei cavalheira.
- Como quiser. - disse o Anjo sorrindo zombeteira.
Caminharam em silêncio pelos corredores do castelo, observando as pinturas. Então a mente da Boba clareou.
- Venha! Vou te mostrar meu corredor favorito de todo esse castelo. - disse empolgada pegando a mão do Anjo e a puxando enquanto viravam em diversos corredores.
Até que chegaram. O Anjo viu os olhos da Boba brilharem e não era para menos. De fato era um dos corredores mais lindos que já havia visto em sua vida. Decorado do chão ao teto, parecia mais um salão de exposições como os que haviam na Província de Sávilla. Era quase mágico.
- O corredor com as pinturas de Vincent Van Gogh. - disse a Boba num sussurro carregado de admiração.
[...]
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encontroraro · 8 months
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- Eu não sei nadar.
- Não? Você não sabe nadar? - perguntou rindo vendo o Anjo desviar o olhar envergonhada.
Achou fofo.
- Aprendi com meu pai - diz a Boba, com um brilho no olhar - ele nos levava até o rio, até tentou me ensinar a pesca, mas pensei que iria ser pega por um bicho - disse rindo.
O anjo se sentiu curiosa. Era a primeira vez que falava de sua família.
- Seu pai... qual província?
- Província de Óregon, minha família toda é de lá.
- Reino da melhores plantações e culinária... céus! amo os morangos de lá!
- Já ajudei em muita colheita viu senhorita. - disse rindo - As vezes cascava abóboras também.
O Anjo fez uma expressão confusa olhando para a Boba.
- Cascar? É a forma que tem que colher abóbora? - perguntou.
- Que? Não! - respondeu a Boba enquanto ria - Esqueci que a senhorita é da realeza. Cascar é o que vocês chamam de descascar, mas em casa falamos assim.
O Anjo assentiu e de fato fazia sentido. Achou engraçado a palavra.
- E o que a fez vir para Valência?
- E o que a fez vir para Valência, Anjo?
Ambas se olharam e tiveram uma conversa silenciosa. sentindo o gosto amargo das memórias.
A corte as condenou.
Um silêncio se instalou, cada uma sentindo suas mente invadir com lembranças amargas. Até que a Boba quebrou o silêncio.
- Bom, de qualquer forma, nunca é tarde para aprender. - disse se levantando.
- Do que está falando?
- Vamos nadar senhorita.
- Eu já diss- a Boba a interrompeu
- Estou dizendo que vou te ensinar Angel. Vamos! Levante-se ou te jogo com roupa e tudo.
O Anjo ficou parada, observando a Boba se despir. Em dado momento, quando foi levantar a camisa que usava por cima, parte do pantalette subiu deixando a mostra sua barriga, e o Anjo não desviou o olhar. Era lindo. a Boba tinha um corpo muito bem definido, aparentava ser forte, o que fez a mente do Anjo pensar na firmeza de suas mãos.
- Vai ficar só me admirando? - perguntou a Boba com um meio sorriso.
- Eu não tava te admirando! - respondeu nervosa como quem foi pega no pulo.
O Anjo levantou-se meio incerto e olhou para o lago. A água parecia estar ótima, e o dia estava quente. Mas seu peito descompassava a medida que pensava em entrar. A verdade era que tinha medo, desde pequena, um medo que nunca soube explicar.
A Boba percebeu o semblante e tentou acalma-la.
- Eu estarei te segurando, vai ficar tudo bem. - disse olhando nos olhos do Anjo.
- Certo. - disse e virou se de costas, puxando seus cachos para o lado - Desamarre meu corset, por favor.
A Boba de repente sentiu um pequeno nervosismo. Aproximou-se e delicadamente desfez o laço do corset, começando a afrouxar os cordões. O puxou para cima, tirando e colocando junto suas roupas. Voltou-se mais uma vez para o Anjo de costas para si, e começou a abrir seu vestido lentamente. Ambos peitos descompassados. Ambas mentes imaginando mil e uma coisas. Após abrir, deslizou pelos ombros do Anjo, até retirar por completo a deixando somente com o pantalette. Quando o Anjo virou, a Boba pode perceber, era quase transparente. Era possível ver suas curvas, suas vestes íntimas, e o perfume de sua pele se fez ainda mais presente. Desejou toca-la, despi-la e sentir seu gosto ali mesmo. Era como se fogo fátuo corresse por suas veias.
- Vai ficar só me admirando? - repetiu imitando o tom de voz que a Boba usara mais cedo.
- Não me importaria - respondeu sorrindo e indo em direção ao lago.
- Atrevida.. - disse baixinho para si mesma.
A Boba entrou com calma, sentindo a água fria a tocar. Amava aquele lago. Então estendeu a mão para o Anjo que a olhou incerta.
- Já disse que eu vou te segurar, não vai se afogar. Prometo.
O Anjo assentiu e foi em direção ao lago, aceitando a mão da Boba que foi puxando lentamente para dentro do lago. A medida que a água a tocava, seu coração acelerava ainda mais o que a fez segurar com força a mão da Boba.
