Tumgik
notassinteticas · 2 years
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VIPPERs enganando pessoas de uma comunidade desde 2008
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Imagem por: sin
ㅤㅤÉ inegável que muitos membros da comunidade de sintetizadores entraram em contato com o UTAU graças a algum personagem pertencente ao grupo VIPPERloid, principalmente Teto Kasane. Em contrapartida, também é fato que muitos não sabem explicar o que este é e como surgiu, mesmo sendo um dos mais antigos e famosos. Não é para menos: afinal, os personagens do grupo nasceram quase aleatoriamente como uma piada em um fórum de internet.
ㅤㅤOs fóruns de discussão são populares entre os jovens e adultos de diversos países que desejam conversar sobre determinados assuntos com outras pessoas. No Japão não seria diferente, tanto que um dos mais acessados tem sua origem lá: o antigo 2channel (2ちゃんねる), ou apenas 2ch, tornou-se popular entre os internautas no início dos anos 2000 por ser considerado uma “válvula de escape” livre de restrições, onde era possível se expressar anonimamente sem correr o risco de ser censurado. Lá, havia um quadro de notícias de última hora destinada a tópicos sobre mangás, animes e conteúdo erótico chamado VIP, e é justamente aí que tudo começa.
ㅤㅤÉ inegável que o surgimento de Miku Hatsune trouxe popularidade ao VOCALOID dentro e fora do nicho musical. Com isso, diversos tipos de postagens relacionadas à ela e outros personagens da série Character Vocal começaram a surgir, e isso inclui algumas pegadinhas, sendo uma das mais famosas tendo marias-chiquinhas rosadas em formato de brocas.
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↪ Página do “produto” de Teto Kasane, contendo detalhes sobre ele e a personagem. Fonte: kasaneteto.jp (Arquivado)
ㅤㅤNascida no dia 1º de abril de 2008, Teto Kasane (重音テト; Kasane Teto) foi anunciada no NicoVideo como uma nova Vocaloid desenvolvida pela Crypton Future Media, apresentando um visual similar ao de seus personagens anteriores. Além dos vídeos de demonstração, uma imagem promocional e um site oficial foram criados para ajudar em sua divulgação. No entanto, não demorou muito para que isso fosse desmentido e esclarecido: Teto nada mais era que uma piada de 1º de abril criada pelos usuários do 2channel para enganar os do NicoNicoDouga, onde o VOCALOID tornou-se popular e concentra-se boa parte de seu público no Japão. A ideia da personagem era ser apenas uma paródia dos personagens da série Character Vocal, tanto que sua arte conceitual foi desenhada com base no mesmo estilo adotado pelo ilustrador oficial de Miku Hatsune.
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↪ Tópico no 2channel onde tudo começou. Em tradução livre, “架空のボーカロイド作ってニコ厨つろうぜww” poder ser traduzido como “Vamos trollar uns pirralhos do NND com um Vocaloid falso kkkk“. Fonte: 5ちゃんねる
ㅤㅤApesar da imagem promocional e site terem uma aparência bem convincente, os usuários notaram algumas inconsistências em ambos:
O perfil de Teto Kasane apresenta características propositalmente exageradas demais para um personagem da série Character Vocal. Por exemplo, ela é descrita como tendo 31 anos de idade (mesmo apresentando uma aparência de uma adolescente) e sendo uma quimera;
Os vídeos que supostamente apresentam sua voz são apenas covers gravados por Mayo Oyamano, que era apenas uma aluna do ensino médio na época que resolveu entrar na brincadeira;
Ao invés de “crypton”, a URL de seu site oficial estava escrita como “crvipton”, em referência ao lugar onde a personagem foi criada;
O anúncio de Teto nunca foi feito oficialmente pela Crypton Future Media, tanto que os vídeos de demonstração foram postados em contas aleatórias do NicoNicoDouga criadas apenas para isso.
ㅤㅤA partir da grande repercussão dessa brincadeira, uma espécie de tradição dentro do quadro VIP do 2channel nasceu: a cada ano, pelo menos um novo personagem, denominado VIPPERloid (ou VIPPAloid), era criado e anunciado como o próximo Vocaloid a ser lançado. E isto durou um bom tempo (estima-se que cerca de oito anos) até deixar de ser uma tendência e cair no esquecimento; porém não significa que necessariamente sua fama caiu, muito menos de forma drástica.
ㅤㅤUm dos fatores que mais contribuiu para esses “Vocaloids” falsos permanecerem relevantes por muitos anos foi o UTAU, que trouxe a possibilidade de qualquer pessoa criar seus bancos de voz. A união desses elementos foi bastante benéfica para ambos os lados, principalmente para o programa: Teto Kasane, por exemplo, teve seu primeiro banco desenvolvido poucos dias após seu anúncio e continua sendo uma das UTAUs mais conhecidas, sendo a principal responsável por trazer muitos usuários ao sintetizador e inspirá-los a criar seus próprios cantores virtuais. E a relevância da personagem não para aí, visto que, além de ter produtos licenciados pela Crypton Future Media e participações em mídias e eventos de entretenimento, recebeu um banco de voz para o Synthesizer V AI após a comemoração de seu 15º aniversário.
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↪ Repostagem feita em agosto de 2008 do clipe oficial de Song of the Eared Robot (耳のあるロボットの唄; Mimi no Aru Robot no Uta), produzida por MimiroboP e postado no NicoVideo no dia 9 de junho de 2008. Esta é a primeira música original a utilizar o primeiro banco de voz de Teto Kasane, além de ser a primeira canção cantada por um UTAUloid a entrar no Hall of Fame da plataforma.
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↪ Clipe oficial de April Star (エイフリルスター; Eipuriru Sutaa), produzida por OSTER Project e postado no NicoVideo e YouTube no dia 3 de abril de 2023. A música original foi criada para demonstrar seu banco de voz para o Synthesizer V AI, apresentando uma evolução que a maioria dos fãs não esperavam.
ㅤㅤVoltando aos VIPPERloids, algo interessante de ser abordado são as características que os tornam parte do grupo. Apesar de alguns pontos serem óbvios, muitas pessoas ainda têm suas dúvidas quanto a isso, e até cogitam classificar seus UTAUs como tais. As características são as seguintes:
Todos os personagens são criações vindas do quadro de notícias VIP do 2channel. O nome “VIPPERloid” não foi escolhido à toa: é uma referência direta tanto ao local onde sugiram, quanto ao usuários que os criaram (os quais costumam ser chamados de “VIPPERs”);
O objetivo principal sempre é o mesmo: enganar outros usuários (principalmente do NicoNicoDouga) dizendo que são um novo Vocaloid prestes a ser lançado;
Os personagens apresentam perfis contendo informações sem nexo e/ou exageradas. Um caso que exemplifica bem isso é o de Ritsu Namine (波音リツ; Namine Ritsu), que é descrito como um crossdresser de seis anos que pesa 25 toneladas. Muitos VIPPERloids até possuem uma ou mais características escolhidas especificamente para ironizar algo referente a comunidade de VOCALOID e UTAU;
Nem todos os VIPPERloids possuem um banco de voz. Como o principal objetivo é enganar as pessoas, a parte de desenvolver um para eles nunca foi uma regra a ser seguida, sendo apenas um “extra” para os criadores. Mesmo assim, praticamente todos os personagens do grupo possuem ao menos um banco desenvolvido e lançado ao público. Um exemplo de VIPPERloid sem banco de voz é Bochi Munashine (虚音ボチ; Munashine Bochi), que, apesar de ter um vídeo de demonstração como os outros, nunca foi lançada oficialmente.
ㅤㅤComo mencionado anteriormente, a moda dos VIPPERloids já passou e são pouquíssimos aqueles que continuam vivos e relevantes nos dias atuais por justamente serem apenas uma brincadeira de momento. Ainda assim, a contribuição desses falsos Vocaloids para a comunidade é inegável, pois inspiraram diversos usuários a criarem seus cantores virtuais e, principalmente, trouxe visibilidade ao UTAU até hoje. No entanto, também não se pode negar que os VIPPERloids são criações um pouco esquisitas, e até questionáveis, que surgiram da mente de usuários diferentes em fórum da internet.
Referências bibliográficas
• VIPPERloid, no UTAU Wikia; • VIPPAloid, na UTAU Wiki 2.0; • VIPPERloids, na comunidade Vocaloid Amino; • 重音テト, na アニヲタWiki.
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notassinteticas · 3 years
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STELLA e sua história de aprendizado do que não fazer
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Imagem por: Kemohomogeko (design da personagem) e Haneoka (boxart)
ㅤㅤGrande parte dos fãs de VOCALOID já expressaram seu desejo em ter um banco de voz próprio para chamar de “seu”, e o choque ao descobrir que é algo quase impossível de ser feito é praticamente instantâneo. Graças a isso, os Fanloids tornaram-se a alternativa mais acessível àqueles que querem criar um personagem destinado ao sintetizador e ainda não conhecem (ou simplesmente não tem interesse) os outros concorrentes. No entanto, algumas pessoas levam este desejo ao extremo e fazerem de tudo para que se torne realidade, sem se importar com as consequências futuras.
ㅤㅤDesenvolver um banco de voz para o VOCALOID é considerado um processo complicado antes mesmo de iniciar sua produção, pois é preciso adquirir uma licença com a Yamaha para isso. Após tê-la em mãos, o produto ainda deve passar por uma aprovação final para ser comercializado, tornando-o suscetível a diversas modificações ao longo de seu desenvolvimento. Por causa dessas normas, muitas pessoas acreditam que somente empresas grandes e bem estruturadas são capazes de criar algo para o sintetizador, porém há exemplos de algumas que conseguiram entrar no mercado de síntese vocal mesmo sendo pequenas e/ou não tão experientes no ramo, como a Shanghai HENIAN (dona dos VSingers) e a VocaTone (criadora de Oliver e YOHIOloid). E o caso que será abordado a seguir é justamente sobre isso... ou uma tentativa disso, ao menos.
ㅤㅤA história começa em 5 de janeiro de 2015, quando um novo banco de voz feminino japonês foi anunciado por um pequeno grupo chamado PLTech, formado por PlantyP e alguns produtores da comunidade ocidental de sintetizadores. Batizada de STELLA e tendo sua voz modelada a partir de uma arquitetura de síntese comum, a personagem foi apresentada como uma idol virtual que caiu dos céus e apenas deseja cantar, contendo uma história vaga e superficial propositalmente para dar mais liberdade artística aos seus usuários. Com o passar do tempo, outras informações referentes ao produto foram reveladas, como a confirmação de que seria desenvolvida para o motor VOCALOID4 e que teria, ao todo, quatro bancos (Core, Moon, Sun e um “Whisper” experimental). Segundo PlantyP, seu principal idealizador e coordenador do projeto, a intenção nunca foi comercializá-la, pois seria utilizada para arrecadar dinheiro para fundação Americans for the Arts e, portanto, não queria correr o risco dela ser associada a conteúdos inapropriados (Ex.: covers de músicas com temática adulta) que poderiam ser feitos caso fosse disponibilizada para o público.
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↪ Repostagem feita em janeiro de 2015 do vídeo de apresentação da voz e silhueta de STELLA.
ㅤㅤApesar da aparente boa intenção do projeto, muitos fãs ficaram desconfiados quanto a sua real procedência, porque, além dos vocais apresentados nas demonstrações terem uma sonoridade duvidosa, a reputação de seu criador não é a das melhores: em 2014, por exemplo, PlantyP distribuiu a versão completa do banco de voz de Anon & Kanon para várias pessoas antes delas serem oficialmente lançadas, mesmo sendo avisado de que isso é ilegal. Por conta desse fato, houveram, junto às comparações (as quais são normais de ocorrer), diversas acusações afirmando que a voz de STELLA era apenas uma junção de outras duas através de cross synthesis (ou XSY), um parâmetro da quarta geração do VOCALOID que permite combinar dois bancos de voz e, assim, mudar gradualmente seus vocais. Em uma tentativa de esclarecer melhor a situação e se defender, o criador declarou em seu blog que, na verdade, ela era um projeto independente secreto feito para testar como a comunidade ocidental reagiria ao se deparar com algo semelhante à dupla de idols virtuais MeAw, que causaram muita confusão em seu anúncio por não terem deixado claro o que exatamente eram. Também afirmou que possuía uma licença limitada do VOCALOID4 a qual, segundo ele, é dada àqueles desenvolvedores que não têm dinheiro ou recursos para adquirir a versão completa.
ㅤㅤAs justificativas de PlantyP convenceram muitas pessoas (principalmente as que pertenciam a sua base de fãs), porém não foram o suficiente para impedir uma investigação mais profunda. Apenas um dia após um vídeo da, até então, Vocaloid sendo usada no VOCALOID4 ser postado, os espectadores mais atentos perceberam que os nomes dos bancos de voz usados foram editados para parecer que são os dela. Além disso, a Yamaha confirmou por e-mail que STELLA não estava entre os produtos licenciados por ela e outras descobertas polêmicas foram publicadas poucas horas depois, como as visitas do ex-produtor em sites de distribuição ilegal de softwares e a falsa aquisição do kit de desenvolvimento. Graças a isso, a confiança depositado no projeto desapareceu completamente e, mesmo rebatendo as acusações e deletando tudo relacionado a ele, PlantyP perdeu o resto de credibilidade que ainda tinha na comunidade ocidental de VOCALOID. Após algumas tentativas falhas e breves de fugir da situação, ele finalmente confesso em um fórum que STELLA é uma Vocaloid falsa e, mais tarde, que seus vocais realmente eram XSY de outros bancos de diferentes empresas (uma prática que, segundo o acordo de licença do programa, não é permitida por causa das diretrizes distintas de cada empresa), se desculpando por tudo que fez e àqueles que envolveu na confusão. Três anos depois do ocorrido, ele publicou um pedido de desculpas formal o qual também serviu como uma carta de despedida, marcando sua saída definitiva da comunidade.
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↪ Atual estado do site oficial de STELLA. Tradução do texto: Este site foi limpo por causa da intenção maldosa trazida à nós pelo Planty-P. Fomos enganados. Não sabíamos que STELLA nunca teve sua própria voz e que era nada mais que uma combinação de um cross-synthesis hackeado. Se Planty reaparecer, não o escute. Não acredite nele. Bloqueie qualquer contato com ele. Ele está subindo em suas janelas e roubando seus Vocaloids e tentando hackeá-los, então todos vocês precisam esconder seus V3s, seus V4s e até esconder seus V1s, pois ele provavelmente tentará hackear isso de novo também.
ㅤㅤMuitas pessoas comparam esse ocorrido com o de Arisa Mitsuko, pois ambos envolvem a criação de um Vocaloid falso por fãs. No entanto, existe uma diferença crucial entre eles: PlantyP era o único que sabia de toda a verdade, ou seja, nem os envolvidos (direta e indiretamente) no projeto sabiam que o banco de voz de STELLA não era real. E foi graças a esse agravante que, além de uma parte da comunidade ocidental ter deixado de acreditar no ex-produtor definitivamente e em anúncios de novos lançamentos por um bom tempo, nenhum dos colaboradores quis continuar investindo na personagem ou sequer ter alguma conexão com ela,o que explica ela não ter recebido um banco de voz para outro sintetizador até hoje. Apesar disso tudo, o caso de STELLA é, de longe, um dos mais lembrados pelos fãs estrangeiros, pois mostra que não compensa arriscar uma reputação e, acima de tudo, a confiança dos amigos por razões banais e egoístas, tornando os prejuízos maiores que os ganhos. Essa história é um exemplo de aprendizado que pode ser levado não só ao meio VOCALOID, mas à vida também para as pessoas terem noção das consequências que atos semelhantes aos de PlantyP podem acarretar a longo ou, no pior dos casos, curto prazo.
Referências bibliográficas
• Stella, no Fanloid Wiki; • Controversy Concerns — POCALOID and illegal modifications: Stella, no VOCALOID Wiki. • [AtH] VX15 - History of the Vocaloids EXTRA - Stella, no YouTube. • Planty's Statement, no Imgur.
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notassinteticas · 4 years
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Cantores falecidos ainda podem cantar
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Imagem tirada do vídeo AIでよみがえる 美空ひばり.
ㅤㅤElvis Presley, Freddie Mercury, Whitney Houston, Michael Jackson, David Bowie... a ideia destes e outros cantores consagrados poderem cantar para seu público novamente sempre pareceu atraente aos olhos de alguns saudosistas por se tratarem de ícones do mundo musical. Graças aos avanços da tecnologia e anos de estudo, os questionamentos referentes ao assunto passaram de “e se fosse possível?” para “quando acontecerá?”. O sonho de ver seus cantores favoritos passou a ser uma realidade bem mais próxima do que se imaginava antigamente.
ㅤㅤDe modo geral, um banco de voz (seja de canto ou de fala) é desenvolvido com base na voz de uma pessoa real, a qual é instruída a gravar uma série de amostras vocais que irão compô-lo, e é um processo que demanda tempo e dedicação para conseguir ótimos resultados. Com o surgimento da primeira geração do VOCALOID, a possibilidade de trazer cantores falecidos “de volta à vida” através da sintetização de voz foi cogitada por algumas companhias que desejavam investir nessa novidade do mundo da música. No entanto, diferente da maioria dos casos, um provedor de voz morto claramente não seria capaz de participar ativamente do processo de produção, o que dificulta bastante a coleta das faixas necessárias; mesmo através de gravações prontas, seria preciso trabalhar arduamente para deixá-las, no mínimo, aceitáveis, pois dificilmente terão uma qualidade boa o suficiente para utilizá-las diretamente. Portanto, caso queira um banco de qualidade e fiel ao falecido, a empresa precisará pensar em outras formas de conseguir desenvolvê-lo para que consiga reproduzir bem seus vocais e, assim, convencer os ouvintes de que realmente é ele cantando.
