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19.07.2017 - Quarta-feira

Querido amigo, venho aqui para lhe contar que tenho um crush na academia. Sim, estou fazendo academia, e frequento todo dia. Muita coisa aconteceu desde a última vez que nos falamos, que pra falar a verdade nem me lembro de quando foi. Então vou lhe inteirar em algumas coisas. Fiz minha cirurgia uma semana depois do meu aniversário de 17 anos, e desde então, tudo mudou, tudo é melhor, parece que sumiu uma montanha das minhas costas e com ela muitos problemas, me senti mais livre. Terminei o ensino médio e queria eu estar fazendo faculdade, mas não consegui vaga pelo enem nas faculdades que queria, fiz vestibular na belas artes e passei, mas a mensalidade é muito cara. E pra falar a verdade, prefiro ir embora para outro país e fazer minha vida lá. Já que não estudo mais, pois nem um cursinho estou fazendo, a minha rotina consiste de ir na academia de segunda a sexta e quando não estou de férias, terça e quinta tenho o curso de alemão. No resto do tempo, nem eu sei o que faço direito, entre tardes e madrugadas assistindo séries e filmes, às vezes a vida está tão corrida que nem tenho tempo direito pra isso. Sobre a minha "vida amorosa" que sabemos muito bem que não existe, continua não existindo e neste ano não gosto de ninguém, talvez esteja começando, mas é um talvez, que ainda não sei. Às vezes sou assombrada pelo Matheus, até pelo Casão e o André. É muito estranho não estar realmente gostando de ninguém, mas arranjo um crush ali e outro aqui. Mentira, eu tinha um crush que "conheci" na pista de skate nos primeiros dias do ano, não cheguei a realmente conversar com ele, mas ele é um amor de pessoa e tem uma alma muito bonita, mas aos poucos desencanei dele, não investi e continuei seguindo o meu dia a dia. E quando descobri que ele estava namorando, foi como ficar sabendo sobre a vida de uma pessoa qualquer. Agora tenho um crush na academia, na verdade ele é meu crush desde a primeira vez que eu vi ele. Comigo é sempre aquela frase do "se eu não me apaixonei por você na primeira vez que eu te vi (bla bla bla)". Ele começou a fazer academia depois de mim, mas antes ele era só aquele crush que eu via as vezes e me sentia atraída. Mas de uns tempos pra cá, não é mais do mesmo jeito. Ele tem ido (basicamente) todo dia também e sempre aquela tensão no ar. Nunca sei se é coisa da minha cabeça ou não. Nessa segunda-feira eu estava na casa da Marcely e a gente ia sair de tarde, então ela me arrumou toda, alisou meu cabelo e deu uma enrolada básica e passou maquiagem, fiquei muito bonita e no final das contas nem saímos e acabamos indo na pista. Fui na academia e o meu crush, que é o Eduardo, que descobri o nome dele por acaso porque ouvi a dona da academia falando, ele já estava lá e ele não tirou os olhos de mim enquanto eu fazia minha aula de dança. Ele nunca me olhou tanto quanto naquele dia, nossa, fiquei mais tímida do que sou. É claro que sempre tem aquelas trocas de olhares, mas naquele dia ele realmente não tirou os olhos de mim, me olhava com um olhar fixado e parecia nunca ter um intervalo, acho que ele até se perdeu em um dos exercícios que estava fazendo. Ontem, terça-feira, estava muito muito frio e estava ventando muito gelado, mas ainda assim eu iria na academia, então quando foi seis e meia da tarde fui pro ponto de ônibus em frente de casa e assim que avistei o primeiro ônibus que passa na rua da minha academia, eu entrei e quando cheguei na catraca dei de cara com o Eduardo no mesmo ônibus que eu. Ele estava em pé no final do corredor, fiquei em pé na metade do ônibus. Levou alguns minutos até ele perceber que eu estava lá também, e eu pude reparar, mesmo de longe, como ele é bonito, me pareceu até ser mais bonito do que eu achava que era. Isso acontece às vezes comigo, já que estou tão concentrada em olhar e desviar rapidamente. Eu peguei ele me olhando no ônibus algumas vezes e eu procurava olhar para ele pelo reflexo. Depois que chegamos e entramos na academia, foi tudo normal, eu fui no banheiro trocar de roupa e ele foi deixar a mochila. Eu até que estava bem bonita, na minha opinião, meu cabelo ainda estava meio liso e meio enrolado, eu usei uma regata cavada da vans muito bonita e uma calça legue. Por mais que tenha começado o meu aquecimento em um aparelho depois dele, terminei alguns minutos antes dele e quando ele saiu e foi beber água, eu estava no aparelho de frente com bebedouro e no momento que ele foi beber água eu estava fazendo agachamento, e eu fiquei olhando pra ele vir e ele me deu um olhar, eu quase falei um oi, foi bem quase, queria muito que ele tivesse falado. Mas ele só foi e bebeu água. Terminei o treino antes dele e não queria ir pro ponto de ônibus ainda, porque gosto de ficar vendo ele do outro lado da rua esperando ônibus também, até que meu irmão me mandou mensagem dizendo que ia me buscar. Então fiquei encostada no balcão da recepção destinada a falar um tchau para ele, já que ele teria que dar tchau para a dona da academia que estava ali atrás do balcão. Acabou que quando ele foi ir embora ela não estava, mas mesmo assim eu continuei focada em fazer "algo". Quando percebi que ele estava começando a vir para sair, comecei a olhar para a minha mão machucada, como se não visse ele ali se aproximando cada vez mais, vi pelo canto do olho ele colocando a ficha dele no local certo. E ouvi o barulho da catraca quando ele saiu. Ao passar por mim, foi quando eu olhei pra cima e falei "tchau tchau", ele estava olhando pra baixo, talvez procurando algo em sua mochila, não notei exatamente, então ele olhou pra mim e quando percebeu que eu estava olhando pra ele e que era com ele que eu estava falando, ele sorriu (bem aberto, por sinal) e falou "tchau" entre um riso. Foi muito fofo o jeito que ele falou, e sorriu, ele tem um sorriso muito bonito e não vou mentir que me derreto um pouco ao lembrar dessa cena, por isso achei que deveria te escrever, porque queria muito te contar. Hoje ele não foi na academia, talvez porque ele trocou de série ontem e esteja com dor. Não sei, mas volto a te escrever. Quem sabe todos os dias, se conseguir. Vou tentar dormir. Com amor, Gi.

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11.08.2016 - Quinta

Querido amigo, eu acordei às 6h20, mas demorei uns dez minutos pra levantar. Estava me sentindo um pouco cansada. Quando cheguei à escola fiquei conversando com a Maria, o ninja e a Isabela. Depois, já atrasada, fui subir pra minha sala até que encontrei a Lucy descendo e ela disse que iríamos para a sala 20, então fomos para lá. Fizemos um conselho de classe onde eles falavam em quais matérias o aluno teve nota vermelha e pergunta porquê. Eu não tive nenhuma nota vermelha. Na segunda aula fomos liberados da sala, o professor de matemática tinha faltado e iriamos ficar no pátio, mas como estava muito frio eles deixaram a gente ficar na sala à toa. Quando o sinal para a terceira aula bateu eu desci e fui falar com a Samanta, conversamos por alguns minutos e depois eu subi atrasada. Sim, eu tenho muita mania de chegar nas aulas atrasada. No intervalo eu fui com a Maria até a cantina comprar bala e depois fomos até a galera. O Matheus G. e a Ana Julia estavam sentados no banco, o Raul estava atrás deles em pé. Acenei para eles, e só o Matheus G. que ficou olhando, pois a Ana Julia e o Raul acenaram. Eu continuei andando até que o Raul veio atrás de mim e me perguntou se eu tinha pego algum Pokémon, sério, ele realmente gostou de conversar comigo. Aí eu falei "nossa mano, você não sabe, eu encontrei um Dragonite ontem em casa", eu mostrei pro Raul e sério no que eu falei isso o Matheus G. levantou e veio até mim. Eu não cheguei a falar muito com o Raul hoje, só falamos um pouco e depois o Matheus G. começou a falar as coisas, tipo "ah mas eu tenho o dratini" ele mostrou, e eu falei "ah mas eu também tenho", aí ele falou do dia que ele pegou um outro e contou a história na maior boa. E bom, ele normalmente não me dá nem oi, ele só me cumprimentou uma única vez que foi quando a gente saiu pra andar de skate juntos. Ele sempre tá na dele quando eu tô por perto. Sei lá se ele tinha medo de mim por eu ter mandado um monte de mensagens meio que brigando com ele ano passado. Enfim, fiquei feliz com esse progresso, porque ele realmente foi o único de todos ali que eu não consegui me aproximar. Depois disso fui até a Maria que tinha sentado do lado do Raul e fiquei de frente com eles. O resto do intervalo foi normal, eu conversando com a Maria e etc. Quando bateu o sinal eu subi para a minha sala e peguei minha mochila, desci porque era aula de português é a sala é embaixo. Quando acabou a quarta aula fiquei conversando com a Maria, mas acabei encontrando a professora no caminho, então falei pra professora que ia pegar um caderno na sala da amiga e fui até a sala da Barbara falar com ela e contei que tinha chego a falar com o Matheus G. e ela ficou feliz porque ela sabe como ele é todo na dele e etc, e ele ter vindo falar comigo ou ter simplesmente falado algo foi algo bem grande e importante. Depois fui para a minha sala e passei as duas últimas aulas ouvindo música, falando com as pessoas e também pensando sobre o intervalo, e também que eu mal falei com o Raul. Quando o sinal bateu, eu desci e fui até a Maria e saímos lá fora, ela foi embora e eu fiquei conversando com o ninja e a Isabela. Teve um momento em que o Raul surgiu da rua de baixo e foi entrar no carro dele, nisso a Isabela gritou o nome dele, aí ele olhou e ela falou "não esquece hein", seja lá do que ela estava falando, enfim. Alguns minutos depois meu pai chegou e eu me despedi deles. Quando cheguei em casa deitei na cama da minha mãe e depois de um tempo ela apareceu falando as coisas, ela realmente não parava de falar hoje. Falando que eu não ajudo e sei lá o que, depois eu acabei tirando um cochilo e quando eu acordei e fui até a cozinha ver o que teria de almoço e ela começou a falar as coisas de novo e eu só saí da cozinha e fui no meu quarto trocar de roupa e depois fiquei no celular até o almoço. Depois do almoço fui ao dentista e no caminho minha mãe continuava falando as coisas sem parar, no hall do prédio ela ficava falando de como o elevador demorava, como se fosse a primeira vez que ela tinha ido ali, e falava de como ela já tinha desistido. Depois quando chegou no consultório ela viu que a dentista já era amiga da família, então ela ficou super de boas. O dentista foi rápido e depois disso eu fui tirar um raio x do lado de casa. Quando saí de lá fiquei no apartamento da minha tia, Lene, no prédio do lado, ela está alugando aquele apartamento e o meu irmão está arrumando algumas coisas lá. Ficamos lá até quase sete horas e depois que voltamos pra casa pegamos o carro e fomos até a casa da Lene, pedimos pizza e depois que comemos às oito horas eu fui até o parque ali do lado, que é tipo o lugar do Pokémon, fiquei lá até às dez e cheguei em casa umas dez e quarenta. Resolvi tomar banho e lavar a cabeça, mandei áudio pra Maria e tomei banho. Quando saí fiquei surpresa ao ver que no meu celular tinha mensagem do Raul, nem sei onde ele conseguiu meu número, provavelmente pediu pra Maria ou para o Matheus H. que é da minha sala. Ele basicamente me enviou mensagem pra falar que ele estava no nível 15, lembra que ontem ele falou "amanhã eu vou estar no nível 15 você vai ver"? Então. Mas foi meio aleatório porque já era quase meia noite e ele podia esperar até amanhã pra me falar na escola, mas ele foi atrás do meu número e me mandou mensagem. Ele falou mais algumas coisas e depois falou "vou dormir bjss". Vamos combinar que foi bem aleatório. Depois disso me deitei e estou aqui escrevendo para ti. Com amor, Gi.