- Nessa parte eu consigo, ela ainda dá pé. - disse o Anjo se soltando devagar.
- Certo. - a Boba assentiu.
- A água desse lago é..
- Perfeita? - completou a Boba sorrindo
- Sim - disse o Anjo sorrindo de volta, se aproximando lentamente com o corpo muito próximo ao da Boba. - Essa água é perfeita - disse num sussurro, e quando sentiu a Boba aproximar o rosto, mergulhou.
- Ordinária. - a Boba disse para si mesma, vendo o Anjo se afastar ainda submersa.
Até que emergiu. E a Boba sentiu novamente fogo fátuo em suas veias. Os cachos agora por inteiro molhados, o pantalette por inteiro transparente quase como se não houvesse pano algum ali além das vestes íntimas, a pinta em cima da boca, o rosto de Anjo mas com um olhar diferente, quase como...como uma diaba. Era o que a mente da Boba dizia a medida que observava cada traço da mulher a sua frente. Desejou sentir o gosto dos seus lábios, como quem tem sede a anos.
- Não vai me ensinar a nadar, Boba? Me leve para a parte funda. - disse se aproximando novamente.
A Boba saiu de seus devaneios ainda sentindo o corpo fervendo por dentro.
- Preciso te segurar junto a mim, Anjo. - respondeu rouca.
- Pois faça-o.
A Boba então passou seu braço pela cintura do Anjo, a trazendo para perto. Sentia a pele fria em contato com o quente da sua. As respirações se misturavam ao cheiro doce e sagaz que emanavam de ambas. O Anjo passou os braços pelo ombro da Boba, e podia sentia agora, como ela era realmente forte e tinha um corpo definido. Encarando aquelas olhos tão escuros que, agora , pareciam obsidiana, sentia vontade de beija-la, de se entregar, de pedir que a tocasse em todos os lugares possíveis.
A Anjo de sentia seguro a medida que a Boba a levava para o meio do lago.
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encontroraro · 11 months
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Povo: Anjo Caído
O Anjo ouvia Filip tagarelar em seus ouvidos sem parar. Volta e meia observava a Boba que também não parava de observa-la. Lembrava do elogio, de como a olhou e de como foi ouvir sua voz rouca. Quis sorrir.
Esperava que a Boba descesse em algum momento e a roubasse o Lorde, era algo impossível, mas ainda sim, torcia por isso. Mas ela continuava no camarote, acompanhada de um rapaz que não havia visto por aqui ainda. Se questionando se teria vindo com ela para o reino. E mais uma vez, se perguntando de qual província ela seria e o porquê de nunca ter ouvido falar sobre ela, sendo sua fama, tão grande entre todos.
Principalmente sobre as Ladys, pensou o Anjo quase revirando os olhos.
- Em instantes teremos a dança da noite. Me acompanha? - perguntou o Lorde com um sorriso.
- Creio que não poderei, estarei muito ocupada. - levantou a taça de vinho indicando seu compromisso com a bebida.
- Um Anjo alcoólatra, que belo exemplo. Mas temos tempo, pense com carinho Angel. - disse zombeteiro, então ficou pensativo e perguntou - Faltam 3 noites para as comemorações terminarem. Continuará na província?
- Certamente. - respondeu o Anjo com um suspiro preso na garganta. De uma forma ou outra, sempre lhe vinha memórias que não queria lembrar. - E quanto a você, retornará de imediato imagino. Trivola se reúne com certa frequência pelo pouco que sei.
O Anjo bebia calmamente, ainda intrigada em como Filip havia conseguido tal honra. Claro que todos sabiam sobre sua habilidade nas guerras. Além de um galinha nato, era muito elogiado por seu desempenho e força nos campos de batalha. Mas isso não seria suficiente, há tantos guerreiros excepcionais. Era como se tivesse um peça do quebra cabeça perdida embaixo de algum tapete, e o Anjo não conseguisse achar. As peças simplesmente não se encaixavam.
- Imaginou errado Angel, você poderá desfrutar da minha doce companhia por mais alguns dias. Ou noites se quiser. - deu uma piscadinha para o Anjo.
- Você não é um Bobo da Corte. Deveria tomar cuidado com a língua, mi Lorde. - respondeu em tom de deboche.
Quando se virou para olhar a Boba mais uma vez, a viu descendo as escadas com o rapaz. Sentiu seu coração errar algumas batidas, e o nervosismo aumentou quando percebeu estar indo em sua direção. Mas estava enganada, e se sentiu uma idiota quando a viu ir em direção a princesa Léia, a mesma que estava distribuindo suspiros pela Boba na noite anterior.
A Boba estava de frente para a princesa, o que permitia olhares diretos com o Anjo. E a proximidade, permitia que ambas conversas fossem ouvidas uma pela outra.
- Além de bonita você também é cheirosa. Me diga boba. Além de um bom discurso. O que mais sabe fazer com a língua? - disse a princesa em tom de malícia.