ㅤㅤA primeira tentativa registrada de desenvolver algo desse tipo ocorreu no final de 2007, quando o VOCALOID estava em sua segunda geração e já apresentava um certo reconhecimento no mercado musical. Mesmo sabendo dos desafios que enfrentaria com um projeto desses, o presidente da gravadora Music Airport Inc. Hideki Matsutake entrou em contato com a equipe técnica da Yamaha para desenvolverem juntas um banco de voz baseado no célebre Hitoshi Ueki, que faleceu no final de março daquele mesmo ano devido a uma insuficiência respiratória causada pela enfisema pulmonar. Segundo Hideki Kenmochi (conhecido como “o pai do VOCALOID”), como usar apenas materiais de gravações antigas não estava dando muito certo, os desenvolvedores criaram uma função de conversão que pudesse detectar as diferenças entre duas vozes para, assim, transformar uma delas na que desejavam no resultado final; para isto, chamaram o filho mais velho de Hitoshi, Hiro Kouichi, para gravar as amostras e aplicar este método nelas. Cerca de quatro anos depois, a produção do primeiro banco de voz dublado por um cantor morto e da série Legend of VOCALOID finalmente foi concluída: Ueki-loid (植木ロイド), apresentado ao público no dia 23 de julho de 2011 em um programa transmitido ao vivo na plataforma NicoNicoDouga. Apesar do anúncio ter impressionado muitos, os desenvolvedores deixaram claro que o banco não seria comercializado por se tratar de um projeto voltado para a divulgação da tecnologia utilizada, mas que planejavam fazer um álbum inteiro com ele (algo que até hoje não aconteceu e não é mencionado desde 2012).
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↪ Arte promocional do álbum Legend of Vocaloid - Ueki-loid, divulgado em 2012.
ㅤㅤSendo a precursora dessa novidade na área musical, a Yamaha investiu nela em outros momentos, porém não foi a única empresa a incorporá-la ao seu programa. Na tentativa de ressuscitar a voz do cantor enka Haruo Minami, que faleceu em 2001 devido a um câncer de próstata e era conhecido pelo quimono azul que vestia e atenção que dava ao público, a gravadora Teichiku Records fez uma parceria com a XING Inc. para produzir um banco de voz baseado nele: HAL-O-ROID (ハルオロイド・ミナミ), lançado em 20 de outubro de 2016 para o CeVIO Creative Studio. Seu anúncio foi uma surpresa para muitas pessoas, pois, além ter sido desenvolvido para um sintetizador diferente do VOCALOID, não houve anúncios prévios ou qualquer pista de que algo do gênero estava sendo feito. Outro detalhe que o diferencia dos bancos anteriores produzidos nesse “estilo” é justamente seu lançamento, pois foi o primeiro a ser disponibilizado pública e gratuitamente, além de ter recebido um modelo 3D para o MikuMikuDance que pode ser baixado de graça também. A técnica utilizada para desenvolver HAL-O-ROID não foi divulgada, porém relatos de alguns usuários afirmam que o banco apresenta problemas de qualidade, ausência de sons e até inconsistência em algumas amostras, indicando que, possivelmente, foram usadas gravações antigas do cantor para desenvolvê-lo.
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↪ Banner usado na página oficial de HAL-O-ROID, no site da Teichiku Rercords.
ㅤㅤMesmo com pouquíssimos projetos envolvendo provedores falecidos sendo feitos e/ou divulgados ao longo dos anos, os métodos de gravação para bancos assim não pararam de ser aperfeiçoados. A última demonstração feita ao público foi a da VOCALOID:AI, uma inteligência artificial criada para aprender (através de uma técnica chamada Deep Learning) os trejeitos vocais de um cantor e executá-los em apresentações ao vivo junto a uma imagem 3D de alta qualidade. Um dos pontos mais emblemáticos dessa nova tecnologia foi a reação mista da audiência ao longo da performance da cantora enka Hibari Misora, falecida em 1989: apesar de haver muitos espectadores emocionados em ver sua artista favorita cantando no palco depois de anos, a estranheza também pode ser notada, com algumas pessoas ficando assustadas, e até indignadas, por estarem, supostamente, tentando substituir seres humanos por máquinas. É compreensível inovações desse tipo causarem dúvidas e receios nos mais leigos por serem difíceis de entender no começo, mas o que se pode fazer nesses casos é explicar seus reais objetivos e garantir que não foram feitas com más intenções; como um dos pesquisadores envolvidos na produção de VOCALOID:AI afirmou em entrevista, o que mais desejava com o projeto era “entregar a emoção que a Hibari proporcionou a muitas pessoas em sua vida”.
Referências bibliográficas
•  Ueki-loid, no VOCALOID Wiki; •  HAL-O-ROID, no CeVIO Wiki; •  Vocaloid Wiki:Sandbox/VOCALOID:AI, no VOCALOID Wiki; •  Speech Synthesizer Could ‘Resurrect’ Dead Singers, no Wired.
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notassinteticas · 4 years
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Calalini e suas alucinações forjadas
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Imagem por: NinahaKazuko ATENÇÃO: o assunto abordado no blog não é recomendado para menores de idade e pessoas sensíveis.
ㅤㅤEm 3 de março de 2012, a produtora e ilustradora estadunidense CrusherP lançou no YouTube e NicoNicoDouga um de seus trabalhos mais conhecidos até hoje: Calalini, cantada pela Vocaloid Kaai Yuki. Com o objetivo de mostrar e conscientizar as pessoas sobre a esquizofrenia infantil, a música mostra a luta diária de uma jovem menina contra centenas de alucinações diferentes presentes em sua mente e que vivem em uma ilha imaginária criada por ela chamada “Calalini”. Mesmo com o instrumental trazendo um ar sombrio, muitos ouvintes ficaram emocionados com a letra por ser baseada em um dos casos mais impressionantes, porém tristes, relacionados ao distúrbio.
ㅤㅤComo mencionado no início do clipe oficial, a letra da música foi escrita com base no caso de January Schofield, uma criança estadunidense diagnosticada com um quadro severo de esquizofrenia infantil aos seis anos, sendo considerada por muito tempo uma das pessoas mais jovens a apresentar tal distúrbio. Segundo seus pais, Susan e Michael Schofield, a menina, mesmo que mais esperta que as outras crianças, apresentava um comportamento anormal na menina desde seu nascimento e hábitos estranhos para alguém de sua idade, como dormir poucas horas por dia, conversar com vários “amigos imaginários” e ter atitudes violentas e autodestrutivas. No entanto, a situação tornou-se mais grave após seu último ataque de raiva, na escola, quando precisou ser hospitalizada em uma unidade psiquiátrica na Universidade da Califórnia, onde foi finalmente diagnosticada com esquizofrenia; antes disso, os médicos não sabiam dizer o que ela tinha, variando entre ansiedade e transtorno bipolar. É dito que, entre os seis e sete anos, Jani, como é comumente chamada, teve mais de duzentas alucinações diferentes com as quais conversava e recebia ordens, e até criou uma ilha chamada “Calalini” onde vivem, localizada entre o mundo real e o dela. Por conta de seu estado mental complexo, consultas semanais foram realizadas e diversos remédios, como clozapina, receitados, além da família ter sido obrigada a dividir-se em dois apartamentos bem próximos e adaptados para a segurança tanto da menina, quanto de seu irmão mais novo Bodhi.
ㅤㅤO caso de Jani veio à tona um ano após o diagnóstico graças ao programa The Oprah Winfrey Show, que fez uma matéria sobre o assunto em 2009, fazendo-a ficar mundialmente conhecida desde então. Além de livros e documentários, sua história serviu de inspiração na criação de conteúdos artístico, como a própria música Calalini. Após a descobrirem em março de 2013, os pais da menina contataram CrusherP para fazer uma linha de roupas com a mesma imagem da alucinação “24 Hours” estampada (à pedido da própria Jani) presente no clipe e, assim, arrecadar dinheiro à Jani Foundation, um grupo de apoio online criado em 2008 com o objetivo de ajudar pessoas com doenças mentais. Além disso, em março de 2017, Michael comentou na postagem original afirmando que não achou o trabalho da produtora ofensivo ou que glamorizasse a doença de sua filha, apesar de haver alguns pontos equivocados na forma como as alucinações foram apresentadas na obra. A canção também foi incluída no álbum CONCIENTIA, porém de forma remasterizada, contendo uma letra totalmente reescrita, vocais alterados e mixagem refeita; segundo CrusherP, o motivo desta mudança foi para garantir uma abordagem mais respeitosa sobre o assunto e pelo responsável pela mixagem ter se envolvido em polêmicas relacionadas ao uso de POCALOID.
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↪ Foto por: Lawrence K. Ho, via Los Angeles Times Descrição: Jani Schofield, com sete anos, em um raro momento de calma.
ㅤㅤMesmo com o divórcio de seus pais em 2015 e a guarda ter ficado com a mãe, tudo aparentava estar indo bem na vida das duas crianças... até que algumas pessoas começaram a prestar mais atenção nos vídeos que Susan postava em seu canal no YouTube, chamado Schofield Productions, desde outubro de 2015. Nele, era registrado o comportamento de Jani e Bodhi (diagnosticado não oficialmente com esquizofrenia em 2013) no dia a dia, mas o que realmente prendeu o foco dos espectadores foram as atitudes da mulher em relação a eles, assim surgindo teorias a respeito dos filhos estarem sofrendo mal tratos nas mãos dela. Com isso, diversas discussões em fóruns, como um tópico no Kiwi Farms e o r/SchofieldCabanaAbuse no Reddit, foram criados para reunir os fatos, discutir sobre o que poderia estar acontecendo com as crianças e conseguir algum pronunciamento dos responsáveis quanto a isso, chegando a apresentar dados preocupantes referentes a quantidade de medicamentos que o filho mais novo estava tomando.
ㅤㅤCom base em seus vídeos e publicações, muitos chegaram a conclusão de que Susan tem a síndrome de Münchhausen por procuração, um transtorno mental cujo paciente cria diagnósticos falsos em terceiros (principalmente crianças) para chamar a atenção de outras pessoas. Isso significa que as chances de seus filhos realmente terem esquizofrenia são baixíssimas, pois ela pode muito bem ter inventado toda essa história apenas para atrair os olhares para si. Além disso, lendo o livro escrito pelo pai e os textos publiciados em seu blog, descobriu-se que tanto ele, quanto a ex-esposa possuem problemas psicológicos graves (Ex.: bipolaridade e depressão) e manipularam e abusaram das crianças desde cedo. Além disso, mesmo sabendo da situação que estavam vivendo, Michael não fez algo para ajudar seus filhos; somente agiu depois de muito tempo, quando perceber a piora da filha.
ㅤㅤVendo o declínio da saúde mental de Jani e Bodhi, uma página no Facebook e conta no Twitter chamadas The Schofield Lies surgiu em fevereiro de 2019 para expor a verdade sobre a condição deles e, assim, tentar conscientizar as pessoas sobre o abuso infantil. A situação foi levada a um público maior poucos dias depois, quando os pais e o padrastro Corey Cabana apareceram no programa Dr. Phil (o qual a família já havia aparecido antes, em 2012) a pedido do próprio pai, afirmando que os filhos não viviam em boas condições e revelando diversos sinais vermelhos — praticamente todos vindos da mãe — tanto ao apresentador/médico, quanto aos telespectadores. Após muita discussão e relutância vinda de Susan, um acordo para ajudá-las (que envolve deletar o canal Schofield Productions) foi firmado entre o Dr. Phil e os convidados, porém não chegou a ser totalmente concretizado pois o Department of Child and Family Services interviu no caso e a custória das crianças foi retirada de ambos os responsáveis em abril de 2019; com isso, elas passaram a viver em lares adotivos e a realizar exames para verificar seu estado físico e psicológico.
ㅤㅤInformações atuais sobre as duas crianças, agora adolescentes/jovens adultos, podem ser encontradas em fóruns de discussão, mas, ainda assim, são escassas para manter suas privacidades. Uma das últimas notícias, e a mais chocante, que há refere-se a decisão de Jani em voltar a morar com sua mãe após completar 18 anos, ignorando os conselhos dados pelos profissionais que a acompanharam; um vídeo dela falando sobre isso foi postado no antigo canal de Susan (agora chamado The Schofield Truth) em setembro de 2020, porém especula-se que as falas da garota tenham sido forjadas pela mãe para parecer que estava tudo bem.
ㅤㅤQuanto à reação de CrusherP sobre toda a história, a carta postada em seu TwitLonger em março de 2021, a remoção do vídeo de Calalini de todas as plataformas e o fato de raramente mencioná-la em suas redes sociais mostram o quão chateada ficou. Na verdade, a produtora revelou no texto que sentiu um pouco dos sinais vermelhos ainda em 2013, pouco tempo depois dos produtos do Jani Foundation relacionados à música terem sido lançados: uma mulher que teve seu dinheiro desviado por Michael a contatou via Facebook e quis envolvê-la neste caso, desabafando sobre assuntos inapropriados e até tentando coagi-la a falar com ele. A partir desse momento, CrusherP percebeu não era uma boa ideia relacionar-se com os Schofields e decidiu bloqueá-los, cortando qualquer contato com a família; sua participação no projeto durou poucos meses e nunca esperou lucrar com isso. No entanto, mesmo cortando laços com os envolvidos e alterando o significado de sua obra na versão remasterizada, esta tornou-se conhecida pela história de Jani e, infelizmente, será bem difícil desvencilhar disso depois de tantos anos.
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↪ Repostagem feita em janeiro de 2016 do clipe de Calalini, originalmente postado no YouTube e NicoVideo em 3 de março de 2012.
Referências bibliográficas
• Calalini, no VOCALOID Wiki; • Jani Schofield: um caso surpreendente de esquizofrenia infantil, no Maestrovirtuale; • Susan Schofield Cabana, Cory Cabana, Michael Schofield / Schofield Productions / @bipolarnation - A Tragicomic Tale of Psychiatric Munchausen's by Proxy, no Kiwi Farms; • How a family YouTube channel unraveled a medical nightmare, no The Verge.
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notassinteticas · 4 years
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A família da vagem verde
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Imagem por: lif
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ㅤㅤQuimono branco com detalhes verdes e pretos, cabelos escuros, getas nos pés e um arco e tiara em formato de vagem. Tohoku Zunko é uma personagem de características peculiares cheia de razões nobres para existir e exibir seu sorriso e voz para todo mundo. Ela e suas irmãs, Kiritan e Itako, surgiram como simples ícones com o propósito de serem usadas em propagandas para uma região do Japão, mas foram evoluindo cada vez mais até chegarem onde estão hoje.
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ㅤㅤTudo começa após o fatídico dia de 11 de março de 2011, quando aconteceu uma das maiores tragédias naturais presenciada pelos japoneses na era contemporânea: o Grande Terremoto do Leste do Japão, um fenômeno de grande magnitude que atingiu várias áreas costeiras da terra nipônica e ainda causou um grande tsunami que provocou alertas em outros vinte países. Pouco tempo antes disso, a SSS LLC., uma empresa novata sediada em Tóquio que realiza negócios envolvendo animes, estava pesquisando sobre a criação de personagens locais (Ex.: Komine Shiro em Shirakawa, na província de Fukushima), porém o desastre fez com que houvesse uma leve mudança de planos. Vendo que a região de Tohoku foi uma das mais devastadas pelo sismo, o diretor-chefe Yasuo Oda teve a ideia de aproveitar os resultados desta pesquisa e usá-los para criar uma figura que poderia ser usado por outras companhias de lá com a intenção de ajudar a promover a reconstrução do lugar. E assim, em 27 de outubro de 2011, foi anunciado o nascimento de uma adolescente alegre e sonhadora chamada Tohoku Zunko (東北ずん子).
ㅤㅤDiferente de muitos mascotes locais japoneses, Zunko foi criada com o propósito de representar todas as seis prefeituras de Tohoku ao invés de apenas uma. Para isso, foi necessário encontrar um elemento em comum entre elas que pudesse servir de marca registrada para a personagem, que no caso foi o mochi de zunda, uma sobremesa típica não só dessa região como também a de Sendai. No entanto, duas dessas províncias ainda não estavam muito bem retratadas pelo fato da comida não ser muito popular e, consequentemente, consumida nelas, então foi preciso criar mais duas personagens, irmãs de Zunko, para cumprir este papel: Kiritan (きりたん), representando a prefeitura de Akita com seus dois grandes kiritanpos nas costas e presilhas de cabelo com lâminas de facas semelhantes com as usadas por Namahage; e Itako (イタコ), simbolizando a de Aomori por ter trabalhado como uma médium itako assim como as vistas no Monte Osore.
Tohoku Zunko
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•  Nome: 東北ずん子 (Tōhoku Zunko) •  Datas de lançamento: 27 de outubro de 2011 (personagem) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 28 de setembro de 2012 (VOICEROID+) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 5 de junho de 2014 (VOCALOID3) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 30 de outubro de 2014 (VOICEROID+ EX) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 27 de outubro de 2016 (VOCALOID4)   •  Provedor de voz: Satomi Satou •  Ilustrador: Edomura Ninico •  Exemplos de uso: Creative (Circus’ Hardcore Remix) (VOICEROID+), Tsukema Tsukeru (VOCALOID3), gameplay comentada de Super Mario Kart (VOICEROID) e Senbonzakura (VOCALOID4)
Tohoku Zunko é uma adolescente de 17 anos que sonha em ter sua própria cafeteria e loja de zunda em Tóquio, mais precisamente em Akihabara, e adora falar sobre a comida, sendo capaz de ficar horas falando a respeito dela. Apesar de aparentar ser apenas uma estudante do segundo ano do ensino médio que gosta de cozinhar (especialmente a pasta de edamame) e praticar arquearia nas horas vagas, ela possui uma habilidade especial chamada “Arco de Zunda” (ずんだアロー) — capaz de transformar qualquer tipo de mochi no da pasta de enamame usando seu arco — que adquiriu após ser atingida por um raio nas costas; por isso, ela frequenta o Colégio Feminino Furusato, uma escola de ensino fundamental e médio para alunos com algum poder especial.