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10.08.2016 - Quarta

Querido amigo,

hoje acordei ás 6h20 para ir na escola, troquei de roupa e cheguei na escola quase 7h. Logo que cheguei encontrei a Rainara e fui falar com ela, ela me disse que ficou com um garoto. Aí eu fui na sala da Maria, que também era amiga do Luiz pois eles eram da mesma sala, a gente saiu ali fora e o ninja chegou, abracei ele e continuei conversando com a Maria. Depois a Isabella chegou, e depois eu fui pra minha sala que era ali embaixo, já que a sala de português é ali. As duas primeiras aulas foram tranquilas, conversei com os meus amigos e etc. Depois que bateu o sinal encontrei o ninja e perguntei pra ele onde que a Maria estava, ai eu vi ela e depois acompanhei ela até uma sala que ela foi pegar material, então resolvi voltar para o primeiro prédio e ir pra minha sala. Entrei, fiquei conversando sobre as coisas e depois foi o intervalo. Eu desci as escadas conversando com o Luan, acho que era sobre Pokemon, ai encontrei a Maria e a gente foi pro pátio e fomos no banheiro, assim que saímos fomos ver se o ninja e a Isabella estavam na cantina comprando alguma coisa, mas eles não estavam então a gente voltou para o lugar onde todos nós ficamos no intervalo. A gente ficou ali conversando, e depois o Matheus G. e o Raul, não sei se falei dele mas ele é super amigo do Matheus G. e também é amigo do Luiz, então eles passaram e sentaram no banco, aí o ninja e a isabella apareceram. Teve um momento em que a Maria foi e cumprimentou o Raul, e não lembro exatamente o que eu estava fazendo que demorei alguns minutos pra ir atrás dela e cumprimentar o Raul também, quando cheguei para cumprimentar ele, a Maria já estava falando com outras pessoas que estavam do lado dele, então eu falei oi pra ele, ele inclinou com a cabeça pra mim dar um beijo na bochecha dele e eu dei, vou admitir que foi meio ‘awkward’ porque eu não ia fazer isso, porque eu nunca cumprimentei ele desse jeito ou algo do tipo, sempre só falei oi, mas fui porque afinal ele inclinou e não ia deixar ele no vácuo. Então eu perguntei pra ele do pokemon dele e aí eu sentei do lado dele e começamos a conversar. Vou voltar um pouco se não você vai ficar meio perdido. Então, na sexta-feira, no intervalo, estava eu e o ninja apenas, porque a Maria estava viajando e a Isa tinha faltado. Até que o Raul e o Matheus G. sentaram no banco, e o Raul estava sentado perto de mim, não do meu lado como muitas vezes já aconteceu e eu nem cheguei a falar oi, mas perto de mim. Eu virei e falei ‘Oi Raul’, ai ele sorriu e falou oi de volta, o Matheus G. estava olhando, então eu peguei e inclinei e falei ‘Oi Matheus!’, eu não cheguei a ouvir ele falar oi de volta, mas nem liguei e o Raul puxou papo falando ‘ah, a maria não tá vindo mesmo né?’, aí a gente começou a conversar e eu virei, me aproximando dele, e sem querer dando as costas e ignorando o ninja, cruzei minhas pernas que nem um índio e fiquei conversando com o Raul. A gente conversou sobre várias coisas, e eu vou falar algumas. Teve um momento que ele falou ‘Ah, você me tem no snap né?’, aí eu falei que sim, aí ele perguntou ‘Você me tem no insta também?’, aí eu falei que sim, aí teve um momento em que ele falou ‘Você posta bastante coisa no snap’, aí eu ri e falei ‘É, o snap é tipo a única rede social que eu gosto de postar as coisas mesmo’. Depois teve um momento em que eu falei ‘Você posta bastante coisa no insta, teve dia nas férias que era super tarde e eu entrava e tinha foto sua lá que tinha acabado de ser postada, e um monte de gente comenta’, ai ele perguntou ‘Você comentou alguma?’ e eu falei que não. Assim, eu percebi que ele nem fica olhando as coisas no insta, que ele só vai e posta e fica de boas. Sei lá, por parte gostei disso. Eu não chego a ser tão assim, de as vezes não chegar a ver as coisas, ele então nem se fala. Depois ele perguntou ‘qual que é o seu user? ele é diferente do teu nome ou algo do tipo?’, aí eu falei ‘então, assim, eu sou uma pessoa super entediante, sabe? Porque tipo meu nome com o meu sobrenome só existe um no mundo, eu tenho todos os users livres, então eu sempre uso ele (…)’, no caso eu falei o meu user. Aí ele perguntou ‘Tem alguma foto sua?’, ai eu falei ‘Nem tem direito, eu mal posto foto minha, eu posto foto de tipo qualquer outra coisa’, aí ele falou ‘O meu também é assim’, aí eu falei ‘Tipo pra você ter noção, só esses dias que eu postei uma foto minha em tipo dois anos.’ Teve um outro momento em que ele perguntou se eu tava jogando Pokemon, e eu disse que sim, mas que nem tinha nada demais porque não tinha colocado crédito no celular pra caçar fora de casa. Aí ele me mostrou os pokemons dele e etc. E depois que bateu o sinal ele me deu tchau e saiu com o Matheus G., e eu fui conversar com o ninja, ai o ninja falou ‘você me largou lá pelo mano’, ai eu falei ‘ah, é que a gente começou a conversar e eu nem vi’. Ele também conhece o Raul, obviamente. Depois teve o fim de semana, e a gente não teve aula segunda e terça porque foi conselho, mas eu tive alemão segunda que é na mesma hora do espanhol do Raul, então eu fiquei na esperança de conversar com ele, se ele fosse, e falar sobre Pokemon, já que eu tinha saído bastante nos últimos dias pra caçar Pokemon. Mas eu cheguei atrasada no alemão, e depois quando saí o Raul já tinha ido. Mas quando foi na madrugada de segunda pra terça, eu entrei no instagram e vi que o Raul tinha postado uma foto dele, eu fiquei meio relutante se curtia ou não, aí decidi curtir. Passou alguns minutos e ele foi e curtiu a foto que eu postei na semana retrasada de mim. Fiquei felizinha, sei lá porque, e por ele ter lembrado também do que a gente conversou. Aí voltando pra hoje, no intervalo, em que eu comecei a conversar com ele sobre Pokemon, aí eu mostrei pra ele que eu já tava no nível 12 (agora to no 14) e tals, aí ele falava ‘você vai ver amanhã eu vou estar no 15′, ele tava no 9 até então. Aí tinha hora que a Maria vinha brincar ‘Ah para de falar de Pokemon’ e sei lá o que. Teve hora que a Maria estava do meu outro lado, mas eu estava de costas pra ela, e teve hora que era o ninja em vez dela, e ele até encostou a cabeça no meu ombro prestando atenção em eu e o Raul conversando, mas eu nem falei nada com o ninja, só continuei falando com o Raul. Enfim, a gente ficou conversando por bastante tempo, aí teve um dos garotos que pegou meu celular e saiu andando, então depois de alguns minutos eu tive que levantar e ir até ele para pegar meu celular. Quando voltei o Raul já tinha virado pra conversar com o Matheus G, eu não quis atrapalhar, então fui falar com a Maria, mas aí ela foi até o Raul e eu voltei e sentei do lado dele de novo. Aí a Maria falou algumas coisas da viagem dela, e falou que ela tinha escalado uma montanha e eu e o Raul falamos ao mesmo tempo ‘você escalou mesmo?’, foi engraçado. Aí ela contava e meio que encostada em mim, aí tinha hora que eu e o Raul se olhávamos, e era bem aleatório pra falar a verdade. Depois de alguns minutos que o sinal tinha batido, o Matheus G. levantou e o Raul também, ele se despediu da gente e foi pra sala dele. Aí nisso o ninja meio que ‘me chamou’, eu já tava perto dele, aí ele perguntou baixinho ‘você ta ficando com o Raul?’, e eu fiquei tipo ‘Não’, ai o ninja falou ‘você ta gostando dele então?’, ai eu falei ‘Não’. Aí ele falou ‘nossa vocês se falam o tempo inteiro’ e eu falei ‘claro que não, eu só falei com ele na sexta e hoje, nada demais’. Ele não pareceu convencido, e eu realmente acho engraçado, porque ele sabe que eu ainda gosto do Luiz. Aí eu falei ‘Por que? Você tá com ciúmes?’ e tipo assim, a parte do ciúmes eu falei em um tom de brincadeira, porque eu estava brincando mesmo. Mas ele não pareceu ter levado na brincadeira e só falou ‘não’. Eu não entendi direito, mas deixei quieto e achei bem engraçado. E assim, o ciúmes seria só de amigo mesmo porque o ninja namora a Isa. E sei lá, me faz lembrar de um pouco antes de sairmos de férias, o Matheus H. da minha sala, meu amigo, falou um dia do nada “Na semana passada, o Léo e o Raul estavam conversando, e o Léo tava falando de quem o Raul já tinha pego e tals, aí o Léo apontou pra você e o Raul disse que falava contigo e tals, ai o Léo perguntou se o Raul já tinha te pegado, e o Raul falou ‘ela ainda não’”, só pra deixar claro o Matheus H. faz espanhol com o Raul já tem três anos, e eu realmente fiquei surpresa quando o Matheus me disse isso. Enfim, depois eu chamei a Maria pra ir pedir almoço comigo que eu quase tinha esquecido, foi realmente por muito pouco pra eu não ter esquecido. Depois eu fui pra minha sala, contei pra Lucy do ocorrido e ela também riu. Depois na saída fui até a sala da Maria pra me despedir dela, e depois fui para o pátio almoçar e encontrar a barbara, contei as coisas para ela. E ela riu quando eu disse que perguntei pro ninja se ele tava com ciúmes. O Raul chegou cedo para o espanhol, normalmente ele chega em cima da hora, ele apareceu no pátio enquanto eu ainda estava almoçando, ele ficou pra lá e pra cá conversando com umas pessoas. E eu cheguei a trocar alguns olhares com ele. Depois que eu terminei de almoçar, eu, a Barbara e o Matheus H. subimos para esperar os professores e etc. Aí a gente estava com outros amigos nossos que são do espanhol, e eu já tinha visto a minha professora passar. Mas o Raul não tinha subido ainda, ele subiu atrás do professor deles e eu achei que ele já tava indo pra sala, portanto que já virei pronta pra ir pra minha, mas aí ele veio até a gente. Eu não cheguei a falar com ele, e nem vi necessidade de falar um oi de novo. Mas tinha momentos em trocávamos olhares e eu dava um sorrisinho (de oi) pra ele. E ele só olhava. Depois eles resolveram ir pra sala e eu e a barbara também fomos. Na saída dos cursos, eu vi o Raul lá fora esperando a mãe dele e normalmente ela já está lá fora, mas hoje ela demorou um pouco. E por parte fiquei com dó dele sozinho lá, e até iria lá falar com ele se eu já não estivesse ali conversando com a barbara, a Katherine e a Leticia. E tinha hora que ele olhava pra mim. Depois ele foi embora, e ainda demorou mais de cinco minutos pra eu ir também. Meu pai me deixou em casa, e eu troquei de roupa e saí pra caminhar indo em pokestops. Quando cheguei em casa meu pai já tinha chego e assistimos um documentário do meu avô que passava no canal curta. Depois eu e meu irmão fizemos pipoca com manteiga e eu assisti o novo episódio de Scream. Depois fiquei à toa mexendo no celular e achei um Pokémon bem raro no meu jardim. Então resolvi assistir o episódio novo de Chelsea, mas depois comecei a escrever para ti. Com amor, Gi.