Ao ouvir isso, uma irritação se alastrou pelo corpo do Anjo como fogo. Sentiu vontade de socar a cara da Boba, talvez assim parasse de distribuir sorrisos para toda Lady que visse em sua frente. Cretina! O Anjo pensava ao assistir aquilo.
Mas então toda sua raiva se desfez ao ouvir a voz da Boba outra vez.
- Então, princesa. Me daria a honra dessa dança? - perguntou a Boba.
Seu peito sentiu um aperto, e sua garganta deu um nó. Sentiu-se uma verdadeira boba em esperar que seria convidada por ela, pensou ter visto algum sinal de que de alguma forma a Boba estaria interessada em conhecê-la ou qualquer coisa do tipo. Pensou ter visto entrelinhas, mas o que estava diante dos seus olhos, diziam muito mais.
O som indicando que a dança começaria ecoou por todo salão, para que os pares tomassem seus lugares.
- Ainda vai continuar negando meu convite Angel? - perguntou Filip estendendo a mão.
O Anjo deu uma última olhada para a Boba, que tinha uma expressão diferente agora, mas não sabia dizer o que significava.
- Vamos. - respondeu aceitando a mão do Lorde.
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encontroraro · 11 months
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Pov: Boba da Corte
A Boba saiu batendo os pés firme no chão, fungando de raiva. O álcool no seu corpo também não ajudava com aquela situação. Aquele idiota! maldita hora pra aparecer! Pensou enquanto subia de novo no camarote central.
Chegando lá se sentou novamente com seu amigo, que não tirou os olhos dela nem por um minuto.
- Pela sua cara não foi muito bom o encontro de vocês né? - perguntou ele curioso.
- Se não fosse aquele babaca. Não deu tempo de conversarmos, nem nada. - respondeu ela com um tom irritado.
- Disputando mulher com lorde Filip? Que decadência - disse seu amigo rindo vendo a Boba fechar a cara ainda mais.
- Filip não tocará um dedo sequer nela..- sussurrou para si mesma enquanto voltava seus olhos para o bar novamente.
Um tempo depois...
Já era quase 10 horas da noite. Iria começar o baile ao tocar do sino. E a Boba não tirava os olhos daquela mulher por um segundo sequer, que as vezes também a olhava, quase não prestava atenção a sua volta. Que desperdício! Pensava ela vendo o Anjo perto de mais do Lord Filipi.
- Já escolheu um par pra dançar? Tá quase na hora. - disse seu amigo tirando a Boba de seus pensamentos.
- Eu queria ela, mas ela está acompanhada e com certeza vai dança com ele. Então não vou nem me atrever. - disse a boba meio decepcionada. - E você com quem vai dançar?
- Com a princesa Kate. Ela está ali. - apontou para a princesa. - Léia não tem um par. E bem, você sabe que arranca alguns suspiros dela.
A Boba revirou os olhos e olhou para onde seu amigo apontava, vendo as duas princesas conversando. Não é que Léia não fosse bonita, ela era, mas na mesma proporção que era bonita era irritante, além de ser enjoada e um tanto quanto mimada. Viu que a princesa estava de costas para Filipi o que chamou a atenção de Boba. Melhor que nada, pensou.
Os dois desceram do camarote, foram andando pelo salão até chegar no balcão onde as princesas estavam.
Alguns olhares sobre eles. Inclusive o do Anjo que não passou despercebido.
- Boa noite! - disse os dois para as princesas.
- Senhorita. - disse a Boba pegando a mão da princesa Léia, fazendo uma reverência e dando um beijo em cumprimento e se virou para o serviçal no balcão. - Me vê uma taça do vinho de sempre e uma taça de champanhe para a princesa.
Lusca e a princesa Kate também pediram suas bebidas. Todos pegaram as taças nas mãos e brindaram antes do primeiro gole.
A Boba encostou no balcão de frente pra princesa, e consequentemente ficou de frente para o Anjo.
- Além de bonita você também é cheirosa. Me diga Boba. Além de um bom discurso, o que mais sabe fazer com a língua? - disse a princesa em tom de malícia já um pouco alta com a champanhe.
A Boba riu, não só do que foi dito mas também da cara do Anjo atrás que não disfarçou o incômodo.
Ela fuzilava a Boba com os olhos.
- Ah senhorita. Isso não são todos que tem o privilégio de saber. - respondeu a Boba pra princesa mas olhando para moça atrás dela. - Então princesa, me daria a honra dessa dança?
Falou a boba antes que princesa soltasse mais uma dessas.
Olhou de novo para o Anjo e viu uma mistura de sentimentos.
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encontroraro · 1 year
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Assim que o Anjo ouviu a voz atrás de si, sentiu seu corpo arrepiar e seu coração disparou. Reconheceria aquela voz a milhas de distância. Seu corpo se tornou um misto de alívio e nervosismo.
Ela estava ali! Droga, ela estava mesmo ali!