Criada com o propósito principal de ajudar na reconstrução de Tohoku, Zunko apareceu em diversos produtos de diferentes empresas, tanto da região quanto de outras, mas a ideia de levá-la para outras áreas sempre esteve presente. Com exceção das atualizações para o VOICEROID+ EX e VOCALOID4, todos os voicebanks de Zunko lançados até o momento foram produzidos graças à campanhas de crowdfunding realizadas nos sites みんなのファンド e Anipipo, e um novo projeto de arrecadamento já está sendo planejado para o futuro banco inglês dela para o VOICEROID. Sua voz, em ambos sintetizadores, foi desenvolvida para trazer uma sensação de acolhimento através de seu timbre gentil, fofo e suave.
Tohoku Kiritan
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•  Nome: 東北きりたん (Tōhoku Kiritan) •  Datas de lançamento: 5 de junho de 2012 (personagem) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 24 de junho de 2015 (UTAU) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 27 de outubro de 2016 (VOICEROID+ EX) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 21 de fevereiro de 2020 (NEUTRINO) •  Provedor de voz: Akaneya Himika •  Ilustrador: Edomura Ninico •  Exemplos de uso: I need you (UTAU), gameplay comentada de Spring Falls (VOICEROID+ EX) e Pretender (NEUTRINO)
Com uma personalidade calma e monótona ainda aos 11 anos, Tohoku Kiritan é o membro mais novo da família que deseja ajudar Zunko a se tornar uma celebridade conhecida em todo o Japão e se encontrar com uma fada perdida chamada Tan-chan (たんちゃん). Assim como sua irmã do meio, ela estuda no Colégio Feminino Furusato (mais especificamente na quinta série do fundamental) por ter uma habilidade especial chamada “Arma de Kiritan” (きりたん砲), capaz de disparar missô através de um dos kiritanpos gigantes em suas costas; após o buraco de um deles ter sido tampado com zunda uma vez, a menina ficou com trauma de usá-la novamente. Diferente de suas irmãs mais velhas, ela não é uma pessoa muito sociável, preferindo ficar confinada em casa jogando videogame, desenhando e lendo doujinshis.
A mais nova, junto de Itako, foi apresentada ao público no antigo blog oficial de Zunko alguns dias antes do começo da publicação do romance estilo Twitter. No entanto, com o sucesso de Zunko na área de vozes sintetizadas, a SSS LLC. decidiu fazer o mesmo com as outras duas irmãs, assim surgindo uma campanha de crowdfunding focada na produção de seus voicebanks para o UTAU e, consequentemente, apresentando a voz calma e fofa de Kiritan. Após isso, mais dois bancos foram desenvolvidos para ela: um para o VOICEROID+ EX, feito através de outro arrecadamento coletivo, e outro para o NEUTRINO, o qual usou um banco de dados destinado à pesquisas para fazê-lo.
Tohoku Itako
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•  Nome: 東北イタコ (Tōhoku Itako) •  Datas de lançamento: 5 de junho de 2012 (personagem) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 24 de junho de 2015 (UTAU) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 8 de novembro de 2018 (VOICEROID2) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 18 de setembro de 2020 (NEUTRINO) •  Provedor de voz: Kido Ibuki •  Ilustrador: Edomura Ninico •  Exemplos de uso: Kuchiyose Ouse (UTAU) e gameplay comentada de Apex Legends (VOICEROID2)
Sendo a mais velha das três irmãs, Tohoku Itako é uma jovem adulta de 19 anos, praticante de necromancia, graduada como uma aluna exemplar na Escola Técnica Itako, a qual lhe permitiu exercer a profissão de médium. Atualmente, trabalha com a indústria itako e financiamentos, os quais a fizeram entrar em contato com outras áreas e profissionais (Ex.: delegados, guardas e salões de bronzeamento), para transformar Zunko em uma grande celebridade do Japão, fazendo mercadorias e livros de fotos para vender em eventos. Além disso, Itako deseja restaurar o poder da raposa de nove caudas, chamada NHK, que há em seu interior; quando invoca um espírito, ela termina suas frases com “desu wa” (ですわ) ou "nyaa" (にゃあ) com frequência.
Assim como sua irmã mais nova, Itako foi revelada ao público alguns dias antes do início da publicação do romance através do antigo blog Zunko e teve seu voicebank para o UTAU produzido graças à uma campanha de crowdfunding. Diferente de Kiritan, o projeto de arrecadamento coletivo para seu banco VOICEROID só foi ser feito alguns anos depois da anterior, mas que acabou fazendo mais sucesso que a da mais jovem, arrecadando mais de dez milhões de ienes nos primeiros 24 minutos. Em seu banco de canto, Itako possui uma voz madura e forte, enquanto no de fala ela é mais calma e alegre.
ㅤㅤO universo da garota de cabelos escuros foi se expandindo cada vez mais com o passar dos anos, e ela passou de apenas uma “garota-propaganda” de Tohoku para uma personagem multimídia. Além dela e de suas irmãs, também foram criados outros personagens para incrementar mais ainda seu mundo, como colegas de escolas, um mascote companheiro e até um grupo inimigo, os quais também possuem materiais distribuídos gratuitamente, incluindo voicebanks para o UTAU. Apesar da Zunko feita para os sintetizadores não ter informações mais elaboradas (assim como outros Vocaloids, por exemplo), a que está presente fora deste meio apresenta detalhes muito explorados em outras mídias, como romances e jogos; até um anime de trinta minutos foi feito, sendo a primeira animação musical a usar vozes sintetizadas para canto (no caso, VOCALOID e UTAU). 
ㅤㅤCuriosamente, duas coisas que o presidente da SSS LLC. declarou terem servido de referência para sua criação foram: o mascote da província de Kumamoto Kumamon, devido às suas diretrizes de uso serem de fácil entendimento; e a franquia de jogos Touhou Project, por causa da liberdade e incentivo que os jogadores recebem em fazer trabalhos derivados de seu mundo e personagens. Graças à isso, além de algumas empresas da região usarem sua imagem para promover seus produtos, muitos fãs da menina de cabelos escuros produzem diversas coisas, como vídeos e desenhos, com o que lhes é fornecido pelos criadores. Nota-se claramente que são estas as pessoas que mais trazem engajamento aos projetos envolvendo Zunko e sua turma, não só por causa dessas atividades como também pelas diversas campanhas de crowdfunding feitas até o momento, sendo algumas delas consideradas muito bem-sucedidas para os padrões normais.
ㅤㅤ Uma vez, em entrevista, Yasuo afirmou que uma de suas maiores preocupações é que Zunko não caia no gosto do público e se torne algo irrelevante com o passar do tempo devido a sua aparência moe, já que muitos mascotes locais deste tipo tiveram esse problema antes. Bom, ela não seja uma das Vocaloids mais populares que já foram desenvolvidos, mas talvez seja uma das personagens com mais fãs fiéis.
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Referências bibliográficas
•  Tohoku Zunko, no VOCALOID Wiki; •  東北ずん子, na Wikipédia; •  遂にボカロ化! 東北応援キャラクター・東北ずん子とは一体何者なのか?, no KAI-YOU; •  「VOCALOID 東北ずん子」発売直前! “お父さん”たちにその歩みを聞いてみた (1/2), no ITmedia; •  ユーザーが育てる東北応援キャラクター「東北ずん子」 - 成長するクラウドファンディング市場が背景に, no Mynavi.
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notassinteticas · 4 years
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Os antigos, porém possíveis, candidatos à sucessão do UTAU
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Imagem por: 灯町
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ㅤㅤNo final de 2018, Ameya ressurgiu com uma série de tweets em seu Twitter trazendo informações sobre as melhorias que planeja fazer no UTAU. A notícia foi inesperada para muitos fãs, pois fazia cerca de cindo anos que o programa não recebia atualizações e, no meio de tantos outros sintetizadores, já podia ser considerado defasado para os tempos atuais. Acontece que, durante este tempo sem novidades, alguns entusiastas na área da programação montaram seus próprios projetos para tentar modernizar o UTAU e, assim, facilitar seu acesso para novos usuários interessados nele.
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ㅤㅤJá faz um tempo que a comunidade de UTAU vem discutindo sobre o futuro do sintetizador de voz japonês, como visto em uma discussão feita em 2016 no site UTAForum. Sem receber atualizações desde o início de setembro de 2013, a preocupação dos usuários é plausível por diversos aspectos referentes ao programa, dos mais básicos ao complexos, como o fato dele ter sido programado no Visual Basic 6, necessitar de diversos plugins de terceiros para conseguir resultados potentes e ser difícil de instalar e desinstalar caso o computador não seja localmente japonês. Além disso, a concorrência no mercado de sintetizadores cresceu bastante nos últimos anos e alguns deles com propósitos parecidos, mas que possuem elementos mais modernos surgiram, como é o caso do DeepVocal. A verdade é que, apesar de inovador em alguns pontos e liberal em outros, o UTAU é considerado por algumas pessoas um programa de nicho atrasado nos dias atuais, e por este motivo e também por sua licença não ser open-source, houveram muitos projetos de sintetizadores praticamente iguais à ele, mas com algumas melhorias tanto tecnológicas, quanto visuais.
ㅤㅤUm exemplo mais recente disso ocorreu em 2018, quando um tópico sobre um projeto independente para fazer um novo sintetizador de voz foi iniciado no UTAForum. Inspirada na discussão citada anteriormente sobre o destino do UTAU, uma usuário estadunidense chamada Lethe começou a desenvolvê-lo, e, após cerca de um ano, lançou a versão alfa de UTSU: um programa multi-plataforma open-source semelhante ao de Ameya criado com o objetivo deixar este mais acessível e moderno para os usuários. Além de ser compatível com USTs e bancos de voz em Unicode e Shift-JIS, ele renderiza e exporta músicas em arquivo WAV, converte automaticamente do hiragana para romaji (e vice-versa) e do formato CV para o VCV, possui uma interface mais agradável, é capaz de abrir diversas abas, entre outras funções e ferramentas; a própria desenvolvedora admite que não há tantas novidades em relação à outras “cópias” já publicadas, mas está aberta à sugestões do que pode ser acrescentado ou melhorado. Ao que tudo indica, o projeto encontra-se parado desde sua 0.4, publicada no começo de outubro do mesmo ano, e não há previsão de quando será lançado completo, porém o UTSU continua sendo uma boa opção para aqueles que tem dificuldades em instalar, usar e se adaptar com o UTAU, apesar de ainda precisar de ajustes em alguns pontos e adição de outros.
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↪ Vídeo apresentando a versão alfa de UTSU
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ㅤㅤVoltando um pouco mais no tempo, outro “clone” que surgiu graças à essa situação foi o QTau, lançado em 2013 e inicialmente idealizado por digited. Este sintetizador open-source inspirado no VOCALOID, UTAU e Cadencii foi feito utilizando o framework Qt 5 e, diferente do UTSU e de outras “cópias”, apresenta suporte para bancos de voz tanto do programa de Ameya, quanto de outros parecidos com este, e até focados na síntese de fala ao invés de canto; até o momento, foram incluídos de eCantorix2, FESTIVAL, MBROLA e eSpeak na lista de vozes suportadas por ele, mas isengaara, atual responsável do projeto, afirma que pretende colocar outras no futuro. Infelizmente, não há muitos documentos, vídeos e discussões em fóruns explicando melhor o funcionamento do QTau e especificando suas ferramentas e funções (apesar de ter a intenção de ser semelhante ao UTAU), porém o projeto continua ativo e está em sua versão 0.5, o que significa que ainda contém muitos bugs para serem corrigidos. No entanto, aparenta ser promissor e interessante aos olhos de algumas pessoas que acompanharam seu desenvolvimento, seja total ou parcialmente.
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↪ Screenshot da interface de QTau em sua versão beta (v0.5)
ㅤㅤExistem outros “clones“, como OpenUTAU e MelodiaSynth, que podem ser encontrados facilmente em fóruns e grupos para usuários de UTAU, contudo alguns deles ainda estão em fase de desenvolvimento ou estão apresentando problemas para serem mantidos ativos. Um detalhe que deve-se dizer é que, apesar de muitos fãs da comunidade concordarem e se esforçarem para executar, outros não concordam que a ideia de fazer uma cópia do programa apenas para se adaptar às tendências atuais seja o mais apropriado e preferem apoiar sintetizadores de voz feitos do zero e sem a intenção de serem iguais a um já existente. Com as novidades apresentadas por Ameya, não se sabe o que acontecerá com estes projetos, pois, em teoria, não há motivos aparentes para serem continuados, mas, até que uma atualização propriamente dita seja feita, as réplicas do UTAU ainda estarão disponíveis e serão uma das provas mais inusitadas para demonstrar até que ponto seus fãs chegam para tentar deixá-lo ativo e relevante nos últimos anos.
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notassinteticas · 4 years
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Do sucesso ao esquecimento da Guerra de Itens
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Imagem por: 塩鱈おにぎり
ㅤㅤA imagem de Miku Hatsune segurando uma cebolinha é considerada uma das mais conhecidas e associadas à ela desde seus primeiros anos de lançamento. Usada até em mercadorias, a ideia de atribuir objetos a um personagem tornou-se algo muito popular dentro da comunidade de VOCALOID e UTAU por um bom tempo, e vários deles receberam um para chamar de seu, oficialmente ou não. Com isso, uma grande batalha entre os fãs para decidir o item de cada Vocaloid foi iniciada.
ㅤㅤA “Guerra de Itens” (持ち物戦争; Mochimono Sensou) foi uma das tendências mais populares dentro da segunda geração do VOCALOID. Iniciada por volta de setembro de 2007, a ideia de relacionar objetos, alimentos ou outras coisas aos avatares do programa foi criada pelos fãs como uma tentativa de dar-lhes algo para representá-los de certo modo. Muitos associam esta “tradição” ao cover da música finlandesa Ievan Polkka devido à imagem da Fanloid Miku Hachune balançando uma cebolinha, porém, na verdade, surgiu após a redescoberta de KAITO pela comunidade através de um simples cover publicado em 15 de setembro de 2007, no NicoVideo.
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↪ Imagem por:風月
ㅤㅤEm resposta à A Request From Hatsune (初音ミクからのお願い。; Hatsune Miku Kara no Onegai.), (paródia da música you feita por Tatsunami), o usuário IceP publicou um vídeo chamado An Answer To Hatsune Miku (初音ミクへの回答; Hatsune Miku e no Kaitou) no mesmo dia e plataforma dessa. Nele, KAITO diz para a garota que estava tomando sorvete e, após cantar a música infantil Ice Cream Song (アイスクリームのうた; Ice Cream no Uta), a convida para irem juntos comer um na próxima vez. Essa interação foi o ponta-pé inicial para que os chamados itens-chaves surgissem no universo de VOCALOID, e vários personagens deste foram atribuídos a um ou mais objetos, abrindo uma série de debates para definir qual seria o mais ideal para cada. Em pouco tempo, essa ideia foi incorporada aos Fanloids e, principalmente, UTAUs também, o que expandiu sua popularidade mais ainda.
ㅤㅤEm sua maioria, esses objetos são escolhidos pelos fãs, porém, assim como os Fanloids, empresas como Crypton Future Media e INTERNET Co. adotaram alguns deles como oficiais para fins comerciais. Por exemplo, Luka Megurine, uma das Vocaloids que mais teve itens-chaves associados a si, possui diversos bonecos Nendoroids e action-figures representando-a com um atum na mão ou uma Tako Luka na cabeça; curiosamente, esta Fanloid surgiu em 2009 como um resultado indireto da Guerra de Itens, pois seu criador Sangatsu Youka aparentava estar cansado das discussões envolvendo o item-chave da Vocaloid e resolveu transformá-la em um polvo para que pudesse segurar mais de uma coisa diferente e, assim, acabasse com isso. Também há casos como o de Tonio, cujo item foi determinado pela comunidade graças a um tweet postado na conta oficial de SONiKA: nele, a menina faz uma piada com o fato dele se recusar a nadar e desconfiar de qualquer líquido que não seja feito parcialmente à base de martini.
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↪ Nendoroid Plus: Vocaloid Pull-back Cars, da Good Smile Company. Nessa linha de bonecos, Miku Hatsune, Rin e Len Kagamine e Luka Megurine estão em veículos que remetem aos seus principais itens-chaves.
ㅤㅤA “tradição” ficou em alta por um bom tempo dentro da comunidade, mas, assim como qualquer tendência, começou a ser esquecida a partir da quarta geração do VOCALOID. Mesmo ainda sendo comum ver ilustrações dos Vocaloids mais conhecidos com seus itens-chaves e alguns UTAUs recém-criados recebendo algum, o assunto não é mais tão comentado entre os fãs como antigamente. No final das contas, a famigerada “Guerra de Itens” realmente teve um fim, tendo sido derrotada pela própria comunidade que a idealizou.
