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Aula 11

Cultura da mídia - Semiótica da Cultura

“Cultura é um sistema vivo que sobrevive do trânsito do fluxo de sentido. Sua unidade mínima é o signo. É um complexo maior, um emaranhado de elementos que tem sentido. Este nunca é um significado absoluto, sempre é conseqüência de um percurso histórico. O texto da cultura não é apenas verbal, mas em qualquer linguagem.” (Norval Baitello Jr.)

CÓDIGOS

Código é um sistema de regras, de vinculações entre signos

Há três tipos de códigos que podem ser ativados:

primários - códigos da vida biológica

secundários - códigos da linguagem

terciários - central na semiótica (teoria) da cultura

Códigos primários

Regulam toda informação presente no organismo (na vida biológica).

Exemplo: código genético, atualiza o homem, seus talentos especiais, seus dons e defeitos.

As atividades têm códigos primários: percepção, emoção, vontade.

Transmitem informações e não produzem signos.

Códigos Secundários

códigos da linguagem - composição de textos.

a gramática de uma linguagem natural, por exemplo, ainda não é cultura.

os códigos secundários, como os primários, não são ainda cultura.

somente a partir dos terciários é que surgem os textos da cultura.

Códigos Terciários

Claro e escuro

Código primário - necessidade biológica.

Código secundário - construção gramatical e informação binária.

Código terciário - significa muito mais. Cultura como um sistema vivo e dinâmico.

Binariedade

a estrutura básica dos códigos terciários é, em geral, binária ou dual.

fundamenta-se na troca, no intercâmbio que acontece no mundo material

vida-morta = oposição mais importante

outros exemplos: saúde/doença, prazer/desprazer, céu/terra, espírito/matéria, movimento/repouso, homem/mulher, amigo/inimigo.

Polaridade

A estrutura binária dos códigos culturais terciárias é organizada em polaridades.

Há a necessidade de dar valor em primeiro lugar, depois se toma a decisão, a atitude, o comportamento, a ação.

Cada polo recebe um valor.

Assimetria

A estrutura binária e polar é claramente assimétrica.

O pólo marcado negativamente é percebido ou sentido muito mais fortemente do que o pólo positivo.

Na percepção comum, a morte é mais forte que a vida.

Por isso, em todas as culturas o homem aspira sempre a uma imortalidade: a vida após a morte.

“Há uma tendência para que a dor das perdas apresentem-se um tanto maior que o prazer dos ganhos.” - João Matta

- E as culturas atuais?

quais são hegemônicas

mídia

consumo

de controle

do espetáculo

“ O espetáculo apresenta-se como algo grandioso, positivo, indiscutível e inacessível. Sua única mensagem é ‘o que aparece é bom, o que é bom aparece’. A atitude que ele exige por princípio é aquela aceitação passiva que, na verdade, ele já obteve na medida em que aparece sem réplica, pelo seu monopólio da aparência.” - Guy Debord

Colocando em prática:

Gabriela Pugliesi, uma adulta branca de classe alta, participa de várias atividades nas quais mostra aos seus fãs a participação de rap. Em suas aulas de luta, sempre está presente a música e a cantora demonstra interesse na tal, colaborando para essa cooptação que a cultura da mídia faz, colaborando na banalização do rap, e principalmente colabora também para sua visibilidade.

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Aula 10

 Contrato de Comunicação

Todo discurso depende, para a construção de seu interesse social, das condições específicas da situação de troca na qual ele surge.

A situação de comunicação constitui assim o quadro de referência ao qual se reportam os indivíduos de uma comunidade social quando iniciam uma comunicação.

Exemplos de discursos: jornalístico, publicitário, literário etc.

Conforme Charaudeau (2007), para haver um contrato de comunicação deve haver um recíproco conhecimento entre leitor e veículo em relação à linguagem e à situação em questão.

Ambos devem ser parceiros na “troca linguageira” e devem estar ligados por um tipo prévio de acordo modulado por dados internos e externos.

Dados internos: os internos dizem respeito às restrições do discurso no ato de comunicação. Estão mais ligados às maneiras de falar e aos papéis de cada ator na prática do discurso. São constituídos das “regularidades comportamentais” dos atores sociais que participam das trocas discursivas. No caso de revistas, por exemplo, a própria revista, seus jornalistas, seus editores e respectivos leitores.

Dados externos: os dados externos estão relacionados aos dispositivos e às suas restrições materiais. Para a revista impressa, por exemplo, os dados externos são constituídos pelo formato, tipo de papel, tecnologia de impressão e pelos elementos de sua diagramação. Os sites apresentam a tecnologia, os bancos de dados, a diagramação das páginas web e a linguagem de programação utilizada como exemplos de seus elementos externos.

  Colocando em prática: 

 Como conhecemos após estudar as teorias que o receptor exerce um papel muito importante no meio midiático, na vida de Gabriela Pugliesi tudo que ela transmite sofre uma mudança no momento que o receptor absorve e interpreta o que lhe foi passado. Relacionando tambem com a industria cultural que problematiza o fato de tudo que Gabriela transmite ser transformado em produto, culpando o papel da mídia na sociedade capitalista.

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Aula 9

CONTEXTO MIDIÁTICO → Amor Líquido

Desprendimento e afetivo da posse eterna de bens, entretanto não da necessidade da posse e de sua expressão.

Obsolescência programada de objetos.