Quando virou-se podia jurar que o mundo havia parado, e seu chão simplesmente sumido. Sentiu-se atordoada diante de tamanha beleza. Os cabelos loiros da Boba caiam perfeitamente sobre sua túnica bordô, e era como se tudo nela cooperasse para realçar aqueles olhos escuros que encaravam o Anjo de forma tão profunda.
Mais uma vez, o desejou cair.
Se obrigando a voltar a realidade, o Anjo disfarçadamente respirou fundo e a olhou lembrando do que a Boba acabara de falar.
Meu gosto para homens? O Anjo pensou confusa.
Pegou a taça que o servo lhe trouxe, o agradecendo com um aceno.
- Sabe muito bem que o vinho de Tyrell é.. único. - disse enquanto bebia um gole olhando nos olhos da Boba.
- Tão único quanto a mulher que se envolve com ele. Talvez um dia eu te mostre o que é um vinho bom de verdade. - retrucou olhando pra o Anjo, intercalando entre seus olhos e seus lábios.
E seus olhares não passaram despercebidos pelo Anjo, que deixou um leve sorriso aparecer no canto de sua boca.
- Gosta do que vê, Boba? - enfatizou o "Boba" para que soubesse que a reconheceu.
Ela me reconheceu de primeira. Mas como? Normalmente quase ninguém sabia quem eu era, fora do personagem, ou demorava muito tempo pra descobrir ou só descobriam quando eu falava. Pensou a Boba surpresa.
- Pode-se dizer que eu sei apreciar bem a beleza feminina. Então sim, eu gosto muito do que vejo. - falou, agora descendo um pouco mais o olhar.
- Realmente. É uma grande apreciadora das ladys da corte pelo que soube. - disse o Anjo bebendo mais um gole, e sentindo uma pequena irritação dentro de si ao lembrar da conversa que ouvira noite passada.
- Não sei do que você está falando senhorita. - disse em tom debochado vendo a mudança de humor repentino da moça a sua frente.
E então continuou.
- Sabe.. branco e verde lhe cai muito bem, mas com toda certeza, bordo é a sua cor. - disse a Boba olhando com atenção cada detalhe do Anjo e daquele vestido. - A senhorita esta simplesmen- ia dizendo quando foi interrompida por Lorde Filip.
- Angel! Te achei. - falou empolgado olhando pra mulher. - Uau, você tá linda!
- Olha só se não é a branca de neve. - disse a Boba com desdém. - Com licença!
Lançou um último olhar para o Anjo enquanto bebia o resto da bebida em seu copo, e saiu.
O Anjo acompanhou com os olhos a Boba saindo. Pensando no elogio que a acabara de ouvir, sorrindo minimamente bebendo um gole do vinho. Então se voltou para o Lorde, o xingando mentalmente por tê-las atrapalhado.
Um estalo clareou sua mente. Só haviam se visto durante o show, então como a Boba saberia como ficava no vestido verde? Teria a visto pelo vilarejo com Filip? Então o Anjo riu entendendo a fala de mais cedo da Boba. "Mal gosto para homens."
- Essa Boba precisa aprender bons modos. - disse Filip também a observando se retirar.
- A vantagem de ser Boba, é não precisar se preocupar com bons modos, Lorde. - respondeu citando a frase que ouviu na noite anterior.
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encontroraro · 1 year
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Pov: Anjo
Após o passeio com Filip, retornaram ao castelo pois o sol já estava mais baixo, o que indicava que o horário do baile se aproximava. E durante todo o percurso, o Lorde reclamava de como sua boca estava amarga, e como o Anjo havia sido traiçoeiro consigo. Chegando ao castelo, logo encontraram a princesa.
- Onde estavam!? O sol quase se pôs já por completo e nem banho vocês tomaram! - disse em pura irritação.
- Conheci o vilarejo e o Filip... o doce gosto da minha companhia. - disse sorrindo ao lembrar das caretas do Lorde.
- Cuidado princesa, as vezes, o inimigo anda lado a lado. - disse olhando para o Anjo. - Bom, como mesmo disse, está quase na hora do baile. Vou para os meus aposentos, tenho que estar apresentável. Hoje pode ser a noite em que conhecerei uma pretendente a altura. Senhoritas - fez uma breve referência e saiu em direção ao seu quarto.
- Um beijo e ela irá se apaixonar na hora, mi Lorde! - gritou de leve o Anjo.
- Ahn? - a princesa exclamou com semblante confuso.
- Dei Cravina para que ele provasse na feira.
- Eca. Ficara encalhado, isso sim. Por que aceitou o convite dele? Não vai me dizer que... - a princesa a olhou com pavor.
- Não - riu do alívio da princesa - Eu só.. queria conhecer a vila. São sempre tão animados, e parecem tão... felizes, que não me pareceu tão ruim aceitar o convite.