Referências bibliográficas
• Item Wars, no VOCALOID Wiki; • Vocaloid Character Items, no Know Your Meme; • 持物戦争, no pixiv Encyclopedia.
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notassinteticas · 4 years
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A relação dos brasileiros com os sintetizadores de voz
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Imagem por: Histórias Aleatórias
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ㅤㅤDe crianças à adultos, de novatos à veteranos, do oriente ao ocidente... uma comunidade de fãs pode ser composta por diversos tipos de pessoas, e a de sintetizadores de voz não é diferente disso. Ver a interação entre nacionalidades diversas, se comunicando e compartilhando experiências entre si, é algo comum e recorrente dentro do que chamam popularmente de fandom. Na parte brasileira não há nada muito distinto disto, mas muitos podem se questionar como a comunidade do Brasil é e o que tem a oferecer.
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ㅤㅤDe início, percebe-se que, mesmo em seus tempos mais ativos, a comunidade brasileira não é uma das maiores existentes. Por serem considerados instrumentos de nicho e alguns deles vendidos a um preço elevado (principalmente o VOCALOID), os sintetizadores de voz nunca chegaram a fazer muito sucesso no Brasil, e até pode-se afirmar que só conseguiram seu espaço graças à popularidade de Hatsune Miku. Muitos conheceram a personagem por participarem de grupos de otakus e cosplayers, que ficaram atraídos pelo seu visual futurístico e escolar desenhado em estilo anime, enquanto outros entraram em contato através de memes, recomendações em redes sociais, ou até pela televisão aberta: em 2010, por exemplo, o programa Fantástico, exibido pela Rede Globo, fez uma matéria sobre a Miku falando bem brevemente sobre seus shows, popularidade e músicas, mas que foi o suficiente para despertar a curiosidade de alguns dos jovens telespectadores presentes naquele dia e horário. Os fãs brasileiros de VOCALOID começaram a se juntar aos poucos em fóruns e grupos desde 2008/2009 até chegar a chamada era de ouro da comunidade, quando as interações, materiais informativos e produções artísticas eram feitas em grande escala entre 2012 e 2015.
ㅤㅤOs conteúdos produzidos por fãs passaram por algumas fases ao longos dos anos. Nos primeiros anos, era muito comum encontrar canais de tradução de músicas para o português no YouTube (Ex.: AliceSubs e Cristieko1) — algo que foi parcialmente substituído pela opção de colocar legendas nos vídeos originais dos producers nos tempos atuais — e sites, blogs e páginas no Facebook relacionados principalmente ao VOCALOID, como Vocaloid BR, UTAUrials e o falecido Vocaloid Brasil, que postavam, e alguns ainda postam, notícias, tutoriais, curiosidades, entrevistas exclusivas, e até memes frequentemente, sempre procurando trazer novidades e conhecimento para a comunidade. Ao decorrer do tempo, novas coisas começaram a ser feitas para entreter, e até ajudar na divulgação do assunto: via-se pessoas curiosas aprendendo a usar outros sintetizadores para fazer covers e adaptações, criando seus próprios UTAUloids, formando grupos de dança ou tornando-se cantores amadores, criando projetos, escrevendo histórias e contando-as através de vídeos feitos no MikuMikuDance... diversas opções apareceram para ocupar a mente dos fãs com aquilo que gostam e divertirem tanto a si mesmo, quanto aos outros.
ㅤㅤUma coisa que deve-se destacar também são os músicos brasileiros dentro da comunidade, que começaram a aparecer em 2009. Devido ao preço do produto original, poucos trabalhos, a maioria covers, com, por exemplo, VOCALOID eram publicados naquela época, e o uso dele e de outros semelhantes não era tão comum quanto hoje em dia; já haviam versões pirateadas dele (conhecidas como POCALOID) pela internet, só que não eram bem otimizadas e continha alguns problemas. No entanto, à medida que foram se popularizando, usar sintetizadores de voz passou a ser uma das novas “modas” dentro da comunidade e diversos covers, adaptações e trabalhos originais surgiram. Com isso, alguns brasileiros decidiram investir na carreira musical e começaram a fazer suas próprias produções, como:
Clouds P
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Apesar de ter poucos seguidores em suas redes sociais, pode-se dizer que Clouds P possui uma certa relevância por ser um dos principais producers brasileiros a usar MAIKA. Começou a publicar seus covers com VOCALOID em 2015 e, já no ano seguinte, lançou sua primeira canção original: SweetMiRAi, cuja letra foi escrita em japonês, apesar dele não dominar a língua. Ainda no mesmo ano, ele produziu Esperado Karma, sua primeira música original em português, e, após vários covers e adaptações, lançou seu primeiro álbum em 2019, chamado Podre. Apesar de aparentemente preferir usar MAIKA, e até Bruno, em músicas em português, Clouds P já utilizou vários Vocaloids ao longo de sua carreira, principalmente em covers. 
Projeto VocaBR
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Criado por um grupo de fãs da comunidade, o Projeto VocaBR é uma iniciativa brasileira que surgiu em 2017. Visando popularizar VOCALOID, UTAU e CeVIO no Brasil e resto da América do Sul, sua proposta é criar mais trabalhos originais e adaptações de músicas conhecidas, ambos em português, usando estes sintetizadores. Até o momento, o projeto só publicou três canções originais, mas qualquer um pode participar dele e entrar no grupo do Facebook para acompanhar seu desenvolvimento; apenas é necessário preencher um formulário antes de solicitar a entrada.
TalJi P
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Apesar de ter iniciado sua carreira como producer em 2017 usando o nome “Rin-chan”, TalJi P já era conhecida por causa de seus desenhos postados no DeviantArt desde 2013. Começando com composições em inglês, sua primeira canção original em português, Quatro Paredes, foi lançada em seu primeiro ano de carreira, mas seu trabalho mais conhecido surgiu apenas quase um ano depois: Amansa Leão. Além de músicas, TalJi P costuma fazer fanarts comemorativas de algum personagem da Crypton Future Media, como no 11º aniversário de Hatsune Miku, e participar de concursos de design propostos por esta, como o Snow Miku 2019.
MonsterKID
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Começando sua carreira musical em 2013 fazendo remixes, MonsterKID lançou sua primeira música original com VOCALOID, Superficial Addiction, no mesmo ano e, em 2017, seu primeiro EP Macabray. Tendo como principais Vocaloids usados Oliver e Gachapoid, as letras de suas músicas, escritas em inglês, muitas vezes são referentes à assuntos sérios ou ao próprio producer, com um instrumental pop que dá um ar mais macabro para elas.
LugygaP
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LugygaP começou em 2014 como um simples usuário de MikuMikuDance que posta vídeos de coreografias e outras aleatoriedades, porém passou a fazer, além de remixes, covers usando VOCALOID e UTAU e a criar seus próprios bancos de voz para este no ano seguinte. Em 2018, lançou sua primeira canção original, Som(do)Abismo, que é cantada por dois UTAUloids brasileiros — sendo um deles Gabriel Hi-Nyao, desenvolvido pelo próprio producer —, o que o difere um pouco dos exemplos citados anteriormente; apesar disso, LugygaP trabalha com outros sintetizadores também, como Synthesizer V e DeepVocal.
ㅤㅤNota-se que a interação e atividade da comunidade, antes vista com certa frequência, não estão mais tão presentes nos últimos anos. Além do assunto estar perdendo sua força aos poucos no Brasil, há outros motivos diversos para isso acontecer, como o fato de muitos fãs terem conhecido os sintetizadores de voz quando ainda eram crianças e não haver tantas novidades relevantes para eles. No entanto, vê-se que o que anda chamando a atenção de novas pessoas atualmente são memes e talkloids, principalmente aqueles que tornaram-se virais até mesmo fora do meio do VOCALOID, como Dorime, MikuSena e as 5 gerações de vocaloid. Graças a isso, muitos esperam que a comunidade volte a ser mais ativa e que haja mais apoio à producers e projetos para ajudar a trazer mais visibilidade tanto a eles, quanto aos sintetizadores de voz.
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Nota de agradecimento
Um agradecimento especial aos membros do grupo do Facebook Favela Vocalóide/UTATU e da comunidade do Amino VOCALOID BR/PT, que ajudaram com relatos e sugestões.
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notassinteticas · 4 years
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Uma família de maçãs cantantes
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Imagem por: Gomoku Akatsuki
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ㅤㅤMesmo tendo uma voz bela, fofa e de boa qualidade, Macne Nana não é uma das Vocaloids mais memoráveis que há no mercado, contendo poucos trabalhos e até sendo esquecida por muitas pessoas da comunidade de VOCALOID. Por causa disso, não são todos que conhecem a sua história: como surgiu, quem teve a ideia de criá-la, quem são os outros personagens que a acompanham, entre outros. Por incrível que pareça, sua origem vem bem antes de seu banco de voz para o VOCALOID3, em uma época a qual ainda não se cogitava muito levar o sintetizador da Yamaha para outras plataformas.
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ㅤㅤTudo começou ainda na era VOCALOID2, algum tempo após o lançamento de Hatsune Miku. A fama da personagem influenciou diversos lançamentos dentro e fora do universo de VOCALOID através de sua aparência, voz e conceito futurístico puxados para um estilo mais anime, e o caso deste texto não foi diferente. Naquela época, o sintetizador de voz ainda não havia recebido uma versão para o sistema operacional da Apple, o macOS, e poucas alternativas para produção musical estavam disponíveis para ele. Portanto, em 2008, uma colunista da revista japonesa Mac Fan, publicada pela editora Mainichi Communications, chamada Haruna Ikezawa apresentou sua ideia na coluna “Voz Angelical de Haruna Ikezawa (池澤春菜の天声姫語; Ikezawa Haruna no Tensei Himego)”, a qual ela escrevia regularmente: criar um banco de voz para canto semelhante ao da Miku, mas que funcione nos computadores Macintosh. O projeto, referido como “Macne Miku (Mac音ミク)” no começo, foi amadurecendo com o tempo e um protótipo chegou a ser exibido em um seminário realizado pela empresa japonesa MI7 Japan, até que Macne Nana, apelidada de a “princesa do som” para Macintosh, foi lançada comercialmente no final de março do ano seguinte, dando início à série Macne (Mac音シリーズ).
ㅤㅤA princípio, o conjunto de voicebanks foi projetado para serem usados nos DAWs GarageBand e Reason, porém apenas o original de Nana é capaz de operar em ambos; como padrão, todos funcionam no primeiro citado, e a partir do terceiro produto, Macne Coco, passaram a ser compatíveis com o utilitário complementar Apple Loops Utility, possibilitando seu uso junto com outros softwares da Apple, como Soundtrack Pro e Logic Pro. Por serem feitos para um programa focado em síntese de instrumentos musicais, o manuseio dos Macloids é considerado difícil e os resultados obtidos são extremamente robóticos e inumanos, mas, ainda sim, eram considerados uma das melhores opções para produtores musicais e usuários japoneses de Mac naquela época, pois não haviam softwares como VOCALOID para ele ainda. Apesar da recepção positiva, a série Macne ficou mais popular graças à sua licença open source que permitiu sua importação para o UTAU após alguns usuários descobrirem métodos para isto, trazendo um público maior, porém mais amador. Com isso, além do suporte dos desenvolvedores, três voicebanks para o sintetizador (Macne Nana 2S, Macne Petit 2S e Whisper☆Angel Sasayaki) foram produzidos e, assim como os demais Macloids, vendidos à um preço bem inferior ao de um Vocaloid, algo incomum dentro do ambiente do UTAU onde os bancos são produzidos por pessoas comuns e distribuídos gratuitamente.
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↪ Cover da música Ievan Polkka usando os bancos mais recentes da série Macne, lançados antes de Nana tornar-se uma Vocaloid.
ㅤㅤAté que, no dia 24 julho de 2013, a versão para Mac do VOCALOID3, entitulada VOCALOID NEO, foi anunciada que chegaria ao mercado no começo do próximo mês. No entanto, apesar da novidade ser agradável e interessante, Haruna teve muitos problemas nesta jornada para conseguir transformar Macne Nana em uma Vocaloid, sendo o primeiro deles a falta de dinheiro para orçar a produção de um voicebank. Além disso, um acordo teve de ser feito com a Yamaha: quando estivesse 70% concluído, o banco passaria por uma revisão e, caso o resultado fosse satisfatório, seria vendido como um produto exclusivo da antiga VOCALOID STORE, o que significa que os produtos antigos da série Macne deveriam ficar indisponíveis para compra e os planejados, cancelados. Após a aprovação da empresa e obtenção de um patrocinador, ainda houve a questão dos atrasos, pois as gravações tiveram que ser refeitas várias vezes para melhorar sua qualidade e a criadora insistiu em fazer um banco inglês também, sobrando, respectivamente, pouco tempo para cuidar da edição delas e retardando o projeto em mais um ano e meio. Apesar dos contratempos, o voicebank bilíngue de Nana para o VOCALOID3 foi lançado, e tinha como objetivo deixar seu tom mais próximo com a de suas origens, o que fez muitos usuários de UTAU que a conheceram pelas versões importadas manualmente por fãs o estranharem devido à estas deixarem sua voz mais grossa; mais tarde, foi atualizado para o VOCALOID4, apresentando, além de uma melhoria na qualidade, o vocal da irmã mais nova da personagem.
ㅤㅤNo total, a série Macne teve nove voicebanks desenvolvidos pela MI7 Japan e distribuídos pela act2, e a família é composta por cinco membros: Macne Nana, Macne Petit, Macne Papa e as gêmeas Macne Coco White e Black. Seus designs, feitos por Haruna e pela ilustradora Gomoku Akatsuki, remetem aos produtos da Apple, principalmente aos computadores da linha Macintosh por terem sido desenvolvidos para serem usados no sistema operacional da máquina. Nota-se que muitas das informações citadas abaixo, e em páginas da internet relacionadas aos personagens, foram retiradas do livreto de três volumes Macne:Bon (マクネボン), lançado entre 2009 e 2011 e, infelizmente, apenas disponível em japonês e vendido por revendedores.
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Macne Nana
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•  Nome: Mac音ナナ (Makune Nana) •  Datas de lançamento: 28 de março de 2009 (GarageBand/Reason) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 29 de março de 2012 (2S) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 31 de janeiro de 2014 (VOCALOID3) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 15 de dezembro de 2016 (VOCALOID4) •  Provedor de voz: Haruna Ikezawa •  Ilustrador: Gomoku Akatsuki •  Exemplos de uso: Kokoro (GarageBand), Antenna (Reason), Mr. Blue ~My Earth~ (UTAU), Meltdown (UTAU(S2)), Tsukema Tsukeru (VOCALOID3(JPN)), FATE (VOCALOID3(ENG)), Plastic Love (VOCALOID4(JPN)) e Not Fair (VOCALOID4(ENG))
Macne Nana foi, junto de sua irmã mais nova Petit, uma das primeiras personagens da série Macne a ser lançada, sendo a mais popular e usada como garota propaganda da família. É descrita como uma garota animada, otimista e um pouco desajeitada que sempre procura ver o lado positivos das coisas, mesmo se envolvendo em acidentes e chegando atrasada para o trabalho na cafeteria Macne Cafe, a qual ela e suas irmãs administram. Inicialmente, por ser inspirada em Hatsune Miku, era chamada de “Macne Miku (Mac音ミク)”, porém o nome foi descartado após o projeto tornar-se algo mais sério e voltado para a comercialização. 
Referida como a “princesa do som” para Macintosh, seu primeiro voicebank — o único da série desenvolvido originalmente para funcionar em ambos GarageBand e Reason — foi projetado com a intenção de soar de forma clara e animada, ao ponto de parecer fofo e infantil. Para comemorar seu terceiro aniversário, foi lançado o Macne Nana 2S (Mac音ナナ2S), uma nova versão de Nana com amostras regravadas, compatibilidade com o UTAU e voz um pouco mais suave e menos de criança que a original. Alguns anos depois, Nana foi lançada para o VOCALOID3 como um banco de voz bilíngue e, mais tarde, foi atualizada para o VOCALOID4, acrescentando Macne Petit; um fato interessante é que uma parte do dinheiro das vendas de seu banco VOCALOID3 foi doada para ajudar as vítimas do Grande Terremoto do Leste do Japão.
Macne Petit
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•  Nome: Mac音プチ (Makune Puchi) •  Datas de lançamento: 28 de março de 2009 (GarageBand) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 29 de março de 2012 (2S) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 15 de dezembro de 2016 (VOCALOID4) •  Provedor de voz: Haruna Ikezawa •  Ilustrador: Gomoku Akatsuki •  Exemplos de uso: Song of the Eared Robot (GarageBand), Alice (UTAU), null (UTAU(S2)) e Recovery (VOCALOID4)
Inicialmente conhecida como “Macne Nana Petit (Mac音ナナpetit)” e “Chibi Nana (ちびナナ)”, Macne Petit é o membro mais jovem da família Macne e, junto de Nana, um dos primeiros lançamentos da série. Geralmente quieta, é considerada a mais séria da casa, que se preocupa em manter todos da família unidos e prefere conversar com a pessoa ao invés de ver as coisas darem errado. Um fato curioso é que ela é capaz de adquirir outra forma, que será explicada mais adiante.
O nome “Petit” (”pequeno” em francês) foi escolhido, pois ela foi originalmente introduzida como uma versão menor e mais compacta de Nana, contendo 104 amostras de voz e sendo, portanto, a menor biblioteca de voz da série Macne. No entanto, graças ao crescimento de sua popularidade, a personagem tornou-se mais independente e recebeu o papel de “irmã mais nova”, passando a ser conhecida apenas como “Macne Petit” — apesar do banco VOCALOID4 de Nana referir-se a ela como “Macne Nana Petit” — e expandindo o conceito de “família” dos personagens. Além disso, para diferenciá-la de Nana ainda mais, Petit recebeu um novo voicebank, chamado Macne Petit 2S (Mac音プチ2S), com amostras únicas e mostrando que, na realidade, sua voz é bem mais delicada, porém arrojada, que a de sua irmã.