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01.08.2016 - Segunda

Querido amigo,

faz um ano que não nos falamos propriamente, tentei algumas vezes nos últimos meses, mas sempre acabava não finalizando. Bem, muita coisa aconteceu, afinal de contas, foi um ano. Certo, vamos começar falando sobre o que você já sabe e falando dos últimos assuntos discutidos. Sobre o Casão, só cheguei a ver ele no dia 28 de Maio, que fui na quermesse da Sagrada e mais uma vez encontrei ele. Sinceramente, duas vezes? Chega a ser engraçado. Primeiro, que tanto esse ano quanto no ano passado, eu fui de última hora. Segundo, que nas duas vezes que vou, de todos os dias de três meses da quermesse, eu acabo indo no dia que ele vai, quando ano passado eu fui lá pelo dia 6 de junho. Foi meio awkward, mas eu não falei com ele, se ele estivesse com o Daniel, eu falaria, mas ele estava com outros amigos dele. E eu estava com a Marcely e tínhamos ido encontrar vários amigos nossos. Várias vezes eu meio que dava de frente com ele, e ficava meio que aquele clima estranho, sei lá, mas foi muito estranho. Enfim, agora vou colocar parte do que comecei a escrever em dezembro para postar e não terminei.  “Em outubro achei que estivesse gostando de um cara do terceiro da minha escola, até conseguir virar amiga dele e tals, mas logo depois disso eu me desinteressei. Só aconteceu. E aí ele até chegou a mandar mensagem pra mim há algumas semanas dizendo que ele estava sendo muito estupido comigo e que a gente nem estava se vendo, mas eu já cortei ele dizendo que eu estava tentando chamar um garoto pra sair e que já chamei, a parte do chamei é mentira. E aí depois ele até tentou continuar falando algo por mensagem mas eu nem dei bola, então parou por ali mesmo, e depois fiquei evitando ele nas últimas semanas de aula. Esse garoto que eu estaria tentando chamar para sair seria o Luiz. Eu sei que já cheguei aqui várias vezes e falei “estou gostando mesmo dessa pessoa e etc”, mas com o Luiz é verdade. Porque não existe mais ninguém na minha cabeça além dele. Não existe mais Daniel, não existe mais Casão, não existe mais Matheus. Você tem noção? Não existe mais nada pelo Matheus em mim. Mais nada. E eu já tinha certeza disso, e semana passada eu tive a confirmação. Vamos começar da onde eu parei, julho, ainda tinha muitos sentimentos pelo Matheus até o Luiz aparecer. Em julho eu vi o Matheus no shopping, mas ele não me viu, e eu fiquei louca, porque ainda tinha sentimentos por ele e etc. De julho até final de outubro, que foi quando eu comecei a ter sentimentos pelo Luiz, eu ainda era louca pelo Matheus. E foi assim que eu percebi que realmente estava gostando do Luiz, da mesma maneira que gostava do Matheus, porque não existe mais nenhuma outra pessoa pra mim. Essas semanas atrás tive um sonho com o Luiz, tenho sonhos com ele quase todo dia, e nesse sonho eu ia fazer uma surpresa pra ele e ia dar um filhotinho de cachorro pra ele. Só que não sei exatamente o que aconteceu que quando eu cheguei no prédio que o Luiz estava, a pessoa que ia me ajudar, algum parente dele, não estava. E quando eu cheguei no prédio o Matheus estava lá na entrada/portaria, e depois de todo esse tempo era a minha chance de falar com ele, mas a minha única preocupação era arranjar a chave para o apartamento que o Luiz estava. No sonho, o pai do Matheus era dono/síndico do prédio então ele tinha acesso a todas as chaves. Ou seja, no sonho o Matheus me ajudou a fazer a surpresa para o Luiz. Depois, quando eu acordei, pensei nisso como mais uma certeza de que não sentia mais nada pelo Matheus. Aí terça passada eu saí para andar com o Joe no esplanada, e na volta eu vi o Matheus e atravessei a rua e fui falar com ele. Ultimamente estou reta, direta e com uma cara de pau, que nossa. Então, aí eu fui e falei com o Matheus. Eu falei “Matheus?”, ele olhou pra mim com aquela cara de quando você vê alguém sabe que conhece mas não lembra da onde, então eu continuei “você nem deve lembrar de mim, a gente fez inglês juntos”, nisso a gente já estava de frente com o outro, e a minha última preocupação era se o Joe ia ou não estranhar ele. Aí ele perguntou “na cultura?”, aí eu “no callan”, aí ele “ah, faz tempo então, não faz?”, aí eu “faz, faz uns dois, três anos”. Aí eu não lembro exatamente o que disse depois daí, mas cheguei a falar que ele estava bem diferente, a voz dele também. Ele perguntou se eu morava por ali e eu disse que não, que morava no centro. Aí tipo a gente meio que se despediu, ele fez o movimento pra mim dar um beijo na bochecha dele e depois quando ele já estava indo ele virou e perguntou meu nome. Foi rápido, foi normal, muito lance de filme ou sei lá”

Não finalizei depois daí, então nem lembro mais o que iria dizer exatamente. Bem, provavelmente você deve estar se perguntando como eu digo que o Casão não mexe mais comigo e então venho e digo que encontrei ele e blá blá blá. Ele não mexe mais comigo mesmo. Mas estou te contando porque acho que devo e porque foi um momento bem aleatório, e eu já não via ele há quase um ano. Mas continuando sobre o Luiz, bem, era assim, eu gosto do Luiz, e a minha amiga Barbara gosta do Matheus G., que é o melhor amigo do Luiz. No final de novembro, fazendo exatamente um ano do show do Jake Bugg, de primeira, eu meio que ‘peitei’ ele quando dei de frente com ele depois que comprei meu lanche no intervalo e falei um ‘e ai’ e já saí voando, nem sei se ele chegou a responder ou não. E depois na saída, eu estava esperando alguém me buscar na escola, e já eram quase 12h40, quando eu vi o Luiz voltando e indo para uma esquina de frente com a escola, e aí ele ficou ali. Eu estava louca pra falar com ele, tipo muito louca mesmo. E ele ficava indo até a esquina e andando para um pouco mais longe da ponta onde eu não conseguia vê-lo, de primeira achei que ele estivesse com algum amigo ou algo do tipo. Mas já que ele ficava indo e voltando percebi que ele estava sozinho. Aí eu falei pra mim mesma “se ele voltar mais uma vez pra ponta da esquina, eu vou lá falar com ele”, ai ele voltou pra ponta da esquina e depois voltou para a parte em que eu não conseguia vê-lo. E então eu respirei fundo e comecei a andar, quando eu parei pra pensar de novo, eu já estava atravessando a rua e pensei “já estou aqui, não adianta mais voltar”, então eu atravessei a rua e andei até a parte que ele estava, ele estava de costas, então eu falei “Luiz!”, aí ele olhou com um olhar de, sabe quando você tá de boa aí alguém te chama e aí você olha na boa, e aí seus olhos meio que começam a abrir mais quando você percebe quem é? Então, foi exatamente isso que aconteceu. Agora eu fui super louca de aparecer lá, mas eu fui e já era, não tinha mais volta. Aí eu falei “e ai”, e ele disse a mesma coisa, enquanto a gente se aproximava e ficava de frente um com o outro. E então eu não sabia o que falar, e ele não falava nada. E a gente ficou ali se olhando. Até que eu me vi falando. Acho que se não perguntei primeiro o que ele estava fazendo ali, que no caso ele estava esperando a van para ir para o Senai, eu falei que já tinha visto ele na pista, ai ele perguntou se tinha sido na do tesouro, e eu falei que não, que tinha sido na do aquarius, ai ele falou que ele quase nunca vai lá, e eu falei que já fazia tempo, que tinha sido no começo do ano, ou seja, entreguei bastante coisa ali de primeira. Ai eu não sabia o que falar direito, e comecei a falar de como meus amigos tinham sido assaltados lá por aqueles dias. E ele ficava andando e segurando na mochila dele, e eu ia andando atrás. Aí não sei o que deu em mim exatamente que eu cheguei e falei “Por que que você me ignora?”, ai ele “Como assim?”, e eu “Eu mandei mensagem pra você e você nem respondeu”, e ele “Mandou?”, e eu “Sim, eu mandei no teu whatsapp” e ele “ass nem vi”. Aí depois de alguns minutos a van dele chegou, e aí a gente ficou se encarando, e eu não sabia se abraçava ele, se dava um beijo na bochecha dele ou sei lá o que. Aí eu falei "falou" e ele entrou na van. E depois quando cheguei em casa, mandei mensagem pra ele perguntando se ele iria na escola semana que vem, aí ele disse que sim, aí eu falei “acho que nem vou, não vai ter nada pra fazer e tals”, aí ele “ué” “tem sim” “lanche”, aí eu “ah mas ai eu tenho que levar dinheiro pra comprar” “e já gastei dinheiro pra ir numa social hoje que não aconteceu porra nenhuma”, aí ele “riu”, aí eu mandei “se você falar comigo eu vou numa boa”, aí ele não respondeu. E depois disso eu não sabia se ia ou não na “ultima semana”, até que eu decidi ir, mais pra ver ele mesmo. Na segunda o único momento em que falei com ele foi no intervalo, ele estava comprando lanche com os amigos dele, e eu estava em uma ‘rodinha’ do lado com os meus amigos, e ai quando ele foi passar reto por mim, eu puxei ele pelo braço e falei ‘e ai’, eu perguntei pra ele como tinha sido o fim de semana dele e ele só disse ‘fiz nada’, e realmente eu odeio quando as pessoas falam isso pra mim, mas eu sei que ele não falou por mal, ai um outro menino apareceu pedindo dinheiro pra ele, e eu deixei quieto e voltei a falar com os meus amigos. No dia seguinte, eu já tinha decidido que ia falar com ele na saída, e eu tinha alemão, então podia ficar lá com ele até a hora que eu quisesse, sinceramente eu fico tão nervosa só de escrever isso pra ti relembrando tudo, e então eu esperei ele aparecer, porque ele sempre ia e levava os amigos dele até o ponto e depois voltava, mas ele até que apareceu rapidinho nesse dia, ai eu atravessei a rua e fui falar com ele. Ai a gente conversou por uns 40 minutos, e foi maravilhoso, ele puxou papo, fez perguntas que também deixa claro que ele sabe sobre mim, como “você mora no aquarius?”, ele viu que eu sempre postava coisas no snap e no instagram no aquarius, e aí eu disse que “não, minha prima mora lá, então eu vivo por lá”, enfim, a gente sentou e ficou lá conversando, e ele tinha dito que ia vir a semana inteira. Até que a van dele chegou, e a gente se levantou, e ai a gente se abraçou na hora de se despedir, foi muito aleatório, a gente simplesmente acabou se abraçando, foi uma coisa de nós dois. Ai depois no dia seguinte, eu dei oi pra ele quando encontrei ele descendo as escadas e depois na saída fui falar com ele pra ver se iria vir no dia seguinte, porque nenhum amigo dele viria, aí ele ficou naquela de não sei e eu falei que iria e falei ‘então me manda mensagem dizendo se você vem ou não’, aí ele falou na hora que iria vir, ele é horrível por mensagem, ele simplesmente não gosta de conversar muito por mensagem. No dia seguinte, quinta, eu cheguei atrasada, e dei de cara com ele sentado de frente com a minha sala, eu dei oi pra ele (tenho quase certeza que corei) e entrei pra minha sala. Na terceira aula, eu fui até a minha sala e eu encontrei com a Barbara e o Guilherme, e eles disseram “vai atrás do Luiz, ele veio aqui na sua sala atrás de você e você não tava”, mas eu não queria ir direto na sala dele, ai eu fui beber água, ai quando eu estava descendo as escadas ele estava passando, aí eu falei “e ai”, e ele também, ai ele entrou na sala de um amigo dele que é do mesmo ano que eu, e na escola ele sempre fugia de mim, mas na saída não por isso que eu preferia falar com ele na saída. Enfim, eu não ia entrar com ele na sala do amigo dele né, ai eu fui na biblioteca e quando eu voltei para o pátio e ele estava deitado em um banco, e então eu fui até ele. Sentei do lado dele e tentei conversar com ele, mas ele não tava muito afim, não sei se é porque meus amigos estavam vendo e etc, mas foi muito engraçado, porque toda vez que eu ia falar com ele, eu ou ele não ouvia, e como ele tava deitado eu tinha que enfiar a cara na cara dele, e tipo meus amigos disseram que parecia que a gente ia se beijar, mas essa não era a intenção do momento. Eu não lembro como, mas eu acariciei ele, tipo o peitoral dele por vários minutos. Eu realmente não consigo acreditar que fiz isso. Chega a ser engraçado. A gente ficou lá por uma aula inteira, o intervalo e parte de uma outra aula. Depois de um tempo ele sentou, e ele tava todo fofinho com aqueles cachinhos, e uma carinha de sono, porque eu sei que ele tinha cochilado, e eu sei que ele tava cansado. E eu perguntei ‘você dormiu?’ e ele disse que não, ai eu perguntei se ele ia comprar lanche, ai ele disse que não e levantou e saiu andando. E ele foi e comprou lanche, e sentou lá com o amigo dele. Nisso o Guilherme veio e falou comigo ‘se eu fosse você eu levantava daí e largava a mochila dele aí, ou levava lá pra ele, ele te largou aqui e nem te deu coca!’, mas eu não saí dali até ele vir pegar a mochila dele, aí eu levantei e fui andando com ele, e perguntei se ele ia embora, e ele disse que não, aí eu fui atrás dos meus amigos. E teve um momento que ele foi tentar me espionar, e ele foi andando pra trás e ele quase caiu na planta, eu me escondi pra não rir na cara dele, porque foi fofo e engraçado. Depois disso, ele foi embora. E o amigo dele ia vir na saída e ele como não sabia, nem esperou. Quando cheguei em casa mandei mensagem pra ele “meus amigos estão me obrigando a ir amanhã, então eu vou ir” “você vai?”, e ele obviamente leu e marcou como não lido, porque não tinha como ele saber que eu não ia sem abrir a conversa. Na sexta, eu cheguei bem atrasada, e o Guilherme me disse que o Luiz tinha ficado olhando pro portão pra ver quando eu entrasse e ficou triste depois que não me viu. Eu mal vi ele, pois fiquei dentro da sala de entrega dos livros, e teve um momento em que ele apareceu lá pra entregar os últimos livros dele e ele desceu as escadas perto de onde eu estava, mas como eu nem fiquei para o pátio, ele foi embora no final da segunda aula. E depois eu mandei mensagem perguntando o que tinha acontecido, e falei que tinha procurado ele na escola, mas não encontrei. Mas como sempre, ele não respondeu. Enfim, já vou pular pra quando começou as aulas esse ano, e eu descobri que ele repetiu e mudou de escola, e meu mundo caiu. Foi uma bosta do caralho, e eu vivi miseravelmente por pelo menos um mês. Depois fui me habitando. E então, em abril, eu consegui me aproximar dos amigos dele o ninja (Lucas) e o Nogueira, até hoje não consegui realmente me aproximar do Matheus G., que é o melhor amigo do Luiz. Quando comecei a conversar com os amigos dele, ainda tinha esperanças. Mas depois fui perdendo, mas mantive a amizade com os garotos, e hoje somos muito próximos. O foda de tudo é que eu perdi todas as minhas esperanças depois de que ele meio que começou a namorar uma garota, e aí semana passada eles não estavam mais juntos. E eu fiquei feliz obviamente, mas ainda assim não criei esperanças. E ontem, era pra mim ter ido andar de skate com o ninja e o Nogueira no estádio, e o Luiz não ia, porque ele ia andar no centro, no fim das contas, a gente desistiu de ir e eu e a marcely acabamos indo para a pista do aquarius, e eis que eu chego lá e encontro o Luiz. Sei lá, tem que ser destino, porque nenhum de nós dois estavamos supostos a ir lá, e ele ‘nunca vai lá’, lembra? E ele estava lá com o Matheus G., logo que chegamos, eu e a Marcely sentamos em um banco que é tipo ‘dentro da pista’, e o Luiz tava do lado do banco no momento, e eu até pensei em dizer um oi, mas achei melhor não, já corri tanto atrás desse menino, tanto ano passado, quanto esse ano. Ele me viu logo de primeira, e ficou desconfortável, e parou de andar de skate. E ficou em cima de uma das rampas, e tava de frente comigo, eu nem fiquei olhando pra ele direito, nem pra pista. Tinha alguns momentos em que ele descia a rampa pra ir pro outro lado, e quando ele voltava pra onde ele estava parado, em vez de ele subir a rampa direto, ele ia parte “sem saída” da pista que é do lado da rampa, só pra passar do meu lado. Eu não entendo esse garoto, sinceramente. E ele me fode de todos os jeitos. Ele tem tanto controle sobre mim. É uma bosta isso. Eu fico tão nervosa as vezes de pensar nele ou ver ele, que eu chego a passar mal, de verdade. Ás vezes acho que ele achou que eu não tinha visto ele, já que ele estava acostumado comigo sempre indo falar com ele, e dessa vez eu não fui. Não quis, cansei. Hoje quando contei ao Nogueira que tinha visto o Luiz ontem, ele ficou surpreso, perguntou onde, e perguntou como que foi, porque ele sabe que eu ainda gosto do Luiz. Aí eu falei “foi de boas”, e o Nogueira me olhou tentando entender, e eu falei que não falei com o Luiz, aí o Nogueira ‘ué? acabou?”, e eu falei “quem me dera, ta aqui ainda, ainda to do mesmo jeito, só não fui falar com ele mesmo, pra mim já deu”, ele entendeu, “mas ainda gosto dele, e nunca mudou, mas só cansei”. Aí ele falou “é tipo quando você joga uma pedra no rio, o percurso não para”. E sinceramente, ele não poderia ter descrito melhor. Porque mesmo o Luiz tendo “jogado várias pedras em mim”, o percurso continua. Mesmo ele me machucando, eu continuo aqui. E é difícil, realmente passei o dia inteiro ainda não recuperada de ontem. E achava que meus amigos estavam mal ou triste, mas na verdade eu que estava mesmo e não sabia. Chorei pra caramba, porque precisava, já tava engolindo faz tempo, e foi tão relaxante. Tirei todo o peso que estava sobre mim, porque realmente estava me incomodando. E as vezes parece que eu voltei no primeiro dia de aula em fevereiro, quando estava triste e estranha porque não tinha notícia nenhuma do Luiz. Dormia pouco, e não sabia o que ficar fazendo pelo resto do dia. E basicamente, estou assim de novo, tudo porque vi ele ontem. Sei lá, só queria que as coisas dessem certo. 