De certa forma não havia mentido, realmente queria conhecer o vilarejo. Desde que chegara que sua curiosidade sobre as pessoas que ali viviam, só aumentava. Apenas omitiu um motivo maior. Uma tentativa falha de ver a Boba em alguma rua, alguma barraca, alguma taberna, ou qualquer canto que pudesse. Mas não viu. E isso a deixou um pouco desanimada.
A mente inundando de perguntas. Será que ela mora pelo vilarejo? Será que ela não é deste reino?  Havia ido embora ontem mesmo? Mas e o baile? Todos estavam confirmados para comparecer. Será que por ser a Boba ela não era obrigada a ir? Droga!
Sentiu uma pontada no peito por pensar em não vê-la novamente.
Apesar de não estar muito convencida da resposta do Anjo, apenas acenou a cabeça e disse.
- Pedi para que deixassem seu vestido nos seus aposentos já, não se atrase por favor. Eu quero que saia tudo perfeito. - disse a princesa pedindo honestamente.
- Estarei lá às oito, tá bem?- respondeu e a princesa estava pronta para reclamar mas o Anjo continuou - Preciso resolver algumas coisas antes, mas prometo que estarei no horário.
- Tá bem, então se apresse. Até mais tarde, Anjo. - respondeu a princesa e saiu.
A verdade é que não tinha nada para resolver. Apenas queria mais tempo para si, e para por no papel todos seus sentimentos e confusões.
Chegando ao seus aposentos, o Anjo logo pegou seu caderno de capa lilás e azul, suas cores favoritas. Abriu e deixou que os sentimentos lhe escorresse pelos dedos.
"o show começou
e eu não sei dizer, mas foi como sentir que meu mundo parou.
Boba atrevida, sinto que está prestes a bagunçar minha vida
as falácias, as cores e os olhares
senti vontade de te levar a lugares
ao lago, aos bares, a torre ou quem sabe ao meu quarto
uma noite em claro sem dormir, com meus pensamentos oscilando entre o passado e presente
me diz pois estou me sentindo inconsequente
Boba insolente
seu gran finale foi invadir minha mente?"
Suspirou ao escrever o último verso. Seus sentimentos estavam de um jeito que não conseguia entender.
Olhou para a janela, vendo que restavam poucos raios de sol no céu ainda. E levantou-se para se aprontar para o baile.
O Anjo se banhou com calma, passando o sabonete de amêndoas por todo corpo para que o cheiro, que era um tanto agradável, se fizesse presente nas horas seguintes. Após o banho, arrumou seus cachos delicadamente, e passou uma mistura que o deixava ainda mais escuro. Quando olhou para o canto do quarto, seu vestido estava em um cabideiro. Deslumbrante naquele tom bordô, e a alça de ouro. De fato, seria um dos vestidos mais lindos que usaria na vida.
Após colocá-lo, passou um perfume doce e foi até seu pequeno baú e pegou cinco anéis dourados. Um para seu mindinho e para o indicador de cada mão, outro para a parte de cima do seu dedo do meio da mão esquerda. Na mão direita, usava uma pulseira de strass de ouro, que circulava um anel e havia pequenos rubis vermelhos. Um forte contraste com sua pele e suas unhas escuras. Era quase hipnotizante.
Assim que terminou de se arrumar, se dirigiu ao salão. Andou com passos calmos, a noite estava estava fresca, e uma brisa suave batia em sua pele. Ao passo que se aproximava das portas do salão, já ouvia a música ecoando e sentia seu coração bater mais forte. O nervosismo tomava conta de seu corpo e não entendia porque estava daquela forma. Sempre fora para bailes e eventos e nunca se sentiu assim, então bastou um olhar, uma noite, um show e tudo bagunçou dentro de si.
Assim que chegou no topo da escadaria, olhou com calma cada detalhe. No teto lustres iluminavam todo o ambiente, pessoas conversavam e distribuíam sorrisos falsos, servos pra lá e pra cá mantendo todos com taças em mãos, um toque calmo chegava ao seus ouvidos, um banquete era servido no canto direito do salão, e do outro lado um bar e era pra lá que iria. Precisava beber pois a noite seria longa.
Descia as escadas com calma, sentia alguns olhares sobre si. E analisava os rostos ali. Alguns conhecidos, outros nunca havia visto. Mas nenhum era o dela. Será que não viria?
Antes de se dirigir ao bar, caminhou até os reis e os cumprimentou com uma reverência, trocaram algumas formalidades e sorrisos sinceros. Nem todos eram superficiais afinal.
Pediu licença, e se dirigiu ao bar. Seu peito ainda acelerado e quase a dando nos nervos.
E se eu não a visse mais? pensava o Anjo em quase desespero.
Um vinho de Tyrell, por favor! - pediu ela gentilmente com aquela voz doce e aveludada.
Boba deu uma riso nasal sarcástico atrás do anjo que se assustou com a presença ainda não notada.
- Mais duas doses de whisky com gelo por favor. - disse com a voz firme e rouca pra chamar atenção da moça.
E o Anjo reconheceria aquela voz em qualquer lugar! Ela se virou e encarou a mulher atrás dela.
