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fearwless · 6 months
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ㅤㅤsegurando a alça de sua mochila com uma força que certamente pintaria um tom avermelhado irritadiço na palma de sua mão, olivia traçava apressadamente o caminho familiar até a academia. tentava manter os olhos no chão para evitar se deparar com os destroços da cidade deixados pelo ataque dos dias ateriores, mas era inevitável — olivia encarava cada vidraça quebrada sentindo-se desconectada, como se estivesse em um sonho. era difícil de acreditar em tanta destruição quando passou todos os anos desde que chegou em ardare confiando que o conselho jamais deixaria que algo como aquilo acontecesse. presa em seus devaneios, quase deu de frente com a figura feminina que tentava lhe entregar um panfleto. ao a reconhecer como auriel, soltou um riso irônico. não queria que soasse maldoso, mas com os nervos à flor da pele, se tornava mais impulsiva que o costume. “ é sério isso? não, obrigada, aurie. estou indo treinar, algo certamente mais útil do que sentar em um círculo idiota e ficar lamentando sem tentar fazer nada. ” pigarreou, a asperidade de suas palavras rasgando sua garganta junto ao arrependimento. mesmo assim, manteve o olhar firmemente presos ao de auriel. “ você deveria fazer o mesmo. ”
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* 𝑶𝑷𝑬𝑵 𝑺𝑻𝑨𝑹𝑻𝑬𝑫:
A radio angelical estava um verdadeiro caos. As consequências pela bagunça na cidade não pareciam a maior prioridade entre os anjos que se movimentavam para impedir a volta de Lúcifer. Auriel reconhecia todas essas questões, mas estar na Terra por tanto tempo trouxe a humanidade que pouco se tinha entre a justiça dos anjos. Ela percebeu a necessidade urgente de oferecer apoio e conforto aos humanos que haviam sido afetados pelos eventos traumáticos. E talvez estar ajudando quem precisasse iria lhe ajudar a esquecer o quanto sua família poderia ser mesquinha quando queria. Sempre presente na igreja de St. Fleur, foi de Auriel que veio a ideia de unir voluntários para ajudar os mais necessitados e prestar apoio. Conhecida como Helena pelos conhecidos da cidade, a serafim escolheu um ponto movimentado para ficar: ao redor do hospital. Com um punhado de panfletos em mãos, os distribuía para quem passava. No papel continha informações sobre os serviços disponíveis, oferecendo assistência, aconselhamento emocional e recursos de suporte para aqueles que haviam sido afetados pelo caos na cidade. ❝ ―  Oi, com licença... Caso precise de ajude, não hesite em ir ao grupo de apoio... ❞
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fearwless · 6 months
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ㅤㅤolivia registrou a voz de nadia ao mesmo tempo que seus olhos tomaram subitamente o estrago do lugar, fazendo com que seus passos firmes morressem interrompidos. enraízada na porta do estabelecimento, sentiu a garganta seca enquanto tentava se recuperar o suficiente para dizer algo. nunca foi a frequentadora mais ávida do pandemonium, mesmo quando seus amigos da faculdade insistiam em virar alguma noite lá para marcar o fim de uma semana estressante de provas — os rumores de que o local abrigava um esquema obscuro de alimentação para seres sobrenaturais bastava para que opinasse vêemente contra qualquer aventura naqueles arredores. não sabia ao certo o que era mais forte: o medo de que alguma criatura reconhecesse apenas com um olhar o seu passado como isca, pronta para investir naquele rostinho bonito novamente, ou a raiva cegante que sentiria se acabasse presenciando qualquer etapa daquela indústria novamente. mesmo zangada por ter sido designada a tarefa de ajudar a propietária do clube com os destroços de um lugar que considerava pavoroso, não foi capaz de não se abalar com aquela visão. “ estou aqui pra ajudar, pode ficar tranquila. ordens do conselho, e tudo mais. ” deu de ombros, tentando transparecer confiança e tranquilidades falsas. “ se quiser, posso ir embora. não quero confusão. só que parece muita coisa pra resolver sozinha... e o conselho tem algumas perguntas sobre o ocorrido também, se estiver em um clima de jogar conversa fora. ” finalizou, sem segurar a ironia que escorria em suas palavras.
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olhos banhados em fúria encarava o que havia sobrado de seu amado clube . uma apoiadora , e muitas vezes criadora , do caos , poderia apreciar o que havia acontecendo na fatídica noite sob outras circunstâncias . mas o caos não era tão divertido quando ela era pega no fogo cruzado . a manga comprida de seu vestido cobria a a sua pele marcada , preferindo lidar com com a bagunça que foi deixada no interior do clube antes de tentar entender o que aquela marca estampada em seu antebraço significava . passou por alguns corpos , ignorando os flashes de seu quase fim trágico atrás daquele balcão . precisava de uma reforma , não só pela destruição de sua decoração mas por não querer nada que a lembrasse do acontecido . perdida em seus pensamentos , voltou á realidade quando ouviu a porta bater , anunciando a entrada de outro alguém . ❛ se a pilha de corpos não foi o suficiente , devo avisar que estamos fechados , ❜ disse . focada demais nos destroços de seu trabalho duro para encarar muse .