Com amor, Gi.

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11.07.2015 - Sábado

Querido amigo, fui dormir às sete horas da manhã de hoje. E acordei às dez e pouco com o meu irmão me chamando dizendo que alguém tinha sido assassinado ou algo do tipo, mas depois descobriram que esse cara estava vivo, e enfim, foi a maior confusão. Então eu voltei para a minha cama e tentei voltar a dormir, mas meu irmão ficou ouvindo música no computador do meu pai, que sim, ainda está na sala, e então eu não conseguia voltar a dormir e fiquei mexendo no meu celular. Depois meu pai ficou assistindo vídeos no computador dele. Quando eu consegui voltar a dormir já era quase uma hora da tarde. Acordei às duas e meia com meu pai me chamando pra ir almoçar. A minha prima Rafa, que não sei se já falei dela, mas conheci ela em Maresias no começo de 2013, ela tem a minha idade também, enfim, ela mora em Minas e veio para cá hoje, e eu fui buscar ela na rodoviária às três horas. Depois disso, a gente voltou pra casa e ela almoçou, aí a gente ficou conversando e depois lá pelas quatro e meia saímos com os cachorros e fomos até o mirante para ela conhecer. Quando voltamos para casa eram quase seis horas, e enrolamos brigadeiro para a minha mãe colocar no bolo que ela estava fazendo para a festa junina da Emily. Às sete horas eu tomei banho e me arrumei, mas a gente só foi sair de casa lá pelas oito e pouco da noite. Quando chegamos lá, ficamos conversando com a Carol, já que a Marcely não foi pois viajou com a madrinha. No fim, a Carol acabou vindo dormir aqui em casa, e eu fiquei surpresa, porque esse ano a Carol não está muito legal como ela era antes e aí ela quis vir dormir aqui quando nem tinha roupa, e ela até que estava super legal hoje, não sei se era porque a Marcely não estava por perto ou algo assim. A gente chegou em casa um pouco antes das onze horas, e nisso meu irmão saiu e sumiu. Eu, a Carol e a Rafa ficamos no meu quarto conversando, e lá pelas duas e meia da manhã eu já estava caindo de sono enquanto mexia aqui no tumblr. Aí eu dormi, mas acordei uma hora depois passando mal e percebi que meu irmão não estava em casa ainda. Depois que fui no banheiro, fiquei na minha cama tentando dormir e comecei a conversar com a Mari e falei pra ela que meu irmão tinha saído e não tinha aparecido, ai eu falei que não sabia se mandava mensagem para o Daniel ou não, Daniel amigo do meu irmão. E ai ela disse "manda mensagem, é o seu irmão", ai eu mandei, isso era quatro e dez da manhã, e ai só foi eu mandar mensagem pro Daniel que meu irmão apareceu dez minutos depois. Eu não queria mandar mensagem para o Daniel porque meu irmão disse que ele quebrou o pé hoje, então ele não iria ter saído, mas eu fiquei pensando "e se meu irmão foi visitar ele e etc", ai eu resolvi mandar mensagem pra ele. E ele quebrando o pé agora estragou todos os meus planos de saídas com ele e tentar ver o Casão nessas férias ou qualquer dia. O meu irmão saiu pra beber ontem com o Daniel, e eu fiquei meio puta porque ele não me levou, eu não bebo, mas eu gosto de sair assim com o meu irmão e o Daniel, mas ai eu fiquei sabendo que o Casão não foi, então fiquei mais tranquila. E meu irmão disse que o Casão não bebe, o que pode ser um fator bom se eu sair com eles e ele for junto, e o povo beber, porque obviamente só vai dar nós dois sem nenhuma gota de álcool no sangue. E eu to uma confusão com quem eu gosto e etc, porque por semanas não consigo parar de pensar no Casão e até sonhei com ele esses dias. E eu ainda tenho um sentimento muito grande pelo Matheus, e eu sinceramente queria não estar sentindo o que estou sentindo pelo Daniel (sem ser o amigo do meu irmão) e ter continuado só no Matheus, se fosse por mim seria assim. E aí eu gosto pra caramba agora do Daniel, e sei lá o que acontece, porque eu começo a pensar em outros (por exemplo, o Casão) e dar oportunidade pra outros. Ninguém além de vocês sabem o quão confusa eu estou ultimamente. Eu não quis falar nada pra Samanta sobre o Casão porque senti que ela ia me julgar ou algo parecido, só senti que eu não deveria falar que estou sentindo algo ou pensando muito, mas muito nele. O máximo que eu cheguei a falar pra ela foi "olha, e não seria ruim namorar o Casão não, ele já faz faculdade, já dirige, é gente boa, é uma graça, é bonito, meu irmão aceita. Olha só, par perfeito.", mas eu estava meio que zoando, mas falando a verdade. Enfim, aqui estou eu acordada às cinco horas da manhã contando a confusão da minha cabeça pra você. Ah, e decidi que vou fazer (também) faculdade de algo que envolva o estudo do cérebro humano. Com amor, Gi.