- Achei que a senhorita só tinha péssimo gosto pra homens mas pelo visto, pra bebida também! - Alfinetou a boba com tom debochado, olhando fundo nos olhos do anjo.
Um abismo... pensou o Anjo.
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encontroraro · 1 year
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Pov: Boba da Corte
A Boba chegou ao castelo fungando. Atravessou ele tão rápido que parecia até ser pequeno. Antes de chegar ao seu quarto pediu pra um dos empregados chamar Lusca com urgência.
Entrou batendo a pronta com tanta força que escoou o som pelo corredor.
Jogou o tecido que tinha em mãos na sua prateleira. Andou de um lado pro outro, com os nervos a flor da pele, se perguntando o porquê ela estar tão nervosa afinal.
A porta se abre de uma vez, seu amigo entra pela porta carregando sua roupa em um cabideiro fechado.
- Já são quase 6 porque ainda não tomou banho? E que cara é essa? - Perguntou seu amigo vendo na cara da Boba sua frustração.
- A moça de ontem. Tava com aquele imbecil do Filip no vilarejo.
- E daí? Ele tá com uma mulher diferente a cada semana. - Retrucou ele.
- Porra Lusca! Não sei porque isso me incomodou tanto! Ela tão perto e trocando sorrisos com ele. Só de imaginar ele tocando se quer nos cabelos dela me repugna!
- Ih, para de ser doída em. Vá tomar um banho e se apronta. Ta aqui sua roupa! Se apresse pra não atrasar. - Disse seu amigo entregando a roupa na mão da Boba. - Vou te esperar no salão, no balcão do bar, vamos começar a noite com uma taça de vinho pra animar.
Após seu amigo fechar a porta, a Boba respirou fundo e foi se arrumar.
Abriu a torneira pra encher a banheira na água gelada pra ver se aliviava um pouco aquela tensão.
Não demorou muito no banho.
Vestiu sua roupa. Passou seu perfume que era sua marca registrada, amadeirado com notas de pimenta preta e noz moscada dando um toque sensual, que provoca os sentidos. Ela se olhou no espelho. Sorriu, gostou do que viu!
Uma calça de algodão preta, e sapatos sociais pontudos e muito bem ilustrados. Por cima, uma túnica em tom bordô, feita com tecido de algodão na parte interna, e camurça na parte de externa. O que evidênciava a costura vitoriana. Havia também desenhos em detalhes prata por todo o peito dando contraste com toda a roupa e os cabelos loiros.
Desceu para o salão as 6 em ponto. Seus olhos passaram por todo o lugar em busca de uma pessoa só. Nada.
Será que ela não vem? Pensou a boba.
Foi até seu amigo que estava esperando.
- Pontual, como sempre. - Disse ele.
- Você a viu por aqui? - Perguntou a boa sem rodeios.
- Ainda não, mas ela vira. Pode ter certeza, ficarei atento okay? - Respondeu ele já sabendo de quem Boba se referia.
Ela olhou para o moço que servia a bebida. Pediu duas dose de whisky com gelo e seu amigo um vinho. Brindaram pela noite e subiram até o camarote central.
Cumprimentaram a todos os reis, rainhas, príncipes e princesas por lá. Tomaram seus lugares e se sentaram.
A Boba estava distraída conversando com um velho rei. Ele contava suas histórias de quando era mais novo e ela escutava com atenção.
Um cutucão de seu amigo chama sua atenção. Ele se curva um pouco perto do seu ouvido e fala..
- Ela chegou!
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encontroraro · 1 year
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Pov: Boba da Corte
Dia amanheceu calmo, pássaros cantando, clima fresco.
A Boba desperta. Levanta, faz sua higiene matinal coloca uma roupa não muito formal. Hoje ela iria ao vilarejo, afinal, fazia tempos que não ia e estava sentindo falta do pão fresco da dona Maria. Acordou no mesmo horário de todos os dias, na porta seu amigo já estava a sua espera.
- Bom dia donzela. - Disse ele em tom debochado.
- Bom dia, princesa. - Respondeu a boba no mesmo tom.
Os dois foram caminhando pelo castelo, café da manhã já estava posto com um banquete de brilhar os olhos.
- Ah, não vou ficar pare o café quero ir ao vilarejo, tenho algumas coisas pra fazer. - mentiu a Boba. A verdade era que gostava de passear por lá só pra fugir um pouco. - Não preciso que me acompanhe, aproveite e busca minha roupa para hoje à noite!
- Okay, tome muito cuidado por favor e esteja aqui antes das 6! - Disse ele, deu um abraço e saiu.
A Boba raramente usava a carruagem. Apenas em casos específicos ou se fosse em lugares muito longe do castelo. Então preferiu ir a pé.
Chegando lá, como sempre ela se alivia. Era uma sensação boa.