Macne Coco [White]
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•  Nome: Mac音ココ[白] (Makune Koko [Shiro]) •  Data de lançamento: 30 de setembro de 2009 •  Provedor de voz: Kikuko Inoue •  Ilustrador: Gomoku Akatsuki •  Exemplos de uso: The WanderLast (GarageBand), Ghost Rule (UTAU) e Coco Lullaby (?)
Macne Coco [White] é, junto de sua gêmea Coco Black, a irmã mais velha da família Macne. De personalidade amigável, calma e madura, é responsável por manter a casa funcionando e trabalha no Macne Cafe; apesar de estar sempre sorrindo, ninguém deseja saber como sua expressão de raiva é, então apenas sorriam de volta para ela. Uma curiosidade é que ela dorme com os olhos aberto, o que deixa sua irmã gêmea assustada.
Diferente de Nana, a voz de Coco White é mais suave e madura, sendo referida como “a voz da cura”. Inicialmente, seu produto chamava-se apenas “Macne Coco (Mac音ココ)”, só que isto foi alterado com o lançamento de Coco Black para diferenciar as personagens. Durante seu desenvolvimento, Kikuko Inoue, sua provedora de voz, se envolveu bastante na criação da personagem, escolhendo o nome, a idade, a cor dos cabelos e o penteado; inclusive, cogitou-se usar o nome “Momo”, mas Kikuko optou por escolher “Coco”.
Macne Coco [Black]
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•  Nome: Mac音ココ[黒] (Makune Koko [Kuro]) •  Datas de lançamento: 6 de junho de 2010 ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ Fevereiro de 2011 (v2) •  Provedor de voz: Kikuko Inoue •  Ilustrador: Gomoku Akatsuki •  Exemplos de uso: Song of Arabia (Reason), música demo (GarageBand(v2)), Starduster (UTAU(v2)) e black chocolate (?)
Macne Coco [Black] é a irmã gêmea de Coco White e, junto dela, a mais velha da família Macne. Amante do gênero yuri, é uma garota extremamente emocional e, ao contrário de sua gêmea, incapaz de assumir responsabilidades maiores que, por exemplo, vender palitos de doce; também é considerada a rainha da ignorância entre os familiares e bem vaidosa, colocando sua aparência como prioridade máxima. Um fato curioso é, além de seu design ser originalmente baseado em uma garçonete e vários comprimentos de saia terem sido testados, a personagem foi mantida em segredo durante seu desenvolvimento para surpreender o público quando fosse lançada.
Apesar de ter sido lançada como um vocal variante de sua irmã gêmea, Coco Black possui uma figura própria para que, assim, possa-se diferenciar as duas. Sua voz foi projetada para dar-lhe um ar de “frieza” e, por isso, apresenta um tom mais alto e grave que o de Coco White. Um tempo depois, seu banco de voz foi tirado de mercado e substituído por um novo chamado Macne Coco [Black] v2 (Mac音ココ[黒]v2), que trouxe amostras de voz melhoradas e uma nova arte para a caixa do produto; este é o primeiro vocal da série Macne a ser retirado de venda para melhorias.
Macne Papa
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•  Nome: Mac音パパ (Makune Papa) •  Data de lançamento: 30 de abril de 2010 •  Provedor de voz: Jouji Nakata •  Ilustrador: Gomoku Akatsuki •  Exemplos de uso: Tsuki no Sabaku (GarageBand), Song of Arabia (Reason) e LOVE10 (UTAU)
Como o próprio nome sugere, Macne Papa representa a figura paterna da família Macne, sendo o mais velho e único personagem masculino da série. Segundo seu perfil, é um homem por volta dos 40 anos maduro, calmo e cooperativo cuja profissão não é muito clara, mas  raramente para em casa e tem como seu maior passa-tempo viajar pelo mundo; mensalmente, manda tesouros e peças que coleta de suas viagens para a residência, e adora carne. Haruna e Gomoku dizem ter tido dificuldades em fazer seu design por não saberem o que se encaixaria melhor com o personagem, levando a várias tentativas.
Com uma voz grave e mais madura que das gêmeas Coco, Papa, além de ser o único vocal masculino, é a maior biblioteca de voz da série Macne, contendo 118 amostras de voz no total. Um lançamento especial e limitado chamado Macne Papa [with limited benefits] (Mac音パパ【限定特典付き】) foi disponibilizado por seis dias, entre 30 de abril e 5 de maio de 2010, e apresenta, além do voicebank, várias amostras de fala gravada pelo provedor de voz.
Whisper☆Angel Sasayaki
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•  Nome: ウィスパー☆エンジェル ささやきさん (Wisupā☆Enjeru Sasayaki-san) •  Data de lançamento: 2 de dezembro de 2011 •  Provedor de voz: Haruna Ikezawa •  Ilustrador: Gomoku Akatsuki •  Exemplos de uso: Deep Colors (GarageBand), Dolls (UTAU) e 明治神宮前〈原宿〉 -I’m the Whisper Angel- (?)
Diferente dos outros personagens, Whisper☆Angel Sasayaki — algumas vezes referida como "Macne Sasayaki", "Macne Sasa" ou "Macne Nana Whisper" pela comunidade de UTAU — não chega a ser um membro da família Macne, pois é apenas uma versão alternativa de Petit. Nela, a mais nova é uma garota mágica de personalidade doce e angelical que possui uma varinha mágica vinda de seus ancestrais Macne Miku e Deus Myoga (ミョウガ神様), porém não se sabe os motivos para ela ter a recebido. Com isso, seu conceito geral é diferente dos demais Macnes, dando um ar mais misterioso para a personagem.
Sasayaki é a que possui os vocais mais serenos de todos os Macnes. Com uma voz muito suave e projetada para músicas calmas, é capaz de sussurar 3.389 vezes mais que um ser humano comum, sendo sua principal característica e a que fez ela ficar conhecida. Sendo o primeiro a não ser vendido diretamente no site oficial da act2, seu banco de voz tinha inclusa cinco amostras extras de respiração, e uma versão gratuita dele podia ser adquirida ao “pagá-la com um tweet”, porém era limitada à apenas um alcance vocal e dois tipos de respirações.
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ㅤㅤComo dito anteriormente, a distribuição dos voicebanks antigos da série Macne foi interrompida após o lançamento de Macne Nana para o VOCALOID. No entanto, algumas mídias externas foram, e ainda são, feitas envolvendo os membros da família, como ilustrações para wallpapers feitas por Gomoku e aplicativos para iOS, e a protagonista também tem uma conta oficial no Twitter onde anuncia ou compartilha alguma novidade relacionada à eles. Além disso, após o sucesso que obtiveram com a importação para o UTAU, os Macloids serviram de inspiração para muitos criadores de UTAUloids, surgindo diversos personagens baseados neles que ficaram conhecidos como Mactaus, por exemplo Makune Hachi e Mackne Mimi. Apesar de não serem mais tão populares quanto antigamente, Macne Nana e sua família trouxeram algumas coisas interessantes para dentro da comunidade de sintetizadores e seu carisma cativou muitas pessoas as quais ainda esperam por uma atualização dos que faltam ou apenas a volta da comercialização de todos os bancos.
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Referências bibliográficas
•  Macne Series, do Macne Series Wiki; •  Mac音家とは?, no site oficial de Macne Nana; •  Mac音家, na NicoNicoPedia; •  Macloids & Mactau, na UTAU Wiki; •  Macne series, na Wikipedia; •  Macne Nana, no VOCALOID Wiki.
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notassinteticas · 4 years
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A história da raposa e do demônio
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Imagem por: tundra1311331
ATENÇÃO: o assunto abordado a seguir não é recomendado para menores de idade e pessoas sensíveis. Leia por sua conta em risco.
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ㅤㅤMuitos producers dedicam seu tempo para contar uma narrativa ao seu público através de suas obras, criando, assim, uma saga de músicas. Muitas delas ficaram extremamente conhecidas na comunidade de VOCALOID por causa de seu universo cheio de detalhes e personagens cativantes, enquanto outras se popularizaram pela sua complexidade e temática inusitada. No caso da história da raposa e do demônio, a segunda opção é a qual ela se encaixa perfeitamente, mesmo não estando completa.
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ㅤㅤComumente chamada de Onibi Series no ocidente, The Story of the Fox and the Demon (狐と鬼の話) é uma saga de músicas que teve início no dia 26 de abril de 2011 e criada por Masa, sendo, de longe, a mais famosa dele. Acontece que muitas pessoas, por apenas acompanharem seus trabalhos no YouTube e NicoNicoDouga, não imaginam que a história da série também é contada em seu blog pessoal com bem mais detalhes, personagens e ocorridos não apresentados nas canções, mostrando que, no final das contas, elas não a representam totalmente. Este fator explica o porquê de tantos ouvintes não entenderem o que se passa nelas, porém até aqueles que leem os capítulos escritos pelo producer têm dúvidas quanto à alguns acontecimentos pois história ainda não foi concluída. Com isso, espera-se que mais postagens sejam feitas para esclarecê-las, mas também não se sabe se mais músicas referentes à história serão produzidas futuramente. Logo em seguida, há um resumo de cada parte a qual a narrativa de The Story of the Fox and the Demon está dividida até o momento:
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Registro e Prólogo
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↪ Imagem por: shishikusas  ㅤ
O primeiro capítulo serve como uma introdução ao universo de The Story of the Fox and the Demon. Inicialmente, o leitor é apresentado a um registro baseado em documentos antigos de um homem próximo do clã Shishikusa e no testemunho de um comerciante que visitou a cidade após o incidente, contendo os eventos principais que ocorreram entre os dias 2 de maio e 1º de junho. Logo depois, vem o prólogo, que traz uma visão geral do local onde tudo se passa, das duas protagonistas e da situação que culminou nos acontecimentos futuros.
A história se passa em um lugar conhecido como Jōkamachi (城下町; "Cidade do Castelo") o qual, no meio do período Sengoku, era comandado por um militar poderoso que o protegeu durante muito tempo, mas um incidente fez com que muitos moradores e animais sumissem de repente. Agora, a cidade é governada pelo clã Shishikusa (獅子), o mais importante e temido de lá por controlar grande parte do comércio, garantir sua segurança por gerações e haver rumores a seu respeito sobre coisas ruins acontecerem com aqueles que o desafiam. Além disso, seus líderes administram um teatro secreto feito para entreter os daimiôs com performances de dança e jogos, mas começaram a receber reclamações afirmando que as apresentações estavam entediantes demais, e então resolveram se reunir com estes senhores de terra para encontrar uma solução para isso. As duas jovens protagonistas da história, apesar de pertencerem a clãs distintos, possuem algo em comum: Mai Shishikusa (獅子草舞), a única filha biológica dos líderes do clã Shishikusa e, por causa disto, amada por todos os moradores da cidade, e Akari Oborodzuka (朧塚朱莉), a mais jovem do clã Oborodzuka (朧塚) e que possui uma conexão com os deuses, marcado por seus longos cabelos brancos, são vistas como monstros pelas pessoas, mesmo que por motivos diferentes.
Ato I: O Casamento da Raposa -Primeira Dança da Decapitação-
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↪ Imagem por: MandyKurosaki  ㅤ
Este primeiro ato, escrito em apenas um capítulo, apresenta o ponto de vista de Mai Shishikusa, única filha biológica dos líderes do clã. Devido aos seus pais, Ryou e Tomonari, serem extremamente protetores, a jovem doce e alegre, agora prestes a fazer dezoito anos, sempre é vigiada e mantida no castelo onde moravam para garantir sua segurança contra os vários bandidos e inimigos de sua família que há em Jōkamachi. Apesar disso, esta proteção toda nunca foi o suficiente para impedi-la de fugir de vez em quando para passear pela cidade, e poucos dias antes de seu aniversário não foi diferente.
No entanto, ao contrário das vezes anteriores, não havia ninguém nas ruas (quase como uma cidade fantasma) e, ao se assustar com os gritos de socorro e sons de algo sendo rasgado vindos dos arbustros, ela resolve voltar para casa, assim descobrindo que o lugar estava sendo invadido. Para protegê-la, Shizune (しずね), sua irmã mais nova adotiva, leva Mai para seu quarto, mas acaba sendo morta esmagada por um ser gigante que captura a mais velha logo depois, levando-a para um local desconhecido. Lá, a jovem se depara com um "homem com os olhos de uma cobra" que a acalma com algum poder hipnótico e começa a alimentá-la com carne humana até ela mesma pedir por mais. Após isso, há apenas frases desconexas indicando que Mai está ficando cada vez mais louca e sedenta por mortes, até que ela é decapitada por alguém desconhecido e, em seus últimos momentos, fala “Por favor, espere... amanhã... cidade... fora da... saída” enquanto vê algumas pessoas levarem seu corpo para longe, como se pedisse para alguém em especial esperá-la fora da cidade.
Ato II: A Aranha Demônio e A Raposa-leão
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↪ Imagem por: helladespair  ㅤ
O segundo ato conta a história através do ponto de vista de Ryou Shishikusa (獅子草寥), quem comanda o clã Shishikusa junto de Tomonari (智成) e é a matriarca da família, e fica-se sabendo o que aconteceu antes do décimo oitavo aniversário de Mai. Apesar de amar muito a filha e considerá-la seu bem mais precioso, tanto ela quanto o marido estão sempre muito ocupado com seus trabalhos, o qual, apesar de proporcionar-lhes uma vida confortável, não é visto com bons olhos por muitas pessoas. Além de cuidar da segurança e comércio da cidade, ambos administram um teatro secreto, localizado no porão do castelo onde moram, feito para entreter os daimiôs e, assim, garantir o apoio deles.
Com o tempo, as performances realizadas lá passaram a ficar entediantes para o público, então, em uma reunião feita com Tomonari, os daimiōs sugeriram que algo novo e interessante fosse feito para entretê-los; no caso, algo envolvendo tortura e assassinato de pessoas. De início, ao ficar sabendo disso após o encontro, Ryou prontamente se recusa e tenta convencer seu marido a desistir da ideia, mas acaba sendo convencida pois, sem o apoio dos senhores de terra, eles perderiam uma boa quantidade de dinheiro e estabilidade financeira. Um tempo depois da primeira performance realizada, membros do clã Onigumo contratados por Tomonari capturam uma garota de cabelos brancos a qual assumiram ser do clã Oborodzuka e, após ler alguns documentos antigos sobre o clã da raposa e algumas coisas estranhas acontecerem, os líderes Shishikusa decidem mantê-la presa no porão do castelo e usá-la na próxima apresentação do teatro. No dia da performance, a jovem sequestrada, surpreendentemente, causa algumas mortes apenas com seu olhar, e Ryou fica responsável por contornar a situação: usando a "espada do demônio" herdada do clã Onidzuka (鬼塚), ela a golpeia no estômago, fazendo-a parar e começar a implorar por sua vida com olhos e voz infantis. No entanto, ao perceber que está tentanto imitar sua filha, a mulher fica furiosa, e até enlouquecida, e apenas a esfaqueia novamente enquanto se despede e é chamada de monstro; antes de dar o último golpe, a garota de cabelos brancos afirma que não morrerá e joga uma maldição que afetará as próximas centenas de gerações da família de Ryou.
Poucos dias depois da apresentação da Oborodzuka, o castelo é atacado e Mai, sequestrada, deixando Ryou desesperada. Felizmente, a garota é encontrada algumas horas depois nos arredores da cidade, porém totalmente catatônica e apenas falando "comi”. Mais um tempo se passou e a ex-Onidzuka começa a ter sonhos estranhos e horríveis assim como os que teve enquanto a jovem de cabelos brancos estava aprisionada, e um fato bizarro acontece: a cozinheira e aide de Tomonari é encontrada morta na despensa do castelo, porém a parte mais esquisita é que ela parece ter sido comida por algo ou alguém. Mais alguns dias se passaram e, apesar do trágico ocorrido, o aniversário de Mai é realizado normalmente, com parentes das duas famílias — Shishikusa e Onidzuka — se reunindo para comemorar. Ryou acaba adormecendo depois de beber muito e, ao ser acordada por um servo, é informada de que o filho de um dos convidados sumiu e havia sangue no quarto de Mai, e então, ainda bêbada, sai pelos corredores à procura da filha, encontrando-a pouco tempo depois. A garota fala que se separou do garoto para tirar um cochilo no quarto e estava indo para o banheiro, mas a mãe percebe que é uma mentira e resolve contar sobre isso para Tomonari. Ambos decidem chamá-la para conversar seriamente no quarto deles, e, após ser muito questionada, sua expressão muda e confessa ter comido uma pessoa (não fica muito claro se estava falando do filho do convidado ou da cozinheira). As últimas coisas que Ryou se lembra são a cena de Tomonari sendo atacado por Mai, sons de carne sendo rasgada e ossos quebrando, sangue jorrando em várias direções diferentes e a frase “Mãe, eu te amo” sendo dita antes de sentir seu corpo ficar mais leve e seu pescoço sumir com as fortes mordidas de sua própria filha.