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08.07.2015 - Quarta

Querido amigo,

hoje eu acordei uma e pouco da tarde, afinal estou de férias, e ontem fiquei acordada até cinco da manhã de hoje assistindo Bob’s Burgers. Almocei e depois de tarde fiquei á toa, e dormi mais um pouco. Nos últimos meses muita coisa aconteceu. Em março, eu fiquei muito confusa porque comecei a sentir várias coisas pelo Daniel, só que eu ainda estava com todo aquele sentimento pelo Matheus. E eu gostando mesmo do Daniel. Um pouco mais de uma semana antes do meu aniversário ele apareceu em uma praça onde eu costumo ir andar de skate, e ele sabe porque eu adicionei ele no snapchat em maio, e eu posto esses tipos de coisa lá. Ele com toda a certeza foi lá atrás de mim, afinal, ele mora bem longe (ênfase no longe). Sobre o Matheus, eu acho que não gosto dele mais, pelo menos não daquele jeito louco que eu gostava, ainda tenho um sentimento muito grande por ele, e hoje tudo que desejo é que fossemos amigos. Ele foi e é uma pessoa muito importante para mim. Eu vi ele em abril, eu estava com a Marcely e estávamos andando do café do pai dela até o prédio dela porque iriamos buscar a Jéssica, e estávamos super entretidas em nossa conversa. Quando entramos na rua que dá na rua da Marcely, eu vejo dois meninos andando de skate, mas nem dou muito bola. A rua está meio escura e não dá pra ver muito bem, são seis e meia da noite. E então eu observo e digo para a Marcely ‘Nossa, aquele menino parece o Matheus.’, e sim, realmente era ele, e ele me viu. E eu fiquei tipo ‘Puta que pariu, era o Matheus, meu Deus, não acredito.’, e eu já estava certa de que estava gostando do Daniel. Então foi uma surpresa muito grande ter visto ele. Muito grande. Continuando sobre tudo, no dia 28 de fevereiro, uma semana depois que tinha falado com você, apareceu um menino aqui em casa que veio conhecer o meu irmão, esse menino se chama Daniel (também, e por isso vou colocar um T do lado de seu nome, assim não haverá confusão), e ele e meu irmão ficaram muito amigos. Ele é super gente boa, fez 19 anos mês passado, mora em São Bernardo do Campo, pois conseguiu uma bolsa em uma faculdade lá, e ele vêm para cá nos fins de semana, e ele e meu irmão saem, e é claro que na maior parte das vezes eu vou junto. Em maio, a gente se encontrou na pista do Aquarius ás dez da noite, obviamente eu estava com o meu irmão. Eu estava de long, então estava andando pela praça ou na rua, e não na pista em si. Enquanto estou andando pela praça, vejo um menino chegar e ele é tão parecido com o Matheus, percebi que não era porque ele estava dirigindo. Depois quando eu paro um pouco em frente a pista, meu irmão está em pé perto do banco conversando com esse menino, e então meu irmão começa a apontar pra ele e sussurrar algo para mim, mas não consigo ouvir, já que estou longe dele, e então ele vem até mim e pergunta ‘Não é o Matheus?’, e eu digo que não. Está vendo? Quando te disse que ele se parece com o Matheus não estava de brincadeira. Um tempo depois eu decido ir até o café do meu tio que não é longe, e pegar internet e mandar mensagem pro Lucas ir até a pista. Até aí deu tudo certo, voltando do café eu decidi descer o morro de long, estava com preguiça de descer andando. Enfim, deu merda, caí que nem uma trouxa, e me ralei toda. Eu já desci muitos morros de skate na minha vida, e eu nem senti medo nenhum dessa vez, mas... aconteceu. E foi muito rápido, de repente eu já estava no finalzinho do morro caída no asfalto, o skate não saiu rolando, o que ainda penso sobre. E então meu corpo estava formigando por inteiro, eu peguei o skate e me ‘rastejei’ até a calçada e sentei em cima do skate e respirei fundo, eu ralei meu joelho, ralei minha coxa, minhas mãos, na direita eu fiz um buraco lindo nela, não consegui dormir por dias, foi esplêndido; ralei meu cotovelo, que a marca ainda está no lugar e as vezes ele ainda arde pra caramba, e ralei meu peito que foi a pior de todas, tem cicatriz também. E então, eu peguei o skate e atravessei voltando pra pista, esfreguei meus machucados com sangue, como o joelho e o cotovelo na grama molhada, e coloquei meu moletom, e andei de skate de volta para a pista. Quando cheguei na pista meu irmão estava em um papo super entretido com aquele mesmo menino, que parece o Matheus, e eu falei ‘Cara, levei um tombo maravilhoso’, algo assim, e ele olhou pra mim. Enfim, depois de falar do tombo e etc, ele e o menino se apresentaram, então o menino se chama Cassimiro, e o apelido é Casão, então a gente chama ele de Casão mesmo. Depois de tudo isso meu irmão me trouxe pra casa e eu tomei um banho, e ele voltou para a pista. Semanas depois, eu vi o Casão andando na rua, um dia que eu não faço a mínima ideia de onde estava indo. E depois, eu vi ele em uma festa junina que fui com a Mari, eu ia cumprimentar ele, mas tipo, eu achei estranho cumprimentar porque não conheço ele, quem conhece ele é meu irmão, e ele nem me viu. E nisso eu tive que basicamente ficar do lado dele, porque ele estava em uma fila, e eu e a Mari estávamos ali do lado pra falar com a mãe dela, quando terminamos ele já tinha sumido. E depois quando cheguei em casa eu falei pro meu irmão que tinha visto ele, e o que o meu irmão me disse foi ‘Por que que você não falou com ele? Você tinha que ter falado com ele, assim vocês conversam, se gostam e assim namoram.’ e eu fiquei tipo ‘quê?’, o que está acontecendo com o meu irmão? Eu achei super estranho pensar no Casão desse jeito, afinal, ele é tipo três anos mais velho que eu, e já está no segundo ano da faculdade. Quando eu conheci ele, eu achei que ele tinha 21/22, porque foi isso que eu achei ter ouvido. Mas estava enganada. Continuando, eu fui na festa junina do Poliedro com a Marcely, na semana retrasada, sexta, vinte e seis. Tinha muito menino bonito lá. A gente tinha chegado lá às 7h30, e lá pelas nove, quando eu, a Marcely e a outra amiga dela que tem o mesmo nome que eu, saímos pra outra parte. Eu de repente parei, e boiei, tipo boiei, ai eu olhei pra frente e vi um menino, ai eu olhei de novo e falei ‘espera ai, aquele é o Daniel, amigo do meu irmão’, e ele olhou pra mim e sorriu, e a minha primeira reação foi ir e cumprimentar ele, então foi isso que eu fiz, fui até ele e cumprimentei ele, e agora pensando eu fico até orgulhosa de mim, porque eu sendo eu no máximo daria um aceno, porque eu acho ele bonito. E então, assim que eu terminei de cumprimentar ele, eu vi que o Casão estava do lado dele, e eu não ia cumprimentar o Casão, pelos mesmos motivos de antes, quem falou com ele foi o meu irmão, quem conhece ele é o meu irmão, e eu até fiquei surpresa de ele estar lá com o Daniel porque eu não sabia que eles se conheciam, e então eu descobri que eles eram da mesma sala. Enfim, o Casão começou a se abaixar pra me cumprimentar, só que eu não fui, e então ele ficou meio sem graça e sei lá, ai eu fui com tudo e abracei ele, só que o problema é que ele é muito alto, e eu abracei ele não pela cintura, e sim um abraço mesmo, por ele ser muito alto e eu muito baixa é que ele tinha começado a se abaixar aquela hora. E tipo foi muito rápido, e constrangedor por ele ser muito alto. Sei lá, ai depois eu abracei a amiga deles, que é a Julia, que eu já tinha saído com ela antes, outra vez que eu saí com o Daniel. E ai depois eu fui até a Marcely. Depois pela festa, eu fiquei de olho neles. E depois quando eu cheguei na casa da Marcely, eu fiquei a noite inteira pensando no Casão, eu não conseguia parar de pensar no que tinha acontecido. E escrevi isso:

Eu não consigo parar de pensar no Casão e como ele fez todo um esforço pra me cumprimentar na festa do Poliedro, cara não faz sentido, tipo a gente só se viu uma vez na vida antes e eu achei que ele já tinha esquecido até a minha cara afinal a gente nunca se falou realmente, eu que não esqueço as pessoas mesmo. E eu percebi que ele meio que ficou triste quando eu continuei falando com o Daniel e não cumprimentei ele, ai eu fui e cumprimentei ele. Tipo, aaaah, agora to tão confusa. Deuses, alguém me ajuda. É sério, não dá pra entender, eu não quis cumprimentar ele porque eu achei estranho afinal quem já falou com ele foi o meu irmão e não eu, gente, socorro. Eu não sei o que eu faço, e eu não consigo parar de pensar nisso. Até o Daniel que eu já saí com ele várias vezes, nem lembra meu nome direito as vezes, e ai de repente o Casão sabe quem eu sou quando a gente só se viu antes uma vez na vida? Tudo bem que eu vi ele outro dia atravessando a rua quando eu tava saindo, e que eu tenha visto ele no outro dia que eu fui na sagrada família. Cara, será que ele e meu irmão estão conversando por mensagem? E meu irmão tipo falou algo, porque meu irmão seja lá porque acha que seria legal se eu namorasse com o Casão. Ai ai, o que eu faço da minha vida. Será que meu irmão citou algo de mim pra ele?

A sagrada família, é o nome da igreja, onde foi aquela festa junina que eu fui e vi ele no outro dia. E desde então, eu penso bastante dele. Se estou confusa? Super, e o foda, é que eu nem vejo ele. E se meu irmão saí com o Daniel, é bem difícil que o Casão vá, sei lá, pelo menos é o que eu acho. E eu também não via o Daniel desde quando eu caí, só fui ver ele nessa festa mesmo. Então, sei lá, eu queria sair com o Daniel e o Casão estar junto. Mas enfim. Estou em uma situação terrível. Eu sei.

Com amor, Gi.