No vilarejo era completamente diferente de todos  e qualquer reino. Ela olhava a sua volta, mesmo com tão pouco, com tanta dificuldade eles eram felizes. Os sorrisos não eram forçados não havia disputa de ego e de poder. As crianças corriam e brincavam sem ter noção de quão pesada a vida pode ser. Um lugar de paz em meio a toda aquele mar de hipocrisia onde ela vivia.
Boba se aproximou da barraca da dona Maria que assim que a viu, abriu um grande sorriso.
- Menina, você por aqui. Quanto tempo, senti falta das suas visitas. - Disse a velhinha da forma mais sincera que pôde.
- Eu sei, eu sei. Ando muito ocupada, a vida adulta não é tão boa quanto nos contos de fada. Prometo não ficar mais tanto tempo distante. - disse a Boba. - Onde está seu netinho? Que não está embaixo da mesa brincando com as pedrinhas?
- Está com meu filho, ele foi pescar! Sabe como é né menina, cada um busca do jeito que pode o pão de cada dia. - Respondeu a senhora com a voz um pouco triste.
As vezes boba se sente mal por tudo que tem, por saber que toda aquela riqueza e exagero vem da falta e da exploração de outros mas não era culpa dela, afinal. Essa era a porra do legado. Mas ela sempre ajudava todo o vilarejo do jeito que conseguia, e muitas vezes de forma anônima.
- Toma, acabou de sair do forno! Tá fresquinho, uma delícia, tamb��m acabei de passar um café. Sente-se, não aceito não como resposta. - Disse a velhinha estendendo um pão e uma xícara de café em mãos.
Boba ficou ali por um tempo, quase se perdeu na hora.
- Preciso ir, ainda tenho que passar na barraca do seu Zé pra comprar um tecido. Tome. - Ela entendeu a mão com 3 moedas de ouro para a senhora
-Não menina, isso é muito. - Relutou a senhora
-Não aceito não como resposta. - Disse sorrindo com carinho para a velhinha que a abraçou agradeceu.
Boba foi andando em meio as barracas, observando. Vendia-se tudo naquele lugar. Cumprimentava alguns conhecidos, parava para olhar algumas coisas. Até chegar na barraca do seu Zé.
Ele é dona Maria eram os mais próximos dela naquele lugar e os que ela tinha um carinho diferente.
- Bom dia senhorita! - Disse ele. Feliz em vê-la por aqui.
- Seu Zé! Bom te ver também. Preciso de um tecido de linho, na cor azul escura. Uns 3 metros. - A Boba conversava com o velhinho até uma voz irritantemente alta soar em suas costas e de uma forma ruim chamar a sua atenção. O tom de soberba em sua voz não negava que era um Lorde.
- É um dos melhores vinhos de todo o reino. Dos Tyrell, para ser mais exato.
Ele dizia, fazendo a Boba revirar os olhos. Conseguiu reconhecer, Lord Filip, um idiota mulherengo que se acha.
Com certeza ele deve estar tentando impressionar alguma mulher porque era o mesmo discurso mesquinho de sempre.
Esperou a voz se fazer um pouco distante, olhou de canto de olho e viu que eles pararam. Sua curiosidade ficou aguçada do nada, nunca quis saber com quem o lorde se envolve ou deixa de se envolver.
Eles estavam parado em uma barraca de especiarias. Viu ele mexendo as mãos e falando alguma coisa que ela já não conseguia mais entender.
Ao olhar para a moça a seu lado. Seu sangue ferveu de imediato, era ela.
Porra, ela tava tão linda. Vestido verde comprido, com os ombros a mostra, os cabelos pretos soltos, que dava um contraste perfeito com aquela cor e com seu tom de pele. Boba a viu sorrindo pra ele.
Esse filho da put-
- Senhorita, senhorita! - O velho tentando chama a atenção da boba que parecia inerte. Eu tenho só esse tom de azul. - Continuou.
- Oh, desculpa seu Zé. Pode ser esse mesmo. Muito obrigada. - respondeu a boba entregando 3 moedas de ouro para o senhor.
Pegando o tecido em mãos, saiu as pressas do vilarejo. Não queria ver mais nada!
Sua raiva foi tanta que sentiu como se fogo corresse em suas veias.
Foi o caminho todo com um milhão de pensamentos. Droga, Droga! Será que ela está com ele? Será que ela tá prometida a ele? O que ele tem de tão especial?   Não é possível, ele é um imbecil. Ele arrancou dela um sorriso. Aquele maldito sorriso.
E assim foi até chegar no castelo!
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encontroraro · 1 year
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[...]
- Eeei? Angel? Tá nessa mundo ainda?! - acordou de seu transe com o Lorde estalando os dedos em frente ao seu rosto e rindo.
- Si-sim, estou. De repente me distrai com..- olhou para os lados, até avistar uma barraca de quitutes - Os doces! Venha, vamos provar alguns.
Andou apressada até a barraca, deixando o Lorde com uma expressão confusa mas divertida diante da situação. Ao se aproximar do Anjo, ouviu pedindo uma bandeja com alguns doces de limão pois levaria para princesa.