Ato III: O Casamento da Raposa
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↪ Imagem por: Monusha  ㅤ
Este, até o momento, último ato mostra o ponto de vista de Akari Oborodzuka pouco tempo antes de seu sequestro. O clã Oborodzuka, também conhecido como o clã da raposa, está enfrentando uma situação deplorável, a qual a fome, tristeza e desejos inalcançáveis prevalecem fortemente e não há ninguém que possa ajudar caso você seja sequestrado. Além disso, devido às atitudes irracionais de Tsukuyomi (ツクヨミ), sua fundadora, todos os seus descendentes precisam lidar com o fardo de nascerem com alguma deformidade em seus corpos. No entanto, isso não se aplicou para Akari: além de saudável, a jovem possui uma ancestralidade com os deuses, marcada por seus cabelos brancos, e a habilidade de fazer as pessoas se machucarem apenas com o olhar, fazendo muitos a verem como um monstro. Graças à esta “dádiva”, ela é capaz de se comunicar com a criadora do clã Oborodzuka, mas, assim como seus ancestrais e seu sangue, a odeia profundamente.
Ao visitar com sua mãe, Masaki, o túmulo de Tsukuyomi para rezar por ela e pela “Deusa da Morte” Shikyou (死凶), a jovem de 20 anos resolve se comunicar com Tsukuyomi, que vive em um lugar chamado Palácio do Sol Negro, para questioná-la sobre seu poder, já que não sabe nada dele. No entanto, a mulher não revela muitas coisas; apenas que ela é capaz de prever eventos futuros e que o poder de ambas, apesar de concedido por Shikyou, não é algo bom. Sentindo que algo está sendo escondido de si, Akari procura sua avó, a anciã do clã Oborodzuka, para perguntar mais sobre a história do clã, descobrindo diversas coisas interessantes. Algumas horas depois, durante uma caminhada para esfriar a cabeça e absorver melhor as conversas que teve, Akari é sequestrada por três homens que planejam vendê-la por um valor alto, porém os confronta e, por influência de uma voz desconhecida, os mata com seu poder, acabando por desmaiar e, ao recuperar a consciência, se ver em um lugar semelhante a onde Tsukuyomi fica. Lá, ela encontra Shikyou que diz que a jovem iria morrer naquele dia, mas, por ter a obrigação de ajudar o clã Oborodzuka, salvou-a e quer ajudá-la a sair dessa situação dando-lhe sua consciência, e, para isso, ela precisaria se desconectar do mundo onde cresceu para, então, receber o título de deus e ser capaz de abrir a terra dos mortos; também descobre que foi capturada pelo clã Onigumo à mando de alguém do clã Shishikusa, o qual tem uma garota, segundo a amanojaku, muito fofa. Sentindo que algumas coisas ditas eram mentiras, ela pede para descansar um pouco como um pretesto para ir até o Palácio do Sol Negro e fala sobre seu encontro com Shikyou para Tsukuyomi, que adverte à jovem que está sendo enganada e, então resolve contar tudo para Akari.
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ㅤㅤAs músicas da saga The Story of the Fox and the Demon servem como uma espécie de introdução à história da raposa e do demônio, contando apenas a partir da apresentação de Akari no teatro do clã Shishikusa e mostrando o ponto de vista de Mai, afetada pela maldição e enlouquecendo cada vez mais, em grande parte delas. Além disso, a forma como a letra de todas da linha principal foi escrita apresenta um teor um pouco mais brutal e sexual, complicando mais o entendimento dos acontecimentos por deixá-los mais confusos; este ponto explica o motivo de muitas pessoas não conseguirem entender muito bem o que se passa em cada canção. Logo abaixo, estão listadas e explicadas as músicas na ordem correspondente aos ocorridos da saga, e não às datas de lançamento de cada uma:
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The Demon Spider and the Fox-like Lion
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•  Nome: 鬼蜘蛛ト狐ノ獅子ト (Onigumo to Kitsune no Shishi to) •  Data de lançamento: 18 de agosto de 2011 •  Vocais: Hatsune Miku e GUMI
ㅤ Por que a única filha do daimiô enlouqueceu? Parece que tem a ver com o que aconteceu com seus antepassados. "Venha, bem-vindo ao poço da besta." ㅤ
The Demon Spider and the Fox-like Lion (鬼蜘蛛ト狐ノ獅子ト) mostra o teatro secreto do clã Shishikusa, onde são feitas as performances de tortura e morte para entreter os daimiôs e, assim, a família conseguir dinheiro o suficiente para viver confortavelmente. A próxima vítima a se apresentar é Akari, sequestrada por membros do clã Onigumo à mando de Tomonari alguns dias antes, porém ela usa seu poder para causar algumas mortes durante o espetáculo, obrigando Ryou a ter que interferir. Sangrando e prestes à ser morta, a jovem implora por sua vida em uma tentativa de se livrar da situação, mas, ao notar que ela usou as mesmas feições e tom de voz de sua filha, a ex-Onidzuka se enfurece ainda mais e se despede dando-lhe mais um golpe em sua barriga com a espada herdada de sua família. Antes disto acontecer, Akari, para se vingar, amaldiçoa Ryou e sua família, fazendo suas próximas centenas de gerações ficarem destinados a comerem carne humana para satisfazer sua fome.
The Fox’s Wedding
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•  Nome: 狐の嫁入り (Kitsune no Yomeiri) •  Datas de lançamento: 13 de maio de 2011 (original) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 27 de junho de 2013 (remaster) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 5 de março de 2016 (remix) •  Vocais: Hatsune Miku e GUMI
ㅤ A única filha do assim chamado daimiô do Japão antigo. Os pais adoram tanto sua filha e ela ficou louca. ㅤ
Em The Fox's Wedding (狐の嫁入り), Mai é capturada por alguns membros do clã Oborodzuka à mando do irmão de Akari como uma forma de vingança e forçada a comer carne humana. Algumas horas depois, ela é encontrada por alguns servos encostada em uma árvore e levada para casa, mas as sequelas da tortura junto à maldição da jovem Oborodzuka já começaram a se manifestar naquele ponto e em seu aniversário, dias depois de fazer sua primeira vítima, a jovem mata seus pais durante uma conversa importante decapitando-os e devorando-os, e assim fez com vários membros de sua família e servos da casa. Também é nesse período que Akari ressuscita, provavelmente com a ajuda de Shikyou, mas é improvável que ela tenha se envolvido diretamente com o sequestro de Mai.
The Beautiful Shadow of the Demon's Frenzied Dance Performance -The Fox's Wedding-
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•  Nome: 鬼美影演舞狂-狐ノ嫁入リ- (Oni Mikage Enbukyou -Kitsune no Yomeiri-) •  Data de lançamento: 13 de dezembro de 2011 •  Vocais: Hatsune Miku e GUMI
ㅤ Venha, vamos conversar sobre tudo. Você já esteve aqui várias vezes, mas... Esse é o fim da história do demônio e da raposa. ㅤ
The Beautiful Shadow of the Demon's Frenzied Dance Performance -The Fox's Wedding- (鬼美影演舞狂-狐ノ嫁入リ-) mostra o ápice da loucura de Mai, causada pela maldição de Akari. Ela passa a matar várias pessoas da cidade para se alimentar de suas carnes e sentir um certo prazer com isso. O ocorrido deixa Shikyou furiosa, pois, além de ignorar o destino delas, o encontro das duas jovens causou diversas mortes inesperadas que, de certo modo, prejudicaram a yōkai.
The Demon Child in the Clear Mirror
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•  Nome: 明鏡鬼童 (Meikyou Oni Warabe) •  Datas de lançamento: 29 de março de 2012 (original) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 5 de março de 2016 (remaster) •  Vocais: Hatsune Miku e GUMI
ㅤ O fim é o começo. A anomalia que existe por causa da bondade. Venha, deixe-nos contar a verdade. – Essa é a história de um certo parente e criança. ㅤ
The Demon Child in the Clear Mirror (明鏡鬼童) é a primeira música spin-off da saga, se passando junto com The Beautiful Shadow of the Demon's Frenzied Dance Performance -The Fox's Wedding-, porém em outro local. Foca em Onidzuka Kaori (鬼塚佳織), prima de Mai e conhecida como a “criança demônio”, e nas crueldades que comete com seus "amigos" animais (desde ratos, até porcos), além de mostrar os problemas com álcool e abortos que sua mãe teve quando ainda era jovem, antes da filha nascer.
Shikyou, the Amanojaku
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•  Nome: 死凶天邪鬼 (Shikyou Amanojaku) •  Datas de lançamento: 26 de julho de 2013 (original) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 1º de dezembro de 2017 (remix) •  Vocais: Hatsune Miku, Kagamine Rin e GUMI
ㅤ Essa é uma história sobre os deuses. O fim da vida após a morte. A verdade que os humanos não podem alcançar. O começo do casamento da raposa. Ga, ga, ga, asore. ㅤ
Shikyou, the Amanojaku (死凶天邪鬼) é uma música focada na personagem Shikyou, uma amanojaku poderosa cujo seu principal objetivo é não deixar que Akari e Mai se encontrassem, pois é dito que, caso o contrário ocorra, algo terrível iria acontecer, algo que afetaria até ela. Nota-se que a yōkai aparenta ter muito ódio dos seres humanos por não temerem, nem adorarem ela e os outros deuses, e zomba de Ryou e Mai por ambas, principalmente a mais velha, serem ateias.
Beheading Dance
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•  Nome: 首無演舞狂 (Kubinashi Enbu Kyou) •  Data de lançamento: 27 de setembro de 2011 •  Vocais: Hatsune Miku e GUMI
ㅤ No Japão antigo, os daimiôs, daikans e outros homens ricos buscavam por diversão, o prazer enlouquecedor de uma era louca. Gueixas eram mantidas como escravas. Agora, as cortinas irão subir em breve. No show de hoje, apresentado pela gueixa, é uma dança da decapitação. Certifiquem-se de assistir até o "final"... ㅤ
Em Beheading Dance (首無演舞狂), é mostrado o ponto de vista de Mai após enlouquecer. Devido à maldição de Akari, a jovem adquire a capacidade de ver a alma das pessoas assassinadas por ela e passa a vagar pela cidade matando seus moradores e, ao que tudo indica, tendo relações sexuais com alguns dos corpos. No fim, Mai é decapitada (possivelmente por Shikyou) em uma performance antigamente realizadas no teatro secreto de sua família, a qual consistia apenas em desmembrar a dançarina (geralmente um gueixa), e sua cabeça é entregue à Akari em uma cesta. A chamada “Dança da Decapitação” chegou a ser apresentada nos primeiros capítulos da história, quando Ryou droga uma adolescente do clã Onigumo chamada Sachiko e a obriga a performar, mesmo estando convulsionando e vomitando por causa da forte substância.
Will-o'-the-Wisp
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•  Nome: 鬼火 (Onibi) •  Data de lançamento: 26 de abril de 2011 •  Vocais: Hatsune Miku e GUMI
ㅤ Uma história que acontece cem anos após a história da raposa e do demônio ㅤ
Não há muitas informações canônicas sobre Will-o'-the-Wisp (鬼火) além de que se passa cem anos após os eventos anteriores e, segundo Masa, não possui tanta relevância para a saga. Por isso, muitos fãs especulam que mostra o ponto de vista do espírito vingativo de Ryou, que, com muita raiva, deseja matar o responsável por transformar sua vida e a de sua família em um inferno.
Star Lily Dance Performance
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•  Nome: 姫百合演舞京 (Himeyuri Enbukyo) •  Datas de lançamento: 26 de novembro de 2013 (original) ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ 5 de março de 2016 (remix) •  Vocais: Hatsune Miku e GUMI
ㅤ É um destino que não será encontrado. Um amor doce e sincero para projetar esses pensamentos inalcançáveis Um final encantador, "Dança do Lírio Estrelado" ㅤ
Star Lily Dance Performance (姫百合演舞京) é a segunda, e última, música spin-off da saga, sendo a única a não apresentar elementos grotescos e inapropriados tanto na letra, quanto no vídeo. Apresentando um final alternativo para as protagonistas, se passa durante o sonho que Mai tem em seus últimos momentos de vida, onde ela e Akari se casam e vivem uma vida feliz e pacífica, longe de maldições, delírios e fatalidades. No entanto, não se tem certeza se a “filha da raposa” presente nesta fantasia é realmente ela ou apenas uma imagem que a filha do clã Shishikusa tem dela.
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ㅤㅤA saga ainda possui muitas questões não respondidas: como Akari ressucitou, como e quando ela e Mai se conheceram, quem exatamente é Emi (恵美) e onde ela se encaixa, por que Shikyou não quer que as meninas fiquem juntas e precisa de Akari para abrir a terra dos mortos, entre outras. Por causa disso, os fãs tendem a criar teorias e especular diversas coisas sobre os acontecimentos e personagens presentes. The Story of the Fox and the Demon é uma das histórias mais bizarras e, até que seja concluída, confusas feitas por um producer, e estes dois fatores foram os que a fizeram ser apreciada por algumas pessoas da comunidade de VOCALOID e enojada por outras.
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Referências bibliográficas
•  The Onibi Series, no MASA Works DESIGN Wiki; •  [Masa’s Blog] The Fox’s Wedding -Prologue-, na comunidade do Amino Masa Works Design; •  Documento escrito por fãs sobre os capítulos de The Story of the Fox and the Demon, disponível no Google Drive.
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notassinteticas · 4 years
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A história da bruxinha Meiji
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Imagem por: あきまろ
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ㅤㅤComo visto na postagem sobre Hakaine Maiko, há UTAUloids que se popularizaram, mesmo que minimamente, devido à alguma característica que possuem: aparência, voz, forma como foi criado, entre outras. No entanto, não é sempre que alguma aparece e acaba causando um impacto tão grande ao ponto de influenciar em algo fora do universo do UTAU. Neste blog, será abordado a história de Gahata Meiji, uma personagem que começou sendo como qualquer outro UTAUloid, mas foi evoluindo até chegar na fama que tem hoje.
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ㅤㅤLançada no dia 8 de novembro de 2012, não é muito fácil encontrar informações concretas sobre a origem de Gahata Meiji (歌幡メイジ), mas tudo indica que ela nasceu sendo um banco de voz como qualquer outro já criado antes. Mesmo sendo descrita como uma bruxa, sua aparência inicial não tinha elementos característicos de uma além da paleta de cores, e apresentava um estilo bem parecido com o visto em outros personagens do sintetizador (Ex.: Kasane Teto e Defoko), que procura se assemelhar aos Vocaloids da Crypton Future Media. Apesar disso, em comparação a outros UTAUloids da época, ela já apresentava uma qualidade acima da média em sua estreia, principalmente após o lançamento de seu primeiro banco multipitch, fazendo-a receber um certo reconhecimento à partir daí. No entanto, as coisas para a jovem bruxa tomaram um rumo diferente do esperado um mês depois de seus appends serem lançados.
ㅤㅤNo início de abril de 2014, sua criadora, Saccu — que também é modelo e cantora —, foi convidada por uma loja de roupas japonesa chamada Riffle Shuffe à participar do projeto Riffle Shuffle Sisters (リフルシャッフルシスターズ), o qual visava criar UTAUloids para representá-la através dos naipes de baralhos presentes em seu logotipo e serem usados por ela futuramente. Com isso, Meiji tornou-se a primeira das quatro escolhidas para serem mascotes do estabelecimento, simbolizando as espadas (♠), a magia e a fantasia presentes nas vestes vendidas lá, e, desde então, sua imagem passou a ser usada em produtos, algumas edições do evento Majokko Sabbath (魔女っ子サバス), e até em adesivos para a coleção Maken Senshi (魔拳戦士) da marca de chiclete Maken Gumi (まけんグミ). Além disso, um ocorrido acabou marcando bastante sua trajetória: em julho de 2014, Wat (principal desenvolvedor da Crypton Future Media) anunciou em seu Twitter que a UTAUloid seria usada como modelo no desenvolvimento da atualização de Megurine Luka para o VOCALOID4 para, segundo ele, apresentar as qualidades únicas que a provedora de voz desta possui. Isto causou uma certa comoção dentro da comunidade de UTAU, pois é um dos raríssimos casos o qual uma empresa de VOCALOID declara abertamente que usou um UTAUloid como base para produzir algo.
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↪ Imagem por: Saccu
Ilustração feita em comemoração ao segundo aniversário de Gahata Meiji.
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ㅤㅤAo longo de sua vida como “cantora virtual”, Meiji teve sete bancos de voz lançados, todos gravados no formato VCV, e outros dois estavam sendo planejados desde 2015. A partir dos appends, seu design passou a adotar um estilo bem mais fantasioso e referente à magia para combinar com a temática deles, além da personagem usar um conjunto de roupas baseado em uma presente na Riffle Shuffle antes mesmo da parceria com esta ter se concretizado. Desde o lançamento de seu banco multipitch, ela chamou a atenção de muitos usuários de UTAU devido à sua alta qualidade, fazendo com que sua voz jovial, vívida e potente se torna-se uma das mais populares. Infelizmente, todos os seus bancos estão indisponíveis desde novembro de 2019 e entende-se que, assim como as outras três Riffle Shuffle Sisters, ela deixou de ser a mascote da Riffle Shuffle, já que não é mais citadas no Twitter da loja e seu perfil foi removido do site oficial desta. Apesar disso, Meiji continua sendo uma das UTAUloids mais conhecidas dentro da comunidade de UTAU e até hoje é um exemplo claro de que, ao contrário do que muitos dizem e/ou pensam, o sintetizador não vive apenas de bancos de baixa qualidade.
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↪ Cover da música Scattered Glass usando Gahata Meiji.
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Referências bibliográficas
•  Meiji Gahata, no UTAU Wiki; •  Meiji Gahata, no UTAU Wiki 2.0.
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notassinteticas · 4 years
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Sapatos ou botas longas?