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20.02.2015 - Sexta

Querido amigo, 


acordei uma e meia da tarde, como é semana de carnaval só tenho aula segunda. Eu acordei com a Marcely entrando no meu quarto, de dezembro pra cá estamos muito mais próximas. Em dezembro eu fui pra casa dela no dia treze e voltei dia vinte e três, fiquei dez dias por lá. Fomos muito na pista, na pracinha, na quadra do lado da casa dela, passei muito tempo com ela, com a Jessica e com o Lucas. Final de dezembro, dia vinte e sete para ser mais exata, eu cortei meu cabelo, o mais curto que ele já esteve, mas não foi bem curto, foi mais ou menos na orelha ou um dedo abaixo da orelha. Nesse dia fui a uma festa com a minha madrinha e pela minha sorte a Marcely apareceu por lá para me fazer companhia, naquela noite ela foi para a praia. Depois em janeiro ela passou a maior parte dos dias aqui em casa, e dormia por aqui, e eu só ia pra casa dela pra “visitar”. No aniversário da Carol desse ano, dia onze de janeiro, a gente foi no boliche e conhecemos outras amigas dela, a Mari e a Ale, a Chris eu já conhecia de outro dia que a gente foi no cinema juntas. A Mari é lésbica e é super gente boa. Eu e as meninas e a Mah já saímos mais duas vezes. Uma dia trinta de janeiro, a gente se encontrou no shopping e ficou por lá juntas, depois eu fui pra pista com a Mah. Depois foi domingo, a gente foi em um negócio de carnaval, mas só foi eu, a Mah e a Mari; a Carol que teve a ideia mas deu de louca e quis ir no cinema e arrastou a Chris junto com ela. A Ale não pôde ir. Mas enfim, foi divertido. Certo, voltando pra hoje, eu levantei e almocei, depois fiquei de bobagem na cama e então fui tomar banho, me troquei e resolvi arrumar meu quarto, que no entanto eu mudei completamente em novembro. Ah e falando em novembro, o show do Jake Bugg foi maravilhoso, e as meninas não conseguiram ingresso então eu fui sozinha mesmo. Meus pais me levaram lá, e ai eu fiquei com uma garota que estava na minha frente na fila, super gente boa. Sim, depois que eu tomei banho e meio que comecei a arrumar meu quarto, eu acabei sentando no sofá e assisti alguns episódios de uma série enquanto comia limão com sal, algo que tenho feito muito ultimamente. Depois deu o horário de eu ir para o inglês e eu peguei carona com a tia Eliza. Sobre o inglês, sim, ainda estou fazendo. Agora um estágio extra, que falta menos de dez parágrafos para terminar. E não vi mais o Matheus depois daquele dia do shopping, e as vezes escrevo “poemas” muito tristes envolvendo ele, e as vezes fico muito triste por causa dele. Porque ainda gosto muito dele. Talvez amo seria a palavra certa, porque meu sentimento por ele parece crescer cada vez mais. Sinceramente, às vezes só de pensar, só de pensar, nele eu fico toda nervosa e começo a tremer. E isso é o tipo de coisa que normalmente acontece quando você está perto da pessoa que gosta. E eu não sei se comentei, mas logo na semana que eu vi ele no shopping eu finalmente achei ele no facebook e mandei uma solicitação de amizade, a qual ele não aceitou até hoje, provavelmente por vergonha, eu acho que se eu estivesse no lugar dele eu também não aceitaria. E depois em outubro eu resolvi “finalmente” seguir ele no instagram, e ai eu fico lá vendo que ele me stalkeia (porque ele deixa pistas), mas ele não me seguiu de volta também, e eu fico vendo o quão melhor ele está sem mim, e como ele continua bonito e uma graça. Talvez eu mereça muito sofrimento, porque como diz no livro “nós aceitamos o amor que achamos que merecemos” (uma frase horrível pra traduzir, pois é). E eu ainda tenho aquela esperança que talvez ele vá aparecer no inglês e ver como eu estou, ou apenas como o inglês vai. E sabe, em agosto eles mudaram de escola porquê o aluguel da outra tinha subido. E eu não tenho mais acesso ao lugar onde tudo aconteceu, mas eu tenho tanta coisa que me faz lembrar dele, até comecei uma lista sobre isso, eu cito o que é e escrevo o por quê, alguns deles são bem pequenos, outros duram mais de uma folha. E esse ano na escola eu voltei a estudar de manhã, e eles mudaram todas as salas, e eu tive que fazer amizades nessa nova sala. E alguns amigos meus que são importantes caíram de tarde. Mas já me adequei a nova sala. Mesmo que semana passada eu tenha faltado dois dias. O intervalo eu passo com os meus amigos. E voltando pra hoje, depois do inglês eu fui no supermercado com o meu pai, voltamos as nove e meia. E eu comi e fiquei de bobeira no meu celular. Depois fiquei esperando meu irmão para a gente assistir As Vantagens de Ser Invisível, já que hoje finalmente chegou no Netflix e desde sempre eu quero que ele assista, mas com qualidade e etc. E ele gostou muito, disse até pra ler o livro. Agora estamos de bobeira pela sala e garagem, e ficamos conversando. Outro detalhe, não me lembro se cheguei a te falar do Daniel, que estudo até hoje junto, e costumávamos ser melhores amigos? Enfim, desde o ano passado não estamos na mesma sala, mas continuamos nos vendo todo dia, e esse ano a vontade de ter ele perto de mim, e a saudade que eu tenho dele é bem maior, e eu tenho sonhado muito com ele. Três coisas sobre mim, se não estou pensando nele, estou pensando no Matheus e se não estou pensando em um dos dois estou tendo pensamentos aleatórios, a mesma coisa com sonhos, tenho tido muitos sonhos frequentes com o Daniel, e claramente tenho sonhos com o Matheus. Esse ano no primeiro dia de aula, eu estava sentada em uma parte da escola conversando com a Samanta, e então a Katherine apareceu, ela ficou de tarde, e ela aparece segunda e quarta no intervalo porque ela tem curso. Enfim, então a gente levantou pra ir atrás do Lucas T., ai eu fui indo na frente, nisso veio o Daniel e os amigos dele, que são meus amigos também, mas muito mais dele. Ai nisso eles meio que começaram de provocação e essas coisas, e deuses, eles iam empurrar ele em cima de mim, e bem quando eles estavam prestes a fazer isso a Katherine pulou em cima de mim falando que estava sentindo muito a minha falta e etc. Eu fiquei em pânico por eles quase terem feito isso. E a Samanta acha que ele gosta mesmo de mim. Sei lá, é confuso, porque eu amo ele, assim como eu amo o Lucas, como amigo. E é estranho porque eu conheço o Daniel já faz dez anos. Eu estudo com ele desde a primeira série. E eu lembro que quando a gente ficou muito próximo foi na quinta série e eu acordava cedo só pra ficar conversando com ele, e a gente ficava na webcam o dia inteiro. E agora eu vejo ele todo o dia, e a gente não se fala mais. E nós dois somos loucos para voltar a falar um com o outro. Mas simplesmente não acontece porque somos muitos tímidos. E isso é tão horrível. Com amor, Gi.

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02.09.2014 - Terça

Querido amigo, hoje eu acordei as sete e vinte e quatro, preocupada em minha mãe já ter ido pra São Paulo sem mim. O motivo de eu ir foi que eu precisava comprar o ingresso do show do Jake Bugg. Certo, eu não sei se comentei de uma vez que eu estava conversando com o Matheus no inglês e ele perguntou alguma banda/cantor que eu gostava então, eu lembro que eu olhei pro meu celular, vi uma lista de nomes de artistas. E eu não conseguia me decidir em qual deles falar. E de repente eu soltei “Jake Bugg”, ele nunca tinha ouvido falar, mas ele me falou uma banda e eu não consigo lembrar de jeito nenhum qual era o nome, mesmo alguns dias depois eu já não me lembrava. E o engraçado é que quando eu falei isso pra ele, eu nem sabia como era o Jake, eu só tinha as músicas dele, e isso acabou sendo um dos motivos pra mim procurar como ele era e por aí vai. E hoje, um ano depois, eu estou com o ingresso para o show dele. Eu sei que ele veio no Lollapalooza, mas Jake odeia festivais e um show dele com toda a estrutura dele é bem melhor. Mas voltando para o Matheus, eu vi ele há um mês atrás. Eu tinha aceitado ir ao shopping com a minha mãe, pra tentar encontrar alguma calça e pra sair de casa, e aí nisso a gente pegou minha tia Eli, a Ana Júlia que é minha prima e duas amigas dela. E então nisso, eu não sei se foi a primeira loja que a gente foi, mas eu sei que foi pelo menos a segunda loja, a gente foi na Renner, e eu estava lá boiando, ouvindo música, conversando com a Marcely e no grupo da minha escola. Quando de repente eu olho pra frente e vejo a mãe do Matheus, a primeira coisa que eu pensei foi ‘se ela está aqui tem uma chance de ele estar’, e aí eu mandei mensagem pra Marcely, porque eu comecei a ficar nervosa com a possibilidade de ver ele, nove meses depois. Aí depois eu estava parada no meio de uma parte onde tem algumas roupas pra homem, mas aquela não era a parte principal, eu estava mandando uma mensagem pra Marcely e então eu olhei pra cima e ele estava ali falando alguma coisa pra mãe dele enquanto olhava pra alguma roupa. A única hora que eu sei que ele olhou pra mim mesmo foi na saída. E então meu coração foi a mil, eu fiquei super hiper mega nervosa. E saí andando. E eu vi ele várias vezes, e teve até uma vez que ele sumiu e eu procurei pela loja inteira e não achei. Mas aí depois eles apareceram de volta, e então eu sempre dava um jeito de conseguir manter um olho nele. O cabelo dele estava cortado e estava mais escuro, estava para um castanho, basicamente o meu, porque o meu tem escurecido bastante. E aí, quando ele foi pro caixa eu tentei arrastar minha tia ou minha mãe para o caixa, mas elas não iam levar nada. E aí, a tia beth me deu pra pagar uma parcela de outra compra, e então eu perguntei para uma moça onde que era e ela apontou para uma mesa, e do lado são os caixas, mas o dele estava no meio. E então eu fiquei parada em frente a mesa esperando alguém aparecer pra mim pagar, quando apareceu uma mulher ela apareceu com uma amiga dela e nem perguntou o que eu precisava pagar, nem nada. E eu ali com a parcela e o dinheiro na mão, meu celular na outra mandando mensagem pra Marcely e um fone no ouvido. E aí assim, ele em vez de sair pela esquerda, que não passaria por mim, ele saiu pela direita, e veio de frente comigo e passou do meu lado, eu senti o olhar dele em mim. As vezes eu acho que eu devia ter dito um ‘oi Matheus’ em vez de ter ficado no celular. E então, isso foi no sábado, e eu sonhei com ele várias vezes pela semana, e na quarta eu pensei ‘cara, isso ta muito estranho, vou tentar achar ele no facebook de novo’, faz um ano que eu tento achar ele no facebook, e naquele dia eu achei em dois minutos. Eu cheguei a ficar horas e vários dias procurando mas nunca achei, e de repente achei. E aí eu fiquei naquela ‘mando convite de amizade ou não’ e então ‘vou clicar logo nisso antes que eu desista’, e cliquei. Até hoje ele não aceitou, mas não recusou. Ou ele não viu, ou ele está com vergonha, porque provavelmente se eu fosse ele eu iria fazer a mesma coisa, do jeito que eu sou. E como disse há um tempo atrás. É horrível que nós somos tímidos na mesma maneira. E eu não vou falar mais do meu dia, eu só queria falar disso mesmo. E meu dia foi só um resumo de uma dia rápida para São Paulo, comprei os ingressos e depois acompanhei minha mãe e a amiga dela por lá. Enfim, eu estou ficando cansada, está chovendo e amanhã cedo eu tenho psicóloga, que a minha mãe está achando melhor eu não ir mais, porque ela diz que está ficando muito caro. Meus pais fazem isso as vezes, e eu não consigo entender porquê, eles não explicam e nem nada. Eles são difíceis de compreender. Com amor, Gi.