- E então Angel, ouvi que não está a muito tempo por aqui. E sua província é de fato, deslumbrante. O que a trouxe... ou o que a mandou para cá? - Filip perguntou em tom zombeteiro de insinuação, e naquele momento o Anjo desejou uma adaga valoriana.
Antes que pudesse pensar em algo para responder, seus olhos avistaram um doce que a muito tempo não via. Cravina. Um doce que começava azedo, e terminava amargo. Um doce pouco conhecido e geralmente usado para ressacas.
- Conhece Cravina, Lorde? - perguntou como quem não queria nada. Tendo como resposta um semblante confuso. - Tome, prove e me diz o que acha.
Lorde mesmo sem entender, aceitou o doce que tinha uma aparência e cheiro igualmente agradáveis. Colocou inteiro na boca, e se arrependeu nos segundos seguintes. O azedo e o amargo tomou conta de todo seu paladar como um chá amargo de ervas de boldo que sua vó fazia quando era pequeno.
Suas expressões se contorciam em caretas, enquanto ele enfiava outros doces na boca, e procurava por água ou qualquer coisa que pudesse tirar aquele sabor da sua boca. E o Anjo ria genuinamente, pois sabia, que nada durante as próximas vinte e quatro horas seria capaz de quebrar aquele gosto. Quem sabe assim, Filip se mantinha ao menos naquela noite, mais calado.
- Céus, que droga é isso? Como tem coragem de vender algo horrível assi- e voltava a beber água.
- Garanto que as Ladys irão se entregar ao seu doce beijo, mi Lorde. - disse o Anjo de forma cínica enquanto ria. - Quer mais um docinho?
E ria, sem imaginar que quem tanto queria ver, a observava de longe.
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encontroraro · 1 year
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[...]
Mas só de pensar na possibilidade, seu corpo ficava involuntariamente nervoso.
O fato é que, mesmo que negasse para si, aqueles olhos ficaram na sua mente durante a noite toda. A forma que a Boba a olhou, piscou e a provocou dando belos sorrisos, havia mexido com algo dentro de si. Pensara tanto na forma que a boca daquela Boba mexia, e pronunciava cada palavra que em algum momento o quarto pareceu abafado demais. Suas vestes, que era somente um pijama, pareceram roupas demais. E sem aguentar, levantou-se e encheu a banheira para um banho frio, para assim, conseguir dormir.
Quando entrou na água, permitiu seu corpo relaxar enquanto pensava nas palavras da Boba para cada um naquele salão. E agradeceu que ao menos alguém pudesse dizer tantas verdades em voz alta sem causar uma guerra, ou ter a cabeça empalhada. Lembrou-se também do brinde que a Boba fizera a si, da forma que sorriu de lado, da tensão que sentiu no ar. Mais uma vez, sentiu o ar abafado demais. A mão que estava solta na água, de repente pousou no topo de sua coxa, e sentindo o peito subir e descer de forma pesada, foi descendo devagar para a parte interna da coxa, enquanto sentia involuntariamente as pernas se abrirem um pouco mais-
- Eeei? Angel? Tá nessa mundo ainda?! - acordou de seu transe com o Lorde estalando os dedos em frente ao seu rosto e rindo.
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encontroraro · 1 year
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Quando chegaram ao vilarejo, o Anjo não conteve o brilho ao ver toda aquela movimentação. As ruas enfeitadas, os comerciantes a todo vapor anunciando suas tapeçarias e iguarias, crianças brincando, de algumas tabernas se ouvia músicas, e as verduras e frutas da feira tinham cores tão vivas que desejou provar todas.
- Ainda não conhecia o vilarejo? - perguntou o Lorde ao observar a expressão do Anjo, olhando cada canto como se nunca tivesse visto nada daquilo ainda.
- Não havia tido oportunidade ainda. - respondeu o Anjo olhando tudo com calma, mas não só porque tudo a encantava. É que talvez ela visse alguém. Alguém que perturbou seu sono durante a noite toda. - Mas me conte, o que faz um lorde de Tyrell?
- Bom, recentemente me tornei do conselho da Base de Trivola. - respondeu arrancando um olhar surpreso do Anjo.
Todos sabem que só entra para a Base, quando todos do conselho da calha votam de acordo. E isso é, quase sempre, impossível. O que ele teria feito para merecer tal honra?
- Não se espante, não sou tão ruim quanto pensam. Sei que minha fama não é a das melhores. - disse sorrindo - Mas famas nem sempre fazem jus a quem as carrega. Não é mesmo, Anjo?
- De fato, Lorde. Mas não posso negar a surpresa. A calha concordar em unanimidade é algo tão raro como um mito. Só acreditamos, quando vemos.
- Alguns já nascem com sorte. - deu uma piscadinha para o Anjo que revirou os olhos.
Andaram por mais algumas ruas, e o coração do Anjo batia de forma descompassada. Ainda não havia visto a Boba, e nem sabia se iria.
Mas só de pensar na possibilidade, seu corpo ficava involuntariamente nervoso.
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