Afetivamente nos tornamos produtos de consumo?

Há uma semelhança entre amor e mercadoria - ambos nos fascinam e nos seduzem.

Desejo sem ansiedade; esforço sem suor; resultado sem esforço.

Desdobramentos: relações de bolso, poliamor, les échangistes.

Amor X desejo X impulso

Consumo Fluído de nós mesmos

Vazios afetivos são, por vezes, preenchidos pela compra de produtos, e podemos pensar o inverso? *consumo de nós mesmos - transformamo-nos em produto de nosso próprio consumo.

Ausência de autoquestionamento e de posicionamento.

Falta de controle sobre os próprios destinos e decisões.

Sociedade disciplinar X sociedade de controle.

 MÓDULO 3 - TEORIAS DA MÍDIA

Teorias da Mídia

Colocando em prática:

É possível relacionar o conceito de amor líquido com os relacionamentos de Gabriela Pugliesi. Ela foi casada com Thiago Pugliesi, e depois de dois anos, em 2014, traiu seu marido com Ricardo Barbato, que ficou em um relacionamento durante 10 meses, até que terminaram. Pouco tempo depois, Pugliesi entrou em outro relacionamento, com Erasmo Viana, que depois de 10 meses juntos, noivaram e vão casar no início de 2017. Estes fatos quebram com todos os referenciais morais da época em que tudo era sólido, com relacionamentos estáveis e duradouros; hoje as relações são descartadas como qualquer objeto.

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Aula 8

Sociedade de produção e Sociedade do consumo

Valor social era focado na produção (sociedade pós-revolução industrial) (trinômio: produção, demanda e consumo).

Consumo de torna algo prioritário da vida.

Importante papel da mídia para incentivar ainda mais o consumo.

Consumo = linguagem/expressão/comunicação. – Expressamos algo que sentimos através do que consumimos – Consumo não somente atrelado à produção – O produto se encaixa também na escala de consumo – O consumo ocupa um lugar para atingir felicidade

Hoje, a comunicação é proibida e a produção não.

Sociedade de consumo é influenciada e formada por informação propaganda e publicidade, assim constituindo o modelo de vida moderna.

Consumo é diferente de consumismo.

Hábito de pique de satisfação e insatisfação.  

   Colocando em prática:

A Gabriela esta totalmente no meio de uma sociedade de produção e do consumo, na qual ela é patrocinada por diversas marcas. Em seu Instagram (rede social em que ela mais tem seguidor), ela é paga para divulgar marcas que nem sempre ela usa. Por ser muito influente no dia de hoje, ela é muito procurada para realizar.

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Aula 7

Sociedade Disciplinar: Foucault

Séculos XVII e XVIII até Segunda Guerra Mundial.

Técnicas de classificação, seleção, vigilância e controle.

Cadeia Hierárquica

Um mesmo molde fixo e definido poderia ser aplicado às mais diversas formas sociais.

Escolas, hospitais, indústrias, prisão.

Sociedade de Controle: Delleize

Modas e tendência x realização e felicidade.

Autocontrole.

Impossibilidade de concluir coisa nenhuma.

Invisibilidade e virtualização junto as redes de informação.

Prisão ao ar livre.

Na transição para a sociedade de controle, o indivíduo não pertence a nenhuma identidade, mas ao mesmo tempo pertence a todas.

Colocando em prática:

A sociedade contemporânea criou estereótipos que são afirmados pela blogueira: ser magra e fitness. Para ela, fugir da dieta é algo absurdo que raramente pode acontecer, intitulando essa “fuga da dieta” de jacada. Essa mensagem é passada diariamente aos seus seguidores, assim apoiando mais ainda o padrão criado pela sociedade, e excluindo todos que não seguem a vida desta maneira.

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Aula 6

 Efemeridade (através de todas as possibilidades de escolhas, preferimos as mais rápidas) e individualidade.

Modernidade liquida - explica sobre o comportamento de séries e fãs;

Caráter de temporalidade- cada vez mais efêmera  

Condição de longo prazo não existe mais

Mundo que parece ser apenas o shopping - sentido de volátil, flexível - Bauman

Pessoas agem de forma diferentes no trabalho e festas - quem cada um é?

Assim como diz Bauman, tudo é temporário, e por isso sugeriu a metáfora da “liquidez”, dando origem ao conceito da Modernidade Líquida, que é a época atual em que vivemos. É uma época de liquidez, de fluidez, de volatilidade, de incerteza e insegurança. É aqui que todos os referenciais morais da época anterior, chamada de modernidade sólida por Bauman, são retirados para dar espaço à lógica do agora, do consumo, do gozo e da artificialidade.

De acordo com esse conceito, as pessoas mudam de opnião para se adequar ao seu público, falam o que as pessoas desejam ouvir.

Colocando em prática:

Aplicando esses conceitos no meu produto midiático, podemos perceber que a Gabriela faz parte dessa modernidade pois seu sucesso pode ser algo tempoário por tratar de seu físico e sua imagem. Ela mudou muito de jeito, opnião e sua imagem desde que começou sua fama, costuma dizer e mostrar muitas coisas que seu pública gosta de ver mas não necessariamente ela gosta de mostrar aquilo. Como ela abre mão de sua privacidade para compartilhar seu dia a dia com seus fãs e fazer propagandas de produtos que ela não usa mas que muitos dos seus seguidores podem gostar.