Tumgik
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em alguns momentos desejo que o tempo pare. em outros que ele passe rapidamente. em todos eu me sinto perdida.
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se em uma quarta-feira qualquer, no meio da tarde, você lembrar de mim, não me procure. se em algum momento, a sua memória te mostrar lembranças das noites em que ficamos juntos, faça o favor de esquecê-las. faça do jeito que está fazendo agora, finja que eu nunca existi. que eu nunca falei que estava apaixonada. que eu nunca lhe entreguei beijos cheios de sentimento. finja. finja até não restar nada sobre mim. até que não me reconheças mais. até que meu rosto vire um borrão nos seus sonhos. pois eu estou fazendo o mesmo.
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eu te amava. sinto falta de você comigo. queria poder te conhecer de novo. refazer nossa história e não deixar que ela se tornasse tão trágica. não ter deixado você ir. mas se você quisesse estar comigo, você estaria. eu sei que fiz tudo que estava ao meu alcance, mesmo assim, sinto que foi insuficiente. eu sei que foi escolha sua ir embora, então por que me culpo tanto? se eu pudesse ter algo de você, escolheria um último abraço. um abraço apertado que juntasse todos os cacos do meu coração. mas você só o destruiria ainda mais. eu sei que é idiotice amar quem não se importa com você mas como posso evitar? como parar de te amar?
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Não existe um aviso, exatamente. Ela vem como se nunca tivesse ido. Não importa o quão bem você estivesse antes, de repente, tudo parece perder a cor. A energia vai acabando como uma bateria de celular. Diminuindo cada vez mais, até que você acorda de um transe, olhando o teto do seu quarto, depois de dias sem levantar da cama. E então, percebe que nunca mais irá sentir essa tristeza de novo. Seu reflexo no espelho te enaltece. A energia passeia rapidamente por todo o seu corpo. Você sente que nada nem ninguém pode te derrubar. Se sente único, leve, suave e elétrico. Como um tiro atingindo seu peito, espalhando gosma preta do seu coração ao restante do seu corpo, a tristeza se instala novamente. Repetidamente você se enxerga no meio dessa guerra. Outra vez e outra vez.
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Você pensa em mim como eu penso em você? Você deita na sua cama, encarando o teto do seu quarto e revive, dezenas de vezes, o nosso primeiro beijo? Consegue sentir a maciez dos meus lábios, como se estivesse me beijando naquele exato momento? Vira o corpo, esperando me ver deitada ao seu lado e sente seus olhos encherem de lágrimas, ao se deparar com o vazio? Lembra do cheiro do meu corpo e em como ele encaixava tão bem no seu? Dos meus olhos pequenos e castanhos te fitando de pertinho. Meu olhar te fazendo carinho. Eu lembro. Você entrando pela porta, tirando os sapatos, caminhando até mim para me dar um beijo na testa, como sempre fazia ao chegar de qualquer lugar. Eu te esperava, sentada no sofá da sala, com seu chocolate favorito - ao leite com M&Ms - na mão. Você terminava seu banho, deitava a cabeça no meu colo e eu te fazia cafuné. Escutava você falar sobre o seu dia, beijava carinhosamente seu rosto que exalava cheiro de sabonete. Você lembra de alguma dessas coisas? Qualquer coisa. Das milhares de vezes em que eu deixei sua toalha na porta do box, mesmo sem você pedir, já que você sempre esquecia? De como meu quadril dançava em cima do seu, rebolando como nenhuma outra será capaz de fazer. Nenhuma outra é como eu. .