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06.06.2014 - Sexta

Querido amigo, hoje eu acordei as sete e meia com o meu despertador. Eu tive consulta com a psicóloga as oito. Depois voltei para casa conversando com o meu pai, e ele me contando sobre as provas que ele teve que fazer para a faculdade de arquitetura dele. Ao chegarmos em casa eu guardei as compras e fui me deitar. Depois acordei meio dia. Cheguei na escola basicamente uma hora, ou um pouquinho menos. Fui direto para a minha sala, já que a Nami avisou que não iria. Eu levei o iPad para a Samanta ficar jogando e foi o que ela fez. Tinha várias pessoas de outras salas na minha sala, já que a professora não estava passando nada e autorizou. Tinha o Caio, que é um gêmeo, o irmão dele é o Gabriel, e eu fiquei amiga dos dois ontem, indiferentemente, primeiro com o Caio que ficou na minha sala na ultima aula ontem junto com a Isadora. E depois quando todo mundo já tinha ido embora, eu fiquei conversando com o Gabriel, e um amigo dele, que também é amigo da Isadora, que eu já conversei outra vez, mas eu não sei o nome. E então na segunda aula eu fiquei ouvindo música no meu celular e passei a limpo a estória para o professor de artes. E então quando eu terminei o sinal tocou, e era inglês, tivemos prova, e olha eu não achei difícil, mas também não estou nem aí para a nota, porque a nossa professora é louca e acredite já deu muito problema nas últimas semanas. E na hora do intervalo ela deixou a gente ir com parte da prova já feita, muito trouxa, sem comentários. Depois quando voltamos do intervalo, terminei a outra parte rapidamente e fiquei lendo. Até termos filosofia, que a maior parte da sala foi para outras salas. Ficou mais ou menos umas sete pessoas, contando comigo. E então descemos para a sala multi, e a professora passou uma série antiga, mas com uma dublagem bem chatinha. Eu terminei a estória de artes e um desenho, e assim levei para o professor na ultima aula. Assistimos mais um episódio e depois debatemos alguns assuntos. Quando o sinal tocou nós despedimos e saímos pela saída logo ali do lado, em vez da outra, na minha escola tem três saídas. Eu dei tchau para a Rainara, e pro Guilherme, então falei com a Samanta e a amiga dela que eu preciso pegar um livro emprestado, me despedi da Katherine. E então fui falar com a Isadora, ela disse que não poderia ir na minha festa, que como ela está de castigo o pai dela não deixou, eu falei que minha mãe falava com a mãe dela ou o pai, mas ela disse que o pai dela disse que não iria adiantar, então a gente ficou conversando, e o Caio implorando pra mim vir segunda, e eu falando que não, e então eu olho para trás e vejo a Carol conversando com o meu pai. Eu falo mais uma vez para o Caio que não vou vir, me despeço deles e vou de encontro ao meu pai e a Carol. A Carol está dormindo neste momento no colchão do meu quarto, e eu estou na cama te escrevendo. Meu pai deixou nós duas no inglês, eu tive a minha aula e depois fomos no prédio da tia Eliza, porque eu tinha que entregar convites lá. Primeiro fomos na casa dela, falamos com ela, entregamos e então nos despedimos. E então fomos até o andar da Jessica, como eu tinha avisado pra ela que viria resolvi bater na porta. Entreguei pra ela, expliquei certinho e depois descemos. A Carol nem queria que eu entregasse pro Lucas, ela falava 'deixa com a Dona Rosa ou coma Jessica' e na minha cabeça eu pensava 'não, eu vim aqui para entregar pra ele, não vou entregar de segunda mão. Então liguei pra ele, pedi pra ele descer e ele veio. Ele me deu um abraço tão apertado e demorado, a gente não se via desde de dezembro. E nem se falava direito desde então. E então eu entreguei o convite e ele confirmou que iria, e eu fiquei feliz por isso. Ele falou que estava super cansado, e dava para perceber, ele nem se sentiu diferente por meu irmão estar ali, ele me abraçou mais uma vez e me deu um beijo na bochecha e a gente se despediu. E eu fiquei super feliz, e ainda estou por ter visto ele hoje. Eu senti tanta falta dele, o Lucas é super importante pra mim. Eu acho que eu amo o Lucas, mas só como amigo, eu não consigo mais do que isso, e se você nunca sentiu esse amor de amigo, você achará que eu estou falando bobeira, mas existe. E então fomos no condomínio colinas, entreguei o convite para o Zé Regis que é amigo do meu pai e falei um pouquinho com a Vera, que é a mulher dele, e eu adoro conversar com ela. Assim passamos na casa da amiga da minha mãe que é ali no condomínio e entreguei o convite. Quando voltamos pra casa dei uma organizada no meu quarto, e depois comemos pizza, depois arrumei mais coisas no meu quarto, e então depois da meia noite tomei banho, ficamos na sala assistindo Rindo a Toa, uma versão francesa, e então a Carol falou que está bem cansada, e veio se deitar. Bem, a minha festa de aniversário vai ser sábado que vem, 14. Mesmo meu aniversário sendo no dia 17, que tem jogo. E vai ser na casa da Fernanda, mas eu to fazendo mais pelos meus amigos do que por qualquer outra coisa. Porque eles vão estar lá. E amanhã, sábado, eu tenho a festa da Júlia. Com amor, Gi.

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13.04.2014 - Domingo

Querido amigo, meu deus como senti a sua falta. Eu não te escrevo nada concreto desde que fui para a Maresias. Acho melhor começarmos desde lá, bom. Acho que foi uma das melhores vezes que fui a Maresias, foi bem legal e tranquilo. Passamos doze dias lá. E as vezes quando eu ia e era só o fim de semana era muito cansativo e monótono. E outra vez que fiquei uma semana parecia que tinha sido um mês. Mas dessa vez foi calmo e relaxante. Não íamos a praia todo dia, as vezes íamos só a noite. Chegamos a alugar filmes lá para ir se distraindo, eu anotei a maior parte das coisas que fiz em cada dia para te contar, não sei se devo contar detalhadamente agora. Bom, na primeira vez que alugamos pegamos Meia Noite em Paris, que sempre tivemos vontade de assistir e O Curioso Caso de Benjamin Button. Iríamos assistir o do Button naquele dia, mas não funcionou, então assistimos o outro, e foi então que eu me apaixonei perdidamente por ele, e se tornou meu favorito. Quando voltamos a locadora para entregar, pegamos mais dois, O Corvo (sobre o Edgar Allan Poe, que eu tanto gosto) e Não Me Abandone Jamais, que pegamos de graça recompensando o outro que não funcionava. Os dois são ótimos também. Gostei muito. Bom, dessa vez não era a tia Eliza que pagava pra gente como sempre, eu e a Carol levamos duzentos reais cada e então tivemos que nos virar assim. As coisas em Maresias são caras. O que mais ajudava a gente é que o tio Carlos tem um café lá. Hoje não mais, o dono do estabelecimento pediu o ponto, e então meu tio voltou para cá, e eles estão abrindo um novo aqui em São José, eles tem outro em Taubaté. Eu comprei alguns livros da L&PM lá, comprei dois em um sebo e ganhei um novo. A Carol tinha momentos que sem comentários, mas ela é sempre assim. E também tinha a Rafaela (Rafa), ela é nossa prima e nós só fomos nos conhecer por Maresias, ela tem a nossa idade também. Quando voltei pra casa passei muito tempo assistindo filmes. Eu estou estudando em outra escola agora, naquela que tudo mundo ia(foi), o único problema é que é a tarde, assim dificultando pra mim ter tempo pra fazer as coisas. Nas primeiras semanas eu pensava seriamente em mudar de escola, e ir para uma particular. Eu só sei de duas escolas públicas que tem o primeiro grau de manhã, a da Carol e a que meu irmão estudou. Mas eu acabei indo pra essa que estou, praticamente minha escola inteira foi pra lá, o André que eu gostava não. Tem sido bons tempos ultimamente, eu tenho amigos, fora os que eu já tinha na escola antiga. Falo com todo mundo da escola, e digamos que a escola é enorme, porque só de primeiro ano tem quinze salas, eu estou no I agora, sempre fui do C e depois fui pro B. A gente não muda de sala, o que facilita um pouco porque a escola é grande, são dois prédios, eu tenho aula no segundo andar do primeiro prédio. E a sala da Nami é perto da minha, então assim que bate o sinal eu vou pra sala dela conversar. Tanto com ela, quanto com os amigos que fiz na sala dela, tem um, o Daniel, ele me chama de garota nazista, porque eu gosto do Hitler, não sei se já cheguei a comentar aqui que gosto, porque bem eu acho ele fodástico, não tem palavra melhor para definir. Se você não concorda finja que não leu isto. A gente fica conversando o tempo todo sobre esses tipos de coisas, ele é super gente boa. Na minha sala com quem eu mais falo é a Katherine, a Samanta e o Guilherme, mas eu ando mais com as duas. O Guilherme é gay, mas ele é super gente boa. Eu virei amiga do Matheus V., lembra dele? Da minha antiga escola. Eu vivo falando com ele e com o Thierry, que também era da minha escola. Também falo bastante com o Julio, a Júlia e a Isadora, uma nova amiga super gente boa. E as vezes falo com o Lucas T. também. E converso com a minha sala inteira e várias outras pessoas. As coisas estão dando certo pra mim esse ano sabe? Minha vida vai muito bem, tenho amigos, fui para os Estados Unidos (em uma próxima vez eu falo como que foi as coisas por lá), eu comprei meu IPhone finalmente, o que tem facilitado minha vida. Eu comprei o mais recente com 32g. Bom, hoje é aniversário do meu pai, ele está fazendo sessenta anos, e ontem a tia Elizete ligou perguntando se a gente queria ir almoçar na casa dela, e a gente foi. Não foi muito legal, eles são muito chatos você sabe. Agora eu to escondida atrás das cortinas em um canto no quarto do meu irmão, se eu mostrar que eu existo pra minha mãe ela vai me pedir pra fazer um trilhão de coisas, e sabe eu não entendo a minha mãe, ela sempre arruma a casa, certo que as pessoas vem em casa todo dia e vêem a bagunça que é, vai entender. Depois de chegar da casa da tia Elizete, três e pouco, ficamos um pouquinho em casa e então fomos visitar uma tia do meu pai, uma senhorinha, ficamos lá até agora pouco, cinco e quarenta. E então viemos pra casa, minha mãe fez um bolo de limão e chamou algumas pessoas, eu espero que o Fabrício não venha. Eu continuo fazendo o inglês, e já estou no nono estágio, eu não fui bem no quiz da ultima prova, que fazia muitas perguntas sobre gramática que eu perdi por causa da viagem. Eu quase que não passei direto, se não fosse por dois pontos eu teria todo o trabalho de refazer a prova. O resto da prova eu respondi certinho, errei duas palavras no vocabulário e no ditado. Mais nada. Eu continuo fazendo no mesmo horário e ainda tenho a esperança de que o Matheus vai aparecer. Eu não vejo ele desde de dezembro. Sabe, eu nem ligo muito pra ele mais, mas as vezes eu sinto falta dele. E agora eu tenho um novo ‘crush’ na escola, ele lembra o cara de uma banda que eu sou fã, e então eu comecei a me interessar por ele, ele é de outra sala, no mesmo piso que eu. E depois que eu voltei de viagem eu não tenho visto muito ele, e eu não sei nem o nome dele, bom uma vez eu vi o Julio falando com ele e disse algo como Biel, mas eu não cogito bada até ter certeza. Ele não tem aparecido mais em quintas e sextas, seja por qual for o motivo. Eu tenho assistido bastante séries também, estou acompanhando a segunda temporada de Bates Motel de acordo que os episódios saem, eu assisti Downton Abbey, as quatro temporadas em uma semana e estou esperando a quinta. E agora estou assistindo American Horror Story, eu assinei Netflix, então uma coisa boa a mais. E estou indo para a terceira temporada de AHS. Eu assisti uma temporada por dia, mas não tive tempo pra continuar. Bom, eu provavelmente vou voltar a escrever para ti, não todo dia, mas sempre que eu tiver tempo e vontade. Com amor, Gi.

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25.12.2013 - Quarta

Querido amigo,

acordei hoje com a minha mãe me chamando e fomos pra casa da tia Elizete almoçar lá, a Carol me deu meu presente que era uma camiseta do Rolling Stones. Depois, ficamos lá, conversando, rindo e falando várias coisas. A tia Eliza chamou a gente pra ir pra praia amanhã. E só decidimos quando chegamos em casa, e bom, eu vou, e só volto dia seis ou sete. Ou até antes. Eu sei que eu tenho que estar aqui no dia oito, porque é o dia que o meu inglês volta. São cinco e trinta e cinco. E depois que eu cheguei em casa e fiquei no computador, eu assisti dois filmes, Falando Grego e Uma mente brilhante. E eu realmente preciso ir pro meu quarto agora, porque eu ainda não arrumei a minha mala, e ao que tudo indica a tia Eliza vai na hora do almoço. Estou ferrada. E vai ser o primeiro ano novo que eu passo longe dos meus pais. Da minha vó é normal, porque, enfim, você sabe. Mas agora eu preciso ir, aproveitar que o sono ainda não chegou totalmente, e arrumar a minha mala. E pra você que está lendo aqui onde foi postado, eu quero te desejar um feliz ano novo, pois só voltarei a postar ano que vem.

Com amor, Gi.