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fearwless · 6 months
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* 💐 / lá vai 𝐎𝐋𝐈𝐕𝐈𝐀 𝐒𝐏𝐑𝐈𝐍𝐆 , perambulando pelas ruas de ardare sob a lua cheia . conhecida por ser humana / caçadora e ter vinte e quatro anos , o conselho sabe que é instável e escapista e resiliente e audaz , então não se deixe enganar por este belo rostinho , ela é contra diante da volta de lúcifer , afinal !
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⠀⠀⠀to love life , to love it even when you have no stomach for it .
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⠀⠀⠀⠀⠀♡ ⠀*⠀𝐫𝐞𝐬𝐮𝐦𝐨 .
ㅤㅤolivia viveu com sua avó materna no kansas até os oito anos. sua vida tranquila mudou quando foi sequestrada por vampiros e usada como isca para atrair vítimas e mantê-los satisfeitos. anos depois, fugiu e foi resgatada por caçadores, principalmente por grace, que a ensinou a recomeçar e eventualmente se tornou sua guardiã legal. agora, em ardare, está prestes a começar a universidade e se esforça para se adaptar ao mundo comum (tão comum quanto caçadores possam ser), apesar de sua intensidade emocional e medo de vulnerabilidade.
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⠀⠀⠀⠀⠀♡ ⠀*⠀𝐛𝐢𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐚 .
tw : menção à morte, sequestro, proxenetismo de menor de idade
ㅤㅤolivia viveu até os seus oito anos com a avó materna no kansas, estados unidos. apesar da configuração familiar incomum, seus dias eram ensolarados e despreocupados até o dia em que foi levada por um ninho de vampiros. em vez de ter sido transformada, foi mantida como uma humana multi-usos: sua função principal era a de isca — olivia atraia pessoas, principalmente homens solitários de moral questionável em bares baratos que se interessavam na possibilidade de uma noite com ela, e as levava até o ninho para que os vampiros se alimentassem. nas épocas do ano em que havia uma escassez de presas, olivia também se tornava uma fonte de sangue de segurança.
ㅤㅤpor anos, olivia se viu refém daquelas pessoas que seu confuso cérebro em desenvolvimento ansiava em chamar de família. aquela vida, por mais suja e repulsiva, era a única que conhecia além do kansas ensolarado que agora existia apenas em suas memórias embaçadas, e portanto, demorou para sequer cogitar que poderia ter algo diferente. ou melhor, que merecia algo diferente — sua identidade já havia se mesclado com a dos seus raptores, e olivia se culpava impiedosamente por todas as coisas terríveis que já tivera que fazer e por todo o sangue em suas mãos.
ㅤㅤquando reuniu coragem o suficiente para fugir do ninho, aos 19 anos, olivia sabia muito bem do risco que corria: ou encontraria ajuda, ou eles a encontrariam e então estaria morta; não haviam dúvidas de que tamanha traição seria tolerada. àquele ponto, pensava na morte seria um doce alívio bom demais para uma monstruosidade como ela. contra tudo que acreditava, foi detectada por um grupo de caçadores que a protegeram e eliminaram até o último vampiro de seu ninho. de certa maneira, olivia lamentava aquele fim abrupto, agressivo — além de tudo, como poderia esperar se encaixar nesse outro mundo totalmente desconhecido? como poderia sonhar em ser normal? apesar de sua desorientação, foi acolhida por uma das caçadoras, grace, que a ensinou que tentar era a coisa mais preciosa que podia fazer por si mesma e pelos outros.
ㅤㅤadotando seu sobrenome junto ao título oficial de filha, olivia se mudou com grace para ardare dois anos depois, com a esperança de que um ambiente novo e distante ajudasse a cicatrizar todas as complicadas feridas. desde então, muita coisa ao seu redor mudou: se adaptou ao clima e à língua estrangeira, fez amigos, repropositou o termo 'família', se juntou ao conselho e completou os estudos em atraso. agora estava prestes a iniciar seu primeiro ano na universidade, no curso de enfermagem.
ㅤㅤpor fora, parece apenas mais uma garota de todas as outras da pequena cidade, mas sua naturalidade continua sendo moldada com tanta força e suor quanto no seu primeiro dia longe do ninho. é incapaz de entender como os outros seres humanos comuns funcionam espontaneamente, remexendo dentro de sua mente para novas melhorias como se fosse uma engenheira com sua máquina que constantemente precisa ser consertada. além do medo que carrega de ser vulnerável novamente, sua busca pelo 'normal perfeito' leva olivia até grandes crises de frustração, em que dificilmente consegue controlar sua rispidez e fúria com as pessoas ao seu redor. porém a intensidade de suas emoções são esmagadoras quando positivas também: se surpreende até com as pequenas coisas, e nunca mede esforços para demonstrar o quanto ama seus amigos e família, ou para protegê-los.
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⠀⠀⠀⠀⠀♡ ⠀*⠀𝐠𝐫𝐮𝐩𝐨 .
ㅤㅤolivia faz parte do conselho como caçadora desde que se juntou à ardare.
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⠀⠀⠀⠀⠀♡ ⠀*⠀𝐩𝐫𝐨𝐟𝐢𝐬𝐬ã𝐨 .
ㅤㅤpara ajudar com o custo dos estudos, olivia vai de emprego à emprego com uma grande frequência, em sua maior parte bicos temporários. atualmente, trabalha como florista no cemitério de ardare.
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