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Dentro de mim existe um desejo implacável de ser livre. Respirar o ar que o mundo nos oferece tendo a certeza que nada pode me parar. Correr o mais rápido possível, sentir o vento percorrer pelo meu corpo, agitando meu cabelo, na areia da praia, na beira do mar. Sentir o meu coração bater tão forte que poderia explodir no meu peito. Ouvir a melodia da minha música favorita, ser acolhida por ela como se estivesse recebendo um abraço. De olhos fechados, danço sem a percepção do que está acontecendo ao meu redor. O que importa é dançar. Me expressar. Me libertar das correntes que colocaram em meus pés e mãos. Tão inerte que eu sinto estar em todos os lugares ao mesmo tempo. E também em lugar nenhum. O desejo em meu peito só aumenta. Cresce. Cresce. Prestes a furar minha pele, como raios saindo do meu coração.
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Você me pergunta qual a coisa mais linda que já vi no mundo. Minha mente vagueia entre o mar, as estrelas, o céu ao pôr do sol, as montanhas e os pássaros. Mesmo com tudo isso, acabo pensando nele. Nos olhos castanhos olhando bem fundo nos meus. No sorriso largo que capturei com a câmera do meu celular, quando viajamos para a praia. Na clavícula marcada e no pomo de adão, que ficavam mais aparentes enquanto ele jogava a cabeça para trás, em êxtase. No rosto dele deitado no travesseiro, de manhã cedinho, com a luz que vinha da janela acariciando sua pele escura. A coisa mais linda que já vi: o amor.
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Eu lembro de todos os amores que tive. Guardo tudo em versos que eu mesma escrevi. Eles têm aparências distintas, personalidades fortes, beijos doces e mentiras azedas. Meus antigos amores carregam consigo títulos: primeiro amor, primeiro beijo, primeira vez, primeiro término, primeiro coração partido. Cada um deles tomou algo de mim que não pode mais retornar. Mas, também, deixaram outras coisas. Tudo que eu sei sobre amor, aprendi com eles. Por isso sei tão pouco. Por isso o amor me parece algo do qual eu deva fugir. Correr o mais rápido possível para que não me alcance, não me machuque mais uma vez. O amor sabia o quanto eu o amava, ciente disso, ele me jogou aos leões. Ele me descartou como um copinho de plástico. Eu chorei nos braços do amor, enquanto ele me abraçava forte, juntando todos os pedaços do meu coração quebrado. Para logo em seguida o despedaçar novamente. Eu contei minhas dores para o amor e escutei que eu era um fardo pesado demais para se carregar. Abri minhas pernas para o amor que gostou demais de entrar. E, depois, gostou demais de falar que eu não valia nada. Eu lembro de cada dor, cada beijo, cada choro, cada riso, cada tapa e cada carinho. Está tudo nas minhas memórias e nas minhas linhas. Está tudo cravado em mim como facas. Tudo ainda permanece aqui.
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Eu seguro os meus medos com as minhas duas mãos. Agarro fortemente para ter a certeza de que eles não vão escapar.
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Eu costumo acordar sempre no mesmo horário, sete e meia da manhã. O sol que entra pela janela maltrata meus olhos mas os sons de início de dia tocam a melodia mais doce e serena possível. Eu abro a cortina e olho, pela janela, as pessoas indo aonde devem ir. Padaria, trabalho, escola ou apenas caminhando. Inspiro quanto ar meus pulmões conseguem aguentar. Eu estou sozinha e, ainda assim, me sinto completa. Me sinto inteira. Sinto que sou dona do mundo e, principalmente, de mim. A noite traz consigo uma incrível ousadia. Carrega as luzes, o barulho, as risadas, a música. Me enche de euforia, diferente do dia, que me enche de tranquilidade. O brilho das estrelas nesse céu escuro me faz querer brilhar tanto quanto elas. O vento forte bate no meu rosto com a leveza que só ele poderia ter. Eu sinto meu corpo entrar em êxtase e, ao mesmo tempo, explodir de eletricidade. Quando você passa tempo demais apenas vendo a vida passar, os dias escapando pelos seus dedos sem que você tenha forças para ir além, o menor gosto de vivacidade que você provar vai ser como expandir sua alma e deixar que ela rompa toda a dor que você guarda. Fragmentos de dor para todos os lados que, aos poucos, vão sumindo. Desaparecendo. Até que sobre apenas um pouco, o normal de se sentir, aquela dor que é necessária. Todo peso excessivo e descabido se vai. Nesse momento, me sinto infinita. Como se o mundo fosse tão pequeno que coubesse na palma da minha mão. Como se nada pudesse parar a vida que carrego no peito, que agora pulsa e grita, corre pelas minhas veias feito o vento pela grama de um campo aberto. Rápido, leve, solto. Me embriagando de cores e sentidos. Me enchendo de esperança.