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24.12.2013 - Terça

Querido amigo,

dormi antes mesmo do filme carregar, acordei meio dia e vinte, fiquei lendo no meu quarto e depois fui pra sala, fiquei mexendo no iPad, e depois mais tarde fomos ao shopping, e ficamos três horas lá dentro tentando achar um presente pra minha mãe, é sério, eu praticamente consegui achar presente pra todo mundo, pra Carol, pra Marcely, pro Lucas, pra amiga da minha mãe, pra minha psicologa, menos pra minha mãe. Ela não diz o que quer e a maioria das coisas ela faz uma cara feia. por fim, comprei o que eu queria comprar desde o começo, um livro e um cd da Paula Fernandes, já que minha mãe adora ela. Depois que voltamos pra casa, eu fiquei um pouco no computador e fui tomar banho, depois coloquei apenas a minha calça e outra camiseta. Fiquei arrumando meu quarto, guardei todas as minhas roupas, e organizei as roupas que teria que passar, achei os pares das meias, separei as perdidas. E depois coloquei o meu tênis, e só quando estávamos praticamente saindo que eu coloquei a minha camiseta. E fomos para a casa da tia Elizete, eu fiquei ouvindo música, depois fiquei conversando com a Mah e depois com a Carol, e foi um misto total o Natal. E pra falar a verdade eu meio que acho que o Natal pra algumas pessoas da família da minha mãe é meio que um evento, um modo de eles mostrarem o presente bom que eles estão dando. Depois fizeram uma brincadeira de ir passando um presente, que era uma caixa de bombons, para o que você lia, por exemplo, escolha a pessoa mais elegante, e ai você dá o presente pra alguém e essa pessoa vai ter que escolher tal que ta escrito, a minha vez foi uma das últimas. Tinha eu, a Marcely, o tio Gordo, e o Alan, sobrando. Só que eu não sabia que tinha a Mah, pra falar verdade eu não consigo me lembrar pelo qual fui escolhida, só lembro que eu tinha que escolher alguém inteligente, e então eu falei 'O Alan, porque eu não acho que o tio Gordo seja inteligente' e então todo mundo riu, e eu entreguei pro Alan, e a Carol falou que eu devia receber por ser sincera, porque é por isso que eu sou. Depois que acabou e a Mah ficou com a caixa final, e distribuiu os bombons, e a maior parte foi embora, eu e as meninas colocamos músicas do meu celular pra tocar no rádio. E ficamos cantando e pulando até. As três e pouco vim pra casa, e assisti Os Fantasmas de Scrooge, e agora vim pro meu quarto. Ah, eu ganhei de presente, uma camiseta da minha mãe, um perfume, creme e creme da Britney Spears do meu padrinho, e uma calcinha e um sutiã da minha madrinha, sem falar que o sutiã era quatro números menor que o meu, que é 42. Sacanagem, podia ter dado um livro. Quando eu fui na Americanas com o meu pai hoje, eu vi um livro que eu queria, bom de autor famosão, por quatro reais, sem ser de bolso, e outro por dez. Eu só não levei porque meu pai não queria ficar na fila, pelo mesmo motivo ele comprou o presente da minha mãe na Saraiva. Ah, e mesmo que já tenha passado da meia noite do dia 24, acho que ainda dá pra mim desejar um feliz aniversário para o meu querido amigo, que se parece muito comigo, ou eu pareço muito com ele. O Charlie.

Com amor, Gi.

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23.12.2013 - Segunda

Querido amigo,                                                                                    Depois de um tempo eu e meu irmão começamos a assistir Compramos um Zoológico, e então eu acabei dormindo, e acordei as seis horas e fui para o meu quarto. Depois fui acordada para ir almoçar, e então levantei, almocei e depois de um tempo fui ao shopping com o meu pai, ele comprou uma camiseta pra mim, eu estava querendo alguma pra usar no natal, e eu comprei uma do The Doors. Depois tentamos encontrar algo pra minha mãe, mas foi difícil e então passamos no Mc Donald's e trouxemos lanche pra casa. E eu assisti malhação enquanto comia, mas depois que a malhação acabou fiquei nervosa porque seria a hora que eu vou para o inglês, mas estou de férias, fazer o quê. Depois de um tempo no computador, fui pro meu quarto e fiquei escrevendo, mas eu dormi. E depois acordei vim na sala e fui pro meu quarto e voltei a dormir. Acordei e estava passando Espelho, Espelho Meu. Eu assisti, mas sentia dores no meu corpo inteiro, na garganta, no braço, na perna, na coxa, nas costas, na cabeça, no ouvido, em vários lugares. A minha mãe falou pra esperar ver se eu ia melhorar amanhã. Depois do filme acabou minha mãe foi dormir, e eu fiquei com o notebook, coloquei meu pijama e fiquei deitada no sofá com cobertor, e então coloquei Sherlock Holmes pra assistir, mas deu erro e então eu peguei outro filme que eu não tinha assistido, chamado Reflexos do Passado. O filme acabou agora pouco e eu coloquei Compramos um Zoológico, para terminar de assistir.

Com amor, Gi.

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22.12.2013 - Domingo

Querido amigo,

depois de te escrever assisti o filme 500 dias com ela pela primeira vez e eu realmente gostei do filme, é ótimo. Eu acordei tarde e nem comi nada, fui passear com o Joe, e acabei conversando com um dono de um estacionamento que tem uma cadela que o Joe adora. Depois de um tempo voltei pra casa e então fiquei a toa no computador, mais tarde fui buscar um lanche no Kadu com o meu pai e vim pra casa e comi. Fiquei no computador por um bom tempo, até que começou um filme que eu gosto Julie e Julia de madrugada e quando acabou meu irmão liberou o notebook e eu quis assistir outro filme que no quesito seria Correndo com tesouras, mas eu não achei. E acho que eu vou selecionar algum filme com o meu irmão, ele está querendo assistir algum de luta, não sei, terei que ver.

Com amor, Gi.

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21.12.2013 - Sábado

Querido amigo,

hoje fui ao shopping com a minha mãe, fui eu, ela, a tia Beth, a Marcely e a Carol. De primeira elas entraram em uma loja, e a Marcely e a Carol foram sei lá onde, e eu fui na Saraiva, olhei várias coisas e depois voltei pra loja onde minha mãe e a minha tia estavam. E recebi a notícia de que as meninas foram me procurar na Saraiva, voltei pra lá e encontrei elas, ficamos conversando e a Marcely foi chamar minha mãe e a tia Beth, enquanto eu mostrava alguns livros pra Carol. Depois quando elas chegaram, a tia Beth comprou pra mim um livro que eu estava querendo, chamado 'Vidas sem rumo: The Outsiders', que pelo que eu vi tem um filme. Comprou um livro pra mim dar de presente pra Carol, um livro de presente pra Carol e um livro que ela completou com o dinheiro pra Carol. Depois fomos em outra loja e eu comprei algumas camisetas, a Marcely também. Depois fomos no Mc Donald's, e depois enfim fomos embora. Depois de deixarmos a Marcely, pegamos pão na padaria e a tia Beth deixou eu e a minha mãe em casa. E nisso eu vi um garoto no ponto de ônibus com uma camiseta do Green Day igual a minha, e eu fiquei feliz, porque eu realmente não tinha visto ninguém com uma camiseta do Green Day por essas bandas, ainda mais igual a minha. 

Com amor, Gi.

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20.12.2013 - Sexta

Querido amigo,

hoje é aniversário da tia Eliza, então todas nós estávamos de acordo que iríamos sair a noite. Quando acordei com o meu nariz sangrando, fui até o banheiro e lavei, a Mah estava tomando banho e ficamos conversando enquanto eu lia uma revista. Nisso, o Nicolas avisou que o tio Toninho já tinha chegado, e foi então que eu descobri que iríamos almoçar na casa da tia Elizete, assim não dando tempo de eu tomar banho. Me troquei e logo depois descemos. Fomos pra casa da tia Elizete, ao chegar nos sentamos e almoçamos. Depois eu e a Carol subimos, e deitamos em um dos quartos enquanto líamos. Um ou dois capítulos, e o Fabricio foi chamar alguém pra jogar com ele. E lá fui eu jogar Call of Duty, eu nunca tinha jogado, eu só tinha visto as pessoas jogando naquele dia que eu fui na casa da Leticia. E bem, eu até que estava jogando bem, pra quem acabou de aprender como jogar. E então tivemos que ir embora. Ao chegar no prédio fiquei me revezando, subindo até o andar da Jessica pra pegar a internet dela e abrir um capítulo, eu abria o capítulo em o pequeno corredor da porta das escadas, porque é assim, você chega no andar e tem uma porta, essa porta tem um pequeno e considerável espaço, e vem outra porta que leva as escadas. E foi nesse espaço que eu aguardei abrir o capítulo, e depois eu voltava e lia no quarto da Mah. Fiz isso quatro vezes. E na quinta acabei ficando por lá e lendo vários capítulos. Então, decidi ler lá em baixo sentada em uma vaga pegando o wi-fi do prédio do lado, e fiquei lá, depois que elas sentaram do meu lado e ficaram conversando eu coloquei fone. Depois li normal, e fiquei chupando geladinho. Vários geladinhos. Depois de um tempo não sei o que a Carol ficou fazendo lá em cima, e eu e a Mah ficamos sentadas com o pé na piscina, nos deitamos pelo deque, conversamos sobre várias coisas, e tirei algumas fotos. Um tempo depois nós subimos e ficamos assistindo tv, e depois de um tempão fomos tomar banho. E depois, eram quase nove horas ou oito, não lembro exatamente, eu, a Marcely e a Carol ficamos no parquinho, enquanto liamos e conversávamos. Depois das nove/oito finalmente fomos nos encontrar com o povo, e quando estávamos no carro, ali na anchieta, porque o barzinho que iriamos era ali, eu estava olhando o carro do lado, enquanto cantava e de repente, era o Matheus no carro do lado, eu fiquei muito sei lá, nervosa, eu não sei. Foi estranho. E depois que o nosso carro continuou parado e o dele foi, eu pedi para o meu tio acelerar. Mas tínhamos chegado ao barzinho, infelizmente, e eu fiquei muito aérea. Nós três sentamos em outra mesa, separada deles, porque eles pediram, enfim, eu sei que nós nos entupimos de tanto comer. Pedimos três refeições, batata frita, pastel e depois mais batata frita, e repetimos o refrigerante três vezes, cada uma. Depois cada um foi pra sua casa, e eu vim pro computador claro. E recebi a notícia de que um dos meus autores preferidos se matou ontem, o Ned Vizzini, que escreveu It's Kind of a Funny Story, que aqui no Brasil tem o filme 'Se enlouquecer, não se apaixone'.

Com amor, Gi.

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19.12.2013 - Quinta

Querido amigo,

acordei com a Carol me chamando, ela arrumou o quarto da Mah e eu fui lavar a louça enquanto ouvia música e cantava, nisso o Nicolas chegou e foi para o quarto dele. Três coisas sobre o Nicolas, ele e a Marcely tem uma coisa que digamos ser uma rotina matinal entre a hora do almoço, o Nicolas faz/fez algum tipo de luta, que eu não me recordo agora, e ele sempre as pratica com a Marcely, e é sempre muito engraçado. Porque a Marcely fica encurralada. Segunda, ele adora/ama ficar sem camisa, é o habitat natural dele, ficar sem camisa, ele chega vai pro quarto tira a camisa e fica o dia inteiro sem camisa, enquanto está em casa, porque quando ele vai sair, ele veste uma. Terceira, ele tem vinte e dois anos, e sim, ele é realmente bonito. Mas isso não quer dizer que eu vou ou quero agarrar ele um dia, claro que não, ele é bonito, mas isso seria muito estranho. Depois que terminei, troquei de roupa e as pessoas foram chegando. Um tempo depois nós almoçamos. E a tarde ficamos boiando a maior parte do tempo, lendo, tomando geladinho e depois quando a Jessica finalmente chegou ao prédio, comemora, ficamos conversando e depois de um tempo subimos para a casa dela, ficamos lendo na cozinha e então a mãe dela foi fazer algo na cozinha, e nós fomos pra sala, e ficamos lendo, cada um no seu canto, no escuro, só com a luz do corredor e da árvore acesa. Depois eram mais de dez horas e nós fomos pro andar da Mah, a Carol se virou e fez frango pra ela e pra Mah, enquanto eu e a Jessica riamos, conversávamos e ela passava algumas músicas pra mim. Eu comi brigadeiro com a Jessica, e coloquei banana também. Depois, quase meia noite, a Jessica foi pra casa dela e eu fui tomar banho. Quando voltei pra sala ficamos assistindo um programa chamado Acumuladores, de uma mulher que acumulou muitas coisas da casa dela, mas de um jeito completamente anormal e um estado que se agravou. Depois todos foram dormir e eu e a Carol dormimos na sala, pra falar a verdade, eu estava lendo até agora, e a Carol já está dormindo há tempos.

Com amor, Gi.

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