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Imagem por: 霖燕
ㅤㅤMiku Hatsune possui um visual icônico que chamou bastante a atenção em seu lançamento. Suas grandes marias-chiquinhas verde-água, uniforme de colegial japonês e detalhes futurístas conquistaram (e ainda conquistam) o coração de milhares de pessoas mundialmente e impactaram tanto em suas vendas, quanto nas da segunda geração do VOCALOID, que recebeu um público maior e mais amador graças à personagem. No entanto, seu design sofreu algumas alterações de um banco de voz para outro, e a pergunta que fica é: Miku usa sapatos ou botas longas nos pés?
ㅤㅤEnquanto seus cabelos, regata, saia e mangas soltas sofreram alterações mais perceptíveis, os pares de calçados de Miku possuem diferenças um pouco discretas. Em suas artes conceituais, ela sempre é vista de corpo inteiro, impedindo, de certa forma, que mudanças desse tipo sejam notadas por olhares rápidos e/ou desatentos. No entanto, os jogadores da série Project DIVA (produzida pela SEGA desde 2009) podem ser os primeiros a reparar nisso devido a alguns fechamentos de câmera nos pés da personagem que ocorrem em algumas músicas.
ㅤㅤA imagem abaixo mostra, em ordem cronológica, como são os sapatos de Miku nas artes presentes nos bancos de voz:
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ㅤㅤObserva-se que Miku Hatsune começou sua carreira de cantora virtual usando duas botas de cano alto sem salto, o que foi alterado ao ser lançado para o VOCALOID3, substituindo-as por sapatos fechados junto de meias 7/8 e pequenos detalhes a mais. Essas mudanças nunca chegaram a ser explicadas publicamente, porém a troca de ilustradores oficiais pode ser um dos motivos: ao desenhar a personagem, iXima optou por substituir sutilmente suas botas por sapatos traçando uma leve divisória abaixo dos tornozelos. Na época do lançamento do banco VOCALOID3 de Miku, a ideia também foi utilizada pelo artista ao participar do Hatsune Miku x Dollfie Dream (初音ミク×Dollfie Dream), uma parceria entre Crypton Future Media e VOLKS para fabricar uma edição limitada de bonecas Dollfie Dream da personagem, cujas vendas ocorreram entre setembro de dezembro de 2013. Na ocasião, iXima ficou responsável por supervisionar e redesenhar a arte conceitual do primeiro design dela para ser utilizada como base para montar o modelo do produto.
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↪ Página especial da DD Hatsune Miku, no site da VOLKS. Nela, além das artes conceitual e referencial usadas de base para a produção do modelo, há uma entrevista com iXima relatando como foi o processo de supervisão do produto.
ㅤㅤApesar disso, essa troca de calçados pode ter acontecido antes mesmo do ilustrador ter começado a trabalhar na Crypton Future Media. Na versão de fliperama do primeiro jogo da série Project DIVA, lançada em 2010, é possível notar demarcações nos pés de Miku, indicando que ela já estava usando sapatos fechados cerca de três anos antes de sua atualização para a terceira geração do VOCALOID.
ㅤㅤEnfim, são particularidades sutis os quais a maioria dos fãs não percebem por estarem acostumados a ver os diversos visuais de Miku Hatsune (e até de outros Vocaloids) como um todo e, assim, não verem os pontos menos chamativos destes. Alterações em designs são comuns de ocorrer e, apesar de não parecer, cada mínimo detalhe pode fazer a diferença, mesmo que indiretamente.
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notassinteticas · 4 years
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Quando usam UTAU para fazer alguém famoso cantar
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Imagem por: rev
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ㅤㅤO UTAU é uma ferramenta de criação musical a qual, apesar de muitas pessoas não gostarem, tem vários usuários que adoram e usam de diversas formas. Um dos principais motivos deste afeto é por causa da possibilidade que o sintetizador dar para qualquer um poder criar seu próprio banco de voz do jeito que quiser, o que explica a existência de tantos com qualidades bem variadas, indo do mais bem produzido até o mais mal-feito. E, graças à isto, pode-se encontrar muitas coisas estranhas e engraçadas ao mesmo tempo, e este é o caso dos UTAUloids Jinrikis, um grupo de UTAUloids feitos a partir de vozes de personalidades famosas ou personagens fictícios.
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ㅤㅤDe início, deve-se esclarecer que transformar celebridades e figuras animadas em bancos de voz não é uma novidade. Como mencionado na postagem sobre Fanloids, o lançamento de Hatsune Miku para o VOCALOID2 popularizou rápido e absurdamente o sintetizador da Yamaha pelo fato de ter atraído a atenção de outros públicos além dos produtores musicais, mais especificamente os otakus. Com isso, muitas pessoas que se interessaram por ele começaram a cogitar se era possível transformar, por exemplo, seu personagem favorito em um Vocaloid, e foi assim que nasceu a tag 人力VOCALOID (Jinriki VOCALOID) no NicoNicoDouga: a palavra “jirinki” (人力) significa “manual” em japonês, e, traduzindo, o termo fica “VOCALOID manual”. O primeiro registro de seu uso no site é de junho de 2007, e a marcação abrange vídeos que envolvem a prática de pegar áudios de falas ou canções de determinado alvo (geralmente cantores, atores ou personagens de anime), cortá-las em arquivos WAV e remontá-las para fazê-lo cantar alguma música; atualmente, há mais de três mil publicações marcadas como Vocaloid Jinriki, e também é possível encontrar várias deste tipo em outras plataformas, como YouTube e bilibili.
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ㅤㅤAlguns meses após o surgimentos desses “Vocaloids”, em março de 2008, um internauta japonês chamado Ameya lançou o UTAU, um sintetizador de voz parecido com o VOCALOID em alguns aspectos, mas que tem o grande diferencial de permitir que qualquer um possa criar seu próprio banco de voz. Graças à isso, transformar alguém, seja uma pessoa real ou fictícia, em uma voz sintetizada tornou-se uma tarefa um pouco mais simples de fazer, e com isso, pouco tempo depois de seu lançamento, surgiu a tag UTAU式人力 (UTAU-shiki Jinriki) no NicoNicoDouga. Tendo seu primeiro uso registrado no dia 27 de março daquele ano e, atualmente, quase o dobro de publicações, sua ideia é, basicamente, a mesma da marcação usada com os Vocaloids Jinrikis, porém deixando especificado e, consequentemente, explícito que a voz presente no vídeo foi desenvolvida através do UTAU ao invés de outras ferramentas de edição de aúdio. A prática de criar UTAUloids desse tipo acabou se popularizando bastante dentro da comunidade do sintetizador e é possível encontrar diversos covers usando-o em várias plataformas diferentes, como SoundCloud e YouTube.
ㅤㅤHá UTAUloids Jinrikis de diversos tipos de celebridades: atores, cantores, personagens de desenhos animados ou jogos, personalidades famosas, entre outros. A grande maioria deles é feito apenas por diversão, então dificilmente terá algum que apresenta uma ótima qualidade sonora pois demandaria muito tempo e paciência para coletar todas as amostras necessárias para fazer a voz soar de maneira mais suave e compreensível. No entanto, existe um problema ainda maior sobre esses bancos, que é a distribuição deles: por serem produzidos sem o consentimento da pessoa ou do dono do personagem, tanto os criadores quanto o próprio UTAU estão suscetíveis à ações judiciais e legais por uso inapropriado e/ou ilegal da voz, apesar de haver mais registros de vídeos de algumas plataformas, como NicoNicoDouga, sendo removidos por questões de direitos autorais. Por este motivo, mesmo não os proibindo, geralmente a comunidade do sintetizador recomenda fortemente que os usuários não criem UTAUloids desse tipo e, caso o façam mesmo assim, que não os compartilhem publicamente em hipótese alguma.
ㅤㅤGrande parte destas pessoas realmente não divulgam seus UTAUloids Jinrikis, até porque foram feitos apenas para elas se divertirem e, talvez, entreter seu público com algum cover. No entanto, sempre haverá aquelas que não entendem as consequências que isso pode trazer para si e acabam por cometer um possível crime grave; um exemplo disso é um caso, até que conhecido no ocidente, de um menino que transformou a Vocaloid MIRIAM em um banco de voz para o UTAU para, logo depois, distribui-lo ao público, e, ao descobrirem isso, várias pessoas o denunciaram para a Zero-G. Lidar com UTAUloids desse tipo pode trazer muitos riscos ao criador, mas também é um passa-tempo divertido e engraçado tanto para ele, quanto para aqueles que irão ouvir seu banco.
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Referências bibliográficas
•  Tag 人力ボーカロイド, no VOCALOID Database; •  UTAU式人力, no NicoNicoPedia; •  人力VOCALOID, no NicoNicoPedia.
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notassinteticas · 4 years
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Maiko berra pela sua atenção!
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Imagem por: F-Discrepancies
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ㅤㅤComo muitos sabem, existem diversos UTAUloids disponíveis para os mais diferentes gostos: alguns são bem elaborados, enquanto outros, nem tanto. No entanto, também há aqueles que possuem alguma característica que os diferencia dos demais e que até pode ser considerada excêntrica. Este é o caso de Hakaine Maiko, a protagonista desse blog, que apresentou um estilo diferente de banco de voz e ficou conhecida por sua voz de nicho.
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ㅤㅤEntre os anos de 2011 e 2012, a revista japonesa de música Gekkayo (ゲッカヨ) procurava, além de observar as tendências do JPop e karaokês como fazia antes, fazer publicações sobre as novas modas no mundo da música, como visual kei e VOCALOID. O editor-chefe dela na época, Ryoichi Shimizu, era (e talvez ainda seja) apaixonado por algo que, segundo ele, deveria ser considerada o ponto limite da voz humana: o vocal gutural, uma das características principais de diversos subgêneros do metal. Esta paixão foi aumentando cada vez mais e ele chegou até a ver como é o método de treino usada para conseguir executar essa técnica, o que o deixou ainda mais impressionado. Seu interesse pelo assunto era tanto que, após uma entrevista com Hideki Kenmochi — conhecido como “o pai do VOCALOID” —, Shimizu descobriu que era muito complicado trabalhar com rugidos com a tecnologia que o sintetizador, que estava em sua terceira versão, usava, mas, mesmo assim, cogitou contatar alguma empresa para, quem sabe, conseguir produzir um banco de voz com esse estilo vocal; vendo que seria algo muito problemático e demorado, ele apenas desistiu da ideia.
ㅤㅤNo entanto, isso mudou depois do editor-chefe descobrir outro sintetizador de voz parecido com o VOCALOID, porém que permite aos usuários criarem seu próprios cantores virtuais: o UTAU. Com isso, ele não precisaria depender de nenhuma empresa e poderia produzir um banco de voz da forma que quisesse, o que logo o animou bastante novamente junto ao fato de não ser algo difícil de fazer. Extremamente empolgado com a ideia, Shimizu decidiu, então, iniciar o que seria o projeto principal da Gekkayo Vol.2 (nesta época, a editora responsável pelas publicações passou a ser a Shinko Music) o qual consistia na criação de uma voicebank no UTAU que seria distribuído gratuitamente para qualquer pessoa usar. No entanto, ele não queria que fosse como qualquer outro já feito anteriormente, e logo pensou que seria bem mais divertido criar um cujas amostras de voz consistissem apenas em gritos e rugidos, tornando-se uma ótima ferramenta alternativa para produtores de músicas de metal e seus derivados. Para ajudar no desenvolvimento do projeto, Shimizu consultou Death Ohagi (também conhecido como MatsutouyaP), que lhe apresentou à YurahonyaP (que geralmente cuida da manipulação das vozes em suas músicas), para entender melhor sobre produção de fontes sonoras e convidou a vocalista Maiko, da banda DAZZLE VISION, para prover sua voz e o ilustrador sin para fazer a arte que representaria o banco.
ㅤㅤNo entanto, ainda faltava dar um nome à ele. Em 2012, a ascensão do VOCALOID estava mais estabilizada e Hatsune Miku já não era mais encarado como um sinônimo direto dele devido à grande quantidade de voicebanks lançados após seu enorme sucesso. Com isso em mente, pensou-se que, além de escrito em katakana, o essencial seria ter “音” (”oto”; que significa ”som”) na composição do nome. E assim, no dia 23 de março de 2012, nasceu Hakaine Maiko (破壊音マイコ) para a revista Gekkayo Vol.2.
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↪ Capa da revista Gekkayo Vol.2. No canto superior esquerdo, nota-se o anúncio do banco de Hakaine Maiko.
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ㅤㅤRepresentado por uma personagem visualmente semelhante à sua provedora de voz e desenhada em estilo chibi, Hakaine Maiko é um banco de voz gravado no formato CV para o UTAU e, como citado anteriormente, tem como principal característica suas amostras de voz, compostas apenas por rugidos e gritos. Por conta disto, muitos usuários relatam que é complicado manuseá-lo e, portanto, não recomendado para iniciantes, porém foi bem recepcionado pelo público. A UTAUloid, apesar de não ser tão popular na comunidade de UTAU, recebeu um certo reconhecimento e foi usada em diversos covers e trabalhos originais, e um pacote de figurinhas da personagem para o aplicativo LINE até chegou a ser lançado em 2014. Shimizu chegou a declarar que ficou feliz com o novo fluxo de músicas que nasceu dentro do sintetizador após o lançamento de Maiko e que ficaria mais ainda caso isso desencadeasse na criação de novas canções inovadoras futuramente.
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↪ Clipe da versão remasterizada de Silver Shirley, originalmente postada no NicoVideo em 21/06/2016. ㅤ Repostagem feita em 09/07/2016
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Referências bibliográficas
•  破壊音マイコ 制作の経緯, no site oficial da Gekkayo;  •  Maiko Hakaine, no UTAU Wiki; •  破壊音マイコ , no NicoNicoPedia.
Caso queira baixar o banco de voz de Hakaine Maiko, clique aqui.
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notassinteticas · 4 years
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A simples, porém confusa, espécie Fanloid
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Imagem por: pupps
ㅤㅤAkita Neru, Yowane Haku, Tako Luka... estes são apenas alguns exemplos de Fanloids populares e que ganharam reconhecimento com o passar do tempo. No entanto, muitas pessoas da comunidade de VOCALOID não sabem direito o que é um Fanloid, o que é bem compreensível pois, apesar de aparentemente simples, seu conceito tem diversos pontos que o deixam extremamente confuso de entender. Esse blog tem o intuito de explicar o termo da melhor forma possível e, assim, tirar algumas dúvidas que ainda perpetuam na cabeça de muitos.
ㅤㅤCom o lançamento de Hatsune Miku na época do VOCALOID2, o sintetizador, antes obscuro, tornou-se conhecido por diferentes públicos além dos profissionais da música e, assim, uma fanbase começou a se formar a partir daí, ocasionando no nascimento de, entre outras coisas, os Fanloids. Sendo uma abreviação para “Fanmade Vocaloid”, este termo foi criado para se referir à Vocaloids criados por fãs, porém um fato curioso é que, pelo que se percebe, é uma palavra usada apenas pela comunidade ocidental, pois vê-se a japonesa falar “personagens derivados de Vocaloids”, ou apenas “personagens derivados”, no lugar. Por muito tempo, os Fanloids eram uma das coisas mais comuns de se ver dentro da comunidade de VOCALOID, tanto que houve uma enorme quantidade de Vocaloids fanmade surgindo entre os anos de 2007 e 2009, com muitos deles sendo fortemente baseados nos personagens da Crypton, principalmente a Miku, e resultando em uma série de visuais/conceitos genéricos parecidos uns com os outros. No entanto, mesmo sendo algo quase enraizado no meio VOCALOID, há fãs que não aceitam ou gostam desse tipo de personagem (sobretudo os chamados Derivados) pelos motivos mais variados possíveis, indo desde reprovar sua ligação com o Vocaloid do qual deriva até achar que é feito de qualquer jeito e sem criatividade.
ㅤㅤApesar de haver muitos com aparência semelhante ao de um Cryptonloid, o Fanloid pode ser feito da forma como o criador achar melhor, tanto que existem dos mais completos até os mais zoados. Um ponto que muitas pessoas têm dúvida na hora de criar o seu é se precisa ter uma voz obrigatoriamente, e a resposta é: não, não é necessário! Existem vários exemplos de Fanloids que apenas possuem design – e, de vez em quando, um conceito básico –, e alguns deles são bem conhecidos até, como Mikudayō e Calne Ca. Outra coisa a ser descrita são as classificações que existem, pois, no forma geral, a comunidade apenas se lembra daqueles que derivam de outros Vocaloids existentes e se esquece que há outros que devem ser levados em consideração também; afinal de contas, grande parte deles pode se encaixar em mais de um tipo diferente.
ㅤㅤNeste ponto, que deve-se esclarecer que, como visto anteriormente, muitas coisas sobre o assunto sofreram alterações ou tiveram itens acrescentados quando passaram de uma comunidade para a outra. Isso se deve à uma tradução e interpretação errada que acabou perpetuando ou apenas uma redefinição que achou-se mais apropriada.
Original
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↪ Imagem por: MagieSan  ㅤ
Um Original Vocaloid (オリジナル ボーカロイド), ou apenas Original, é um Fanloid projetado para ser um personagem independente, ou seja, sem a influência direta de outro Vocaloid existente. Populares em sites de arte (Ex.: DeviantArt e Piapro), são comumente criados para serem usados em histórias fictícias e podem interagir com outros personagens dentro do universo VOCALOID, mas poucos apresentam uma voz. Há casos onde um Fanloid Original acaba se tornando um UTAUloid com o tempo, como ocorreu com Seraphina Angel.