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eu sei quando há perigo
quando todos os meus sentidos
gritam "CORRA!"
é nesse momento que
eu decido ficar
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Aos 10 anos de idade, ganhei um ursinho cinza de olhos azuis. A única cor que havia nele era a de seus olhos, o resto era cinza, do pé a orelha. Dei a ele o nome de Depi. Ele se tornou meu companheiro, onde eu estava, Depi também estava. Eu não sabia qual era o problema mas ninguém gostava dele. Pediam para eu o deixar em casa, esconder no armário ou, até mesmo, jogá-lo fora. Diziam que sentiam algo ruim ao olhar para ele, mas que coisa estranha, ele era apenas um ursinho como tantos outros. Em uma tarde, quase 18 horas da noite, eu cheguei em casa após a escola e lá estava Depi. Pela primeira vez, ele parecia diferente. Depois de pegá-lo e verificar que nada estava errado, fui ao banheiro para tomar banho. Abri o armário do banheiro, que ficava acima da pia, para pegar minha escova de dentes. Me assustei ao fechar e me deparar, pelo reflexo do espelho, com Depi atrás de mim. Me virei bruscamente e, num flash, Depi sumiu. Pensei que estivesse vendo coisas, afinal, eu estava mesmo cansada. Liguei o chuveiro e a água criou um ardor em meus braços. Confusa, eu fitei aqueles cortes finos que cobriam meus antebraços, sem saber de onde surgiram. Naquela noite, quase não dormi. Depi sussurrou coisas horríveis sobre mim em meus ouvidos. Eu não entendia como aquilo poderia estar acontecendo. Seus olhos azuis já não existiam mais, agora havia apenas buracos onde antes existiam brilhantes e grandes bolinhas. Depi me perseguia noite e dia, onde eu estava, ele também estava. Não importava o quanto eu fugisse, ele sempre me encontrava. Tentei jogá-lo fora, até mesmo o incendiei mas de nada adiantava o meu esforço. Durante anos, Depi cantou palavras cruéis para mim. Me fazia cortes e mais cortes, deixando várias cicatrizes. Assustou todos os meus amigos, me deixou sozinha para que eu não mais o soltasse. No meu aniversário de 16 anos, eu o joguei no mar. Sua imagem ainda me persegue, mesmo que eu tente ignorar. As marcas ainda fazem parte de mim, fisica e mentalmente. Espero que, um dia, eu finalmente esteja livre de Depi.
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De alguma forma, eu me encontrava perdida. Não sabia, sequer, como havia chegado aquele lugar. Era tão frio e solitário, eu gritava mas minha voz apenas ecoava no que parecia um vão vazio. Repetia mentalmente um mantra que inventei ali, na hora do desespero.
Se algum monstro
Quiser me pegar
Não poderá me alcançar
Pois a minha força
Não há de qualquer um
Transpassar
Então, de repente, eu enxerguei algo verde brilhando ao longe. Rompendo a escuridão que me engolia. Jamais havia visto algo assim. Senti um arrepio subir por minha espinha, correndo até a minha nuca. Por mais que o medo estivesse presente, eu não conseguia tirar meus olhos daquela esfera brilhante. Caminhei ao seu encontro, lentamente, como se estivesse hipnotizada. A cada passo, eu me sentia mais leve, flutuando, cercada por uma névoa verde inebriante. Quando cheguei perto o suficiente, vi grandes olhos negros dentro da esfera, olhando diretamente para mim. Meus dedos foram ao encontro daquela coisa e, então, um grito fino e muito alto invadiu o ambiente. Me abaixei de olhos fechados, tampando os ouvidos. Em um segundo, tudo estava quieto novamente. Um vão escuro acolhido pelo silêncio e eu.
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Nós estávamos na praia, brincando no mar. As ondas iam e vinham com tanta serenidade. Eu estava, verdadeiramente, feliz. Não sei exatamente em que momento tudo começou a mudar, só senti o vento ficar muito forte e o tempo fechar. O mar se agitou tanto que não consegui mais sair. Ele já estava na areia quando percebeu e voltou para me ajudar. As ondas estavam fortes demais, eu o empurrei de volta para que ele não se afogasse. Ele ainda tentava me alcançar mas o mar o levava de volta, todas as vezes. Eu sentia um misto de desespero, por estar me afogando e tranquilidade, por ele estar salvo. De certa forma, eu sabia que estava condenada. Nadar era inútil, eu não conseguia lutar contra a maré. Eu sequer sabia nadar. Aquilo me pegou de surpresa. Já estava longe, longe demais mas ainda conseguia vê-lo. A água entrava nos meus olhos, ardia e queimava mas enquanto eu pudesse vê-lo, eu manteria meus olhos bem abertos. Eu não precisava ser salva, porque eu não tinha mais chance ou esperança. Mas ele sim. Ele sim. Então, sua imagem foi sumindo, fui consumida pelas ondas. Eu sabia que ele estava bem, salvo e seguro. Me entreguei ao oceano, ele já fazia parte de mim e então, eu também me tornei parte dele.
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São quase duas horas da manhã, estou caminhando pela areia da praia. A brisa fria do mar toca minha pele, me fazendo arrepiar. Estou mirando o horizonte, sem conseguir vê-lo direito, desejando estar lá ao longe, junto com as embarcações. Quando fecho os olhos, consigo me imaginar no meio do oceano, água para todos os lugares e o céu estrelado acima da minha cabeça. Parece que uma vida não é o suficiente para viver. Estou aqui, parada, ouvindo atentamente o cantar sereno do mar. As ondas quebrando em um ritmo harmonioso, uma após a outra. O vento sopra fortemente, fazendo meus cabelos esvoaçarem. Me sinto tão viva que posso sentir a vida correndo por minhas veias, de um lado para o outro, ardendo meu corpo inteiro.
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você me disse, uma vez, que não se achava alguém interessante. isso não é algo engraçado, mas eu ri, me desculpe. eu ri porque você é tão burro. eu ri porque foi uma ironia gigante. você nem sequer percebeu a minha atenção em você. então, eu pensei em quantas pessoas se sentem irrelevantes, sem saber que, na verdade, existe alguém que aprecia cada momento com elas. e cada momento com você, para mim, é importante. com suas músicas estranhas que eu escuto só por sua causa, já que você sempre me manda. com suas piadas sem graça que eu sinto dor de tanto rir. com sua tristeza repentina, sua confusão dentro de si. com seus sumiços e retornos. eu não me canso de você. eu te acho alguém interessante. completamente, com todo esse seu jeito de ser.
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você me diz algo sobre me amar tão profundamente que não consegue controlar. eu apenas dou um meio sorriso, esperando que você se cale. não sei lidar com nada disso. você sabe que eu não quero te magoar, porém, por mais que eu tente, não consigo te amar. você leu meus textos sobre amor, acho que me confundiu com o eu lírico. nada do que eu escrevi é real. todas aquelas lindas palavras não passam de palavras, eu realmente não conheço aqueles sentimentos. a única coisa eu sinto é um vazio, incapaz de ser preenchido. nada e nem ninguém pode mudar meu coração. eu, verdadeiramente, gosto de você, mas não como você quer, não posso me forçar a amar você. espero não precisar ser grosseira ou rude, então, entenda de uma vez que a vida continua. continua sem mim.
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