Exemplos: Ōoto Ryou, Oro Koe, Liu Qiu, Andopoid Anya e Zetsune Oto.
Derivado
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↪ Imagem por: daigoman  ㅤ
Sendo um dos mais conhecidos, Vocaloid-derived Character (VOCALOID派生キャラ), ou apenas Derivado, é designado à um personagem baseado em um Vocaloid existente. Essa derivação pode surgir através de mudanças no visual original, adição de uma personalidade, conceitos inventados aleatoriamente, entre outros. Também existe uma subcategoria chamada  Vocaloid Variant (VOCALOID亜種), ou apenas Subderivados, que é usada para se referir à personagens baseados em outros Fanloids Derivados.
O termo, apesar simples, pode ser complicado de definir devido à forma como é tratado dependendo da comunidade: enquanto a ocidental vê um Derivado como um personagem totalmente diferente, a japonesa o enxerga apenas uma variação do original. Por exemplos, um Derivado oficial como Racing Miku e Snow Miku pode ser considerado tanto uma variação de Hatsune Miku, quanto algo totalmente distinto dela, o que resulta em publicidades as quais o Fanloid e a Vocaloid estão lado a lado.
Exemplos: Zatsune Miku, Juon Kiku, Kagami Kawaiine, Guma e Akaito.
Genderswap
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↪ Imagem por: 渣楠君  ㅤ
Tão popular quanto a anterior, Genderchange Vocaloid (性転換VOCALOID), ou Genderswap, é uma classificação destinada à Vocaloids cujo gênero biológico foi trocado (se for do sexo masculino, passa a ser do feminino, e vice-versa). É comumente assossiada à músicas com o tom alterado para que a voz soe como se fosse do sexo oposto, porém há fãs que criam uma configuração de voz própria para o Fanloid; na comunidade japonesa, inclusive, é assim que os Genderswaps surgem, e existem tutoriais com dicas de como mudar o vocal adequadamente.
Exemplos: Hatsune Mikuo, KAIKO, Kagamine Lenka, SeeWoo e CYBER SONGGAL.
Mascote
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↪ Imagem por: ニユキロメルト  ㅤ
Um Fanloid Mascote, ou Super Deformed Mascot, é uma representação exagerada de um Vocaloid existente, geralmente encarado como uma paródia. Por conta disto, raramente se encontra algum que tenha recebido uma voz, seja do criador ou de outros fãs. Na comunidade japonesa, este termo não parece existir, porém há um parecido chamado Criatura Vocaloid (ボカロクリーチャー), definido como um Vocaloid transformado em algum animal ou outro ser de característica monstruosa.
Exemplos: Hachune Miku, Tako Luka, Larval Rin, Mangotane Piko e Duckpoid.
Humanloid
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↪ Imagem por: utu  ㅤ
Abreviação para “Human Vocaloid” (人力VOCALOID; 人力ボーカロイド ), um Humanloid é um cantor real amador representado por um avatar inspirado em um Vocaloid. Além do costume de cantar músicas de VOCALOID, muitos deles procuram deixar sua voz soar de forma robótica através de efeitos, deixando-a mais semelhante a de um banco de voz. Algumas pessoas encaram os Humanloids como algo irônico pelo fato do sintetizador ter sido criado para imitar uma voz humana, enquanto eles fazem justamente o contrário. Deve-se esclarecer que Humanloid não é a mesma coisa que um Utaite, pois, apesar de ambos serem parecidos em alguns aspectos, são coisas totalmente diferentes.
Na comunidade japonesa, essa classificação possui um sentido diferente, e até peculiar. Querendo ver seu ídolo favorito como um voicebank, o fã monta um material contendo amostras de voz da pessoa ou personagem fictício escolhido para poder, mais tarde, remontá-las ou usá-las em outros programas, como o UTAU – alguns ocidentais conhecem essa definição como sendo a dos UTAUloids Jinrikis –. Por serem Fanloids feitos sem a autorização, a distribuição deles não é permitida e é considerada ilegal, portanto só é possível criá-los para uso próprio.
Exemplos: Tonarine Sai, HALC@LOID, Otoku Ayane, googloid e K8Y.
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ㅤㅤPode-se afirmar que o motivo de muitos se lembrarem mais dos Derivados, e até dos Mascotes, que dos outros seja devido ao enorme sucesso que alguns obtiveram. Há casos onde um Fanloid se populariza tanto que até a empresa criadora do Vocaloid o qual se baseia volta sua atenção à ele e o reconhece como um personagem “oficial”, como aconteceu com Yowane Haku e Sakine Meiko; isso é mais comum de ocorrer com variações de um Vocaloid que são usadas em músicas, como a Hatsune Miku de World Is Mine e a Kagamine Rin de Meltdown. Empresas como Crypton Future Media, conhecida por ser a que mais traz reconhecimentos aos Derivados, encaram o segundo caso como uma forma de criatividade do producer e utiliza os mais famosos em propagandas e mercadorias oficiais. Atualmente, não é mais tão comum ver vários Fanloids sendo criados por aí, mas os que já existem marcaram a comunidade de VOCALOID de certa forma.
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Referências bibliográficas
•  Help:What is a Fanmade Vocaloid?, no Fanloid Wiki; •  Derivative, no VOCALOID Wiki; •  VOCALOID派生キャラ, no NicoNicoPedia.
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notassinteticas · 4 years
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A tal “Vocaloid” mexicana
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Imagem por: Rouss-Black
ㅤㅤArisa Mitsuko... algumas pessoas da comunidade de VOCALOID têm péssimas lembranças deste nome, enquanto outras nunca o viram antes na vida. Uma personagem com uma história bem controvérsia e confusa que até hoje não ficou bem esclarecida e, por isso, trouxe uma imagem negativa a ela, mesmo não sendo necessariamente sua culpa.
ㅤㅤArisa Mitsuko (愛咲ミツコ) é uma personagem mexicana criada em agosto de 2011 pelo grupo Mitsuko Arisa Team, ou TnTVirtual (que será abreviado para MAT a partir deste ponto), e fez sua estreia em um evento de cultura japonesa chamado ExpoTNT, na Cidade do México. Segundo seus criadores, ela tem como objetivo ser uma ponte que conecta o Japão ao México, e já ocorreram alguns shows com sua participação, tanto na capital quanto em outras cidades do país. É bem difícil achar vídeos relacionados ao primeiro concerto (que aconteceu no dia 20 de agosto) e, quando encontrados, são apenas trechos com qualidade visual e auditiva bem ruim, como o abaixo:
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↪ Perfomance da música Nekomimi Switch feita por Arisa Mitsuko em seu primeiro show, ocorrido em agosto de 2011.
ㅤㅤComo pode-se notar, foi usado um holograma que mostrava um modelo 3D feitos para o MikuMikuDance de Mitsuko, que aparecia tanto sozinha quanto acompanhada de outro personagem dançando ao seu lado. Sua apresentação, apesar de feita em um lugar com infraestrutura aparentemente simples, recebeu alguns elogios vindos principalmente dos mexicanos, que adoraram e apoiaram o projeto; aliás, sua comunidade ajudava, e ainda ajuda, bastante na divulgação da personagem através de covers e fanarts. Ela também possui alguns voicebanks para o UTAU que podem ser encontrados para baixar em sua página oficial no Facebook, a qual está quase sempre compartilhando trabalhos feitos por fãs. A história poderia parar aqui, porém sabe-se que ainda há muito mais coisas envolvendo-a, ao ponto dos resultados de pesquisa sobre Mitsuko trazerem à tona termos como “Vocaloid fraudulenta”, além de dúvidas constantes quanto a procedência de seus bancos.
ㅤㅤUma das primeiras dúvidas que se tem é o que ela realmente é. Em seu primeiro show, Mitsuko foi descrita como uma “Vocaloid” (e, em teoria, a primeira mexicana), e o MAT a classifica como uma “trolldere“, um termo criado por ele para dizer que ela é uma piada; UTAUloids criados através de brincadeiras não são incomuns e já houve casos bem conhecidos antes, como a Kasane Teto e os outros Vipperloids. Acontece que o problema não está nisso, mas sim no que vem depois: após o surgimento da personagem, alguns usuários resolveram analisar os vídeos do show e de covers postados nos canais animes25 (YouTube) e amerikanmeme (NicoVideo), e notou-se que sua voz era semelhante até demais com a de Hatsune Miku, e até mesmo com a de Momone Momo em alguns áudios. Este fato, somado com a descrição estranha e cheia de furos de VOCALOID dada por um dos membros do grupo, fez com que se levantasse a suspeita de que tenha sido usado POCALOID na apresentação. Outro ponto intrigante é quanto aos modelos MMD usados, pois, pela entrada do evento onde ocorreu o show ser paga, seria necessário pedir permissão são só para quem os fez, como também para os criadores dos personagens presentes (no caso, Kasane Teto e Akita Neru).
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↪ Cover da música Happy Synthesizer usando Arisa Mitsuko e Momone Momo.
Acredita-se que o vídeo foi postado pelo MAT como uma resposta às acusações sobre a voz usada nas apresentações de Mitsuko ser, na verdade, a de Momo.
ㅤㅤToda a situação foi relatada, com muitos detalhes, no VocaloidOtaku (atualmente desativado) por um usuário mexicano chamado Nagareboshi Yue, que também afirmou ter contado aos donos dos personagens envolvidos – TWINDRILL, Crypton Future Media e Momoko Fujimoto – que confirmaram a falta de autenticidade da “Vocaloid mexicana”. Yue chegou a conversar com alguns representantes do MAT e contar suas suspeitas à eles, que logo tentaram desmentir com afirmações confusas que se contradizem entre si (Ex.: Mitsuko foi descrita como uma “Vocaloid” em seu primeiro show e um dos representantes “confirmou” depois dizendo que ela tem um “base bank” no VOCALOID2, porém outro do grupo disse que nunca afirmaram isto e que, na verdade, ela foi desenvolvida em um software próprios deles semelhante ao VOCALOID), e até um deles apareceu no fórum como “anime25” para responder os comentários dos outros usuários. No fim, os vídeos dos dois canais citados anteriormente relacionados à Mitsuko foram removidos, porém não se sabe o que aconteceu mais alguma coisa além disto; até hoje, os criadores mantêm a página oficial e canal no YouTube ativos, fazem atualizações e novos voicebanks para ela, e realizam apresentações ao vivo no ExpoTNT com os mesmos elementos de antes, com exceção da voz. Ao buscar por pronunciamentos do grupo sobre o assunto (dados principalmente em fóruns), nota-se que, junto às falas contraditórias, o discurso vitimista é usado frequentemente pelos responsáveis para, quem sabe, buscar a simpatia dos outros, afirmando, por exemplo, que foram alvos de xenofobia e receberam diversos comentários ofensivos – o que pode ser verdade, ainda mais por se tratar de internet –, e também descobre-se que o banco para o UTAU só foi criado depois de toda a polêmica acontecer como uma forma de evitar mais problemas e mal entendidos.
ㅤㅤAtualmente, Arisa Mitsuko não é mais tão lembrada assim pela comunidade no geral. Ainda há pessoas que fazem covers e fanarts (apesar da maioria delas serem versões recoloridas de outros desenhos) e teve um certo burburinho quando foi anunciada a produção de dois novos bancos de voz após um longo período sem novidades, mas nada que trouxesse grandes holofotes à ela. Mesmo com todas as controvérsias e discussões que se meteram, o MAT continua investindo fortemente na personagem para, assim, popularizar sua imagem novamente, desta vez de uma maneira positiva.
youtube
↪ Cover da música -ERROR usando o banco de voz VCV-CVVC de Arisa Mitsuko.
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Referências bibliográficas
•  HACKED VOCALOID + ILLEGAL CONCERT, no VocaloidOtaku (arquivado); •  Arisa Mitsuko, no VOCALOID Wiki (arquivado); •  Porque Arisa Mitsuko es tan odiada, no YouTube; •  Talk: Arisa Mitsuko, no VOCALOID Wiki; •  Arquivo de uma mensagem do MAT enviada no mural de um dos administradores da VOCALOID Wiki.
Caso queira baixar os bancos de voz de Arisa Mitsuko, clique aqui.
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notassinteticas · 4 years
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A importância do número 39
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Imagem por: Zanakil
ㅤㅤO número 39 é um dos elementos visuais mais presentes e recorrentes na comunidade de VOCALOID, mais especificamente em acontecimentos envolvendo Hatsune Miku. Pode ser visto em eventos, finais de shows, fanarts, jogos e outras coisas que envolvem a personagem, além de alguns produtores terem feito até músicas com ele, como MikitoP (39 Music!), sasakure.UK e DECO*27 (39), Masa (life is 39) e Mitchie M (News 39). No entanto, muitas pessoas não sabem muito bem o porquê da escolha desse número dentre vários outros e sua ligação com a Miku, e isto é o que será explicado a seguir.
ㅤㅤMesmo sendo um jogo de palavras que envolve os caracteres japoneses, não é preciso ser fluente no idioma para conseguir entender o significado deste número icônico. Apenas basta um breve pesquisa na internet sobre o silabário que o compõe para ter uma leve noção de como se relaciona com a personagem da Crypton Future Media.
ㅤㅤQuando se traduz o número 39 para o japonês, ele fica 三十九 (sanjukyuu), porém deve-se notar como são os kanjis dos dois algarismos que o compõe: 3 e 9. Enquanto o do primeiro é 三(san), o do segundo é 九 (kyuu), e ambos, quando ditos juntos, acabam se transformando no tal jogo de palavras citado anteriormente, o qual 三九 (sankyuu) soa como "thank you" ("obrigado" em inglês); seria uma "ajaponesação" a palavra inglesa. No entanto, sabe-se que o idioma japonês possui suas complicações, sendo uma delas o fato de que um único kanji pode ter, no mínimo, duas leituras diferentes (Ex.: o 一, kanji de "um", pode ser lido como "ichi" ou "hito"), deixando tudo mais confuso para os não-familiarizados. Então, no caso abordado aqui, deve-se desmembrar o nome da personagem para entender melhor: ミク (miku), escrito em katakana, é composto pelos caracteres ミ (mi) e ク (ku) os quais equivalem, respectivamente, aos み e く do hiragana, que significam “três” e “nove”. Ou seja, "miku" = 39!
ㅤㅤPor conta dessa coincidência, diversas coisas, como fanarts e eventos, são criados tanto por fãs, quanto pela empresa para homenagear a personagem, além de ser utilizada em seu marketing. No início do texto, foram citadas algumas músicas envolvendo Hatsune Miku e o número 39, então é relevante destacar dois tópicos curiosos que algumas pessoas da comunidade de VOCALOID só ouviram falar superficialmente ou ainda não os conhecem muito bem.
Miku's Day (ミクの日)
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Imagem por: iXima
ㅤㅤMuitos já devem ter visto uma publicação em alguma rede social (Ex.: Twitter e Pixiv) com os dizeres “Happy Miku’s Day!” e, logo abaixo, um desenho da personagem. No entanto, em um primeiro momento, não se entende o que este tal “Miku’s Day” significa, e muito menos para que serve, o que pode ser bastante confuso.
ㅤㅤMiku's Day (ミクの日) nada mais é do que uma data comemorativa criada pela comunidade para que os fãs possam demonstrar seu apreço pela personagem de diversas formas: fanarts, cosplays, música, ou apenas um singelo texto. Ocorre sempre no dia 9 de março, que, diferente do Brasil, é escrito como 03/09 (mês/dia) no Japão e outros países, tendo sido escolhida pelo fato de que a data vira o número 39 apenas tirando a barra que divide o dia do mês e os zeros na frente destes. Até hoje, é um momento bem popular e comemorado no mundo todo, tanto que, em anos anteriores, foram realizados shows de Ação de Graças patrocinados pela SEGA nesse dia e a Crypton Future Media aproveita para vender alguns produtos especiais, como uma edição de primavera de bolos da Miku feita em parceria com a confeitaria PICTCAKEchara.
"MEGA39s" ou "MEGAMIX"?
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Imagem por: SEGA, via My Nintendo Store
ㅤㅤNa época de seu anúncio, notou-se duas nomenclaturas diferentes para o último jogo da franquia Project DIVA lançado até então: MEGA39s e MEGAMIX. No começo, muitos fãs ocidentais ficaram confusos e se perguntando qual é o nome oficial, ou se ambos estão certos.
ㅤㅤA resposta é que as duas nomenclaturas estão corretas, pois MEGA39s é o nome japonês do jogo, enquanto MEGAMIX é como a versão ocidental foi nomeada. O motivo desta diferença é que, quando lido, “MEGA39s” fica “megamikusu”, pois o 39 pode ser lido como “miku” e a letra ‘s’, como visto nos trailers do jogo, é pronunciada como “su”, lembrando a palavra “megamix” mas falada com o sotaque japonês. Com isso e por MEGA39s estar muito relacionado ao jogo de palavras descrito anteriormente, resolveu-se mudar o nome deste Project DIVA para MEGAMIX na versão inglesa para evitar possíveis confusões.
ㅤㅤO número 39 é, sem dúvidas, uma das marcas registradas de Hatsune Miku. Todos os anos, sempre haverá diversas fanarts e postagens referentes à ele, e a Crypton Future Media continuará utilizando-o em seus eventos e produtos. Até que aconteça algo que a impeça de fazer isso, os fãs da personagem ainda a ouvirão falar muitos “sankyuu” em suas despedidas.
Referências bibliográficas
• What up with Miku and 39?, no GameFAQs; • What is Hatsune Miku's "39?'?, no Yahoo!Respostas; • Miku Day, no Know Your Meme.
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